Gestão Hospitalar com Foco na Segurança do Paciente e nos Resultados Operacionais. Tania Moreira Grillo Pedrosa
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1 Gestão Hospitalar com Foco na Segurança do Paciente e nos Resultados Operacionais Tania Moreira Grillo Pedrosa
2 Hôtel Dieu fundado em 651 DC ÎLE DE LA CITÉ - PARIS
3 HÔTEL DIEU (± 1500 DC ) Sir William Petty, médico e economista inglês ( ), considerado o pai da investigação epidemiológica:...de 1000 pacientes de qualquer idade, dos melhores médicos, não morrem em mesmo número que os habitantes de locais onde não há nenhum médico? Os hospitais de Londres são melhores [...] que os de Paris, [...] uma quinta parte de todos morrem nos hospitais em Londres, e dois quintos ou vinte vezes aquela proporção morrem nos hospitais de Paris... (PETTY, in Aritmética Política).
4 Hôtel Dieu Abril 2012
5 SÉCULOS XX e XXI
6 QUALIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE SEGURANÇA DO PACIENTE Incidência de Eventos Adversos em Pacientes Hospitalizados Hospitais Gerais Reino Unido, ,7% IBEAS, ,5% Canadá, ,0% Brasil, ,6% EUA, ,7% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% BRENNAN et al., FORSTER et al., TRYER e CLANCY, MENDES et al., ARANAZ-ANDRÉS et al., 2011
7 QUALIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE SEGURANÇA DO PACIENTE Densidade de Incidência de Eventos Adversos em Pacientes Hospitalizados Unidades de Terapia Intensiva (eventos/1000 pacientes-dia) Brasil, UTI Adulto, ,0 EUA, UTI Adulto, ,5 Brasil, UTI Neo, ,0 França, UTI Neo, ,6 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 Critical Care Safety Study, 2005; LIGI, 2008; PEDROSA, 2009; ASSAD, 2011.
8 HOSPITAIS BRASILEIROS SEGUNDO O BANCO MUNDIAL Serviços hospitalares absorvem 70% do gasto com saúde. Mas o hospital brasileiro típico é de pequeno porte, de baixa complexidade e tem apenas 34% da eficiência se comparado aos melhores hospitais do País. Consolidação de 11 pesquisas sobre o setor, realizadas entre 2003 e Estudo de eficiência baseado na comparação, entre si, de 488 hospitais.
9 PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO DA REDE PRESTADORA HOSPITALAR PERSPECTIVA N o VARIÁVEIS Segurança: estrutura e processos 203 Segurança: dimensionamento de pessoal assistencial Segurança: atendimento do requisito legal 21 Qualidade: certificação 4 Conforto 3 Serviços e recursos assistenciais disponíveis 80 Identificação Total de variáveis por prestador 347
10 Maior nível de segurança total CLASSIFICAÇÃO SEGURANÇA TOTAL E CONFORTO A Maior nível de conforto Classificação Final 10A Maior nível possível 5 4 B Menor nível de segurança total C Menor nível de conforto 1C Menor nível possível
11 PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO DA REDE PRESTADORA HOSPITALAR 290 HOSPITAIS BRASILEIROS PERÍODO 2010/2012 DIMENSÃO SEGURANÇA TOTAL PONTUAÇÃO MÁXIMO POSSÍVEL Média Geral 83,46 (39,36%) 212 Mínimo observado 11 Máximo alcançado 194 Classificação Média Final (P50) 5B (2C-9A)
12 SUBCUSTEAMENTO DO SISTEMA? O ETERNO DILEMA...
13 A delicada situação das Santas Casas e Filantropias OS HOSPITAIS FILANTRÓPICOS E A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL [...] Todavia, antes de criticar uma entidade filantrópica, beneficente ou mesmo sem fins lucrativos é preciso entender o seu papel dentro da nossa sociedade democrática. O trabalho cotidiano que desenvolvem viabiliza o acesso de milhões de brasileiros a direitos fundamentais. Para se ter um ideia disso, os hospitais filantrópicos respondem por mais de 50% de todas as internações realizadas por meio de parceiras no âmbito do sistema público de saúde (SUS). [...]. Comumente surgem falas contraditórias de que o problema da saúde se resume a falta de gestão ou a falta de recursos. A partir de uma análise mais detalhada, se conclui que esse é um falso paradoxo. Tanto se verifica diversas situações em que é imprescindível a melhoria da gestão na saúde para alcançar maior eficiência, quanto se constata a carência de recursos que uma ótima gestão não conseguiria suprir. [...] Kátia Rocha, Vice-Presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais- Federassantas. Advogada, especialista em direito administrativo, civil e tributário. Geovane Bueno, Advogado especialista em direito público Disponível em: Acesso em 14 ago
14 Revista Valor, agosto
15 Revista Valor, agosto 2014 Luiza Niemeyer, Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV
16 Desempenho Hospitalar no Brasil, 2009 [...] Sob um clima de frustração que às vezes beira a hostilidade é conveniente culpar a falta de recursos pela precariedade evidente na área hospitalar. Não figura no debate sobre insuficiência de recursos, porém, qualquer discussão a respeito do custo e da eficiência dos serviços hospitalares. Será a falta de recursos a maior causa do baixo desempenho? Qual a influência dos custos e das taxas de reembolso? É possível aumentar a eficiência e, caso o seja, como fazê-lo? Gerard M. La Forgia e Bernard F. Couttolenc
17 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE E OS DIFERENTES RESULTADOS OPERACIONAIS REINVENTAR A RODA?
