Programa African Safari Lodge: Maximizando o Potencial do Eco Turismo para o Desenvolvimento Rural



Documentos relacionados
WORKSHOPS SOBRE AS POSSIBILIDADES DE COOPERAÇÃO / CONCENTRAÇÃO NO SECTOR AUXILIAR NAVAL


(1) (2) (3) Estágio II Semestral 6 Inovação e Desenvolvimento de Produtos Turísticos

INDICE DE PREÇOS TURISTICO. Desenvolvido no quadro do Programa Comum de Estatística CPLP com o apoio técnico do INE de Portugal

REP REGISTO DOS PROFISSIONAIS DO EXERCICIO

Unidade 7: Sínteses de evidências para políticas

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS Cidade Universitária de Limeira

Regulamento da Feira de Ciência

ISO 9001:2008 alterações à versão de 2000

GESTÃO DE PROJETOS. Uma visão geral Baseado nas diretrizes do PMI

PLATAFORMA EMPRESAS PELO CLIMA

Projetos, Programas e Portfólios

III Jornadas de Cooperação no Sector de Saúde em Moçambique. Planificação no Sector da Saude em Moçambique

Estratégias de Conservação da Biodiversidade

GESTÃO DE LABORATÓRIOS

EIXO 3 CONECTIVIDADE E ARTICULAÇÃO TERRITORIAL AVISO DE ABERTURA DE CONCURSO N.º 2

Gabinete de Serviço Social

O projeto Key for Schools PORTUGAL

PROGRAMAS/PROJECTOS. Indicador de Avaliaçã o. Programa /Projecto Objectivo Resultado

REGULAMENTO DE ESTÁGIO DE INICIAÇÃO PROFISSIONAL

Nome do programa, pesquisa ou produto: Projeto Censo GIFE 2005/2006

Página 1 de 10 PROJETO E RELATÓRIO DE ATIVIDADES

Turismo Sénior. Outono / Inverno Benalmadena Benidorm Maiorca

Vensis PCP. Rua Américo Vespúcio, 71 Porto Alegre / RS (51) comercial@vensis.com.br

Novas Salvaguardas Ambientais e Sociais

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte Vox Mercado Pesquisa e Projetos Ltda. Dados da organização

Aliança Estratégica com a Delta Dezembro, Uma Consistente História de Investimento

Promover a obtenção de AIM (Autorização de Introdução no Mercado) no estrangeiro de medicamentos criados e desenvolvidos em Portugal.

Modelagem, qualificação e distribuição em um padrão para geoinformações

Situação Atual da EFTP no Afeganistão

ÍNDICE. 1. Introdução Objectivos Metodologia Estudo de Painel Definição e selecção da amostra...

TECNOLOGIAS DE MICRO-GERAÇÃO E SISTEMAS PERIFÉRICOS. 6 Painéis Solares Fotovoltaicos

CIRCULAR. Circular nº 17/DSDC/DEPEB/2007. Gestão do Currículo na Educação Pré-Escolar. Contributos para a sua Operacionalização

Gestor de Inovação e Empreendedorismo (m/f) GIE /15 P

5. PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO:

Pesquisa Oficial de Demanda Imobiliária SINDUSCON Grande Florianópolis. NÃO ASSOCIADOS Apresentação

Sua hora chegou. Faça a sua jogada. REGULAMENTO. Prêmio de Empreendedorismo James McGuire 2016

PROGRAMA DE AÇÃO PARA O ANO 2016

Gestão ambiental de zonas de amortecimento de unidades de conservação em áreas urbanas

GUIA DE RELACIONAMENTO MT-COR: 001 Revisão: 000

DESENVOLVIMENTO DE UM WEB SITE PARA A BASE DE CONHECIMENTOS DO PROGRAMA DE APOIO AOS ACTORES NÃO ESTATAIS ANGOLA

Projecto de Dinamização dos Sistemas de Produção Pecuários nos Sectores de Pitche e Gabu BALAL GAINAKO (contrato DCI-NSAPVD 2010 / )

Resultado do Inquérito On-line aos Participantes dos Workshops Realizados pela Direção-Geral das Artes. Avaliação da Utilidade dos Workshops

táxis compartilhados Shared-transport / Shared-taxi

Novas Salvaguardas Ambientais e Sociais


DISCIPLINA: Matemática. MACEDO, Luiz Roberto de, CASTANHEIRA, Nelson Pereira, ROCHA, Alex. Tópicos de matemática aplicada. Curitiba: Ibpex, 2006.

DIRETRIZES E CRITÉRIOS PARA APLICAÇÃO DOS RECURSOS

3. TIPOS DE MANUTENÇÃO:

Alterações na aplicação do Critério Brasil, válidas a partir de 01/01/2013

Capítulo 17. Sistema de Gestão Ambiental e Social e Plano de Gestão Ambiental e Social

Passo 1 - Conheça as vantagens do employeeship para a empresa

MONITORIZAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES DA ULSNA

Proposta. Treinamento Lean Thinking Mentalidade Enxuta. Apresentação Executiva

Anexo 03 Recomendação nº 3: estatuto padrão, estatuto fundamental e contrato social

REGULAMENTO CONCURSO DE IDEIAS OESTECIM A MINHA EMPRESA

Workshop organizado pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) Com o Patrocínio da Organização Internacional do Trabalho (OIT)

SI Inovação Projectos de Empreendedorismo Qualificado Aviso nº 6/SI/2011

Faculdade de Tecnologia SENAI Florianópolis e Faculdade de Tecnologia SENAI Jaraguá do Sul EDITAL DE PROCESSO SELETIVO

METAS DE COMPREENSÃO:

MODALIDADE DE FORMAÇÃO

Regulamento para realização do Trabalho de Conclusão de Curso

A atuação do Síndico Profissional é a busca do pleno funcionamento do condomínio. Manuel Pereira

Workshop Nova Legislação que regula a aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos (PF)

SGCT - Sistema de Gerenciamento de Conferências Tecnológicas

Apresentação ao mercado do cronograma do processo de adopção plena das IAS/IFRS no sector financeiro

- COMO PROCURAR EMPREGO -

OBJECTIVO. Ligação segura às redes públicas de telecomunicações, sob o ponto de vista dos clientes e dos operadores;

Anglo American. Biodiversidade Brasil

Segmentação de Imagem

Como participar em feiras nos mercados

Os novos usos da tecnologia da informação nas empresas Sistemas de Informação

MONITORIA & AVALIAÇÃO:

Os valores solicitados para transporte e seguro saúde deverão ser comprovados por um orçamento integral fornecido por uma agência de viagem.

o o o o o o o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 Rio 2016 Organising Committee for the Olympic and Paralympic Games

ALTOS DIRIGENTES VISEU (PORTUGAL), - 2/ DEZEMBRO

Programa Agora Nós Voluntariado Jovem. Namorar com Fair Play

Anexo V. Software de Registro Eletrônico em Saúde. Implantação em 2 (duas) Unidades de Saúde

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO

PADRÃO DE RESPOSTA. Pesquisador em Informações Geográficas e Estatísticas A I PROVA 3 FINANÇAS PÚBLICAS

INSTITUTO DE EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO DE SAÚDE IEES. Excelência na Formação através da Experiência e Aplicação MARKETING FARMACÊUTICO PRÁTICO

Processo/Instruções de Pagamento para Aplicação no Programa de Sustentabilidade de Pequenas Empresas

Modelo de Comunicação. Programa Nacional para a Promoção da Saúde Oral

FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DO PORTO

PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO POR ÁGUA SUBTERRÂNEA

SEMINÁRIO PARTICIPATIVO DE REUTILIZAÇÃO DAS ÁGUAS RESIDUAIS TRATADAS

Agenda. A interface de Agendamento é encontrada no Modulo Salão de Vendas Agendamento Controle de Agendamento, e será apresentada conforme figura 01.

