DECOMTEC. Índice FIESP de Competitividade das Nações Área de Competitividade. Equipe Técnica

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DECOMTEC. Índice FIESP de Competitividade das Nações Área de Competitividade. Equipe Técnica"

Transcrição

1 DECOMTEC Área de Competitividade Índice FIESP de Competitividade das Nações 2006 Equipe Técnica 1º de outubro de 2008

2 PRESIDENTE Paulo Skaf DECOMTEC DIRETOR TITULAR José Ricardo Roriz Coelho DIRETOR TITULAR ADJUNTO Pierangelo Rossetti DIRETORIA Airton Caetano Almir Daier Abdalla André Luis Romi Carlos William de Macedo Ferreira Cássio Jordão Motta Vecchiatti Christina Veronika Stein Cláudio Grineberg Cláudio José de Góes Cláudio Sidnei Moura Cristiano Veneri Freitas Miano (Representante do CJE) Denis Perez Martins Dimas de Melo Pimenta III Donizete Duarte da Silva Eduardo Berkovitz Ferreira Eduardo Camillo Pachikoski Elias Miguel Haddad Eustáquio de Freitas Guimarães Francisco Florindo Sanz Esteban Francisco Xavier Lopes Zapata João Luiz Fedricci Jorge Eduardo Suplicy Funaro Lino Goss Neto Luiz Carlos Tripodo Manoel Canosa Miguez Marcelo Gebara Stephano (Representante do CJE) Marco Aurélio de Almeida Rodrigues Mário William Esper Nelson Luis de Carvalho Freire Newton Cyrano Scartezini Octaviano Raymundo Camargo Silva Olívio Manuel de Souza Ávila Rafael Cervone Netto Robert William Velasquez Salvador (Representante do CJE) Roberto Musto Ronaldo da Rocha Stefano de Angelis Walter Bartels ÁREA DE COMPETITIVIDADE GERENTE Renato Corona Fernandes EQUIPE TÉCNICA Albino Fernando Culantuno André Kalup Vasconcelos Egidio Zardo Junior Fernando Momesso Pelai Guilherme Riccioppo Magacho Ivan Ferraz José Leandro de Resende Fernandes Marcello Muniz da Silva Paulo Henrique Rangel Teixeira Paulo Sergio Pereira da Rocha Pedro Guerra Duval Kobler Corrêa Silas Lozano Paz Vanderléia Radaelli ESTAGIÁRIOS Franciny Dornas de Andrade Paula Pariz Lorenzoni de Oliveira Roberta Cristina Possmai APOIO Maria Cristina Bhering Monteiro Flores Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 2 / 28

3 Apresentação A FIESP, ao publicar o IC-FIESP, procurou atingir dois objetivos: primeiro, identificar as principais restrições ao aumento da competitividade das empresas brasileiras e, conseqüentemente, do bem-estar dos cidadãos brasileiros; e, segundo, localizar experiências internacionais de sucesso que possam ser utilizadas como referência para a construção de nossas propostas políticas. Foram realizados quatro tipos de análise a partir do IC-FIESP: caracterização da evolução da competitividade dos países ao longo do tempo; análise dos esforços realizados e dos resultados com eles obtidos; identificação das variáveis que mais interferem na competitividade de cada país ou bloco de países; e, finalmente, simulação do impacto da mudança em variáveis escolhidas sobre a prosperidade dos países. Entretanto, devemos ter em mente as limitações da ferramenta. O IC-FIESP funciona como uma bússola e, como tal, apenas aponta caminhos a serem seguidos. Portanto, outras análises mais detalhadas se fazem necessárias e, para tanto, a FIESP realiza estudos específicos. Esperamos com o IC-FIESP 2008 chamar atenção para problemas importantes, muitos dos quais perduram desnecessariamente apenas por que nos atemos aos meios e não aos fins. É bom lembrar que o Brasil, embora esteja bem, pegou uma maré favorável mas não fez nenhuma das reformas importantes. Portanto, diante das ameaças que a crise financeira internacional nos apresenta, precisamos priorizar a realização dessas reformas estruturais de maneira a aumentar nossa competitividade e, conseqüentemente, mantermos nosso crescimento. Devemos também, o quanto antes, elaborar um projeto claro de desenvolvimento. Dessa forma poderemos até mesmo transformar a crise em oportunidade e, principalmente, crescermos sustentavelmente, aumentando continuamente o bem estar de todos os cidadãos brasileiros. José Ricardo Roriz Coelho Diretor Titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia DECOMTEC Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 3 / 28

4 I. Arcabouço Conceitual O conceito de competitividade, seja de um atleta, de uma empresa ou de um país, é, por natureza, relativo. Por exemplo, para que um velocista seja considerado competitivo não basta vencer uma única prova. É preciso que ele chegue freqüentemente entre os mais rápidos do mundo. Da mesma maneira, para que um país seja considerado competitivo, não basta crescer aceleradamente num determinado ano. É preciso que crie, mantenha e renove as condições para que as empresas nele estabelecidas produzam o maior bem-estar possível para seus cidadãos e para que façam-no crescer continuamente em relação ao bem-estar dos cidadãos dos demais países ao longo do tempo. Assim sendo, elaborar um modelo que mensure a competitividade de um país pressupõe, primeiro, relacionar um conjunto de atributos econômicos e sociais (variáveis independentes) ao resultado econômico desejado (variável dependente) que caracteriza o bem estar. No IC-FIESP este resultado é representado pelo PIB per capita em paridade de poder de compra. Segundo, a mensuração da competitividade pressupõe necessariamente a comparação entre países. Finalmente, é preciso entender essa relação num período de tempo suficiente para eliminar o a- caso e para verificar o impacto de ações cujos resultados levam tempo para serem notados. Nesse sentido, procuramos elaborar nossa análise sobre um banco de dados o mais amplo possível. Trabalhamos com 43 países, os que representam nada menos que 92% do PIB mundial; reunimos 83 variáveis quantitativas que procuram evitar interpretações subjetivas sobre os países; construímos uma série histórica de dez anos para medir relações de causa e efeito com gap temporal. As variáveis determinantes da competitividade dos países são agrupadas em oito fatores: Economia Doméstica, Abertura, Governo, Capital, Infra-estrutura, Tecnologia, Gestão Empresarial e Capital Humano. Sob cada um desses fatores são construídos subfatores cujo número varia (quadro 1) entre dois e três. Quadro 1 ESTRUTURA DO BANCO DE DADOS Índice de Competitividade FIESP (IC-FIESP) Economia Doméstica (11) Abertura (16) Governo (7) Capital (11) Infra-estrutura (6) Tecnologia (6) Produtividade (8) Capital Humano (18) Atividade Comércio Consumo Juros Geral Gastos Custo Educação (6) (10) (1) (3) (3) (1) (2) (4) Investimento (4) Serviços (3) Política Fiscal (6) Sistema Financeiro (3) Negócios (3) Índice de Tecnologia (1) Resultado (6) Saúde (7) Consumo Preço Crédito Resultado Trabalho (1) (3) (5) (4) (7) Fonte: FIESP. Com base nestes indicadores, os países foram agrupados em quatro categorias: competitividade elevada, competitividade satisfatória, competitividade média e baixa competitividade. O gru- Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 4 / 28

5 po competitividade elevada refere-se aos 25% dos países (quartil superior) que apresentaram os melhores índices em Os 25% seguintes são chamados países de competitividade satisfatória. Seguem-se a eles os países de competitividade média e países de baixa competitividade. O valor do índice varia entre 0 (zero), menos competitivos, e 100 (cem), mais competitivos. Entretanto, é importante ter em mente que o valor do índice é relativo e que, portanto, ainda que todos os valores absolutos das variáveis melhorassem ao longo do tempo para um país em particular, seu índice poderia cair desde que houvesse uma melhora maior nos demais países. II. Ranking IC-FIESP 2006 O Brasil, entre os quarenta e três países da amostra do IC-FIESP, encontra-se entre aqueles que apresentam menor competitividade quartil 1 4 ou, simplesmente, Q4 (quadro 2). Nele encontram-se também países latino-americanos como México, Venezuela e Colômbia. Por outro lado, pertencem ao grupo de países com competitividade elevada países como Estados Unidos, Japão e Suécia. Quadro 2 GRUPO PAÍS NOTA RK GRUPO PAÍS NOTA RK Estados Unidos 91,0 1 ELEVADA Noruega 76,9 2 Japão 75,3 3 Suécia 74,9 4 Suíça 73,7 5 Hong Kong 71,9 6 Holanda 71,3 7 Coréia do Sul 70,4 8 Israel 68,3 9 Cingapura 68,0 10 Finlândia 66,7 11 Q2 Dinamarca 66,5 12 SATISFA- Bélgica 65,6 13 TÓRIA Canadá 65,3 14 Irlanda 65,0 15 Alemanha 64,1 16 Reino Unido 63,8 17 Austrália 59,4 18 França 59,1 19 Áustria 58,9 20 Nova Zelândia 53,0 21 República Tcheca 51,3 22 Fonte: FIESP. Q3 Espanha 46,2 23 MÉDIA Itália 46,0 24 Hungria 44,7 25 Malásia 44,1 26 China 43,4 27 Rússia 43,3 28 Grécia 40,9 29 Polônia 40,3 30 Chile 38,2 31 Argentina 36,4 32 Portugal 35,7 33 Q4 Tailândia 31,4 34 BAIXA África do Sul 29,1 36 Venezuela 27,9 35 México 27,2 37 Brasil 20,2 38 Índia 16,8 39 Colômbia 16,7 40 Filipinas 14,5 41 Turquia 14,3 42 Indonésia 7,9 43 Devemos notar que, ao alinhar os IC-FIESPs médios de cada grupo aos seus respectivos PIBs per capita médios e aos crescimentos anuais médios, observamos uma relação (gráfico 1) 2. A despeito da semelhança entre os países dos dois QUARTIS de maior competitividade e Q2 os níveis de renda per capita tendem a serem maiores para os países com maior competitividade. Além disso, o crescimento anual médio num intervalo de dez anos 1997 a 2006 tende a ser igualmente maior para os países mais competitivos. Entretanto, o Q3 foge à relação, o que explicaremos mais adiante. 1 Os quartis são valores da variável que dividem a distribuição de freqüências em quatro partes iguais. 2 Embora individualmente seja possível que um país apresente crescimento inferior ou superior ao indicado pelos seus atributos de competitividade, é de se esperar que os grupos de países com maior competitividade apresentem não somente PIB per capita mais alto como também um crescimento médio anual maior que os grupos de países menos competitivos. Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 5 / 28

