Avaliação de Investimentos. Prof. Adriano Paranaiba

Documentos relacionados
Avaliação de Investimentos e financiamentos

Avaliação de Investimentos

AFLP Análise Financeira de Longo Prazo. Assunto: Valor Presente Líquido (VPL)

Análise de Investimentos Ricardo Suñer Romera Neto

FEA RP - USP. Matemática Financeira 3 - Séries e Avaliação de Investimentos

COM A HP 12 C. 8º encontro

FEA RP - USP. Matemática Financeira 3 - Séries e Avaliação de Investimentos

Instituto de Economia - UFRJ IEE Economia do Empreendedorismo Professora: Renata La Rovere Tutor: Guilherme Santos

O Que é Orçamento de Capital? Conceitos Básicos de Orçamento de Capital

Tópicos Especiais Contábeis: EVA

FEA- USP, 30 de setembro de AVALIAÇÃO INTERMEDIÁRIA: EAE 422 Análise e Elaboração de Projetos Prof. Dr. Eduardo Luzio. Nome:

[Ano] Análise de Longo Prazo. Campus Virtual Cruzeiro do Sul

Análise de Viabilidade Econômica de Projetos de Investimento

PERPETUIDADES: É UMA ANUIDADE QUE NÃO TEM PRAZO PARA ACABAR. Lembrando da nossa MONOFORMULA: VF = VP ( 1 + i ) n

Fluxo de caixa, valor presente líquido e taxa interna de retorno 1

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

LISTA DE EXERCÍCIOS Nº1 GABARITO

Nivelamento de Conceitos Contábeis

Tema: Análise de Investimentos

GST0071- Administração Financeira

Investimento. Uso de recursos visando obter benefícios futuros. 4 Abertura de uma filial. amento de um novo produto / serviço

PROCEDIMENTOS BÁSICOS DA HP 12C

Análise de Projetos. Conceitos Básicos de

Nivelamento de Conceitos Contábeis

Método do Fluxo de Caixa Descontado - FCD

Sumário. Prefácio, xiii

Finanças 1. Aulão Quiz 1

Prof. Marcelo Delsoto

COMO MELHORAR A FORMA DE APRESENTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

GESTÃO FINANCEIRA DE EMPRESAS

PARTE 1 - JUROS SIMPLES CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. 1. Definições e nomenclatura 2. Conceito de capitalização simples 3. Fórmulas 4. Exercícios resolvidos

Aula 3. Planejamento de Custos em Projetos

Matemática Financeira

Principais conceitos de Matemática Financeira

Administração Financeira II 2016/2

MBA em Finanças e Controladoria. Disciplina: Avaliação de Empresas Valuation Tópico 07 Tipos de Avaliação

05/06/2017. Representar graficamente uma análise econômica de investimentos;

Gestão Financeira. Plano de Aula - 12 Aulas (Aulas de 1 hora)

Análise de projetos de investimentos

RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DE INTRODUÇÃO AO CÁLCULO ATUARIAL

Matemática Financeira Aplicada

Conceitos. a. Fluxo de caixa operacional. FC O = Lucro Líquido + Juros + Depreciação. FC O = EBIT IR + Depreciação. b. Fluxo de caixa dos ativos

Reunião 10. Análise Financeira

Contabilidade Avançada Prof. João Domiraci Paccez Exercício Nº 17

Finanças Corporativas. Prof.: André Carvalhal

Caderno Tira-Dúvidas MEFP

Balanço patrimonial em 31 de dezembro Em milhares de reais

ORÇAMENTO EMPRESARIAL Unidade Orçamento Empresarial Valor: 1,0 /

PREPARATÓRIO EXAME CFC MATEMÁTICA FINANCEIRA

Elekeiroz S.A. Demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com o IFRS em 31 de dezembro de 2013

