Joaquim José Guilherme de Aragão. Universidade de Brasília
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- Wilson Moreira Gusmão
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1 Joaquim José Guilherme de Aragão Universidade de Brasília
2 Elementos básicos do Plano de Mobilidade Urbana (Lei /2012, art. 24) I - os serviços de transporte público coletivo; II - a circulação viária; III - as infraestruturas do sistema de mobilidade urbana; IV - a acessibilidade para pessoas com deficiência e restrição de mobilidade; V - a integração dos modos de transporte público e destes com os privados e os não motorizados; VI - a operação e o disciplinamento do transporte de carga na infraestrutura viária; VII - os polos geradores de viagens; VIII - as áreas de estacionamentos públicos e privados, gratuitos ou onerosos; IX - as áreas e horários de acesso e circulação restrita ou controlada; X - os mecanismos e instrumentos de financiamento do transporte público coletivo e da infraestrutura de mobilidade urbana; e XI - a sistemática de avaliação, revisão e atualização periódica do Plano de Mobilidade Urbana em prazo não superior a 10 (dez) anos.
3 Brasília: Uma nova dimensão Distrito Federal e a RIDE perfazem: a terceira área metropolitana do País Rumo a 7-10 milhões de habitantes Capital Política da América do Sul Brasília não é mais apenas um centro administrativo implantado no Planalto Central! Conjuntamente com Goiânia: novo epicentro econômico do País Cidade-força ou cidade-problema? Os problemas que se acumulam... Na ordem do dia: visão estratégica de longo prazo que leve em consideração a dimensão dos potenciais e dos problemas Por uma vigorosa política de crescimento e investimento, pautada em uma política consistente e ambiciosa de empreendedorismo urbano fornecerá o lastro econômico e financeiro para as políticas e os investimentos públicos.
4 Mobilidade: um calcanhar de Aquiles Sistema de mobilidade: fundamental para uma estruturação sadia do espaço, para a qualidade de vida e para a atratividade dos investimentos problemas de caráter estrutural e gerencial. Problemas de caráter estrutural: estrutura espacial desigual e superpolarizada pelo Plano Piloto melhorias no sistema de mobilidade que não contribuam para a redução dessa polarização excessiva não serão capazes de melhorar de forma sustentável os problemas de circulação e trarão, quando muito, alívios temporários em alguns eixos. Problemas gerenciais: deficiências nas ações governamentais no que tange o transporte coletivo o sistema viário a circulação viária em geral Assim sendo, a política de mobilidade haverá de considerar ações tanto de transformação do espaço quanto de melhoria na circulação.
5 Motorização em MASSA! Fenômeno mundial chega ao Brasil Vinculado ao aumento da renda Busca de maior liberdade espacial e reconhecimento social Industria automobilística (incl. motocicletas) ainda componente crucial em uma política industrial (anticíclica) Cidades brasileiras NÃO estão preparadas!
6 Para começar: por uma nova estruturação espacial reconstrução do espaço metropolitano a partir de uma de pólos Pólo central do Plano Piloto: preservar patrimônio histórico e consolidar papel de Capital Federal Ao mesmo tempo, consolidar uma rede de pólos de descompressão a partir das vocações econômicas existentes e novas Meta: reduzir o desbalanceamento espacial, circulatório, econômico e social dinamizar de forma mais apropriada a economia local (explorar economias de aglomeração nos pólos descentrais)
7 Complexo NO Brazlândia, Águas Lindas, Padre Bernardo Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Recanto, Riacho Fundo Gama Santa Maria Complexo N: Planaltina GO São João Brasília (PP, Cruzeiro, Guará, Lagos, Paranoá) J Botânico S. Sebastião Complexo NE Formosa, Alvorada Colorado Sobradinho Planaltina Complexo E Unaí Complexo SO Santo Antônio, Abadiânia, Alexânia Complexo SE Valparaíso, Luziânia Rede de Pólos de descompressão
8 Uma cidade sobre trilhos! O esqueleto da mobilidade tem de ser fornecido por uma rede densa de transporte de massa de alta qualidade e capacidade. Preferencialmente operada em sistemas guiados sistemas metro/ferroviários Complementarmente: ônibus de alta qualidade circulando em corredores com operação controlada centralmente Em anexo: proposta elaborada para o Foro Estratégico (Secretaria de Desenvolvimento Econômico do GDF) Implantação em diversas etapas
9 METRÔ VLT VLP
10 Implantação por meio de projetos urbanos estruturantes Relacionar financiamento de infra-estruturas com desenvolvimento econômico das cidades Assegurar sustentabilidade fiscal Operações Consorciadas Urbanas: OK, mas... Não confiar apenas da valorização imobiliária! Construir de forma participativa cidades e vias e espaços públicos de qualidade De olho na mobilidade sustentável Fomentar o empreendedorismo de diversos estratos sociais Respeitar iniciativas econômicas da população!
