UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS DE TREONINA E TRIPTOFANO DIGESTÍVEL PARA POEDEIRAS LEVES DE 60 A 76 SEMANAS DE IDADE ANILMA SAMPAIO CARDOSO Zootecnista AREIA PB SETEMBRO 2012

2 ANILMA SAMPAIO CARDOSO EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS DE TREONINA E TRIPTOFANO DIGESTÍVEL PARA POEDEIRAS LEVES DE 60 A 76 SEMANAS DE IDADE Dissertação apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, da Universidade Federal da Paraíba, como parte das exigências para a obtenção do Título de Mestre em Zootecnia. Comitê de Orientação: Prof. Dr. Fernando Guilherme Perazzo Costa Orientador principal Prof. Dr. Edilson Paes Saraiva Prof. Dr. José Humberto Vilar da Silva AREIA-PB SETEMBRO 2012

3 Ficha Catalográfica Elaborada na Seção de Processos Técnicos da Biblioteca Setorial do CCA, UFPB, campus II, Areia PB. C268e Cardoso, Anilma Sampaio. Exigências nutricionais de treonina e triptofano digestível para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade. / Anilma Sampaio Cardoso - Areia: UFPB/CCA, f. : il. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Centro de Ciências Agrárias. Universidade Federal da Paraíba, Areia, Bibliografia. Orientador (a): Fernando Guilherme Perazzo Costa. Co-Orientador (a): Edilson Paes Saraiva e José Humberto Vilar da Silva. 1. Aves nutrição 2. Aves desempenho 3. Aves qualidade do ovo I. Costa, Fernando Guilherme Perazzo (Orientador) II. Título. UFPB/CCA CDU: 636.5(043.3)

4 iv ANILMA SAMPAIO CARDOSO EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS DE TREONINA E TRIPTOFANO DIGESTÍVEL PARA POEDEIRAS LEVES DE 60 A 76 SEMANAS DE IDADE Dissertação Aprovado pela Comissão Examinadora em: 18/09/2012 Comissão Examinadora: Profª. Drª. Janete Gouveia de SOUZA Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Zootecnia Profª. Drª. Patrícia Araujo Brandão Universidade Federal de Campina Grande Departamento de Medicina Veterinária Prof. Drº. Fernando Guilherme Perazzo Costa Universidade Federal da Paraíba Departamento de Zootecnia/CCA Presidente AREIA-PB

5 v SETEMBRO DEDICO A DEUS, pela presença constante em minha vida. Pelo amor incondicional, carinho, confiança e encorajamento todos os dias a mim concedido. A ELE minha gratidão por mais essa vitória alcançada.

6 vi OFEREÇO Aos meus pais, DORALICE e ANILTON, pela educação que recebi, pelo amor incondicional que sempre me deram, por me apoiarem em meus sonhos, me incentivarem e permitirem meus estudos. As minhas irmãs, SHIRLEY ITAMARA e ANILCLEIDE. A minha sobrinha ANA VICTORIA, pelo amor sincero e por ser fonte de vida, alegria e inspiração para mim. Agradeço a todos vocês por serem meu alicerce familiar.

7 vii AGRADECIMENTOS À Universidade Federal da Paraíba (UFPB), ao Departamento de Zootecnia e a Pro - Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, pela oportunidade e apoio. Ao Profº Drº Fernando Guilherme Perazzo Costa, pela orientação, atenção e pelos ensinamentos. A CNPQ, pela concessão da bolsa de estudos. À Ajinomoto Animal Nutrition, pela contribuição nas minhas pesquisas. Ao Profº Drº Humberto Vilar e o Profº Drº Edilson Paes Saraiva pela participação no Exame de Qualificação de Mestrado e pelas valiosas contribuições para a melhoria deste trabalho. A Profª Drª Patrícia Givisiez pela atenção sempre dada em todos os momentos. A minha FAMILIA, sempre. A Carmem Lucia Rech e José Luiz Rech pelo incentivo e carinho. Aos amigos pelo apoio e companheirismo, estando perto ou longe. Em especial aqueles que estiveram aqui em Areia ao meu lado, em especial a Meiry Cassuce, Adelilian Baracho, Diana Mizael e Clariana Santos. Aos colegas do Grupo de Estudos em Tecnologia Avícola (GETA). Aos funcionários do Setor de Avicultura, CCA/UFPB, Srº Josa, Srº Ramalho e Srº Francisco pela dedicação, ajuda e colaboração. Aos funcionários do Laboratório de Nutrição Animal, em especial Srº José Costa, o qual esteve ao meu lado com toda sua sabedoria e experiência. A Maria das Graças, nossa secretária mais que especial, a quem eu tenho toda admiração e respeito. Aos professores do programa, que foram mui importantes para que eu conseguisse finalizar o curso. Aos funcionários do CEPEC, Dona Carmem e Seu Damião, pelo cuidado e receptividade. Agradeço a todos aqueles que direta ou indiretamente, participaram desta minha conquista. Muito obrigada!

8 viii SUMÁRIO Páginas Lista de Tabelas... ix Lista de Figuras... x Resumo Geral... xi Abstract... xiii Introdução Capítulo 1- Referencial Teórico Referências Bibliográficas Capítulo 2 - Exigência Nutricional de Treonina digestível para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade Resumo Abstract Introdução Material e Métodos Resultados e Discussão Conclusões Referências Bibliográficas Capítulo 3 - Exigência Nutricional de Triptofano digestível para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade Resumo Abstract Introdução Material e Métodos Resultados e Discussão Conclusões Referências Bibliográficas... 65

9 ix LISTA DE TABELAS Capítulo 2 Tabela 1 - Composição alimentar e química da ração basal Tabela 2 - Consumo de ração (CR, g), produção (PR, %), peso (PO, g), massa (MO, g), conversão em massa (CMO, g/g) e em dúzia de ovos (CDZ, g/g) em função das relações treonina: lisina digestível Tabela 3 Equações polinomiais das variáveis influenciadas estatisticamente pelas relações treonina: lisina digestível Tabela 4 Gravidade específica (GE, g/cm3), (%) de albúmen, casca e gema dos ovos em função das relações treonina digestível: lisina digestível Capítulo 3 Tabela 1- Composição alimentar e química da ração basal Tabela 2- Consumo de ração (CR, g), produção (PR, %), peso (PO, g), massa (MO, g), conversão em massa (CMO, g/g) e em dúzia de ovos (CDZ, g/g) em função das relações triptofano: lisina digestível Tabela 3 Equações polinomiais das variáveis influenciadas estatisticamente pelas relações triptofano digestível: lisina digestível Tabela 4 Gravidade específica (GE, g/cm3), (%) de albúmen, casca e gema de ovos em função das relações triptofano digestível: lisina digestível... 63