18 Diferenças de desempenhos econômicos e operacionais Hospitais acima de 300 leitos situados em capitais Perfil assistencial* Filantrópico A Alta complexidade com atendimento oncológico Filantrópico B Alta complexidade com atendimento oncológico Percentual leitos SUS* 60% 61% % Ebitda (DRE 2013**) -37,3%*** 17,8% Giro de leito 2013 (n o de altas**/n o leitos*) Custo operacional**/leito* Comparativo A e B, sendo A o referencial 3,6 5,5 100% 90% *CNES/Datasus **Informações extraídas das publicações dos relatórios contábeis e sociais das entidades disponibilizados na web. ***Para fins de comparação: outro hospital filantrópico também com 60% SUS e alta complexidade, na mesma cidade do filantrópico A, tem o Ebitda em -6,5% na DRE janeiro a junho/2014. A produtividade/leito de B é 53% > A O custo operacional/leito B é 10% < A Consequência: B gera maior número de faturas/mês/leito com otimização de custos da operação (fixos e variáveis) repercutindo positivamente na rentabilidade.
19 Impacto econômico do desperdício hospitalar Erros e eventos adversos assistenciais Os eventos adversos da assistência ocorrem em: 3,7% do total das internações nos EUA 12,7% das internações no Canadá 10% do total das internações na Grã Bretanha Custos determinados pelos erros: 30% dos custos totais dos hospitais públicos neozelandeses 32% dos custos totais dos hospitais americanos são determinados por eventos adversos assistenciais - National Institute for Healthcare Management, 2005
20 ESTIMATIVA DA DIMENSÃO DOS ERROS E EVENTOS ADVERSOS NOS HOSPITAIS BRASILEIROS Número de pacientes vítimas de erros e eventos adversos nos hospitais brasileiros (3,7% do total de internações) Número de óbitos decorrentes dos erros e eventos adversos (13,6% do total de pacientes vitimados) Estimativa de contribuição dos eventos adversos nos custos totais (30% estudo Juran e IOM) Valor estimado de custos previníveis (69% de acordo com o Harvard Medical Practice Study) R$ ,02 R$ ,81
21 Diferenças nos desempenhos operacionais Hospital Privado 1 Case mix 1,39 Filantrópico C Case mix 1,30
22 Diferenças nos desempenhos assistenciais Hospital Privado 1 Case mix 1,39 Filantrópico C Case mix 1,30
23 CONTROLE DO DESPERDÍCIO HOSPITALAR: SEGURANÇA E QUALIDADE ASSISTENCIAL
24 Novo Modelo de Governança Corporativa e Governança Clínica V = P * (QT + QS) DESPERDÍCIO V = Assistência perfeita P = Protocolos, evidências científicas QT = Qualidade técnica QS = Qualidade dos serviços
25 Novo Modelo de Governança Corporativa e Governança Clínica Qualidade de atenção a saúde com segurança máxima somando-se governança corporativa à forte governança clínica Sustentabilidade da rede hospitalar Aumento do Valor entregue à sociedade
26 Impacto econômico do desperdício hospitalar Permanência hospitalar fútil O uso do DRG reduziu em 24% a permanência hospitalar The impact of DRG-based payment systems on quality of health care in OECD countries. (diagnosis-related group) (Organization for Economic Cooperation and Development). Journal of Health Care Finance September 22, 2004 Forgione, Dana A.; Vermeer, Thomas E.; Surysekar, Krishnamurthy; Wrieden, John A.; Plante, Catherine A. Escolhas de prestadores com melhores resultados a partir da comparação por DRG Qual o impacto?
27 PRODUTIVIDADE HOSPITALAR NO BRASIL PACIENTES CLÍNICOS Altas Diárias Preditas Percentil 50 Diárias Ocorridas Diárias Perdidas % Ineficiênci a Hospital A % Hospital B % Pool de hospitais %
28 AVALIAÇÃO DO RESULTADO ASSISTENCIAL CIRURGIA BARIÁTRICA DRGs Médico 1 Médico 2
29 AVALIAÇÃO DO RESULTADO ASSISTENCIAL CIRURGIA BARIÁTRICA DRGs Médico 1 Médico 2
30 COMO AUMENTAR O VALOR REPASSADO AO CIDADÃO E GARANTIR SUSTENTABILIDADE DO SISTEMA, ENTREGANDO A MELHOR MEDICINA AOS NOSSOS CLIENTES?
