MEMÓRIA, GEOGRAFIA E DISPUTAS URBANAS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES A PARTIR DA CIDADE DO RECIFE/PE

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1 MEMÓRIA, GEOGRAFIA E DISPUTAS URBANAS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES A PARTIR DA CIDADE DO RECIFE/PE Palavras Chave: Memória, espaço urbano, política. RESUMO David Tavares Barbosa Doutorando em Geografia UFRJ Herivelto Correia da Silva Filho Graduando em Geografia UFPE herivelto_capibaribe@hotmail.com O presente artigo almeja contribuir com o debate acerca de como a memória e os processos de reconstrução do passado dialogam com a instituição de identidades coletivas e os processos de disputa territorial na cidade contemporânea. Para tal, tomaremos como referência central o aporte teórico fornecido por Pollak (1989; 1992) e sua compreensão da memória como um processo não completamente ordenado e em constante construção. Das questões elencadas por esse cientista social, centraremos nossas considerações em dois aspectos de sua reflexão: i) os vínculos entre memória e identidade; ii) os processos de enquadramento e disputa da memória no contexto urbano contemporâneo. A partir dessas questões, dialogaremos com reflexões de pesquisa desenvolvidas em dois bairros populares da cidade do Recife: Coque, na região Centro-Sul; e Peixinhos, na divisa norte do Recife com a cidade de Olinda. Refletir sobre a memória e a presença do passado pelo olhar da geografia se apresenta como um fator crucial para a compreensão da realidade dos processos contemporâneos de (re)organização dos espaços. Os processos e significados mediados por tais lembranças dos tempos passados interferem em fenômenos geográficos concretos, atribuindo valor a dados espaços, podendo ser estudados como verdadeiros sistemas que articulam debates sociais. INTRODUÇÃO A memória não é apenas uma questão de herança do passado. Ela corresponde, antes de tudo, a um fenômeno vinculado às experiências do presente. Partindo de tal pressuposto, o artigo almeja contribuir ao debate sobre como a memória e os processos de reconstrução do passado dialogam com a instituição de identidades coletivas e os processos de disputa territorial na cidade contemporânea, na perspectiva da Geografia Cultural. Para tal, tomaremos como referência central o aporte teórico fornecido por Pollak (1989; 1992) e sua compreensão da memória como um processo não completamente ordenado e em constante construção. Das questões elencadas por esse cientista social, centraremos nossas considerações em dois aspectos de sua reflexão: i) os vínculos entre memória e identidade;

2 ii) os processos de enquadramento e disputa da memória. Nesse artigo, a apreensão da memória e das permanências do passado será desenvolvida a partir da compreensão do tempo como movimento que (re)constrói o espaço a partir da interdependência entre tempo, espaço e suas diversas dinâmicas e usos sociais. MEMÓRIA E POLÍTICA: A CONTRIBUIÇÃO DE MICHAEL POLLAK Michel Pollak, sociólogo austríaco radicado na França, apresenta nos seus artigos aqui considerados uma perspectiva construtivista de análise da memória, preocupado em compreender os processos e atores envolvidos na formulação das memórias (POLLAK, 1989, p. 04). Interessado em apreender as ligações entre a construção da memória e os processos políticos de gestão das identidades sociais, desenvolve suas análises a partir de uma aproximação metodológica com as histórias de vida e pesquisas da história oral. Ciente da diversidade de postulados teórico-metodológicos presente nas distintas ciências acerca do estudo da memória, Pollak articula suas análises aos estudos desenvolvidos anteriormente por Maurice Halbwachs. Em diálogo, mas, com claras oposições à postura quase institucional do estudo deste autor, (POLLAK, 1989, p ; 1992, p. 201), Pollak desenvolve sua abordagem da memória a partir de três questões centrais: i) o caráter coletivo e social da conformação das memórias; ii) a seletividade dos registros da memória; iii) a consideração de que a memória corresponde a um fenômeno construído e organizado em diversos níveis (POLLAK, 1989; 1992). Em suas palavras, a memória constitui-se através de uma operação coletiva dos acontecimentos e das interpretações do passado que se quer salvaguardar em íntima relação com as tentativas mais ou menos conscientes de definir e reforçar sentimentos de pertencimento e fronteiras sociais entre coletividades de tamanhos diferentes" (POLLAK, 1989, p. 09). Para ele, a memória estrutura-se segundo alguns pontos de referência que articulam acontecimentos, personagens e lugares: i) acontecimentos vividos pessoalmente; ii) acontecimentos vividos por tabela (situações vividas pelo grupo que a pessoa sente pertencer); iii) pessoas, personagens; iv) lugares da memória (POLLAK, 1992). A consideração desses pontos nos permite problematizar a primeira questão do autor útil à pesquisa: os vínculos entre memória e identidade. Tal como destaca Pollak, a memória também se fundamenta em acontecimentos vividos por um grupo e transmitidas