10 x LISTA DE FIGURAS Capítulo 2 Figura 1- Consumo de ração g/ave/dia para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade, alimentadas com diferentes níveis de treonina digestível Figura 2- Produção ovos (%) para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade, alimentadas com diferentes níveis de treonina digestível Figura 3- Massa de ovos para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade, alimentadas com diferentes níveis de treonina digestível Figura 4- Conversão por massa de ovo para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade, alimentadas com diferentes níveis de treonina digestível Figura 5- Conversão por dúzia de ovos (kg de ração/dúzia de ovos) para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade, alimentadas com diferentes níveis de treonina Capítulo 3 Figura 1- Produção ovos (%) para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade alimentadas com diferentes níveis de triptofano digestível Figura 2- Peso ovo (%) para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade alimentadas com diferentes níveis de triptofano digestível Figura 3- Massa de ovos para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade alimentadas com diferentes níveis de triptofano digestível Figura 4- Conversão por massa de ovo para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade alimentadas com diferentes níveis de triptofano digestível Figura 5- Conversão por dúzia de ovos (kg de ração/dúzia de ovos) para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade alimentadas com diferentes níveis de triptofano digestível... 62

11 xi EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS DE TREONINA E TRIPTOFANO DIGESTÍVEL PARA POEDEIRAS LEVES DE 60 A 76 SEMANAS DE IDADE RESUMO GERAL Dois experimentos foram desenvolvidos para determinar as exigências nutricionais de treonina e triptofano para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade. No primeiro experimento, o objetivo foi determinar a exigência nutricional de treonina digestível para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade. Foram utilizados 180 poedeiras Dekalb White, com 60 semanas de idade, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com cinco níveis crescentes de treonina (0,523; 0,546; 0,569; 0,592 e 0,615%), mantendo relações crescentes de treonina: lisina digestível de 69, 72, 75, 78 e 81% respectivamente, com seis repetições e seis aves por parcela experimental. Os níveis de treonina digestível apresentaram efeito linear para consumo de ração e efeito quadrático sobre a produção e massa de ovos, conversão alimentar por massa e dúzia de ovos. O nível recomendado foi 0,564% de treonina digestível, correspondendo a uma relação treonina digestível: lisina digestível de 74,3%. No segundo experimento, o objetivo foi determinar a exigência nutricional de triptofano digestível para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade. Foram utilizados 180 poedeiras Dekalb White, com 60 semanas de idade, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com cinco níveis crescentes de triptofano (0,167; 0,175; 0,183; 0,191 e 0,199%), mantendo relações crescentes de triptofano: lisina digestível de 22, 23, 24, 25 e 26% respectivamente, com seis repetições e seis aves por parcela experimental. Os níveis de triptofano na dieta apresentaram efeito quadrático sobre produção e massa de ovo, conversão por massa e dúzia de ovos e efeito linear sobre peso de ovo. O nível recomendado foi de 0,192% de triptofano digestível, correspondendo a uma relação triptofano digestível : lisina digestível de 25,3%.

12 Palavras-chave: aminoácidos, aves, desempenho, qualidade de ovos xii

13 xiii NUTRITIONAL REQUIREMENTS OF DIGESTIBLE THREONINE AND TRYPTOPHAN FOR LIGHT LAYERS FROM 60 TO 76 WEEKS OF AGE GENERAL ABSTRACT Two experiments were developed to determine the nutritional requirements of threonine and tryptophan for laying hens weeks of age. In the first experiment, the objective was to determine the nutritional requirement of threonine for laying hens weeks of age. We used 180 Dekalb White hens with 60 weeks of age, distributed in a completely randomized design with five increasing levels of threonine (0,523; 0,546; 0,569; 0,592 and 0,615%), keeping increase relations of threonine:digestible lysine 69, 72, 75, 78 and 81% respectively, with six repetitions and birds per experimental plot. The levels of digestible threonine showed linear effect for feed intake and quadratic effect on the production and egg mass, feed per dozen eggs and pasta. The recommended level was 0,564% of threonine, corresponding to a digestible threonine: lysine ratio of 74,3%. The second experiment, the aim was to determine the nutritional requirement of digestible tryptophan for laying hens weeks of age. We used 180 Dekalb White hens at 60 weeks of age, distributed in a completely randomized design with five increasing levels of tryptophan (0,167; 0,175; 0,183; 0,191 and 0,199%), keeping increase relations of tryptophan: lysine 22, 23, 24, 25 and 26% respectively, with six repetitions of six birds per experimental plot. The levels of tryptophan in the diet showed a quadratic effect on the production and egg mass, mass conversion and a dozen eggs and a linear effect on egg weight. The recommended level was 0,192% of digestible tryptophan, corresponding to a digestible relation tryptophan: digestible lysine of 25,3%. Keywords: amino acids, egg quality, performance, poultry

14 INTRODUÇÃO Para acompanhar o desenvolvimento do melhoramento genético avícola tem-se buscado aprimorar cada vez mais as técnicas de manejo, bem como a qualidade nutricional das rações ofertadas para as aves, para que estas possam expressar seu máximo desempenho. Os valores referentes ao nível protéico se destacam, pois as fontes protéicas constituem-se nos componentes de maior participação no custo das rações, sendo considerado um dos componentes de maior importância na prática comercial devendo, portanto, estar em quantidades suficientes para suprir as necessidades das aves sem onerar os custos de produção (Pinto et al., 2003). A proteína é importante, pois influencia no desempenho e produtividade das poedeiras e sua eficiência de utilização depende da quantidade, composição e digestibilidade dos aminoácidos (Dale 1994). O desbalanço aminoacídico pode reduzir a eficiência de utilização da proteína e diminuir o consumo de ração segundo Pack (1995) e Rodrigueiro et al. (2000), além disso, a digestão e o metabolismo de aminoácidos em excesso geram aumento calórico corporal desnecessário, provocando maior demanda energética para excreção do nitrogênio, o que pode resultar em excretas mais aquosas, problemas de manejo e aumento da poluição ambiental. Narváez-Solarte et al. (2005) citaram que, em aves de postura de segundo ciclo de produção, o nível de 14% de proteína é suficiente para adequado desempenho desde que mantidos a quantidade de aminoácidos essenciais e o balanço aminoacídico. Klasing (1998), afirmou que em aves adultas a deficiência de aminoácidos resulta no catabolismo da proteína corporal, principalmente daquela presente no músculo esquelético. Segundo Schmidt et al. (2009), atualmente, os avanços no conhecimento do metabolismo protéico e o surgimento de novos aminoácidos industriais com produção em grande escala comercial, têm permitido aos nutricionistas formular dietas mais próximas da exigência animal, melhorando o aproveitamento da proteína dietética e reduzindo os custos e a produção de resíduos menos nocivos ao meio ambiente. Outra grande vantagem do uso de aminoácidos industriais é a possibilidade de se estabelecer uma relação ideal entre todos os aminoácidos na dieta, pelo conceito de proteína ideal, o que contribui para redução dos níveis protéicos da ração. 14