31 FAZER MAIS COM OS RECURSOS DISPONÍVEIS CLAREZA E OBJETIVIDADE DO MODELO ASSISTENCIAL ENTENDER E ATENDER ÀS EXPECTATIVAS DAS PARTES INTERESSADAS DEFINIÇÃO DO MODELO DE GESTÃO GOVERNANÇA CORPORATIVA + GOVERNANÇA CLÍNICA O PROCESSO ASSISTENCIAL DEVE SER O CENTRO DO SISTEMA DE GESTÃO
32 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE INFECTOLOGIA E MEDICINA TROPICAL Determinantes de eventos adversos em CTI Adulto Dissertação de Mestrado Mestrado Elisa Assad BELO HORIZONTE MG 2011
33 Determinantes de eventos adversos em CTI Adulto Dissertação de Mestrado UFMG 2011 Densidade de Incidência de Eventos Adversos Não Infecciosos e Infecciosos por 1000 pacientes-dia em Terapia Intensiva de Adultos Evento A B C D TOTAL Não Infeccioso 259,7 26,3 84,2 95,8 114,0 Infeccioso 26,2 21,8 23,6 27,8 25,2 Infeccioso e não infeccioso 285,9 48,1 107,8 123,6 139,2 Assad, E. Eventos Adversos em CTI Adulto. Mestrado. UFMG
34 Determinantes de eventos adversos em CTI Adulto - Dissertação de Mestrado UFMG 2011 CARACTERÍSTICAS UTI1 UTI2 UTI3 UTI4 Número de leitos de UTI Número de leitos do hospital Relação técnico de enfermagemdia/leito-dia Relação enfermeiro-dia/leito-dia 1:10 1:1,6 1:1,6 1:2 1:2 01:05 (dia); 01:10 (noite) 34 1:10 1:10 Relação fisioterapeuta-dia/leito-dia 1:10 1:10 1:10 1:10 Relação médico-dia/leito-dia 1:10 1:10 1:10 1:10 Relato regular e análise crítica de eventos adversos infecciosos e não infecciosos Sistema de gestão: normas certificadas (mensurado pela pontuação obtida das normas certificadas) Mensal Mensal Bimensal Bimensal 4 pontos 22 pontos 1 ponto 1 ponto Assad, E. Eventos Adversos em CTI Adulto. Mestrado. UFMG. 2011
35 Determinantes de eventos adversos em CTI Adulto Dissertação de Mestrado UFMG 2011 Ocorrência de erros/eventos adversos não infecciosos e infecciosos, modelo final de regressão logística múltipla, 2009 Variáveis OR ajustado IC95% Valor-p Tempo de permanência (por dia) 1,17 1,14-1,19 0,000 Uso de VM 1,36 1, ,010 Uso de CVC 2,77 2,20-3,47 0,000 Sistema de Gestão - UTI1 10,32 6,49-16,42 0,000 Sistema de Gestão - UTI3 2,81 1,72-4,60 0,000 Sistema de Gestão - UTI4 4,09 2,58-6,47 0,000 OR: odds ratio; IC: intervalo de confiança; VM: ventilação mecânica; CVC: cateter vascular central Assad, E. Eventos Adversos em CTI Adulto. Mestrado. UFMG. 2011
36 MODELO DE GESTÃO HOSPITAL 100% SUS P
37 MODELO DE GESTÃO HOSPITAL 100% SUS P D
38 MODELO DE GESTÃO HOSPITAL 100% SUS P C D
39 MODELO DE GESTÃO HOSPITAL 100% SUS P A D C
40 MODELO DE GESTÃO HOSPITAL 100% SUS
41 MODELO DE GESTÃO HOSPITAL 100% SUS
42 MODELO DE GESTÃO HOSPITAL 100% SUS
43 MODELO DE GESTÃO HOSPITAL 100% SUS
44 MODELO DE GESTÃO HOSPITAL 100% SUS
45 DRG BRASIL HOSPITAL PÚBLICO GRANDE PORTE E ALTA COMPLEXIDADE ANO 2013
46 DRG BRASIL HOSPITAL PÚBLICO GRANDE PORTE E ALTA COMPLEXIDADE ANO ,3% 7,3% 63%
47 OBRIGADA! Av. do Contorno, nº 2646 sala 902 Santa Efigênia - Belo Horizonte, MG - CEP (31) (31) tania.grillo@iagsaude.com.br IAG Saúde
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