Análise do fluxo de caixa de duas propriedades típicas produtoras de café no estado de Minas Gerais

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1 ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA DE DUAS PROPRIEDADES TÍPICAS PRODUTORAS DE CAFÉ NO ESTADO DE MINAS GERAIS APRESENTACAO ORAL-Comercialização, Mercados e Preços RENATO GARCIA RIBEIRO; MAURO OSAKI; LUCILIO ROGERIO APARECIDO ALVES; MARGARETE BOTEON. CEPEA - ESALQ, PIRACICABA - SP - BRASIL. Análise do fluxo de caixa de duas propriedades típicas produtoras de café no estado de Minas Gerais Grupo de Pesquisa: Comercialização, Mercados e Preços Resumo A análise do fluxo de caixa de uma empresa busca identificar os meses nos quais ocorre o maior volume de entradas e saídas de recursos, melhorando as ações de planejamento e tomada de decisão no médio/longo prazo. Dessa forma, o presente trabalho objetivou avaliar os custos de produção e as receitas de dois modelos de propriedades típicas de café mineiras, sendo uma em Varginha e outra em Patrocínio para as safras 2007/08 e 2008/09. As informações primárias foram coletas pelo método de painel, analisando o desempenho das fazendas para a safra por meio do custo de produção e ao longo das duas safras com fluxo de caixa. O resultado mostrou que Patrocínio apresentou desempenho superior à Varginha tanto nos custos de produção quanto no fluxo de caixa. Patrocínio teve um retorno por real retorno investido de 0,04% na média de duas safras, enquanto Varginha prejuízo de 22,8%. A análise por meio do fluxo de caixa revelou, de maneira geral, que as duas propriedades de café têm maior saída de recursos nos meses pós-colheita (agosto a outubro) para o pagamento dos insumos, levando a um déficit importante no caixa no período. Dessa forma, em Patrocínio o resultado negativo no fluxo de caixa foi verificado em apenas um mês dos 24 meses analisados. Por outro lado, Varginha registrou valores negativos nos 18 dos 24 meses. Palavras-chaves: Fluxo de caixa, café, custos, Patrocínio, Varginha. Abstract The analysis of cash flow a company look to identify the months for which there is the largest volume of inputs and outputs of resources, improving the activities of planning and decision making in the medium to long term. These actions in the future permit the farmers make the better actions plans to be taken in the long term. Thus, our study aimed to evaluate the production costs and revenues of two models of typical farm of coffee in Minas Gerais, one in Varginha and another in Patrocinio for the 2007/08 and 2008/09 seasons. The primary data were collected by the panel method, analyzing the performance of the farms through the cost of production and with cash flow. The result showed that superior performance in Patrocínio compare with Varginha in both case: production costs as cash flow. Patrocínio had a return of 1

2 invested real return of 0.04% average in two seasons, while Varginha loss of 22.8%. The analysis by means of cash flow has, in general, that the two coffee farms have higher output of funds in the months after harvest (August-October) for the payment of supplies, leading to an important deficit in cash in the period. Thus, in Patrocínio the negative cash flow was observed in only one month of the 24 months analyzed. Moreover, Varginha registered negative values in 18 out of 24 months. Key Words: Cash-flow, coffee, costs, Patrocínio, Varginha. 1. INTRODUÇÃO A cafeicultura é uma atividade tradicional na agricultura do Brasil, sendo responsável pelo desenvolvimento regional e sócio-econômico. A sua importância econômica contribuiu para a industrialização da região centro-sul do país, para a geração de emprego, investimentos em logística e a comercialização agrícola por vários períodos, especialmente no Brasil colonial. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, 2010), o Brasil é o maior produtor mundial de café arábica, produzindo aproximadamente 35,85 milhões de sacas de 60 kg do produto beneficiado na safra 2008/09, seguido pela Colômbia, que produziu 30 milhões de sacas. No Brasil, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2010), o maior estado produtor de café é Minas Gerais, onde foram produzidas 22,9 milhões de sacas de 60 kg na safra 2008/09, com as variedades arábica e conilon. O segundo maior estado produtor foi o Espírito Santo, que é o maior produtor nacional de café conilon, com 10,52 milhões de sacas. O aumento da competitividade brasileira com os demais produtores mundiais tem motivado os produtores a buscar meios de controlar de gasto de suas atividades. Araújo (1976), Fontes (2001) e Reis et al. (2001), por exemplo, estimaram o custo de produção e o balizaram como única ferramenta de analise e gerenciamento da fazenda cafeeira. Contudo, os trabalhos limitaram a analisar somente uma safra. Por outro lado, Ponciano et al. (2009) avaliaram o desempenho econômico do café conilon para três períodos. Assim, os trabalhos pesquisados nos períodos anteriores limitaram a avaliação para uma região. Desta forma, o presente estudo tem o objetivo de analisar as diferenças na composição de custos de produção e o fluxo de caixa ao longo de duas safras para duas regiões mineiras. Os dados das safras 2007/08 e 2008/09 foram obtidos por meio do método painel para as propriedades típicas localizadas nas regiões do cerrado mineiro, representada por Patrocínio, e na região sul, por Varginha. Com os dados primários foram gerados indicadores econômicos de desempenho, como custo de produção, retorno de investimento e o fluxo de caixa da atividade. O trabalho está dividido em quatro partes, além desta introdução. A segunda parte faz uma revisão da literatura sobre o assunto, ao passo que a terceira apresenta a metodologia e as fontes de dados utilizadas. A quarta parte aponta os resultados encontrados e faz reflexões sobre o tema. Por fim, são apresentadas as considerações finais do trabalho. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2

3 A apuração dos custos de produção é uma informação estratégica em toda e qualquer empresa ou atividade. A cafeicultura, em especial, por ser uma atividade permanente e demandante de um volume significativo de recursos financeiros para sua implantação e custeio merece atenção em sua análise. Araújo (1976), Fontes (2001) e Reis et al. (2001) analisaram a cultura do cafeeiro em um ano-safra individualmente. Porém, Fontes (2001, p.77) sugere que as pesquisas relacionadas com custos de produção da cafeicultura em todas as regiões do país sejam direcionadas e conduzidas para a realização do trabalho em intervalos de tempo superior a um ano agrícola e que envolva no mínimo dois anos agrícolas subseqüentes. A análise de uma safra de café individualmente pode gerar resultados pontuais distorcidos, principalmente uma cultura com bianualidade, pois as safras de alta produção podem mostrar um resultado positivo e safras baixas podem refletir o oposto. Somente a média dos rendimentos possibilita uma melhor interpretação da situação do negócio. Os custos produtivos lastreiam a grande maioria dos trabalhos de análise de sustentabilidade na cafeicultura. Araújo (1976), Fontes (2001), Reis et al. (2001) e Ponciano et al. (2009) fizeram uso desta ferramenta como central para avaliar as reais condições da atividade. Porém apenas análise dos custos de produção do café não é suficiente para gerar os indicadores que garantam a sustentabilidade do produtor no curto ou no longo prazo. Resultados positivos podem mascarar desequilíbrios no fluxo caixa da fazenda, comprometendo posteriormente o bom desempenho da atividade. Fontes (2001) afirma que se o gestor agrícola conhecer as entradas e saídas mensalmente, ele pode prever futuros desequilíbrios de caixa e elaborar uma atuação mais eficiente para enfrentar períodos turbulentos. Pereira et al. (2008), define que é através da elaboração do fluxo de caixa que ferramentas de análise de viabilidade do projeto, assim como a análise dos risco, são definidas baseadas no fluxo de caixa do projeto. 3. METODOLOGIA Esta seção está subdividida em 4 itens. Primeiramente está descrito a forma de coleta dos dados. Na seqüencia a seção descreve a forma de calculo dos custos de produção, as definições do fluxo de caixa além das definições para a distribuição do fluxo Coleta de dados A coleta dos dados primários foi realizada nos municípios mineiros de Varginha e Patrocínio, por meio da técnica de painel, no mês de setembro de A técnica consiste em uma reunião entre produtores, técnicos e pesquisadores, caracterizando a propriedade típica em termos de tamanho, sistemas de produção de café, adensamentos, rendimentos, as formas de financiamento das atividades e outros que melhor representam as regiões pesquisadas. Para Feuz e Skold, (1991), as propriedades típicas baseiam-se na estratificação das propriedades pela moda dos sistemas produtivos, ou seja, os modelos produtivos que mais ocorrem regionalmente e não na média do que se encontra em certa região. Como descrito e utilizado por Ribeiro e Osaki (2009), o critério de avaliação dos custos de produção foi o do Custo Total. Nesse critério, são coletadas as informações 3

