Saneamento Básico. José Bonifácio de Sousa Amaral Filho Diretor de Regulação Econômico-Financeira e Mercados FGV/IBRE 29 DE JUNHO DE 2017
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- Yasmin Benedicta de Sousa Fernandes
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1 Saneamento Básico José Bonifácio de Sousa Amaral Filho Diretor de Regulação Econômico-Financeira e Mercados FGV/IBRE 29 DE JUNHO DE
2 ARSESP - Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo Autarquia de regime especial, criada pela Lei estadual nº 1025/2007, regulamentada pelo Decreto nº Sucedeu a Comissão de Serviços Públicos de Energia criada em 1998 para regular gás e fiscalizar en. elétrica Características do regime jurídico: Independência decisória Autonomia administrativa, orçamentária e financeira Diretores com mandato fixo (5 anos) e estabilidade 2
3 Regula, controla e fiscaliza, no Estado de São Paulo, os serviços de distribuição de gás canalizado e de saneamento básico de titularidade estadual e, por meio de convênio, os de titularidade municipal, preservadas as competências e prerrogativas municipais; Exerce as funções delegadas, de regulação, controle e fiscalização em serviços públicos de saneamento básico de titularidade municipal, e em atividades federais de energia elétrica (fiscalização Distribuição, PCHs e PCTs). 3
4 Cumpre as diretrizes da legislação nacional e estadual de saneamento Exerce funções de fiscalização, controle e regulação, inclusive tarifária, delegadas ao Estado, observada a legislação, o instrumento de delegação e os contratos de outorga entre o município e o prestador do serviço. Fixa as tarifas e realiza reajustes e revisão tarifária, de modo a assegurar o equilíbrio econômico-financeiro e a modicidade tarifária, mediante mecanismos indutores da eficiência que permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade; 4
5 Exerce a regulação do saneamento por delegação, em 284 municípios do Estado de São Paulo: 282 municípios servidos pela SABESP (prestadora dos serviços em 364 municípios de São Paulo) 1 município servido pela SANEAQUA (Mairinque) 1 município servido pela ODEBRECHT AMBIENTAL (Santa Gertrudes) 5
6 Objetivos da Regulação Prestação de serviço adequado: Lei nº 8987, de 1995: regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na prestação do serviço e modicidade das tarifas. (Atualidade: modernidade das técnicas, do equipamento, das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço). Cumprimento das metas e planos de saneamento Prevenir abuso do poder econômico Tarifas que propiciem modicidade tarifária e equilíbrio econômico-financeiro 6
7 Equilíbrio econômico-financeiro Receita da prestação de serviços suficiente para: Cobertura de custos eficientes Recuperar (amortizar) os investimentos prudentes Remunerar o capital efetivamente aplicado (ainda não recuperado) Transferir ao consumidor os ganhos de eficiência e produtividade ( Fator X ), para modicidade tarifária 7
8 Receita de Vendas (Preço x Quantidade) = Custos operacionais (+) Recuperação K (+) Remuneração K (+) Tributos (PIS/COFINS) Preço X Quantidade = Custos + Depreciação + Remuneração Preço = Custos + Depreciação + Remuneração Quantidade (volume m3) 8
9 Preço = Custos Oper. + Depreciação K + Remuneração K Quantidade (volume) Em geral os custos crescem menos do que o mercado (volume); assim o preço (tarifa) poderá se reduzir ao longo do tempo, por ganhos de eficiência e de escala Ganhos de eficiência e produtividade estimados são descontados no reajuste anual, pelo Fator X Ganhos adicionais no ciclo pertencem à concessionária Revisão tarifária periódica recalcula custos e captura os ganhos de eficiência e produtividade 9