Prof. Ronaldo Frederico

GESTÃO DE CUSTOS E PREÇOS Aula 3: Modelos Financeiros e Avaliação de Projetos Apresentação. Prof. Rodolfo Leandro de Faria Olivo

MATEMÁTICA FINANCEIRA

Gestão Financeira Dinâmica Local 1

SEM0530 Problemas de Engenharia Mecatrônica II

Dersa Desenvolvimento Rodoviário S.A. Balanços patrimoniais

Instituto de Economia - UFRJ Professora: Renata La Rovere

RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DE INTRODUÇÃO AO CÁLCULO ATUARIAL

Matemática Financeira. Parte I. Professor: Rafael D Andréa

MÓDULO 1 - Exercícios complementares

3. Sobre as 5 Forças de Porter é correto dizer:

Alfredo Preto Neto Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos

Noções de Planejamento Estratégico e Análise de Resultados em Instituições de Saúde

Cálculo da Taxa de Juros

COMO CALCULAR CORRETAMENTE A CAPACIDADE DE PAGAMENTO DE UMA EMPRESA NUM DETERMINADO PERÍODO

Técnicas de Avaliação. Técnicas BRUNI BRUNI BRUNI BRUNI. Comparar os parâmetros das Decisões de Investimentos. Tópico Novo. O segundo passo...

Matemática Financeira e Análise de Investimentos

Avaliação de Empresas através do Fluxo de Caixa Descontado (FCD)

Indicadores essenciais de avaliação econômico financeira

Matemática Financeira

Avaliação de Investimentos

Key Performance Indicators

2

CONTABILIDADE BÁSICA 7ª Edição CONTABILIDADE BÁSICA 7ª Edição Cap. 05- Balanço Patrimonial Grupo de Contas

Matemática Financeira e Análise de Investimentos

DESEMPENHO 9M18x9M17: Receita Operacional Líquida de R$1.630 milhões nos 9M18, representando um crescimento de 29,3% em relação aos 9M17;

Critérios alternativos para orçamento de capital

Critérios alternativos para orçamento de capital

29/09/2010. Objetivos. Orçamento Empresarial UFRN Prof. Gabriel Martins de Araújo Filho. Tópicos da Aula BIBLIOGRAFIA

Fazer teste: AS_I MATEMATICA FINANCEIRA 5º PERIODO UNIFRAN

Matemática Financeira Moderna ANÁLISE DE INVESTIMENTOS EM ATIVOS REAIS

Sumário. Notas introdutórias, xiii

MBA em Finanças e Controladoria. Disciplina: Avaliação de Empresas Valuation Tópico 07 Tipos de Avaliação

Cia. Hering D É B O R A D A R I N

MATEMÁTICA FINANCEIRA

MELHORANDO A CAPACIDADE DE ANÁLISE FINANCEIRA

1. Elaborar a Demonstração dos Fluxos de Caixa (Método Direto e Indireto). BALANÇO PATRIMONIAL Ativo X1 X2 Variação ATIVO CIRCULANTE

Apresentação da série Manuais Práticos para Negócios, V. Parte I Conceitos e Ferramentas Essenciais para Análise de Investimentos, 1

Apresentação de Resultados 2T18 BK Brasil 09 de agosto de 2018

MATEMÁTICA FINANCEIRA prof. Nivaldo Cândido de Oliveira Jr.

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ PANATLANTICA S.A. Versão : 1. Balanço Patrimonial Ativo 1. Balanço Patrimonial Passivo 2

Avalição de Empresas Valuation

VIABILIDADE FINANCEIRA DE PROJETOS Semana Acadêmica de Administração da UFSC

Gas Brasiliano Distribuidora S.A.

Gas Brasiliano Distribuidora S.A.