4 referentes aos custos variáveis e também a remuneração do investimento realizado em cada modelo de propriedade. Os custos variáveis correspondem aos desembolsos com todos os insumos (fertilizantes, defensivos, óleo diesel, etc.) manutenção de equipamentos, mão-de-obra, financiamento de capital de giro, estocagem, beneficiamento e assistência técnica, formando o custo operacional. O custo total é composto pela soma do custo variável e a remuneração do capital investido, visando a sustentabilidade no longo prazo, calculado nesse estudo através da metodologia do CARP Custo Anual de Recuperação do Patrimônio. O CARP aqui desenvolvido calcula a remuneração de capital investido sobre máquinas, implementos, benfeitorias, terra e cafezal Custo Anual de Reposição do Patrimônio (CARP) A avaliação de sustentabilidade da propriedade no longo prazo pode ser medida por diferentes indicadores de análise. No presente trabalho, adota-se o método de análise tipo CARP, descrita por Barros (2007), no qual se entende que os investimentos realizados na fazenda (terra, máquinas, implementos, benfeitorias e equipamentos) devem ser recuperados periodicamente com as suas atividades exploradas. Dessa maneira, o CARP representa o quanto o produtor deve poupar anualmente para que ao final da vida útil de suas máquinas, implementos benfeitorias e cafezal, possa efetuar a reposição dos ativos, além de obter a remuneração do capital investido. Segundo Barros (2007 p. 4), o CARP para uma máquina, implemento, benfeitoria e cafezal é calculada da seguinte maneira: CARP i = frcicri no qual, o CR i é o valor de mercado da máquina, implemento, benfeitoria ou cafezal ambos novos a serem repostos e frc i é o fator de recuperação de capital investido, o qual utiliza-se como base o custo de oportunidade do capital (r) e a vida útil do bem (v). Segundo Barros (2007), uma forma de estimá-lo, adotada pelo Banco Mundial, é: frc maq v (1 + r) r (1 + r) 1 = v O CARP na análise da fazenda é a somatória de todos os CARPs individuais de tudo o que compõem o patrimônio da propriedade, inclusive o cafezal Fluxo de Caixa Entende-se por fluxo de caixa, o movimento de entradas e saídas de recursos em determinado período de tempo (Noronha, 1981). Por levar em consideração o tempo, variável que o orçamento não engloba, o fluxo de caixa permite aos produtores, segundo Lima (2006, p.3) que o empresário antecipe aos movimentos de caixa nos negócios, de modo que os problemas sejam detectados com antecedência para que sejam realizadas as devidas ações preventivas. 4

5 Para Lima (2006) o fluxo de caixa é importante por demonstrar a capacidade da empresa em cumprir com seus pagamentos, a origem das entradas e o destino das saídas de todos os recursos e capitais empregados na empresa. Para Crepaldi, (2009) o fluxo de caixa é o termômetro financeiro de uma empresa rural, sendo composto pelos desembolsos, nesse trabalho definido como custo operacional. Segundo Noronha (1981), a análise de fluxo de caixa buscando demonstrar as entradas e saídas monetárias faz-se necessária para demonstrar quais são os períodos mais suscetíveis ao caixa da empresa, elaborado com base em informações passadas. Dessa forma, é possível que o empresário rural consiga estimar os períodos críticos e buscar soluções para quitar débitos adquiridos. Para o autor, o fluxo de caixa permite comparar os dados planejados com os efetivamente obtidos e, assim, aperfeiçoar o planejamento nos anos subseqüentes. A utilização de fluxo de caixa também é muito comum na elaboração e análise de projetos. Atualizando a definição de Noronha (1981), entende-se o fluxos de caixa como as entradas e saídas dos recursos monetários e produtos por unidade de tempo, que formam uma proposta de investimento. Para Noronha (1981), o fluxo de caixa tem por finalidade refletir o fluxo de recursos, por unidade de tempo, desta unidade administrativa (representada pelo projeto) dentro da empresa rural. Contabilmente, a demonstração do fluxo de caixa não é obrigatória para pequenas empresas no Brasil, mas somente para as empresas de capital aberto (Sociedades Anônimas S.A.), porém é muito importante e utilizada internamente nas empresas (Marion, 2007). Segundo Marion (2007), através da demonstração do fluxo de caixa, torna-se possível visualizar todas as entradas e saídas de caixa durante certo período de tempo. Através deste instrumento de análise, o gerente poderá saber qual o período certo para cobrir uma insuficiência de recursos em determinado período de tempo, ou aplicar as sobras de caixa e tornando os recursos da empresa mais rentáveis possíveis (Marion, 2007) Considerações sobre a distribuição do fluxo de caixa Na elaboração do fluxo de caixa foram definidas algumas premissas para distribuição das entradas e saídas dos recursos das propriedades típicas, além do financiamento de capital de giro, do seguro de benfeitorias e assistência técnica. A cultura do café apresenta um período de produção e outro de comercialização. Assim, a colheita da safra 1, por exemplo, é negociada em sua grande maioria no decorrer do desenvolvimento da safra seguinte. Dessa maneira, para facilitar a interpretação gráfica do comportamento do custo operacional e da receita bruta nivelaram-se as duas variáveis no mesmo período de tempo (em um ano civil para cada safra analisada). A divisão dos custos de financiamento de capital de giro, do seguro de benfeitorias, assistência técnica foi feita de forma uniforme mês a mês, pois durante o levantamento dos dados não foi definido com os participantes qual seria e mês que estes financiamentos seriam liquidados. Assim, no trabalho admitiu-se uma retirada mensal para a liquidação dos custos de financiamento, seguro de benfeitorias e assistência técnica. Os custos com as áreas em implantação não foram considerados como custos operacionais, mas sim como custos de investimento da propriedade da mesma forma que máquinas, implementos e benfeitorias. Dessa maneira, foi calculado um custo referente ao 5

