Metodologia de Preparação Para o Desenvolvimento de Sistemas de Informações: Caso Seguro-Desemprego. Dissertação de Mestrado.



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Transcrição:

Universidade Federal de Santa Catarina Prgrama de Pós-Graduaçã em Engenharia de Prduçã Metdlgia de Preparaçã Para Desenvlviment de Sistemas de Infrmações: Cas Segur-Desempreg Dissertaçã de Mestrad Nrbert Fischer Flrianóplis 2001

Metdlgia de Preparaçã Para Desenvlviment de Sistemas de Infrmações: Cas Segur-Desempreg

Universidade Federal de Santa Catarina Prgrama de Pós-Graduaçã em Engenharia de Prduçã Metdlgia de Preparaçã Para Desenvlviment de Sistemas de Infrmações: Cas Segur-Desempreg Nrbert Fischer Dissertaçã apresentada a Prgrama de Pós-Graduaçã em Engenharia de Prduçã da Universidade Federal de Santa Catarina cm requisit parcial para btençã d títul de Mestre em Engenharia de Prduçã Flrianóplis 2001

IV Nrbert Fischer Metdlgia de Preparaçã Para Desenvlviment de Sistemas de Infrmações: Cas Segur-Desempreg Esta dissertaçã fi julgada e aprvada para a btençã d títul de Mestre em Engenharia de Prduçã n Prgrama de Pós-Graduaçã em Engenharia da Prduçã da Universidade Federal de Santa Catarina BANCA EXAMINADORA Prf. Pedr Felipe de Abreu Ph.D. Orientadr kisüüu. rf. Elizabeth Sueli Specialski, Dr. Vinicius Medina Kern, Dr.

As meus pais e irmãs pis ser étic é a melhr alternativa

VI Agradeciments À Universidade Federal de Santa Catarina À Crdenaçã de Aperfeiçament de Pessal de Nível Superir - CAPES A Orientadr Pedr Felipe de Abreu pel acmpanhament pntual e cmpetente As prfessres d Curs de Pós-Graduaçã As clegas prfessres da UNEB As clegas da Caixa Ecnômica Federal As funcináris d Ministéri d Trabalh e Empreg A tds s que direta u indiretamente Cntribuíram para a realizaçã desta pesquisa.

vii Nem tud que fr enfrentad pderá ser mdificad, mas nada pderá ser mdificad enquant nã fr enfrentad. Epitáfi de Jhn Kennedy

viii SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS... x LISTA DE QUADROS... xii LISTA DE TABELAS...xiii LISTA DE REDUÇÕES... xiv RESUM O...15 ABSTRACT... 15 1 - INTRODUÇÃO... 16 1.1 - Definiçã d Prblema...19 1.2 - Justificativa...22 1.3 - Objetivs Geral e Específics...29 1.3.1 - Objetiv Geral...29 1.3.2 - Objetivs Específics...29 1.4 - Delimitaçã d Estud... 30 1.5 - Metdlgia de Pesquisa... 30 1.6 - Estrutura d Trabalh...32 2 - REFERENCIAL TEÓRICO... 34 2.1 - Tecnlgia da Infrmaçã...34 2.1.1 - Dads...40 2.1.2 - Infrmaçã... 43 2.1.3. Gestã da Infrmaçã... 50 2.1.4 - Plíticas de Utilizaçã da Infrmaçã...54 2.1.5 - Cnheciment...58 2.1.6 - Gestã d Cnheciment e Inteligência... 62 2.2 - Sistemas de Infrmações...65 2.2.1 - Sistemas...65 2.2.2 - Cnceits de Sistemas de Infrmações... 66 2.2.3 - Classificaçã...69 2.2.4 - Sbrevivência da Organizaçã... 72 2.2.5 - Tips de Sistemas de Infrmações...73 2.2.6 - Arquiteturas de Sistemas de Infrmaçã...78 2.2.7 - Metdlgias de Desenvlviment de Sistemas de Infrmaçã... 80 2.2.8 - Metdlgia de Desenvlviment e Implementaçã de Sistemas de Infrmações Gerenciais... 87 2.3 - Aspects Administrativs...92 2.3.1 - Estruturas Organizacinais... 94 2.3.2 - Prcess...117 2.3.3 - Reengenharia de Prcesss...121 2.3.4 - Planejament Estratégic... 133 2.3.5 - Cultura e Relaçã de Pder...... 140 2.3.6 - Mits Organizacinais e Resistência às Mudanças...145 2.3.7 - Cmpetitividade... 152 2.3.8 - O Prcess de Tmada de D ecisã...156 2.4 - Abrdagem Rummler Brache Grup para Redesenh de Prcesss... 162 2.4.1 - Fase de Psicinament d Prjet...167 2.4.2 - Fase de Definiçã d Prjet... 167 2.4.3 - Dcumentaçã e Análise d Prcess COMO ELE É...168 2.4.4 - Prjet d Prcess COMO DEVERIA SER...168 2.4.5 - Planejament e Implementaçã d Prcess COMO DEVERIA SER 169

2.4.6 - Mapa de Relacinament... 169 2.4.7 - Mapa de Prcesss... 170 2.4.8 - Cnclusã da Rummler Brache Grup... 171 3 - METODOLOGIA DE PREPARAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES...172 3.1 - A MPDSI, Cicl PDCA e Tecnlgia da Infrmaçã...173 3.2 - Características Gerais da Metdlgia...175 3.3 - Fases e Etapas da MPDSI... 178 3.3.1 - Fases da M PDSI... 178 3.3.2 - Etapas da M PDSI...183 3.3.3 - Os Macrs Prcesss da Metdlgia...184 3.3.4 - Material Prduzid Pela M PDSI... 185 3.3.5 - Execuçã e Avaliaçã ds Macr Prcesss da Metdlgia...186 4 - APLICAÇÃO DA METODOLOGIA......192 4.1 - Mdel Infrmacinal para s Prcesss da Plítica Pública de Trabalh, Empreg e Renda......195 4.2 - Qualificaçã de Mã-De-Obra...198 4.3 - Intermediaçã de Mã-De-Obra... 201 4.4 - Cadastr Geral de Empregads e Desempregads...203 4.5 - Gestã Financeira...210 4.6 - Segur-Desempreg... 213 4.7 - Mdel Infrmacinal...217 4.7.1 - Cmunicaçã Eletrônica de Dispensa...219 4.7.2 - O Empregadr... 219 4.7.3 - O Cadastr... 220 4.7.4 - O Cartã d Cidadã / Identificaçã Eletrônica... 222 4.8 - Cnsiderações Finais...230 5 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES...231 5.1 - Síntese da Pesquisa... 231 5.2 - Cnclusões... 232 5.3 - Cntribuições da Pesquisa...232 5.4 - Recmendações...233 6 - BIBLIOGRAFIA...236 ANEXO 1...251 ANEXO I I... 253 ix