BALANÇO. Ativo Passivo e patrimônio líquido

Webconferece com Investidores. Resultados 4T /03/2017

1. Introdução II. Técnicas de Orçamento de Capital III. Estimativa dos Fluxos de Caixa

Elaboração e Análise de Projetos Socioambientais ACH-1157

Transcrição:

Avaliação de Investimentos Prof. Adriano Paranaiba 1

Conceito de Investimento Aplicação de Capital ou Investimento é o fato de se empregar recursos visando obter benefícios futuros. Abertura de uma nova fábrica Lançamento de um novo produto Compra de novos equipamentos Abertura de uma filial Projetos de redução de custos Aquisição de uma empresa 2

Modelagem Econômico Financeira 3

Valor do Dinheiro no Tempo Fluxo de Caixa Análise de Investimento Taxa de Desconto 4

Fluxo de Caixa FCL FCL FCL FCL FCL 0 1 2 3 4 5 Io 5

Fluxo de Caixa 200.000 200.000 200.000 200.000 200.000 0 1 2 3 4 5 500.000 Que taxa de desconto ( i) usar? 6

Custo de Oportunidade É a melhor remuneração que seria obtida em uso alternativo. Taxa de Desconto Taxa Mínima de Atratividade ( SELIC, CDI, IGP-M) Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) 7

Valor do Dinheiro No Tempo Para que os valores monetários se tornem equivalentes em diferentes datas (períodos de tempo), é necessário adotar-se uma taxa de desconto (i) que pode ser entendida como um custo de oportunidade. Exemplo: 100 110 0 i = 10% ao mês Mês 1 É indiferente falar-se em $100 hoje ou $ 110 daqui a um mês, se a taxa de desconto for igual a 10% no mesmo período de um mês. 8

Notação n - Número de Períodos de Tempo. I - Taxa de desconto por Período de Tempo. PV - Valor Presente. FV - Valor Futuro. PMT - Valor das Prestações Iguais. 9

Juros Compostos A Taxa de Desconto (i) incide sobre o Capital Inicial aplicado (PV), originando o valor dos Juros que será somado ao Capital Inicial (PV), resultando no Montante (FV). Ao fim de cada período, os Juros serão incorporados ao Capital. Assim, para os períodos seguintes, os Juros serão calculados sobre o total do Capital mais os Juros incorporados. A Taxa de Desconto (i) incidirá sempre sobre o valor acumulado nos períodos anteriores (isto é, Capital Inicial mais Juros ). 10

Juros Compostos FV = PV x (1+i) n REGRA GERAL ( - ) PV 0 i = taxa de desconto ( + ) n A taxa de desconto ( i ) é aplicada ao capital inicial (PV) para o primeiro período; a partir do 2º período é calculado sobre valor acumulado ( PV + Juros ) do 1º período e, assim, sucessivamente 11

Exemplificando Período 1 PV = 100; i = 10%; n= 1 FV = 100 x (1+i)n FV = 100 x (1+0,10)¹ FV = 100 x ( 1,10) FV = 110 Período 2 PV = 110; i = 10%; n= 1 FV = 110 x (1+i) n FV = 110 x (1+0,10) ¹ Direto ( Períodos 1 e 2 ) PV =100; i =10; n =2 FV = 100 x (1+0,10) 2 FV = 100 x (1,10) 2 FV = 121 FV = 110 x ( 1,10) FV = 121 Capital = 100 Juros = 21 Montante = 121 12

Principais Fórmulas FV = PV (1 + i) n FV PV = ----------- (1 + i) n 13

Cálculos Financeiros com HP 12C Teclas usadas n i PV FV CHS PV = Valor do capital aplicado CHS = Tecla para troca de sinal n = Tempo da aplicação ou número de períodos i = Taxa de desconto composta FV = Valor do montante 14

Resolvendo Problemas 1. Definir as variáveis do Problema: Qualquer problema referente ao valor do dinheiro no tempo considera, no mínimo, com 4 variáveis: PV, FV, Prestações (iguais ou diferentes), i e n. 2. Compatibilizar as Unidades de Tempo da Taxa de Desconto (i) e do Período (n): Ex: Se o juro (i) for mensal, o prazo (n) deve ser em meses 3. Montar o Diagrama do Fluxo de Caixa 4. Uso de Fórmulas,Tabelas, Máquina HP 12 C ou Planilha Excel 15