15 Proteína ideal é definida como o balanço exato de aminoácidos que é capaz de prover sem excesso ou falta, os requerimentos de todos os aminoácidos necessários para a manutenção animal e máxima deposição protéica. O conceito de proteína ideal foi primeiramente definido por Mitchell (1964) como sendo uma mistura de aminoácidos ou proteína, cuja composição atende às exigências dos animais para os processos de mantença e crescimento. A idéia básica deste conceito é que as aves necessitam de aminoácidos em equilíbrio ou balanço para assegurar o desempenho animal, pois qualquer aminoácido que é absorvido em excesso em relação ao primeiro aminoácido limitante será oxidado e o nitrogênio deverá ser eliminado. Sendo assim se ajustarmos os aminoácidos de acordo com o conceito de proteína ideal a ave intensificará a utilização do nitrogênio. Para formular rações que atendam adequadamente as exigências, os valores de aminoácidos devem ser expressos em termos de aminoácidos digestíveis e não em aminoácidos totais (Rostagno et al. 1995). No Brasil, tem se tornado uma prática cada vez mais comum a formulação de ração com níveis protéicos ideais, onde os mesmos devem satisfazer as necessidades das aves em aminoácidos e ponderar o contexto econômico dos preços dos ingredientes. Rações com níveis altos de proteína sobrecarregam o fígado e os rins, pois aumentam o nível do ácido úrico no sangue. Além disso, parte da proteína não utilizada fornecerá o esqueleto carbônico para a formação de gorduras que serão depositadas no organismo da ave (Araújo et al., 2002). Estes fatores podem ocasionar aumento da incidência de problemas sanitários, danos ao meio ambiente e redução no desempenho zootécnico, que com a utilização de aminoácidos industriais minimizariam esses fatores. Conforme a proteína dietética é reduzida com a introdução dos aminoácidos industriais, o ajuste da ótima relação ideal dos aminoácidos se torna cada vez mais importante. A ordem de limitação dos aminoácidos nas dietas específicas é que determinam quais deles precisam ser suplementados para manter o ótimo balanço aminoacídico. Para as aves alimentadas com ração a base de milho e farelo de soja, a ordem de limitação é a metionina, seguida da lisina, treonina e triptofano. Segundo Andriguetto et al. (2003) pode estar limitante numa ração, um ou mais aminoácidos ao mesmo tempo. A lisina é o ponto de partida para a formulação de rações com base no conceito de proteína ideal, sendo este aminoácido considerado como referência segundo Pack (1995) e Silva et al. (2005). Nesse sentido, a treonina e o triptofano digestível devem 15

16 ser considerados nas rações de poedeiras, pois seu excesso ou deficiência pode comprometer o desempenho das aves e o custo de produção. As evidências experimentais apoiando as recomendações de aminoácidos digestíveis para poedeiras pós-muda são esparsas e conflitantes. Assim, faz-se necessário o desenvolvimento de pesquisas que avaliem os efeitos dos níveis de aminoácidos como treonina e triptofano digestíveis das dietas e as relações destes aminoácidos com a lisina digestível, sobre o desempenho e qualidade dos ovos de poedeiras leves pós muda, além de estimar as exigências que aperfeiçoem os resultados zootécnicos e a viabilidade econômica para manter essas aves no plantel por um período mais extenso de produção. 16

17 CAPÍTULO Referencial Teórico EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS DE TREONINA E TRIPTOFANO DIGESTÍVEL PARA POEDEIRAS LEVES DE 60 A 76 SEMANAS DE IDADE 17

18 1. PROTEÍNA As proteínas são substâncias complexas, de natureza coloidal e de peso molecular elevado. São unidades polimerizadas de aminoácidos. Estes são produtos finais da hidrólise, quando as proteínas são fervidas durante muitas horas com ácidos fortes ou quando atuados por enzimas próprias. Na digestão dá-se, também, o seu desdobramento até aminoácidos, que é a forma com que ela é absorvida. (Kuning, 2004) afirma que a digestão é o processo de quebra dos nutrientes complexos em moléculas simples, onde após a quebra ocorre a absorção que é o processo de transportar as moléculas simples através do epitélio intestinal. Apesar de ser dois processos distintos é necessário que ambos ocorram no organismo, pois caso um deles não ocorra os nutrientes presentes no alimento não serão utilizados pelo animal. Os aminoácidos fornecidos pelas proteínas da dieta terão 3 destinos principais: anabolismo (produção de proteínas), catabolismo (produção de energia) e síntese de compostos de pequeno peso molecular (hormônios, enzimas, anticorpos, etc). As proteínas são necessárias nos processos de construção e de manutenção dos tecidos corporais, regulação metabólica, transporte de nutrientes (lipídeos, vitaminas e medicamentos), equilíbrio osmótico (entre diferentes líquidos do corpo) e equilíbrio ácido-básico (entre o sangue e os tecidos). Principais funções das proteínas: Proteínas estruturais: Formação dos tecidos: os órgãos e a maioria dos tecidos são formados principalmente por substâncias protéicas, cuja função nenhuma outra substancia pode exercer. Além disso, pele, pêlos, penas, unhas e músculos são constituídos quase que exclusivamente de proteínas; Manutenção e reparo: as proteínas são necessárias, não somente para a construção dos tecidos novos, mas também para renovação dos mesmos, com necessidades que variam segundo o estagio de desenvolvimento e a categoria do animal dentro da espécie; Fonte de energia: as proteínas atuam como fonte de energia quando em excesso, ou quando faltam os carboidratos e gordura, que representam o material combustível do organismo. 18

