Instrumentos Econômicos e Financeiros para GIRH. Aplicação de instrumentos econômicos
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- Leonardo Arantes Henriques
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1 Instrumentos Econômicos e Financeiros para GIRH Aplicação de instrumentos econômicos
2 Meta e objetivos da sessão Discutir critérios de avaliação de instrumentos econômicos Entender instrumentos econômicos específicos e suas aplicações
3 Resumo da apresentação Entendendo os vários critérios para eficiência: técnica, de alocação, equidade, ambiental, administrativa, política. Explorando tarifas e subsídios de água. Outros instrumentos econômicos.
4 Introdução Instrumentos econômicos podem ser usados para promover um nível maior de eficiência na alocação de água, entre múltiplos usuários e setores. Precificação é freqüentemente usada como um mecanismo para obter eficiência na alocação de águas e para evitar desperdícios. Se a provisão de águas é precificada abaixo de seu custo econômico, não há incentivo à conservação de água. As formas como instrumentos econômicos serão vistos ao longo deste capítulo.
5 Critérios de eficiência Existem duas noções básicas de eficiência usadas na teoria econômica: eficiência técnica e de alocação. Reunidas são conhecidas como eficiência econômica. Eficiência técnica está tradicionalmente relacionada à produção e se refere à obtenção por empresas de máxima produção por unidade de insumo, ou uso mínimo de insumo para uma dada meta de produção. O conceito, no entanto, pode também ser aplicado a consumidores se definirmos produto como benefício proveniente do uso do insumo. Eficiência de alocação, refere-se ao uso de insumos de forma a maximizar receita líquida total para empresas ou superávit para os consumidores. Isto implica no uso de insumos de forma a seguir sinais preços relativos de insumos, igualando receita marginal a custo marginal.
6 Eficiência técnica produção c>a>b fn. de Produção c b a água
7 Eficiência de alocação em sistemas de água com dois usos P1*z1 (y1) P2*z2 (y2) $ v1 v3 v2 y1 y* y** y2 O ponto de alocação eficiente é y** onde produto marginal de ambas atividades são iguais. Em y*, muita água é concedida à atividade Z2 de baixo valor, e sociedade pode ganhar da realocação de água de Z2 para Z1 (você pode entender isto intuitivamente olhando o produto marginal de Z2 no diagrama, se você alocar mais água que y** para Z2, qualquer unidade adicional de água produz menos renda que alocar esta unidade para Z1, e vice-versa, então a eficiência máxima ocorre em y**).
8 Critérios de eqüidade Eqüidade em água: um problema de eqüidade particularmente delicado acontece quando grupos mais pobres pagam mais por unidade de água que outros grupos sociais (sítios urbanos com cobertura parcial de água potável). Conseqüências adversas para eqüidade podem surgir de realocações de água com foco em eficiência. No entanto, raramente existem regras claras e justas para compensação, e a maioria de sistemas legais e institucionais não estão preparados para lidar com realocações complexas de água e suas necessárias hipotéticas compensações.
9 Critérios ambientais Em um contexto institucional onde aos objetivos ambientais não são dadas expressões reais mesmo dentro de instituições ou entre tomadores de decisão, o setor de águas tenderá a refletir esta situação e dificilmente produzirá efeitos ambientais positivos. Por exemplo, se o efeito geral de políticas econômicas for favorecer crescimento econômico acelerado com uso intensivo de processos contaminadores, o setor de águas somente amplificará isto, uma vez que água será alocada às atividades favorecidas por estas políticas.
10 Exemplo: Uso de ferramentas econômicas para lidar com externalidades ambientais: água subterrânea ou taxas sobre poluição Custo de extração Custo com externalidades Com taxa de extração Sem taxa Custo privado demanda quantidade
11 Outros critérios importantes Viabilidade administrativa: Não tem sentido adotar instrumentos econômicos que são de difícil implementação. Por exemplo, tarifas de água baseadas em precificação de custo marginal, que cobra com base no consumo de unidade adicional, é administrativamente inviável na ausência de medição. Aceitabilidade política: Ganhos com seleção adequada de instrumentos econômicos estão comprometidos se existe reação pública adversa. Por exemplo, o uso de taxas de usuários é um assunto sensível para a maioria dos governos que almejam controlar a taxa de inflação de preços, e temem repercussões políticas de aumento de preços de serviços básicos.
