Exame de Prática Processual Penal 1º Curso Estágio 2006

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1 Exame de Prática Processual Penal 1º Curso Estágio 2006 Na sequência de participação criminal validamente apresentada o M.P. instaurou inquérito e, a final, tendo encerrado o inquérito, deduziu acusação contra João Engrácio das Neves e, ao abrigo do disposto no art.16º, nº 3 do CPP, promoveu o julgamento perante Tribunal Singular. De seguida ordenou a notificação destes despachos ao Ofendido António da Silva Carmezim, à mulher deste, a Assistente Maria da Silva Carmezim, e ao Advogado de ambos, o que foi regularmente efectuado por cartas enviadas em 19 de Julho, tendo Maria recebido a notificação na sua caixa do correio em 21 de Julho. Em representação dos seus clientes o Advogado redigiu a seguinte peça processual: Processo Comum 2222/06.7TAPRT Exmº Senhor Juiz de Direito do Tribunal de Instrução Criminal do PORTO António da Silva Carmezim, Professor do Ensino Público, ofendido, e Maria da Silva Carmezim, Agente da P.S.P., assistente, vêm, nos termos do disposto nos arts.284º e 285º do CPP, requerer julgamento em Processo Comum Colectivo deduzindo contra ACUSAÇÃO João Engrácio das Neves, casado, engenheiro, Arguido com os demais sinais dos autos, e residente na R. do Amparo, nº 1, Porto, porquanto indiciam suficientemente os autos que 1º No dia 1 de Outubro de 2005, quando o ofendido e a assistente saíam do bar Nova Lua, sito na R. do Condestável, no Porto, onde se tinham divertido, foram

2 abordados pelo arguido, que, aliás, é seu vizinho, e que ali também ocasionalmente se encontrava. 2º Este, sem razão justificativa, dirigiu à ora assistente as seguintes expressões, de viva voz e à frente de muita gente, que ali se encontrava: és uma porca, badalhoca, estás farta de me sujares o meu quintal, vizinha de merda, 3º Na mesma ocasião e lugar, o arguido desferiu um soco na cabeça do ofendido António e uma bofetada na assistente Maria, causando-lhes, directa e necessariamente, as lesões que constam dos exames médicos ora juntos, e que lhes determinaram, a cada um, 5 dias de doença. 4º Cometeu, assim, o arguido, em autoria material e concurso real, um crime de injúria qualificada, p. e p. pelas disposições conjugadas dos arts.181º, 183º e 184º e 132º, nº2, al. j) do C.P. e dois crimes de ofensas à integridade física, qualificadas, p. e p. nos termos das disposições conjugadas dos artºs 143º, nºs 1 e 2 e 146º, nº 2 do C. Penal. O Advogado, c/ procuração com poderes gerais ( Assinatura_) Responsa sucintamente, mas com indicação expressa dos dispositivos legais aplicáveis, às seguintes questões: 1 - Analise criticamente a peça elaborada pelo Advogado apontando-lhe eventuais erros ou omissões. (8 valores) 2 - Na qualidade de Advogado de António e Maria Carmezim elabore nova Acusação. (9 valores) 3 Até quando, e sem necessidade do pagamento de qualquer multa, poderia apresentar a Acusação que elaborou? (3 valores)