19 Regulação do metabolismo: Secreções Glandulares: muitos hormônios e enzimas são materiais protéicos ou contem resíduos de aminoácidos como parte essencial de sua estrutura. É o caso da pepsina e tripsina. A insulina possui, pelo menos, nove (9) aminoácidos. A tiroxina nada mais é do que um aminoácido iodado. A adrenalina tem como substância fundamental a tirosina. Desintoxicação do organismo: durante o metabolismo há produção de ácido benzóico, que seria bastante tóxico para o próprio organismo se não houvesse uma combinação sua com a glicina produzindo o ácido hipurico, que não é tóxico. Mecanismo de defesa: a proteína desempenha uma importante função no mecanismo de defesa pela formação de anticorpos imunoglobulinas. Balanço de fluidos: a manutenção do equilíbrio ácido-base tem a participação das proteínas. A albumina sérica tem poder tamponante neste sistema. Genética: formação de nucleoproteínas. Transporte: hemoglobina, mioglobina e globulinas. Portanto, os animais devem receber durante toda a vida uma quantidade mínima diária de proteína para atender as suas necessidades, que podem ser para o crescimento, recuperação dos tecidos, gestação e produção. Tão importante quanto a quantidade é a qualidade da proteína fornecida. 1.1 IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE AMINOÁCIDOS DIGESTÍVEIS PARA AVES EM POSTURA. A determinação das exigências nutricionais é de grande importância para todas as espécies avícolas, uma vez que o fornecimento de níveis adequados dos nutrientes é um importante fator que determina se as aves vão expressar todo o seu potencial genético (Corrêa et al., 2007). As proteínas são de fundamental importância na alimentação animal, estas fornecem os aminoácidos para síntese de proteína corporal e de compostos nitrogenados com funções fisiológicas definidas, como por exemplo, os neurotransmissores e os hormônios (Lenningher, 1996). Os aminoácidos contidos nas proteínas são utilizados pelo organismo animal após a digestão, numa grande variedade de funções no organismo, mas existe uma que predomina sobre as outras: a síntese protéica. Geralmente, em dietas convencionais a base de milho e soja, a metionina, lisina, treonina e triptofano estão entre os quatro 19

20 primeiros aminoácidos limitantes e, por este motivo, são disponibilizados na forma industrial. Com o uso de aminoácidos é possível se fazer um ajuste fino da dieta, melhor atendendo os requerimentos do animal, evitando o aporte excessivo de aminoácidos (proteína) e viabilizando reduções de custos. Ainda não foram desenvolvidos planos de nutrição para criação de poedeiras leves pós muda o que poderia contribuir de forma importante na redução dos custos de produção. Neste contexto, existe uma preocupação por parte dos nutricionistas em oferecer a estas aves rações com níveis nutricionais mais adequados, que propiciem o melhor desempenho nesta fase. À medida que as poedeiras envelhecem, há uma queda na produção e na qualidade externa dos ovos, justamente quando o peso do ovo é maior (Murakami et al.,2005). Esses são os principais motivos para o fornecimento nutricional adequado das dietas. Sendo assim, um dos principais nutrientes requeridos pelas galinhas poedeiras pós muda são os aminoácidos. Diferentemente dos carboidratos e dos lipídeos que podem ser armazenados tanto como glicogênio hepático ou muscular e ainda, como reservas de lipídeos corporais, respectivamente, os aminoácidos e/ou proteínas, quando fornecidos em excesso, não são armazenados pelos animais, além de acarretar sobrecarga nos rins e fígado, em razão da necessidade de se eliminar o nitrogênio em excesso, não aumentando a produção. Dessa forma, o consumo de aminoácidos em demasia é dispendioso, porque o excesso é catabolizado para formar energia, que é suprida por carboidratos e lipídeos a custo mais baixo (Corrêa et al., 2008). Outra grande vantagem do uso de aminoácidos sintéticos é a possibilidade de se estabelecer uma relação ideal entre todos os aminoácidos na dieta, pelo conceito de proteína ideal, o que contribui para redução dos níveis protéicos da ração (Schmidt et al., 2009). 1.2 TREONINA A treonina é um aminoácido essencial para aves, sendo encontrado em altas concentrações no coração, nos músculos, no esqueleto e sistema nervoso central. É exigido para formação da proteína e manutenção do turnover protéico corporal, além de auxiliar na formação do colágeno e elastina, e atuar na produção de anticorpos (Sá et al., 2007). 20

21 De acordo com Kidd (2000), a treonina é um importante componente das penas, pois juntamente com a serina correspondem a mais de 20% dos aminoácidos presentes nos resíduos das penas, demonstrando assim uma maior necessidade desse aminoácido no período pós muda, onde as mesmas necessitam da treonina para um novo empenamento. Dietas para aves à base de milho e farelo de soja, a treonina é o terceiro aminoácido limitante, precedido dos aminoácidos sulfurosos e da lisina segundo López et al. (2001). Isso torna-se mais importante com o avanço da idade das aves, pois a proporção da exigência de treonina para mantença é alta (Fraiha, 2002). A deficiência de treonina afeta diretamente na resposta produtiva segundo Huyghebaert & Butler (1991), Ishibashi et al. (1998), Camps (2001) e Faria et al.( 2002), uma vez que atua de forma efetiva no turnover protéico e na mucosa intestinal (Novak et al., 2004). Além disso, participa da formação da proteína do ovo e da proteína muscular. O muco, secreção produzida pelo trato gastrintestinal é composto principalmente de água (95%) e mucinas (5%), que são glicoproteínas de alto peso molecular, especialmente rica em treonina. A camada gelatinosa de muco é secretada pelas células caliciformes disseminadas ao longo das vilosidades intestinais. O muco recobre a parede do trato digestório e a protege contra as enzimas digestivas e o dano físico provocado pela digesta. (Le Bellego et al., 2002). Estima-se que mais da metade da treonina consumida seja utilizada no intestino, sendo primariamente utilizada na síntese de mucina. O tipo e quantidade de mucina produzida no trato gastrintestinal influenciam as comunidades microbianas (por servir de substrato para a fermentação bacteriana e para fixação), a disponibilidade de nutrientes (via perda endógena de mucina, bem como pela absorção de nutrientes) e função imune (via controle da população microbiana e disponibilidade de nutrientes, Corzo et al. (2007). Considerando a importância das secreções digestórias para a saúde do intestino e para o processo digestivo, um nível adequado de treonina dietética é essencial para permitir uma função digestória adequada (Le Bellego et al., 2002). Do mesmo modo que as mucinas, os anticorpos são glicoproteínas globulares que contêm alto nível de treonina, sendo provavelmente o primeiro aminoácido limitante para a produção de imunoglobulinas G (IgG), Ajinomoto (2010). Bhargava et al. (1971) verificaram que a exigência de treonina para a produção de anticorpos contra 21