6 Gráfico 1 COMPETITIVIDADE E PIB PER CAPITA IC-FIESP PIB Per Capita US$ PPC % real a.a. (97-06) Brasil 16,7 10,0 1,1 Média 49,9 24,1 2,6 - Elevada 73,5 36,6 2,4 Q2 - Satisfatória 61,1 33,0 2,4 Q3 - Média 41,8 17,7 3,5 Q4 - Baixa 20,6 7,7 2,0 * Paridade de Poder de Compra - PPC - é a taxa de câmbio calculada a partir dos valores de uma mesma cesta de bens e serviços. Fonte: FMI, IBGE, Banco Mundial e FIESP; elaboração FIESP. A mesma relação pode ser observada ao plotarmos um gráfico com os PIBs per capita e os índices de competitividade dos países IC-FIESP 2008 (gráfico 2). A curva ajustada representa a relação entre a nota no IC-FIESP 2008 e o PIB per capita, medido em PPC. Dessa forma, observamos que países mais competitivos, tais como Estados Unidos, Noruega e Irlanda, tendem a apresentar um PIB per capita maior que países menos competitivos como Brasil, Colômbia ou Indonésia. Gráfico 2 IC-FIESP x PIB per capita PIB per capita (PPC) IRE HKG CHE USA AUT CAN DEN SWE AUS NED GRC ITA FRA ESP DEU FIN JAP BEL NZL GBR ISR KOR POR CZE HUN POL TUR MEX RUS VEN ARG CHL MYS COL ZAF THA CHN IDN PHL IND IC-FIESP (Notas de 0 a 100) Fonte: FMI, Banco Mundial e FIESP; elaboração FIESP SGP PIB Per Capita em PPC O gráfico nos revela também que os ganhos de renda decorrentes do aumento de competitividade são inicialmente crescentes passando a decrescentes a medida em que os países se tornam mais competitivos. Assim sendo, quando os países com baixa competitividade avançam em 10 pontos no IC, tem um crescimento correspondente de apenas 5 pontos percentuais no PIB per capita. Se esses 10 pontos do IC fossem obtidos por um país de competitividade mé- NOR Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 6 / 28

7 dia, sua renda cresceria 14 pontos percentuais. Para os países competitivos, novamente tendo um crescimento de 10 pontos no IC, o seu PIB per capita aumentaria 5 pontos percentuais. Isso significa que, para um país com baixa competitividade crescer em renda per capita, é necessário um maior esforço em termos de competitividade. Além disso, ao analisarmos a evolução dos países renda semelhante ao Brasil cujas rendas per capita reais mais cresceram entre 1997 e 2006 (gráfico 3), percebemos que seus deslocamentos acompanham a curva ajustada da qual falamos anteriormente. Observamos também que o Brasil conseguiu aumentar sua nota, é verdade, mas muito timidamente e que o aumento da nossa riqueza corresponde ao esforço que fizemos. Em termos práticos, isso significa que os países semelhantes ao Brasil que fizeram mudanças necessárias estão nos deixando pra trás. Gráfico 3 Evolução da Competitividade PIB per capita (PPC) PIB Per Capita em PPC TUR RUS CZE MYS KOR CHN IC-FIESP (Notas de 0 a 100) Fonte: FMI, Banco Mundial e FIESP; elaboração FIESP Analogamente observamos uma forte relação entre o IC-FIESP e o desenvolvimento dos países medidos pelo IDH 3 (gráfico 4). Devemos chamar atenção para o desalinhamento dos países em relação à curva competitividade-idh. Os países os quais se encontram abaixo da curva ajustada, como por exemplo a Índia, apresentam um nível de desenvolvimento humano menor do que aquele correspondente ao seu nível de competitividade. Aparentemente esses países ainda não transformaram os ganhos de competitividade em desenvolvimento humano. De maneira semelhante, os países que se encontram acima da curva ajustada, como o Brasil e a Itália, apresentam um nível de desenvolvimento humano acima daquele que corresponde ao seu nível de competitividade. Aparentemente isso se deve ao uso de ativos acumulados no passado. 3 O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é composto por 3 indicadores: 1. Expectativa de Vida; 2. Taxa de Alfabetização (pessoas com 15 anos ou +); 3. PIB per capita. Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 7 / 28

8 No longo prazo, no entanto, os países tendem a se alinharem à curva ajustada. Gráfico 4 IC-FIESP 2006 x IDH 2005 Índice de Desenvolvimento Humano (2005) 1,000 0,950 0,900 0,850 0,800 0,750 0,700 0,650 III. Evolução do Brasil IDN COL TUR PHL IND MEX VEN POR ARG THA ZAF ESP NZL GRE ITA POL CHL RUS CHN HUN MYS 0, IC-FIESP (Notas de 0 a 100) CZE AUS FRA AUT Fonte: PNUD e FIESP; elaboração FIESP Foi utilizado o IDH 2005 como base de comparação pois não havia sido publicado o de 2006 até o lançamento do Índice O Brasil, nos últimos anos, apresentou melhora em seu índice (gráfico 5), o qual aumentou de 14,9 em 1999 para 20,2 em Isso fez com que o país subisse da 40ª para a 38ª posição. Desde 1999, o Brasil só não melhorou em 2004, quando seu índice permaneceu quase inalterado, e em 2005, quando o IC-FIESP do Brasil caiu de 18,9 para 17,6. Gráfico 5 SGP NED KOR NOR JAP HKG IC FIESP - Evolução histórica do índice e da nota do Brasil USA Nota 24,0 20,0 19,7 16,0 12,0 17,8 Reservas Internacionais Juros Básicos Investimentos Balança de Conta Corrente Carga Tributária 14,9 16,1 17,6 Apesar da redução, ainda é o maior do mundo 18,0 19,0 18,9 17,6 20,2 Ranking 28 22, , ,0 4, , Fonte: FIESP; Elaboração: FIESP Com base em aproximadamente dois terços dos indicadores para todos os países, projetou-se o índice de 2007, em que o Brasil atingiria a nota 22,0, mantendo a tendência de crescimento. Essa evolução entre 2006 e 2007 se deve principalmente ao aumento das reservas, conseqüente de superávit no balanço de pagamentos, da redução dos juros para depósito (juros básicos) e do aumento dos investimentos em capital fixo. Entretanto, a queda do superávit da ba- Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 8 / 28 42

9 lança de conta corrente e o contínuo aumento da carga tributária, fizeram com que o país não aumentasse ainda mais sua nota. A despeito dessa melhora recente, o Brasil não consegue sair da 38ª posição, dado que a distância que o país se encontra do México é grande: em 2006 o México obteve a nota de 27,2, sete ponto a mais do que o Brasil, o que se torna ainda mais difícil dado que, diante das expectativas de mercado 4 para a economia brasileira em 2008, haverá uma queda de competitividade no ano. IV. O Papel da Indústria Ao compararmos a evolução da competitividade dos países notamos que uma parte dos países com renda similar à brasileira 5 apresentou rápido aumento da sua competitividade entre 1997 e 2006 (gráfico 6). Rússia e China, por exemplo, cresceram 17,2, 11,7 pontos, respectivamente, e a República Tcheca e a Polônia, que cresceram 14,1 e 10,3 pontos. Outros países, em especial os países da América Latina, pouco avançaram em competitividade. A Argentina, o Chile e a Colômbia caíram, respectivamente, 1,4, 2,3 e 1,9 pontos. No mesmo intervalo, Brasil e Venezuela cresceram apenas 0,5 pontos cada. Gráfico 6 IC-FIESP 2006 x Crescimento entre 1997 e ,0 Crescimento do IC-FIESP entre 1997 e ,0 10,0 5,0 0,0-5,0-10,0-15,0 Emergentes TUR PHL IDN IND COL Estáticos MEX ZAF THA VEN ARG POR POL RUS CHL GRC ESP CHN MYS HUN ITA CZE AUT AUS DEU ISR IRE GBR NZL BEL FRA NED DEN CAN FIN KOR SGP HKG CHE SWE NOR JAP Dinâmicos USA Desenvolvidos -20, IC-FIESP 2006 (Notas de 0 a 100) Fonte: FIESP; Elaboração: FIESP Os países de renda per capita semelhante à do Brasil que mais avançaram em competitividade apresentaram elevado crescimento do PIB industrial (gráfico 7), o que evidencia a importância do setor como alavanca do crescimento. 4 Supomos, para efeito de cálculo, que todos os demais países mantivessem em 2008 a situação de 2007 e utilizamos estimativas do Boletim Fócus do Banco Central e as expectativas do IPEA para 27,7% das variáveis do Brasil. Isso nos levaria a uma nota de 21,4 em 2008, o que também não modificaria nossa posição no ranking. Utilizou-se para a. 5 Assume-se que os países com renda similar à brasileira são os países cuja renda per capita tem no máximo 1 desvio padrão de distância. Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 9 / 28

10 Gráfico 7 Cresc. VA Industrial x Crescimento do IC-FIESP Variação do IC-FIESP ( ) VEN POR TUR PHL MEX CZE POL MYS THA HUN RUS KOR IND CHN -5 ARG COL CHL IDN ZAF % 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 140% 160% Fonte: Banco Mundial e FIESP; elaboração FIESP Crescimento real do VA da Indústria ( ) V. Exemplos de Sucesso e Insucesso Exemplo sucesso são os países que, ao lado do Brasil, compõem os BRICs (quadro 3). Tais países aparentemente cresceram ao definirem estratégias de desenvolvimento. A Rússia reduziu, durante o período de 1997 e 2006, os custos básicos de produção, como por exemplo, o custo da energia elétrica para a indústria e de ligação telefônica internacional, aumentou o acesso da população a computadores e celulares, além de reduzir a sua taxas de juros para depósito (de 16,8% ao ano para 4,1%) e o spread bancário (de 15,3% para 6,3%). Esse quadro favorável ao crescimento contribuiu para o aumento da produtividade industrial, que cresceu de US$ em PPC para US$ já em 2006, e para a produtividade de serviços, de US$ para US$ no mesmo período. Isso evidencia a importância tanto de um ambiente macroeconômico favorável quanto da construção dos fatores estruturais da competitividade. A China, por sua vez, optou por uma estratégia onde houve significativos aumentos na taxa de investimento em capital fixo (em 1997 era de 31,6% do PIB, subindo para 40,8% em 2006) e na taxa de investimento em P&D, que saiu de 0,64% do PIB para 1,42% no mesmo período. Assim, o país passou a ser um dos principais produtores de patentes do mundo ( patentes de residentes em 2006) conseguindo converter isso em resultados comerciais, dado que a parcela de exportações de alta tecnologia na pauta de exportações saltou de 12,7% para 30,3%. A Índia, ainda que seja um país menos competitivo do que o Brasil, cresceu muito no período de 1997 a 2006 através, principalmente, da elevação da sua taxa de investimento em capital fixo (era de 23,0% do PIB em 1997 e passou para 32,5% em 2006). Nesse sentido, tanto a indústria quanto o setor de serviços ganhou muita produtividade: se em 1997 cada trabalhador do setor industrial produzia US$ em PPC, em 2006 o trabalhador industrial produzia US$ Com relação ao setor de serviços, a Índia é um país com características bem peculiares: tornou-se um país com elevado superávit na balança de serviços tecnológicos (3,1% do PIB em 2006) e a produtividade por trabalhador, que era de US$ em 1997, foi, em 2006, de US$ Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 10 / 28