3 aos indivíduos via projeção, herança ou transferência de memórias. Em outras palavras, além de fenômeno individual, a memória pode ser constituída via socialização política ou socialização histórica (POLLAK, 1992, p. 201). Assim, se há na memória um fenômeno de projeção, uma socialização com o passado, isso ocorre devido a alguma identificação com esse passado, revelando então a existência de uma íntima ligação entre os processos de enquadramento da memória e a formulação das identidades sociais. Neste sentido, a conformação de identidades está diretamente relacionada aos processos de gestão da memória, pois ambas envolvem tentativas de negociação e de reconstrução de si perante os outros. Memória e identidade são, de partida, consideradas pelo autor como estruturas de conexão entre indivíduos e grupos. Entretanto, nesses processos de negociação das identidades, além da ligação entre os indivíduos ocorre, igualmente, o estabelecimento de fronteiras de pertencimento, de um sentimento de continuidade temporal e a constituição de unidade social. Percebe-se então que, além de relacionada à produção de significados vinculados com a coesão social, a memória também se desenvolve como uma ação social com sentido político claro de diferenciação. Tal caráter político da memória revela um elemento problemático e conflitivo das memórias coletivas: o estabelecimento de formas de dominação e violência simbólica. Para Pollak, nos processos de negociação entre indivíduos e coletividades a memória não é imposta a nenhum dos lados, mas se conforma a partir de uma violência simbólica com funções positivas que reforça a coesão social, não via coerção, mas por adesão afetiva ao grupo, conforme a constituição de comunidades afetivas (POLLAK, 1989, p ). Igualmente, tal processo de negociação se faz a partir de uma seletividade da memória, de um trabalho e interpretação dessa memória para estabelecer uma base comum, pontos de contato capazes de interligar indivíduos e coletividades. A partir dessa especificidade política, o autor demonstra que a memória coletiva se caracteriza, na verdade, como uma memória enquadrada conformada a partir de um processo de disputa e investimento dos grupos na busca por diferenciação e dominação perante os demais. A preocupação central que surge em suas propostas vincula o estudo da memória, bem como o estudo da história, como um campo de luta simbólica, buscando assim problematizar as formas como o enquadramento da memória se estabelece no permanente jogo de negociação social, na conformação das relações de dominação que estabelecem

4 uma memória dominante (POLLAK, 1989, 1992). Para tal, a memória está no presente sem se opor ao passado, entretanto, não revela nem preserva todo o ocorrido nesse passado. Assim, a presença do passado no presente, alcançável via memória, revela uma dimensão polivocal e seletiva do passado, sempre influenciada pelas idiossincrasias de quem as observam, a partir de suas experiências distintas, derivadas dos papéis sociais que desempenham. Na perspectiva geográfica, tal disputa ressalta o papel do espaço. No plano geral dos artigos, Pollak desenvolve sua interpretação da memória na busca de destacar a diversidade dos modos de vida, de referências identitárias e dos engajamentos sociais vinculados às lembranças do passado. Sua abordagem problematiza como a memória se assenta na relação indivíduos-coletividades, vinculando tais lembranças com a (re)produção dos fatos sociais. Tal como admite Pollak (1989, p. 09), as memórias conformam-se a partir da permanente interação entre o vivido e o aprendido, o vivido e o transmitido, através dos processos de interação social estabelecidos entre indivíduos e coletividade. É o que será empiricizado no item a seguir. 2. MEMÓRIA E DISPUTA TERRITORIAL NO RECIFE CONTEMPORÂNEO No Recife, observamos estratégias de enquadramento da memória ligadas ao olhar seletivo dos desígnios empresariais, mas também uma ampliação no debate da memória como forma de contestação e promoção de discussões ampliadas sobre o acirramento da questão urbana local. A observação da ampliação destas formas de uso das memórias para discutir o fato urbano do Recife nos estimulou a pensar sobre a geografia cotidiana que está por trás disso. A partir de Pollak (1989, p. 04), preocupa-nos reabilitar o estudo da memória a partir de sua periferia e marginalidade, destacando o caráter uniformizador e opressor de algumas memórias coletivas e possíveis ações de subversão e disputa presentes nos conflito entre memórias no espaço urbano. Neste sentido, surge o primeiro caso que gostaríamos de destacar: ações desenvolvidas no bairro popular do Coque, situado na Ilha de Joana Bezerra, no Centro-Sul da cidade do Recife. A comunidade formou-se a partir de grupos egressos das monoculturas da cana-de-açúcar desde meados do século XVIII e, no decorrer do século XX, com o incremento populacional de moradores vindos em fuga das secas. Durante décadas o Coque estigmatizado como reduto de violência resiste a uma série de