LISTA DE FIGURAS Figura 1.1: Etapas da Metdlgia de Pesquisa... 31 Figura 1.2: Estrutura d trabalh... 32 Figura 2.1: Fases de Implementaçã da Tecnlgia da Infrmaçã...36 Figura 2.2: Mdel para Estud da Tecnlgia da Infrmaçã...39 Figura 2.3: Prcess de Transfrmar Dads em Infrmaçã...45 Figura 2.4: Mdel de Irírmaçã Estratégica... 46 Figura 2.5: Percentuais d us da infrmaçã... 48 Figura 2.6: Flux simplific,d de dad, cnheciment, infrmaçã...62 Figura 2.7: O Cnceit de Sistema...66 Figura 2.8: Cmpnentes de um Sistema de infrmações...67 Figura 2.9: O Sistema de Infrmações... 68 Figura 2.10: Evluçã ds Sftwares...71 Figura 2.11: Lógica ds Nvs Sistemas de Infrmaçã... 72 Figura 2.12: Evluçã ds Sistemas de Infrmações...75 Figura 2.13: Classificaçã Sistemas de Infrmaçã x Nível Organizacinal...76 Figura 2.14: Tradicinal Estrutura Hierárquica... 95 Figura 2.15: Estrutura Linear... 98 Figura 2.16: Estrutura Funcinal... 99 Figura 2.17: Estrutura Staff e de Linha... 101 Figura 2.18: Estrutura Clegiada...103 Figura 2.19: Estrutura cm base na funçã...106 Figura 2.20: Estrutura Divisinal...108 Figura 2.21: Estrutura cm Base em Prjets... 111 Figura 2.22: Estrutura Matricial... 114 Figura 2.23: Cadeia de Valr de uma Empresa...... 118 Figura 2.24: Visã Gráfica de um prcess...118 Figura 2.25: Visã Gráfica ds Prcesss Interns de uma Empresa...119 Figura 2.26: Prcesss Gráfics d Negóci Empresarial...119 Figura 2.27: Prcess Interfuncinal de uma Empresa... 120 Figura 2.28: Tecnlgia da Infrmaçã na Reengenharia de Prcesss... 124 Figura 2.29: Essencialidade d Td... 125 Figura 2.30: Estratégias Genéricas... 135 Figura 2.31: Sistemas de Infrmações e a Estrutura Hierárquica...143

XI Figura 2.32: Resistência para Nv... 150 Figura 2.33: Mdel das Frças Cmpetitivas...155 Figura 2.34: O Prcess de Tmada de Decisã... 157 Figura 2.35: O Prcess de Tmada de Decisã U RIS...158 Figura 2.36: Tips Básics de Prcesss Existentes em Qualquer Empresa 163 Figura 2.37: Reengenharia de Prcesss pela Rummler Brache Grup... 165 Figura 2.38: Fases da Rummler Brache Grup... 166 Figura 2.39: Exempl de Mapa de Relacinament... 169 Figura 2.40: Exempl de Mapa de Prcesss...170 Figura 3.1: Cicl PDCA x MPDSI...174 Figura 3.2: Fases da MPDSI... 180 Figura 3.3: Quadr Resum da MPDSI... 182 Figura 4.1: Flux de Infrmações d Cadastr Geral de Empregads e Desempregads... 207 Figura 4.2: Mdel Infrmacinal para as Plíticas Públicas de Trabalh, Empreg e Renda...217 Figura 4.3: Base de Dads Integrada para Plíticas Públicas de Trabalh, Empreg e Renda...221

xii LISTA DE QUADROS Quadr 1.1: Técnicas de cleta e análise das infrmações... 32 Quadr 2.1: Evluçã d Cnceit de Infrmaçã... 45 Quadr 2.1: Características da Ba Infrmaçã... 47 Quadr 2.2: Mdalidades da Infrmaçã... 53 Quadr 2.3 Mdels de plíticas n us da infrmaçã... 57 Quadr 2.4: Diferenças entre dads, infrmaçã e cnheciment...60 Quadr 2.5: Evluçã ds Sistemas de Infrmações...71 Quadr 2.6: Evluçã d Cnceit de Arquiteturas...78 Quadr 2.7: Evluçã da Visã de Arquitetura para Sistemas de Infrmaçã.78 Quadr 2.8: Melhria x Reengenharia de Prcesss...123 Quadr 2.9: Tecnlgia da Infrmaçã na Reengenharia de Prcesss... 124 Quadr 2.10: Nível de Mudanças ns Prcesss... 125 Quadr 2.11: Reengenharia X Cntrle Intern... 126 Quadr 2.12: Princípis da Reengenharia de Prcesss... 127 Quadr 2.13: Frças e Cmpnentes de Mudança...143 Quadr 2.14: Evluçã ds Mits...147 Quadr 2.15: Pressupsts e Cntrapressupsts...149 Quadr 2.16: Diferenças entre prduçã cnvencinal e a prduçã enxuta. 153 Quadr 2.17: Tiplgia da Cmpetitividade...155 Quadr 2.18: Enfque Tradicinal X Enfque Sistêmic... 160 Quadr 2.19: Tips de Prcesss Segund a Rummler Brache G rup... 163 Quadr 2.20: Fases e Objetivs d Aperfeiçament de Prcesss...164 Quadr 4.1: Cmparativ da Base de Dads Atual e Prpsta... 223 Quadr 4.2: Identificaçã Única d Trabalhadr... 224 Quadr 4.3: Inversã d ônus da prva...225 Quadr 4.4: Vinculaçã d Segur-Desempreg cm Ações de Empreg...226 Quadr 4.5: Melhria d Atendiment... 227 Quadr 4.6: Inibiçã de Fraude... 228 Quadr 4.7: Custs peracinais e tecnlógics... 229

Xlll LISTA DE TABELAS Tabela 2.1: Desenvlviment ingredientes chave para implementaçã de Tecnlgia da Infrmaçã... 37 Tabela 2.2: Tips de Dads...42 Tabela 2.3: Cmparaçã ds Diverss Tips de Sistemas de Infrmaçã....77 Tabela 2.4: Evluçã da Utilizaçã ds Sistemas de Infrmações nas Empresas... 86 Tabela 2.5: Cmparaçã da Estruturas Organizacinais... 96 Tabela 2.6: Fatr human na implementaçã de sistemas de infrmaçã... 116 Tabela 3.1: Relaçã entre Fases e Etapas da Metdlgia...183

X IV LISTA DE REDUÇÕES CAGED CAIXA CET CGETIP Cl CIS CMT CNIS CODEFAT DRT DSS ESS FAT FGTS GIS GT IIS MDSI MIS MN MPDSI MTE OAS OIS ONG PARC PE PEQ PIS/PASEP PPTER PRODESA PROGER PRONAF PTE RAIS RBG REP SI SIG SINE SPPE SPT STb TCU Tl TPS UFSC Cadastr Geral de Empregads e Desempregads Caixa Ecnômica Federal Cmissões Estaduais de Empreg Planejament d MTE Capital Intelectual Crprate Infrmatin Systems Cmissões Municipais de Trabalh Cadastr Naci^a- de Identificaçã Scial Cnselh deliberativ d fund de ampar a trabalhadr Delegacia Reginal d Trabalh Decisin Suppr-i Systems Executive Supper: Systems Fund de Ampar a Trabalhadr Fund de Garantia pr Temp de Serviç Glbal Infrmatin Systems Grup de Trabalh Inci/idual Infrmatin Systems Metdlgia de Desenvlviment de Sistemas Management Infrmatin Systems Manual Nrmativ da Caixa Ecnômica Federal Metdlgia de Preparaçã para Desenvlviment de Sistemas Ministéri d Trabalh e Empreg Office Autmatin Systems Operatinal Infrmatin Systems Organizaçã Nã Gvernamental Prgramas nacinais e reginais d MTE cm órgã públics e privads para prgramas e prjets de alcance reginal e nacinal Planejament Estratégic Plans Estaduais de Qualificaçã prfissinal Prgrama de Integraçã Scial/Prgrama de Frmaçã d Patrimôni d Servidr Públic Plíticas Públicas de Trabalh Empreg e Renda Prjet de Api a Desenvlviment d Setr Agrári Prgrama de Geraçã de Empreg e Renda Prgrama Nacinal de Agricultura Familiar Plíticas de Trabalh e Empreg Relaçã Anual de Infrm ações Sciais Rummler Brace Grup Entidar. s Executras Sistemas de Infrmaçã Sistema de Infrmações Gerenciais Sistema Nacinal de Empreg Secretaria de Plítica Pública e Empreg Sistema de Prcessament de Transações Sistema de Trabalh e Empreg Tribunal de Cntas da Uniã Tecnlgia da Infrmaçã Transactin Prcessing Systems Universidade Federal de Santa Catarina