As ferramentas SIG na análise e planeamento da inclusão. João Pereira Santos

Urbanidade, sustentabilidade, saúde - uma relação evidente e persistente

Florianópolis, 25 de janeiro de 2016 EDITAL PARA CANDIDATURA À SEDE DO 6º ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE ENGENHARIA CIVIL 2017

Orientações e Recomendações Orientações relativas à informação periódica a apresentar à ESMA pelas Agências de notação de risco

BASES PROGRAMA GESTORES DA INOVAÇÄO EM CABO VERDE

III.3. SISTEMAS HÍBRIDOS FIBRA/COAXIAL (HFC)

REGULAMENTO DA CAMPANHA DO DIA MUNDIAL DE COMBATE A PÓLIO

SI à Qualificação e Internacionalização de PME Projectos Individuais e de Cooperação Aviso nº 7/SI/2011

MENSAGEM Nº 458, DE 30 DE JUNHO DE 2008.

PLANO DE ACTIVIDADES 2014

H. Problemas/outras situações na ligação com a Segurança Social;

Transcrição:

Prgrama African Safari Ldge: Maximizand Ptencial d Ec Turism para Desenvlviment Rural Sumári ds Relatóris Sóci Ecnómics de Três Ldges de Ec Turism em Mçambique MAIO 2007 Pr Luise M. Dixey Investigadr PhD Centr Internacinal para Turism Respnsável Universidade Metrplitan de Leeds,R.U. L.Dixey@leedsmet.ac.uk 1

Limitaçã de respnsabilidade Os resultads apresentads neste relatóri representam a síntese de três diferentes estuds cmissinads pel Prgrama African Safari Ldge (ASL) sbre impact d turism de três ds quatr Ldges pilt, parte d prgrama African Safari Ldge e Prgrama de Desenvlviment Rural em Mçambique. A infrmaçã sbre s Ldges fi frnecida pels prtais Internet ds própris Ldges. Qualquer missã significativa e/u imprecisões sã devidas às fntes mencinadas acima e nã sã necessariamente respnsabilidade d autr deste relatóri. Acrónims ASL BEL CI DICE GBL CCEII IIL IIS MWAP MWL MWP MWT PNQ SERF UCM WWF African Safari Ldge e Prgrama de Desenvlviment Rural Bespke Experience Ltd. Cnservatin Internatinal Durrel Institute fr Cnservatin and Eclgy Gulud Beach Ldge Centr de Cnservaçã e Educaçã da Ilha d Ib Ib Island Ldge Ib Island Safaris Prject Agrícla de Manda Wilderness Manda Wilderness Limitada Prject Manda Wilderness Manda Wilderness Trust Parque Nacinal das Quirimbas Fund de Regeneraçã Sóci Ecnómica Universidade Católica de Mçambique Wrld Wildlife Fund fr Nature 2

1. Bases d Prgrama ASL na África Austral 1.1 African Safari Ldges 1.2 Barreiras para Turism Respnsável Índice 1.3 African Safari Ldge e Prgrama de Desenvlviment Rural 2. Intrduçã d Prgrama ASL em Mçambique 2.1 Iníci d Prgrama 2.2 Ldges Demnstrativs 2.3 Pesquisa Sóci Ecnómica 2.4 Investigadres e Metdlgia 2.5 Limitações da Pesquisa 3. Resultads Chave ds Estuds 3.1 Indicadres Sci-ecnómics 3.2 Nkwichi Ldge 3.2.1 Prject Manda Wilderness 3.2.2 Impact d Desenvlviment Rural 3.3 Gulud Beach Ldge 3.3.1 Bespke Experience e Fund de Regeneraçã Scial e Ambiental 3.3.2 Impact d Desenvlviment Rural 3.4 Ib Island Ldge 3.4.1 Ib Island Safaris 3.4.2 Impact n Desenvlviment Rural 4. Próxims Passs 4.1 Recmendações 4.2 Cnclusã Lista das Tabelas Tabela 1 Investigadres, Abrangência d Trabalh e Metdlgia Tabela 2 Sumári ds Indicadres Sci-ecnómics Tabela 3 Sumári das Recmendações 3

1. Intrduçã 1.1 African Safari Ldges Os African Safari Ldges fundamentam-se na diversidade e abundância da fauna e da flra em áreas prtegidas e em terras cmunitárias na África Austral. Esta frma única de turism basead na natureza tem vind a crescer rapidamente desde s ans 60. A indústria ferece uma prmessa d géner safari uma palavra Swahili, que significa viagem - através de áreas incntaminadas e paisagens africanas. Os Ldges sã exclusivs, ferecend entre 8 e 48 camas, cm pessal atent, guias lcais especializads, uma excelente czinha e cnfrt de nível superir. Um detalhe adicinad recentemente em muits Ldges é de ferecer a prtunidade de interagir cm a cultura e estil de vida das ppulações nativas que habitam nas vizinhanças ds própris Ldges. Na mair parte ds cass as perações cmerciais sã de prpriedade de grandes empresas de ec turism, algumas das quais gerem váris Ldges n sub cntinente. N passad, sectr privad teve acess a bens naturais através de parcerias cm gvern. Recentemente alguns peradres de Ldges têm desenvlvid parcerias cm as cmunidades lcais, estimuladas pelas refrmas que dã direits às ppulações lcais de usar a própria terra e fauna bravia de frma a bter benefícis ecnómics. Os Ldges têm as próprias rigens nas áreas de savana da África Austral e Oriental. Na área da África Austral estes encntram-se sbretuds nas regiões d Eastern Lwveld na África d Sul, Zimbabwe e n Delta d Okavang n Btswana. Recentemente fram estabelecids Ldges nas regiões desérticas da Namíbia e África d Sul assim cm nas cstas e ilhas eclógicas de Mçambique e Tanzânia. 1.2 Barreiras para Turism Respnsável Os Ldges pdem cntribuir significativamente para um desenvlviment sustentável indistintamente da lcalizaçã gegráfica u demgrafia ppulacinal. Tdavia, existem várias barreiras que cnstrangem desenvlviment d turism respnsável. Nestas incluem-se: Frequentemente s Ldges exageram relativamente às próprias cntribuições para um desenvlviment sustentável e nã existem suficientes sistemas de mnitria para pder cmprvar as reivindicações. Alguns Ldges remvem a mair parte ds lucrs e rendiments que fgem da área. Os benefícis para s habitantes das znas rurais sã interceptads pelas elites lcais e nã sã distribuíds equitativamente, especialmente n que diz respeit as grups marginalizads. Os habitantes lcais nã pssuem as perícias, capacidades e experiência necessárias de frma a participar activamente n diálg cm as agências privadas e/u públicas. Nem sempre as ppulações lcais respeitam e cnservam s recurss naturais, mesm quand benefícis tangíveis derivam ds Ldges. A indústria ds Ldges pde degradar mei ambiente n qual pera. 1.3 O Prgrama African Safari Ldge e de Desenvlviment Rural N V Cngress ds Parques Mundiais, que teve lugar em Durban, África d Sul, em 2003, a defesa ds direits das cmunidades afectadas pr iniciativas de cnservaçã fi cnsiderada uma priridade incluind debate central acerca da prmçã da ba gvernaçã e da equidade scial. A indústria ds African Safari Ldge detém mair ptencial cm el de ligaçã para incrementar ptencial ecnómic para as ppulações rurais e para alívi da pbreza, representad pr bjectivs de cnservaçã e ec turism. 4

