Caderno Tira-Dúvidas MEFP
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- Domingos Chagas da Fonseca
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1 Caderno Tira-Dúvidas MEFP Aula 1: Apresentação do curso, matemática financeira e noções de valor no tempo Q1: Nos financiamentos privados dos projetos de PPPs no Brasil, qual é o sistema de amortização mais utilizado e por quê, quando tratamos de: 1) financiamento bancário por meio de bancos nacionais; 2) financiamento bancário por meio de bancos internacionais? Isso irá depender das negociações com a instituição financeira. No Brasil os sistemas SAC e PRICE tem grande aceitação. Em outros países caberá aos padrões adotados por instituições financeiras caso a caso. Aula 2: Demonstrações Financeiras BP e DRE Q1.A: (Esclarecimento sobre apostila, p.11) Verificando o (BP) da AMS Corporation, no final de 2005 o saldo do ativo não circulante era $ => Na tabela 5, cita este valor como sendo o Saldo Inicial do Imobilizado Técnico em Dúvida: o Ativo não circulante é composto somente do Imobilizado Técnico? Não. O Ativo não circulante normalmente é composto por Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. Para fins de cálculo do fluxo de gastos de capital utiliza-se somente o Imobilizado. Q1.B: No entanto, o balanço de 2005 apresenta um saldo de imobilizado técnico líquido de $ => Na tabela 5 cita este valor como sendo o Saldo Final do Imobilizado Técnico em Dúvida: por um acaso, o texto ficou com o ano errado? De fato a data está trocada. Onde consta No entanto, o balanço de 2005 apresenta um saldo de imobilizado técnico líquido de $ , favor considerar No entanto, o balanço de 2006 apresenta um saldo de imobilizado técnico líquido de $ O arquivo foi revisto. Aula 3: Análise de demonstrações financeiras e indicadores financeiros Q1: Não entendi a resposta da questão 3: Mantendo-se todas as demais informações constantes, quais das transações abaixo aumentará a liquidez corrente de uma determinada empresa, considerando que este é maior que 1? E) Quitação de parte do contas a pagar com recursos provenientes do caixa da empresa: o indicador liquidez corrente é dado por AC / PC. Ao quitar parte do contas a pagar com o caixa, eleva-se o numerador (AC) e diminui-se o denominador (PC), consequentemente elevando-se o indicador de liquidez corrente.
2 Não seria o contrário? Ao quitar a dívida com recursos do caixa, haveria uma redução do ativo circulante e do passivo circulante, não alterando a liquidez corrente? Não. É importante considerar que antes da quitação da dívida a Liquidez corrente já era maior que 1 ( considerando que este é maior que 1? ), ao quitar parte do contas a pagar com caixa, a liquidez corrente aumenta sim. Favor ver exemplo numérico a seguir: Situação com AC/PC > 1 AC PC CAIXA 10 CTS A PAGAR 10 ESTOQUE ANC - PNC - AT - PT - AC/PC = 1,20 Situação com AC/PC > 1 e pagamento de parte do Cts a Pagar com Caixa AC PC CAIXA 5 CTS A PAGAR 5 ESTOQUE ANC - PNC - AT - PT - AC/PC = 1,25 logo, gera aumento da liquidez corrente Q2: Resolução detalhada do exercício 2: Use as informações abaixo da empresa Brasil S.A. e indique o ROE da empresa. O ROE da empresa dado pela identidade Dupont é: ROE = L. Líquido x Receita x Ativo = 0,054 x 1,8 x 1,9 = 0,1847 = 18,47% Receita Ativo PL Isso, porque: Lucro Líquido = EBT Impostos = EBT 0,4 EBT = 0,6 EBT Receita Receita R R EBT = 0,9 EBIT e EBIT = 0,1R EBT= 0,09 R LL/ Receita = 0,6 x 0,09R =0,054 R
3 Q3: Qual a diferença entre EBITDA e EBIT? E a relação entre eles? EBITDA é a sigla em inglês para earnings before interest, taxes, depreciation and amortization, que traduzido literalmente para o português significa: "Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização" (Lajida). EBIT (earnings before interest and taxes em inglês, que é o lucro antes de encargos financeiros - pagamento de juros - e impostos). Q4: E a relação entre ROE e ROA? Lucro Líquido Receita ROE = X X Receita Ativo Total Ativo Total Patrimônio Líquido Margem de Lucro x Giro do Ativo x Multiplicador Alavancagem ROA ROE Aula 5: Custo de capital e estrutura, fluxo de caixa do acionista e fluxo de caixa da empresa Q1: Quando se calcula o WACC de um projeto, o valor encontrado não necessariamente corresponde ao custo de capital de uma estrutura ótima de capital para aquele projeto, correto? Como se procede, então, para encontrar a estrutura ótima de capital de um projeto ou de uma empresa? Neste caso não há uma equação fechada. Para esta análise é necessário uma sensibilidade com dados de um modelo específico, no qual a maior utilização de capital de terceiros (aumento do grau de alavancagem financeira) pode ser simulada, elevando os betas das empresas e, por conseguinte, aumentando o custo de capital próprio. A partir do ponto em que o custo de capital total supera indicadores, como retorno sobre investimento, retorno sobre o equity e ainda e principalmente a Taxa Interna de Retorno (TIR) de um Projeto, pode-se dizer que a estrutura de capital não seria ótima. Q2.A: É correto entender que os fluxos de caixa da empresa (FCLE) ou o fluxo de caixa dos acionistas (FCLA), descontados respectivamente pelo WACC e pelo ke, são sempre calculados em análises de projetos, mas são tratados como fluxos de caixa referenciais? Sim, para a fase de estudos quando solicitados pelo poder concedente no caso de concessões e PPPs. Q2.B: Caso positivo, é correto entender que nas análises de viabilidade, na prática, notadamente de empresas privadas, adotam-se nos cálculos dos fluxos FCLE e FCLA, outras