11 Quadro 3 QUEM GANHOU COMPETITIVIDADE ENTRE 1997 E 2006 País Causa Rússia Reduziu significativamente custos de energia e telefonia, juros e spread, além de melhorar sua infra-estrutura tecnológica, elevando a produtividade tanto na industria como em serviços China Aumentou o investimento bruto e mais do que dobrou a participação de P&D no PIB, gerando melhorias, principalmente tecnológicas, tanto em patentes como na % das exportações de alta tecnologia Índia Forte elevação do investimento gerou aumento de produtividade na indústria e nos serviços fazendo crescer suas exportações líquidas de serviços tecnológicos Fonte: FIESP. No sentido contrário, aparecem países latino americanos cujas estratégias, quando definidas, não levaram a aumentos de competitividade (quadro 4). A Argentina apresentou, durante o período, importantes problemas macroeconômicos ainda hoje não resolvidos por completo: a inflação, por exemplo, que em 1997 era de 0,5% ao ano, saltou para mais de 25% em 2002, caindo nos anos posteriores, mas voltando a subir em 2006 para mais de 10% ao ano; além disso, o país foi um dos únicos da amostra cujo acesso ao crédito pelo setor privado caiu no período (era 21,9% do PIB em 1997 e em 2006 essa parcela caiu para 13%). Ademais, o país investe muito pouco em P&D (0,49% do PIB em 2006), o que se associa a um importante déficit no saldo de royalties e licenças (0,34% do PIB) e uma pequena participação das exportações de alta tecnologia na pauta (6,8% em 2006). O Chile teve um esforço pequeno em converter o elevado saldo positivo em commodities em investimentos em tecnologia (em 1997 apenas 0,49% do PIB de investimento em P&D, participação que, apesar do aumento para 0,67% do PIB em 2006, não acompanhou a tendência mundial). Além disso, o investimento em capital fixo, que era consideravelmente elevado em 1997 (27,1% do PIB) caiu para 19,2% em Nesse sentido, os níveis de produtividade do país caíram significativamente, enquanto a tendência mundial foi de elevação no seu nível (se em 1997 cada trabalhador produzia US$ em PPC, em 2006 esse valor era de US$ ). O México é outro país da América Latina que não investe significativamente em P&D (0,50% do PIB em 2006) e teve queda do nível de produtividade da indústria no período de 1997 a 2006 (caiu de US$ para US$ ), além disso, apresenta indicadores de infra-estrutura ruins (seu Índice BID de Infra-Estrutura 6 é -0,640, valor pior do que o do Brasil, que já é baixo, - 0,494). Diante desse quadro, o déficit comercial em manufaturas é elevado e crescente (era de 1,6% do PIB em 1997 e passou a ser de 3,7% do PIB em 2006). 6 O Índice BID de Infra-estrutura pode variar de -1 a 1, e considera rodovias, ferrovias, aeroportos com pista pavimentada e número de assinantes de telefonia fixa per capita. Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 11 / 28

12 Com base na análise dos países latino-americanos e em comparação com os demais BRICs fica evidente a necessidade de uma estratégia clara de desenvolvimento que gere competitividade e, por conseqüência, ganhos de produtividade. Quadro 4 QUEM PERDEU COMPETITIVIDADE ENTRE 1997 E 2006 País Argentina Chile México Causa Problemas macroeconômicos, como inflação e baixo acesso a crédito, além de baixos investimentos em P&D, associam-se a baixos e decrescentes indicadores de tecnologia Baixo investimento em P&D, queda do investimento em capital fixo e níveis de produtividade declinantes Infra-Estrutura de transportes e comunicação pouco desenvolvida, aliado a baixos investimentos em P&D, associamse ao lento crescimento do nível de produtividade industrial e déficit comercial crescente em manufaturas Fonte: FIESP. VI. Estratégias de Desenvolvimento Buscando compreender quais estratégias seriam mais interessantes para o Brasil ganhar competitividade, escolhemos dois grupos de países: os países de competitividade elevada e os países que mais ganharam competitividade dentre os países com renda similar 7 à do Brasil, que passaremos a chamar de países selecionados (quadro 5). Os países do mantiveram e melhoraram atributos adquiridos, estratégia decisiva para que se mantivessem competitivos (quadro 6). Assim sendo, enquanto os países analisados pelo IC-FIESP investiram 1,56% do PIB em P&D, a média de investimento dos países do foi de 2,75% do PIB, o que leva esses países a serem responsáveis por 704 mil patentes de residentes em 2006, mais de 70% das patentes de residentes dos países da amostra, concentrando o potencial inovador no grupo. Não por acaso, a produtividade média dos países do grupo, principalmente na indústria, é bem superior à média dos países do IC-FIESP. Enquanto o trabalhador industrial produz, em média, US$ em PPC, o trabalhador industrial do produz US$ em PPC (38,5% de valor adicionado a mais por trabalhador). Essa elevada produtividade é garantida, também, por investimentos importantes desses países em saúde e educação (o bloco investe em educação, em média, 4,9% do PIB, e em saúde pública 5,7% do PIB) e pela eficácia desses investimentos, o que os leva a ter um IDH extremamente elevado (0,945 em média), sendo que nenhum dos países IDH inferior a 0, Consideramos aqui os países com renda entre o valor da renda brasileira menos um desvio padrão e o valor da renda brasileira mais um desvio padrão dos valores da amostra. O desvio-padrão é um número que mede o quanto os valores estão dispersos em relação à média. Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 12 / 28

13 Quadro 5 GRUPOS - Composição Países Competitivos Países Selecionados (com renda per capita similar à do Brasil) Estados Unidos Noruega 1 2 Coréia do Sul República Tcheca 8 22 Japão 3 Hungria 25 Suécia 4 Malásia 26 Suíça 5 China 27 Hong Kong 6 Rússia 28 Holanda 7 Polônia 30 Coréia do Sul 8 Tailândia 34 Israel 9 Índia 39 Cingapura 10 Filipinas 41 Finlândia 11 Turquia 42 Fonte: FIESP. O ambiente de negócios dos países do também é um ponto chave na determinação do alto índice de competitividade, dado que o sistema financeiro é bastante desenvolvido (intensidade do sistema financeiro é de 80,2% do PIB, contra uma média de 47,6% dos 43 países da amostra), e as empresas enfrentam baixos juros para deposito e spread bancário (3,0% ao ano e 3,2%, respectivamente, em 2006) e elevado crédito ao setor privado (135,8% do PIB). Além disso, a infra-estrutura é bastante desenvolvida (o Índice BID de Infra-Estrutura é 0,496 8 ) Quadro 6 PAÍSES COMPETITIVOS Estratégia Principais Fatores de Competitividade Investimento em P&D elevado garantem as características inovadoras do bloco Investimentos sociais constantes projetam um elevado nível de recursos humanos, permitindo alta produtividade em todos setores Saldo comercial estável e baseado em produtos e serviços de alta tecnologia e valor agregado Tecnologia Produtividade Recursos Humanos Ambiente de Negócios Comércio Internacional Elevados gastos em P&D concentrando no bloco o potencial inovador e a produção mundial de bens e serviços de alta tecnologia. Alta e crescente, tanto nos setores industriais e de serviços, quanto na agricultura. Elevados e eficazes gastos em educação e saúde, garantem os melhores IDH s dentre os países da amostra. Sistema financeiro desenvolvido, com baixos juros e spread e crédito farto. Saldo da balança comercial estável e com elevada participação de produtos de alta intensidade tecnológica. Infra-estrutura Custos de telefonia e energia baixos e infra-estrutura eficiente. Fonte: FIESP. Diante desse quadro estável e de elevado desenvolvimento dos fatores que geram competitividade, o apresenta uma balança comercial estável durante o período analisado (a média va- 8 A média do Índice BID de Infra-Estrutura é, por definição, 0,000 Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 13 / 28

14 ria de 1,2% em 1997 para 1,8% em 2006), além de apresentar uma elevada participação das exportações de alta tecnologia na pauta (aproximadamente 25% do total exportado). Os países selecionados, por sua vez, reduziram o hiato para com os mais competitivos ao criarem um ambiente favorável ao investimento produtivo (quadro 7). A redução dos juros para depósito e spread, buscando convergir para níveis semelhantes aos do (os juros eram, em média, 18,5% ao ano em 1997 e passaram a ser 5,6% em 2006; e o spread caiu de 5,3% para 3,4% ao ano no período), foram essenciais para melhor o ambiente de negócios e garantir uma elevada taxa de investimento (24,8% do PIB contra 22,3% da média dos países) Esses países elevaram os gastos sociais, em especial em educação, de 3,7% do PIB em 1997 para 4,2% em 2006, gerando um aumento, principalmente, da taxa de matrícula combinada de 71% para 79%. Mas principalmente, os países do grupo melhoraram a capacidade de converter esses gastos em desenvolvimento, elevando o IDH de uma média de 0,760 para 0,808 no período. Além disso, a taxa de investimento em P&D cresceu de 0,83% do PIB para 1,03%, o que, apesar de menor do que a média, demonstrou novamente a capacidade desses países em convertê-los em resultados, dado que os países do bloco aumentaram o número total de patentes de residentes de aproximadamente 100 mil em 1997 para 286 mil em 2006 e que esses países tem uma pauta de exportações cujas exportações de alta tecnologia são superiores as do (26,7% dos selecionados contra 24,9% dos mais competitivos). Nesse sentido, diante de estratégias estabelecidas visando o desenvolvimento, os países do bloco ganharam bastante produtividade, em especial no setor industrial (a média dos países era de US$ em PPC em 1997 e passou a ser de US$ em 2006). Quadro 7 PAÍSES ECIONADOS Estratégia Principais Fatores de Competitividade Ambiente favorável para investimentos e ganhos de produtividade Setor industrial de alta tecnologia e com alto valor agregado com crescimento elevado e constante Melhora nos gastos sociais elevam os níveis dos recursos humanos Ambiente de Negócios Recursos Humanos Tecnologia Comércio Internacional Produtividade Juros e spread convergentes aos dos países competitivos e investimento fixo elevado. Elevação e melhora na eficácia dos gastos com educação e saúde melhoram o IDH e os indicadores sociais. Esforços em P&D crescentes, ainda que menores do que o, impulsionam a criação de novas tecnologias e as exportações de produtos e serviços de maior conteúdo tecnológico. Crescimento do saldo das exportações de alto valor agregado e de alta tecnologia. Crescimento da produtividade da indústria e do setor de serviços acima da taxa média mundial, reduzindo diferença em relação aos mais competitivos. Fonte: FIESP. O Brasil, beneficiado por uma conjuntura internacional favorável, apresentou ganho de competitividade um pouco acima da média mas sem um projeto claro de desenvolvimento (quadro 8). Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 14 / 28

15 O comércio internacional foi essencialmente importante para que o país ganhasse competitividade. As exportações líquidas de bens e serviços foram superavitárias baseando-se principalmente no saldo de exportações de commodities. A produtividade da indústria no Brasil evoluiu significativamente entre 1997 e 2006, saindo de US$ em PPC atingindo US$ Esse crescimento de 34%, entretanto, foi significativamente menor do que o crescimento dos países Selecionados, que foi de aproximadamente 50% no período de 1997 a É positivo, também, o esforço do país no aumento dos gastos sociais (o gasto público em saúde foi elevado de 3,1% para 3,5% do PIB; e o gasto em educação de 3,8% para 3,9%), o que contribuiu com um importante aumento no IDH (de 0,739 em 2007 para 0,800 em 2005), ainda que esteja entre os piores dos países da amostra. O esforço em P&D, embora tenha aumentado, não pode ser considerado um ganho de competitividade, dado que a média dos países aumentou mais do que o Brasil (enquanto o investimento em P&D era de 0,94% do PIB em 1997 e passou para 1,02% em 2006, a média dos países elevou essa taxa de 1,30% para 1,56%); o déficit em serviços tecnológicos, por sua vez, aumentou (de 0,12% do PIB para 0,47%), assim como o déficit em royalties e licenças (de 0,09% do PIB para 0,14%). Além disso, outro ponto que caracteriza a economia brasileira, é o ambiente de negócios. Conforme veremos adiante, taxas de juros e spreads elevados restringem o desenvolvimento do mercado de crédito para investidores e do investimento, apesar da melhora significativa no mercado de capitais (a taxa de capitalização do mercado de capitais saltou de 29,3% do PIB em 1997 para 66,6% em 2006). Quadro 8 SIL Estratégia Saldo comercial crescente baseado em commodities Mais longo programa de ajuste do mundo, com redução da inflação por meio de aumento de juros. Principais Fatores de Competitividade Comércio Exportações de alimentos e matérias primas Internacional agrícolas fizeram deste fator um elemento chave na evolução da competitividade. Produtividade A produtividade da indústria cresceu, embora este crescimento tenha sido quase a metade dos países selecionados. Recursos Humanos Tecnologia Ambiente de negócios Aumento dos gastos públicos em saúde e educação levaram a melhora do IDH, apesar de ser um dos piores dentre os países analisados. Houve um aumento do esforço em P&D que não acompanhou a tendência dos países, assim, o país tem se tornado cada vez mais um importador de tecnologia. Apesar da melhora significativa no mercado de capitais, taxas de juros e spread elevados restringem o desenvolvimento do mercado de crédito para investimentos. Fonte: FIESP. Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 15 / 28