O Prgrama African Safari Ldge e Desenvlviment Rural (ASL) representa uma respsta invativa para maximizar este ptencial e fi desenhad para superar cnstrangiments e realçar a cntribuiçã que s Ldges pdem ferecer para desenvlviment sustentável. Tem cm bjectiv ptimizar s impacts psitivs de indivídus e grups ds Ldges, lcalmente, a nível nacinal e reginal na área da África Austral, de frma a bter s seguintes resultads: Ligações ecnómicas rbustas, implementadas entre as ppulações lcais e a indústria ds Ldges. Circulaçã maximizada de rendiments, tais cm saláris, rendas, cmpartilha equitativa ds lucrs assim cm trabalh prcurad lcalmente, entre s Ldges e as famílias rurais. Parcerias estáveis entre habitantes lcais, sectr privad e agências d gvern de frma a desenvlver níveis superires de psse na indústria para s cidadãs lcais. Ba gvernaçã e distribuiçã equitativa ds benefícis para s habitantes lcais, especialmente n que diz respeit as grups pbres e vulneráveis, através da cnstituiçã de instituições cívicas lcais. Cnservaçã da bidiversidade e melhres práticas de gestã d mei ambiente pr parte ds peradres ds Ldges e habitantes lcais. Intensificaçã das experiências ds hóspedes ds Ldges através de um turism respnsável. Disseminaçã das lições aprendidas e melhres práticas, abrangend as assciações da indústria, esquemas de certificaçã, agências d gvern e utras partes interessadas da indústria d Ec Turism na África Austral. O Prgrama ASL garante um exempl representativ trabalhand cm Ldges demnstrativs e grups de Ldges que pssuem um âmbit de prpriedade e estruturas de gestã, lcalizads numa variedade de sistemas eclógics e cndições demgráficas. Tal abrdagem garante que as estratégias aplicadas sejam relevantes numa série de cntexts ns quais a indústria ds Ldges pera n sub cntinente. Os resultads cm s prjects-pilt sã btids utilizand s seguintes métds: Negciand melhres cntracts entre s cidadãs lcais, gestres de áreas prtegidas u reservas de fauna bravia e sectr privad prprietáris u peradres ds Ldges. Apiand a criaçã de instituições lcais frtes cm as quais Ldge pssa interagir. Angariand empréstims e garantind funds que permitam que as rganizações cmunitárias adquiram acções ns Ldges e/u actividades assciadas através d desenvlviment de perícias, estruturand prtunidades para frneciment de bens e serviçs e encrajand uma melhr ba gvernaçã lcalmente. Estabelecend um prgrama de cmunicações e advcacia que divulgue as lições aprendidas através ds prjects demnstrativs a interlcutres chave da indústria, agencias cívicas, nã gvernamentais e gvernamentais. Assegurand um centr reginal para desenvlviment de perícias de frma a frnecer api técnic cntinu aumentand e lançand as fases d prgrama. O Prgrama ASL prcura api financeirs de recurss através das empresas privadas, fundações filantrópicas, prgramas de gvern e uma série de instituições financeiras interessadas em intensificar as ligações entre a indústria ds Ldges e desenvlviment rural. Os recurss mbilizads sã utilizads para api de prjects existentes e a cntrataçã de nvs pilts na regiã. A sustentabilidade a lng praz d centr de perícias será alcançada através de um mdel de rendiments apiad pr um frte serviç técnic e centr de recurss. O Prgrama teve iníci na África d Sul e é gerid pela Fundaçã African Safari Ldge. Expandiu-se para a Namíbia e Mçambique. 5

2. Prgrama ASL em Mçambique 2.1 O Iníci d Prgrama A TechnServe Inc. fi sub cntratada cm agência de gestã para Prgrama ASL em Mçambique. O Prgrama é guiad pr um Cnselh de Direcçã de interlcutres chave, em Maput. Inclui membrs d gvern, utras ONGs e sectr privad. Um estud de viabilidade efectuad em 2005 identificu três African Safari Ldges ns quais s investidres privads praticam um turism respnsável cm bjectiv de bter impacts psitivs para cm as cmunidades rurais. Estes Ldges estiveram dispsts a serem pilts ASL e recebem api, de frma a garantir as melhres práticas e a se transfrmarem em catalizadres para uma transfrmaçã da indústria em geral. Antecipa-se que, através d estabeleciment de mdels praticáveis de parcerias entre cmunidades e empresas privadas que pssam ser replicadas nutras áreas de Mçambique, se pssa alcançar um impact psitiv significativ nas cmunidades rurais mais pbres, lcalizadas em áreas remtas. 2.2 Ldges Demnstrativs Os Ldges pilt em Mçambique sã: 1. Nkwichi Ldge perad pr Manda Wilderness Lda. desde 2001, na Prvíncia d Niassa (www.mandawilderness.rg). 2. Gulud Beach Ldge estabelecid pela Bespke Experience Lda. em 2002, n Parque Nacinal das Quirimbas (PNQ), Prvíncia de Cab Delgad (www.gulud.cm). 3. Ib Island Ldge estabelecid pr Ib Island Safaris n PNQ, cmpletad ns finais de 2006 (www.ibisland.cm). 1 2 3 O utr Ldge pilt é Cvane Cmmunity Ldge (4) na Prvíncia de Gaza, estabelecid cm api de uma ONG Suíça, a Helvetas. A cmunidade cnta cm api d Prgrama ASL de frma a estabelecer uma parceria genuína cm um investidr privad. 4 Figura 1 Ldges pilt ASL em Mçambique 6