15 RESUMO FISCHER, Nrbert. Metdlgia de Preparaçã para Desenvlviment de Sistemas de Infrmações. 2001. 231 f. Dissertaçã (Mestrad em Engenharia da Prduçã) - Prgrama de Pós-Graduaçã em Engenharia da Prduçã, UFSC, Flrianóplis. Esta pesquisa tem pr bjetiv definir uma Metdlgia de Preparaçã para Desenvlviment de Sistemas de Infrmações (MPDSI) que permita a cnstruçã da visã sistêmica da empresa e identificar s prcesss crítics da rganizaçã, de frma que esta metdlgia pssa cntribuir diretamente na remdelagem rganizacinal u n prcess de desenvlviment ds Sistemas de Infrmações aprximand s Sistemas de Infrmações das reais necessidades da rganizaçã e ptencializand a cmpetitividade da empresa. Palavras-Chaves: Sistemas de Infrmaçã, Metdlgias de Desenvlviment, RBG, Metdlgia, Segur-Desempreg, CAGED. ABSTRACT FISCHER, Nrbert. Methdlgy t Prepare fr Develpment f Infrmatin Systems. 2001. 10Of. Dissertatin (Master's degree in Engineering f the Prductin) - Prgram f Masters degree in Engineering f the Prductin, UFSC, Flrianóplis. The bjective f this research is t define a Methdlgy f Preparatin fr Develpment f Infrmatin Systems (in Prtuguese, MPDSI), that helps t develp a systematic view f the enterprise and t identify its critical prcesses, in a way that this develpment can cntribute directly in the rganizatin's remdeling r in the develpment f Infrmatin Systems, making them useful t enterprises and imprving its Cmpetitive Advantage. Key wrds: Infrmatin Systems, Develpment Methdlgies, RBG, Unemplyment Insurance, c a g e d.

16 1 - INTRODUÇÃO Cnsiderand a chegada d sécul 21 é surpreendente fat de que a mairia ds prgramas criada u administrada pel Gvern Federal encntrase defasad tecnlgicamente, cnceitualmente e sem a integraçã de seus bancs de dads, infrmações e prcesss, apesar ds cnstantes investiments realizads pels gestres públics em pesquisas, capacitaçã e em Tecnlgia da Infrmaçã (Tl). N âmbit d Gvern Federal a mair parte ds Prgramas e Prjets de cunh scial encntra-se neste cntext, cm pr exempl: PRODESA - Prjet de Api a Desenvlviment d Setr Agrári. CAIXA (MN SA 005 01, 2001); PRONAF - Prgrama Nacinal de Agricultura Familiar (PRONAF2000) e CAIXA (MN SA 007 01,2001); Cmunidade Ativa - Prgrama de Desenvlviment Lcal Integrad e Sustentável (PR, 2000). Estes prgramas pssuem seus prcesss sistêmics suprtads pr platafrmas tecnlógicas isladas, cm bases de dads próprias e sem a devida integraçã sistêmica de infrmações cm utrs Prgramas d própri Gvern. Observand neste cenári, a dificuldade em reduzir e unificar s prcesss burcrátics existentes e, agregad a ist, fat de existir a necessidade de se bter rapidamente infrmações úteis n prcess de tmadas de decisões para administraçã as recurss públics é que Gvern Federal está apstand, agra, n Prjet Gvern Eletrônic, n qual tem cm bjetiv reduzir a mínim s prcesss burcrátics1. Decret Lei 3.585, Setembr/2000.

17 Apesar de existirem prjets cm este e ds cnstantes investiments realizads em Tl n Gvern Federal, s cntexts tecnlógic e infrmacinal cntinuam ainda desfavráveis, aumentand ainda mais a precupaçã ds articuladres da plítica pública em pder prestar bm atendiment àquela fatia da sciedade que necessita de sustentabilidade, api a sua dignidade e resgate de sua cndiçã scial (PPP IPEA, 1995)2. Um exempl sã as plíticas de empreg d Gvern Federal (MTE 2000). As plíticas de Estad (MTE 2000) cm relaçã à questã d empreg assentam-se em duas frentes, send uma prgramática e utra nrmativa. N primeir cas, cmpete a Estad executar plíticas de fment a empreg e à educaçã, qualificaçã e requalificaçã prfissinal, bem cm, desenvlver prgramas de prteçã a trabalhadr. N segund, é necessári mdernizar as instituições que regem as relações entre capital e trabalh n país. A questã d empreg, prtant, exige ações gvernamentais de caráter nrmativ e prgramátic, desdbrand-se em plíticas ativas e passivas. As plíticas ativas destinam-se à prmçã d empreg, a aument da empregabilidade, da frça de trabalh, assim cm a refrma d marc legal visand a facilitar e a estimular a criaçã de empregs de qualidade. As plíticas passivas visam a prteçã d trabalhadr desempregad (MTE 2000). N primeir cas cmpete a estad executar plíticas n sentid de resgatar trabalhadr de sua cndiçã desfavrável, já n segund cas cmpete a gvern investir em tecnlgia para mdernizar as instituições que regem as relações entre capital e empreg n Brasil. O text apresenta duas plíticas de atuaçã que sã regras para Gvern, a primeira é uma plítica ativa nde é respnsabilidade d gvern a criaçã de empreg, de qualificaçã e intermediaçã d trabalhadr para uma reclcaçã n mercad de trabalh, e n cas da plítica passiva gvern deverá da sustentabilidade a trabalhadr n cas de desempreg. 2 PPP IPEA, Númer 17 - Jun de 1998, PPP Númer 12 - Jun/dez 1995.

18 Mas nada dist pderá crrer sem infrmaçã, sem um suprte sistêmic adequad e sem uma visã ampla ds prcesss das Plíticas Públicas de Empreg integradas, inclusive, cm s demais prgramas d Gvern Federal. Sã inúmeras as sluções mágicas existentes n mercad para slucinar a falta de infrmações e s prblemas administrativs, assim cm sã diversas as Metdlgias de Desenvlviment de Sistemas de Infrmações que se apresentam cm suficientes para gerar Sistemas de Infrmações capazes de slucinar qualquer prblema existente n mund empresarial. A implementaçã de sistemas de gestã peracinal, de infrmações táticas e estratégicas integrand tda a Plítica de Empreg é pilar de sustentaçã para que Gvern pssa cumprir seu papel scial. N entant a utilizaçã de recurss tecnlógics deve ser trabalhada de frma racinal, cntempland s aspects negciais que auxiliem á sbrevivência das rganizações, aumentem sua cmpetitividade, reduzam custs ns negócis e n, cas d Gvern Federal, subsidie a cumprir seu papel de agente scial. A busca pela integraçã das estratégias cm s recurss tecnlógics é a frma que se pssui para viabilizar e ptencializar negóci, exigind ds gestres açã crdenada, elabrada e cnsistente, pis us de qualquer tecnlgia desprvida de uma adequada metdlgia de implantaçã pde nã gerar s resultads esperads. Neste cntext a aplicaçã de uma metdlgia frmal de preparaçã para desenvlviment das aplicações facilita a cmpreensã das necessidades infrmacinais e as priridades de sistemas de infrmaçã, de frma a rientar desenvlviment e implantaçã de sistemas de infrmações eficientes e efetivs a negóci rganizacinal. É imprtante lembrar que a mairia das metdlgias de desenvlviment de sistemas fi criada nas décadas de 70 e 80 quand a realidade scial e empresarial era cmpletamente diferente da situaçã atual.