5 projetos de remoção para promoção de obras viárias, de prédios e outras propostas de intervenção que desconsideram particularidades históricas e culturais deste espaço. Vinculado a um contexto de grandes transformações urbanas e localizado entre duas áreas dinâmicas da cidade do Recife o Centro histórico e a Zona Sul com grande potencial turístico observa-se no bairro a ampliação de diversas atividades que, baseadas em uma construção coletiva da memória, almejam fortalecer identidades, romper com alguns estereótipos locais e contribuir com a permanência desses grupos em seu território. Dentre algumas ações, destacamos as seguintes: o Museu da Beira da Linha do Coque, o projeto Contadores e Contadoras de Histórias do Coque, o projeto Coque (R)Existe e algumas propostas de ocupação desenvolvidas em articulação ao coletivo Ocupe Estelita. O Museu da Beira da Linha do Coque, em articulação com o projeto Contadores e Contadoras de Histórias do Coque 1, corresponde a um museu audiovisual e de caráter itinerante baseado na produção e registro da história oral do bairro do Coque. Lançado em agosto de 2013, a partir da articulação entre o Ponto de Cultura Espaço Livre do Coque com a Fundação Joaquim Nabuco, o acervo é formado a partir do cadastro de depoimentos registrados em vídeo dos contadores e contadoras de histórias sobre a formação do bairro. Tal como presente em sua página oficial na internet, a formação do museu corresponde a uma maneira de coletar e guardar a nossa verdadeira história e assim, tentar acabar com as discriminações e distorções. Como admite Pollak (1989, p ), podemos entender tais ações como uma tentativa de promover uma revisão (auto)crítica do passado, de promover uma reconsideração de signos e símbolos presentes nesse bairro perante a sociedade englobante, predominantemente preconceituosa. Além do mais, a constituição do museu a partir da voz ativa dos moradores mais velhos e da centralidade das histórias contadas por estes, permite-nos afirmar, conforme Pollak (1989, p. 08) que tais ações possibilitam a transmissão de lembranças a partir de redes de sociabilidade afetiva e/ou política. O projeto Coque (R)Existe corresponde a um movimento organizado em rede por moradores, líderes comunitários, organizações, instituições, centros de ensino, movimentos e grupos de ativistas de dentro e fora da comunidade com objetivo declarado de dar voz aos moradores e defender o direito à moradia, além da criação de estratégias de 1 Maiores informações:

