DEONTOLOGIA (Teste de aferição de 27 de Fevereiro de 2010)

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1 DEONTOLOGIA (Teste de aferição de 27 de Fevereiro de 2010) Analise as perguntas e hipóteses e responda, depois, às questões que lhe são colocadas, justificando as respostas com recurso às normas legais e princípios deontológicos aplicáveis. Grupo I (6 valores) Responda sucintamente às seguintes questões: 1. - A desistência da participação apresentada na Ordem dos Advogados por alegada prática de infracção, aceite pelo participado, extingue, por si só, a responsabilidade disciplinar. Certo ou errado? Justifique. (1,5 valores) 2.- A decisão do Senhor(a) Bastonário(a), proferida em sede de apreciação de pedido de dispensa de segredo profissional é irrecorrível. Certo ou errado? Justifique. (1,5 valores) 3.- É disciplinarmente censurável que um(a) Senhor(a) Advogado(a) contacte com as testemunhas que arrolou sob indicação do seu mandante? Justifique (1,5 valores) 4.- Pode um advogado da parte contrária requerer oralmente junto de um Tribunal o exame de um processo de restituição provisória de posse, sem audição da parte contrária, a aguardar marcação para a inquirição de testemunhas, sem exibir qualquer procuração forense? Justifique (1,5 valor) Grupo II

2 Um Sr. Advogado exerceu o patrocínio no âmbito de um divórcio por mútuo consentimento, com regulação do poder paternal relativamente a um menor, filho do casal. Nos termos do referido acordo, o exercício do poder paternal foi confiado à mãe, cliente do Sr. Advogado. Recentemente o Sr. Advogado foi contratado pela avó materna do menor, com o propósito de intervir no processo de regulação do poder paternal, a fim de ver declarado o direito de poder privar com o menor, que lhe foi abruptamente cerceado pela mãe do menor e antiga cliente do Sr. Advogado. Comente e fundamente Grupo III Atente no texto que se reproduz, extraído dumas alegações de recurso interposto no Supremo Tribunal Administrativo, obviamente da autoria e subscritas por um Advogado: O Supremo Tribunal Administrativo é uma loja maçónica criada, instalada, dirigida e presidida por maçons como, aliás, o Supremo Tribunal de Justiça ( ). Aliás, em virtude dos benefícios que resultam de se saber que o Supremo Tribunal Administrativo é uma loja maçónica, só por mero lapso ou falta de tempo se compreende que isso não seja amplamente divulgado e que os maçons do Supremo Tribunal Administrativo e outros não tenham dado a conhecer essa sua excelente qualidade, nem sequer às respectivas mulheres e família sendo por isso que, para suprir a lacuna, o recorrente divulgará brevemente a lista dos juízes maçons em benefício do povo, do STA, da Maçonaria e dos maçons, através da internet e outros meios, e incluirá também os magistrados do Ministério Público e Procuradores Gerais da República, como D., e arguidos como E, F G.H., etc. Comente e fundamente. GRUPO IV (7 valores)

3 Um Sr. Advogado que prestou diversos serviços extrajudiciais a um cliente, propôs contra este uma acção de honorários relativa a esses serviços, onde alegou os serviços que prestou, nomeadamente negociações que, em nome do seu cliente, levou a cabo com a parte contrária representada por advogado, alcançando numas o resultado pretendido e noutras não tendo alcançado qualquer resultado. Os meios de prova que produziu para prova desses factos foram documentos relativos a propostas, contra-propostas, acordos, faxes e s que trocou com o cliente e o advogado da parte contrária, tendo ainda arrolado como testemunhas os seus empregados forenses, o advogado da parte contrária, que aceitou depor sobre os serviços prestados, bem como outro advogado, seu amigo, para se pronunciar sobre os critérios de fixação dos honorários. Comente e fundamente a actuação do advogado que propôs a acção de honorários bem como a dos colegas e empregados forenses que aceitaram depor como testemunhas.

4 GRELHA DE CORRECÇÃO (Teste de aferição de 27 de Fevereiro 2010) GRUPO I (6 valores) 1. Errado face ao que se rege no artº 115º do E.O.A., que aqui se dá por reproduzido (1,5 valores) 2. Certo. Trata-se de decisão proferida no exercício de um poder discricionário (técnico), sendo indiscutível que a sua apreciação em recurso, como se prevê no nº3 do art. 6º do EOA para outras decisões proferidas pelos Órgãos da Ordem dos Advogados iria, necessariamente, desvendar o que se impõe seja sigiloso. (1,5 valores) 3. Aqui há que atender ao que se disciplina no art. 104º do EOA. O contacto estabelecido no respeito das regras aí estabelecidas, não é disciplinarmente censurável. (1,5 valores) 4. No exercício da sua profissão o Advogado tem direito a solicitar em qualquer tribunal para exame um processo sem necessidade de exibir procuração. No entanto, tratando-se de processos que tenham carácter reservado ou secreto, como é o caso, não podem ter acesso ao processo, enquanto revestirem essa natureza (Art. 74º-1 do EOA). (1,5 valores) GRUPO II À luz do art. 94º n.º 1 do E.O.A., o Senhor Advogado encontra-se manifestamente impedido de aceitar mandato da avó materna da sua antiga cliente. (1 valor) No caso concreto, a aceitação do mandato implicaria que o Senhor Advogado interviesse no mesmo assunto, porque o que está em causa é, essencialmente, a