19 Este trabalh, num primeir mment, prpõe uma Metdlgia de Preparaçã para Desenvlviment de Sistemas de Infrmações que têm cm bjetiv resgatar a visã sistêmica necessária d negóci, apntar s principais prcesss crítics para a rganizaçã e minimizar s impacts negativs das relações humanas tais cm cultura e relaçã de pder, hje nã cntemplad pelas Metdlgias de Desenvlviment de Sistemas de Infrmações, de frma que, esta preparaçã pssa cntribuir diretamente na remdelagem rganizacinal e n prcess de Desenvlviment ds Sistemas de Infrmações necessárias à sbrevivência da rganizaçã. Em segund mment apresenta a aplicaçã da metdlgia n prgrama d Segur- Desempreg d Gvern Federal resultad da parceria entre Ministéri d Trabalh e Empreg (MTE) e a Caixa Ecnômica Federal (CAIXA). 1.1 - Definiçã d Prblema É cmum pensar na Tecnlgia da Infrmaçã, Tl, cm a sluçã para prblemas e situações enfrentadas pelas rganizações, tais cm: de infrmaçã, de cmpetitividade, de autmaçã, entre utrs. PORTER (1989, P153 e P183) afirma que nem tda transfrmaçã tecnlógica é estrategicamente benéfica; ela pde pirar a psiçã cmpetitiva de uma empresa e a atratividade da indústria. A alta tecnlgia nã garante a rentabilidade, e que investiment na Tl deve ser a transfrmaçã da tecnlgia em uma arma cmpetitiva, e nã em uma curisidade científica. O que se busca é trcar infrmações e cnheciments para que se viabilize prcess de tmada de decisões e, pr ist, trna-se vital diferenciar tip de infrmaçã que seja relevante para a rganizaçã em seus diverss níveis de decisã cm as seguintes características, segund a ENCICLOPÉDIA NOVA ECONOMIA (1999).

20 Premissas: estar fcad nas reais necessidades de infrmaçã - cm a grande quantidade de infrmaçã que agregam puc valr a prcess deve-se ater smente as infrmações imprtantes:. adequar as fntes de infrmações às necessidades identificadas e a realidade ds usuáris;. definir cm s gestres que se utilizarã a infrmaçã, em funçã d seu perfil, nível de detalhament, a frma de apresentaçã e freqüência.. adequar-se u dispnibilidade de recurss tecnlógics, financeirs e humans para fazer a implementaçã. É sempre imprtante lembrar que a infrmaçã é alg human, multiplicável, substituível, transferível, difusa, cmpartilhavel e faz parte d prcess que se está trabalhand, lg SI resultante deverá pssibilitar entendiment sistêmic d prcess. N mund atual cmpete-se pr uma cntinuidade sustentável da empresa, ist é, pela capacidade de se manter n mercad de frma eficaz e a infrmaçã e a base desta sustentabilidade cmpetitiva. Para ptencializar a cmpetitividade pdems pensar ns Sistemas de infrmações cm recurs tecnlógic de real aplicabilidade AVISON & FITZGERALD (1997, P421): SI internamente à rganizaçã na administraçã de recurss materiais, humans e financeirs buscand rapidez, padrnizaçã e precisã ds valres referentes as recurss dispníveis; SI n ambiente extern permitind estud e análise ds mercads, incluind-se clientes, cncrrentes e frnecedres. Em utras palavras s sistemas pdem auxiliar a rganizaçã a perar melhr pssibilitand ganh de prdutividade, diminuiçã de custs, flexibilidade ns prcesss e analisand as ameaças e prtunidades d ambiente extern.

21 Segund AVISON & FITZGERALD (1997, P421) s sistemas de infrmações sã cnstruíds pels seguintes mtivs: busca pr um melhr prdut final; busca pr um melhr prcess de desenvlviment de sistemas de infrmações; e utilizaçã de um prcess padrnizad. As rganizações a buscarem uma metdlgia de desenvlviment de sistemas de infrmações (MDSI) devem estar cnscientes de suas necessidades para que pssam esclher sua metdlgia aprpriadamente. Independente d grau de maturidade da Tl de uma empresa para utilizaçã n desenvlviment de sistemas de infrmações (SI) alguns itens nã sã cnsideradas pelas Metdlgias Existentes: visã sistêmica ds negócis; visibilidade e clareza n entendiment ds prcesss; nível de detalhament e entendiment cmpatível cm cnheciment d usuári. Estas lacunas justificam aperfeiçament u criaçã de nvas metdlgias cm a visã d usuári, a cultura rganizacinal, s tips de SI, s tips de empresa e a integraçã cm desenvlviment de sftwares cm destaque na cultura rganizacinal das empresas e sua influência n prcess de tmada de decisã. Diante d expst surge a seguinte pergunta a ser respndida: Cm utilizar as MDSI existentes bservand preenchiment destas lacunas?

22 1.2 - Justificativa A respsta a questinament acima pde ser encntrada se a empresa fr bservada sistematicamente, tend em vista que as MDSI pdem perceber a empresa de duas frmas distintas: pr intermédi da visã mecanicista; u pr intermédi da visã sistêmica. FUKS E LEGEY (1998) fazem cnsiderações sbre s paradigmas analític e sistêmic, cnsiderações estas que refletem claramente a imprtância desta prpsta. O prcess Analític, base d discurs de Descartes, tem cm fundament at de dividir em partes prblema para facilitar entendiment d td. O sucess deste pensament é incntestável e geru fruts cm a própria mecânica Newtniana e a base de tdas as ciências da vida humana mderna. Em cntrapartida esta visã é inadequada quand necessitams ter visã cmpleta d td e nã das partes, pis nem td sistema quand smada as partes nã é igual a td e pr ist existe que é denminad de visã sistêmica. A principal característica da visã sistêmica é tentar estudar as partes levand em cnta seu papel na estrutura d td, iss implica n cnceit de que td, resultante da junçã das partes, é mair d que simplesmente a sma destas.