16 VII. Evolução do Ambiente Econômico O consumo do governo brasileiro 9 manteve-se proporcionalmente maior que o dos países competitivos e, principalmente, do que o dos países com renda semelhante e que obtiveram maiores ganhos de competitividade (gráfico 8). Entre 1997 e 2006 manteve-se em torno do mesmo patamar em que está hoje, 19,8% do PIB. No mesmo intervalo, o consumo do governo nos países competitivos partiu de 15,3% do PIB em 1997, atingiu um auge 18,1% em 2003 mas fechou 2006 em 17,7% do PIB. Entre os países selecionados, o consumo do governo girou em torno de 12,6% do PIB. Pode-se dizer que o consumo do governo explica parte da carga tributária. É interessante notar, entretanto, que os países competitivos, a despeito do aumento do consumo do governo, conseguiram reduzir a carga tributária de 34,6% em 1997 para 29,7% do PIB em Os países selecionados, por sua vez, apresentaram tendência de crescimento da carga, de 19,9% para 24,7% do PIB no mesmo intervalo, com variação de 24%. Note-se, entretanto, que esse crescimento ocorreu nos primeiros anos da série histórica e que, desde então, a carga cresce muito lentamente. Já a carga brasileira cresce rápida e continuamente, passando de 26,4 em 1997 para 34,1% do PIB em Isso significou uma variação de 29%, ou seja, o crescimento e valor dos tributos brasileiros são significativamente maiores do que o dos países analisados. Pode-se dizer também que o consumo de governo explica também parte da diferença histórica da taxa de juros para depósito. Isso porque os juros pagos pelo governo, com menor risco, parametriza os juros para depósito. Nesse sentido, a despeito da redução observada para os juros para depósito brasileiros, observa-se que a distância em relação aos países selecionados se mantém. Os juros para depósito nos países competitivos caíram de 3,5% para 3,3% a.a. entre 1997 e Nos países selecionados caíram de 10,7% para 4,3% a.a., o que representa uma significativa convergência em relação aos países competitivos. Já no Brasil, a despeito da significativa melhora entre 1997 e 2000, o Brasil reduziu os juros de 25,2% em 1997 para 15,3% a.a. em O consumo do governo inclui todas as despesas correntes do governo central com a compra de bens e serviços. Inclui salários e benefícios do funcionalismo e a maioria das despesas com defesa e segurança nacional. Exclui gastos militares que fazem parte da formação de capital do governo.difere de gastos totais de governo que também incluem previdência,juros etc. Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 16 / 28

17 Gráfico 8 AMBIENTE DE NEGÓCIOS Consumo do Governo (% do PIB) ,8 17,7 Carga Tributária (% do PIB) Spread Bancário (% ao ano) ,1 29,7 24,7 Juros p/ depósito (% ao ano) 12, , ,3-3,3 Credito ao Setor Privado (% do PIB) 28,5 3,3 2, ,4 45,0 36,5 FBCF ( % do PIB) 25 22, , ,5 10 Fonte: Banco Mundial, FMI e IMD; elaboração FIESP. O spread bancário brasileiro,apesar de extremamente superior ao dos demais países, também sofreu uma importante redução entre 1997 e Caiu de 53,5% em 1997 para 27,0% em 2001 e manteve-se relativamente constante desde então, fechando a série em 28,5%. Esse valor representa uma enorme distância em relação àquele cobrado tanto nos países competitivos quanto nos países de rápido crescimento e renda semelhante ao Brasil. Nos países competitivos o spread caiu de 3,0% para 2,6% entre 1997 e 2006 e, nos países selecionados, caiu de 4,8% para 3,3%. Juros para depósito e spread bancário, combinados, ajudam a explicar o tímido desenvolvimento do mercado de crédito no Brasil. A despeito do aumento recente, encontrava-se em 36,5% do PIB em 2006, o que é menos do que os 45% dos países selecionados e muito menos do que os 128,4% dos países competitivos. A enorme diferença entre carga e crédito e juros explicam a discrepância entre as taxas de investimento do Brasil e aquelas dos países selecionados e dos países competitivos. Os países selecionados, mantiveram uma taxa de investimento em torno dos 22,3% do PIB de Os competitivos experimentaram uma queda a partir 2001 mas recuperaram-se no final, apresentando taxa de 19,7% em O Brasil oscila em torno de 16,4% e fechou 2006 com uma formação bruta de capital fixo de 16,5% do PIB. VII.1. O Custo da Carga Tributária A carga brasileira é superior a dos países competitivos. Entre os países de rápido crescimento (gráfico 9), esse valor se compara apenas aos dos países do leste europeu Hungria (HUN), Polônia (POL), República Tcheca (CZE) e Rússia (RUS) que, no entanto,tiveram melhor per- Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 17 / 28

18 formance competitiva. Todos os demais países com rápido crescimento apresentam carga menor. Gráfico 9 Carga Tributária 60 IC-FIESP 2006 Carga Tributária (% do PIB) THA TUR HUN KOR POL CZE RUS IND MYS CHN 10 PHL Variação do IC-FIESP ( ) Fonte: IMD, IBGE e FIESP; elaboração FIESP Entretanto, é importante notar, primeiro, que o nível de renda per capita dos países do leste europeu é maior que o do Brasil e, depois, que seu alinhamento à curva de ajuste entre carga e renda é melhor (gráfico 10). Além disso, devemos observar que desalinhamentos para cima como o verificado para o Brasil foram constatado para países como Suécia (SWE), Dinamarca (DNK) e Noruega (NOR), cujos índices de desenvolvimento humano,estão entre os maiores do mundo. Desalinhamentos para baixo fortes foram observados para cidades estados tais como Hong Kong (HKG) e Cingapura (SGP). Para o nível de renda per capita do Brasil, a carga adequada deveria estar em torno de 22,1% do PIB e não em 34,1% do PIB como em Além disso, se a carga brasileira fosse igual a dos selecionados, a indústria pagaria R$ 125 bilhões, ao invés de R$ 174 bilhões (gráfico 11). Finalmente, é importante considerar também o custo para pagá-la, que é elevado. Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 18 / 28

19 Gráfico 10 MUNDO - Carga Tributária vs. Renda Per Capita Carga Tributária (% do PIB) IND 34,1 ZAF TUR 22,1 CHN THA PHL COL VEN IDN RUS POL ARG MEX CHL MYS HUN PRT CZE KOR ISR NZL ITA FRA ESP DEU GRC Carga ideal para o Brasil SWE FIN JPN GBR BEL AUT CAN AUS DNK NLD CHE HKG IRL USA SGP NOR IND - Fonte: FMI e IMD; elaboração FIESP PIB Per Capita (US$ PPC) Apenas para dar idéia da ordem de grandeza do problema, elaboramos um cálculo simplificado da diferença entre o que a indústria paga em impostos e o quanto pagaríamos se nossa carga fosse a mesma que aquela paga em países de renda semelhante. Para tanto, aplicou-se ao Valor da Transformação da Indústria VTI a carga brasileira e a carga daqueles países 10 (gráfico 11). Verificou-se que são gastos aproximadamente R$ 174 bilhões, enquanto, se a indústria brasileira funcionasse na China, por exemplo, seriam gastos apenas R$ 91 bilhões. Considerando a carga adequada para o Brasil (22,1%), os tributos consomem R$ 61,3 bilhões a mais da indústria, isso desconsiderando R$ 37,7 bilhões que a indústria gasta apenas para pagar a carga tributária 11, que elevam os custos com tributos para a indústria para R$ 212 bilhões por ano. 10 Este cálculo subestima o valor efetivamente pago pela indústria de transformação. A estimativa acima considera a proporção da carga tributária em relação ao PIB como a mesma proporção da carga que incide sobre o Valor de Transformação Industrial embora cálculo elaborado pela FIESP em 2003 mostre que a carga paga pela indústria é maior que a média.além disso,aplicamos diretamente o valor da carga no VTI,sem considerar sua distribuição em outras fontes de tributação como por exemplo,lucro e faturamento. 11 Valores estimados com base no quanto as empresas afirmam gastar, no Brasil, para pagar a carga como parcela do seu faturamento. Aplicou-se essa parcela ao faturamento total da indústria, segundo a PIA 2006, a fim de obter esse resultado. Para os outros países calculou-se buscando uma proporcionalidade baseada nos dados do IFC sobre o tempo gasto pelas empresas para se pagar os tributos. Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 19 / 28

20 Gráfico 11 Custo da Carga Tributária para a indústria (R$ bilhões: supondo a carga dos demais países aplicado ao VTI da indústria brasileira) INEFICIÊNCIA DO SISTEMA: Segundo dados do FCI, uma empresa no Brasil gasta horas para pagar a carga, o que significam 37,7 bilhões de reais consumidos 212,0 Custo para 37,7 pagar a carga 170,9 6,5 141,4 Carga ideal para o Brasil: 22,1% 134,7 8,9 (R$ 113,0 bi aprox. a do Chile) 4,2 123,9 4,6 103,9 Carga tributária 12,6 174,3 para a indústria 77,7 164,4 3,9 132,5 130,5 119,3 91,3 73,8 Brasil Rússia Argentina Coréia do Sul Chile China Índia Fonte: IFC, IMD, IBGE e FIESP; elaboração FIESP VII.2. O Custo dos Juros e do Spread Bancário Juros e spread são um capítulo a parte pois não há nenhum país, mesmo entre os países com renda semelhante à do Brasil, que apresente valores tão acintosamente discrepantes (gráfico 12). A média dos juros dos outros quarenta e dois países do IC-FIESP é 9,2% ao ano. Portanto o valor dos juros no Brasil foi, em 2006, quase cinco vezes o valor da média. Os juros condizentes com o nível de renda per capita brasileiro, obtida a partir do ajuste da curva entre juros e renda per capita, seria algo em torno de 12,4% a.a. Gráfico 12 MUNDO - Juros para Empréstimo* vs. Renda Per Capita Juros para Empréstimo* (% a.a.) IND IDN PHL CHN COL 12,4 ZAF ARG MEX THA MYS VEN TUR RUS CHL HUN POL CZE * Inclui juros para depósito e spread bancário. Turquia = Fonte: FMI e IMD; elaboração FIESP. Juros ideal para o Brasil PRT NZL GRC FRA FIN ESP ISR GBR KOR ITA JPN AUT A média dos juros dos outros 42 países é 9,2% ao ano NLD DNK IRL HKG CHE USA SGP NOR PIB Per Capita (US$ PPC) Para estimar a ordem de grandeza da despesa financeira em Reais paga pela indústria brasileira, multiplicamos o valor de sua participação na receita líquida de vendas publicado no Painel FIESP-Serasa pela receita líquida de vendas publicada na PIA. Rateamos então esse valor en- Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 20 / 28