5 regulação do poder paternal do menor, filho da sua antiga cliente, primeiro, como representante da mãe do menor e agora como representante da avó do menor, com interesses divergentes dos da mãe do menor, podendo ainda por em causa o sigilo profissional e do conhecimento do assunto resultarem vantagens ilegítimas ou injustificadas para a nova cliente (Art. 94º-5 do EOA). (1 valor) Basta a mera possibilidade da existência de um conflito de interesses para que o advogado não possa aceitar o mandato, já que é inaceitável para a Advocacia, profissão que se quer independente (artigo 84º do E.O.A.), mas também exemplo de honestidade, probidade, rectidão, lealdade, cortesia e sinceridade (n.º 2 do artigo 83º do E.O.A.) e acima de tudo, inaceitável à luz dos valores de lealdade e confiança que o cliente deve poder manter com o seu Advogado (e vice-versa) (Art. 92º-1 do EOA). (1,5 valores) GRUPO III Integridade art.83º; art.85º-1; dever geral de urbanidade art. 90º; de lealdade art. 103; e de correcção art. 105, nº1, todos do EOA (1,5 valores); Limites à liberdade de expressão do advogado nº 2 do art.154º do CPC (1 valor); Crime de injúria art. 181º do CP; e infracção disciplinar art-110º do EOA (1 valor) Grupo IV (7 valores) Os factos alegados pelo Sr. Advogado que propôs a acção de honorários estão sujeitos a sigilo profissional por se tratarem de factos de que tomou conhecimento no exercício da sua actividade como advogado e por causa dela, que lhe foram comunicados pelo cliente e também pela parte contrária representada por colega, respeitando ainda a negociações para acordos alcançados e malogrados (art. 87º-1, e als. a), e) e f) do EOA). (1 valor) Também os documentos juntos relacionados com esses factos estão sujeitos a segredo profissional (Art. 87º, nº 3 do EOA). (0,5 valor) Os funcionários forenses arrolados como testemunhas também estão vinculados ao segredo profissional (art. 87º-7 do EOA), assim como o Sr. Advogado da parte contrária (Art. 87º-1 e als a), e) e f) do EOA). (0,5 valor)

6 O Sr. Advogado amigo que foi arrolado para se pronunciar sobre os critérios de fixação de honorários não está sujeito ao segredo profissional, pois o seu depoimento não tem a ver com os factos sujeitos ao sigilo profissional, dado não ter tomado conhecimento deles no exercício da sua actividade, mas sim apenas sobre a valorização dos serviços que foram alegados como tendo sido realizados, de acordo com os critérios definidos no art. 100º do EOA, tratando-se de uma apreciação pericial em sede testemunhal (art. 87º- 1 a contrario). (1 valor) O Sr. Advogado antes de ter intentado a acção devia ter pedido a dispensa de sigilo profissional invocando a essencialidade dos factos alegados para a procedência da acção, bem como a absoluta necessidade de juntar os documentos e arrolar como testemunhas os seus empregados forenses, pois de outro modo não lhe seria possível fazer a prova dos factos alegados, tudo na defesa dos seus direitos e interesses legítimos (art. 87º-4 do EOA e art. 4º do Regulamento de dispensa de segredo profissional (Reg. 94/2006, de 25 de Maio). (1 valor) Não podia pedir a dispensa de sigilo relativamente ao depoimento do advogado da parte contrária, sendo da competência deste tal pedido de autorização (Art. 87º-4 do Eoa e art. 2º-1 do Regulamento), que não lhe seria concedida já que não estavam aqui em causa factos relativos à defesa da dignidade, direitos e interesses legítimos desse advogado ou do cliente deste (Art. 87º-4 EOA). (1 valor) O pedido de dispensa é dirigido ao Sr. Presidente do Conselho Distrital havendo recurso, no caso de indeferimento, para o Sr. Bastonário (arts. 51º-1, al. m e nº 3 e 39º- 1, al o) e nº 2 e arts. 2º, 6º e 8º do Regulamento de dispensa de segredo profissional). (0,5 valor) Os empregados forenses não podem eles pedir a dispensa do sigilo (art. 87º-4 do EOA e art. 2º-1 do Regulamento de dispensa de segredo profissional). (0,5 valor) A violação do sigilo profissional faz incorrer os Srs. Advogados, o autor da acção e o Sr. Advogado da parte contrária, em responsabilidade criminal, civil e disciplinar (Arts. 195º CP, 483º do CC e 110º EOA), sendo ainda irrelevantes a alegação e prova produzida em violação do segredo profissional (Art. 87º-5 do EOA). Os empregados forenses incorrem também em responsabilidade criminal e civil (Arts. 195º e 196ºCP e 483º do CC). (1 valor)

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