11 Brasília
12 Calçadas com conforto e tratamento urbano arrojado Estações com forte impacto urbano e com aproveitamento comercial Preocupação com mobilidade e acessibilidade
13 Grandes edifícios espaçados ao longo do eixo Painel com informações sobre a disponibilidade de vagas VLT em perfeita harmonia com os pedestres Permissão para passagem de tráfego local
14 Taguatinga: A nova Avenida Central Foto: Cortesia de Getúlio Romão
15
16 ONDE A BATALHA ESTÁ SENDO PERDIDA! Desinformação Falta de confiabilidade Insegurança Desconforto
17 Estamos perdendo para o carro! Engarrafamento Falta de conforto O usuário se sente pobre Acesso fácil ao transporte privado Investimentos priorizam o transporte individual
18 A volta do transporte individual (carro, moto) para o transporte coletivo É LONGA!
19 Enquanto a SOLUÇÃO não vem... Necessidade de melhorias imediatas Partir do sistema existente (ônibus) Mínimo de investimento e problemas institucionais - Mínimo de investimento em infra-estrutura - Uso de veículos convencionais saida investir na melhoria da QUALIDADE
20 PLANO DE MELHORIA DA GESTÃO DE TRANSPORTE COLETIVO 1. Investimentos imediatos em transportes coletivo e reserva emergencial de faixas seletivas 2. Redesenho da rede de transporte coletivo (com base nos novos contratos) 3. Linhas H (ver adiante) 4. Plano operacional participativo e de controle público da operação (CCO) 5. Plano de informação (Lei da Mobilidade, art. 14,III) 6. Acessibilidade universal (aliado a plano de calçadas) 7. Sistema de controle econômico 8. Política de regulação e gestão dos contratos
21 Interessante técnica de redesenho de rede Investimentos e reforma da rede CORREDORES BRT SUL BRT NORTE METRÔ AEROPORTO
22 OPERAÇÃO H Entre um ônibus e um BRT muita coisa pode ser feita... INFORMAÇÃO CORREDORES DE ÔNIBUS OPERAÇÃO CONTROLADA INFORMAÇÃO CONFIABILIDADE ACELERAÇÃO
23 FILOSOFIA BÁSICA
24 OPERAÇÃO H: Componentes 1. Corredores exclusivos para ônibus 2. Controle operacional tri-partite: órgãoempresa-usuário 3. Informação prévia e em tempo real
25 OPERAÇÃO H: Em que consiste Corredor temporário e concentrado nos eixos principais LINHAS ESPECIAIS (H) Faixas exclusivas nos picos Restrição ao transporte de carga Fora do pico: tráfego livre Durante o pico, algumas linhas podem ser suprimidas (ou não) Linhas H têm informação completa e operação controlada
26 OPERAÇÃO H: Em que consiste A implantação da operação deve ser paulatina: 1.Implantação do corredor 2.Implantação do sistema de controle operacional (CCO, vistoria rigorosa) 3.Informação ao usuário
27 Experiência Smartbus