Análise de Investimentos Permite avaliar alternativas diferentes de decisões de alocação de recursos. Exemplos: Substituição de equipamentos - comprar uma máquina nova ou continuar com a antiga? Lançamento de um novo produto - lançar o produto "A" ou o "B? Modernização - automatizar ou não departamentos administrativos? Aquisição - comprar ou não uma empresa concorrente? Principal característica: é o fluxo de caixa (entradas menos saídas de recursos) que importa e não só o lucro 16

Tipos de Projetos Independentes - projetos sem nenhuma relação entre si. Dependentes - para se investir no projeto "B" há a necessidade de se investir primeiro no projeto "A. Mutuamente Excludentes - a opção pelo projeto "B" implica na rejeição automática do projeto "A. 17

Etapas na Análise de Investimentos 1. Projeção dos Fluxos de Caixa 2. Avaliação dos Fluxos de Caixa 3. Cálculo da Taxa de Desconto 4. Escolha da melhor alternativa de investimento através do uso de técnicas ( PAYBACK, VPL e TIR). 5. Análise de Sensibilidade 18

Técnicas para Avaliação de Investimento de Capital PAYBACK Simples PAYBACK Descontado Valor Presente Líquido (VPL) Taxa Interna de Retorno (TIR) 19

Analisando um Projeto na sua Empresa Você está examinando a possibilidade de adquirir um novo equipamento no valor de R$ 150.000,00. Este equipamento propiciará uma economia de R$ 80.000,00 por ano com gastos de mão-de-obra e manutenção. Você, dono da empresa, quer saber se esse projeto do ponto de vista financeiro deve ser aprovado ou não. O custo de capital de sua empresa é de 18% ao ano. 20

Compra de Nova Máquina Preço de aquisição $ 150.000 Economias anuais com mão-de-obra $ 80.000 Depreciação da nova máquina 10 anos Custo de Capital 18% a a Com estes dados em mãos devemos calcular o Fluxo de Caixa Livre do projeto. 21

Fluxo de Caixa Livre Vendas Líquidas (-) CMV (=) Lucro Bruto (-) Despesas Operacionais. Vendas. Administrativas. Outras (=) EBITDA (-) Depreciação e Amortização (=) EBIT (-) I.Renda/ C.Social (=) Lucro Líquido (+) Depreciação (=) Fluxo de Caixa Operacional (-) Investimentos. Ativo Fixo. Capital de Giro (=)Fluxo de Caixa Livre Ano 1 Ano 2 Ano 3... Ano n CMPC VPL, TIR PAYBACK 22

Fluxo de Caixa Livre O Fluxo de Caixa Livre é Obtido: EBITDA ( - ) Imposto de Renda (1) = Fluxo de Caixa Operacional (FCO) ( - ) Investimentos (2) = Fluxo de Caixa Livre (1) A base de cálculo do Imposto de Renda deve considerar as despesas de depreciação e amortização. (2) Considera os investimentos feitos tanto em ativo permanente como capital de giro 23

EBITDA EBITDA = Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization ( Lucro Antes dos Juros, Impostos sobre o Lucro, Depreciação e Amortização ) Permiti ao investidor medir a performance da empresa em termos de fluxo de caixa explorando basicamente a capacidade de geração de recursos dos ativos da empresa. 24

EBITDA O O EBITDA é apurado da seguinte forma: VENDAS LÍQUIDAS ( - ) CUSTO DO PRODUTO VENDIDO* ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS* = EBITDA * Não inclui depreciação e amortização 25

