PARECERES Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados

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1 CONSULTA N.º 48/2008 Conflito de interesses 1& Da consulta Por datado de... de... de... (entrada com o número de registo...) e esclarecimentos prestados em de... de... (entrada com o número de registo...) veio o Senhor Advogado, Dr...., titular da cédula profissional n.º... L, com domicílio profissional sito na Rua..., em Lisboa, solicitar a pronúncia do quanto à seguinte questão: O Senhor Advogado consulente patrocinou, há alguns anos atrás, uma determinada sociedade comercial a..., Lda. numa acção de despejo que lhe foi movida, por falta de pagamento de rendas, rendas estas que foram liquidadas com o decurso dos autos. Actualmente, o Senhor Advogado consulente patrocina o Autor numa acção de condenação em que é Réu um dos sócios-gerentes da antiga cliente do Senhor Advogado consulente, por emissão de cheque sem cobertura, que não servindo já como título executivo, obrigou à propositura de uma acção declarativa. Esta nova acção prende-se, conforme esclarece o Senhor Advogado requerente e conforme decorre da leitura da Petição Inicial também remetida a este Conselho Distrital, com o pagamento de vários empréstimos feitos à empresa que sofreu o despejo e que foram solicitados e assumidos pessoalmente pelos seus sócios gerentes. 223

2 Delineada que está a questão fáctica, importa agora analisar a questão à luz do Estatuto da Ordem do Advogados (E.O.A.), aprovado pela Lei n.º 15/2005, de 26 de Janeiro. 2& Do Parecer A Deontologia é o conjunto de regras ético-jurídicas pelas quais o advogado deve pautar o seu comportamento profissional e cívico. (...) O respeito pelas regras deontológicas e o imperativo da elevada consciência moral, individual e profissional, constitui timbre da advocacia. António Arnaut, Iniciação à Advocacia História Deontologia Questões Práticas, p. 49 e 50, 3ª Edição, Coimbra Editora, O Advogado, no exercício da sua profissão está, assim, vinculado ao cumprimento escrupuloso de um conjunto de deveres consignados no Estatuto e ainda àqueles que a lei, os usos, os costumes e as tradições profissionais lhe impõem. O cumprimento escrupuloso e pontual de todos esses deveres garante a dignidade e o prestígio da profissão. O Título III do Estatuto trata da Deontologia Profissional, fixando no Capítulo I, os Princípios Gerais e abordando no Capítulo II, a questão das relações entre o advogado e o cliente. É neste último Capítulo e, mais especificamente no seu artigo 94º, que se encontra regulado o denominado Conflito de Interesses. Aí estão plasmadas várias situações em que existe uma situação de incompatibilidade para o exercício do patrocínio. Esta norma tem em vista evitar a existência de conflito de interesses na condução do mandato por Advogado e assume a uma tripla função 1 : 1 Cfr. Processo de Consulta do C.D.L. n.º 6/02, aprovado em , e no qual foi relator o Dr. João Espanha. 224

3 a) Defender a comunidade em geral, e os clientes de um qualquer Advogado em particular, de actuações menos lícitas e/ou danosas por parte de um Colega, conluiado ou não com algum ou alguns dos seus clientes; b) Defender o próprio Advogado da possibilidade de, sobre ele, recair a suspeita de actuar, no exercício da sua profissão, visando qualquer outro interesse que não seja a defesa intransigente dos direitos e interesses dos seus clientes. c) Defender a própria profissão, a Advocacia, do anátema que sobre ela recairia na eventualidade de se generalizarem este tipo de situações. Nesse sentido, preceitua o artigo 94º do E.O.A: 1 O advogado deve recusar o patrocínio de uma questão em que já tenha intervindo em qualquer outra qualidade ou seja conexa com outra em que represente, ou tenha representado, a parte contrária. 2 - O advogado deve recusar o patrocínio contra quem, noutra causa pendente, seja por si patrocinado. 3 O advogado não pode aconselhar, representar ou agir por conta de dois ou mais clientes, no mesmo assunto ou em assunto conexo, se existir conflito entre os interesses desses clientes. 4 Se um conflito de interesses surgir entre dois ou mais clientes, bem como se ocorrer risco de violação do segredo profissional ou de diminuição da sua independência, o advogado deve cessar de agir por conta de todos os clientes, no âmbito desse conflito. 5 - O advogado deve abster-se de aceitar um novo cliente se tal puser em risco o cumprimento do dever de guardar sigilo profissional relativamente aos assuntos de um anterior cliente, ou se do conhecimento destes assuntos resultarem vantagens ilegítimas ou injustificadas para o novo cliente. 6 Sempre que o advogado exerça a sua actividade em associação, sob a forma de sociedade ou não, o disposto nos números anteriores aplica-se quer à associação que a cada um dos seus membros. Vejamos então. 225