6 representação que considerem que o Coque não é só uma favela. É um modo de viver e habitar a cidade 2. Desde sua formação, esse movimento vem realizando atividades diversas, que incluem a exibição de vídeos, rodas de debate, oficinas diversas buscando movimentar o bairro e convidar as demais pessoas da cidade a participar e adentrar ao bairro. Das atividades desenvolvidas, duas merecem nossas considerações: a série de filmes desenvolvidos para diversas plataformas de exibição e a realização dos eventos de ocupação, em especial, o nomeado Sítio do Cajueiro: Lembrar é (R)Existir!. No caso aqui exposto, a articulação entre a memória e os processos de disputa política se faz a partir da vinculação entre produção de obras audiovisuais e a dissimulação dos debates políticos locais. A partir de vários olhares sobre a cidade, os filmes produzidos por esses grupos vinculados ao Coque (R)Existe debatem questões diversas, mas relacionadas com os problemas da memória debatidas nesse artigo: há filme produzido por adolescentes locais sobre a história das famílias que moravam no núcleo central de formação do bairro e da importância histórica desse espaço para a comunidade 3 ; uma série de vídeos que debatem a situação dos moradores desabrigados pelas obras da Copa do Mundo e problematizam os laços afetivos e históricos das famílias desabrigadas 4 ; filmes que debatem a memória e história do bairro em diálogo com a luta pela posse da terra durante o processo de formação da localidade 5. Tal como argumenta Pollak (1989, p. 11; 1992, p. 215), nos processos de disputa de memórias as iconografias adquirem importância central na reconstrução de uma memória visual aos grupos e, consequentemente, na mudança de significados atribuído aos lugares. Tais estratégias de controle da memória e de suas imagens possibilitariam a reconstrução de fatos e das reações e sentimentos pessoais, aproximando as memórias sensoriais mais pessoais dos processos crescentes de formação e reorganização das memórias coletivas. Tais filmes se articulam com a promoção de eventos de ocupação urbana, tais como o evento Sítio do Cajueiro: Lembrar é (R)Existir! realizado através da parceria entre a Rede Coque (R)Existe, Centro Popular de Direitos Humanos e Movimento Ocupe Estelita, tendo ocorrido no dia 20 de setembro de Promovido para lembrar os despejos 2 Informações disponíveis em: 3 Sítio do Cajueiro: Lembrar é (R)existir! (Recife, 2015, 19, Projeto Narramundo): com/watch?v=wx3gijxcxd0. 4 Despejos: 5 Coque: Memórias da terra (Recife, 2013, 75, Rafaela Vasconcelos).

7 envolvidos para a realização da Copa do Mundo FIFA 2014, quando grande parte da área do Sítio do Cajueiro foi desapropriada para a obra de expansão do Terminal Integrado Joana Bezerra uma das obras de mobilidade para o mundial o evento também ocorreu como estratégia de articulação entre a memória coletiva de seus moradores com a luta política de permanência da comunidade. Tido como o marco zero, a única lembrança viva das ocupações originais do Coque que restou além dos próprios moradores 6, o evento foi organizado via redes sociais, sendo concebido como um evento de promoção de um dia de resistência e memória no Coque, como um grito contra o apagamento de memórias do Coque via projetos de reestruturação urbana diretamente relacionados com o bairro 7. Neste sentido, percebe-se que tais ações desenvolvidas no bairro do Coque, no Recife, problematizam a necessária articulação entre memória e os processos de disputa urbana. Reconhecem, a partir de estratégias de fortalecimento das memórias coletivas do bairro, que as paisagens históricas dos estuários da cidade rememoram que o Recife corresponde a uma cidade marcada por fortes tensões e disparidades sociais. Tona-se necessário reconhecer que nessa disputa entre memórias há uma memória coletiva subterrânea da sociedade civil dominada ou de grupos específicos, [em contraposição a] uma memória coletiva organizada que resume a imagem que uma sociedade majoritária ou o Estado desejam passar e impor (POLLAK, 1989, p. 08). Como buscamos demonstrar acima, a memória de cada um desses grupos é contextual, pois ela está vinculada aos sentimentos, personalidades e desígnios daqueles que a representam. O segundo caso que gostaríamos de problematizar corresponde à dinâmica observada nos bairros populares que abarcam a bacia hidrográfica do Rio Beberibe em seu baixo curso bairro de Peixinhos, nos lados de Recife e Olinda. Tais espaços construíram ao longo da história uma trajetória com similitudes e diferenças que são expressamente visualizadas ao se percorrer cada um deles, e que o bairro de Peixinhos é o principal lugar como marco de ocupação da região do Beberibe. Nos últimos 50 anos o rio Beberibe vem sofrendo com uma ocupação desordenada na divisa entre Recife e Olinda. 6 Relato disponível em: 7 Questões expostas no evento na rede social Facebook: /.

