Tecendo contos O contar histórias na sala de aula
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- Roberto Almada Monteiro
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2 Tecendo contos O contar histórias na sala de aula
3 A história Oralidade e imaginário na sala de aula Fonte: a revalorização do ato de contar histórias. contar histórias, um ritual afetivo e familiar. porque contar histórias na sala de aula. contar se aprende contando, descobrir o contador de cada um, sem fórmulas ou receitas prontas.
4 A escolha da história Fonte:
5 Diz a sabedoria, Que acalma a sede do contador de histórias Que convém deixar que a história Venha ao nosso encontro E cortejá-la sem pressa Para que ambos estejam prontos
6 E possam se reconhecer A cada vez que se conta Sabendo que mesmo conosco há muito tempo Ela nunca estará pronta E vai sempre nos surpreender. Giba Pedroza
7 como escolher as histórias, pensando não apenas nos interesses pedagógicos, mas também no nosso gosto e bagagem pessoal. a diferença no trato de uma história tradicional e um conto de autor. No conto tradicional, o contador é mais livre para imprimir a sua marca, o que não acontece com um texto literário. a formação de um repertório básico: os contos de fadas, os contos tradicionais e os clássicos da literatura.
8 A preparação da história não se preocupar em decorar a história, mas absorvê-la até se tornar parte dela. ler diversas vezes para descobrir novas paisagens na história. pensar a história por imagens, por quadros e cenas. gravar para ouvir e descobrir o ritmo que estamos dando ao conto. preparar a história, buscando utilizar os nossos recursos internos e externos como veremos no próximo bloco.
9 O contador Descobrindo o narrador de cada um Fonte: acervo do palestrante
10 Recursos internos do narrador memória, observação e voz, estar distraidamente atento no ato de contar e trazer à tona toda a nossa bagagem pessoal. a voz no narrador. A importância de conhecer e utilizar os recursos vocais de cada um. o corpo e a expressão facial, colocadas de forma natural, sem trejeitos e gestos caricaturais. o olhar- beber a história nos olhos de quem ouve. A troca que se dá com o ouvinte, quem ouve também conta.
11 Recursos externos do narrador a preparação do ambiente e do público o uso de adereços, figurinos e objetos de cena. Saber usar na medida em que não interfira na relação do contador e ouvinte. primeiro a história, depois quem ouve e quem conta, e, por fim, os objetos e adereços. Não ficar escravo daquilo que determinamos apenas como apoio à narração.
12 O ritmo da história e do narrador Dizem os sinos, que soam nas palavras do contador Que a música da história já vem com ela Ressoa na fala, no corpo e nas mãos de quem conta Num badalo ritmado a disparar que acorda homens e meninos E faz ninar príncipes e heróis Que aguardam o seu destino Sem pressa de a história acabar. Giba Pedroza
13 cada narrativa, já traz a sua musicalidade, o seu ritmo e é preciso saber se adequar a ela. o narrador deve saber também reconhecer o seu próprio ritmo para buscar uma harmonia com o ritmo da história. A história diz como deve ser contada. degustar a história, contemplando suas paisagens sem pressa de chegar ao final. Tentar controlar a ansiedade e não se preocupar com a própria atuação e sim, ter prazer, contando para si mesmo. Sabendo usar as pausas como veremos a seguir.
14 A relação com o ouvinte As manhas e artimanhas do contar Fonte:
15 O silêncio como elemento narrativo a importância da pausa, dentro da narração para acentuar o clima de suspense. o silêncio para dar um momento de respiro para a assistência e também para o narrador. a importância das pausas para marcar bem os momentos de passagem e acentuar os picos de clímax dentro de uma narrativa.
16 Contar histórias: a arte de fazer ver descrevendo e mostrando cenários e personagens. o cenário é dado pelo nosso repertório e capacidade de assimilação de quem ouve e é preciso respeitar isto. os personagens se fazem ver pela entonação da voz e pelos próprios acontecimentos da narrativa, que revelam suas emoções e características.
17 é preciso saber identificar o que é mais importante acentuar dentro de uma narração e isso vai depender da importância da descrição do personagem ou do cenário dentro da trama.
18 Lidando com interferências e interrupções como não perder o fio da narrativa e o envolvimento conquistados com o público, quando somos interrompidos. A importância de manter a calma e usar o improviso. interferências externas: ruídos, fatos que acontecem, etc... a interferência da criança/ouvinte, dentro do contexto da história. a interferência aleatória e dispersiva, que não tem nada a ver com o contexto da narrativa. Como lidar com essa dispersão?
19 Giba Pedroza Contador de Histórias
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