6 CARP para este investimento. Assim, o custo de CARP do cafezal foi alocado nos custos fixos, juntamente com o custo da terra e de todos os investimentos previamente realizados, sendo agregados posteriormente neste trabalho para computar nos custos totais. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Nessa seção, o trabalho foi organizado em quatro partes. Na primeira caracterizamse as propriedades típicas de produção de café em Minas Gerais, em seguida é apresentada a estrutura de comercialização do café, seguida pelo do custo de produção e, por fim, o fluxo de caixa anual da fazenda entre as duas diferentes localidades pesquisadas Caracterização das propriedades típicas As propriedades típicas produtoras de café no cerrado e sul mineiro consideradas neste trabalho localizam-se nas cidades de Patrocínio e Varginha, respectivamente. Embora, as duas propriedades têm a cafeicultura como principal atividade, observou-se diferenças significativas entre as duas regiões com relação ao tamanho de propriedade, sistema de produção, produtividades e dados gerais Na Tabela 1, pode-se verificar que a menor das propriedades está no sul mineiro, onde o cultivo de café totalizou 40 hectares, 60 hectares a menos que a propriedade de Patrocínio que possui área agrícola de 100 hectares de cultivo. Tabela 1. Áreas agrícolas, de reserva legal e total das propriedades típicas. Áreas Patrocínio Varginha Área agrícola Área Total Área de cultivo de café Fonte: Dados da pesquisa No aspecto tecnológico, verificaram-se também diferenças entre os modelos de propriedades. A propriedade típica do cerrado emprega um padrão tecnológico mais avançado que o da propriedade típica do sul do estado de Minas Gerais (Tabela 2). Em Patrocínio, os tratos culturais e a colheita são efetuados de forma mecânica, e em Varginha, os tratos culturais são semi-mecanizados e a colheita manual. Essa diferença tecnológica dentre as regiões pode ser justificada principalmente pelo relevo, pois as áreas de cultivo do cafeeiro no cerrado são mais planas que as áreas do sul do estado, sendo para favoráveis para a colheita mecânica. As características do sistema de produção e tipos de tratores são semelhantes para ambos os modelos de propriedade, porém diferem na quantidade de máquinas que cada modelo possui. Patrocínio possui quatro tratores, sendo dois de 65 cavalos vapor, um de 55 cavalos vapor e outro de 75 cavalos vapor, para puxar a máquina de colheita. Varginha possui apenas dois tratores, pelo fato de possuir uma área cultivada de café menor, um deles com 70 e outro com 75 cavalos vapor. 6

7 A não utilização de sistemas de irrigação não foi observada nas duas fazendas, uma vez que o cultivo do cafeeiro está localizado numa região que registra um volume pluviométrico considerado satisfatório (Tabela 2). Na Tabela 3, caracteriza-se a distribuição das áreas dos dois modelos de propriedade. O cultivo de café em cada fazendas foi estratificado em cinco fases distintas idades: implantação com idade de 0 a 18 meses, café 1ª safra com idade de a 19 a 30 meses, café 2ª a 4 a safras de 31 a 66 meses, café adulto (idade superior á 66 meses) de alta produção e café adulto de baixa produção. Tabela 2. Tecnologia empregada nos três modelos de propriedades típicas. Tecnologia empregada Patrocínio Varginha Tratos culturais Mecanizada Semi-mecanizada Colheita Mecanizada Manual Máquinas de Colheita Possui Não possui Trator de pneu Possui Possui Irrigação Gotejo Não possui Não possui Fonte: Dados da pesquisa Tabela 3. Áreas cultivadas e produtividades para as diferentes idades nos dois modelos de propriedades típicas. Patrocínio Varginha Itens 2007/ / / /09 Área Produtiv. Área Produtiv. Área Produtiv. Área Produtiv. (ha) Sc/benef. (ha) Sc/benef. (ha) Sc/benef. (ha) Sc/benef. Café Implantação ( 0 a 18 mês) 5,5 0,0 5,5 0, Café 1ª Safra (19 a 30 mês) 5,5 30,0 5,5 30, Café 2ª 3ª 4ª Safra (31 a 66 mês) 16,5 41,7 16,5 41, Café Alta 72,5 50,0 0 0, Café Baixa 0 0,0 72,5 15, Área total do cafezal Produtiv. Ponderada (Por safra) 47,48 20,53 31,16 21,68 Produtiv. Ponderada (2 safras) 33,96 sc/ha 26,42 sc/ha Fonte: Dados da pesquisa Os tratos culturais para as áreas de implantação foram consideradas para um período de 18 meses após o plantio das mudas, ou seja, a vida útil do café só é contada após a colocação das mudas no solo, mesmo que os tratos de preparo de solo se iniciem aproximadamente 6 meses antes do plantio das lavouras. Para o valor contabilizado até o 18º mês foi calculado o CARP, sendo este o valor do investimento na lavoura do café. O café de primeira safra foi considerado para as áreas que se encontram com idade no intervalo entre o 19 e o 30 mês. Após o 18 mês se iniciam os tratos culturais para a primeira colheita do café, sendo estes os primeiros valores de custos operacionais na atividade, após o investimento. O terceiro talhão foi considerado para as áreas com idade de 31 meses até o 66 mês. Nesta fase, os pés de café se encontram em crescimento, demandando a cada ano uma 7

8 quantidade maior de insumos. Dessa maneira, foi calculada uma média de produtividade e tratos culturais realizados durante esses 36 meses. As lavouras adultas, com idades superior a 66 meses, foram divididas em lavouras de alta e de baixa produção, devido a bianualidade da cultura. Seguindo o histórico produtivo das safras, a de 2007/08 foi considerado ano de alta produção, e o de 2008/09, de baixa. Dessa maneira, todas as lavouras adultas do 5 ano e meio até o final de sua vida útil foram divididas tendo toda a área direcionada para alta produção em anos de alta produtividade, neste artigo representada pela safra 2007/08 e a totalidade das áreas de baixa produção direcionadas para as lavouras em baixa produção nos anos safra de baixa produção, ou seja a safra 2008/09. Na realização do painel, foi estimada uma taxa de renovação das áreas e esta taxa extrapolada para as áreas em desenvolvimento (19 ao 66 mês). As taxas de renovação ficaram muito próximas para as duas propriedades. Em Patrocínio, essa taxa foi de 5,5%, correspondendo a 5,5 hectares em implantação. Dessa forma, para as áreas de com idade entre 19 e 30 meses essas áreas somaram 5,5 ha e do 31 ao 66 mês, 16,5 hectares. Nesse modelo de propriedade, como pode ser visualizado na Tabela 3, a alternância das áreas entre safras de alta e de baixa produtividade foi de 72,5 ha. Em Varginha, a taxa de renovação das áreas foi considerada em 5%. Dessa forma, em implantação esse modelo de propriedade somou 2 ha, do 19 ao 30 mês também 2 há, do 31 ao 30 mês também 6 ha e as áreas com alternância de alta e baixa produtividade somaram 30 hectares. A produtividade média considerada foi maior em Patrocínio que em Varginha. Na propriedade típica do cerrado mineiro a média ponderada pela área das duas safras analisadas foi de 33,96 sacas de café beneficiado de 60kg por hectare. No ano de alta produtividade, a média ponderada foi de 47,38 sc/ha e no de baixa (safra 2007/08), 20,53 sc/ha. Em Varginha a média ponderada das duas safras foi de 26,42 sacas de café beneficiado (Tabela 3), sendo que 31,16 na safra de alta e 21,68 na de baixa. Segundo informações coletadas em Varginha, a menor produtividade de café no sul, comparativamente a Patrocínio, pode ser justificada pelas lavouras desta região estarem plantadas em terras que há muito tempo se cultiva apenas café, não sofrendo qualquer tipo de rotação cultural nos períodos de replantio das lavouras de café. A Tabela 4 está organizada com informações referentes à taxa de comercialização do café beneficiado, à Contribuição Especial da Seguridade Social Rural CESSR, à vida útil do cafezal, à densidade de plantas na área e ao preço do diesel. Com isso, a formação dos preços médios da saca de 60kg do café beneficiado recebido pelo produtor tem desconto das despesas de comercialização de 2,9%, cobradas por cooperativas, e a CESSR (ex-funrural) de 2,3% sobre o preço de venda. Quanto à vida útil do cafezal e número de planta em implantação, são duas variáveis importantes na determinação do custo de formação do cafezal. Nota-se ambas as regiões esperam em média 18 meses para renovar o cafezal e uma pequena diferença no número de plantas por hectare. Em Patrocínio, as lavouras plantadas para renovação de cafezal possuem em média plantas por hectare, sendo 400 plantas a mais que em Varginha, a qual possui plantas por hectare. Tabela 4. Dados gerais nos dois modelos de propriedades típicas. 8

