Casas se transformam em grande febre dos Jogos

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1 OFERECIMENTO BOLETIM ESPECIAL JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016 Casas se transformam em grande febre dos Jogos Os Jogos Olímpicos estão chegando ao fim. O evento chega ao seu último fim de semana e, não por acaso, há um visível aumento de turistas pelas ruas do Rio de Janeiro. Com ou sem ingresso, uma multidão quer aproveitar os momentos finais do clima olímpico. E quem mais ganhou com a situação foram as atrações relacionadas aos Jogos que não exigiam os desejados ingressos. A Máquina do Esporte esteve EDIÇÃO 574 SÁBADO, 19 DE AGOSTO DE 2016 POR DUDA LOPES, DO RIO DE JANEIRO em alguns desses pontos e constatou a dificuldade em lidar com a multidão que se acumula nas atrações. No Boulevard do Porto Maravilha, o excesso de pessoas já era visível logo nas primeiras horas da manhã. A alta movimentação de turistas deu trabalho à equipe de segurança, que tentava organizar o fluxo na sexta-feira. As filas eram a maior certeza no local; elas eram formadas nos museus, nas Fila no percurso que vai do Porto Maravilha para o Boulevard Olímpico, onde tem a casa de Portugal, num navio à beura do mar; casas temáticas são a febre do último fim de semana dos Jogos Olímpicos do Rio

2 ativações de marca, nos banheiros, no VLT, por onde fosse. Mas nada tem chamado mais a atenção dos torcedores do que as casas temáticas de países e entidades esportivas, como a NBA. Na região do Porto Maravilha, a fila para entrar nas caravelas da Casa Portuguesa impressionava. Casas em Botafogo, Ipanema, Leblon, Lagoa. São mais de 50 espalhadas pelo Rio. Lotadas. Nas casas mais famosas, a movimentação intensa foi inevitável. A Casa Suíça por exemplo funcionou com capacidade máxima por todo o dia. E, conforme o calor diminuía, a fila aumentava com a empolgação de famílias interessadas em aproveitar o fim de tarde em frente à Lagoa. O governo da Colômbia na última semana anunciou que, após receber 55 mil visitantes na casa do país no Rio de Janeiro, o projeto será ampliado até o dia 18 de setembro, quando os Jogos Paralímpicos chegam ao fim. Na casa do Qatar, os ingressos para acesso do público já tinham se esgotado antes dos Jogos. Algumas das atrações também chamaram a atenção do público nos últimos dias. Na sexta-feira, um forró em alemão empolgou o público da Casa Alemanha. Nada parecido, claro, com a festa da Casa Jamaica, regada ao reggae e, claro, Usain Bolt. 500mil GRANDES NÚMEROS turistas estrangeiros passaram pelo Rio de Janeiro durante os Jogos, segundo o Ministério do Turismo; a maioria desses turistas é de americanos 6 PATROCÍNIO horas de antecedência do embarque para viagem internacional pede o Galeão na segunda-feira PESSOAS POR DIA OS VEÍCULOS BRT LEVARAM NO RIO DURANTE O PERÍODO DOS JOGOS 280 MIL REAIS O GOVERNO DO QATAR DARÁ AO PROJETO FUTURO OLÍMPICO; VERBA É DA VENDA DE INGRESSOS PARA A CASA QATAR 2 1,5mil reais era o preço para o ingresso da final do futebol masculino, na mão de cambistas

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4 OPINIÃO Lochtegate mostra que atleta não está preparado para o sucesso Ryan Lochte tem 32 anos. É medalhista olímpico, enorme vencedor do esporte. E, mesmo assim, cometeu um erro de amador ao contar uma história completamente descabida sobre uma noitada totalmente errada no Rio. Pior. Lochte saiu do país e deixou seus três parceiros na mentira sofrerem o peso e a humilhação de deixarem de ser mocinhos para se tornarem bandidos. E, para completar, em seu pedido público de desculpas, diferentemente daqueles que ainda estavam no Brasil, Lochte continuou dizendo que foi ameaçado e chantageado, contradizendo o que as próprias imagens e seus colegas disseram. A pergunta que fica é: por que? O que leva um campeoníssimo do esporte a falar uma mentira dessas? E, pior ainda, continuar a sustentar isso? Por mais importante que atletas sejam em suas modalidades, nada lhes confere um status acima da sociedade. O pior é que isso é alimentado pela própria indústria. Cartolas e mídia, no afã de produzir novos ídolos, transformam os atletas nesses semideuses. POR ERICH BETING diretor executivo da Máquina do Esporte Lochte teve uma atitude despreparada, infantil e irresponsável. A credibilidade de campeão olímpico tentou se sobrepor à do Brasil. Ele talvez imaginasse que a polícia não se preocuparia em investigar um assalto a atletas... O Lochtegate mostra que os atletas, em geral, estão despreparados para o sucesso. Mais do que aprender com a derrota, o esportista precisa saber lidar com o sucesso. Perder é fácil, há sempre o dia seguinte para se levantar. Corte em orçamento põe realização da Paralimpíada em setembro em risco POR REDAÇÃO, DO RIO DE JANEIRO Um corte radical no orçamento põe em risco os Jogos Paralímpicos do Rio, que está programado para ocorrerde 7 a 18 de setembro. Nunca antes na história de 56 anos da Paralimpíada enfrentamos circunstâncias como esta, disse Philip Craven, presidente do CPI (Comitê Paralímpico Internacional). Os cortes anunciados para os Jogos Paralímpicos vão afetar o número de empregados, opções de transporte e uso mais racional de instalações esportivas. Segundo os organizadores, o número de eventos não será afetado. A esgrima em cadeira de rodas, por exemplo, foi reprogramada de Deodoro para o Parque Olímpico. O anúncio desta sexta-feira é o ápice da crescente tensão entre Comitê Rio 2016 e CPI. Algumas verbas destinadas a viagens de delegações, obrigação assumida pelas cidades-candidatas, ainda não foram liberadas, o que pode inviabilizar a vinda de delegações. Hoje, temos cerca de dez países que, mesmo que o subsídio seja pago, podem não conseguir viajar para os Jogos, preocupa-se Craven. Queremos que todos os países possam enviar seus atletas. É o que os competidores merecem depois de anos de dedicação, diz. Além desse problema, o Rio 2016 sofre com a falta de engajamento. Só 12% dos ingressos foram vendidos. Vendas de ingressos e patrocínios ficaram abaixo de nossa expectativa, confirmou Mario Andrada, que atua como diretor de Comunicações do Comitê Rio

5 Após atacar COI, russa Isinbayeva deixa esporte e terá vaga no comitê POR ADALBERTO LEISTER FILHO, DO RIO DE JANEIRO Bicampeã olímpica, mas impedida de competir no Rio 2016 por conta do escândalo de doping do atletiso russo, Yelena Isinbayeva, 34, anunciou nesta sexta-feira a aposentadoria do esporte. A agora ex-atleta seguirá no esporte. Coincidentemente, no próprio COI, que foi alvo de duras críticas delas recentemente. Hoje, 19 de agosto de 2016, no Rio, Yelena Isinbayeva encerra a carreira profissional. Essa é a minha declaração, disse, monossilábica, a recordista mundial do salto com vara (5,06 m). Maior nome da história da prova, Isinbayeva participou de quatro edições olímpicas, de 2000 a 2012, tendo se sagrado campeã em Atenas 2004 e Pequim Também foi bronze em Londres. A russa ficou de fora do Rio de Janeiro por conta da suspensão imposta pela Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo) ao seu país. O atletismo da Rússia foi suspenso dos Jogos Olímpicos por conta da denúncia de uso sistemático de doping por seus atletas. Afetada pela punição, Isinbayeva recorreu à Corte de Arbitragem do Esporte, última instância de julgamento, mas não conseguiu liberação para competir. Fora das pistas, a russa foi eleita para a Comissão de Atletas do COI (Comitê Olímpico Internacional) para um mandato de oito anos. Hora de dar uma guinada na carreira Com esta eleição para o COI, não digo adeus ao esporte, digo adeus ao salto com vara e às competições. Estou feliz por tudo o que consegui. Ganhei todas as medalhas que podia. Mas agora sou uma atleta que encerrou a carreira, afirmou Isinbayeva, dona de três títulos mundiais e quatro ouros em Mundiais indoor. A russa, porém, se envolveu em diversas polêmicas recentemente. Ela foi uma a defender que o relacionamento gay não poderia ser uma coisa tolerável na Rússia durante os Jogos de Sochi. Agora, como memvbo do COI, Isinbayeva terá que tomar muito cuidado com o que ela fala. 5

6 PERSONAGEM DO DIA BRASIL Bernardinho VÔLEI É TETRA! É TETRA! É TETRA! Nasceu em 25 de agosto de 1959 Outubro de Após campanha vexatória nos Jogos Olímpicos de Sydney, a seleção masculina de vôlei busca novo treinador. Bernardinho, um mês antes, havia ganho o segundo bronze do vôlei feminino do país. A Confederação Brasileira de Vôlei decide, então, trocar o treinador de lado. Após um histórico de quase dez anos como treinador de times femininos, Bernardinho assume seu primeiro desafio como técnico dos homens. Agosto de Bernardinho se torna o primeiro treinador brasileiro a chegar a quatro finais olímpicas. Mais do que isso, consegue o feito em sequência. Desde que passou a dirigir o time masculino do Brasil, o treinador sempre levou o país para a decisão. A fácil vitória do Brasil na semifinal POR ERICH BETING por 3 sets a 0 sobre a Rússia fez o ginásio do Maracanãzinho explodir aos gritos de O campeão voltou. Após começo cambaleante, o Brasil achou seu melhor jogo na noite de sexta-feira. Venceu sem dar sustos, como o próprio Bernardinho deu na última quarta-feira, após a vitória com emoção por 3 a 1 sobre a Argentina. O treinador deixou o ginásio rapidamente, precisando ser medicado, sem falar com a imprensa. Depois, disse estar gripado e que precisava descansar para se reestabelecer. Rumo à quarta final olímpica seguida, Bernardinho tenta o bicampeonato. Em casa, com o apoio da torcida, o cenário parece perfeito para o treinador ter a sexta medalha olímpica. O que seria inédito na história do país. É o primeiro técnico a conseguir chegar a seis semis seguidas do esporte brasileiro Tem 11 títulos da Superliga feminina de vôlei pelo Rexona Tem 27 títulos no time masculino de vôlei do Brasil, sendo 3 deles do Mundial 6

7 QUADRO DE MEDALHAS 1. ESTADOS UNIDOS GRÃ-BRETANHA CHINA ALEMANHA RÚSSIA JAPÃO FRANÇA AUSTRÁLIA ITÁLIA BRASIL A AUSÊNCIA DA RÚSSIA DAS PROVAS DE ATLETISMO TEM AJUDADO MUITO OS ESTADOS UNIDOS; O TIME AMERICANO LIDERA COM FOLGA O QUADRO DE MEDALHAS, QUE TEM A GRÃ-BRETANHA COMO A SURPREENDENTE VICE-LÍDER IMAGEM DO DIA Usain Bolt,o fenômeno mundial, posa fazendo o número 3, em referência à terceira medalha de ouro que alcançou na carreira; nesta sexta-feira, ele foi o melhor no revezamento 4x100m com a Jamaica 7