2.3 Pesquisa Sci-ecnómica Em 2006 Prgrama ASL cmissinu uma pesquisa sci-ecnómica para s seus três prjectspilt gerids pel sectr privad, estendend-se às cmunidades adjacentes. Os estuds têm bjectiv de: (1) Criar uma linha guia através da qual Prgrama ASL pssa medir s impacts futurs. (2) Melhrar cnheciment ds Ldges em relaçã às cmunidades adjacentes. (3) Avaliar impact ds Ldges até a mment sbre as cmunidades. (4) Estimar as relações actuais entre s Ldges e as cmunidades. (5) Frnecer recmendações cncretizáveis para Ldge e para Prgrama ASL em Mçambique. O bjectiv deste relatóri é de frnecer uma visã geral às partes interessadas sbre s resultads das pesquisas. 2.4 Investigadres e Metdlgia O Prgrama ASL frneceu s Terms de Referência, alguns recurss e acnselhament. Os estuds de base fram efectuads pr três investigadres diferentes em três destins separads. Cnsequentemente existem semelhanças e diferenças na frma cm fram cnduzids s estuds (Tabela 1): - A cmpsiçã da equipa de investigaçã, funçã/funções e bases variam. - Os estuds fram efectuads em épcas diferentes, entre Abril e Agst de 2006. - A abrangência d trabalh fi diversa, em particular devid a cnstrições de temp e recurss. Pr exempl, estud referente a Nkwichi Ldge na Prvíncia d Niassa teve que enfrentar desafis cm a inacessibilidade a 15 pvações cm uma ppulaçã estimada em 15.000+ enquant que estud relativ a Gulud Beach Ldge cncentru-se na cmunidade de uma pvaçã de aprximadamente 1.300 habitantes. - Fram utilizads métds qualitativs de pesquisa e utilizads, e incluíds, dcuments (tds); entrevistas estruturadas u semi estruturadas (baseand-se num mdel adaptad a cntext lcal) cm infrmadres chave, empregads ds Ldges e membrs das cmunidades (tds); bservaçã participativa (tds); indicadres de desenvlviment e mensuraçã (Nkwichi e Ib Island Ldges); cdicil das entrevistas (smente para Gulud Beach Ldge); grups fc e triangulaçã (smente para Ib Island Ldge). - Os estuds referentes as Ldges Nkwichi e Ib Island sã mais fácilmente cmparáveis e utilizáveis n que diz respeit a bjectiv de mnitrizaçã futura, tend em cnsideraçã que fi adaptad, desenvlvid e utilizad um mdel de perfil frnecid pel prgrama ASL. Pr exempl, s indicadres incluem dads referentes à demgrafia, actividades de subsistência, tip (s) de habitaçã, acess a serviçs (ex. água e serviçs médics), e desenvlviment das infra estruturas. Os investigadres para Nkwichi Ldge e Ib Island Ldge aplicaram também uma estrutura simplificada sbre as actividades de subsistência sustentáveis de frma a avaliar impact ds Ldges sbre as cmunidades. Esta estrutura cntrasta cm as perspectivas cnvencinais sbre turism que prpendem a fcar exclusivamente ns impacts ecnómics, cmerciais u ambientais. Cntrasta igualmente cm avaliações limitadas sbre s benefícis lcais que fcalizam smente na criaçã de psts de trabalh e receitas em numerári. Utilizar uma perspectiva de subsistência ajuda a identificar uma ampla série de impacts directs u indirects, psitivs e negativs 7

imprtantes para as ppulações lcais. O recnheciment das precupações de subsistência é imprtante para pder assegurar uma planificaçã que seja crrespndente às necessidades lcais, seja para Prgrama ASL assim cm para s Ldges. Tabela 1 Investigadres, Abrangência d Trabalh e Metdlgia Ldge Investigadr (s) Líder Assistente (s) de Âmbit d Trabalh Metdlgia Nkwichi, Prvíncia d Niassa Gulud Beach Ldge, Prvíncia de Cab Delgad Ib Island Ldge, Prvíncia de Cab Luise Dixey (Investigadra independente sbre turism em favr ds pbres) Abidarre Alide, (Licenciad em Ciências de Gestã Turística pela UCM em Pemba) e Alex Tilley (Mestrad em Cnservaçã e turism pel DICE) Michael Riddell, Adama Wsu e Christine Eriksen (Fundaçã Pesquisa Jhn Kapit (Oficial de Cmunicaçã Cmunitária d Prject Manda Wilderness) Sadique Mussa, Hussain Saide e Anli Madu Indicadres para tdas as cmunidades lcais e entrevistas as empregads d Ldge e a 3 das 15 cmunidades Pvaçã de Gulud Cmunidade da Ilha d Ib 1) Críticas literárias 2) 5 entrevistas a infrmadres chave 3) 40 entrevistas estruturadas cm s empregads (10) e em três pvações (30) 4) Observaçã participativa 5) Indicadres de base adaptads e mensurads 1) Críticas literárias 2) Entrevistas a infrmadres chave 3) Perguntas guiadas durante as entrevistas 4) Entrevistas estruturadas e semi estruturadas a staff e ppulações lcais 5) Observaçã participativa 6) Análise estatística e cdicil mnemónic ds dads 7) Sem análise de indicadres 1) Críticas literárias 2) 15 entrevistas a infrmadres chave 3) 63 entrevistas Temps d Estud Pesquisa de camp efectuada entre Abril e iníci de Mai de 2006. Relatóri 32 pág.) apresentad a Prgrama ASL em Mai de 2006. Apêndice (6pàg.) apresentad em Junh de 2006. Pesquisa de camp efectuada em Junh de 2006. Relatóri (34pàg.) apresentad a Prgrama ASL em Junh de 2006. Pesquisa de camp efectuada entre finais de Mai e 8

Delgad Sindisa) semi estruturadas às cmunidades e empregads d Ldge 4) Grups fc cm s utilizadres ds recurss naturais 5) Observaçã participativa 6) Triangulaçã para verificaçã ds dads 7) Mensuraçã ds indicadres meads de Agst de 2006. Relatóri (61pàg.) apresentad a Prgrama ASL em Agst de 2006. 2.5 Limitações da pesquisa As várias cnstrições relativamente à pesquisa citadas pels autres, incluem: Esclha certa d mment e cndições saznais tmada de decisã rápida relativamente a iníci ds trabalhs devid à dispnibilidade d pesquisadr líder (Nkwichi Ldge); pesquisa teve que ser efectuada na épca seca (Ib Island Ldge). O Ldge encntrava-se em cnstruçã durante períd de estud (Ib Island Ldge). Falta de temp pr parte da direcçã d Ldge (Nkwichi Ldge). Atrass em entrevistar s empregads d Ldge devid as seus hráris de trabalh (Nkwichi Ldge). Cnstrições de temp para entrevistas às ppulações devid às chuvas e necessidade de viajar pr lngas distâncias (Nkwichi e Gulud Beach Ldges). Falta de temp para visitar e entrevistar ppulações remtas nas áreas d interir (Nkwichi Ldge). A dimensã d levantament mdel e prpensões nã sã representativs (Nkwichi e Ib Island Ldges). Escassez de temp para entrevistar utras partes interessadas chave e btençã de dads devid as desafis para a btençã ds dcuments necessáris pela migraçã (Nkwichi Ldge). Escassez da electricidade necessária para a utilizaçã de um cmputadr (Nkwichi e Ib Island Ldges). Qualidade significativa variável e/u carência de dcumentaçã anterir de base (Nkwichi e Ib Island Ldges). Barreiras linguísticas (Prtuguês, Chinyanja e/u Kimwani), a necessidade de um tradutr e desafis em traduzir cnceits cm turism, cnservaçã e benefícis (tds s Ldges). Os pesquisadres prvavelmente nã fram vists cm neutrais vist que alguns eram da mesma nacinalidade ds dns ds Ldges, tinham uma ligaçã cm e/u aljavam n Ldge (tds s Ldges). 9