9 Itens Patrocínio Varginha 2007/ / / /09 Despesas c/ Comercialização 2,9% 2,9% 2,9% 2,9% CESSR 2,3% 2,3% 2,3% 2,3% Vida Útil média da lavoura (anos) Número de Plantas em implantação (Pl/ha) Preço do diesel (R$/l) R$ 2,00 R$ 2,00 R$ 1,97 R$ 1,97 Fonte: Dados da pesquisa 4.2. Distribuição das vendas das propriedades típicas As modalidades de comercialização do café para os dois modelos de propriedade típicas analisadas apresentaram comportamentos semelhantes na estratégia de venda do produto. Na cafeicultura, os produtores possuem pelo menos seis modalidades de comercialização do café, sendo por meio de troca de fertilizantes, defensivos agrícolas, venda futura, CPR (Cédula do Produtor Rural), contrato de exportação e o tradicional venda no balcão. A escolha dessas diferentes modalidades de venda do café permite o produtor fixar o preço de venda do produto, podendo inclusive antecipar o recebimento do recurso, que servirá para financiar a atividade nos meses seguintes. A distribuição percentual das modalidades de venda varia de uma safra para outra, mas existem algumas preferidas pelos agentes compradores e o fazendeiro. Em Patrocínio, 35% da produção foi comercializada no mercado físico ao preço médio de R$250,00/saca de 60kg entre o mês de junho e março do ano seguinte para cada uma das safras analisadas. Assim, para alocar esta receita no fluxo de caixa da propriedade, as entradas de recursos foram igualmente distribuídas mês a mês no intervalo de negociação (junho e março do ano seguinte). Esse raciocínio é aplicado para as demais formas de comercialização encontrada nos modelos de propriedade típica pesquisada. Outra modalidade freqüentemente adotada pelos produtores é a troca por insumos (fertilizantes e defensivos agrícolas), que representou 25% da produção. Essas negociações aconteceram no período entre junho e outubro, a um preço médio de R$ 260,00 por saca de café. A venda antecipada representou 10% da produção de café e as negociações foram realizadas de agosto a dezembro, a um preço médio de R$ 299,00/sc. As CPRs foram responsáveis por 15% da comercialização da produção e negociadas entre setembro e maio, ao preço médio de R$ 270,00/sc. Os maiores preços recebidos pelo cafeicultor foram recebidos nas negociações de exportação, mas que representaram apenas 10% do total dos negócios efetuados pelo produtor típico de Patrocínio. Estas vendas ocorreram durante o ano todo, dentre os meses de janeiro e dezembro, a um preço médio de R$ 330,00 por saca de café beneficiado (Tabela 5). Dessa maneira, em Patrocínio o preço médio ponderado de venda do café para as duas safras analisadas, sem os descontos de 2,9% de comercialização, foi de R$ 270,85 por saca de café beneficiado e com os descontos, de R$ 263,00 por saca (Tabela 5). Tabela 5. Distribuição das vendas nos dois modelos de propriedades típicas. 9

10 Patrocínio Varginha Modalidades de vendas de café 2007/ / / /09 % das % das Início Fim vendas Valor Início Fim vendas Troca insumos (defensivos) Junho Outubro 10% R$ 260,00 Agosto Maio 8% R$ 290,00 Troca insumos (Fertilizantes) Junho Outubro 15% R$ 260,00 Agosto Outubro 8% R$ 260,00 Venda Antecipada Agosto Dezembro 15% R$ 299,00 CPR Setembro Maio 15% R$ 270,00 Dezembro Fevereiro 20% R$ 270,00 Exportação Janeiro Dezembro 10% R$ 330,00 Agosto Dezembro 44,8% R$ 252,00 Físico Junho Março 35% R$ 250,00 Janeiro Dezembro 19,2% R$ 252,00 Preço Méd. Ponderado s/ descontos R$ 270,85 R$ 259,28 Preço Méd. Ponderado c/ descontos R$ 263,00 R$ 251,76 Fonte: Dados da pesquisa No caso de Varginha, a maior parte das negociações da produção foi feita a corretores brasileiros para uma posterior destinação à exportação, somando 44,8% de toda a produção do café. Contudo, os preços recebidos pelos produtores do sul mineiro foram significativamente menores que os recebidos pelo produtor típico do cerrado. A justificativa para a menor remuneração do produtor sulista deve-se a período de venda, no qual a comercialização ocorreu logo após a colheita nos meses de menor preço do ano. Com isso, a saca de café beneficiada destinada à exportação do produtor de Varginha recebeu valor médio de R$ 252,00 entre os meses de agosto e dezembro (Tabela 5). Outra modalidade representativa foi a venda no mercado físico, que representaram 19,2% das vendas da produção para as duas safras. Em Varginha, o produtor típico comercializou no mercado físico (spot) durante todo o ano, ou seja, entre os meses de janeiro e dezembro, a um preço médio de R$ 252,00 por cada saca de café beneficiado. O produtor de sul de Minas não costuma priorizar a venda do tipo trocas por insumos, nessa forma de negociação o volume de produção comercializado é menor que o produtor do cerrado. A justificativa para o desinteresse do produtor sulista em utilizar a troca de produção pelo insumo deve-se ao menor emprego de insumos em relação ao produtor do cerrado. Assim, apenas 8% o produtor típico realiza com trocas tanto de defensivos quanto de fertilizantes. As trocas por fertilizantes foram realizadas entre os meses de agosto e outubro a um preço médio de R$ 260,00/sc e as trocas por defensivos foram feitas conforme o produtor vai necessitando dos produtos ao longo da safra, de agosto a maio do ano seguinte, realizadas a um preço médio de R$ 290,00/sc (Tabela 5). Finalizando a comercialização do café na propriedade de Varginha, o produtor típico faz a CPR captando 20% dos recursos para custear a safra dentre os meses de dezembro e fevereiro, em média á R$ 270,00 por cada saca de café. Dessa maneira, o preço médio de venda do café em Varginha, sem os descontos de comercialização, foi de R$ 259,28/sc. Com os descontos de 2,9% para o pagamento dos custos de comercialização o preço médio de venda em Varginha foi de R$ 251,76 para cada saca de café beneficiado vendido das duas safras analisadas (Tabela 5) Custos de produção Para a análise do fluxo de caixa, detalharam-se as informações de custos e receitas. Os custos apurados descrevem dois anos-safras, sendo 2007/08, ano de alta produção, e Valor 10