3 Grelha de Correcção do Exame de PPP de Setembro de 2006 Questão 1 (8 valores) São os seguintes os erros e omissões da peça processual: a) Quanto à epígrafe, Os autos não estão ainda classificados como de processo comum, já que ainda estão na fase de inquérito, na órbita do Mº.Pº, pelo que dali devia constar inquérito nº ou simplesmente Processo nº.. e não processo comum ; b) Quanto ao cabeçalho O cabeçalho está errado, já que nunca se formula uma acusação dirigida ao JIC, uma vez que se deduz uma pretensão de julgamento, como se alude no texto, pelo que o requerimento era sempre dirigido ao Juiz do julgamento, neste caso o Juiz de Direito junto dos Juízos Criminais do Porto. Na verdade, os factos ocorreram no Porto, sendo territorialmente e materialmente competentes, em razão também da especificidade, os Juízos Criminais do Porto (cfr.arts 16º, 2. b) e 3 do CPP e 96º da Lei 3/99, de 13/1). c) Quanto à qualidade dos apresentantes O António Carmezim subscreve a peça, deduzindo acusação, mas ele não se constituiu assistente, já que só se identifica como ofendido, ao contrário da mulher, que é assistente. Na realidade, ele fora notificado para os fins do artº 284º, e só, o que deduz que se não constituiu assistente quanto às injúrias e, por arrastamento, quanto às ofensas. Daí que não pudesse acusar, a não ser que, na peça apresentada, também requeresse a constituição de assistente, o que não fez, também. d) Quanto à forma de processo Está errada já que não é a de processo comum colectivo mas sim processo comum singular, uma vez que o Mº Pº deu cumprimento ao artº. 16º, 3 do CPP. e) Quanto ao elemento emocional Não menção, na acusação, do elemento emocional ou a culpa, facto determinante para aferir a intenção do agente. Com efeito, o artº 283º, 3 b) obriga à menção dos factos que fundamentam a aplicação, ao arguido, de uma pena, incluindo a motivação. Entre tais factos, tem de figurar o dolo, já que o crime de ofensas corporais voluntárias só pode ser cometido a título de dolo. Havendo falta de tal elemento, pode a acusação ser nula, por força do nº 3 do artº 283º CPP, sendo que o posterior acrescento

4 de tal facto, em sede de julgamento, pode constituir alteração substancial dos factos, segundo certa doutrina. f) Quanto à qualificação Jurídica A qualificação dos crimes está errada o que leva a erro nas disposições legais aplicáveis, artº 283º., 3, c) CPP. Os ofendidos foram-no, não na qualidade de professor e agente da PSP, ou por causa dessa qualidade, mas antes nas suas vestes privadas, por questões de má vizinhança, e no contexto de uma discussão, à beira de um bar, sem nada a ver com a qualidade das suas profissões, facto, aliás, confirmado pelo teor das expressões dirigidas. Assim, os crimes de injúria e ofensas nunca seriam qualificados, mas simples. g) Quanto à Prova A não indicação da prova, tal como o exige o artº 283º., d) e f) do CPP configura também uma nulidade Por último, refira-se que inexiste qualquer vício na não indicação da data, já que esta será a que constará da data de entrada do requerimento. Questão 2 ( 9 valores) A prática de qualquer um dos erros que constam da resposta à questão 1 desvalorizará a resposta em 1 valor A omissão da constituição de António como assistente desvalorizará a resposta em 2 valores sendo que, desta desvalorização, 0,5 valores serão destinados à omissão do pagamento da taxa de justiça. Questão 3 ( 3 valores) Arts.103º, nº1 e 104º nº1 do CPP e 144º do CPC. Notificação de António: 24 de Julho (3º dia útil posterior ao do envio) 113º, nº1, al. b) e nº2 Notificação de Maria: 26 de Julho (5º dia após o depósito) 113º, nº1, al. c) e nº3 Notificação do Advogado: 24 de Julho (3º dia útil posterior ao do envio) 113º, nº1, al. b) e nº 2 No caso de Maria aproveita o prazo do notificado em último lugar - 113º, nº9 Prazo:10 dias 284º, nº 1 e 285º, nº1 Férias judiciais de 1 a 31 de Agosto - LOFTJ: art. 12º

5 Primeiro dia do prazo de António: 25 de Julho - art. 279º do CC Dia 3 de Setembro Domingo Primeiro dia útil seguinte e último dia do prazo de António: 4 de Setembro Primeiro dia do prazo de Maria: 27 de Julho - art. 279º do CC Último dia do prazo: 5 de Setembro A acusação, apresentada pelos dois, terá de dar entrada até 4 de Setembro sob pena de António perder o prazo pois não há lugar à aplicação do 113º, nº12 já que, para a dedução de acusação não está expressamente prevista a sua aplicabilidade Nota: Os 3 valores deverão ser distribuídos da seguinte forma: 1,5 para a correcta contagem do prazo de António 1,5 para a correcta contagem do prazo de Maria A aplicação do disposto no nº12 do art. 113º desvalorizará esta resposta em 1,5 valores

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