8 Peixinhos corresponde a um bairro muito denso e com população pobre. Podemos falar no singular, pois na visão simbólica dos moradores, o bairro ultrapassa a divisa administrativa dos dois municípios, conformando uma identidade socioterritorial única. Podemos ver isso na fala de um morador e funcionário da Prefeitura do Recife, no prédio histórico do antigo Matadouro da cidade, hoje o Nascedouro de cultura. Na entrevista ele diz que só existe um Peixinhos, ponto este que se coaduna com o dizer de Rogério Haesbaert, que considera que os grupos sociais podem muito bem forjar territórios em que a dimensão simbólica (como aquela promovida pelas identidades) se sobrepõe à dimensão mais concreta (como a do domínio político que faz uso de fronteiras para se fortalecer) (Haesbaert, 1999, p. 171). Do lado recifense, apesar de ter também expressivas favelas, a prefeitura tem investido em espaços públicos de mais qualidade. Apesar das duas administrações separadas e de diferentes recursos materiais, o medo e a insegurança estão no pensamento de todos os habitantes desse conjunto, pois muitos já foram vítimas da violência, confirmando um ciclo vicioso muito relacionado às drogas, traçando um imaginário negativo e estigmatizado das populações mais ribeirinhas do Beberibe em função da pobreza, violência e deficiência de infraestruturas urbanas. Deve-se enfatizar que os espaços públicos das cidades estimulam a apropriação física e simbólica dos lugares (GOMES, 2002; 2013), sendo componentes cruciais do sentido e da identidade de bairro. Considera-se aqui que os espaços públicos, através das narrativas e das imagens a eles ligados, traduzem práticas e concepções diversas, muitas vezes conflitantes. Assim, há uma retomada pelo passado e a buscar por uma identidade socioterritorial que pode trazer um resguardo ao patrimônio físico e cultural daquele lugar. Podemos elencar alguns marcos históricos que propuseram, em primeira instância, a ocupação da região do baixo curso do rio Beberibe. Pollack seleciona três elementos que constituem a memória de um local: acontecimentos, personagens e, o mais importante para a geografia, o lugar. O primeiro marco histórico, apesar de não estar marcado na memória dos moradores por ser muito mais antigo, é de extrema relevância: a derrubada da barragem do Varadouro em Olinda, que abastecia as cidades do Recife e Olinda. Demolida em 1856 por causa da suspeita de foco de febre amarela que assolava em Estado na época, deu a possibilidade de habitação naquela região, apesar de ser um sítio totalmente alagável. O segundo marco histórico, ou como na fala do Pollack, acontecimento, foi a transferência

9 do Matadouro do Recife da bacia do Capibaribe, no centro, para a periferia norte, no bairro de Peixinhos, no final do século XIX. Começou a sua construção em 1874 e teve sua inauguração em 09 de novembro de 1919, segundo morador do bairro que viveu mais de cem anos, Seu Efigênio. O Matadouro exerceu grande influência na vida dos moradores no início do século XX, uma área ocupada, em sua grande maioria, por negros, pobres e candomblecistas. Hoje chamado de Nascedouro de Peixinhos, tem um caráter mais cultural, ligado ao audiovisual e a musicalidade de matriz africana. Sua estrutura física, apesar de maior parte em ruínas, se tornou um marco, um lugar, um geossímbolo entre os moradores, onde as identidades de bairro e a lógica cultural dos lugares têm um papel central nas políticas contemporâneas. É um monumento a memória do lugar. Ao adentrar no bairro, fomos direcionados a conversar com uma das personalidades políticas mais antiga das cercanias do Beberibe, Dona Zuleide de Paula. Esta senhora carrega consigo um acervo histórico de fotografias e apresenta uma memória importante para a construção indenitária daquela região, memória no qual, parece muito mais coletiva do que individual, pois ela sempre esteve envolvida nas militâncias políticas do bairro. Ela escreveu o livro PEIXINHOS: um rio por onde navegam um povo e suas histórias (2009). A memória individual está intrínseca à memória coletiva. Em algumas falas das entrevistas feitas com Dona Zuleide, pudemos observar como a memória coletiva foi construída de forma seletiva, de acordo com os acontecimentos mais marcantes ligados aos personagens naquele lugar. A entrevista foi coletada no dia 21 de março de Ao perguntarmos como foi sua infância no bairro, ela nos respondeu: Na minha infância era muito difícil a gente se manter e muita gente passava fome e viviam na miséria. Na minha adolescência o matadouro funcionava, era a única salvação. As pessoas iam atrás de pedaços de resto de bois pra não morrer de fome. Na vida adulta me casei com um paraibano que trabalha no Matadouro. Inclusive teve épocas em que tinha mais paraibano que pernambucano. O bairro cresceu por conta do Matadouro e da Fosforita. Juntamente com o matadouro, a Fosforita foi outro importante impulso de crescimento populacional da região. Nas terras da usina Catende, foi anunciado que existia muito fosfato e que a empresa se instalaria para a extração. Inaugurada em 1957 com a presença de Juscelino Kubitschek. Essa também é uma memória muito presente para dona Zuleide, pois ela e outras militâncias do bairro se preocupavam muito com a fome e a miséria que existe até hoje nesta região, e a vinda dessas fábricas davam um pouco mais de