11 2008/09, ano de baixa produção. A Tabela 6 retrata os custos médios da propriedade como um todo, ponderados pela participação de cada idade de lavoura em relação à área de cultivo ou total da fazenda. Mesmo com tecnologias diferenciadas, entre ambas as propriedades pesquisadas, os custos operacionais de produção ficaram próximos entre si. Assim, comparativamente, a safra 2007/08 registrou um custo operacional maior que a safra 2008/09 em função da variação da produtividade (ciclo de bianualidade). Em Patrocínio, o custo operacional somou R$ 9.197,77/ha para a safra 2007/08 e, em Varginha, R$ 9.539,93/ha. Na safra 2008/09, a fazenda da região de Patrocínio ainda continuou com um maior custo operacional em relação à de Varginha, somando, respectivamente, R$ 8.358,02/ha e R$ 7.556,58/ha. Apesar das proximidades nos custos operacionais, há duas diferenças significativas no manejo das lavouras e na composição desses custos entre as regiões pesquisadas: insumos, operação mecânica e colheita. No caso, a propriedade de café do cerrado mineiro emprega uso intensivo de insumos nos cafezais para as duas safras, encarecendo este item em relação à Varginha. Por outro lado, na região de sul de minas os produtores variam a quantidade de insumo conforme a expectativa de produção da safra. Assim, se aplica mais produtos químicos (fertilizantes e defensivos agrícolas) no ano de safra de alta e menos no de baixa, derrubando os custos médios das duas safras na região de Varginha. Nesse contexto, o gasto médio (2007/08 e 2008/09) com insumo da região de Patrocínio ficou 17,62% superior ao de Varginha (Tabela 6). O custo com operações mecânicas é maior na região de Patrocínio em relação à Varginha, pois o terreno da região do cerrado permite uso de trator para executar atividades como pulverização, roçagem, transporte interno e outros tratos com a mecanização. Por outro lado, a região montanhosa de sul de minas não permite o uso total da mecanização. Nesse aspecto, o custo de operação mecânica na região de Varginha ficou 34,04% mais barato que em Patrocínio (Tabela 6). Por fim, outro fator importante que diferencia a duas regiões é o sistema de colheita. No cerrado os produtores empregam a colheita mecânica e no sul de minas, a colheita é manual. A diferença média das duas safras é de R$ 361,58, que equivale uma vantagem de 18,03% para a região de Patrocínio em relação à Varginha (Tabela 6). O gasto com mão-de-obra fixa e volante é praticamente o mesmo em ambas as regiões, sendo de R$1.588,58/ha em Patrocínio e de R$1.582,26/ha em Varginha. Tabela 6. Custos operacionais e totais de produção nos dois modelos de propriedades típicas. Itens de custos Patrocínio Varginha Safra Safra Média Safra Safra Média 2007/ /09 2 safras 2007/ /09 2 safras Insumos R$ 3.421,11 R$ 3.475,26 R$ 3.448,18 R$ 3.402,22 R$ 2.460,71 R$ 2.931,47 Operações mecânicas R$ 545,35 R$ 500,40 R$ 522,87 R$ 385,95 R$ 303,80 R$ 344,88 Op. Mec. Terceir. R$ 71,07 R$ 30,79 R$ 50,93 R$ 35,53 R$ 0,00 R$ 17,76 Mão-de-obra (Fixa) R$ 1.374,26 R$ 1.452,90 R$ 1.413,58 R$ 1.390,53 R$ 1.463,47 R$ 1.427,00 Mão-de-obra (Volante) R$ 175,00 R$ 175,00 R$ 175,00 R$ 175,00 R$ 135,53 R$ 155,26 Colheita R$ 1.890,41 R$ 1.395,57 R$ 1.642,99 R$ 2.240,23 R$ 1.768,91 R$ 2.004,57 Secagem R$ 127,93 R$ 55,43 R$ 91,68 R$ 623,16 R$ 433,68 R$ 528,42 Despesas Gerais R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 19,65 R$ 19,65 R$ 19,65 11

12 Beneficiamento R$ 127,93 R$ 55,43 R$ 91,68 R$ 235,33 R$ 163,78 R$ 199,55 Impostos R$ 286,60 R$ 124,18 R$ 205,39 R$ 180,42 R$ 125,56 R$ 152,99 Seguro de Benfeitorias R$ 45,09 R$ 45,09 R$ 45,09 R$ 30,09 R$ 30,09 R$ 30,09 Assistência técnica R$ 16,44 R$ 16,92 R$ 16,68 R$ 16,25 R$ 12,30 R$ 14,28 Financ. Cap. Giro R$ 1.116,58 R$ 1.031,06 R$ 1.073,82 R$ 805,57 R$ 639,10 R$ 722,33 Custo Operacional R$ 9.197,77 R$ 8.358,02 R$ 8.777,89 R$ 9.539,93 R$ 7.556,58 R$ 8.548,25 CARP TOTAL R$ 3.195,48 R$ 3.281,56 R$ 3.238,52 R$ 2.330,08 R$ 2.398,70 R$ 2.364,39 CUSTO TOTAL R$ ,25 R$ ,58 R$ ,42 R$ ,01 R$ 9.955,27 R$ ,64 Fonte: Dado da pesquisa Numa análise de longo prazo da propriedade, faz-se necessário a inclusão dos custos de depreciação e de custo oportunidade do capital investido. O modelo de propriedade que somou o maior CARP foi o de Patrocínio, que para as safras 2007/08, 2008/09 e na média de ambas, foi de R$ 3.195,48/ha, R$ 3.281,56/ha, R$ 3.238,52/ha, respectivamente. Em Varginha, o valor do CARP foi de R$ 2.330,08/ha para a safra 2007/08, R$ 2.398,70/ha para 2008/08 e R$ 2.364,39/ha na média das duas safras (Tabela 6). O aumento do CARP dos dois modelos de propriedades típicas de uma safra para a outra é justificado pela elevação dos preços dos fertilizantes no período analisado. Com isso o custo de formação do cafezal registrou aumento, necessitando um maior aporte financeiro e maior eficiência da cafeicultura para recuperar o investimento de formação do cafezal. O maior dispêndio com o CARP em Patrocínio é justificado pelo grau de mecanização da propriedade, que leva a um maior investimento em itens imobilizados. Nesta propriedade há uma máquina de arrasto que efetua a colheita do café, além de um número superior de tratores. Analisada individualmente, o CARP da máquina de colheita corresponde, na média para cada uma das duas safras, à R$ 202,27/ha, significando que a cafeicultura deve gerar por ano uma receita operacional de R$ 202,27/ha para recuperar o capital investido no período da vida de útil determinada para a máquina, à taxa de juros real de 6% a.a. Dessa forma geral, os custos totais de produção em Patrocínio corresponderam a R$ ,25/ha na safra 2007/08, R$ ,58/ha na 2008/09 e R$ ,42/ha na média (Tabela 6). Em Varginha, como o investimento em máquinas e implementos é inferior, somou um custo total menor ao de Patrocínio, com R$ ,01/ha na safra 2007/08, R$ 9.955,27/ha em 2008/09 e na média das duas safras R$ ,64/ha. A Tabela 7 expõe os resultados dos principais indicadores econômicos de análise de desempenho do cafezal das propriedades pesquisadas para as safras 2007/08, 2008/09 e a média das duas safras. Nota-se que para as duas propriedades, nos anos de produtividade alta os custos por saca são bem inferiores se comparado aos custos nos anos de baixa produção. Em Patrocínio, o custo operacional por hectare é superior ao de Varginha, mas o maior volume de saca de café por hectare proporcionou um custo médio por unidade beneficiada menor que Varginha. Nesse contexto, os custos operacionais médios por saca de café beneficiada foram de R$ 300,63 em Patrocínio e de R$ 327,33 em Varginha, ou seja para que os custos operacionais fossem quitados na média das duas safras seriam necessárias a produção de 33,38 sacas em Patrocínio e 33,95 sacas em Varginha com Patrocínio atingindo este nível e Varginha deficitária em 7,53 sacas de café beneficiado em média para pagar os desembolsos operacionais. 12