28 Em cada etapa: É IMPORTANTE... FORTE COMUNICAÇÃO COM O PÚBLICO Cooperação entre órgão gestor, viário e de trânsito Cooperação entre Poder Público e empresas TRANSPOR TE PÚBLICO
29 LINHAS H Controle por CCO e vistoria prévia reforçada dos veículos empregados na empresa (Zero-Quebra) Freqüência previsível (5, 10 ou 15 minutos) Não é o veículo que tem de ser especial e sim a operação Podem ser o início da recuperação de todo o sistema de linhas, hoje sem controle efetivo Preparação técnica para cumprimento das normas da Lei de Mobilidade Urbana sobre informações aos usuários
30 PLANO DE ADEQUAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO
31 Desenvolvimento planejado do sistema viário: evitar colcha de retalhos! Partir do planejamento urbano Estrutura hierarquizada vias expressas vias arteriais vias principais vias coletoras e locais
32 PLANO DE ADEQUAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO Investimento viário: não é apenas uma política em favor do transporte individual!!! Transporte econômico e público, assim como outras infra-estruturas urbanas, e o próprio desenvolvimento espacial necessitam de uma ossatura viária coerente! Engarrafamentos podem ser produzidos apenas por gargalos viários (caso do DF) Erros de engenharia tornam anulam os efeitos do investimento, se não piorarem a situação
33 PLANO DE ADEQUAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO Levantamento dos gargalos e das descontinuidades Projetos em pauta (a avaliar sua propriedade!!!) Interbairros Quarta ponte Ligações entre Recanto das Emas, Samambaia e Ceilândia Túnel de Taguatinga Redução de gargalos (passagens elevadas ou subterrâneas)
34 Projeto de Jayme Lerner: graves disfuncionalidades Função não clara (via principal ou expressa?) Confluência crítica no Plano Piloto Necessidade de combinar funções e melhorar a chegada no Plano Piloto Interbairros
35 Quarta ponte e nova ligação Lago Norte- Sobradinho SISTEMA VIÁRIO Investimento fundamental para o programa DF-Oeste Já previsto no Plano Diretor de Transporte Urbano (ver acima) Combinar com a implantação do sistema de transporte de massa (monotrilho)!!!
36 Túnel de Taguatinga e o jogo dos sete erros SISTEMA VIÁRIO MÚLTIPLOS CONFLITOS DE CONVERSÃO EM ESPAÇO REDUZIDO, PROVOCANDO RETENÇÕES E RISCOS DESCONSIDERAÇÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO A PARTIR DA AVANIDA COMERCIAL, INVIABILIZANDO CONTINUIDADE DA LINHA VERDE FLUXO LOCAL MERGE NA FAIXA DE VELOCIDADE DA PISTA PRINCIPAL, PROVOCANDO RISCO DE ACIDENTE Obra viária essencial, mas tecnicamente errada!
