Resumo: Consulta Nacional sobre a Estratégia de Energia
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- Angélica Giovanna da Mota Santarém
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1 Resumo: Consulta Nacional sobre a Estratégia de Energia País: Brasil Local: Hotel Pestana Rio Atlântica, Rio de Janeiro Data da reunião: 7 de junho de 2010 Número total de participantes: 8 Resumo: 1. Onde você acha que a ajuda do Grupo do Banco Mundial no sector da energia nos países em desenvolvimento é mais necessária? Governo O Grupo Banco Mundial pode ajudar a solucionar gargalos de energia. Deve tomar cuidado para não usar a baixa emissão como uma política geral para diferentes circunstâncias. As questões são de acesso e confiabilidade. Na disseminação de tecnologia e de conhecimento, no pioneirismo tecnológico. Na confiabilidade de abastecimento, mas também em atender a populações de baixa renda, em especial em termos de geração O Banco Mundial deveria se envolver mais em energias renováveis - sobretudo porque fazem parte do Plano Energético Decenal; também poderia estar envolvido em transmissão e distribuição. Apoiar a inserção do Brasil na fabricação de PV e outras tecnologias de energia solar um foco sobre as políticas públicas é necessário para alcançar este objetivo. O co-financiamento com o BNDES é uma atividade do Banco Mundial, mas também são necessárias mais cooperação no desenvolvimento de políticas, especialmente para o acesso, e a transferência de tecnologia para renováveis (solar e outras). As áreas principais são o acesso universal e subsídios. 1
2 Iniciativa privada O Banco tem a experiência de levar novas e velhas tecnologias para aqueles que necessitam. O papel do Banco Mundial deveria ser muito forte nas mensagens de políticas energéticas como uma parte isenta. Em geral, o Banco Mundial poderia estar mais envolvido na formação dos tomadores de decisões. 2. A abordagem proposta atende às necessidades dos pobres e marginalizados? Se não, como poderia ser reforçada? Governo A estratégia deveria diferenciar claramente entre áreas urbanas e rurais. Também deve enfrentar o desafio do progresso em países sem capacidade industrial. Nas áreas rurais, deve haver mais foco em biogás, PVs + biomassa, bem como nas questões da água e bombeamento. Nem tudo é financiamento, o conhecimento é fundamental também. Ao diferenciar entre rural e urbano, a conexão é prioritária nas zonas rurais, e áreas urbanas precisam focar mais na eficiência energética. Em áreas remotas e isoladas, os biocombustíveis (fornos de madeira limpa e biogás) são necessários. Infraestrutura de energia não significa 100% de acesso - usos produtivos devem ser considerados em áreas com acesso anterior. Além disso, isto deveria ser feito como parte de uma intervenção mais ampla de desenvolvimento regional (se a população alvo é economicamente excluída). O Banco Mundial não deve ter fins lucrativos, deveria aumentar a utilização de doações e outros instrumentos. A estratégia tem de resolver o dilema sobre o foco no acesso e infraestrutura para o crescimento. 3. A abordagem proposta tem o justo equilíbrio entre a satisfação das necessidades e prioridades dos países de baixa renda e as dos países de renda média? Governo Uma única estratégia não é suficiente, deve ser adaptada a cada circunstância de país. Portanto, deve haver uma diferenciação de metodologias na estratégia - por exemplo, prioridades baseadas nos impactos potenciais no país. Isso deve ser feito com cuidado, pois é reconhecido que o Banco aprende muito em condições não ideais. O Banco Mundial deve estar envolvido em ambos com certeza, assim como em uma estratégia global de acesso e outros aspectos dentro de países de baixa renda. 2
3 O envolvimento em países de renda média deveria concentrar-se em ter acesso ao conhecimento 4. Quando houver conflito entre atender as necessidades locais de energia de cada país e reduzir as emissões globais de gases com efeito de estufa, que princípios deveria seguir o Grupo Banco Mundial pare resolvê-lo? Governo O Banco deve trabalhar para aumentar o preço dos certificados de carbono, impulsionar o mercado para eles e, em seguida, criar desincentivos para as emissões. O problema é quem iria pagar a diferença entre a energia tradicional e a limpa? Os pobres? Aumentar o custo do carbono faria a geração térmica mais cara e reduziria a oferta segura. O Banco Mundial deve buscar a promoção de um preço mais elevado de carbono, uma vez que as empresas só reduzirão as emissões com este preço mais elevado. Os países pobres provavelmente precisarão ter bastante geração térmica Necessidade de incluir um imposto sobre o CO e a receita deve ser distribuída à população. 