PARECER Nº 51/PP/2015-P CONCLUSÕES 1 - A

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1 PARECER Nº 51/PP/2015-P CONCLUSÕES 1 - A questão do conflito de interesses, no que ao exercício da Advocacia diz respeito, encontra-se regulada no artigo 99º do EOA. 2 - A referida norma funda-se em razões de preservação dos valores da lealdade, isenção, independência, confiança e mesmo decoro, fundamentais no exercício da advocacia, tendo ainda como fundamento o risco de quebra do segredo profissional 3 - O legislador concretizou algumas situações em que o dever de recusa do patrocínio é imposto, porque, objectivamente, tais situações se apresentam como potenciadoras desse conflito, todavia, situações há em que se impõe uma análise casuística para se aferir se em concreto tal conflitualidade se verifica. 4 A Advogada que é nomeada defensora oficiosa a um arguido num processo em que o ofendido já foi defendido por essa mesma Advogada no âmbito dum outro processo-crime em que era arguido, pode aceitar a nova nomeação desde que o processo-crime anterior se encontre findo com decisão já transitada em julgado e que entre o anterior e o novo processocrime não exista qualquer conexão. 5 Mas deverá a Advogada verificar se o facto de ter representado o arguido em processo anterior diminui ou de qualquer forma condiciona a sua independência, se dos factos que mercê dessa representação vieram ao seu conhecimento decorre uma qualquer vantagem para si na condução do assunto do arguido de que agora é defensora oficiosa e se da aceitação desta nova nomeação oficiosa poderá resultar algum risco para o cumprimento do dever do sigilo profissional. Se tais riscos existirem, então estaremos perante uma situação de conflito de interesses e, daí, não dever a Colega aceitar a nova nomeação A Sra. Dra. ( ) Advogada, portadora da cédula nº ( ), com domicílio profissional em ( ), solicitou à delegação de ( ) da O.A. a emissão de esclarecimento/parecer. Por sua vez a delegação de ( ) remeteu o aludido pedido para este Conselho Regional do Porto. A questão colocada é a que infra se descreve: A Colega requerente foi nomeada Defensora Oficiosa do Sr. ( ) no âmbito do Processo nº ( ) a correr termos na Comarca ( ), ( ), DIAP, 1ª Secção, por

2 nomeação datada de 13 de Outubro do corrente ano. Após ter sido nomeada para o beneficiário em causa, arguido nos referidos autos, em que o mesmo é acusado pelo crime de ofensa à integridade física simples, constatou que o ofendido no âmbito dos mesmos autos é o Sr. ( ). Sucede que no âmbito do Processo nº ( ), que correu termos também em ( ), Instância Local, Secção Criminal, J2, já transitado em julgado por sentença proferida em , foi a Colega requerente nomeada Defensora Oficiosa ao aí arguido ( ), processo onde este foi condenado por furto qualificado, na pena de prisão de 2 anos, suspensa na sua execução por igual período. Refere ainda inexistir qualquer conexão entre as questões que se discutem nos autos para que foi agora nomeada e as questões que se discutiram nos autos em que foi nomeada defensora do referido ( ). Embora entenda inexistir no caso concreto qualquer conflito de interesses, ainda assim, por não pretender violar qualquer regra deontológica, requer a emissão de parecer/esclarecimento acerca do que é exposto e concretamente se existe qualquer conflito de interesses que impeça a requerente de defender o Sr. ( ) no âmbito do Processo nº ( ) a correr ternos na Comarca ( ), ( ), D1AP, 1ª Secção, e se deve apresentar escusa neste processo. II Este Conselho Regional tem competência para emitir parecer, nos termos do disposto no artigo 50.º, nº 1, al. f) do E.O.A. III A questão do conflito de interesses, no que ao exercício da Advocacia diz respeito, encontra-se regulada no artigo 99º do EOA. A referida norma funda-se em razões de preservação dos valores da lealdade, isenção, independência, confiança e mesmo decoro, fundamentais no exercício da advocacia, tendo ainda como fundamento o risco de quebra do segredo profissional.

3 Na maioria das situações a questão de saber se existe ou não conflito de interesses pressupõe uma análise casuística. Contudo, o legislador concretizou algumas situações em que o dever de recusa do patrocínio é imposto, não porque em concreto e no imediato se verifique o conflito de interesses, mas porque, objectivamente, tais situações se apresentam como potenciadoras desse conflito. Estão nesse caso as normas contidas nos nºs 1 e 2 do artº 99º do EOA. Do disposto nos nºs 1 e 2 do artº 99º do EOA decorre que o advogado deve recusar o patrocínio: a) de uma questão em que já tenha tido intervenção anterior em qualquer outra qualidade; b) de uma questão conexa com outra em que represente ou tenha representado a parte contrária; c) ou duma questão contra quem, noutra causa pendente, seja por si patrocinado. Dispõe o nº 3 do referido artº 99º que o advogado não pode aconselhar, representar ou agir por conta de dois ou mais clientes, no mesmo assunto ou em assunto conexo, se existir conflito entre os interesses desses clientes. Resulta ainda do nº 4 do citado artigo 94º do EOA que se um conflito de interesses surgir entre dois ou mais clientes, bem como se ocorrer risco de violação do segredo profissional ou de diminuição da sua independência, o advogado deve cessar de agir por conta de todos os clientes, no âmbito desse conflito. Dispondo o nº 5 do mencionado artigo 99º que o advogado deve abster-se de aceitar um novo cliente se tal puser em risco o cumprimento do dever de guardar sigilo profissional relativamente aos assuntos de um anterior cliente, ou se do conhecimento destes assuntos resultarem vantagens ilegítimas ou injustificadas para o novo cliente. É à luz destes normativos que deve ser encontrada a solução para o caso em apreço. De acordo com o que a Colega requerente transmitiu verifica-se que a mesma representou o Sr. ( ), mercê de nomeação oficiosa, no âmbito dum processo-