13 Pela ótica dos custos totais, a fazenda de Varginha também registrou os maiores custos por saca de café produzido. O custo total médio das duas safras, em sacas de café beneficiado, foi de R$ 420,03 em Varginha e em Patrocínio, de de R$ 414,27. Tabela 7. Indicadores econômicos dos dois modelos de propriedade para as safras 2007/08 e 2008/09 e na média das duas safras. Itens Patrocínio Varginha Safra Safra Média Safra Safra Média 2007/ /09 2 safras 2007/ /09 2 safras Produtiviv. média (sc/ha) 47,38 20,53 33,96 31,16 21,68 26,42 Preço méd venda (R$/sc) R$ 263,00 R$ 263,00 R$ 263,00 R$ 251,76 R$ 251,76 R$ 251,76 CO por unidade (R$/sc) R$ 194,12 R$ 407,13 R$ 300,63 R$ 306,18 R$ 348,48 R$ 327,33 CT por unidade (R$/sc) R$ 261,57 R$ 566,98 R$ 414,27 R$ 380,96 R$ 459,10 R$ 420,03 Produt. Nivelamento CO (sc) 34,97 31,78 33,38 37,89 30,01 33,95 Produt. Nivelamento CT (sc) 47,12 44,26 45,69 47,15 39,54 43,35 ROL (RL-CO) (ha) R$ 3.263,20 R$ (2.958,96) R$ 152,12 R$ (1.695,59) R$ (2.097,34) R$ (1.896,47) RLT (RL-CT) (ha) R$ 67,72 R$ (6.240,53) R$ (3.086,40) R$ (4.025,67) R$ (4.496,04) R$ (4.260,85) Ret. real investido (rrco) 35,5% -35,4% 0,04% -17,8% -27,8% -22,8% Ret. real investido (rrct) 0,5% -53,6% -26,5% -33,9% -45,2% -39,5% Fonte: Dados da pesquisa Buscando analisar a viabilidade da atividade nos dois anos-safra, avaliou-se o retorno por real investido na cafeicultura. Como pode ser visualizado na Tabela 7, na média das duas safras a propriedade da região de Patrocínio apresentou retorno (rrco) positivo sobre o capital operacional empregado. Porém, ao analisar o retorno pela ótica dos custos totais (rrct) para cada real empregado, a média das duas safras registrou valor negativo. Assim, para cada real investido, retornaram apenas R$ 0,735, ou seja, faltaram 26,5% de recursos para pagamento dos custos totais. Quanto à região de Varginha, os retornos operacional (rrco) e total (rrct) registraram valores negativos para as duas safras. Sobre os custos operacionais, para cada real investido na cafeicultura, faltaram R$ 0,228, ou seja, retornaram apenas R$ 0,772. Se utilizarmos como parâmetro os custos totais, para cada real investido retornou apenas R$ 0,605, ou seja, prejuízo de 39,5% na média das duas safras. A permanência desse resultado no sul de minas pode levar à necessidade dos produtores em vender parte de seu patrimônio para pagamento de dívidas Análise do fluxo de caixa das propriedades típicas produtoras de café 13

14 Essa secção do trabalho está organizada em três partes, sendo a primeira com informações de fluxo de caixa da propriedade de Patrocínio, em seguida de Varginha e no final deste capitulo será feita uma comparação entre ambas. Com períodos de entradas de entradas e saídas de recursos bem característicos, as propriedades típicas que cultivam café necessitam de uma atenção especial na elaboração de seus fluxos de caixa. Neste trabalho para uma melhor interpretação dos dados, os custos e as receitas foram trazidos para o mesmo período de tempo (ano civil), já que nem sempre eles acontecem no mesmo ano safra. Dessa forma o período de análise foi condensado em 24 meses, sendo12 meses para cada uma das safras Fluxo de Caixa na propriedade típica de Patrocínio para as safras 2007/08 e 2008/09 Patrocínio foi o modelo de propriedade que apresentou o maior volume de entrada e saídas de recursos dentre os dois modelos típicos analisados. Através da Figura 1 nota-se que a maioria dos desembolsos concentra nos meses de agosto a outubro dos dois períodos de produção. Este fato ocorre pois são nesses meses que os produtores dessa região efetuam a compra dos fertilizantes utilizados na cultura. Além disso, o pagamento das compras de defensivos com prazo de safra vence no mesmo período. No caso dos insumos, geralmente o modelo de pagamento é o prazo safra, ou seja, o produto químico é adquirido no início dos tratos culturais do ano-safra e o pagamento é efetuado após a colheita desse mesmo ano. Nesse aspecto, os fertilizantes correspondem a 35% dos custos operacionais em Patrocínio e, de uma maneira geral, o prazo de pagamento é em média de 30 dias. Tal desembolso provoca uma sobrecarga no equilíbrio de entradas e saídas no mês de outubro, período em que os fertilizantes são pagos. Nos demais meses, as principais saídas de recursos ocorrem para pagamento de mão-de-obra e de serviços gerais. Em abril iniciam-se a preparação da colheita com operações de arruação, limpeza do terreiro, limpeza dos carreadores e outras atividades, que permitirão as operações de colheita entre maio e agosto. Do lado da receita, sete são os meses que tem um bom volume de entradas de recursos. Em julho, os primeiros cafés são preparados para comercialização da safra, em seguida iniciam-se as vendas. Entre agosto e outubro as entradas de recursos aumentam para efetuar o pagamento dos insumos, sendo setembro o mês com a maior receita do ano. Nos meses de novembro e dezembro as receitas recuam um pouco voltando aos mesmos patamares de junho e julho. Seria interessante a esse produtor típico tentar distribuir estas vendas para os meses e que o mercado pague os melhores preços, ou seja, para os meses de início do ano. Porém, a dificuldade de se obter outras formas de financiamento da lavoura e dos insumos acaba por forçar o produtor a comercializar seu produto nos primeiros meses após colheita onde historicamente acontecem os menores preços da saca de café. Na Figura 1 observa-se que os custos operacionais têm comportamentos parecidos nos dois anos analisados, enquanto as receitas apresentam maior oscilação no mesmo período. A similaridade do comportamento do custo nos dois períodos deve-se à manutenção do tipo de investimento com insumos realizado de uma safra para outra pelo produtor No caso da receita, a oscilação deve-se à variação de produtividade do café, uma vez que a cultura tem um ciclo bianual e reflete diretamente no comportamento da receita da 14