23 Tecnlgicamente faland a visã analítica é adequada, mas quand relacinams s aspects tecnlógics cm aspects humans a visã analítica deixa de ser suficiente e passa apresentar dificuldades em sua representabilidade. Um ambiente rganizacinal é cnstituíd de cultura e relaçã de pder, send estes aspects sciais, nã racinais e de cmplexa representaçã, a própria tmada de decisã ds administradres tem frte base ns aspects sciais nã passíveis de serem representadas pel paradigma analític. O reducinism é base da visã analítica e hlism é base da visã sistêmica e juntas é pssível bter a visã das partes e a visã d td permitind melhr cmpreensã da realidade, d prblema e das sluções prpstas. Segund VERGARA (1999, P4-6) a visã mecanicista é aquela que vê mund cm se fra uma grande máquina, nde tud que nele existe (pessas, equipaments, materiais, animais, vegetais) sã peças de engrenagem, send a palavra chave a funçã. Já, a visã sistêmica é uma maneira de uma empresa, as partes cm um td estã, send a palavrachave aí é rganizaçã. Para VEGARA a visã mecanicista é a visã predminante ns dias atuais, assim, as terias de Descartes, Bacn e Newtn, entre utras, estã reveladas, n ambiente empresarial, na fragmentaçã das tarefas, na especializaçã cmpartimentalizada, na verticalizaçã prnunciada, na rigidez de cmand e de cntrle, dit de utra maneira, estã reveladas nas frmas Taylristas, Frdistas e burcráticas de rganizaçã d trabalh e sua gestã. VERGARA destaca alguns pnts que distinguem a visã sistêmica da mecanicista: mecanicista: enfatiza as partes, pensament linear; sistêmica: enfatiza td, pensament nã linear, cntext, aspects imprtantes smente sã percebid pela interaçã cm td. Cmplementand esta análise destacams ZIEMER (1996, P17, 18) defendend que a visã sistêmica demnstra que a rganizaçã, cm qualquer rganism, nã vive islada, mas insere-se numa relaçã de interdependência cm ambiente.

24 Existem características existentes smente para td, que nã pde ser encntrad nas partes e esta visã sistêmica precisa cntextualizar as partes para entender funcinament d td3. Agregand à necessidade de se ter uma visã sistêmica pdems citar RUMMELER & MURPHY (1991) Enquant as tecnlgias que desenvlvems e clcams n mercad sã bem mdernas, nssas práticas e plíticas administrativas sã bem arcaicas. Estams administrand através de estruturas departamentais verticais". Segund s autres para que uma empresa pssa ser cmpetitiva é necessári: s diretres e gerentes e tds s níveis precisam ver e entender a rganizaçã cm um sistema. Eles precisam entender relacinament dentr e entre suas funções (subsistemas); as rganizações precisam ser mdificadas u reprjetadas para que se trnem sistemas eficientes; as rganizações devem ser administradas em tds s níveis, cm sistemas. Cm visã similar DAVENPORT (1993, P48) afirma que existem exempls específics ns quais nvas tecnlgias permitem auments enrmes de prduçã, u reduçã de custs, mas quand se trata de lucrs nã existem prvas claras de que a nvas tecnlgias tenham aumentad a prdutividade u lucratividade, e destaca que pst é verdade, nde investiment em nvas tecnlgias cincidiu cm a minimizaçã geral da prdutividade e da lucratividade. Além da necessidade de se ter visã sistêmica GIANESI & CORREA (1996, P136) afirmam que a decisã referente a investiments em tecnlgia devem sempre levar em cnta pel mens três diferentes aspects : adequaçã da tecnlgia às necessidades estratégicas da empresa; viabilidade ecnômica e peracinal da tecnlgia; e riscs envlvids cm adçã u nã da tecnlgia. 3 http://www.isss.rg/lumlvb.htm acessad em 23/12/2000-23:00 hras.

25 De tds s cnceits e visões apresentadas destaca-se: necessidade de se ter visã sistêmica; apesar da tecnlgia mderna a administraçã é, na sua mairia, arcaica; nã existe prva que investiment em Tl tenha gerad lucratividade; necessidade de adequar investiment de Tl cm as estratégias da empresa. Nas últimas três décadas s sistemas de prcessament de dads eram usads pelas grandes empresas principalmente para autmatizar prcesss, send s bjetivs ds prcessaments a reduçã de custs e temp para execuçã de rtinas peracinais. Os prduts pderiam ser entregues cm atras, pr nã serem prcesss crítics e cm riscs mínims a negóci da crpraçã s atrass eram aceits naturalmente. Atualmente s SI passaram a ser fatr crític de sucess na peracinalizaçã de prcesss fundamentais e cnseqüentemente influenciam diretamente a cmpetitividade da rganizaçã. Neste cntext devems bservar dis fcs: fc n ser human; fc na empresa; Em relaçã a ser human destaca-se GARBIN (2001, P14) quand afirma que sms agentes de mudança e aprendizes em busca de cnheciment e sabedria.

26 Em relaçã a empresa DRUCKER (1988, P3-4) alerta que as empresas, principalmente as de grande prte, nã têm muita esclha: elas terã de ser baseadas na infrmaçã. O centr de gravidade ds empregs está mudand rapidamente de trabalhadres manuais e de escritóri para trabalhadres de cnheciment que resistem a mdel de cmand e cntrle que as empresas pegaram emprestad ds militares há cem ans., mais adiante n rnesm text DRUCKER(1988, P8) desenvlve suas idéias: as rganizações baseadas em infrmaçã, em utras palavras, requerem bjetivs clars, simples e cmuns traduzids em ações específicas. Cmplementand esta frma de pensar citams GARBIN (2001, P46) fazend referência a JOÃO KON que teria afirmad que nrmal significa aquil que é habitual, que crre cm mais freqüência. Ns temps atuais, a turbulência é habitual e crre cm mair freqüência. Entã a turbulência é a nrmalidade, entã GARBIN (2001) cnclui que é vital ter infrmaçã, flexibilidade e prntidã para melhr executar que deve ser feit e para invar, cm velcidade. GARBIN (2001) reflete questinand-se na pssibilidade de que, talvez, a grande causa d desapareciment das empresas seja mtivada pel mau us das infrmações, haja vista que na grande mairia das vezes elas já as detém. Apesar de tds s avançs tecnlógics da Tl das últimas décadas existe distância entre a dispnibilidade de infrmações e sua efetiva utilizaçã ns prcesss crítics das crprações. Desta frma, uma melhr visã sistêmica ds prcesss e das reais necessidades rganizacinais prprcina aument cnsiderável n desempenh das empresas.

27 Segund RUMMER & BRACHE (1994) a mair parte ds gerentes nã cmpreendem as características básicas de suas empresas, u seja, cm a empresa fabrica e distribui seus prduts u serviçs. A razã primária desta falta de cmpreensã é riunda de uma visã defeitusa de sua rganizaçã, send a tradicinal representaçã da estrutura rganizacinal através de rgangramas funcinais inibem uma visã mais ampla e hrizntal d relacinament cm clientes e frnecedres, e cm flux pr mei d qual sã desenvlvids, prduzids e distribuíds prduts e serviçs n mercad. Acrescentam que a visã de sistemas de uma rganizaçã é pnt de partida para a criaçã e gerenciament de rganizações que respndam eficientemente à nva realidade de cncrrência acirrada e expectativas em mutaçã ds clientes. Pr intermédi da representaçã sistêmica é pssível uma melhr capacidade da empresa em lidar e adaptar-se a cenáris impsts pr crise e cnstantes mudanças. Ainda destacam que a necessidade de redesenhar seus prcesss empresariais tend em vista que s mesms em uma estrutura cnvencinal tendem a estar fragmentads e encberts pela departamentalizaçã inibind, prtant, atendiment das exigências de mercad e uma melhr utilizaçã das facilidades dispnibilizadas pr recurss da tecnlgia da infrmaçã. VERGARA (1999, P4-6) alerta que em nssa sciedade cntemprânea, estendems nssa visã fragmentada d ambiente natural, nã só a ambiente scial, quant a nós mesms e cntinua dizend que sms seres dividids, alienam-ns da natureza e de nsss cmpanheirs humans dessa grande nave planetária manifestada nas nssas empresas, nas nssas famílias, nas nssas agremiações e alerta que precisams, prtant, pôr em prática a visã sistêmica. ROQUE (1998, P64-65) apresenta a evluçã das sluções em Tl que, se analisadas sb este fc, demnstra um retrn à visã sistêmica quand as sluções apntam para que se pssa entender td. 1980 - sluções crprativas centralizadas; 1985 - sluções para indivídu; 1990 - sluções para grups de trabalh;