4 No presente caso, verifica-se que, no passado, o Senhor Advogado consulente teve como cliente uma determinada sociedade comercial. Esta relação profissional estabelecida entre ambos já cessou. A particularidade existente reside no facto de, agora, o Senhor Advogado consulente estar a litigar contra um dos sócios gerentes daquela mesma sociedade. Nos termos do disposto no artigo 94º do E.O.A., é vedado ao Advogado, nomeadamente, intervir, sob qualquer forma, em questão (processo judicial ou não) que seja conexa com outra em que represente a parte contrária, mas também lhe está vedado intervir em questão que seja conexa com outra em que tenha representado a parte contrária. E, no presente caso, existe uma conexão entre as acções? Parece-se-nos que não. Tal como foi entendido no Parecer do Conselho geral n.º E-14/00, aprovado em , e no qual foi relator o Dr. Carlos Grijó, conexão significa relação evidente entre várias causas, de modo que a decisão de uma dependa das outras ou que a decisão de todas dependa da subsistência ou valorização de certos factos. Em nosso modesto entendimento, os serviços jurídicos prestados anteriormente pelo Senhor Advogado consulente relacionados com uma acção de despejo com fundamento na falta de pagamento de rendas que foi instaurada contra a sociedade..., Lda., então sua cliente, não estão conexos com a acção de condenação agora instaurada pelo Senhor Advogado consulente contra um sócio da referida sociedade, por emissão de cheques sem provisão. Não nos parece que o facto do Senhor Advogado consulente ter patrocinado a sociedade comercial,..., Lda., de que a Ré, pessoa contra a qual litiga actualmente, é (ou foi) sócia, coloque o Senhor Advogado numa posição de duvidosa independência ou liberdade no exercício da sua actividade enquanto Advogado. Também não nos parece que, de acordo com os factos trazidos ao conhecimento deste Conselho Distrital, haja um sério risco de violação do segredo profissional a que o Senhor 226

5 Advogado consulente está vinculado por força da relação profissional estabelecida com a sua antiga cliente. E, acrescente-se ainda o seguinte: À luz dos mais elementares princípios jurídicos que regem o nosso direito, as sociedades comerciais, em si mesmo, são uma pessoa jurídica distinta dos sócios e com os quais não se confundem. Por sócios consideram-se, em regra, os titulares ou proprietários de participações sociais, não se confundindo, em termos jurídicos, com a pessoa colectiva em si. Ou seja, a cliente do Senhor Advogado consulente terá sempre sido a sociedade comercial, e não o sócio gerente. Ora, partindo do princípio que, e como aparenta ser, o Senhor Advogado consulente não terá prestado, em nenhum momento, serviços de Advocacia ao sócio gerente da sociedade, individualmente considerado, mas sim e apenas à sociedade comercial, não nos parece existir qualquer conflito de interesses que impeça o Senhor Advogado consulente de continuar a actuar em juízo. Apesar de entendermos que o patrocínio assumido pelo Senhor Advogado consulente não constitui violação dos deveres previstos no artigo 94º do E.O.A., isto não significa que o dever de segredo profissional, autonomamente protegido pelo artigo 87º do E.O.A., não deva permanecer protegido. Em suma: O patrocínio assumido pelo Senhor Advogado consulente não constitui, atentos os fundamentos invocados no presente parecer, violação do disposto no artigo 94º do E.O.A. Não obstante, se no decurso do patrocínio em causa, ocorrem outros factos ou aspectos que possam, nomeadamente, alterar o juízo de conexão atrás formulado, deverá o Senhor Advogado consulente cessar o mandato assumido, nomeadamente, para salvaguarda do dever de sigilo profissional. 227

6 Notifique-se. Lisboa, 20 de Novembro de 2008 A Assessora Jurídica do C.D.L. Sandra Barroso Concordo e homologo o despacho anterior, nos precisos termos e limites aí fundamentados, Lisboa, 21 de Novembro de 2008 O Vice-Presidente do C.D.L. Por delegação de poderes de 4 de Fevereiro de 2008 Jaime Medeiros 228

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