15 fazenda. Nesse contexto, nos doze primeiros meses referentes à safra 2007/08, nota-se que dado o maior volume de café negociado nesta safra, em apenas três meses as entradas não cobrem as saídas, sendo abril, maio e setembro da safra 2007/08. O mês de setembro foi o que registrou o pior resultado neste primeiro período de 12 meses, com déficit de R$ ,86. Na safra seguinte, identificado no gráfico pelo período de janeiro a dezembro de 2008/09, em apenas cinco dos doze meses do ano o produtor típico consegue quitar os custos operacionais com a entrada de recursos do mesmo mês. Em outubro registrou-se o menor déficit mensal desta propriedade, de R$ ,84. R$ 250 Custo Operacional Receita Bruta R$ 200 R$ 150 R$ 100 R$ 50 R$ - jan - 07/08 fev - 07/08 mar - 07/08 abr - 07/08 mai - 07/08 jun - 07/08 jul - 07/08 ago - 07/08 set - 07/08 out - 07/08 nov - 07/08 Figura 1. Fluxo de caixa anualizado da propriedade de Patrocínio nas safras 2007/08 e 2008/09 (em mil reais). Fonte: Dados da pesquisa Na Figura 1 observa se que os meses de abril e maio tiveram resultados negativos nos dois anos de análise. Esses dois meses precedem à colheita e os produtores típicos praticamente não possuem mais café armazenado para venda. A preparação da colheita do café inicia com as operações de arruação, coroa e colheita das primeiras lavouras, despendendo um montante significativo de recursos para tais atividades. O principal desembolso para o período é o diesel e a mão-de-obra. O acumulado dos dois anos-safras está ilustrado na Figura 2. Nota-se que ao final dos doze primeiros meses da análise, que correspondem à safra 2007/08, tem-se uma quantia financeira acumulada de R$ ,66 no total da fazenda típica nesse ano-safra. Contudo, no ano-safra seguinte, ocorre uma reversão do quadro, com uma receita não suficiente para cobrir as despesas. Assim, no mês de dezembro de 2008/09, o déficit do fluxo de caixa é de R$ ,93, consumindo quase todos os recursos remanescentes do ano-safra anterior. Na Figura 2, a curva da receita líquida operacional acumulada retrata a dificuldade do cafeicultor em equilibrar os recursos, dado o diferente ciclo produtivo de uma safra para outra. Nos primeiros doze correspondentes à safra 2007/08, a curva acumulada tem um comportamento crescente, diferentemente dos doze meses posteriores, em que a curva se dez - 07/08 jan - 08/09 fev - 08/09 mar - 08/09 abr - 08/09 mai - 08/09 jun - 08/09 jul - 08/09 ago - 08/09 set - 08/09 out - 08/09 nov - 08/09 dez - 08/09 15

16 inverte tocando o eixo das abscissas no mês de outubro, tornando-o único mês do acumulado em que a receita líquida operacional acumulada é negativa. Este fato mostra a sensibilidade do produtor nesta fase da cultura, tornando qualquer desembolso fora do previsto um risco ao bom equilíbrio do fluxo de caixa. R$ 350 R$ 300 RLO RLO Acumulado R$ 250 R$ 200 R$ 150 R$ 100 R$ 50 R$ - R$ (50) R$ (100) jan - 07/08 fev - 07/08 mar - 07/08 abr - 07/08 mai - 07/08 jun - 07/08 jul - 07/08 ago - 07/08 set - 07/08 out - 07/08 nov - 07/08 dez - 07/08 jan - 08/09 fev - 08/09 mar - 08/09 abr - 08/09 mai - 08/09 jun - 08/09 jul - 08/09 ago - 08/09 set - 08/09 out - 08/09 nov - 08/09 dez - 08/09 R$ (150) Figura 2. Receita líquida operacional mensal e acumulada da propriedade de Patrocínio nas safras 2007/08 e 2008/09 (em mil reais). Fonte: Dados da pesquisa Fluxo de Caixa na propriedade típica de Varginha para as safras 2007/08 e 2008/09 No modelo típico de Varginha, o desembolso da propriedade pode ser divida em três etapas. A primeira de novembro a abril tem os custos são basicamente compostos por mão de obra e outros custos fixos; no segundo de maio a setembro, adiciona-se no custo da fazenda a despesa com a colheita (empreita e insumos de colheita) e por fim, o mês de outubro, trata-se do período de compra de insumo para a próxima safra. Quanto à receita, o cafeicultor costuma comercializar periodicamente uma quantia para pagar o custo da fazenda, mas a maior negociação ocorre no período da colheita e pagamento de insumos da safra passada e da próxima. Janeiro e fevereiro também concentram um volume considerável de entrada de recursos, pois são nesses meses que o café apresenta seus melhores preços históricos (CEPEA, 2010). Assim como para a propriedade típica de Patrocínio, as entradas dos recursos ocorrem em todos os meses do ano, contudo a menor parte das vendas do produto acontece no período que antecede a colheita do café. Em Varginha, a menor quantidade de recursos entrando na propriedade acontece entre março e julho de cada ano. Esse período de baicas receitas é muito semelhante nas duas propriedades pesquisadas. Em Patrocínio, o baixo volume de vendas ocorre em abril e maio e em Varginha de março a julho, mostrando a maior fragilidade do produtor típico do Sul de Minas em utilizar recursos próprios para 16

17 custear a colheita, levando-o a buscar os recursos em instituições financeiras para iniciar a colheita. Na Figura 3 destaca-se a barra referente ao mês e outubro de ambos as safras. Para os dois modelos de propriedade típica, é neste mês que o produtor compra e paga a maior parte dos insumos para a safra. Representando em média 22% dos custos operacionais, os fertilizantes respondem pelas maiores saídas pontuais dos recursos, gerando o maior impacto ao fluxo de caixa em um único mês. R$ 120 R$ 100 Custo Operacional Receita Bruta R$ 80 R$ 60 R$ 40 R$ 20 R$ - jan - 07/08 fev - 07/08 mar - 07/08 abr - 07/08 mai - 07/08 jun - 07/08 jul - 07/08 ago - 07/08 set - 07/08 out - 07/08 nov - 07/08 Figura 3. Fluxo de caixa anualizado da propriedade de Varginha das safras 2007/08 e 2008/09 (em mil reais). Fonte: Dados da pesquisa Com a Figura 3 é possível identificar o desequilíbrio do fluxo de caixa da propriedade de Varginha. Nos primeiros doze meses referentes à safra 2007/08, em apenas quatro deles a propriedade típica consegue pagar os custos operacionais, ou, seja, apenas nos meses de janeiro, fevereiro, novembro e dezembro o produtor consegue receita suficiente para cobrir seus custos operacionais da atividade cafeeira. Vale ressaltar que esses meses citados são os períodos no qual ocorrem apenas os tratos culturais da lavoura, ficando descoberto o caixa nos meses que são efetuadas as despesas de colheita e pagamento dos insumos, que correspondem a mais da metade dos desembolsos da propriedade. Dessa forma, como na maioria dos meses o produtor típico não consegue recursos suficientes para pagar os custos operacionais, os reflexos são claramente visualizados na receita líquida acumulada demonstrada pela Figura 4. O fato merece destaque nas análises, pois no ano em que as receitas são altas para propriedade, observa-se atividade não é capaz de pagar os seus custos operacionais na maioria dos meses. Além disso, a curva da receita líquida operacional acumulada confirma a dificuldade financeira enfrentada por este modelo de cafeicultor. O resultado negativo implica na redução de seu patrimônio ao longo do período para equalizar suas contas. Na Figura 4, visualiza-se que a partir do mês de maio de 2007/08 a curva da receita líquida acumulada já ultrapassa o eixo das abscissas, não mais dez - 07/08 jan - 08/09 fev - 08/09 mar - 08/09 abr - 08/09 mai - 08/09 jun - 08/09 jul - 08/09 ago - 08/09 set - 08/09 out - 08/09 nov - 08/09 dez - 08/09 17