28 1995 - sluções integradas para a empresa; 2001 - sluçã para integraçã entre as empresas. Apesar da evluçã das MDSI nã existe ainda Metdlgia que facilite a representatividade ds prcesss crítics facilitand a visã sistêmica. ROQUE (1998, P64-65) faz cmparaçã detalhada em seu trabalh e apresenta três grups Je metdlgias de desenvlviment de sistemas: técnicas estruturadas; engenharia da infrmaçã; rientaçã a bjets. Cm base na revisã bibligráfica bserva-se que, independente da MDSI e de suas características, tdas elas apresentam necessidade de melhrar s dis itens abaix: qualificar a visã sistêmica da crpraçã e identificar s prcesss crítics; aumentar a visibilidade da estrutura rganizacinal, seu relacinament cm ambiente extern e a sua influência sbre desenvlviment ds SI. Cm base neste cenári uma nva Metdlgia de Preparaçã para Desenvlviment de Sistemas de Infrmações (MPDSI) será prpsta, de frma a permitir a cnstruçã da visã sistêmica da empresa e identificar s seus prcesss crítics facilitand desenvlviment de SI, independente da metdlgia de desenvlviment adtada pela empresa. Esta metdlgia está baseada em duas utras metdlgias, a Rummeler Brace Grup (RBG) que tem cm bjetiv identificar, mapear e apresentar as disfunções ds prcesss crítics da empresa e a Metdlgia de Desenvlviment e Implementaçã de Sistemas de Infrmações d Djalma de Oliveira Rebuças.

29 1.3 - Objetivs Geral e Específics 1.3.1 - Objetiv Geral Esta pesquisa tem pr bjetiv geral prpr uma Metdlgia de Preparaçã para Desenvlviment de Sistemas de Infrmações (MPDSI) que permita a cnstruçã da visã sistêmica da empresa e identificaçã ds prcesss crítics da rganizaçã, de frma que esta metdlgia pssa cntribuir diretamente na remdelagem rganizacinal u n prcess de desenvlviment ds Sistemas de Infrmações aprximand-se das reais necessidades da rganizaçã. 1.3.2 - Objetivs Específics Fazer revisã e cnslidaçã da literatura sbre: s cnceits fundamentais da Tecnlgia da Infrmaçã; s cnceits fundamentais ds Sistemas de Infrmaçã; s aspects administrativs que influenciam n desenvlviment e implantaçã ds Sistemas de Infrmaçã; metdlgias de Desenvlviment de Sistemas de Infrmaçã. Identificar na literatura as características necessárias para elabraçã da Metdlgia de Preparaçã a Desenvlviment de Sistemas de Infrmações (MPDSI). Apresentar de frma simplificada a metdlgia Rummler Brache Grup e as fases de implementaçã e desenvlviment de Sistemas de Infrmaçã que serã base na cnstruçã da MPDSI; Explicitar as Fases e Etapas da MPDSI. Aplicar a metdlgia, em frma de estud de cas, n Prgrama d Segur-Desempreg.

30 1.4 - Delimitaçã d Estud A revisã das nrmas legais que regulamentam as diretrizes para as Plíticas Públicas de Trabalh Empreg e Renda (PPTER) será cmpleta, mas estarã indicadas neste trabalh apenas aquelas que pdem influenciar a estruturaçã final d mdel de infrmações. Pr utr lad, a pesquisa sbre as metdlgias de desenvlviment de sistemas de infrmações nã pretende ser exaustiva, pis a quantidade de metdlgias é extensa e fat de analisar aquelas mais cnhecidas é suficiente para definir a MPDSI que será aplicada n Prgrama d Segur- Desempreg. A aplicaçã da MPDSI englbará análise da situaçã atual, indicaçã das disfunções existentes e prpstas de melhrias ns prcesss e na mdelagem sistêmica. Nã será bjet de estud a implementaçã d Sistema de Infrmaçã, estud da viabilidade ecnômica d mdel prpst, a descriçã detalhada das funcinalidades, própri desenvlviment d Sistema de Infrmações u a reestruturaçã ds prcesss crítics mapeads. 1.5 - Metdlgia de Pesquisa Este trabalh fi realizad em seis mments (Figura 1.1): primeir fram definids s bjetivs d trabalh e a delimitaçã da pesquisa; segund fi realizada revisã bibligráfica sbre s seguintes assunts: Tecnlgia da Infrmaçã; Sistemas de Infrmações; Aspects Administrativs; Metdlgias de Desenvlviment de Sistemas de Infrmações.

31 em seguida fi prpsta a Metdlgia de Preparaçã para Desenvlviment de Sistemas de Infrmações que é bjetiv mair deste trabalh; aprvaçã da MPDSI pel Ministéri d Trabalh e Empreg (MTE) e Caixa Ecnômica Federal (CAIXA); aplicaçã da MPDSI n atual Prgrama d Segur-Desempreg cm a elabraçã e cnstruçã ds dcuments prevists pela metdlgia; cnstruçã deste dcument para ser avaliad e aprvad pela banca examinadra da UFSC na btençã d Títul de Mestre. Figura 1.1: Etapas da Metdlgia de Pesquisa Definiçã d Objetiv d Trabalh e delimitaçã da pesquisa Revisã bibligráfica sbre s temas envlvids Definiçã e caracterizaçã da metdlgia Aprvaçã da Metdlgia pela CAIXA & MTE Aplicaçã da Mettdlgia n Prgrama d Segur- Desempreg e CAGED Cnstruçã d Dcument Final - Dissertaçã O Quadr 1.1 apresenta cm as infrmações fram cletadas e feitas as análises das infrmações.

32 Quadr 1.1: Técnicas de cleta e análise das infrmações Técnica de cleta Métds de Análise ^ Pesquisa bibligráfica e Avaliaçã crítica da literatura recente sbre internet Tl, SI, etc, cm bjetiv de subsidiar Cnsulta a manuais e relatóris técnics da CAIXA e MTE Entrevistas de técnics d MTE Fnte: Adaptad de GARBIN (20C"'. P7). referencial teóric; Levantament das funcinalidades das unidades/pessas que utilizarã sistema para mapeament d cenári atual, e prpst, d Prgrama d Segur-Desempreg e Cadastr Geral de Empregads e Desempregads. Classificaçã da predminância das necessidades ds usuáris que atuam n nível gerencial tátic. 1.6 - Estrutura d Trabalh Este item d trabalh apresenta a estruturaçã da pesquisa (Figura 1.2): C ap itu l 1 Intrduçã C ap itu l 2 R evisã Bibligráfica C ap itu l 3 M etdlgia C ap itu l 4 Estud de C as C a p ítu l 5 C nclusã d Trabalh C a p ítu l 6 B ibligrafia utilizada Figura 1.2: Estrutura d trabalh N capítul 1 - encntra-se a apresentaçã d prblema de pesquisa, a justificativa para viabilidade da pesquisa, s bjetivs geral e específics, a delimitaçã d estud, a estruturaçã d trabalh e a metdlgia de pesquisa.