22 o vírus da doença de Newcastle foi maior que a exigência de treonina para o crescimento. Pesquisa conduzida por Valério et al. (2000), com galinhas poedeiras leves e semipesadas recebendo ração com 0,510; 0,535; 0,560; 0,585; 0,610; e 0,635% de treonina, concluíram que o nível de 0,510% de treonina, correspondente a 515mg/ave/dia ( 0,423% de treonina digestível) e 535mg/ave/dia (0,440% de treonina digestível), foi suficiente para atender satisfatoriamente o desempenho e a qualidade interna dos ovos das poedeiras leves e semipesadas, respectivamente. Cupertino et al. (2010), avaliando a exigência de treonina digestível para poedeiras leves e semipesadas durante o segundo ciclo de postura alimentadas com dietas isoproteicas e isoenergeticas, concluíram que dietas com 0,446 e 0,465% de treonina digestível, equivalente a uma relação treonina:lisina digestível de 68 e 71% respectivamente para poedeiras leves e semipesadas, promovendo máximo desempenho das aves. Sá et al. (2007), trabalhando com níveis de treonina digestível variando de 0,410 a 0,550% em rações para poedeiras de 34 a 50 semanas de idade, não observaram influência dos níveis de treonina sobre o consumo de ração, índice de gema e de albúmen, entretanto os níveis de treonina digestível influenciaram de forma quadrática a Unidade Haugh e a conversão alimentar por dúzia de ovos, sendo o nível estimado de 0,510% de treonina digestível e o consumo diário de 583 mg/ave/dia de treonina digestível. Ishibashi et al. (1998), estimaram a necessidade de 457 mg/ave/dia para massa de ovo, de aves com idade entre 29 e 39 semanas de idade, enquanto que Faria et al. (2002), em trabalhos semelhantes, observaram que a necessidade diária de treonina total para poedeiras leves, no período de 45 a 52 semanas de idade, foi de 393 e 447 mg/ave/dia, para produção de ovos e massa de ovos, respectivamente. Schmidt et al. (2011),observaram que os valores de taxa de postura, peso de ovos e massa de ovos sofreram influência quadrática dos níveis de treonina na ração (0,380, 0,413, 0,446, 0,479; 0,512%). Esses resultados comprovaram que, a partir de determinado nível de treonina na ração, os resultados dessas variáveis pioravam. A exigência estimada de treonina para essas variáveis, foram de 0,465; 0,445 e 0,459% de treonina digestível. O que corresponde a um consumo de 455, 433 e 448 mg de treonina/ave/dia, respectivamente. 22

23 Schimidt et al. (2010) avaliando a exigência nutricional de treonina digestível para poedeiras comerciais de segundo ciclo de produção, período de 79 a 95 semanas de idade, utilizaram cinco níveis de treonina digestível (0,380; 0,413; 0,446; 0,479 e 0,512%). Os autores verificaram que, para a conversão alimentar por dúzia de ovos, a exigência de treonina digestível durante o período estudado foi de 0,467%, que corresponde a um consumo de 462 mg de treonina/ave/dia, equivalente a relação de 72% de lisina digestível. Teixeira et al. (2005), relataram que a treonina digestível influencia o peso específico de ovos e encontraram melhores resultados em poedeiras alimentadas com rações contendo níveis mais elevados de treonina. Recomendaram o nível de 0,53% de treonina digestível na ração de poedeiras leves. No entanto, Andrade (2004), em estudo com treonina total na ração, não verificou melhora no peso específico de poedeiras comerciais com o aumento do nível desse aminoácido na ração de postura. Huyghebaert & Butler (1991), observaram perda de peso (média de 82,0 g) das aves, quando eram fornecidas rações contendo baixas concentrações de treonina ou inferiores a 0,40%. A suplementação de treonina demonstra ser eficiente sobre o desempenho das galinhas poedeiras leves e semipesadas, demonstrando resultados conclusivos e similares quando considerada as variáveis de produção. A deficiência de treonina provoca a deficiência da lisina para a deposição de proteína muscular. A lisina também pode interferir no metabolismo da treonina, ou seja, o excesso de lisina pode causar deficiência de treonina (Andriguetto et al., 2003). Assim, a melhor maneira de se atender as exigências de treonina é formular rações de acordo com o conceito de proteína ideal, no qual a exigência deste aminoácido é expressa como uma proporção da exigência da lisina. Desta forma, sempre que a concentração de lisina for adequada na ração, automaticamente será garantido o fornecimento adequado de treonina. 1.3 TRIPTOFANO Os aminoácidos são estruturas químicas muito similares e, em alguns casos, competem pelo mesmo sítio de absorção, gerando o que se chama de antagonismo aminoacídico. Dessa forma, os aminoácidos podem apresentar diversas funções metabólicas e ainda agir como precursor de muitos constituintes não protéicos no corpo, tais como, regulação da temperatura corporal, intervenção dos neurotransmissores e neuroreceptores, regulação do apetite, etc. 23

24 O triptofano (Trp) pertence à classe dos aminoácidos essenciais, ou seja, não são produzidos pelo organismo animal ou são produzidos em velocidade muito lenta, não satisfazendo às suas necessidades. Dependendo da dieta, pode ser considerado como terceiro aminoácido limitante para aves, antecedido pela metionina e a lisina. O triptofano pode ser suplementado em dietas na forma sintética L-triptofano, com 99,3% de digestibilidade para aves. As exigências em aminoácidos devem ser cuidadosamente estimadas, pois há possibilidade de ocorrer antagonismos entre aminoácidos, principalmente se o aminoácido antagônico estiver em excesso. Por exemplo, a leucina possui antagonismo com a isoleucina e a valina, pois os três aminoácidos possuem uma cadeia longa, ramificada e similar, competindo pelo mesmo sistema de transporte através das membranas celulares e usado os mesmos complexos enzimáticos para degradação (Peganova & Eder, 2003). Alem disso, estes mesmos aminoácidos competem com o triptofano pelo transporte através da barreira hemato-encefálica, afetando a produção de serotonina, que é um neurotransmissor, com função atuante principalmente sobre o comportamento do consumo dos animais (Blundell & Lathan, 1978; Tackman et al., 1990; Mullen & Martin, 1992; Peganova & Eder, 2003). O triptofano no organismo animal é precursor da síntese de serotonina e da niacina. Entre as principais funções da serotonina estão à regulação do apetite, controle da temperatura corporal e das atividades motoras, alem de intervir em outros neurotransmissores como a dopamina e a noradrenalina que estão relacionados com a ansiedade, medo, agressividade e na síntese da melatonina. Sua deficiência influencia no consumo de ração, com conseqüente queda no ganho de peso, Peganova & Eder (2002). A serotonina também tem sido relatada para bloquear a ovulação, mas este resultado é provavelmente mediado através do seu efeito inibitório sobre a liberação de LH, Johnson (2000). Este neurotransmissor influência de forma direta num segundo neurotransmissor, a dopamina, que ao sofrer estímulos atua inibindo a liberação de GnRh e LH. GnRh (Gonadotropin-Releasing Hormone) é um hormônio polipeptídico produzido no hipotálamo. Este hormônio transmite instruções à hipófise para liberar as gonadotrofinas, a hormona folículo-estimulante (FSH) e a hormona luteinizante (LH). A função do FSH (Hormônio Folículo-Estimulante) é atuar nos folículos ovarianos, promovendo seu crescimento e proporcionando um meio adequado ao 24

