Pretende o Sr. Advogado saber, uma vez que não se trata de uma loja jurídica, se poderão publicitar a mesma sem por em causa a nossa profissão.

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1 > Conselho Distrital de Lisboa > Parecer CDL n.º 40/2007, de 23 de Novembro de 2007 CONSULTA Mediante ofício datado que deu entrada nos serviços deste CDL em..., com o nº..., veio o Sr Dr..., Advogado titular da cédula profissional nº...l, solicitar ao Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, a emissão de parecer sobre a seguinte questão: O Sr. Advogado consulente foi contactado por uns seus clientes que pretendem abrir uma empresa com o logo que se junta, para exercer todo o tipo de procedimentos jurídicos, onde terão em regime de avença alguns Advogados. Pretende o Sr. Advogado saber, uma vez que não se trata de uma loja jurídica, se poderão publicitar a mesma sem por em causa a nossa profissão. Posteriormente, foi o Sr. Advogado consulente notificado para esclarecer, em concreto, quais os procedimentos jurídicos que a empresa pretende exercer, mais se solicitando que informasse se os clientes em causa são Advogados. Respondendo, veio o informar que os seus clientes não são Advogados, mas virão a ser sócios dessa sociedade, querendo que só Advogados avençados por eles façam o trabalho jurídico, que corresponde a actos próprios de Advocacia.

2 Tendo em conta que os actos serão praticados por Advogados, a única dúvida que o Sr. Advogado consulente tem é quanto à possibilidade da empresa a criar publicitar essa actividade junto dos órgãos de comunicação social. Cumpre, pois, responder ao solicitado pelo Sr. Advogado consulente. PARECER Dispõe a alínea f) do n.º 1 do artigo 50º do Estatuto da Ordem dos Advogados (E.O.A.), que cabe a cada um dos Conselhos Distritais da Ordem dos Advogados, no âmbito da sua competência territorial, pronunciar-se sobre as questões de carácter profissional. Estas questões de carácter profissional são as intrinsecamente estatutárias, ou seja, que decorrem dos princípios, regras, usos e praxes que comandam ou orientam o exercício da Advocacia, nomeadamente os que relevam das normas do E.O.A., do regime jurídico das sociedades de Advogados e do universo de normas emergentes do poder regulamentar próprio reconhecido por lei aos órgãos da Ordem. Desta forma não vemos como a matéria em causa pronúncia quanto à possibilidade de uma sociedade comercial fazer publicidade junto de órgãos de comunicação social - possa caber nos poderes de pronúncia do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados. Contudo, não podemos deixar de tecer alguns comentários quanto à própria sociedade comercial a constituir.

3 Com efeito, o Decreto-Lei nº 49/2004, de 24 de Agosto veio, pela primeira vez no ordenamento jurídico nacional, regular e definir aquilo são os actos próprios da profissão de Advogado e Solicitadores, salvaguardando a prática desses actos aos licenciados em Direito com inscrição em vigor na Ordem dos Advogados e aos solicitadores inscritos na Câmara dos Solicitadores (art. 1º, nº1). Nos termos da referida Lei, são considerados actos próprios dos Advogados e dos Solicitadores (art. 1º, nº5 e 6): a) O exercício do mandato forense; b) A consulta jurídica; c) A elaboração de contratos e a prática dos actos preparatórios tendentes à constituição, alteração ou extinção de negócios jurídicos, designadamente os praticados junto de conservatórias e cartórios notariais; d) A negociação tendente à cobrança de créditos; e) O exercício do mandato no âmbito de reclamação ou impugnação de actos administrativos ou tributários. Por outro lado, vem a Lei dispor, no nº1 do artigo 6.º da Lei n.º 49/2004, de 24 de Agosto, que «com excepção dos escritórios ou gabinetes compostos exclusivamente de advogados, por solicitadores ou por advogados e solicitadores, das sociedades de advogados, das sociedades de solicitadores e dos gabinetes de consulta jurídica organizados pela Ordem dos Advogados e pela Câmara dos Solicitadores, é proibido o funcionamento de escritório ou gabinete, constituído sob qualquer forma jurídica, que preste a terceiros serviços que compreendam, ainda que isolada ou marginalmente, a prática de actos próprios dos advogados e dos solicitadores».

4 Ou seja, e resumindo, a Lei apenas permite a prática de actos próprios da Advocacia a: - Escritórios ou gabinetes compostos, exclusivamente, por Advogados ou Solicitadores; - Sociedades de Advogados ou de Solicitadores; - Gabinetes de Consulta Jurídica organizados pela Ordem dos Advogados e pela Câmara dos Solicitadores. Ao apenas permitir-se a prática de actos típicos da profissão a esta categoria de entidades, mais não se pretende do que evitar que os actos próprios de advogado sejam praticados por quem o não seja ou, sendo-o, esteja inserido numa estrutura que não uma sociedade de advogados. No presente caso, estamos perante uma sociedade a constituir da qual não serão sócios Advogados, mas que recorrerão a Advogados para o exercício de procedimentos jurídicos (que abrangem actos, tal como o próprio Advogado consulente reconhece, próprios da profissão). Trata-se, evidentemente, de uma situação que viola de forma clara o transcrito nº1 do artigo 6.º da Lei n.º 49/2004, de 24 de Agosto e que, para mais, constitui crime de procuradoria ilícita, previsto e punido pelo art. 7º desse mesmo diploma legal.

5 Em conclusão, 1. Não cabe ao Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados pronunciar-se sobre a possibilidade de uma sociedade comercial fazer publicidade junto de órgãos de comunicação social. 2. Nos termos do art. 6º da Lei n.º 49/2004, de 24 de Agosto, é proibido o funcionamento de uma empresa constituída para a prática de actos próprios da profissão de Advogado ou Solicitador, ainda que esses mesmos actos sejam praticados por Advogados avençados da mesma. Lisboa, 22 de Novembro de 2007 RUI SOUTO

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