Bibliteca Universitária I -^hs-' UFSC I 33 N capítul 2 - encntra-se a revisã bibligráfica necessária para a pesquisa, que englba cnceits de Tl, SI, MDSI e s aspects administrativs. N capítul 3 - encntra-se estud de cas realizad n Prgrama d Segur-Desempreg. N capítul 4 - encntra-se a aplicaçã da pesquisa em estud sbre Prgrama d Segur-Desempreg d Ministéri d Trabalh e Empreg que é peracinalízad pela Caixa Ecnômica Federal. N capítul 5 - encntra-se a cnclusã d trabalh e recmendações para trabalhs futurs; N capítul 6 - encntra-se as referências bibligráficas pesquisadas.

34 2 - REFERENCIAL TEÓRICO Este capítul apresenta a revisã da literatura realizada para a cnstruçã e embasament da Metdlgia de Preparaçã para Desenvlviment de Sistemas de Infrmaçã. O referencial teóric está estruturad em três grups básics: Tecnlgia da Infrmaçã - abrda s aspects fundamentais da tecnlgia e indicand s cnceits utilizads na cnstruçã e aplicaçã da MPDSI; Aspects administrativs - apresenta diverss cnceits que devem ser bservads n desenvlviment de SI, que também serã cnsiderads pela MPDSI; Sistemas de Infrmações - relacina definições de SI utilizada neste trabalh e uma cletânea de metdlgias de implementaçã de sistemas relacinadas à prpsta; Os cnceits envlvids na cnstruçã e utilizaçã de sistemas de infrmações sã ampls em influência e abrangência, pis perpassam desde a nçã de dads, estruturas rganizacinais até aspects das relações humanas. Essa característica faz cm que a pesquisa abrde estes cnceits, genericamente cm intuit de relacinar as diversas linhas de pensament e cnseqüentemente bter entendiment necessári para a prpsta da MPDSI e de sua cntribuiçã acadêmica, científica e scial. 2.1 - Tecnlgia da Infrmaçã Este item d trabalh apresenta s cnceits fundamentais sbre a Tecnlgia da Infrmaçã - Tl, cnceits estes que fram parte ds insums para cnstruçã da MPDSI e bservads na aplicaçã da metdlgia.

35 Os dicináris MICHAELIS (1998, P2030), AURÉLIO (1975, P1360) e BRITANNICA (1982, P1675) apresentam a definiçã de tecnlgia cm um cnjunt de prcesss especiais relativs a uma determinada arte u indústria, u linguagem peculiar a um ram determinad d cnheciment teóric u prátic e aplicaçã ds cnheciments, especialmente científics, à prduçã em geral. Cm fc mais específic YONG (1992, P78-87) defende que a Tl é a cnvergência de diversas crrentes de desenvlviment tecnlógic, incluind micreletrônica, ciência da cmputaçã, telecmunicações, engenharia de sftware e análise de sistemas. ABREU & RESENDE (2001, P76) cnceituam a Tl cm recurss tecnlógics e cmputacinais para a geraçã e us da infrmaçã e ABREU & AGRASSO (2000, P102) definem Tl cm tds s recurss tecnlógics para armazenagem, tratament e recuperaçã de dads, que sã transfrmads em infrmações úteis à sciedade. Os seguintes autres apresentam cnceits de Tl relacinads cm desenvlviment de sistemas u para s Sistemas de Infrmações: CAMPOS (1994, P33-45) define Tl cm um cnjunt de hardware e sftware que desempenha uma u mais tarefas de prcessament de infrmações, fazend parte d sistema de infrmaçã das rganizações, que inclui cletar, transmitir, estcar, recuperar, manipular e exibir dads. OLIVEIRA (1998, P140) define tecnlgia da infrmaçã cm cnjunt de cnheciments que sã utilizads para peracinalizar as atividades na empresa para que seus bjetivs pssam ser alcançads. O desenvlviment de um sistema específic de Tl sã necessárias três fases, a saber WALTON (1994, P14-15): mldar cntext antes d desenvlviment d sistema: desenhar sistema; sistema é intrduzid, perad e difundid.

36 Cnsiderand as três fases de WALTON (1994) para a Tl, este trabalh pder-se-ia ser caracterizad cm um pass inicial da primeira fase, nde se busca ter a melhr visibilidade pssível d cntext antes de se desenvlver sistema. A Figura 2.1 representa as Fases de Implementaçã da Tl segund WALTON (1994, P15). Figura 2.1: Fases de Implementaçã da Tecnlgia da Infrmaçã Atividades de,... Implementaçã pr ^ ^ h a v e GS" Resultads Atividades de Implementaçã de Tl, ingrediêntes-chave de eficácia e de resultads para Waltn Fnte: WALTON (1994)

37 Para WALTON (1994, P21) desenvlviment eficaz deve ser fundamentad pr intermédi de ingredientes chaves cnfrme a Tabela 2.1: Tabela 2.1: Desenvlviment ingredientes chave para implementaçã de Tecnlgia da Infrmaçã INGREDIENTES FASE UM FASE DOIS FASE TRES CHAVE CRIAÇÃO DE CONTEXTO DESENHO DE UM INSTALAÇÃO DO PARA Tl SISTEMA DE Tl SISTEMA DE Tl PARA UTILIZAÇÃO Alinhament Visã alinhada cm as Desenh d sistema Operaçã d sistema estratégias de negócis, de alinhad cm a visãa alinhada cm a visã rganizaçã e tecnlógicas. Cmprmetiment / Alt cmprmetiment O sistema é Os usuáris sentem frte Suprte/ aceitaçã rganizacinal; suprte das desenhad para ^ aceitaçã cm relaçã lideranças a prjet Tl. ativar e prmver a a sistema aceitaçã pels usuáris Cmpetência / Cmpetência geral para as O sistema é Os usuáris dminam dmíni tarefas e cnheciment desenhad para sistema sbre Tl utilizar e prmver dmíni pels usuáris Fnte: W ALTON (P21) - adaptad. WALTON (1994) demnstra ainda n seu livr que a mudança rganizacinal pssui cnexã frte cm a implementaçã da tecnlgia. FURLAN (1994, P28) define reengenharia da infrmaçã cm um cnjunt de técnicas e ferramentas rientadas à avaliaçã, repsicinament e transfrmaçã de sistemas de infrmaçã existentes, cm bjetiv de estender-lhes a vida útil, a mesm temp, prprcinand-lhes uma melhr qualidade técnica e funcinal. Para FURLAN (1994) existem duas pssibilidades: fazer a engenharia ds sistemas (cmeçar de nv) u fazer a reengenharia ds sistemas (reaprveitar). N geral, n aspect cust, a reengenharia é mens nersa ficand para a engenharia apenas situações em que sistema nã está crret u nã atende às necessidades d cliente, cas cntrári, é indicad us da reengenharia. Apresenta ainda uma frte relaçã entre reengenharia de prcesss versus reengenharia de infrmaçã, a afirmativa é bvia, mas é imprtante registr, sempre que crrer reengenharia nas regras de negóci trna-se vital verificar impact ns sistemas de infrmaçã da crpraçã.