25 desenvolvimento dos óvulos (oócitos). O LH (Hormônio Luteinizante) atua principalmente na iniciação do mecanismo de ovulação. Quando o LH aumenta no sangue, o folículo se rompe e libera o óvulo. A melatonina também é produzida a partir do triptofano. Ou seja, o triptofano se transforma em serotonina e esta em melatonina. A melatonina é um neuro-hormônio produzido pela glândula pineal e, acredita-se que o mesmo tenha como principal função a regulação do sono. O declínio da produção de melatonina pode ter várias causas, entre elas: desnutrição, estresse e o envelhecimento. O animal sob estresse produz normalmente mais adrenalina e cortisol. Ballone (2002) afirma que para cada molécula de adrenalina formada, quatro moléculas de radicais livres irão ser produzidas e com isto a probabilidade de lesão nas células aumenta. Além disto, a adrenalina e o cortisol induzem a formação de uma enzima a triptofano pirolase, capaz de destruir o triptofano antes que este atinja a glândula pineal. Com isto, nem a melatonina é fabricada e nem a serotonina. Deponti et al. (2004), verificaram que a produção e a massa de ovos foram negativamente afetadas quando poedeiras receberam dietas com baixos níveis de triptofano (0,13%) durante seis semanas, sendo o desempenho recuperado após uma semana de alimentação com ração contendo 0,21% triptofano. Os autores recomendaram o fornecimento diário de triptofano entre 161 e 188mg/ave/dia, para que as aves tenham melhor desempenho. Os níveis de triptofano digestível não influenciaram a conversão alimentar por massa e dúzia de ovos de codornas japonesas alimentadas com diferentes níveis de triptofano (0,12; 0,16; 0,20; 0,24 e 0,28%), (Pinheiro et al., 2008). Assim como os resultados apresentados por Peganova & Eder (2003) e Deponti et al. (2004), trabalhando com diferentes níveis de triptofano total nas dietas de galinhas poedeiras. Em estudo realizado por Rech et al. (2010), o consumo de ração, o peso e a massa dos ovos, a conversão alimentar e a mortalidade das poedeiras não foram afetados pelos níveis de triptofano nas rações (0,175; 0,195; 0,392 e 0,591%), no entanto, observou-se redução da produção de ovos para os níveis crescentes do aminoácido. Sabe-se que a eficiência da utilização da proteína depende do equilíbrio e da disponibilidade dos aminoácidos que a compõe. Determinando a exigência de triptofano total para poedeiras leves de 53 a 59 semanas de idade, com diferentes níveis (0,11; 0,13; 0,15; 0,17; 0,19; 0,21 e 0,23%) mantidas em condições de altas temperaturas, Russel & Harms (1999), observaram 25

26 aumento na produção de ovo, massa de ovo, consumo de ração e no conteúdo dos ovos com o aumento de triptofano na dieta. No entanto, o peso dos ovos não foi alterado. Os autores sugeriram 157 mg de triptofano total/ave/dia para uma máxima produção. Em uma série de experimentos desenvolvidos por Bregendahl et al. (2008), com o objetivo de determinar a proporção ideal de aminoácidos em relação à lisina para poedeiras leves de 28 a 34 semanas, os autores estabeleceram a relação triptofano digestível: lisina digestível em 22%, correspondente ao consumo diário de 538 mg de lisina e 120 mg de triptofano. Lima et al. (2011a), avaliando a melhor relação triptofano digestível: lisina digestível na dieta de poedeiras leves com 29 a 45 semanas de idade obtiveram uma relação de 23,98; 24,07; 24,11; 24,58 e 25,25% para a produção diária de ovos, peso do ovo, massa dos ovos, conversão em massa de ovos e em dúzia de ovos, respectivamente. Assim, os autores concluíram que, na média das estimativas obtidas, uma dieta com uma relação triptofano digestível: lisina digestível em 24,4% as poedeiras leves em pico de postura, têm-se um desempenho zootécnico mais eficiente. De acordo com os trabalhos acima apresentados, percebe-se variação nas recomendações nutricionais de triptofano para as poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade, já que poucas pesquisas foram realizadas com esse aminoácido. 26

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32 CAPÍTULO EXIGÊNCIA NUTRICIONAL DE TREONINA DIGESTÍVEL PARA POEDEIRAS LEVES DE 60 A 76 SEMANAS DE IDADE 32

33 EXIGÊNCIA NUTRICIONAL DE TREONINA DIGESTÍVEL PARA POEDEIRAS LEVES DE 60 A 76 SEMANAS DE IDADE RESUMO Objetivou-se com este estudo, determinar a exigência nutricional de treonina digestível para galinhas poedeiras leves com 60 a 76 semanas de idade. Foram utilizados 180 poedeiras Dekalb White, com 60 semanas de idade, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com cinco níveis crescentes de treonina (0.523; 0.546; 0.569; e 0.615%), seis repetições e seis aves por parcela experimental. Os tratamentos consistiram em um nível de 0.759% de lisina digestível para todas as dietas. Após a obtenção do nível de lisina, as dietas foram formuladas mantendo as relações aminoácidos: lisina, exceto para treonina, que apresentaram relações crescentes de 69, 72, 75, 78 e 81%. O amido foi utilizado para manter as dietas isoenergéticas. Avaliou-se consumo de ração (g / ave / dia), produção de ovos (%), peso do ovo (g), massa de ovo (g / ave / dia), conversão por massa (kg / kg) e dúzia de ovos (kg / dz), peso (g) e porcentagem de gema, albúmen e casca, espessura de casca (mm) e gravidade específica. Os níveis de treonina apresentaram efeito linear para consumo de ração e efeito quadrático sobre a produção de ovos, massa de ovos, conversão alimentar por massa e dúzia de ovos. O nível recomendado foi 0,564% de treonina digestível, correspondendo a uma relação treonina: lisina digestível de 74,3%. Palavras-chave: aminoácidos, desempenho, produção de ovos, proteína ideal 33