18 voltando para patamares positivos, mesmo em alguns períodos recuando um pouco e diminuindo o déficit. R$ 100 RLO RLO Acumulado R$ 50 R$ - R$ (50) jan - 07/08 fev - 07/08 mar - 07/08 abr - 07/08 mai - 07/08 jun - 07/08 jul - 07/08 ago - 07/08 set - 07/08 out - 07/08 nov - 07/08 dez - 07/08 jan - 08/09 fev - 08/09 mar - 08/09 abr - 08/09 mai - 08/09 jun - 08/09 jul - 08/09 ago - 08/09 set - 08/09 out - 08/09 nov - 08/09 dez - 08/09 R$ (100) R$ (150) R$ (200) Figura 4. Receita líquida operacional e receita líquida operacional acumulada da propriedade de Varginha das safras 2007/08 e 2008/09 (em mil reais). Fonte: Dados da pesquisa Semelhanças entre o fluxo de Caixa das propriedades típicas de Patrocínio e Vaginha para as safras 2007/08 e 2008/09 Analisando as duas regiões de uma maneira geral, notam-se semelhanças importantes no movimento das entradas e saídas dos recursos, mas ao mesmo tempo algumas variáveis tornam os resultados significativamente diferentes. Para ambas as propriedades os meses de maior saída de recursos são os mesmos, ou seja, os meses posteriores a colheita e também os meses onde ocorre a colheita do café. Neste contexto destaca-se o mês de outubro, mês em que são pagos os fertilizantes. Do ponto de vista da receita, também são os meses posteriores à colheita que registram o maior volume de entrada de recursos por meio da venda física do café. Os dois fatores permitem identificar que os meses mais críticos ao fluxo de caixa nestes dois modelos de propriedade são os meses de pós-colheita, justamente os meses onde são registrados os menores preços históricos do café motivados por uma maior oferta do produto. Assim, evidencia-se através da Figura 2 e Figura 4 as duas situações econômicas distintas dos modelos de propriedade. Em Patrocínio o único mês em que o fluxo acumulado de caixa não é capaz de pagar os custos operacionais acontece em outubro da safra 2008/09 porem se recuperando depois, muito diferente da propriedade típica de Varginha que já no mês de maio da safra 2007/08 não consegue mais recursos suficientes para cobrir os déficits de caixa, se prolongando para o ano-safra seguinte. 18

19 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados obtidos no trabalho atenderam o objetivo do trabalho. Eles permitiram conclui importantes fatos sobre a situação econômica nas propriedades produtoras de café na região sul e cerrado mineiro. A propriedade do sul de Minas Gerais, representada por Varginha, mostrou que as propriedades com produtividades médias relativamente baixas, muito intensivas em mão-deobra e pouca mecanização apresentaram situação financeira complicada nas safras 2007/08 e 2008/09. Através da análise de custos já é possível notar que esse modelo de propriedade não consegue ao menos pagar os desembolsos efetuados nos dois anos-safras. Dessa forma, o retorno a propriedade na média dos dois anos safras foi negativo considerando-se os custos operacionais em 22,8%, ou seja, para cada real investido na atividade neste período retornaram apenas R$ 0,772. Assim, a permanência desse cenário pode no curto prazo levar o produtor nessas características a abandonar a atividade caso esse quadro não se reverta. Em contrapartida a propriedade do cerrado mineiro, na média das duas safras, conseguiu pagar os custos operacionais. Porém, os custos totais de produção - que englobam a remuneração do capital investido e depreciação - não conseguiram ser remunerados com a receita obtida nas duas safras. Assim a propriedade de Patrocínio obteve um retorno por real investido igual a 0,04%, ou seja, para cada real aplicado retornou praticamente o mesmo um real, não gerando ao menos prejuízo. Na análise do fluxo de caixa dessas propriedades, foi identificado que os meses críticos são os três primeiros meses pós-colheita (agosto a outubro), pois nestes meses são realizados os últimos pagamentos da colheita (agosto) e principalmente o pagamento dos insumos, nos meses de setembro e outubro. Do ponto de vista da receita os meses de maior entrada dos recursos coincidem com os de maiores saídas, pois são nestes meses que se realizam a maior parte das vendas do café. Contudo, as análises individuais dos dois modelos de propriedade mostraram grandes diferenças nas receitas líquidas acumuladas. Em Patrocínio o acumulado das receitas foi positivo em praticamente todos os meses analisados, ficando negativo apenas no mês de outubro 08/09, mas voltando a ser positivo no mês seguinte. Porém, um fato deve ser destacado, mesmo como fluxo de caixa se comportando bem, este modelo de propriedade pagou apenas os custos operacionais, e não os custos totais, o que pode comprometer a renovação dos investimentos da propriedade no longo prazo. Em Varginha a situação do produtor típico mostrou uma condição bem mais complexa que o de Patrocínio para as duas safras pesquisadas. O produtor típico de Varginha não tem conseguido saldar seus custos operacionais, acumulando resultados negativos por vários meses. Se esta condição verificada para as safras 2007/08 e 2008/09 se mantiver nas próximas safras, o modelo de propriedade consumirá seu patrimônio até tornar insustentável e ser adquirido por outro. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19

20 ARAUJO, H. M. Análise Econômica da Cafeicultura na região Sul de Minas Gerais p. Dissertação (Mestrado em Economia Rural) Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, BARROS, G.S.C. Economicidade e sustentabilidade da agropecuária. Piracicaba, SP, 2007 (mimeografado). CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA CEPEA. Agromensal café. Disponível em: < Acesso em: 15 março de COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO CONAB. Centra de Informações Agropecuárias. Disponível em: < Acesso em: 23 março de CREPALDI, S. A. Contabilidade Rural: Uma abordagem decisória. In: Contabilidade Rural: Uma abordagem decisória. São Paulo: Atlas, 5.ed., FEUZ, D.M; SKOLD, M.D., Typical farm theory in agricultural research. In: Journal of Sustainable Agriculture, Vol 2, n.3, 1991, pp FONTES, R. E. Estudo Econômico da Cafeicultura do Sul de Minas Gerais p. Dissertação (Mestrado em Administração Rural) Universidade Federal de Lavras, Lavras, LIMA, R.A.S. Orçamento e Fluxo de Caixa. In: LIMA, R.A.S. A gestão empresarial do negócio rural. São Paulo, 2006, cap.8, p MARION, J.C. Contabilidade Empresarial. In Contabilidade Empresarial. São Paulo: Atlas, 13.ed., NORONHA, J.F. Projetos Agropecuários: Administração Financeira, Orçamentação e Avaliação Econômica. In: NORONHA, J.F. Projetos Agropecuários: Administração Financeira, Orçamentação e Avaliação Econômica. Piracicaba (SP): FEALQ, 1981, p.274. PEREIRA, V. F.; MENDONÇA, T. G.; REIS, B. S. Análise Comparativa da Viabilidade Econômica dos Sistemas de Produção Convencional e Integrado de Café. Organizações Rurais e Agroindustriais, vol. 10, n 8, 15p. set-dez, PONCIANO, N. J.; CONSTANTINO, C. O.; PEREIRA, V. S. P.; COSTA, J. A.; MATA, H.T. Análise Econômica da Produção de Café Conilon no Norte do Espírito Santo em Diferentes Níveis Tecnológicos. XLVII Congresso Brasileiro de Economia, Administração e Sociologia Rural, Porto Alegre, REIS, R. P.; REIS, A.J.dos; FONTES; R. E.; TAKAKI, H. R. C.; CASTRO JUNIOR, L. G. de. Custos de Produção da Cafeicultura no Sul de Minas Gerais. Organizações Rurais e Agroindustriais, vol. 3, n 1, 8p. jan-jun, RIBEIRO, R.G. ; OSAKI, M. ; Avaliação econômica da soja resistente à ferrugem asiática. In: VI Jornadas Interdisciplinarias de Estudos Agrarios y Agroindustriales. VI Jornadas Interdisciplinarias de Estudos Agrarios y Agroindustriales, Buenos Aires,

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