3. Resultads Chave ds Estuds 3.1 Indicadres Sci-ecnómics Um cas de estud que utilizu dads de recenseament d ASL na África d Sul frneceu mdel de indicadres sci-ecnómics para medir a pbreza nas cmunidades. As categrias fram retidas pr cngruência mas fram cmpletads (ex. cbrind a saúde, educaçã, cmunicações e cnsequências derivadas d us ds recurss naturais) de frma a criar uma reclha de dads mais abrangente e adaptar s indicadres a cntext lcal e ptenciais impacts ds Ldges. Fram desenvlvidas nve categrias de indicadres para a reclha de dads: 1. Ppulaçã. 2. Actividades de subsistência (incluind cnsequências derivadas d us ds recurss naturais). 3. Rendiment anual. 4. Tip (s) de habitaçã. 5. Fnte (s) de cmbustível. 6. Água e saneament básic. 7. Saúde, estad nutricinal e serviçs médics. 8. Educaçã e alfabetizaçã. 9. Infra-estruturas e cmunicações. Fram reclhids e analisads dads relevantes ns estuds referentes as Ldges Nkwichi e Ib Island. Os dads a nível das pvações fram reclhids através da revisã de dcumentaçã e entrevista cm infrmadres chave, cm indivídus representand recurss lcais tais cm prfessres, chefes, ficiais de ligaçã cm as cmunidades e peradres sanitáris. Os dads referentes às famílias fram btids através de entrevistas às cmunidades e empregads ds Ldges, suplementads pr dads derivads de bservaçã. O estud referente a Ib Island Ldge frneceu a estimativa mais abrangente relativamente as indicadres de referência. Um resum ds dads reclhids pels três estuds nas categrias ds indicadres encntra-se representad na tabela 2. Em geral, s indicadres demnstram que a mairia das ppulações das áreas adjacentes as Ldges vivem na pbreza absluta. O estud referente a Nkwichi Ldge demnstra que Niassa é a Prvíncia em mair desvantagem sb pnt de vista ecnómic caracterizada pr uma rede cmercial subdesenvlvida, infra-estruturas carentes e baix acess as serviçs de saúde e educaçã. Sbressai também que as cmunidades d interir sã mais pbres relativamente às cmunidades lcalizadas nas margens d Lag. 3.2 Nkwichi Ldge 3.2.1 Prject Manda Wilderness Em 1994, dis irmãs Britânics, Paul e Patrick Simkin, desenvlveram uma ideia para um prject de Ecturism e preservaçã d mei ambiente que apiaria as cmunidades lcais. Enquant Paul prcuru funds, Patrick adquiriu experiência cm gestr de Ldge e guia turístic. Mbilizaram utrs prfissinais cm as mesmas ideias, que cmpartilhavam s seus princípis e dispsts a investir $500,000 n empreendiment. 10

Em 1998, seguind as recmendações de um investidr (que já tinha trabalhad n Niassa durante uma missã para a repatriaçã de refugiads), Patrick iniciu a avaliar as margens d lag Niassa e encntru a praia imaculada de Mchenga Nkwichi ( areia que guincha em Chinyanja). A sua lcalizaçã é remta. A frma mais rápida de lá chegar é através d Malawi - 45 minuts de barc a mtr da Ilha de Likma (cm uma paragem brigatória nas alfandegas de Cbué). De Lichinga, a viagem requer cinc hras num veícul 4x4 e um transfer de 20 minuts de barc. Patrick cnsultu chefe lcal e s anciãs da cmunidade e explicu a cncepçã d Ldge. Participu também em cerimónias tradicinais e expressu seu respeit para cm s antepassads. Em Dezembr de 1988 chefe escreveu uma carta na qual declarava seu empenh para cm prject e uma utra carta de api fi assinada pelas sete cmunidades mais próximas d Ldge Patrick encntru-se cm Gvernadr que acautelu sbre alt nível da burcracia requerida para perar Ldge. Tdavia, Gvernadr apiu prject e deu garantias suficientes para que se iniciasse a cnstruir. A cnstruçã teve iníci em 1999 utilizand materiais naturais lcais e mãde-bra das aldeias vizinhas. Fram necessáris váris ans para que Ldge btivesse uma licença a desenvlver actividades turísticas e bter uma cncessã de terra privada de 650 hectares pr cinquenta ans. O Nkwichi Ldge abriu em 2001. Pssui 6 chalés que pdem acmdar 14 hóspedes. As actividades ferecidas incluem canagem n lag, caminhadas guiadas n interir, bservaçã de aves, pssibilidade de nadar, snrkelling e passeis a pé até às aldeias vizinhas e as prjects de desenvlviment cmunitári. O Prject Manda Wilderness é cnstituíd pel Nkwichi Ldge, perad pr Manda Wilderness Lda. (MWL) que é uma cmpanhia registrada em Mçambique. Os prjects de desenvlviment rural e da área de cnservaçã cmunitária encntram-se sb Fund Cmunitári Manda Wilderness, apiad pr subsídis, dações ds hóspedes e um fund registad em 2004 cm rganizaçã sem fins de lucr n Rein Unid. As suas iniciativas incluem Prject Agrícla Manda Wilderness (MWAP) e a criaçã da Área de Cnservaçã Cmunitária de Manda Wilderness. O Prject Manda Wilderness gera 30 empregs permanentes, a indivídus prvenientes de tda a área s empregads sã tds lcais. Cnsiderand que existe uma grande carência de prtunidades de empreg frmal, estes psts de trabalh sã muit imprtantes. A empresa é mair empregadr da Prvíncia. Cerca de 35 empregads cntratads trabalham em áreas diferentes. O Ldge faz um esfrç planead para maximizar as aquisições lcais. As cmpras incluem vegetais, peixe, madeira, clmagem, bambu, tijls, reparações da pista de aterragem e estradas e prduts de artesanat. Tabela 2 Sumári ds Indicadres Sci-ecnómics Indicadr Manda Wilderness Gulud Ib Island 1) Ppulaçã 35,000 (Distrit) 15 pvações na área, aprximadamente 20,000+ 1,300 (pvaçã de Gulud) 3,500, em três cmunidades (Ilha) 2) Actividades de Subsistência - Agricultura - Pesca (csteira) - Caça (interir) - Gad - Us de utrs recurss naturais - Pequens negócis e cmérci - Trabalh - Pesca (principal) - Agricultura - (em diminuiçã devid à destruiçã das clheitas pels animais bravis) - Pesca (principal) - Agricultura - Gad - Apanha de madeiras nã de qualidade - Cnstruçã e utilizaçã de tecids 11