37 Solução da Praça (Nova versão) SISTEMA VIÁRIO Túnel Feira dos Importados Garagem subterrânea
38 Eliminação de gargalos SISTEMA VIÁRIO Acumulo de entrelaçamentos de fluxos em espaço reduzido Alças de raio demasiadamente reduzido na travessia da Praça do Buriti Exemplo da Estrada Parque do Setor Gráfico e a Praça do Buriti Projetos existentes com gravíssimos erros de concepção em termos de desenho das interligações entre artérias Compatibilizar soluções com estratégia para o transporte
39 PLANO DE GESTÃO VIÁRIA E DE CONGESTIONAMENTO Otimização dos tempos de sinal Gestão de artérias (melhoria da Engenharia de Trânsito) Gestão de intempéries Gestão de áreas de obras Gestão de demanda e informação aos motoristas
40 PLANO DIRETOR DE ESTACIONAMENTO Diagnóstico das necessidades (diversos tipos) Política geral de oferta de vagas Regulação do uso (duração, veiculos permitidos, vagas especiais, penalidades etc.) Regulação econômica (concessão, preços e formas de pagamento) Readequação da circulação e das vias em torno dos polos de estacionamento Sistema de informação de disponibilidade de vagas
41 Estacionamento: Plano Diretor Exemplo: readequação do uso do espaço viário com aumento do espaço público nas entrequadras da Asa Norte
42 PLANO DE LOGÍSTICA URBANA Regulação de acesso de caminhões nas áreas centrais (VCU) Informação das condições viárias e de circulação Definição de áreas de cargas e descargas Centros de distribuição: cuidado!!! Diálogo, diálogo, diálogo!!! Fórum permanente
43 PLANO DE REGULARIZAÇÃO DE CALÇADAS Elemento fundamental para a mobilidade sustentável e acessibilidade universal Desprezo (classista) pelo pedestre Problema complexo e politicamente critico Cultura de apropriação de espaço público tanto por particulares quanto pelo próprio poder público (postes, árvores etc.) Necessidade de readequação das interfaces entre espaços públicos e privados
44 PLANO DE REGULARIZAÇÃO DE CALÇADAS 1. Etapa de conscientização e discussão junto à comunidade, especialmente à grupos envolvidos com a defesa e a prática do ciclismo 2. Levantamento da situação atual das calçadas 3. Levantamento das necessidades e fluxos de pedestres 4. Definição de distritos diferenciados, onde as ações serão definidas em função das características e necessidades específicas das áreas abrangidas 5. Estabelecimento de diretrizes, objetivos, e normas e padrões para o desenho de calçadas e cruzamentos para os diferentes distritos; 6. Por distrito, desenvolvimento de um programa de calçadas e de cruzamentos adaptados às circunstâncias e necessidades específicas
45 PLANO DE REGULARIZAÇÃO DE CALÇADAS 7. Definição de projetos prioritários 8. Desenvolvimento do plano de financiamento dos programas de cada distrito e dos projetos prioritários, inclusive a responsabilização de diversos atores; 9. Implementação de projetos prioritários; 10. Definição do quadro institucional e regulatório para a implementação dos programas distritais; 11. Implementação dos programas distritais 12. Instituição de um sistema de monitoramento e avaliação do estado das calçadas e cruzamentos 13. Avaliação do Programa
46 PLANO DE EXPANSÃO DO SISTEMA CICLOVIÁRIO Já contido no Plano Diretor de Transporte Urbano Necessidade de extensão a todas as cidades Grande expansão nesse governo, embora com falhas técnicas Necessidade de correções e extensão Novamente: dialogar, dialogar, dialogar!!!
47 PLANO DE EXPANSÃO DO SISTEMA CICLOVIÁRIO Diagnóstico do sistema atual, analisando-se os avanços, mas também os defeitos e problemas não apenas com relação à concepção e a à construção, mas também ao efetivo uso; avaliação das lacunas de atendimento; Definição das diretrizes, objetivos e metas de atendimento; Levantamento dos fluxos e necessidades, a partir de contagens e entrevistas; Estabelecimento de padrões construtivos e de elementos acessórios, inclusive para estacionamento de bicicletas;
48 PLANO DE EXPANSÃO DO SISTEMA CICLOVIÁRIO Desenvolvimento do plano cicloviário, contendo as ciclovias, cruzamentos, obras especiais,sinalização, equipamentos para estacionamento; e outros acessórios; Elaboração de projetos de ciclovias, estacionamentos e obras especiais (obras de arte, para travessia de cursos d`água e elevações), sinalização e demais acessórios; Plano de financiamento; Integração institucional; Priorização dos investimentos; Implantação dos investimentos; Implantação de sistema participativo de monitoramento das ciclovias.
49 Conclusão Mobilidade: visão sistêmica Vários elementos envolvidos Relacionar com o futuro da cidade Que cidade queremos? Que geografia? PROJETOS ESTRUTURANTES O sistema viário como canal de escoamento e como ESPAÇO PÚBLICO VIAS COMPLETAS
50 Joaquim José Guilherme de Aragão IMAGINEBRASIL
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