12 O que são tarifas de água? Se existe um monopólio regulado para água (potável) bem controlada e medida, ambos regulador e monopólio fixarão um preço, demanda por água existe e suas mudanças pressionarão preços administrados ou regulados. O esquema de preços pode ter blocos para controlar a demanda e subsídio cruzado. Se água não é controlável a um grau mínimo (como a maioria dos sistemas existentes de irrigação, i.e. 80% do consumo de água), não existe nada como a oferta ou a demanda por água no sentido do mercado. Neste caso, tarifas de água não são realmente preços, são dispositivos para cobrir (ou recuperar) custos fixos para administrações de água. O conceito de elasticidade da demanda para esses sistemas de irrigação não faz sentido.
13 Tipos de tarifas de água: Tarifa Diagrama 2: Tipos principais de tarifas de água Fixo com blocos variáveis Fixo e variável Blocos variáveis Variável Fixo Uso de água
14 Tarifas, taxas e subsídios de água t*+ taxa t* t* - subsídio
15 Subsídios (1): Definições Subsídios de água deveriam ser usados para promover equidade social, crescimento, empregos e aumento de rendas em setores econômicos particulares. Um caso de subsidiariedade e equidade social ocorre quando o serviço de água beneficia-se primariamente de usuários individuais.
16 Subsídios (2): Justificativa Subsídios a usuários de água são ferramentas de gestão que podem ser justificados com base em: Muitos usuários são pobres e não poderiam suportar tarifas de recuperação de custos; O uso de fontes de água potável e higiene doméstica básica deve ser promovido desde que melhore a saúde pública; Subsídios podem ser usados para acelerar a captação de medidas para economia de águas, ou redução de poluição, por empresas e domiciliares.
17 Subsídios (3): Boas práticas Subsídios inteligentes são direcionados, transparentes e decrescentes: Dirigidos a grupos populacionais, ou a propósitos, que são especificamente pretendidos beneficiar, em vez de beneficiar a população de forma difusa. Transparente de forma a serem perceptíveis pelos cidadãos, usuários e contribuintes. Decrescentes onde o objetivo é diminuir subsídios com o tempo, e eventualmente eliminá-los. Haverá países e circunstancias onde custo financeiro de recuperação plena é uma meta mais distante. Vários tipos de apoio cruzado é possível, e.g. do mais rico ao mais pobre, do maior consumidor ao menor, do urbano ao rural, do industrial ao domiciliar, etc. Em termos econômicos, subsídios cruzados são a segunda melhor solução uma vez que produzem distorções no consumo. Mas são largamente vistas como soluções pragmáticas.
18 Outros instrumentos econômicos Taxas de água, quando outorgas de água são emitidas, como uma licença relacionada a um regime. Ou taxas são também usadas para pagar o acesso a sítios relacionados à estética e recreação, ou considerada como taxas de conexão. Cobrança sobre retirada de água, similar a tarifas de água mas cobradas na fonte de extração de água de múltiplos usuários. Cobrança sobre despejos são aplicadas a atividades que lançam efluentes nos corpos d água. Esses encargos são crescentemente usados para controlar e reduzir a poluição de águas.
19 Direitos transacionáveis de água Em alguns países existem mercados de águas bem desenvolvidos (Califórnia, Colorado, partes da Espanha, Austrália). Em outros, mercados são permitidos, mas não muito ativos (México, Chile) Direitos transacionáveis de água promovem alocações de água para usos com valor maior, uma questão importante para GIRH Problemas com impactos na equidade, gestão de externalidades e custos de transação.
20 Instrumentos econômicos e outras situações de água Operação e expansão de infra-estrutura de águas; Gestão de qualidade de águas e bens ambientais; Provisão de serviços de gestão de serviços de águas que são bens públicos (GIRH); Pressões para aumentar oferta e realocação de serviços de água
21 Pense nisso Que instrumentos econômicos são aplicados em seu país? Eles têm alcançado metas e objetivos de facilitar a implementação de GIRH?
22 Fim Instrumentos econômicos não são intervenções neutras. Eles têm prós e contras, e sua aplicação dependerá significativamente e afetará de forma diferente cada contexto local. Portanto, como GIRH, eles deveriam ser avaliados localmente e por meio de abordagem participativa. Capítulo 5 aprofunda-se mais em instrumentos financeiros.
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