especializad e perícias cmerciais - Empreg frmal (turism e gvern) 3) Rendiment anual Mens de US$100 per capita (2005) n Distrit 4) Aljament Principalmente 5) Fntes de cmbustível 6) Água e Saneament Básic 7) Saúde, Nutriçã e Serviçs Médics 8) Educaçã e Alfabetizaçã 9) Infra-estruturas e Cmunicações tradicinal Lenha (czinhar) Parafina e velas (iluminaçã) Painéis slares (rars) Mens de metade das aldeias (6) pssuem uma fnte de água melhrada (fur). Latrinas em buracs Estima-se 30% de HIV (2006). Clínicas em apenas 2 pvações. Hspital em Lichinga. Esclas primárias em 7 das 15 pvações (cm api d MWT). Taxa de alfabetizaçã estimada 12-15% (Mbueca). Inexistentes e/u inadequadas. Uma Estrada nivelada para Cbué. Sem cbertura de rede telefónica. 2 antenas parabólicas. Nã especificad Nã especificad Nã especificad Infra-estruturas carentes Expectativa de vida cerca de 40 ans (média nacinal). Mrtalidade infantil extremamente alta Mairia ds habitantes analfabeta. Uma escla primária em cndições pbres. Alta taxa de nã cmparência. Nã especificad - Pequens negócis e cmérci - Trabalh especializad e perícias cmerciais - Empreg frmal US$ 141 GDP per capita (2002) na Prvíncia Frmal e infrmal Lenha (czinhar) Parafina e velas (iluminaçã) Electricidade (rar) Excelente acess à água (pçs). Latrinas em buracs/praia Níveis nutricinais superires a utrs distrits. Estima-se 8.6% de HIV na Prvíncia (2003). Taxa de mrtalidade infantil, 295 pr 1000 Prvíncia (2005). A malária cnstitui a principal precupaçã; Centr de saúde da Ilha. Hspital em Pemba. 3 esclas primárias. Alta falta de cmparência. Nã existe escla secundária. Um númer baix cmpleta a escla primária (16.8%) e secundária (7.9%) n Distrit Transprte diári e regular em dhw Estrada de terra. Cbertura de rede telefónica. 3 antenas parabólicas. 12

Os prjects de desenvlviment rural sã implementads numa base de aut-ajuda e incluem: Cnstruçã de cinc esclas primárias nas pvações. Estabeleciment d Prject Agrícla de MW, uma fazenda demnstrativa cm instalações de frmaçã, frmand cerca de 350 agricultres, frnecend empréstims para sementes, ferramentas e bmbas de irrigaçã a pedal. Cnstruçã de uma Estrada para a épca seca que beneficia seja Ldge cm a cmunidade lcal. Frneciment de um minh de milh e reabilitaçã de uma clínica. Empréstims em sistema de micr finanças numa das pvações. O Manda Wilderness iniciu estabeleciment de uma área de cnservaçã de 120,000 hectares denminada Área de Cnservaçã Cmunitária de Manda Wilderness. Esta abrange uma série de habitats naturais incluind as margens d lag, mntanhas alpestres, bsques de mimb, pradarias abertas e flrestas ribeirinhas. A área pssui várias espécies de fauna bravia incluind elefantes, lepards, hippótams e cães selvagens. A regiã fi esgtada sériamente da sua fauna durante a guerra e a caça de subsistência cntinua. As 15 pvações da área encntram-se a redr da reserva natural. A área de cnservaçã encntra-se a dar s seus primeirs passs e ainda necessita de uma quantidade significativa de trabalh. Em Agst de 2005 fi estabelecida pelas cmunidades da área uma assciaçã, cnstituída legalmente, UMOJI ( unids ). A MWL pretende cnstruir camps de lux na reserva e s funds angariads pels peradres e taxas turísticas serã destinads as custs peracinais da reserva e a um fund de desenvlviment cmunitári. O Prject Manda Wilderness cmissinu um estud de viabilidade das margens d lag que prpõe uma reserva de 120.000 hectares que se estende pr 5 km, a lng d lag, na área adjacente a à cncessã d Ldge, cm sluçã ideal para cnservaçã e us sustentável. 3.2.2 Impact n Desenvlviment Rural O impact d Prject Manda Wilderness n desenvlviment rural das redndezas tem sid altamente significativ e em geral muit benéfic. Os principais impacts psitivs traduzem-se em nvas prtunidades de rendiment através de aquisições lcais, criaçã de psts de trabalh (30 psts de trabalh permanentes e 35 empregs cntratads em 2006), desenvlviment de perícias, melhraments das estruturas de educaçã primária, melhres práticas agríclas e uma capacidade rganizativa cmunitária frtalecida para desenvlviment e gestã clectiva ds recurss naturais. Em 2005, Ldge injectu US$42,000 na ecnmia das cmunidades lcais através de saláris, cntracts e aquisições. Pr sua vez, estes rendiments, sã reciclads na ecnmia lcal criand um efeit multiplicativ, difícil de quantificar. Alguns desses resultads encntram-se reflectids em nvas ljas e utrs pequens negócis que surgem nas cmunidades. O rendiment diminui a vulnerabilidade se cnsiderarms que as famílias rurais pbres isladas sã pr definiçã inseguras. Este rendiment pderá elevar estas famílias de um estad de insegurança a um estad sciecnómic de segurança. Sb a perspectiva da segurança alimentar, s rendiments derivads d turism sã extremamente imprtantes cnsiderand que muitas vezes sã utilizads para adquirir milh. As prtunidades de ganhs casinais sã particularmente significativas. Os vendedres de palha e madeira, pescadres, trabalhadres casinais e utrs vendem s própris prduts u mã-debra a Ldge (e as vizinhs que ganham saláris através ds empregs n turism). As maires cmpras em 2005 fram palha e bambu beneficiand sbretud as mulheres. Estas prtunidades de rendiments adicinais beneficiam um númer mair de famílias e sã extremamente imprtantes 13

para s indivídus mais pbres que têm pucas utras prtunidades de bter rendiments. Os prjects tiveram iníci nas pvações mais próximas d Ldge e impact n desenvlviment rural tem sid significativ. Pr exempl, 84% ds aldeões entrevistads nas três pvações declararam que, até a presente, Manda Wilderness é prject de mair impact n desenvlviment lcal. A implementaçã d Prject tem também enfrentad desafis, que incluem a fraca capacidade ds cmités das pvações, us imprópri ds recurss d prject, desacrd cm prjects aprpriads, atrass, carência de uma prduçã adequada e de mercad de prduts vegetais e ausência de desenvlviment de pequenas empresas. As expectativas sã altas apesar da ausência de iniciativas de utras partes interessadas. O estud também sublinha que a distribuiçã ds benefícis é variável e que é tã imprtante abrdar s impacts negativs ns meis de vida assim cm impact psitiv derivad ds benefícis prvenientes d turism. Os impacts negativs incluem um acess reduzid as recurss naturais e as estrags da fauna bravia à agricultura. As pvações lcalizadas nas margens d Lag actualmente beneficiam mais d que as cmunidades d interir. As diferenças resultam da prximidade das cmunidades a Ldge, seu empenh em relaçã à preservaçã, diferentes cndições agr eclógicas e actividades de subsistência. Os impacts relativamente as meis de subsistência também variam de cmunidade para cmunidade. 3.3 Gulud Beach Ldge 3.3.1 Bespke Experience e Fund de Regeneraçã Scial e Ambiental O Gulud Beach Ldge (GBL) fi estabelecid pela empresa Bespke Experience, Lda. (BEL) em 2002 pr Amy Carter e Neal Allcck. O Ldge encntra-se a 2 km da pvaçã de Gulud, n Parque Nacinal das Quirimbas (PNQ), Prvíncia de Cab Delgad. A instituiçã d Parque fi publicada na gazeta ficial em 2002 e espera-se que venha a representar uma atracçã turística imprtante para nrte de Mçambique. O bjectiv da Bespke Experience é de aliviar a pbreza de frma sustentável cntempraneamente à prtecçã d mei ambiente, utilizand cm catalizadr um mercad alt de turism de Ldges. O Ldge pssui nve tendas de lux, tdas cm vista para mar. Planeia-se a cnstruçã de um segund acampament n interir, Mipande Bush Ldge. Durante a sua cnstruçã a BEL frmu e empregu 30 pessas lcais. Os materiais de cnstruçã fram adquirids sbretud lcalmente e incluem bambu, madeira e palha. Em 2006 Ldge empregu 40 pessas lcais, incluind nve mulheres. O Ldge apia também pequens negócis lcais, pescadres e alfaiates assim cm empreendedres individuais que vendem crdas, esteiras, vegetais e vs. Cerca de 20 mulheres sã cntratadas uma vez pr mês para preparem bambu para trabalhs de renvaçã. Os fundadres da Bespke Experience estabeleceram e apiam um fund registad n Rein Unid, Fund de Regeneraçã Scial e Ambiental (SERF) de frma a apiar a cncretizar s própris bjectivs de desenvlviment rural e preservaçã d mei ambiente. A Bespke Experience da uma percentagem ds própris rendiments a SERF, cbre s custs administrativs e frnece uma base lgística. O SERF trabalha dentr e a redr da pvaçã de Gulud e actualmente cncentrase numa série de cnflits hmem/animal, blsas de estud e prjects nutricinais. Outras áreas priritárias incluem a saúde, desenvlviment de empresas, pesquisa e gestã d mei ambiente. Onde pssível, s prjects cncentram-se nas mulheres e esfrçam-se para que sejam impulsinads e gerids pela cmunidade. A Bespke Experience define-se cmercialmente cm uma empresa de cmérci equitativ e Gulud Beach Ldge fi altamente recmendad para Prémi de Turism Respnsável sb a categria Melhr Reduçã da Pbreza em 2006. A c-fundadra, Amy Carter, também venceu 14