4 crime em que o mesmo foi condenado pela prática do crime de furto qualificado, por sentença proferida em já transitada em julgado. Entretanto foi nomeada defensora oficiosa ao Sr. ( ) no âmbito do Processo nº ( ) a correr termos na Comarca ( ), ( ), DIAP, 1ª Secção, por nomeação datada de 13 de Outubro do corrente ano, processo em que o mesmo é acusado pelo crime de ofensa à integridade física simples, sendo ofendido o mencionado Sr. ( ). Da descrição que a Colega requerente efectuou afigura-se que este novo processo- crime não tem qualquer conexão com o processo-crime em que a Colega requerente foi defensora daquele ( ). Assim sendo, uma vez que o processo-crime em que a Colega requerente defendeu o mencionado Sr. ( ) se encontra findo com decisão já transitada em julgado, e, como refere a requerente, o processo-crime para que foi agora nomeada defensora oficiosa não tem qualquer conexão com o primeiro processo crime também não terá aplicação o disposto nos nºs 1 e 2 do artº 99º do EOA. Assim sendo, torna-se agora necessário verificar se do caso concreto poderá resultar alguma das situações previstas nos nºs. 3, 4, ou 5 do artigo 99º do EOA. Sendo como refere a Colega requerente, parece que o processo-crime para que foi agora nomeada não tem qualquer conexão com o processo-crime anterior, assim sendo, não se afigura que daí resulte um conflito de interesses que leve a Colega requerente a dever pedir escusa. Todavia, deverá a Colega requerente verificar se o facto de ter representado o Sr. ( ) em processo anterior diminui ou de qualquer forma condiciona a sua independência, se dos factos que mercê dessa representação vieram ao seu conhecimento decorre uma qualquer vantagem para si na condução do assunto do arguido de que agora é defensora oficiosa e se da aceitação desta nova nomeação oficiosa poderá resultar algum risco para o cumprimento do dever do sigilo profissional. Se tais riscos existirem, então estaremos perante uma situação de conflito de interesses e, daí, não dever a Colega aceitar a nova nomeação.

5 Caso tais riscos não existam, então inexiste impedimento para que a Colega aceite a nova nomeação. Daí que poderá a Colega aceitar a nomeação se da análise que apenas a Colega poderá fazer não resultarem os riscos elencados supra. IV CONCLUSÕES 1 - A questão do conflito de interesses, no que ao exercício da Advocacia diz respeito, encontra-se regulada no artigo 99º do EOA. 2 - A referida norma funda-se em razões de preservação dos valores da lealdade, isenção, independência, confiança e mesmo decoro, fundamentais no exercício da advocacia, tendo ainda como fundamento o risco de quebra do segredo profissional 3 - O legislador concretizou algumas situações em que o dever de recusa do patrocínio é imposto, porque, objectivamente, tais situações se apresentam como potenciadoras desse conflito, todavia, situações há em que se impõe uma análise casuística para se aferir se em concreto tal conflitualidade se verifica. 4 A Advogada que é nomeada defensora oficiosa a um arguido num processo em que o ofendido já foi defendido por essa mesma Advogada no âmbito dum outro processo-crime em que era arguido, pode aceitar a nova nomeação desde que o processo-crime anterior se encontre findo com decisão já transitada em julgado e que entre o anterior e o novo processocrime não exista qualquer conexão. 5 Mas deverá a Advogada verificar se o facto de ter representado o arguido em processo anterior diminui ou de qualquer forma condiciona a sua independência, se dos factos que mercê dessa representação vieram ao seu conhecimento decorre uma qualquer vantagem para si na condução do assunto do arguido de que agora é defensora oficiosa e se da aceitação desta

6 nova nomeação oficiosa poderá resultar algum risco para o cumprimento do dever do sigilo profissional. Se tais riscos existirem, então estaremos perante uma situação de conflito de interesses e, daí, não dever a Colega aceitar a nova nomeação. Este é, s.m.o, o meu parecer. À sessão Vila Nova de Famalicão, 03 de Janeiro de 2016 O Relator, Pedro Machado Ruivo

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