PROPORCIONALIDADE E SEMELHANÇA: APRENDIZAGEM VIA OBJETOS DE APRENDIZAGEM

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1 PROPORCIONALIDADE E SEMELHANÇA: APRENDIZAGEM VIA OBJETOS DE APRENDIZAGEM

2 Educação hoje As Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação se constituem em ferramentas poderosas para a Educação. Possibilitam o desenvolvimento de softwares educacionais e ambientes de aprendizagem que podem ser utilizados na forma presencial ou à distância. Vive-se a ruptura do paradigma tradicional de ensino, procura-se mudar o modelo vigente, porque as tecnologias digitais estão possibilitando um novo paradigma para a Educação. Quadro 1: Qualidade do ensino de ciências e de matemática (em uma escala de 1 a 7 pontos)(1) Brasil China México Rússia Cingapura 2,9 4,2 3,0 5,1 6,0 Fonte: Banco Mundial, Unesco e OCDE (1) Escala adotada no relatório Global Competitiveness do Fórum Econômico Mundial

3 Pesquisas apontam que a utilização de softwares voltados para o ensino-aprendizagem de matemática poderá possibilitar ao aluno uma mudança de postura com relação a esta disciplina, pois distintos estudos enfatizam que o uso do computador pode ser um grande aliado para o desenvolvimento cognitivo dos alunos (BALACHEFF; KAPUT,1996), (BASSO, M. V.; FAGUNDES, LÉA DA CRUZ. ET ALL; 1999). Professor do Colégio Marista Champanhatt em Porto Alegre, Cesar de Lima Desimon coloca que quando a tecnologia está presente, os alunos já chegam com vontade de aprender (reportagem da Zero Hora feita por Jaisson Valim intitulada A Escola do Futuro ). Os recursos oferecidos pelas tecnologias digitais possibilitam criar materiais didáticos ricos em apelos sensoriais que podem estimular o aluno tornando-o um cúmplice do processo de aprendizagem.

4 A Escola tem a responsabilidade de preparar o profissional que vai atuar nessa sociedade em que o trabalho está baseado na Resolução de Problemas que exige estratégias para se chegar à solução das situações de conflito. O proceso de concepção e desenvolvimento de Material didático digital para EAD deve colocar o aprendiz como o centro do processo de aprendizagem, em que a autonomia da aprendizagem seja estimulada e que vise a desenvolver habilidades cognitivas. O professor deve ficar atento ao que está à disposição do aluno e usar isso para reforçar seu trabalho de educador tornando a tarefa de aprender agradável, mais prazerosa e até lúdica.

5 Objetos de Aprendizagem A expressão Objetos de Aprendizagem significa material didático digital, com a característica de padronização no armazenamento e reutilização, ou seja, seu uso pode ser compartilhado o que exige que ele tenha uma estrutura modular associada com o desenvolvimento direcionado com a web. Pode ser o conteúdo de uma aula, de um curso, um programa de treinamento. Os Objetos de Aprendizagem podem ser usados para apoiar o processo de qualquer modalidade de ensino. O importante é saber onde encontrar os objetos adequados à proposta pedagógica usada pelo professor. Hoje existem repositórios de Objetos de Aprendizagem de diversas áreas tanto no Brasil como no exterior, tal como MERLOT, LABVIRT, RIVED e CESTA.

6 Segundo Falkembach, 2005, o processo de concepção e desenvolvimento de um Objeto de Aprendizagem, ou seja, de um material didático digital engloba: o planejamento, a modelagem, a implementação e a distribuição. O planejamento envolve a escolha do tema a ser trabalhado e deve responder algumas questões como: qual o objetivo do Objeto de Aprendizagem? Qual o público alvo? Como o conteúdo será apresentado? Quando e como o objeto será usado? Quais os resultados esperados? Como o aluno vai interagir com o objeto?

7 Os objetos produzidos são disponibilizados via web, através de um repositório,com acesso público e irrestrito (visualização e download). O RIVED tem por objetivo não ser um substituto de aulas, mas sim um recurso que se integra no desenvolvimento curricular das escolas, com uma orientação pedagógica voltada para a possibilidade dos professores se tornarem facilitadores e líderes do processo de ensino e aprendizado e também possibilitar aos alunos uma postura de aprendizes, pensadores, investigadores e solucionadores de problemas, diante dos conteúdos apresentados.

8 Objeto de Aprendizagem: Proporcionalidade e Semelhança

9 Será preciso modificar as dimensões da foto original. Essas modificações poderão ser ou não, fiéis a foto dada e obter, assim, uma figura semelhante, no sentido matemático. Essa atividade pode servir como uma motivação ou um desafio para crianças que ainda não dominam com segurança os conceitos matemáticos nela envolvidos. O aluno é levado a alterar as dimensões da foto e verificar o que acontece segundo sua ação.