prémi de Jvem Empreendedr Scial d An 2006 ns Edge Upstarts Awards rganizad pela revista The New Statesman em 2006. 3.3.2 Impact n Desenvlviment Rural O Gulud Beach Ldge tem tentad maximizar ptencial derivad d turism para desenvlviment rural na área circunstante. O estud estima que s saláris ds 40 empregads apiam cerca de um terç das famílias da pvaçã de Gulud e que as aquisições lcais prvidenciam benefícis para pequens empreendedres. Além diss, fram iniciads pel SERF váris prjects de desenvlviment cmunitári. O empreg é vist pels habitantes cm send principal benefíci ecnómic gerad pel Ldge. Tdavia, esta situaçã riginu desafis devid a empreg de pessas prvenientes de utras pvações, e mdificaçã ds mldes de trabalh tradicinais. Um desafi chave é representad pela falta de uma entidade que represente a cmunidade de Gulud. Este fact nã permite a frmaçã de uma relaçã cntratual entre a BEL SERF e a cmunidade lcal. Além diss, a frma cm fi estabelecid SERF restringe uma participaçã ampla da cmunidade n prject de desenvlviment. As expectativas da cmunidade relativamente as benefícis que Ldge prprcinaria fram irrealistamente altas e a desilusã pderia reduzir api lcal relativamente a turism e cnservaçã d mei ambiente. Esta questã demnstra ser particularmente aguda se se cnsidera que as estratégias de subsistência encntram-se sb uma pressã crescente devid a acess reduzid as recurss naturais n PNQ e as cnflits hmem/animal que têm cnduzid a uma reduçã das actividades agríclas. As prtunidades de empreg n Ldge nã sã vistas cm suficientes para justificar a reduçã de actividades de subsistência e s cnheciments e capacidades actuais para pder criar actividades alternativas de rendiment sã extremamente baixas. A geraçã mais jvem da pvaçã de Gulud está a adptar cstumes americans. Tdavia ist nã é um resultad d desenvlviment d turism e fact que s turistas estejam interessads na cultura tradicinal é vista cm uma tendência psitiva. 3.4 Ib Island Ldge 3.4.1 Ib Island Safaris O Ib Island Ldge e Safaris é de prpriedade e perad pr Kevin e Fina Recrd que pssuem uma experiência decenal de turism na África Subsariana. A empresa representa primeir investidr em turism na Ilha d Ib e guia turístic especializad n Arquipélag das Quirimbas. Kevin visitu a Ilha pela primeira vez em 1994, chegand à Ilha, prveniente de Pemba, cm mei de transprte tradicinal, um dhw de madeira. A sua empresa, a Wildlife Adventures, iniciu em 1995 excursões especialistas n nrte de Mçambique. Entre 1995-6, Kevin passu 18 meses a explrar as 27 ilhas cralinas d Arquipélag. Na altura desenvlviment e turism eram mínims. Em 1997 regressu à Cidade d Cab. Entre 1999 e 2004 fram adquiridas quatr prpriedades, incluind a terra assciada a essas, assim cm uma cncessã de 50 ans. O prcess de aquisiçã ds imóveis e terras levu quatr ans. A primeira prpriedade a ser renvada fi a casa senhrial Bela Vista. A renvaçã fi efectuada pel irmã de Fina, James, cm api de dis cnstrutres d Zimbabwe. Os viajantes iniciaram a pernitar n Bela Vista em 2001. A mansã fechu para renvações, em vista d Ib Island Ldge, 15

em 2005. A enrme tarefa de criar um Ldge de cinc estrelas iniciu, através da reabilitaçã das casas senhriais, restauradas de frma tradicinal. O Ldge lcalizad, em frente a mar, cmpreende três antigas casas senhriais chamadas Vila Paraís, Vila Niassa e Vila Bela Vista. O Ldge abriu em Dezembr de 2006 e pssui 14 quarts que frnecem serviçs a um máxim de 28 hóspedes. As actividades incluem visitas históricas guiadas, praia, snrkelling, passeis de caiaque n mar e excursões à flresta de mangais, mergulhs, pesca, safaris à vela, ns dhws, cruzeirs a pôr d sl, massagens, interacções culturais e cmunitárias. O Ldge encntra-se lcalizad n Parque Nacinal das Quirimbas (PNQ) e a empresa acredita que é crucial que as cmunidades lcais beneficiem d desenvlviment d turism. Sã prmvidas ligações ecnómicas entre Ldge e as cmunidades da Ilha de frma a intensificar desenvlviment rural. O Ldge emprega permanentemente cerca de 30 pessas. Para além diss, muits utrs frnecedres de serviçs e géners alimentícis sã prcurads lcalmente, prvidenciand rendiments a 20/30 habitantes. O Ib Island Safaris recebeu api e recnheciment pr parte de Cnservatin Internatinal (CI), através da Verde Ventures, para financiaments à empresa e apiu Ldge a bter funds para prjects sciais através da UNDP. Os financiaments sã utilizads para apiar negócis rientads para a cnservaçã em áreas priritárias da CI. Os prjects cmunitáris incluem: Frmaçã em educaçã turística e ambiental para pessal d Ldge e guias turístics. Pesquisa e prtecçã das tartarugas marinhas prmvend alternativas ecnómicas à apanha da tartaruga. Desenvlviment agrícla cncentrad na prduçã de café e agricultura de mercad que pssa frnecer a Ldge verduras frescas, ervas e frutas. Prmçã e marketing das jóias prduzidas pels urives da prata lcais. Em geral a empresa estima que desenvlviment d Ldge e s prjects terã um impact psitiv em 50% da ppulaçã da Ilha. 3.4.2 Impact n Desenvlviment Rural É imprtante ntar que Ldge se encntrava em cnstruçã durante a fase de estud e cnsequentemente s impacts para as cmunidades lcais ainda eram limitads. A mairia da ppulaçã cnfia sbretud ns recurss marinhs e impact sci-ecnómic predminante d Ldge tem sid através de empreg ns trabalhs de cnstruçã. Entre Agst de 2005 e Outubr de 2006, fram pags cerca de US$70,000 através de saláris lcais na Ilha d Ib (excluind s saláris ds estrangeirs). Os detalhes referentes as saláris após períd de cnstruçã ainda nã se encntravam dispníveis. A aquisiçã de marisc, peixe, prduts agríclas, carnes, materiais de cnstruçã e aluguer de aljament também prvcu um impact direct na cmunidade lcal. Estas actividades criaram um mercad para actividades de subsistência actuais e futuras. O valr máxim das cadeias de frneciment a Ldge para s materiais de cnstruçã (madeira, cal, bambu, esteiras, etc.) estimad entre Agst 2005/6 fi de US$11,370. Para além diss,, Ib Island Safaris gastu cerca de US$13,000 em aliments lcais neste períd, durante a fase de cnstruçã (para s trabalhadres e s estrangeirs). Calcula-se que a aquisiçã de aliments e mantiments será superir assim que Ldge estiver a funcinar plenamente. 16