4 taxas de desconto, levando em conta o retorno que realmente interessa à empresa e ao acionista? Ainda que algumas premissas mudem, os estudos de viabilidade realizados pelas empresas não deveriam destoar tanto dos estudos de referência. Se isto ocorre, deve-se entender as premissas e metodologias utilizadas que levaram a conclusões distintas. Aula 7: Análise de cenários e a ótica do governo Q1: Minha pergunta se refere ao PSC, pois sabemos bem que as informações do setor público não estão disponíveis com facilidade e não são totalmente confiáveis, principalmente quando se trata de contratações e projetos. Como montar uma comparação perfeita entre as contratações tradicionais e via PPP diante da enorme dificuldade de acesso às informações públicas? Quais seriam as fontes confiáveis de obtenção destas informações além dos TCUs? Realmente não se trata de uma tarefa fácil. Comparação perfeita infelizmente não existe. As informações do TCU deveriam ser as mais confiáveis. Aula Complementar 1: Análise e Projeções de Demonstrativos Financeiros Premissas, Aspectos Teóricos e Práticos Q1: Gostaria de solicitar esclarecimentos referente à Aula 1 Extra Planilha Excel: A) Aba Balanço Patrim Simplificado => Como foi calculado o Caixa/(dívida) ou é somente um dado de entrada? Trata-se de um exemplo hipotético e, portanto, é somente um dado de entrada. B) Aba Receitas e Custos Contratuais => Como foram calculados os valores da linha Receita Financeira? Creio que o dos meses 2 e 3 são os que se encontram calculados na Aba Concession -Receb. -Intangiv (células C18 e C20). Poderia enviar o cálculo dos outros meses? Trata-se apenas de um racional de cálculo no qual os demais períodos foram extrapolados. Basta aplicar 6,18% sobre os recebíveis (linha 3) a cada ano na aba da planilha Balanço Patrim Simplificado C) Aba Concession -Receb. -Intangiv Mensuração Inicial do Recebível => Creio que a indicação do cálculo na célula B18 seja (6,18% x $ 350) e na Célula B20 (6,18% x $ 721,60). Sim. O correto é isso (6,18% x $ 350) e na Célula B20 (6,18% x $ 721,60).
5 D) Aba Concession -Receb. -Intangiv Mensuração Inicial do Recebível => Na linha 21 Recebimentos de caixa no ano 3 indica valor negativo de $ 117. Como se chegou a esse valor? Dado de entrada apenas para simbolizar um fluxo negativo. E) Aba Concession -Receb. -Intangiv Mensuração Inicial do Ativo Intangível Linha 27 Serviços de construção no ano 1 ($ 500 x 33%) => Qual a origem dos 33%? Nas linhas 5 e 6 (Ativo Intangível Serviços de Construção Ano 1 e 2) indicam valor de $ 150 e não de $ 165. É apenas uma premissa de percentual de realização de investimentos em ativos. O valor do intengível é $150 para fins de valor a ser pago ao concessionário e o restante trata-se de custo adicional atribuído a operação, o qual foi aleatoriamente assumido. F) Aba Concession -Receb. -Intangiv Mensuração Inicial do Ativo Intangível Linha 28 Custos de financiamento (juros pagos nos anos 1 e 2 x 33%) => o valor digitado na célula C28 ($ 11,0) parece ser referente somente a 1 ano. Valor referente a cada ano. G) Aba FCLA Linha 23 (+) Receitas de construção (poder concedente) => indica valor de $ 500 nos anos 1 e 2, mas o valor total não seria de $ 937? Os custos com contrução são de $500 a cada um dos dois anos. É diferente dos $937 a serem cobertos pelo poder concedente. Não necessariamente há cobertura total. H) Aba FCLA Linha 25 (-) Variação do Capital de Giro => Como foi calculado este valor? O cálculo de variação da receita é uma simplificação, em função da ausência de dados mais detalhados que estariam presentes em um projeto real. A forma tradicional de cálculo da variação de capital de giro líquido (CGL) é pela diferença entre Ativo Circulante e Passivo Circulante. I) Aba FCLA Linha 27 Fluxo de Caixa do Acionista => a fórmula da somatória está positivando a amortização da dívida (linha 26). Está correto? Pelo fluxo de caixa tradicional, deduz-se a amortização de dívida. O que tratamos aqui como amortização de direitos, segue as regras contábeis para concessões. Na prática, esta amortização pode ser entendida como depreciação de ativos. Por isso consta com sinal negativo na DRE (linha 14) e com sinal positivo na linha 26.
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