FLUXO DE CAIXA LIVRE ( FCL ) - FEGUS - Compra de Nova Máquina - R$ Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Economias de Caixa 80.000 80.000 80.000 80.000 80.000 Depreciação 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 Lucro Antes dos Impostos 65.000 65.000 65.000 65.000 65.000 I.R e C.S ( 34%) 22.100 22.100 22.100 22.100 22.100 Lucro Líquido 42.900 42.900 42.900 42.900 42.900 Depreciação 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 Investimento 150.000 - Preço da Máquina: 145.000 - Custo de Instalação: 5.000 Fluxo de Caixa Livre ( FCL ) (150.000) 57.900 57.900 57.900 57.900 57.900 I.R = Imposto de Renda; C.S = Contribuição Social 26

PAYBACK Simples Calcula o número de períodos que a empresa leva para recuperar o seu Investimento. 27

1) Exemplo de Fluxos de Caixa iguais: Investimento = 150.000 Fluxo de Caixa = 57.900 Anuais ANO FL CX FL CX ACUM 0-150.000-150.000 1 57.900-92.100 2 57.900-34.200 3 57.900 + 23.700 4 57.900 + 81.600 5 57.900 + 139.500 O PAYBACK está entre os anos 2 e 3 como podemos observar pelo fluxo de caixa acumulado. Investimento 150.000 PAYBACK = = = 2,59 anos Fluxo de Caixa 57.900 28

PAYBACK Simples Calcula o número de períodos que a empresa leva para recuperar o seu Investimento. É fácil e rápido o seu cálculo, embora não considere os Fluxos de Caixa após o período de Payback e o valor do dinheiro no tempo. O seu critério de aceitação está ligado ao número máximo de períodos definido no próprio projeto de Investimento. Quanto menor, melhor. Os valores de Fluxos de Caixa poderão ser iguais ou diferentes na sucessão de períodos. 29

PAYBACK Descontado O método do PAYBACK pode, também, ser aprimorado quando incluímos o conceito do valor do dinheiro no tempo. Isso é feito no método do PAYBACK DESCONTADO que calcula o tempo de PAYBACK ajustando os fluxos de caixa por uma taxa de desconto. Exemplo Investimento = 150.000 Fluxos de Caixa = 57.900 iguais para 5 anos Taxa de Desconto = 18% ao ano 30

PAYBACK Descontado ANO FL CX ANUAL FL CAIXA AJUSTADO FL CX ACUM AJUST 0-150.000-150.000 1 57.900 49.068-100.932 2 57.900 41.583-59.349 3 57.900 35.240-24.109 4 57.900 29.864 + 5.755 5 57.900 25.309 + 31.064 O PAYBACK está entre ano 3 e o ano 4, como podemos observar pelo fluxo de caixa acumulado ajustado. Assim, temos: PAYBACK = 3 + 24.109 / 29.864 = 3,81 anos. 31

Valor Presente Líquido (VPL) n NPV = t =1 FC t (1+ K ) [ I 0+ t t=1 n I t ] (1+ K) t VPL > 0 A empresa estaria obtendo um retorno maior que o retorno mínimo exigido; aprovaria o projeto; VPL = 0 A empresa estaria obtendo um retorno exatamente igual ao retorno mínimo exigido; seria indiferente em relação ao projeto; VPL < 0 A empresa estaria obtendo um retorno menor que o retorno mínimo exigido; reprovaria o projeto. 32

Teclas da HP 12C PV PMT n i CHS g END BEG Se a série for de pagamentos postergados no visor da calculadora não aparece qualquer mensagem. Se a série for antecipada devemos informar à calculadora digitando g <BEG> e no visor aparecerá, na parte inferior, a palavra BEGIN. Caso a calculadora esteja programada para a série antecipada (BEGIN no visor) e se tenha uma série postergada, basta digitar g <END> e o BEGIN desaparecerá. Teclas a serem utilizadas: PV = Valor do financiamento n = Número de pagamentos i = Taxa de desconto composto para o financiamento PMT = Valor de cada pagamento/recebimento 33