10 Perdas Para compensar as perdas, a quantidade produzida precisa ser maior, o que eleva o custo operacional: Perdas reais (vazamentos) Perdas aparentes (medição a menor, furto, etc.) Problemas sociais afetam as perdas aparentes Para induzir a concessionária a melhorar a eficiência, em prol da modicidade tarifária, a ARSESP reconhece um percentual de perdas com trajetória decrescente ao longo dos 4 anos do ciclo tarifário. 10
11 BRASIL Perdas de água na distribuição (PLANSAB) 11
12 Mecanismos de alteração das tarifas Reajuste Anual atualização monetária das tarifas por um índice de preços (IGPM, IPCA, etc.) para fazer face à inflação, descontado o Fator X de eficiência esperada Revisão Tarifária Ordinária recálculo das tarifas, feito a cada 4 anos conforme o contrato, com a análise dos custos operacionais, recuperação e remuneração do capital (taxa de remuneração e capital aplicado) e o mercado de venda; estima o Fator X a ser descontado nos reajustes anuais; Revisão Tarifária Extraordinária recálculo das tarifas quando ocorre um fato imprevisível que afeta de modo significativo o equilíbrio econômico financeiro 12
13 Taxa de Remuneração=Custo Médio Ponderado do Capital Estrutura de capital: Participação do K Próprio X Custo do Capital Próprio Participação do K Terceiros X Custo do Capital de Terceiros Recalculado a cada ciclo tarifário de 4 anos: WACC real Taxa Livre de Risco; Risco de mercado de ações e Beta; Risco-Pais; Risco de crédito; Tributos e Inflação Base de Remuneração: ativos em serviço, Valor Novo de Reposição; atualização monetária a cada ciclo 13
14 A ARSESP regula e fiscaliza 282 dos 364 municípios atendidos pela SABESP no Estado de São Paulo Análise do equilíbrio econômico-financeiro e fixação de tarifas aplicadas a todos os municípios atendidos pela SABESP Receita dos serviços de água e saneamento, nos 364 municípios, deve ser suficiente para cobrir os custos de operação e recuperar/remunerar os investimentos. 14
15 Tarifas diferenciadas Social: Residencial Normal, Social, Favela Por região: Metropolitana, Baixada Santista, Interior Por categoria de consumo: - Residencial - Comercial/Entidades de assistência social - Comercial Normal, Industrial e Pública sem contrato; - Pública com contrato Por volume de consumo mensal (faixas em m³) : 0 10 m³ ; m³ ; m³ ; acima de 50 m³ Tarifas vigentes (Deliberação ARSESP nº 643/2016): 15
16 SABESP - Preço da água encanada em R$/m3, por faixa de consumo mensal e classe de consumo, RMSP até 10 m3 11 a 20 m3 21 a 30 m3 31 a 50 m3 acima 50 m3 Res.Favela Res.Normal Comercial Industrial 16
17 Opções de política tarifária: - Eliminar/reduzir consumo mínimo 10 m³? - Tarifa única por m³ (todas as categorias)? - Ampliar subsídios sociais? (ex. IPVS/SEADE 15% da população com maior vulnerabilidade) - Reduzir diferenças residenciais e outras categorias - Encargo para financiar P&D no Saneamento? As alternativas de políticas públicas devem considerar os impactos sociais e econômicos, e o Eq Ec Fin da concessão Agência reguladora não faz a política pública 17
18 BRASIL - Acesso à agua, por nível mensal de rendimento familiar per capita PLANSAB 18
19 Oportunidades de expansão e melhoria do serviço de saneamento Universalização do atendimento com água tratada Ampliação da coleta e afastamento de esgoto Ampliação do tratamento de esgoto Efeitos sociais e econômicos: Saúde e Meio ambiente Geração de produção, emprego e renda diretamente e nos setores fornecedores de insumos e equipamentos Atração de capitais para aplicação de longo prazo (p.ex. fundos de previdência), a taxas adequadas de mercado Agência Reguladora pode viabilizar objetivos de politicas públicas 19
20 José Bonifácio de Sousa Amaral Filho Diretor de Regulação Econômico-Financeira e Mercados Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo ARSESP Avenida Paulista, º ao 4º andar São Paulo tel. (11)
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