34 NUTRITIONAL REQUIREMENT OF THREONINE FOR 60 LAYERS OF LIGHT HENS FROM 60 TO 76 WEEKS OF AGE ABSTRACT The objective of this study was to determine the nutritional requirement of threonine for light hens from 60 to 76 weeks of age. IT was used 180 Dekalb White hens with 60 weeks of age, distributed in a completely randomized design with five increasing levels of threonine (0,523; 0,546; 0,569; 0,592 and 0,615%) six repetitions and six birds per experimental plot. Treatments consisted in a level of 0,759% of digestible lysine for all diets. After obtaining the level of lysine the diets were formulated keeping relations amino acids: lysine, except for threonine, that showed increase relations in the ratios of 69, 72, 75, 78 and 81%. The starch was used to maintain isocaloric diets. It was evaluated feed intake (g / bird / day), egg production (%), egg weight (g), egg mass (g / bird / day), conversion mass (kg / kg) and dozen eggs (kg / dz), weight (g) and percentage of yolk, albumen and shell, shell thickness (mm) and specific gravity. The threonine levels showed a linear effect for feed intake and quadratic effect on the egg production, egg mass, feed per dozen eggs and pasta. The recommended level was 0.564% of threonine, corresponding to a relation of threonine: digestible lysine of 74,3%. Keywords: amino acids, performance, egg production, ideal protein 34

35 INTRODUÇÃO Os avanços no conhecimento do metabolismo protéico e o surgimento de novos aminoácidos sintéticos, com produção em grande escala comercial e a preços compatíveis, têm permitido aos nutricionistas formular dietas mais próximas da exigência animal, melhorando o aproveitamento da proteína dietética, e reduzindo os custos e a produção de resíduos menos nocivos ao meio ambiente. Para que a proteína animal seja sintetizada, é necessário entre outros fatores, que todos os aminoácidos essenciais estejam presentes na dieta, em quantidades adequadas. Na ausência de um único aminoácido, a síntese protéica é cessada e os aminoácidos em excesso, desaminados e oxidados para fornecimento de energia. Assim, rações para poedeiras, formuladas com base em aminoácidos, proporcionam melhoria nas dietas, contribuindo para maximização do desempenho das aves, Nunes (1998). A proteína é um nutriente fundamental para as aves, representando uma grande fração do custo das formulações de rações e influenciando diretamente sobre características de desempenho. Conforme Kidd et al. (2002 a), a inclusão na dieta de L- treonina, igualmente ao que ocorre com a metionina e lisina, promove o decréscimo da proteína bruta (PB) da dieta e, por conseqüência, diminui a eliminação de ácido úrico, de água e a formação de amônia no ambiente. Em dietas para aves à base de milho e farelo de soja, a treonina é o terceiro aminoácido limitante, precedido dos aminoácidos sulfurosos e da lisina. Formular dietas para aves a um custo mínimo, que atenda as exigências de treonina, é essencial para expressar o máximo potencial genético das aves e para diminuir o desbalanceamento entre os aminoácidos (Atêncio et al., 2004). A treonina, além de importante para melhor utilização da lisina, está diretamente relacionada à manutenção de sistemas corporais vitais como também é o aminoácido em maior concentração na mucina (mucosa intestinal) e nos anticorpos. Sua deficiência pode comprometer o funcionamento do sistema digestivo e imunológico e reduzir sua disponibilidade para a síntese de proteína muscular, além de ajudar na formação do colágeno e da elastina (Fernandez et al.1994 e Sá et al. 2007). Devido à escassez de informações sobre a exigência nutricional de treonina digestível para poedeiras leves pós muda, esta pesquisa foi conduzida com o objetivo de estimar o melhor nível de treonina digestível para o máximo desempenho produtivo das poedeiras comerciais com 60 a 76 semanas de idade. 35

36 MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, Campus II, Areia PB, no período de maio a setembro de 2011, perfazendo quatro fases de 28 dias cada, totalizando 112 dias. Foram utilizadas 180 poedeiras leves Dekalb White com 60 semanas de idade, distribuídas em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco tratamentos, seis repetições, com seis aves por unidade experimental. As aves foram alojadas em gaiolas de cm. O programa de luz adotado foi 16 horas. No 15º dia que antecederam o experimento, a produção de ovos e a taxa de postura foram registrados para a uniformização das parcelas. Os tratamentos apresentaram o nível de lisina digestível estimado em 0,759%. Este obtido de acordo com a equação sugerida por Rostagno et al. (2005). Após a obtenção do nível de lisina digestível, as rações foram formuladas mantendo as relações aminoacídicas: lisina digestível, exceto para a treonina, que apresentaram relações crescentes em 69, 72, 75, 78 e 81% (Tabela 1), com o objetivo de alcançar os níveis de 0,523; 0,546; 0,569; 0,592 e 0,615% de treonina digestível na ração. Fiz-se suplementação com amido em níveis decrescentes as relações treonina para que todas as rações permanecessem isoenergéticas (0,627; 0,599; 0,576; 0,554 e 0,531) Os parâmetros analisados foram: consumo de ração (g/ave/dia), produção (%), peso do ovo (g), massa de ovo (g/ave/dia), conversão por massa (kg/kg) e dúzia de ovo (kg/dz), peso (g) e porcentagem (%) de gema, de albúmen e de casca, espessura da casca (mm) e gravidade específica (g/cm 3 ). Consumo ração - A avaliação do consumo de ração foi determinada pela diferença entre a ração fornecida e a sobra no final de cada período experimental, sendo corrigida para mortalidade, quando necessário. No caso de aves mortas durante o período, o consumo médio foi descontado e corrigido, obtendo-se o consumo médio verdadeiro para unidade experimental em questão. Produção ovos - A coleta dos ovos foi realizada duas vezes ao dia (07 e 16h), sendo anotados em ficha de acompanhamento de produção, tendo sido o mesmo procedimento adotado para o registro da mortalidade. A produção dos ovos em porcentagem foi calculada dividindo-se a quantidade de ovos totalizados por parcela pelo número de aves. 36

37 Peso médio ovos - Os ovos dos últimos três dias de cada período foram pesados individualmente para a obtenção do peso médio dos ovos. Massa ovo - Os cálculos da massa de ovo foram realizados pelo produto da produção de ovos e do peso médio dos ovos por parcela, dividindo-se por 100. Conversão alimentar - A conversão alimentar por massa de ovo foi calculada através da relação entre o consumo de ração e massa de ovo produzida. A conversão por dúzia de ovos foi calculada pela relação entre o consumo de ração dividida pelo número de ovos produzidos, sendo esse resultado multiplicado por doze. Componentes dos ovos - Ao final de cada período, foram selecionados quatro ovos por parcela para determinação do peso e porcentagem de gema, de albúmen e de casca, após separação manual destes componentes. As cascas foram colocadas em estufa a 105 durante 24 horas. A porcentagem de cada um dos componentes do ovo foi obtida dividindo-se o peso do componente pelo peso do ovo inteiro, multiplicando esse resultado por 100. A espessura da casca foi medida com o auxílio de um micrômetro digital com precisão de 0, 001 mm em três pontos na linha mediana do ovo, com os quais se calculou a média aritmética. Gravidade específica - A gravidade específica foi determinada pelo método de flutuação salina, conforme metodologia descrita por (Hamilton, 1982). Antes de cada avaliação, as densidades foram conferidas com decímetro de petróleo. A cada final de período experimental, foram selecionados dois ovos por parcela; em seguida, realizouse imersões dos ovos em diferentes soluções salinas com os devidos ajustes para um volume de 25 litros de água com densidades de variação entre 1,060 a 1,100 com intervalo de 0,0025 g/cbm 3. Os ovos foram colocados em baldes com soluções salinas, da menor para a maior densidade e retirados ao flutuarem, sendo anotados os valores respectivos das densidades correspondentes às soluções dos recipientes. 37