10 esperança. Dona Zuleide ainda afirma que a fábrica da Antártica deu emprego a muita gente. Percebe-se que a memória construída coletivamente e expressa por essa senhora apresenta-se sempre ligada a marcos de desenvolvimento industrial. Ser mulher e ter pouco estudo na adolescência impossibilitou dela trabalhar nessas fábricas, porém há sim, uma memória operária, vivida por tabela, tal como caracterizada por Pollak. Assim, compreendemos que a memória agora agenciada por esses grupos almeja rememorar aspectos do processo histórico de construção da cidade, através da forte relação que as pessoas que construíram esses espaços tiveram e ainda tem com os rios, mas também com as atividades econômicas, sociais e políticas do Recife. Assim, há que se considerar que desenvolvem uma ligação histórica a este espaço não apenas pela face visível desta paisagem, mas também pelas histórias de vida e de resistência presentes nos barracos, aterros, vielas, barcos de pescadores e demais formas simbólicas observadas. Tais ligações estabelecidas pelas histórias de vida em vínculo aos lugares de suas vivências permitem, tal como destacou Pollak (1989, p. 13), uma reconstrução da identidade desses indivíduos, bem como ordenar acontecimentos que balizaram sua existência, fortalecendo assim, a autoestima e a manifestação de solidariedade entre os locais e os demais habitantes da cidade. Trata-se de uma memória laboriosa. CONCLUSÃO Neste sentido, refletir sobre a memória e a presença do passado pelo olhar da geografia se apresenta como um fator crucial para a compreensão da realidade dos processos atuais de (re)organização dos espaços. Os processos e significados mediados por tais lembranças dos tempos passados interferem em fenômenos geográficos concretos, atribuindo valor a dados espaços, podendo ser estudados como verdadeiros sistemas que articulam debates sociais. Peixinhos e Coque reivindicam uma memória positiva. Por fim, queremos admitir que a análise dos usos das memórias aqui considerados e apoiados no aporte teórico de Pollak buscou apontar a necessidade de se promover e valorizar uma leitura das lembranças do passado que se preocupe em mostrar o invisível, os não-ditos e silenciados. Esta reabilitação fornece grande subsídio ao trabalho da geografia, permitindo que, através deste estudo voltado ao urbano, possamos apresentar à geografia novas possibilidades de trabalhar o conceito de memória numa concepção ao

11 mesmo tempo social e política, que permita-nos expor a diversidade dos espaços, dos modos de viver e querer viver este espaço. REFERÊNCIAS ABREU, Maurício de Almeida. Sobre a Memória das Cidades. Revita Território, Rio de Janeiro, v. 4, p. 5-26, Disponível em: abreu.pdf. Acesso em: 30 out. de BARBOSA, D. T. Novos Recifes, Velhos Negócios. Política da paisagem no processo contemporâneo de transformações da bacia do Pina Recife/PE: Uma análise do Projeto Novo Recife Dissertação (Mestrado em Geografia) Universidade Federal de Pernambuco, Recife, CASTRO, I. E. Paisagem e Turismo: de estética, nostalgia e política. In: YÁZIGI, E. (Org.). Turismo e Paisagem. São Paulo: Ed. Contexto, 2002, p HEASBAERT, R. Identidades Territoriais. Geografia Cultural: Uma Antologia, volume II/ Organização Roberto Lobato Correa, Zeny Rosendahl. Rio de Janeiro. EDUERJ, 2013.POLLAK, Michael. Memória, Esquecimento, Silêncio. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, Vol. 02. nº l, 1989, p Disponível em: < index.php/reh/article/view/2278/1417>. Acesso em 28 nov POLLAK, Michael. Memória e Identidade Social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, n. 10, 1992, p Disponível em: < reh/article/view/1941/1080>. Acesso em: 27 nov

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