CÁLCULO DO VPL Manualmente VPL = FLC(1) + FLC(2) + FLC(3) + FLC(4) + FLC(5) - 150.000 (1+0,18)1 (1+0,18)2 (1+0,18)3 (1+0,18)4 (1+0,18)5 Onde FLC = 57.900 VPL = 49.068 + 41.583 + 35.240 + 29.864 + 25.309-150.000 VPL = 31.063 Usando a Calculadora Financeira HP 12 C 150.000 CHS g CF0 (valor de I) 57.900 g CFj (valor FLC 1) 57.900 g CFj (valor FLC 2) 57.900 g CFj (valor FLC 3) 57.900 g CFj (valor FLC 4) 57.900 g CFj (valor FLC 5) 18,0 i (taxa de desconto) f NPV 31.063 Como VPL > 0, o projeto deve ser aceito 34

Solução Alternativa pela HP 12C O diagrama do Fluxo de Caixa é o seguinte: 57.900 57.900 57.900 57.900 57.900 0 1 2 3 4 5-150.000 150.000 CHS g CF0 (valor de I) 57.900 g CFj (valor FL CX) 5 g Nj (número de FL CX) 18 i (taxa de desconto) f NPV = 31.063 Como VPL > 0, o projeto será aceito 35

Taxa Interna de Retorno (TIR ) É a taxa de desconto que torna o VPL dos Fluxos de Caixa igual a zero n NPV =0= t =1 FC t (1+IRR) t [ I 0+ t =1 n I t ] (1+IRR) t É a taxa de retorno do Investimento a ser realizado em função dos Fluxos de Caixa projetados para o futuro. 36

Critério de Aceitação do Projeto TIR > Taxa Mínima: A empresa estaria obtendo uma taxa de retorno maior que a taxa de retorno mínima exigida; aprovaria o projeto; TIR = Taxa Mínima: A empresa estaria obtendo uma taxa de retorno exatamente igual à taxa de retorno mínima exigida; seria indiferente em relação ao projeto; 37

Critério de Aceitação do Projeto TIR < Taxa Mínima: A empresa estaria obtendo uma taxa de retorno menor que a taxa de retorno mínima exigida; reprovaria o projeto. Observação: A utilização da TIR produz resultados equivalentes à do VPL na grande maioria dos casos. No entanto, o cálculo da TIR pode apresentar problemas algébricos e depende de hipóteses que nem sempre são verdadeiras. Por essa razão, a teoria considera o VPL como método superior à TIR. 38

Exemplo I = 150.000 FL CX = 57.900 para os períodos de 1 a 5 anos i = 18% por período ( custo de capital) Solução pela HP-12-C: o diagrama do Fluxo de Caixa é o seguinte: 57.900 57.900 57.900 57.900 57.900 0 1 2 3 4 5 tempo - 150.000 a) 150.000 PV (valor de I) 57.900 CHS PMT (valor de FL CX) 5 n (número de FL CX) i = 26,8% (TIR) Como TIR > 18%, o projeto será aceito. 39

Outra forma de se calcular a TIR: a) 150.000 CHS g CF0 (valor de I) 57.900 g CFj 5 g Nj f IRR (valor de FL CX) (número de FL CX) = 26,8% (= TIR) Como TIR > 18%, o projeto será aceito. 40

CÁLCULO DO VPL PARA TIR = 26,8% Manualmente VPL = FLC(1) + FLC(2) + FLC(3) + FLC(4) + FLC(5) - 150.000 (1+0,268)1 (1+0,268)2 (1+0,268)3 (1+0,268)4 (1+0,268)5 VPL = 45.662 + 36.011 +28.400 + 22.398 +17.664-150.000 O VPL é aproximadamente igual a zero porque consideramos apenas uma casa decimal (26,8) no cômputo da taxa de desconto. Usando calculadora financeira 150.000 CHS g CF0 (valor de I) 57.900 g CFj (valor FLC 1) 57.900 g CFj (valor FLC 2) 57.900 g CFj (valor FLC 3) 57.900 g CFj (valor FLC 4) 57.900 g CFj (valor FLC 5) 26,8 i (taxa de desconto) f VPL 0 Como VPL = 0, TIR = 26,8% 41