21 tre juros e spread utilizando os valores médios publicados pelo Fundo Monetário Internacional FMI. Calculamos as despesas financeiras nos países escolhidos considerando-as proporcionais aos juros e, finalmente, distribuímos essas despesas entre juros e spread da mesma maneira que o fizemos para o Brasil. Logo, se os juros brasileiros fossem iguais ao dos selecionados, ao invés de R$ 64,6 bilhões se pagaria R$ 11,4 bilhões, recursos que poderiam ser reinvestidos pelo setor produtivo.da mesma forma, se a taxa de juros fosse compatível com a nossa renda per capita,o valor das despesas financeiras para a indústria brasileira seria de R$ 18,6 bilhões. Especificamente, observa-se que o Spread brasileiro custa R$ 33,4 bilhões para a indústria, sendo que, se fosse igual ao dos demais países custaria bem menos: R$ 7,6 bilhões. A diferença representa nada menos do que 109% do gasto em P&D e 7% do valor do investimento (FBCF 12 ). Gráfico 13 Despesas financeiras da indústria de transformação (R$ bilhões: supondo os juros e o spread dos demais países aplicados às despesas financeiras da indústria brasileira) 64,6 Custo do Spread bancário 33,4 O Spread brasileiro custa R$ 33,4 bi para a indústria, sendo que, se fosse igual ao dos demais países custaria bem menos: R$ 7,6 bi, diferença que representa 109% do gasto em P&D e 7% do valor do investimento (FBCF) Valor das despesas financeiras ideal para o Brasil: R$ 18,6 bi Custo dos Juros básicos 31,2 16,7 10,4 6,1 6,4 15,6 9,5 12,9 12,0 9,2 9,0 9,6 7,6 3,8 6,7 3,3 4,3 5,4 2,2 Brasil India Rússia Argentina Chile China Coréia do Sul Fonte: IFC, IMD, IBGE e FIESP; elaboração FIESP VIII. Ambiente Educacional e Tecnológico Aparentemente o Brasil melhorou a eficiência dos gastos em educação. A despeito de uma relativa estabilidade desses gastos, nos últimos anos vem conseguindo reduzir a distância para os países competitivos e para os países de rápido crescimento tanto em termos de alfabetização quanto de escolaridade média. De fato, a melhoria observada nos indicadores de ensino básico contribui com a competitividade do país. No entanto,é preciso ir além buscando formar mão de obra qualificada,capaz de acelerar o desenvolvimento tecnológico. Neste aspecto, devemos enfatizar algumas importantes diferenças. Por exemplo, em 2005, 8% do total de formandos no Brasil eram engenheiros, ou seja, 30 mil engenheiros ou 1,6 para cada 10 mil habitantes. Na China, 40% do total de formandos eram engenheiros, ou seja, 600 mil 4,6 a cada mil habitantes. 12 Formação Bruta de Capital Fixo. Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 21 / 28

22 Gráfico 14 AMBIENTE EDUCACIONAL Gasto em Educação (% do PIB) 5,0 4,9 4,5 4,3 4,0 3,9 3,5 Escolaridade (número médio de anos de escola) 9,9 10 7,9 8 5,9 6 4 Alfabetização (% da população acima de 15 anos) FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS (2005) SIL 30 mil formados 8% dos formandos 1,6 a cada 10 mil hab. CHINA 600 mil formados 40% dos formandos 4,6 a cada 10 mil hab. Fonte: Banco Mundial e PNUD; elaboração FIESP. Há uma enorme disparidade em termos de esforço tecnológico entre os países competitivos com relação ao Brasil e aos países de rápido crescimento com renda semelhante à sua. O gasto em P&D no Brasil subiu de 0,9% do PIB em 1997 girou em torno de 1,0% do PIB em 2006 com quebra de continuidade entre os anos de 2002 a Nos países de rápido crescimento, o P&D subiu continuamente de 0,7 para 0,8% do PIB. Nos países competitivos, entretanto, ele cresceu de 2,6% do PIB em 1997 para 2,9% em A análise do número de patentes de residentes, o qual mostra a capacidade de criação de novos conhecimentos de um país, aponta para uma ineficiência dos gastos em P&D. Isso porque, a despeito de gastarmos mais que os países de rápido crescimento, o seu número de patentes de residentes cresce continuamente quando medida por milhões de habitantes: de 103 em 1997, para 566 em 2006, variação de aproximadamente 450%. No mesmo intervalo, o número de patentes por milhão de habitantes no Brasil subiu de 165 para 201, representando um crescimento de 22%. Por outro lado, nossa capacidade de absorver novas tecnologias, representada pelo número de patentes de não-residentes aumentou ligeiramente, de 809 por milhão de habitantes em 1997 para 1070 por milhão de habitantes em Os países que apresentaram rápido crescimento apresentaram uma piora desse indicador. O conhecimento não é um fim em si mesmo. A maior diferença refere-se, no entanto, ao processo de transformação do conhecimento em riqueza representado pela participação dos produtos de alta-tecnologia no PIB e pelo saldo em serviços tecnológicos. Os países de rápido crescimento apresentaram uma forte melhora em termos de participação dos produtos de alta-intensidade tecnológica no PIB, de 0,4% em 1997 passaram a 12,0% em Os países competitivos aumentaram ligeiramente a participação das exportações de alta tecnologia no PIB, de 7,5% para 7,8%. O Brasil esboçou uma forte melhora entre 1997 e 2001, subindo de 0,3% em 1997 para 1,3% em 2001, mas voltou a cair e estabilizou-se em torno dos 0,9% a partir de Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 22 / 28

23 Gráfico 15 AMBIENTE TECNOLÓGICO Patentes de Residentes (por 10 mil de hab) Exportação de Alta-Tecnologia (% do PIB) Gasto em P&D (% do PIB) 3,0 2, , , , , , ,9-2,0 1,0 1,0 0,8 - Patentes de Não-Residentes (por 10 mil de hab) 7 6, , ,4 Saldo de Serviços Tecnológicos (% do PIB) 2,5 1,5 1,5 0,5 (0,4) (0,5) (0,5) (1,5) * Atualizado pela FIESP. Fonte: Banco Mundial, FMI, IMD e WIPO; elaboração FIESP. IX. Comércio Internacional Em termos gerais, o crescimento do nosso saldo comercial foi baseado em commodities (gráfico 16), cujo saldo cresceu de 1,3% para 4,1% do PIB entre 1997 e Entretanto, devemos observar que o crescimento iniciado em 2000 terminou em Ainda assim, a balança de commodities brasileira mostrou-se melhor tanto em relação a dos países competitivos, quanto em relação a dos países selecionados. Ambos grupos de países apresentaram forte oscilação na balança de commodities. Verificaram inicialmente uma forte deterioração mas obtiveram recuperação e fecharam a série em equilíbrio. A balança de manufaturas, por sua vez, mostra um panorama diferente. O Brasil também apresenta melhora, passando de um déficit de 2,1% do PIB em 1997 para um superávit de 0,9% do PIB em Entretanto, termina a série em 2006 com um superávit de apenas 0,2% do PIB. Os países competitivos, por sua vez, aumentam seu superávit em manufatura de 1,1% em 1997 para 5,4% do PIB em Os países selecionados apresentam, ao longo da série, superávits em manufaturas A série dos países selecionados requer um certo cuidado pois apresentam duas mudanças abruptas. Entre 1997 para 1998, influenciada pelo resultado dos países do sudeste asiático que compõem o grupo, passa de um déficit significativo a um modesto superávit. Aparentemente isso resulta da crise da Ásia em Devemos notar que os dados do Banco Mundial que utilizamos são coerentes com os do COMTRADE com os quais os comparamos. Equipe Técnica da Área de Competitividade 03/10/08 23 / 28

DECOMTEC ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP José Ricardo Roriz Coelho

DECOMTEC ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP José Ricardo Roriz Coelho Departamento de Competitividade e Tecnologia ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES E OS FATORES-CHAVE PARA O BRASIL AVANÇAR EM COMPETITIVIDADE IC-FIESP 2014 José Ricardo Roriz Coelho PARTE I Novembro

Leia mais

DECOMTEC Área de Competitividade ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP José Ricardo Roriz Coelho. 01 de outubro de 2008

DECOMTEC Área de Competitividade ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP José Ricardo Roriz Coelho. 01 de outubro de 2008 DECOMTEC Área de Competitividade ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP 2008 José Ricardo Roriz Coelho 01 de outubro de 2008 ÍNDICE I. INTRODUÇÃO II. RANKING IC-FIESP III. DETERMINANTES IV.

Leia mais

ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES (IC-FIESP)

ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES (IC-FIESP) ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES (IC-FIESP) José Ricardo Roriz Coelho 22 de setembro de 2005 I. INTRODUÇÃO Conceito de Competitividade Objetivos do IC-FIESP Análises Realizadas Banco de Dados

Leia mais

Avaliação do Plano de Desenvolvimento Produtivo Departamento de Competitividade e Tecnologia DECOMTEC / FIESP

Avaliação do Plano de Desenvolvimento Produtivo Departamento de Competitividade e Tecnologia DECOMTEC / FIESP ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES E AGENDA DE COMPETITIVIDADE PARA O BRASIL IC-FIESP 2010 José Ricardo Roriz Coelho Departamento de Competitividade e Tecnologia Avaliação do Plano de Desenvolvimento

Leia mais

DECOMTEC ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP José Ricardo Roriz Coelho

DECOMTEC ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP José Ricardo Roriz Coelho Departamento de Competitividade e Tecnologia ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES E OS FATORES-CHAVE PARA O BRASIL AVANÇAR EM COMPETITIVIDADE IC-FIESP 2014 José Ricardo Roriz Coelho PARTE IV Novembro

Leia mais

DECOMTEC Departamento de Competitividade e Tecnologia. Nota Técnica: PAC Equipamentos. Equipe Técnica

DECOMTEC Departamento de Competitividade e Tecnologia. Nota Técnica: PAC Equipamentos. Equipe Técnica DECOMTEC 5.5.1.1.1.1.1.1 Departamento de Competitividade e Tecnologia Nota Técnica: PAC Equipamentos Equipe Técnica Junho de 2012 Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP PRESIDENTE Paulo

Leia mais

Innovation Digest. Janeiro Análise de Posicionamento relativo de Portugal

Innovation Digest. Janeiro Análise de Posicionamento relativo de Portugal Innovation Digest Janeiro 2014 Análise de Posicionamento relativo de Indicadores de Posicionamento relativo de Posicionamento Global Suiça Dinamarca Suécia Alemanha Noruega Irlanda Luxemburgo Coreia E.U.A

Leia mais

Innovation Digest. Janeiro Análise de Posicionamento relativo de Portugal

Innovation Digest. Janeiro Análise de Posicionamento relativo de Portugal Innovation Digest Janeiro 2013 Análise de Posicionamento relativo de Indicadores de Posicionamento relativo de Posicionamento Global Suiça Dinamarca Suécia Coreia Alemanha Reino Unido E.U.A Holanda Irlanda

Leia mais

Innovation Digest. Abril Análise de Posicionamento relativo de Portugal

Innovation Digest. Abril Análise de Posicionamento relativo de Portugal Innovation Digest Abril 2015 Análise de Posicionamento relativo de Indicadores de Posicionamento relativo de Posicionamento Global Suiça Dinamarca E.U.A Reino Unido Suécia Alemanha Luxemburgo Coreia Holanda

Leia mais

Avaliação do Plano de Desenvolvimento Produtivo Departamento de Competitividade e Tecnologia DECOMTEC / FIESP

Avaliação do Plano de Desenvolvimento Produtivo Departamento de Competitividade e Tecnologia DECOMTEC / FIESP ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES E AGENDA DE COMPETITIVIDADE PARA O BRASIL IC-FIESP 11 José Ricardo Roriz Coelho Departamento de Competitividade e Tecnologia Avaliação do Plano de Desenvolvimento

