O dever de guardar segredo profissional corresponde a um princípio basilar do exercício da advocacia.

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1 - Dispensa de Segredo Profissional nº 108/ Requerimento O Exmo. Sr. Dr. ( ), Advogado (CP nº ( )P), com escritório à ( ), no ( ), veio pedir dispensa do dever de guardar segredo profissional, com vista a propor uma acção de honorários contra uma sua ex-cliente. Vêm relatadas as circunstâncias que antecederam o propósito do Requerente quanto à instauração da acção, vem anexada correspondência trocada entre o Requerente e a dita ex-cliente, vindo também a minuta da petição inicial que o Requerente projecta apresentar nessa acção. 2. Enquadramento O dever de guardar segredo profissional corresponde a um princípio basilar do exercício da advocacia. O segredo profissional está previsto no art. 87º do Estatuto da Ordem dos Advogados (EOA), estabelecendo-se que o Advogado é obrigado a guardar segredo relativamente aos factos cujo conhecimento lhe tenha advindo do exercício das suas funções ou da prestação dos seus serviços. O segredo profissional abrange ainda documentos que se relacionem com a matéria sujeita a sigilo (art. 87º.3 do EOA). Neste domínio, a regra é, pois, o dever de guardar segredo profissional. Verificados, todavia, certos pressupostos, mas sempre a título excepcional, admite-se seja concedida dispensa daquele dever. Como é evidente, a concessão da dispensa supõe que exista mesmo o dever de guardar segredo, isto é, só faz sentido dispensar do dever caso se trate de matéria coberta pelo regime do segredo profissional.

2 3. Apreciação No caso vertente, é de mediana clareza que a acção projectada pelo Requerente sempre implicará a revelação de matéria de que este teve conhecimento por via da sua actividade profissional, ou não fosse a causa de pedir uma relação de patrocínio aliás, longa. Como tal, trata-se de matéria coberta pelo regime da obrigação de guardar segredo profissional (art. 87º do EOA. Nessa conformidade, para ser deferido o pedido, há que verificar se ocorrem as circunstâncias indicadas no nº 4 do art. 87º do EOA. Nos termos deste preceito, a dispensa do dever de guardar segredo pode ter como beneficiário o próprio advogado ou o seu cliente, na perspectiva da defesa da dignidade, direitos e interesses legítimos de um ou de outro. No caso em apreço, não há dúvida de que o objectivo do Requerente é a defesa dos seus próprios direitos e interesses, traduzidos no direito a ser pago pelo trabalho desenvolvido no âmbito da relação de patrocínio acima referida. Por princípio, o levantamento do dever de sigilo não deve conduzir a uma situação desfavorável para o cliente do advogado. Em certos casos, porém, o levantamento daquele dever em benefício do advogado poderá sujeitar o cliente a uma situação potencialmente desfavorável aos respectivos interesses. Quer dizer, poderá haver uma, ao menos aparente, incompatibilidade entre os interesses do advogado, que pede o levantamento do sigilo, e o seu cliente, sujeito à exposição decorrente desse levantamento. Nessas situações, impõe-se proceder a uma avaliação dos interesses em presença, de modo a definir, casuisticamente, qual dos interesses merece maior tutela. Um dos casos em que esta questão pode colocar-se é, precisamente, o das acções de honorários propostas por um advogado contra quem foi seu cliente.

3 A instauração da acção implica a revelação de matéria coberta pelo sigilo, sendo que o levantamento desse dever, para permitir a devida fundamentação do pedido, tem como beneficiário o advogado, com a consequente revelação de matéria atinente ao cliente e, por princípio, sujeita a sigilo. A questão está em saber se um advogado pode ser impedido de revelar essa matéria, atenta a sua natureza, com a consequente impossibilidade de fazer valer a sua legítima pretensão relativamente aos honorários devidos pelo seu desempenho profissional. Numa situação assim, afigura-se que o dever de guardar segredo deve ser restringido, ao menos na medida do necessário a permitir a adequada e suficiente fundamentação do pedido formulado na acção de honorários. Atentando no caso em análise, em particular na minuta da petição inicial apresentada pelo Requerente, até pode dizer-se que, aqui e ali, o respectivo teor vai para além do que seria necessário para a fundamentação da acção. É o que acontece com o vertido nos artigos 12, 13, 20 a 28, 40, 47, 48, 54, 55, 101, 116 e 130, onde são revelados aspectos que dizem respeito à ex-cliente do Requerente e à sua situação patrimonial, os quais só foram conhecidos pelo Requerente em virtude do seu patrocínio e que o Requerente talvez não carecesse de invocar tão explicitamente para justificar a sua pretensão. No entanto, numa acção como esta, em que um dos critérios a considerar na fixação dos honorários é o resultado obtido (art. 100º.3 do EOA), afigura-se necessária a alegação dos elementos respeitantes à composição do património a partilhar entre a ex-cliente do Requerente e o seu ex-marido. Tanto mais que, face ao relatado pelo Requerente, o que se alcançou ao nível da definição da relação de bens, com vantagem para a ex-cliente do Requerente, decorreu primordialmente da intervenção técnica deste. Assim, é de entender que se mostra justificado a teor da referida petição inicial. Em consequência, merece deferimento o pedido formulado pelo Requerente.

4 Há, no entanto, uma restrição a impor. É que o Requerente, no ponto 27 do seu pedido de dispensa do segredo profissional, solicita autorização para revelar todos os factos abrangidos por esse segredo que sejam absolutamente necessários para a defesa do direito do Requerente que este pretende salvaguardar com a sobredita acção, nomeadamente os plasmados na minuta referida no número precedente e que o segredo profissional cobriria (sublinhado do signatário). A concessão da dispensa do dever de guardar segredo profissional nunca pode ser dada em termos genéricos, mas em termos precisos e concretos. Quer isto dizer que, sem prejuízo de outro pedido que o Requerente venha a formular complementarmente, caso o entenda necessário, a autorização ora concedida é definida por referência à petição inicial cuja minuta foi dada a conhecer pelo Requerente. Ou seja, a autorização reporta-se ao teor daquela peça e aos factos aí relatados, não já a outros. A ressalva tem que ver com o facto de, naquele ponto 27 da sua peça, o Requerente ter usado a expressão nomeadamente, o que poderia, caso não houvesse esta ressalva, abrir caminho para a invocação de outra factualidade, sem a sua prévia sujeição ao regime da autorização fixado no nº 4 do art. 87º do EOA. 4. Decisão Por se verificarem os respectivos pressupostos, concede-se o levantamento do dever de guardar segredo profissional e autoriza-se o Sr. Dr. ( ) a apresentar em juízo, na acção de honorários que projecta instaurar contra a sua ex-cliente ( ), a petição inicial cuja minuta anexou ao seu pedido, autorização esta limitada ao teor daquela petição e aos documentos respectivos. Notifique. Porto, 30 de Maio de 2008

5 O Vogal no uso do poder delegado que lhe foi conferido pelo Presidente do Conselho Distrital do Porto. Paulo Pimenta

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