RESUMO DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS TÉCNICAS VANTAGENS DESVANTAGENS PAYBACK SIMPLES Simplicidade Não considera os fluxos de caixa após o período de payback PAYBACK DESCONTADO VALOR PRESENTE LÍQUIDO TAXA INTERNA DE RETORNO Cálculo rápido Simplicidade Cálculo rápido Considera o custo do dinheiro no tempo Considera o custo do dinheiro no tempo Fonece a idéia de riqueza absoluta Realístico, pois considera que os fluxos líquidos de caixa são reaplicados ao custo médio de capital da empresa. Considera o custo do dinheiro no tempo Não considera o custo do dinheiro no tempo Não considera os fluxos de caixa após o período de payback Limitações matemáticas quando o fluxo de caixa não é convencional. Não muito realístico pois considera que os fluxos líquidos de caixa são reaplicados a taxa interna de retorno do projeto. 42

CUSTO DE CAPITAL Custo dos Empréstimos Custo do Capital Próprio Custo Médio Ponderado de Capital ( CMPC ) 43

Administração Financeira Objetivo Maximizar o valor de mercado do capital dos proprietários da empresa. Conceito de Capital Conjunto de Ativos Operacionais Líquidos Ativo Operacional Líquido = Ativo Total - Passivo de Funcionamento Passivo de Funcionamento: Passivos em que não há incidência de juros. 44

Conceito de Capital Passivo Circulante Obrigações Correntes sem incidência de juros ( Passivo de Funcionamento ) - Fornecedores / Contas a Pagar - Impostos a Pagar / Salários a Pagar Obrigações Correntes com Incidência de Juros - Empréstimos de Curto Prazo 45

Conceito de Capital 1 Ativo Corrente 2 (-) Passivo de Funcionamento 3 Realizável a Longo Prazo 4 Ativo Imobilizado 5 (-) Depreciação Acumulada 6 Ativo Imobilizado Líquido ( 4-5 ) 7 Investimentos / Diferido / Outros Ativos Ativo Operacional Líquido = 1-2 + 3 + 6 + 7 46

Conceito de Capital EMPRÉSTIMOS ATIVO OPERACIONAL = LÍQUIDO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO Prentice Hall 47

Custo de Capital Kd (%) Empréstimos (D) $ Ativo Operacional Líquido Ke (%) Capital Próprio (E) $ Prentice Hall 48

Custo de Capital WACC - Weighted Average Cost of Capital CMPC - Custo Médio Ponderado de Capital WACC = Ke E + Kd D D + E D + E Ke = Custo do Capital Próprio D = Endividamento Kd = Custo do Endividamento E = Equity ( Patrimônio Líquido ) T = Alíquota de Imposto de Renda/Contribuição Social Prentice Hall 49

Custo de Capital Fonte Part.(%) Custo (%) Resultado Capital Próprio 60 Empréstimos 40 Total 100 20 15(*) 1.200 600 1.800 WACC = 1.800/100 = 18,0% (*) Líquido de Impostos 50

Custo de Capital (WACC) É a taxa de desconto que deve ser aplicada para se calcular o valor presente de um Projeto ou Negócio É a taxa referencial contra a qual a taxa interna de retorno deve ser comparada Prentice Hall 51

Custo de Capital (WACC) A Empresa só proporciona retorno aos seus proprietários quando a taxa interna de retorno ( TIR ) que seus Ativos Líquidos proporcionam for superior ao WACC. Prentice Hall 52

53