2 Isso retorna a importância da regulamentação tarifária, que ajuda a permitir vendas à rede, aumentando a geração e facilitando a mitigação. Examinar os prós e contras, a utilização de energia solar como fonte principal é um fator muito limitante - em um sentido dinâmico, as pessoas vão ver a incapacidade de a capacidade instalada acompanhar as suas necessidades energéticas do futuro. Necessidade de um novo modelo de regulação para os desafios de uma região remota da Amazônia, com os habitantes móveis (necessita de regulamentação). O uso produtivo é um ingrediente necessário se você espera que as pessoas possam pagar pela energia. Iniciativa privada Todas as externalidades deveriam ser incluídas no preço da energia, de modo que fique claro quanto cada uma custa realmente para que as sociedades possam tomar decisões informadas. O Banco deve assumir este papel e ser um indutor do debate. 5. Qual deve ser o papel do Grupo do Banco Mundial na promoção de novas tecnologias e / ou contribuir para a transferência das tecnologias existentes para novos mercados, e qual o peso que o Grupo Banco Mundial deve dar para cada? Governo O Banco deve abandonar as suas tradicionais divisões geográficas e adotar uma abordagem que reúna países similares no âmbito da estratégia. O Banco também deveria considerar um papel para as novas 3
4 6. Que outras sugestões ou comentários você tem? tecnologias, como o etanol e os veículos híbridos. Governo O Brasil enfrenta um desafio sem igual de fazer uma única política energética para o país, em vez de várias. Há uma necessidade de maior parceria com o Banco na energia eólica e outras fontes renováveis, como a solar. Deveria haver mais transferência de tecnologia do Banco Mundial nestas áreas e na transmissão e no sector ambiental. O Banco Mundial também deveria trazer a experiência internacional no mercado de carbono (tarifas) e energia solar - mais especificamente a forma de interligar os sistemas locais, tais como os produtores domésticos, à rede, e também no desenvolvimento da regulamentação da base industrial para este mercado. Nos créditos de carbono, o Banco deve intervir para ajudar a garantir desempenho e, assim, tornar o mercado viável. Na questão das companhias energéticas, existe um grande mercado potencial, mas limitado pela falta de acesso ao financiamento e por falta de garantias; o Banco poderia ajudar a desenvolver este mercado, com as experiências de outros países. Há espaço para mais co-financiamento entre o Banco Mundial e o BNDES. Os bancos também poderiam cooperar mais nas políticas de desenvolvimento para as áreas em torno da infraestrutura de energia para populações marginais e de baixa renda. O desafio de trazer fontes alternativas, uma vez que são caras e impróprias para a geração de base. Sub-estratégias são necessárias para países com níveis semelhantes de desenvolvimento entre as regiões. O transporte de massa também é uma questão, não apenas pela eletricidade, mas também aos biocombustíveis nos transportes. Como o carbono terá um preço e será negociado nos mercados, uma série de questões se colocam: a) assistência técnica para a alimentação em energia solar e outras energias renováveis (conhecer a experiência alemã e de outros países com tarifas feed-in); b) Prestar garantias de desempenho para créditos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, talvez bem como na definição das linhas de base, dentro de transações do MDL; c) Reforçar as companhias elétricas, especialmente nas garantias financeiras para micro e pequenas empresas interessadas em investimentos de poupança de energia (as garantias são uma questão mais ampla para outros investimentos). 4
5 As renováveis não podem servir como energia de base - é complementar e por isso não será uma solução para o fornecimento de energia em qualquer país. Essas fontes são importantes, mas principalmente para reduzir as emissões. Solar e in-feeding: são necessárias regulamentações para conseguir isso desenvolvê-la como uma fonte de geração envolve altos custos de investimento para os consumidores, subsídios dos governos, e um aumento geral no preço da energia. No entanto, energia solar instalada para aquecimento de água pode ser uma exceção, parece ser comercial e faz o sentido econômico sem subsídios. A inclusão social deve ser um critério para a estratégia energética. O Banco deve ajudar o Brasil com idéias criativas sobre como trabalhar em sistemas isolados na Amazônia, mudando o modelo de concessões de área. O acesso é uma grande área para a parceria, mas com especial foco sobre a geração de renda para sustentar a viabilidade de acesso. O Banco deve trabalhar mais para oferecer garantias que viabilizem as empresas. Iniciativa privada Se o banco quer baixo carbono, a nova estratégia tem uma lacuna evidente na energia nuclear. A estratégia deve definir o alvo: energias renováveis ou baixo carbono? O papel do Banco deve ser a aquisição de novas tecnologias e ser parte do debate, aconselhando os governos a adotarem esta ou aquela tecnologia, dependendo das condições. O trabalho real poderia ser financiado pelo Banco Mundial ou não. 5
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