Leia mais

DECOMTEC ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP 2014. José Ricardo Roriz Coelho

DECOMTEC ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP 2014. José Ricardo Roriz Coelho Departamento de Competitividade e Tecnologia ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES E OS FATORES-CHAVE PARA O BRASIL AVANÇAR EM COMPETITIVIDADE IC-FIESP 14 José Ricardo Roriz Coelho PARTE II Novembro

Leia mais

A Carga Tributária no Brasil

A Carga Tributária no Brasil A Carga Tributária no Brasil Repercussões na Indústria de Transformação José Ricardo Roriz Coelho Vice Presidente da FIESP Diretor Titular do DECOMTEC Edição 2015 29 de Outubro de 2015 Federação das Indústrias

Leia mais

Diferença com relação a relatórios como The Global Competitiveness Report e IMD World Competitiveness:

Diferença com relação a relatórios como The Global Competitiveness Report e IMD World Competitiveness: O relatório Competitividade Brasil: comparação com países selecionados busca identificar os determinantes da competitividade da indústria e, consequentemente, da economia brasileira. Diferença com relação

Leia mais

ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP DECOMTEC Área de Competitividade. José Ricardo Roriz Coelho. 10 de outubro de 2007

ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP DECOMTEC Área de Competitividade. José Ricardo Roriz Coelho. 10 de outubro de 2007 DECOMTEC Área de Competitividade ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP 2007 José Ricardo Roriz Coelho 10 de outubro de 2007 1 ÍNDICE I. INTRODUÇÃO II. RANKING IC-FIESP III. PERFOMANCE NO

Leia mais

Cenários Conselho Temático de Economia e Finanç

Cenários Conselho Temático de Economia e Finanç Conselho Temático de Economia e Finanç Panorama Municipal 300 250 Desempenho Economia Caxias do Sul 21,8 ÍNDICE (100 = Jan 2005) VARIAÇÃO % 12 MESES 30,0 20,0 200 150 7,2 6,0 1,7 1,1 10,0 0,0-5,1-2,4-7,4

Leia mais

Avaliação do Plano de Desenvolvimento Produtivo Departamento de Competitividade e Tecnologia DECOMTEC / FIESP

Avaliação do Plano de Desenvolvimento Produtivo Departamento de Competitividade e Tecnologia DECOMTEC / FIESP ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES E AGENDA DE COMPETITIVIDADE PARA O BRASIL IC-FIESP 2011 José Ricardo Roriz Coelho Departamento de Competitividade e Tecnologia Avaliação do Plano de Desenvolvimento

Leia mais

APRESENTAÇÃO DO JURÔMETRO

APRESENTAÇÃO DO JURÔMETRO - Departamento de Competitividade e Tecnologia APRESENTAÇÃO DO JURÔMETRO 28 de novembro de 2011 Estrutura 1. Problema: elevada taxa de juros da dívida pública do Brasil 2. Efeitos danosos da SELIC alta

Leia mais

impacto econômico e social

impacto econômico e social Depósito de patentes no Brasil e seu impacto econômico e social Jorge Arbache UnB e Arbache Consultoria II Congresso Brasileiro de Propriedade Intelectual Tubarão, 29/10/2015 Globalização nova etapa De

Leia mais

DECOMTEC Área de Competitividade ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP José Ricardo Roriz Coelho. 4 de setembro de 2006

DECOMTEC Área de Competitividade ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP José Ricardo Roriz Coelho. 4 de setembro de 2006 DECOMTEC Área de Competitividade ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP 2006 José Ricardo Roriz Coelho 4 de setembro de 2006 ÍNDICE I. INTRODUÇÃO II. RANKING IC-FIESP III. PERFOMANCE NO LONGO

Leia mais

Impactos da suspensão da Lei do Bem em 2016

Impactos da suspensão da Lei do Bem em 2016 Impactos da suspensão da Lei do Bem em 2016 José Ricardo Roriz Coelho Vice-presidente da FIESP Diretor Titular do Departamento de Tecnologia e Competitividade da FIESP Novembro de 2015 Federação das Indústrias

Leia mais

CONTRIBUIÇÃO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO PARA O EQUILÍBRIO FISCAL DO PAÍS

CONTRIBUIÇÃO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO PARA O EQUILÍBRIO FISCAL DO PAÍS DECOMTEC Departamento de Competitividade e Tecnologia CONTRIBUIÇÃO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO PARA O EQUILÍBRIO FISCAL DO PAÍS José Ricardo Roriz Coelho Vice Presidente da FIESP Diretor Titular do Departamento

Leia mais

Innovation Digest. Janeiro Análise de Posicionamento relativo de Portugal

Innovation Digest. Janeiro Análise de Posicionamento relativo de Portugal Innovation Digest Janeiro 2012 Análise de Posicionamento relativo de Indicadores de Posicionamento relativo de Posicionamento Global Suiça Dinamarca Suécia Reino Unido Coreia Alemanha E.U.A Holanda Luxemburgo

Leia mais

DEPARTAMENTO DE COMPETITIVIDADE E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE COMPETITIVIDADE E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE COMPETITIVIDADE E TECNOLOGIA ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES 2010 Os desafios da competitividade Identificar e acompanhar os avanços e restrições à questão da competitividade

Leia mais

Avaliação do Plano de Desenvolvimento Produtivo Departamento de Competitividade e Tecnologia DECOMTEC / FIESP

Avaliação do Plano de Desenvolvimento Produtivo Departamento de Competitividade e Tecnologia DECOMTEC / FIESP ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES E ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO PARA O BRASIL IC-FIESP 2012 José Ricardo Roriz Coelho Departamento de Competitividade e Tecnologia Avaliação do Plano de Desenvolvimento

Leia mais

Ranking Mundial de Juros Reais Ago/13

Ranking Mundial de Juros Reais Ago/13 Ranking Mundial de Juros Reais Ago/13 O Ranking Mundial de Juros Reais é um comparativo entre as taxas praticadas em 40 países do mundo e os classifica conforme as taxas de juros nominais determinadas

Leia mais

Ranking Mundial de Juros Reais Mai/13

Ranking Mundial de Juros Reais Mai/13 Ranking Mundial de Juros Reais Mai/13 O Ranking Mundial de Juros Reais é um comparativo entre as taxas praticadas em 40 países do mundo e os classifica conforme as taxas de juros nominais determinadas

Leia mais

ÍNDICE DE PERCEPÇÃO DA CORRUPÇÃO - 2010

ÍNDICE DE PERCEPÇÃO DA CORRUPÇÃO - 2010 DECOMTEC Área de Competitividade ÍNDICE DE PERCEPÇÃO DA CORRUPÇÃO - 2010 Equipe Técnica Agosto de 2011 PRESIDENTE Paulo Skaf DECOMTEC DIRETOR TITULAR José Ricardo Roriz Coelho DIRETOR TITULAR ADJUNTO Pierangelo

Leia mais

Desafios e Tendências da. Previdência Complementar

Desafios e Tendências da. Previdência Complementar Desafios e Tendências da Previdência Complementar Brasília, 19 de setembro de 2014 1 Sumário I. Princípios e objetivos II. Variações demográficas III. Equilíbrio financeiro e atuarial IV. Conclusões e

Leia mais

Innovation Digest. Dezembro Análise de Posicionamento relativo de Portugal

Innovation Digest. Dezembro Análise de Posicionamento relativo de Portugal Innovation Digest Dezembro 2010 Análise de Posicionamento relativo de Indicadores de Posicionamento relativo de Posicionamento Global Suiça E.U.A Dinamarca Suécia Alemanha Reino Unido Luxemburgo Coreia

Leia mais

MB ASSOCIADOS. A agenda econômica internacional do Brasil. CINDES Rio de Janeiro 10 de junho de 2011

MB ASSOCIADOS. A agenda econômica internacional do Brasil. CINDES Rio de Janeiro 10 de junho de 2011 MB ASSOCIADOS A agenda econômica internacional do Brasil CINDES Rio de Janeiro 10 de junho de 2011 1 Cenário base 2011 2014 Crescimento mundial deverá ser da ordem de 4,0% a.a. Os países do G7 devem crescer

Leia mais

Ranking Mundial de Juros Reais OUT/14

Ranking Mundial de Juros Reais OUT/14 Ranking Mundial de Juros Reais OUT/14 O Ranking Mundial de Juros Reais é um comparativo entre as taxas praticadas em 40 países do mundo e os classifica conforme as taxas de juros nominais determinadas

Leia mais

Competitividade Brasil e países selecionados Determinantes macroeconômicos Renato da Fonseca

Competitividade Brasil e países selecionados Determinantes macroeconômicos Renato da Fonseca Competitividade Brasil e países selecionados Determinantes macroeconômicos Renato da Fonseca Seminários IBRE: Os Desafios da Competitividade Sessão 1: Determinantes macroeconômicos Rio de Janeiro, 28 de

Leia mais

Ranking Mundial de Juros Reais Jul/17

Ranking Mundial de Juros Reais Jul/17 Ranking Mundial de Juros Reais Jul/17 Divulgamos hoje o Ranking Mundial de Juros Reais, o qual após 12 anos renova tanto parte dos países participantes, como a metodologia de cálculo e referenciais nas

Leia mais

A importância da indústria de transformação na ótica do emprego

A importância da indústria de transformação na ótica do emprego Departamento de Competitividade e Tecnologia A importância da indústria de transformação na ótica do emprego José Ricardo Roriz Coelho Janeiro de 2015 1 Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

Leia mais

DECOMTEC ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO BRASILEIRA IC-FIESP 2013. José Ricardo Roriz Coelho

DECOMTEC ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO BRASILEIRA IC-FIESP 2013. José Ricardo Roriz Coelho Departamento de Competitividade e Tecnologia ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES E O EFEITO DO AMBIENTE COMPETITIVO NA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO BRASILEIRA IC-FIESP 2013 José Ricardo Roriz Coelho

Leia mais

Agosto / Análise Conjuntural. Assessoria de Assuntos Estratégicos da Presidência

Agosto / Análise Conjuntural. Assessoria de Assuntos Estratégicos da Presidência Agosto / 2012 Análise Conjuntural Assessoria de Assuntos Estratégicos da Presidência 1 Mecanismos de crescimento da economia brasileira após 2003 2 Variação do PIB ((% a.a) China e Índia não acompanham

Leia mais

Previdência Brasileira: cenários e perspectivas" Lindolfo Neto de Oliveira Sales Brasília, 23/03/2017

Previdência Brasileira: cenários e perspectivas Lindolfo Neto de Oliveira Sales Brasília, 23/03/2017 Previdência Brasileira: cenários e perspectivas" Lindolfo Neto de Oliveira Sales Brasília, 23/03/2017 % de Pobres 100,0% Percentual de Pobres* no Brasil, por Idade, com e sem Transferência Previdenciárias

Leia mais

PIB PAÍSES DESENVOLVIDOS (4 trimestres, %)

PIB PAÍSES DESENVOLVIDOS (4 trimestres, %) PIB PIB PAÍSES DESENVOLVIDOS (4 trimestres, %) dez/92 jun/93 dez/93 jun/94 dez/94 jun/95 dez/95 jun/96 dez/96 jun/97 dez/97 jun/98 dez/98 jun/99 dez/99 jun/00 dez/00 jun/01 dez/01 jun/02 dez/02 jun/03

Leia mais

DESEMPENHO DA INDÚSTRIA NO MUNDO

DESEMPENHO DA INDÚSTRIA NO MUNDO Indicadores CNI DESEMPENHO DA INDÚSTRIA NO MUNDO Produtos manufaturados brasileiros recuperam participação no mercado mundial Em 2016, os produtos manufaturados brasileiros recuperam competitividade no