38 Cmplementand estes cnceits destacams TORRES (1995, P58-61) defendend que a integraçã é um cmpnente fundamental da capacidade de perar. Afirma, ainda, que a tecnlgia de infrmaçã exerce papel fundamental e decisiv ns prjets de reengenharia resultand visã mais clara ds prcesss que frma a rganizaçã, sua imprtância e relevância para s clientes, permitind, a partir desse diagnóstic, reinventar a rganizaçã. ABREU, FRANÇA & SINZATO (1999) defendem que us de Tl é diferencial cmpetitiv, nde a Tl pde ser utilizada para padrnizar sistemas incmpatíveis transfrmand flux de infrmações em um prcess sem csturas e transparente, refletind uma nva frma de cnectar pessas e prcesss, pel redesenh de funções e ambientes dentr e fra das rganizações. Pdems perceber a Tl cm um insum decisiv para a integraçã e reestruturaçã das empresas (KEEN, 1996) - um cmpnente fundamental das atividades de serviç, crdenaçã e rganizaçã. Para WANG (1998, P189) e KROENKE (1994, P165) a Tl é a frça fundamental para refrmular rganizações aplicand investiments em infrmática e cmunicações, a fim de prmver vantagem cmpetitiva, serviç a clientes, e utrs benefícis estratégics. WALTON (1994, P23-25) defende que md cm é utilizada ns lcais de trabalh, a Tl abrange uma gama de prduts de hardware e sftware que prliferam rapidamente, cm a capacidade de cletar, armazenar, prcessar e acessar númers e imagens, para cntrle ds equipaments e prcesss de trabalh e para cnectar pessas, funções e escritóris tant dentr quant entre as rganizações. Ele destaca que para ser efetiva uma rganizaçã dever ser administrada cm um sistema abert, adaptand sua visã estratégica cm respsta as sucesss e falhas de desempenh e as fatres ambientais, tais cm iniciativas ds cmpetidres, mudanças nas estruturas da indústria e descbertas u invenções técnicas, esta visã deve envlver as estratégias de negócis, de rganizaçã e tecnlógicas.

39 WALTON (1994) defende algumas premissas sbre Tl: a primeira é que a tecnlgia da infrmaçã e a rganizaçã interagem send ist crucial para sucess de um sistema de Tl; a Segunda premissa é que a Tl avançada trna essas interações cada vez mais cmplexas - as influências sã freqüentemente mútuas e sujeitas a mudanças a lng d temp; a terceira premissa diz que as pções sbre desenh e a peraçã ds sistemas de Tl pdem cada vez mais ser guiadas pelas preferências ds planejadres sbre s efeits rganizacinais. Para que a Tl cm base ns SI pssa aumentar a cmpetitividade das rganizações cm base n api à tmada de decisões é fundamental que as premissas acima sejam bservadas e cnsideradas na mdelagem ds SI. O mdel de FRENZEL (1992, P30), representad na Figura 2.2, apresenta s insums básics para estud da tecnlgia da infrmaçã: Figura 2.2: Mdel para Estud da Tecnlgia da Infrmaçã Fnte: FRENZEL (1992)

40 Qual a relaçã existente entre MPDSI e Tl? Quant melhr fr alinhament da Tl cm as estratégias rganizacinais impact psitiv d us ds recurss tecnlógics pderã ser pntencializads, pr ist a MPDSI busca facilitar este prcess de entender a rganizaçã, cnhecer s prcesss crítics e facilitar a btençã ds insums básics para a peracinalizaçã da empresa. Os aspects mais imprtantes a serem cnsiderads neste trabalh sbre Tl sã: a influência da.nudança rganizacinal na Tl e cnseqüentemente ns SI e vice-versa; api da Tl viabilizand a reengenharia u melhria de prcesss crítics; diferencial cmpetitiv pssível de se bter cm Tl e SI; a necessidade apiar a reestruturaçã de atividades cm Tl; fc da Tl e ds SI é necessariamente a infrmaçã necessária à rganizaçã. O entendiment ds insums básics é bjet de estud ns itens a seguir. 2.1.1 - Dads Este item apresenta algumas definições de dad e, a final, caracteriza a definiçã que fi utilizada na cnstruçã deste trabalh. É imprtante registrar que saber identificar e caracterizar quand se esta trabalhand diretamente cm dads é uma necessidade que perpassa trabalh ra apresentad, tend aplicabilidade, entre utras situações, quand ns referims as SI e MDSI.

41 Dad é element u quantidade cnhecida, que serve de base à resluçã de um prblema u para a frmaçã dum juíz segund dicinári AURÉLIO (1975, P417), já MICHAELIS (1998, P633) e BRITANNICA (1982. P527) apresentam definiçã idêntica agregand à definiçã que s dads também pdem ser entendids cm pnt de partida em que se assenta uma discussã bem cm princípi u base para se entrar n cnheciment de algum assunt. Segund MIRANDA (1999, P284-290) dad é cnjunt cnhecid de registrs qualitativs e quantitativs que rganizad, agrupad, categrizad e padrnizad de frma adequada se transfrma em infrmaçã. OLIVEIRA (1998, P34) (1999, P84) registra que dad é qualquer element identificad em sua frma bruta que pr si só nã cnduz a uma cmpreensã de determinad fat u situaçã. Para DAVENPORT (1998, P2, P18) s dads sã bservações sbre estad d mund, facilmente estruturad, facilmente btid pr máquinas, freqüentemente quantificad e facilmente transferid, u ainda um cnjunt de fats distints e bjetivs, relativs a events. Na mesma linha de racicíni LAUDON & LAUDON (1996, P9) cnceituaram dad cm cnjunt de fats sbre events, que descrevem que crre na rganizaçã u n ambiente em que estã inseridas BRACKETT (1996) faz uma caracterizaçã prmenrizada de dads descrevend-s cm fats da realidade nã materializáveis em frma sólida, registrs de acnteciments que pdem ser utilizadas de frma gerencial, descriçã de fats que crrem nã questinand, analisand u registrand s mtivs pel qual fat acnteceu, em suma, s dads sã fats registrads de frma quantitativa e em cass rars em frma qualitativa.

42 Para STAIR (1996, P4-5) s dads pdem estar em sua frma primitiva u derivada, send que s dads primitivs sã aqueles btids da bservaçã direta d fat u event d mund real e s dads derivads sã aqueles btids da cmbinaçã u tratament ds dads primitivs, estand, s dads, representads pr númers u texts descritivs. Também caracteriza s dads cm send s fats em sua frma primitiva, representam fats da vida real e tem puc valr além de si mesms e classifica-s cnfrme na Tabela 2.2 : Tips de Dads Tabela 2.2: Tips de Dads Exempl Dads alfanumérics. Númers, letras e utrs caracteres. Dads de imagem. Imagens gráficas u figuras. Dads de áudi. Sm, ruíd u tns. Dads de víde. Imagens u figuras móveis. Fnte: STAIR (1996, P5) - adaptad. Os dads sã fats, imagens u sns que pdem u nã ser pertinentes e utilizáveis para uma tarefa específica (ALTER, 1992) e para FURLAN (1994, P4) a situaçã atual ds dads é que estes sã redundantes, incnsistentes, falta dcumentaçã e sã de difícil acess. Cm base em tds s cnceits de dads apresentads usarems cm cnceit de dad cm td registr de event que serve para a resluçã de prblemas e para cnstruçã de infrmações e d cnheciment sbre determinadas situações, pde ser quantitativ u qualitativ, é identificad em sua frma bruta pr hmens u máquinas, deve ser utilizad ns prcesss peracinais, tátics e estratégics, em sua frma primitiva u derivada, nã pssuind, pr si só, julgament de valr d mtiv de sua existência, e serve de base para descrever que crre na rganizaçã. Qual a relaçã existente entre MPDSI e DADOS? Em relaçã as dads a MPDSI terá cm cnseqüência facilitar a psterir identificaçã daqueles que sã utilizads ns prcesss de negcis: identificar s dads que sã, naturalmente, utilizads na cnstruçã das infrmações e d cnheciment nã imprtand se s dads serã qualitativs u quantitativs: