COB lança campanha para engajar torcedores brasileiros

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO SEXTA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2015 NÚMERO DO DIA US$ 195 mi é o que a GM investe ao ano em patrocínio esportivo nos EUA, segundo a consultoria IEG POR DUDA LOPES EDIÇÃO 390 COB lança campanha para engajar torcedores brasileiros O Comitê Olímpico do Brasil (COB) lançou uma campanha para aproximar o público brasileiro dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e do Time Brasil, que representa os atletas do país que irão participar do evento. A campanha foi produzida pela Artplan e terá dez peças e um vídeo de 30 segundos. A mensagem central é mostrar a importância do torcedor para os atletas em competições. As imagens serão veiculadas em mídias impressas, redes sociais e canais de TV paga. Além disso, o prédio do COB, na Barra da Tijuca, ganhou uma nova decoração com imagens da campanha recém-lançada. Nesse momento, já há uma ação para redes sociais. Por meio do site, o torcedor pode divulgar uma brincadeira pelo Facebook. Ele pode escolher entre ser mola, escudo, asa ou uma escada para ajudar atletas do basquete, da esgrima, da ginástica, do salto em distância e do vôlei de praia. Em nota enviada pela imprensa, o presidente do COB, Carlos Nuzman, comentou a iniciativa: O apoio da torcida ao Time Brasil é fundamental para que nossos atletas tenham os seus melhores desempenhos e, dessa forma, encham os brasileiros de orgulho por ver o nosso país sendo muito bem representado nos Jogos Olímpicos, afirmou. As redes sociais têm sido uma maneira da organização de se aproximar do público. Recentemente, o Time Brasil se gabou de ter alcançado 1 milhão de seguidores no Facebook. Com esse número, o COB fica atrás apenas das confederações da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos em número de internautas nas redes. A última aposta para interagir com o público foi a votação para o atleta da torcida deste ano, que premia o brasileiro mais popular do meio olímpico. Agora, o COB vai além para ter o torcedor mais próximo do clima olímpico. A ação é inédita. 1

2 Brasil tem só meio ano para fazer as Olimpíadas pegarem POR ERICH BETING diretor da Máquina do Esporte Somos um país desacostumados a planejar. Com um histórico de alta inflação e economia fragilizada, o Brasil se acostumou a ser um país em que pensar a longo prazo é uma tarefa praticamente impossível. Por isso mesmo, ainda não temos, no país, um clima de Jogos Olímpicos no ar, como estariam pensando os mais fanáticos, ansiosos desde outubro de 2009 pela realização do evento no Rio de Janeiro em Mas, a menos de 10 meses para o Rio-2016, o COB agora corre contra o tempo para fazer as Olimpíadas caírem no gosto popular. E a ideia de lançar a campanha do Time Brasil neste instante mostra que, de um certo modo, o comitê pensou o momento exato para fazê-la. Com a agenda do futebol (sempre ele) entrando em férias, é hora de o Rio-16 começar a bombardear a mídia com notícias e propaganda. Estamos a nove meses dos Jogos. Ainda é muito, mas é quase nada. O maior segredo de Londres-2012 foi criar uma atmosfera de encantamento do londrino com o evento. O Brasil é muito mais festivo, sem dúvida, mas pela atual conjuntura econômica, social e política, tendemos a ser mais birrentos com os Jogos do que não fomos com a Copa de O grande salto olímpico deve vir com o revezamento da Tocha, cem dias antes do evento. Mas o COB tem uma missão muito maior, que é fazer o atleta ser conhecido pela torcida e, mesmo que não seja, fazer a torcida querer torcer pelo país. O maior legado esportivo que os Jogos pode trazer é exatamente o de o Brasil se engajar com os esportes e atletas olímpicos. Falta só meio ano. Del Nero renuncia a cargo na Fifa; quem assume é filho de José Sarney POR REDAÇÃO Marco Polo Del Nero será substituído por Fernando Sarney no Comitê Executivo da Fifa. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) renunciou ao cargo durante encontro do mesmo comitê da Conmebol, em decisão aceita por unanimidade pelos dirigentes. O encontro aconteceu na sede da CBF, no Rio de Janeiro. A oficialização da troca acontecerá na próxima semana, em Zurique, na Suíça, em reunião dos membros da cúpular da Fifa. O filho do ex-presidente da República José Sarney já representará a CBF neste encontro. A troca coloca fim à expectativa em relação à presença de Del Nero nos compromissos internacionais da Fifa. Desde 27 de maio, quando estourou o caso de corrupção na entidade, o dirigente não realizou mais nenhuma viagem para o exterior, seja em temas ligados à Fifa ou à CBF. A justificativa dada por Del Nero para sair do cargo na Fifa foi a necessidade de cuidar de assuntos ligados ao futebol brasileiro. Em maio, quando sete dirigentes foram presos no congresso geral da Fifa, incluindo José Maria Marin, ex-presidente da CBF, Del Nero voltou no dia seguinte ao Brasil e não mais saiu, sempre alegando ter de ficar no país por conta de CPI ou de algum outro motivo ligado ao futebol. O dirigente tem evitado também aparições públicas. Ele não foi nem à entrega da taça de campeão brasileiro ao Corinthians. 2

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4 Varejo esportivo volta a aderir às promoções de Black Friday POR DUDA LOPES O varejo é uma das vítimas da crise econômica e, portanto, tem aproveitado o Black Friday para aumentar o volume de vendas nos mais diversos setores. No esporte, a corrida pelos descontos também tem sido atingida com mais ênfase neste ano, com promoções entre grandes marcas e pequenos empreendimentos. E, assim como o restante dos varejistas, a sexta-feira foi apenas um detalhe. Nos Estados Unidos, a Black Friday é o dia seguinte ao feriado de Ação de Graças, quando os americanos trocam presentes. No Brasil, a data não é celebrada, mas é normal ter a semana ou o mês de promoções. Foi o que a Netshoes fez com as lojas de clubes. No São Paulo e no Corinthians, por exemplo, houve promoções com a grafia November, indicando promoção referente ao mês. Nas lojas físicas de clubes, Palmeiras e Santos anunciaram descontos de até 50% nesta sexta-feira. Adiantar-se à sexta-feira foi a estratégia da Netshoes, com o nome Black November. O que não impediu de fazer promoções para esta sexta-feira. A sua principal concorrente, Centauro, também se adiantou e chegou a oferecer 90% de desconto na ação Esquenta Black Friday. Há quem tenha usado como diferencial a gama de produtos com preços reduzidos. A Liga Retrô, que reproduz uniformes antigos do futebol, oferece 30% de descontos em produtos, mas, segundo a empresa, a intenção é presentear o torcedor, já que os produtos são atemporais e não haveria o interesse em realizar uma ação para zerar estoque. Até mesmo quem vende serviços tem se aproveitado da data. A Faculdade Brasileira de Tributação usou a sexta-feira para oferecer desconto de 50% no curso de especialização em gestão do esporte, lançado recentemente. As ações também envolvem os clubes e seus parceiros no Movimento por um Futebol Melhor. Rúgbi faz de doação de livro ingresso para jogo A Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) adotou uma estratégia diferente para estimular a ida de público a um amistoso da seleção brasileira e, ao mesmo tempo, criar uma ação social. Tendo em vista o projeto de popularização do esporte no Brasil, a CBRu fará com que o ingresso para o torcedor acompanhar o amistoso contra a Alemanha no dia 4 de dezembro, às 21h, seja a doação de um livro novo ou em bom estado. Fizemos uma parceria com a secretaria de educação e ficou decidido então que a entrada do jogo seria a doação de um livro. Nossa ideia é promover a educação e cultura, e a entidade ou escola beneficiada será escolhida antes da partida, disse Caio Marcontao, gerente de projetos e relações governamentais da CBRu. O duelo contra a Alemanha será o primeiro de uma série de três eventos a serem realizados no estádio paulista. Os embates contra Estados Unidos e Argentina serão realizados nos dias 27 de fevereiro e 5 de março de 2016, respectivamente. Entrar com o rugby em um dos estádios mais tradicionais da cidade de São Paulo é sem dúvida um marco que representará um importante passo para o crescimento do rugby no Brasil, afirma Agustin Danza, que é o CEO da entidade. 4

5 Clubes se rebelam e propõem assumir o basquete feminino POR ADALBERTO LEISTER FILHO Após se rebelar contra a Confederação Brasileira de Basquete, os seis clubes que disputam a Liga de Basquete Feminino foram além: propõem que sejam os responsáveis por toda a preparação da seleção feminina até a Olimpíada do Rio de Janeiro, em O estopim para a briga foi a ausência de Carlos Nunes, presidente da CBB, no lançamento da temporada da liga. No dia, o dirigente postou foto nas redes sociais em evento-teste do tênis de mesa para as Olimpíadas. Quem puxa a fila é o Corinthians/Americana, atual campeão brasileiro. Os clubes não irão ceder nenhuma atleta para o evento-teste do basquete, em janeiro, no meio da temporada. Nós, representados pelos clubes que estão disputando a 6ª edição da liga, decidimos não mais protestar, mas sim colocar em prática ações que visam que nosso país tenha representação honrada nas Olimpíadas, dizem os clubes em nota. Não iremos mais esperar outro vexame do basquete feminino para tomar providências que já deveriam ter sido tomadas pela entidade que dirige o basquete brasileiro, completam. Em Londres-2012, o Brasil não passou da primeira fase, terminando na nona posição, à frente apenas de Croácia, Reino Unido e Angola, países sem tradição. Além do Corinthians, são signatários do documento os clubes: América-PE, Maranhão-MA, Presidente Venceslau-SP, Sampaio Corrêa-MA e Santo André-SP. Os times também criticam a prioridade dada ao masculino. O atual treinador da seleção feminina, Luiz Augusto Zanon, dirigiu o time masculino do São José na última temporada do NBB (Novo Basquete Brasil). Segundo os clubes, o treinador não compareceu a nenhum jogo da LBF. As jogadoras eram obrigadas a se reunir em São José dos Campos para não atrapalhar o vínculo de Zanon com a equipe local. Os seis clubes propuseram formar um colegiado para definir todos os passos da seleção feminina de agora em diante. Confederação se reunirá dia 3 para gerenciar crise Em meio à rebelião dos clubes contra a CBB, a entidade tenta contornar uma crise deflagrada após reportagem do UOL mostrar que o presidente Carlos Nunes usou verba dada pela Eletrobrás, antiga patrocinadora da CBB, para financiar viagens pessoais dele e de sua esposa. A entidade, que não se pronunciou sobre a rebelião dos clubes, já tem programada apenas reunião na próxima quinta-feira, 3 de dezembro. O encontro servirá para debater os rumos do basquete feminino. Na carta do racha de ontem, os clubes querem tomar todas as decisões relacionadas ao time nacional, desde programação da equipe, comissão técnica e convocação. 5