Leia mais

Cenário Macroeconômico Brasileiro

Cenário Macroeconômico Brasileiro SWISSCAM Cenário Macroeconômico Brasileiro Antonio Delfim Netto 31 de Outubro de 2011 São Paulo, SP 1 I. Mundo: Passado e Presente 2,9% 1,6% 30% 23% 31% 24% 37% 22% 8% 2,4% 1,4% 7% 4,2 % 4% 3,3 % 3,7 %

Leia mais

Janeiro/2011 O PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Janeiro/2011 O PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Janeiro/2011 O PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos 1 A desindustrialização na Indústria de Transformação Pode ser definida como um declínio persistente na participação

Leia mais

EVOLUÇÃO RECENTE DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS E PAÍSES DE DESTINO Julho / 2004

EVOLUÇÃO RECENTE DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS E PAÍSES DE DESTINO Julho / 2004 EVOLUÇÃO RECENTE DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS E PAÍSES DE DESTINO 2002-2004 Julho / 2004 EVOLUÇÃO RECENTE DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS COMENTÁRIOS A - EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES

Leia mais

Janeiro/2011. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Janeiro/2011. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Janeiro/2011 O PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos 1 A desindustrialização na Indústria de Transformação Pode ser definida como um declínio persistente na participação

Leia mais

Reforma da Previdência

Reforma da Previdência Reforma da Previdência Henrique Meirelles Ministro da Abril, 2017. Evolução do Gasto Primário do Governo Central 2 Gasto Primário do Governo Central (% PIB) 20% 19,3% 19,7% 18% 16% 14,8% 15,9% 16,8% 17,0%

Leia mais

DESEMPENHO MACROECONÔMICO NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2002

DESEMPENHO MACROECONÔMICO NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2002 DESEMPENHO MACROECONÔMICO NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2002 Nos nove primeiros meses de 2002, a economia brasileira cresceu 0,9% em relação ao mesmo período de. No terceiro trimestre de 2002, o aumento foi

Leia mais

AMCHAM BRASIL SÃO PAULO OBJETIVOS E METAS DO GOVERNO TEMER PARA O COMÉRCIO EXTERIOR

AMCHAM BRASIL SÃO PAULO OBJETIVOS E METAS DO GOVERNO TEMER PARA O COMÉRCIO EXTERIOR AMCHAM BRASIL SÃO PAULO PALESTRA OBJETIVOS E METAS DO GOVERNO TEMER PARA O COMÉRCIO EXTERIOR JOSÉ AUGUSTO DE CASTRO São Paulo, 30 de agosto de 2016 2 EXPORTAÇÕES POR FATOR AGREGADO, EM TONELADAS Em milhões

Leia mais

Painel: O desempenho econômico brasileiro no cenário mundial

Painel: O desempenho econômico brasileiro no cenário mundial XIX Congresso Brasileiro de Economia Painel: O desempenho econômico brasileiro no cenário mundial Prof. Dr. Antonio Corrêa de Lacerda aclacerda@pucsp.br Bonito, 09 de Setembro de 2011. Page 1 Economia

Leia mais

Reforma da Previdência

Reforma da Previdência Reforma da Previdência Henrique Meirelles Ministro da Março, 2017. Evolução do Gasto Primário do Governo Central 2 Gasto Primário do Governo Central (% PIB) 20% 19,3% 19,7% 18% 16% 14,8% 15,9% 16,8% 17,0%

Leia mais

Responsabilidade Macroeconômica para o Crescimento. Henrique de Campos Meirelles

Responsabilidade Macroeconômica para o Crescimento. Henrique de Campos Meirelles Responsabilidade Macroeconômica para o Crescimento Henrique de Campos Meirelles Federação das Indústrias do Estado do Paraná Setembro de 20 Brasil em 2003: de onde partimos Baixo nível de reservas: US$

Leia mais

Departamento de Competitividade e Tecnologia ENTRAVES AO DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA

Departamento de Competitividade e Tecnologia ENTRAVES AO DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA Departamento de Competitividade e Tecnologia ENTRAVES AO DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA Fevereiro de 2011 O Brasil está entre os últimos colocados no Ranking IC-FIESP 2009 (36º em 43 países).

Leia mais

Ranking Mundial de Juros Reais Mar/18

Ranking Mundial de Juros Reais Mar/18 Ranking Mundial de Juros Reais Mar/18 Divulgamos hoje o Ranking Mundial de Juros Reais, o qual após 12 anos renovou tanto parte dos países participantes, como a metodologia de cálculo e referenciais nas

Leia mais

EFEITOS DA TAXA DE CÂMBIO SOBRE A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

EFEITOS DA TAXA DE CÂMBIO SOBRE A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO EFEITOS DA TAXA DE CÂMBIO SOBRE A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO São Paulo, 06/Dez/2007 1 1 Entidades da Indústria vêem alertando sobre a gravidade da situação cambial Estudos Depecon-FIESP (www.fiesp.com.br)

Leia mais

Perspectivas Econômicas

Perspectivas Econômicas Perspectivas Econômicas Janeiro, 2012 Agenda Economia Global Cenário de baixo crescimento mundial, riscos de cauda diminuíram. Riscos (Debt Ceiling, eleições na Itália, crescimento na Europa). Brasil Atividade

Leia mais

FACTOS PARA O DEBATE

FACTOS PARA O DEBATE FACTOS PARA O DEBATE A Fundação Francisco Manuel dos Santos dedica o mês de Novembro de 5 à Ciência, com um programa de actividades, em Lisboa, Coimbra e Braga, que contará com a Conferência Matemática,

Leia mais

Taxas de Juros Elevadas e Semi-Estagnação

Taxas de Juros Elevadas e Semi-Estagnação Taxas de Juros Elevadas e Semi-Estagnação Yoshiaki Nakano Escola de Economia de São Paulo Fundação Getulio Vargas Taxa de Juros Elevada e a Tragédia Brasileira (% média móvel 10 anos) 15 13 11 9 7 5 3

Leia mais

O DESEMPENHO MACROECONÔMICO NO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2003 ECONOMIA, INDÚSTRIA E INVESTIMENTO EM QUEDA

O DESEMPENHO MACROECONÔMICO NO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2003 ECONOMIA, INDÚSTRIA E INVESTIMENTO EM QUEDA O DESEMPENHO MACROECONÔMICO NO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2003 ECONOMIA, INDÚSTRIA E INVESTIMENTO EM QUEDA No segundo trimestre de 2003, o PIB brasileiro apresentou queda tanto em relação ao trimestre anterior

Leia mais

PROCESSO DE AGREGAÇÃO

PROCESSO DE AGREGAÇÃO SOBRE O RELATÓRIO Competitividade Brasil: comparação com países selecionados Avalia os determinantes da competitividade de um país. Analisa NOVE FATORES que condicionam a capacidade das empresas de concorrer

Leia mais

DECOMTEC ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP José Ricardo Roriz Coelho

DECOMTEC ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES IC-FIESP José Ricardo Roriz Coelho Departamento de Competitividade e Tecnologia ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES E OS FATORES-CHAVE PARA O BRASIL AVANÇAR EM COMPETITIVIDADE IC-FIESP 2014 José Ricardo Roriz Coelho PARTE III Novembro

Leia mais

Estatística e Probabilidades

Estatística e Probabilidades Estatística e Probabilidades Nesse resumo vamos mostrar como a análise crítica de séries estatísticas podem contribuir para uma compreensão mais precisa da realidade. Todos os dias ouvimos falar sobre

Leia mais

Contribuição para o debate sobre apresentação do Conselheiro Octavio de Barros DEPECON

Contribuição para o debate sobre apresentação do Conselheiro Octavio de Barros DEPECON Contribuição para o debate sobre apresentação do Conselheiro Octavio de Barros DEPECON 12/3/27 1 1 2 2 Sumário (1) Indústria de Transformação e crescimento econômico (2) Indústria de Transformação e ambiente

Leia mais

PLC 116/10. Eduardo Levy

PLC 116/10. Eduardo Levy PLC 116/10 Senado Federal Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania Comissão de Assuntos Econômicos Comissão de Educação, Cultura

Leia mais

2º ENAPA ENCONTRO DE ANÁLISE DE PERFORMANCE ADUANEIRA PERSPECTIVAS PARA O COMÉRCIO EXTERIOR EM 2017

2º ENAPA ENCONTRO DE ANÁLISE DE PERFORMANCE ADUANEIRA PERSPECTIVAS PARA O COMÉRCIO EXTERIOR EM 2017 2º ENAPA ENCONTRO DE ANÁLISE DE PERFORMANCE ADUANEIRA PALESTRA PERSPECTIVAS PARA O COMÉRCIO EXTERIOR EM 2017 JOSÉ AUGUSTO DE CASTRO Rio de Janeiro, 11 de abril de 2017 COMPOSIÇÃO DAS RECEITAS TOTAIS DE

Leia mais

Tendências Mundiais e Brasileiras. André Medici Economista de Saúde Banco Mundial

Tendências Mundiais e Brasileiras. André Medici Economista de Saúde Banco Mundial Tendências Mundiais e Brasileiras André Medici Economista de Saúde Banco Mundial 1 Quais fatores levam à inovação? 1. Investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) 2. Recursos Humanos Capacitados para

Leia mais

REFORMA DA PREVIDÊNCIA: POR QUE FAZER? EFEITOS DA DEMOGRAFIA EXIGEM AJUSTE DE REGRAS

REFORMA DA PREVIDÊNCIA: POR QUE FAZER? EFEITOS DA DEMOGRAFIA EXIGEM AJUSTE DE REGRAS REFORMA DA PREVIDÊNCIA: POR QUE FAZER? EFEITOS DA DEMOGRAFIA EXIGEM AJUSTE DE REGRAS 29 de março 217 198 9+ 8 8 7 7 6 6 4 4 3 3 2 2 2.. 1.. 1.... 1.. 1.. 2.. + 6 anos Fonte: IBGE (Projeção da População,

Leia mais

I Cenário Mundial. II Contexto Internacional e o Brasil. III Brasil: Situação Externa e Interna. Tendências. IV Paraná em Destaque V Brasil:

I Cenário Mundial. II Contexto Internacional e o Brasil. III Brasil: Situação Externa e Interna. Tendências. IV Paraná em Destaque V Brasil: I Cenário Mundial. II Contexto Internacional e o Brasil. III Brasil: Situação Externa e Interna. Tendências. IV Paraná em Destaque V Brasil: Projeções e Reflexões Fonte: FMI G7: EUA. Alemanha, Japão,

Leia mais

A RECONSTRUÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA

A RECONSTRUÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA A RECONSTRUÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA RECUPERAÇÃO CÍCLICA E NECESSIDADE DE REFORMAS MARÇO DE 2017 FERNANDO HONORATO BARBOSA Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos - DEPEC 1 2 CENÁRIO GLOBAL 3 ECONOMIA

Leia mais

Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo

Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo Junho 211 Boletim nº 2 Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo Dispêndio em P&D no Estado de São Paulo atingiu, em 21, o maior valor real dos últimos anos O valor chegou a quase R$ 2

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS JANEIRO/2017 Resumo de desempenho Janeiro 2017 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês/Ano mês anterior

Leia mais

Indicadores Macro para o Brasil na área de Ciência e Tecnologia

Indicadores Macro para o Brasil na área de Ciência e Tecnologia Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI Academia da Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimentos ACAD Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Inovação Indicadores Macro para

Leia mais

Influência do aumento do desemprego na Política Fiscal em 2015 e 2016

Influência do aumento do desemprego na Política Fiscal em 2015 e 2016 Influência do aumento do desemprego na Política Fiscal em 2015 e 2016 Abril de 2016 José Ricardo Roriz Coelho Vice Presidente da FIESP Diretor Titular do DECOMTEC Federação das Indústrias do Estado de

Leia mais

Brasil está quase na lanterna do ranking mundial de crescimento do PIB País ocupa a 31ª posição da lista de 34 nações, que é liderada pela China

Brasil está quase na lanterna do ranking mundial de crescimento do PIB País ocupa a 31ª posição da lista de 34 nações, que é liderada pela China Brasil está quase na lanterna do ranking mundial de crescimento do PIB País ocupa a 31ª posição da lista de 34 nações, que é liderada pela China Matéria publicada em 29 de Novembro de 2014 SÃO PAULO -

Leia mais

Compreender as DIFERENÇAS e SEMELHANÇAS O que nos afasta? O que nos aproxima?