Outrs efeits derivantes ds saláris e aquisições lcais reflectem-se em nvas ljas e utras pequenas empresas que nascem nas cmunidades. O desenvlviment ds recurss humans também tem levad a um aument da prcura na cmunidade n que diz respeit à ferta de serviçs (alvenaria, carpintaria, canalizaçã, electricidade, etc.), e das perícias ligadas a turism (Inglês, trabalhs dméstics, etc.). Tdavia, é difícil calcular ptencial d impact a lng praz e é difícil que s benefícis relativamente a desenvlviment rural derivads d Ldge sejam distribuíds equitativamente alguns habitantes beneficiarã e utrs nã. Existe também um baix nível de cmpreensã e/u uma cncepçã errada d turism riginand expectativas irrealistamente altas. Existe puca ligaçã entre Ldge, parque nacinal e, as iniciativas de cnservaçã, cm excepçã d Centr de Cnservaçã e Educaçã da Ilha d Ib (CCEII). Este encntra-se num pequen edifíci esclástic cm televisã e salas de aulas cnstruíd pel Ib Island Safaris e a Fundaçã Sindisa. Existem cnflits entre parque e as cmunidades devid as regulaments d santuári marinh e cnflits hmem/animal n cntinente. O perfil ds habitantes cujs meis de vidas prvavelmente sfrerã um impact negativ devid às iniciativas de cnservaçã cincide cm perfil ds que terã mens prtunidades de beneficiarem d turism e, esta questã deveria ser abrdada. O ulterir desenvlviment na Ilha de um sectr de empresas infrmais na área d turism pderia trazer benefícis para aqueles cm mens prtunidades de bter tais benefícis através d Ldge e também para aqueles afectads negativamente pelas áreas prtegidas. 4. O Caminh a Seguir 4.1 Recmendações Fi cmpilad pels investigadres um sumári de recmendações para Prgrama ASL e s três Ldges, de frma a maximizar s impacts psitivs para desenvlviment rural. Apresentad na tabela 3. 4.2 Cnclusã Os estuds de três ds Ldges apiads pel Prgrama ASL demnstram que s habitantes das pvações lcais vivem na pbreza absluta. Os dads reclhids para s estuds sciecnómics de base nas cmunidades lcalizadas nas prximidades ds Ldges Nkwichi e Ib Island ajudarã Prgrama ASL a avaliar n futur s benefícis d desenvlviment rural. Serã também úteis s ulterires dads frnecids pela pesquisa, relacinads cm s psts de trabalh prprcinads pels Ldges assim cm acerca das ligações ecnómicas cm as pvações lcais. A mnitrizaçã e avaliaçã sã extremamente imprtantes; tdavia, é difícil islar e a mem temp avaliar impact d turism relativamente à pbreza, especialmente se cnsiderarms que s impacts cmparativamente as meis de vida variam. Os Ldges fram estabelecids pr empreendedres sciais pineirs e sb circunstâncias difíceis e cm carácter de desafi. Os Ldges encntram-se lcalizads em áreas remtas caracterizadas pel subdesenvlviment. Pr esse mtiv s peradres turístics enfrentam muits dilemas que nã sã exclusivs d nrte de Mçambique mas que, pel cntrári, sã cmuns a lng da África Subsariana. Estes incluem: Baix nível de cmpreensã sbre turism nas pvações lcais. Expectativas irrealistas pr parte ds habitantes lcais sbre que turism pde prprcinar, especialmente diante da ausência das utras partes interessadas. 17

Cnflits entre actividades de subsistência tradicinais, turism e cnservaçã. Carência de capacidades lcais e imigraçã de estrangeirs cm capacidades superires. Prblemas de implementaçã relativamente as prjects de desenvlviment. Questões relacinadas a representaçã e ba gvernaçã a nível cmunitári e a inclusã de grups marginalizads. Desenvlviment de mdel (s) rganizativ (s) mais efectivs e parcerias lcais de frma a que s Ldges cncretizem s prjects de desenvlviment. O nível de impact que s três Ldges prprcinam tem sid variável cnsiderand que se encntram lcalizads em áreas diversas, sã de diferentes dimensões e fram implementads em períds diverss. O Ldge mais estabelecid parece ser Nkwichi Ldge, na Prvíncia empbrecida d Niassa, que tem tid impact benéfic mais relevante até a presente apesar ds benefícis prprcinads pel Ib Island Ldge que também fram significativs para a ecnmia da Ilha, na sua fase de cnstruçã. Os benefícis chave que s Ldges prprcinam para desenvlviment rural sã representads pels psts de trabalh, e aquisiçã lcal de prduts e serviçs. Tdavia s estuds realçam que s benefícis btids através d turism nã sã distribuíds cm unifrmidade. Na verdade s grups marginalizads sã s que têm mens prtunidades de bter benefícis através d turism e sã s que prvavelmente sfrerã s impacts negativs sbre s seus meis de vida devid às iniciativas de cnservaçã. Esta situaçã pderá cnduzir a ressentiments e cnflits e deveria ser abrdada. Recmendações cncretas demnstram que existem várias frmas em que Prgrama ASL pde apiar s seus Ldges pilt e ajudar a assegurar que desenvlviment derivad d ec turism prprcine benefícis cncrets às ppulações mais pbres. Os desafis chave a serem enfrentads pel Prgrama ASL serã devids às pequenas dimensões ds Ldges de Ecturism e cnsequentemente ptencial de aumentar cresciment em favr das ppulações mais pbres nas ecnmias lcais assim cm s desafis de prgramas integrads de desenvlviment e cnservaçã. 18