10 O uso do objeto propicia que o aluno seja capaz de: aplicar conceitos geométricos; comparar figuras para identificar a semelhança; fazer ampliações e / ou reduções. O uso das animações pode proporcionar ao aluno a visualização de diferentes situações que auxiliam no aprendizado dos conceitos de semelhança, proporção e razão.

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12 A atividade proposta pode oportunizar o interesse do aluno em saber em que outros momentos ele se deparou com o uso das idéias envolvidas com o que ele aprendeu sobre proporcionalidade e semelhança.aplicam-se os conceitos de semelhança e proporção quando se examinam mapas, plantas baixas de imóveis, projetos em geral, tais como móveis, componentes eletrônicos, mobiliário de ambientes, ampliação e redução de objetos. Para facilitar a aprendizagem do conteúdo do Objeto de Aprendizagem foi preciso estabelecer interatividade. A interatividade é realizada por meio de atividades digitais, que permitem construir conceitos geométricos necessários para a elaboração de modelos, tais como: a comparação entre medidas de figuras geométricas para identificar a semelhança que existe entre elas; a comparação entre elementos de uma seqüência de medidas para determinar a razão de semelhança e a proporcionalidade entre elas; a ampliação ou redução de figuras geométricas a fim de acomodá-las em um espaço pré-determinado. Por meio das interações é que os sujeitos desencadeiam trocas, estratégias de construção/autoria, compartilhamento de idéias, possibilitando gerar novas interações.

13 . Para garantir a eficiência de um Objeto de Aprendizagem como auxiliar didático é preciso que o professor determine quando usar esse recurso e como usar para que os objetivos do processo de ensino e aprendizagem sejam alcançados.

14 Conclusão A partir da experiência desse trabalho interdisciplinar, dos esforços da equipe, ficou constatado que o conceito de objetos de aprendizagem e seu processo de implementação podem auxiliar muito em qualquer modalidade de ensino e o desenvolvimento de novos cursos e de materiais educacionais mais bem elaborados visando facilitar o processo de ensino e aprendizagem de um conteúdo. Portanto, deve levar em conta todos os procedimentos pedagógicos que vão desde a consideração do conteúdo a ser apresentado e das estratégias mais adequadas para fazê-lo, até a compreensão do processo de ensino e aprendizagem e das interações entre o aluno envolvido nesse processo e o conteúdo, através de um meio informatizado.

15 Referências Bibliográficas DANTE, Luiz R. Tudo é matemática. São Paulo: Ática, ª e 7ªséries. DOWNES, Stephen. Learning Objects: Resources for Distance Education Worldwide. IN: Internacional Review of Research in Open and Distance Learning. Vol. 2, No. 1, FALKEMBACH, Gilse Morgental; Cconcepção e desenvolvimento de material educativo digital - Revista Novas Tecnologias na Educação - CINTED - Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação - Vol. 3 No 1 (março/abril) (ISSN ). UFRGS, FLORES, M.L., SANTOS, L.. REIS, F. FALKEMBACH, Gilse Morgental COASE Criação de Objetos de Aprendizagem e suporte ao ensino - RENOTE - Revista Novas Tecnologias na Educação - CINTED - Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação - Vol. 4 No 1 (ISSN ). UFRGS, HANDA, Jaime Kenji; SILVA, Jaime Balbino ; Objetos de Aprendizagem (Learning Objects) São paulo: boletim EAD Unicamp, 2003

16 IMENES, L.M.;LELLIS, M. Matemática. São Paulo: Scipione ª e 7ªséries. KOPER, Rob. Modeling Units of Study From a Pedagogical Perspective: the pedagogical meta-model behind EML. Open University of Netherlands, junho de SOSTERIC, Nike; HESEMEIER, Susan. When is a Learning Object not an Object: a first step towards a theory of learning objects. IN: Internacional Review of Research in Open and Distance Learning. Outubro de TAJRA, Samya Feitosa. Comunidades Virtuais: Um fenômeno na Sociedade do conhecimento. São Paulo: Ed. Érica, TAROUCO, Liane; TAMUSIUNAS, F. R.; FABRE, Marie. Reusabiliddae de Objetos de Educacionais, RENOTE - Revista Novas Tecnologias na Educação - CINTED - Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação - Vol. 1 No 1 UFRGS, 2003.

17 TINOCO, Lúcia A. A., coord. Razões e Proporções. Rio de Janeiro, UFRJ ( Instituto de Matemática), Projeto Fundão, SPEC/PADCT/CAPES, VALIN, Jaisson. Nasce a escola do futuro. Jornal Zero Hora, Porto Alegre, 15 out Caderno geral, p WILEY, David A. Learning object and sequencing theory. Tese de doutorado defendida na Brigham Young University. Junho de Especificaços da IEEE: e do IMS: CESTA pode ser acessado via: RIVED pode ser acessado via:

18 O desafio proposto pelas novas tecnologias é transformar o objetivo da Educação, da pesquisa e da aprendizagem da informação em construção do conhecimento. (Levy, 93)