Compreender as DIFERENÇAS e SEMELHANÇAS O que nos afasta? O que nos aproxima? Maio 2014 Apresentar a Indústria de MT Compreender as DIFERENÇAS e SEMELHANÇAS O que nos afasta? O que nos aproxima? Diagnosticar as NECESSIDADES MÚTUAS Do que precisamos? Do que podemos fornecer mutuamente?

Leia mais

Congresso Luso Brasileiro de Auditores Fiscais. Painel: A reconstrução do modelo tributário propostas. Visão da indústria sobre a reforma tributária

Congresso Luso Brasileiro de Auditores Fiscais. Painel: A reconstrução do modelo tributário propostas. Visão da indústria sobre a reforma tributária Congresso Luso Brasileiro de Auditores Fiscais Painel: A reconstrução do modelo tributário propostas Visão da indústria sobre a reforma tributária José Ricardo Roriz Coelho 2º Vice Presidente da FIESP

Leia mais

TOP 50 COMPANHIAS LISTADAS DO BRASIL. Estudo das Companhias Brasileiras Não Financeiras com Maior Capitalização

TOP 50 COMPANHIAS LISTADAS DO BRASIL. Estudo das Companhias Brasileiras Não Financeiras com Maior Capitalização TOP 50 COMPANHIAS LISTADAS DO BRASIL Estudo das Companhias Brasileiras Não Financeiras com Maior Capitalização PRINCIPAIS CONCLUSÕES 1 CONTEXTO MACROECONÔMICO 3 Expecativa de recuperação do crescimento

Leia mais

MCM Consultores Associados

MCM Consultores Associados MCM Consultores Associados Junho - 2008 Economia Mundial Menos crescimento e mais inflação Inflação e Política Monetária em países que adotam regime de metas - I Países Índice Meta Banda CPI Mês Juros

Leia mais

O DESEMPENHO DO SETOR EXTERNO - SETEMBRO DE 2002

O DESEMPENHO DO SETOR EXTERNO - SETEMBRO DE 2002 O DESEMPENHO DO SETOR EXTERNO - SETEMBRO DE 22 No mês de setembro, as transações correntes registraram novamente superávit (US$ 1,2 bilhões), diminuindo o déficit acumulado no ano para US$ 7,3 bilhões.

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS FEVEREIRO/2016 Resumo de desempenho Fevereiro 2016 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês No bimestre mês

Leia mais

PIB DO BRASIL (VARIAÇÃO ANUAL) FONTE: IBGE ELABORAÇÃO E PROJEÇÃO: BRADESCO

PIB DO BRASIL (VARIAÇÃO ANUAL) FONTE: IBGE ELABORAÇÃO E PROJEÇÃO: BRADESCO 1 PIB DO BRASIL (VARIAÇÃO ANUAL) 1984-2014 2 2 FONTE: IBGE ELABORAÇÃO E PROJEÇÃO: BRADESCO DESAFIOS DA ECONOMIA BRASILEIRA: DEMOGRAFIA, MERCADO DE TRABALHO E AMBIENTE EXTERNO 3 3 O BAIXO DESEMPREGO NO

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS JANEIRO/2016 Resumo de desempenho Janeiro 2016 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês/Ano mês anterior

Leia mais

Ambiente econômico nacional e internacional

Ambiente econômico nacional e internacional Ambiente econômico nacional e internacional Apresentação para elaboração do documento referencial 2015-19 no Ministério do Turismo Manoel Pires - MF Cenário internacional O mundo se recupera da crise,

Leia mais

A ECONOMIA NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2003 CRESCIMENTO MODESTO PUXADO PELA INDÚSTRIA

A ECONOMIA NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2003 CRESCIMENTO MODESTO PUXADO PELA INDÚSTRIA A ECONOMIA NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 23 CRESCIMENTO MODESTO PUXADO PELA INDÚSTRIA O PIB brasileiro registrou crescimento de,4% no terceiro trimestre de 23, na comparação com o trimestre anterior (ajustado

Leia mais

SEMINÁRIO É POSSÍVEL REDUZIR A TAXA BÁSICA DE JUROS

SEMINÁRIO É POSSÍVEL REDUZIR A TAXA BÁSICA DE JUROS SEMINÁRIO É POSSÍVEL REDUZIR A TAXA BÁSICA DE JUROS José Ricardo Roriz Coelho Vice-Presidente da FIESP Diretor Titular do DECOMTEC 03 de outubro de 2016 1 A taxa de juros básica brasileira é muito alta

Leia mais

Perspectivas para o Brasil no Cenário Internacional da Borracha Natural - Parte I

Perspectivas para o Brasil no Cenário Internacional da Borracha Natural - Parte I Perspectivas para o Brasil no Cenário Internacional da Borracha Natural - Parte I Augusto Hauber Gameiro e Mariana Bombo Perozzi Sistema de Informações Agroindustriais da Borracha Natural Brasileira Esta

Leia mais

Perspectivas para 2012

Perspectivas para 2012 Abiplast Perspectivas para 2012 Antonio Delfim Netto 2 de Dezembro de 2011 São Paulo, SP 1 I.Mundo: Década de 80 e 2010 (% do PIB) 30% 23% 31% 24% 37% 22% 3,7% 3,3% 8% 7% 4,2% 4,0% 1,5% 1,2% Fonte: FMI,

Leia mais

CRESCIMENTO SUSTENTADO, JUROS E CÂMBIO

CRESCIMENTO SUSTENTADO, JUROS E CÂMBIO CRESCIMENTO SUSTENTADO, JUROS E CÂMBIO //3 Preocupação do IEDI com o fato de que o Brasil, que registrou o terceiro maior crescimento econômico no séc. XX (1º lugar entre 19 e 1973), nas duas últimas décadas

Leia mais

Agosto/2009 VOLATILIDADE CAMBIAL VOLATILIDADE CAMBIAL DEPECON / DEREX

Agosto/2009 VOLATILIDADE CAMBIAL VOLATILIDADE CAMBIAL DEPECON / DEREX Agosto/2009 VOLATILIDADE CAMBIAL VOLATILIDADE CAMBIAL DEPECON / DEREX 1 A importância da taxa de câmbio para a economia brasileira A taxa de câmbio é um dos principais preços da economia, pois: Determina

Leia mais

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO E JUROS EM 2002

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO E JUROS EM 2002 EVOLUÇÃO DO CRÉDITO E JUROS EM 02 Ao longo de 02, o financiamento doméstico da economia brasileira foi marcado pelo conservadorismo das instituições financeiras na concessão de crédito, o que se traduziu

Leia mais

Política fiscal não exerce pressão sobre a demanda

Política fiscal não exerce pressão sobre a demanda 3 nov 2008 Nº 56 Política fiscal não exerce pressão sobre a demanda Por Beatriz Barbosa Meirelles Economista da APE Dados mostram que a política fiscal tem sido contracionista A taxa real de investimento

Leia mais

Coordenação geral Kennya Beatriz Siqueira Alziro Vasconcelos Carneiro

Coordenação geral Kennya Beatriz Siqueira Alziro Vasconcelos Carneiro Ano 6 no 46 Fevereiro/2013 Embrapa Gado de Leite Rua Eugênio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco 36038-330 Juiz de Fora/MG Telefone: (32) 3311-7494 Fax: (32) 3311-7499 e-mail: sac@cnpgl.embrapa.br home

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS MARÇO/2016 Resumo de desempenho Março 2016 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês No ano mês anterior mês

Leia mais

TRIBUTAÇÃO SOBRE DIVIDENDOS

TRIBUTAÇÃO SOBRE DIVIDENDOS TRIBUTAÇÃO SOBRE DIVIDENDOS Comparativo do Brasil no Contexto Mundial (Tributação da Renda) Tributação sobre o Lucro das Empresas Tributação sobre Dividendos Tributação sobre Ganho de Capital TRIBUTAÇÃO

Leia mais

4 Análise dos Dados Segmentação

4 Análise dos Dados Segmentação 40 4 Análise dos Dados O objetivo dessa pesquisa é identificar as variáveis que influenciam o custo de capital disponível para uma empresa e a determinação do seu valor de mercado. A base de dados utilizada

Leia mais

CENÁRIO MACROECONÔMICO

CENÁRIO MACROECONÔMICO CENÁRIO MACROECONÔMICO SEGUE PAUTADO PELAS MUDANÇAS NO CENÁRIO GLOBAL, AFETANDO DIRETAMENTE O CÂMBIO, E PELO CRESCIMENTO MAIS MODERADO DA ECONOMIA DOMÉSTICA Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Leia mais

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS INDICADORES CONJUNTURAIS DEZEMBRO/2015 Resumo de desempenho Dezembro 2015 Variáveis R$ milhões constantes Variação percentual sobre Mês No ano mês mês

Leia mais

MERCADO INTERNACIONAL

MERCADO INTERNACIONAL MERCADO INTERNACIONAL JUROS TAXA DE JUROS DO TÍTULO DE 10 ANOS DO TESOURO AMERICANO 2006-2013. Fonte: Bloomberg ESTADOS UNIDOS: TAXAS DE JUROS DE 10 ANOS (% a.a.) 15/08/14 05/09/14 26/09/14 17/10/14 07/11/14

Leia mais

Carga Extra na Indústria Brasileira Parte 3 Custos de serviços providos a funcionários devido a deficiências dos serviços públicos

Carga Extra na Indústria Brasileira Parte 3 Custos de serviços providos a funcionários devido a deficiências dos serviços públicos 77 DECOMTEC Departamento de Competitividade e Tecnologia Carga Extra na Indústria Brasileira Parte 3 Custos de serviços providos a funcionários devido a deficiências dos serviços públicos Equipe Técnica

Leia mais

ECO Economia Brasileira

ECO Economia Brasileira Federal University of Roraima, Brazil From the SelectedWorks of Elói Martins Senhoras Winter January, 2012 ECO 112 - Economia Brasileira Eloi Martins Senhoras Available at: http://works.bepress.com/eloi/124/

Leia mais

Relatório Corrupção: custos econômicos e propostas de combate

Relatório Corrupção: custos econômicos e propostas de combate DECOMTEC Área de Competitividade Relatório Corrupção: custos econômicos e propostas de combate Equipe Técnica Março de 2010 PRESIDENTE Paulo Skaf DECOMTEC DIRETOR TITULAR José Ricardo Roriz Coelho DIRETOR

Leia mais

Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (PIB)

Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (PIB) Federal University of Roraima, Brazil From the SelectedWorks of Elói Martins Senhoras Winter January 1, 2008 Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (PIB) Eloi Martins Senhoras Available at:

Leia mais