38 Tabela 1- Composição alimentar e química da ração basal. Ingredientes Milho 71,455 Farelo de soja 45% 15,717 Calcário 9,316 Fosfato Bicálcico 1,565 Sal 0,535 Cloreto de colina 0,070 Premix Vitamínico 1 0,050 Premix Mineral 2 0,050 Etoxiquim/ BHT 3 0,010 Amido 0,623 Metionina 0,284 Lisina 0,210 Triptofano 0,0405 Treonina 0,0836 Total 100 Composição calculada Proteína bruta 14,05 Cálcio% 4,020 Fósforo Disponível % 0,375 Energia Metabolizável kcal/kg 2800 Sódio % 0,230 Cloro % 0,363 Potássio % 0,590 Lisina digestível % 0,759 Treonina digestível % 0,523 Metionina digestível % 0,388 Metionina + Cistina digestível % 0,690 Triptofano digestível % 0,174 Valina digestível % 0,683 Arginina digestível % 0,759 Isoleucina digestível % 0,630 Treonina digestível: Lisina digestível 69 1 Vitamin premix per kg feed: Vit. A Ul, Vit. D Ul, Vit. E Ul, Vit.B 1-2,0 g, Vit.B 2-4,0 g, Vit B6-3,0 g, Vit.B 12-0,015 g, Nicotinic acid - 25 g, Pantothenic acid- 10 g, Vit.K 3-3,0 g, Folic acid- 1,0 g, 2 Mineral premix per kg feed: Mn, 60 g; Fe, 80 g; Zn, 50 g; Cu, 10 g; Co, 2 g; I, 1 g, Selenium mg; and vehicle q.s.p., 500 g. 3 Antioxidant. Composição calculada segundo Rostagno et al. (2005). As análises estatísticas das variáveis avaliadas foram realizadas de acordo com o programa SAEG - Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas (UFV, 1999) mediante o uso dos modelos de regressão (linear e quadrático). Modelo estatístico para análise de variância foi: Yij = μ + Ti + eij 38

39 Onde: Yij = observação do tratamento i, na repetição j; μ = média geral Ti = efeito do tratamento i; eij = erro aleatório associado a cada observação. 39

40 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os níveis de treonina nas rações das poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade influenciaram o desempenho das aves, alterando o consumo de ração, produção de ovos, massa de ovo além da conversão em massa e em dúzia de ovos (Tabela 2). Tabela 2. Consumo de ração (CR, g), produção (PR, %), peso (PO, g), massa (MO, g), conversão em massa (CMO, g/g) e em dúzia de ovos (CDZ, g/g) em função das relações treonina: lisina digestível (Treo: Lis). Treo % Treo: Lis CR PR PO MO CMO CDO 0, ,18 86,42 65,85 56,91 1,903 1,502 0, ,73 88,15 66,43 58,56 1,858 1,480 0, ,29 91,40 64,83 59,25 1,845 1,435 0, ,56 90,81 65,36 59,35 1,846 1,448 0, ,08 87,31 64,58 56,38 1,954 1,514 Media 109,17 88,81 65,41 58,09 1,881 1,476 CV (%) 1, ,02 2,98 3,32 2,61 Efeito L* Q* ns Q* Q* Q* Treo= treonina; L*= efeito linear; Q* = efeito quadrático; CV = Coeficiente de variação Com base no comportamento dos dados obtidos, as equações polinomiais são apresentadas na Tabela 3, bem como a relação e o nível determinado após derivada. Tabela 3. Equações polinomiais das variáveis influenciadas estatisticamente pelas relações treonina: lisina das rações. Variável Equação Polinomial R 2 Treo: Lis% Produção ovos Ŷ= -1929,2x ,7x 544,7 0,87 75,6 Massa de ovos Ŷ= -1327,3x ,3x 369,59 0,92 75 Conversão em massa de ovos Ŷ= 42,954x ,489x 15,519 0,92 74,3 Conversão em dúzia de ovos Ŷ= 31,564x ,961x 11,685 0,85 75 As relações da treonina com a lisina foram 75,6; 75; 74,3 e 75%, o que representa um nível de 0,574; 0,569; 0,564 e 0,570 % de treonina digestível para melhores índices de produção, massa de ovo e conversão em massa e em dúzia de ovos, respectivamente (Tabela 3). Observou-se efeito linear para consumo de ração nos diferentes níveis de treonina utilizados nas rações. Foi observado aumento no consumo de ração à medida que se aumentava os níveis de treonina na dieta (Figura 1). 40

41 Figura 1. Consumo de ração g/ave/dia para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade alimentadas com diferentes níveis de treonina digestível. Esse resultado corrobora com os obtidos por Sá et al. (2007), onde observaram efeito linear no consumo das aves ao utilizarem diferentes níveis de treonina digestível (0,410; 0,445; 0,480; 0,515 e 0,550%) em poedeiras semipesadas de 34 a 50 semanas de idade. Adkins et al. (1958) constataram maior consumo de ração para as poedeiras alimentadas com maiores níveis de treonina, 0,42 a 0,62%, que consumiram em média 374,0 a 531,0 mg de treonina/ave/dia, respectivamente. De maneira semelhante, Weerden et al. (1984) observaram durante o pico de postura, variação no consumo de ração (103,45 a 112,78 g/ave/dia), em poedeiras alimentadas com rações contendo 0,38 a 0,47% de treonina, correspondendo ao consumo de 393,0 a 530,0 mg de treonina/ave/dia. Cupertino (2006) não observou efeito significativo sobre consumo de ração de poedeiras leves e semipesadas ao utilizar níveis de treonina digestível (0,380; 0,413; 0,445; 0,478 e 0,511%). Cupertino et al. (2010) ao avaliarem o consumo de ração de poedeiras leves observaram efeito quadrático ao estudarem níveis crescentes de treonina (0,380; 0,413; 0,445; 0,478 e 0,511%). Isso pode ser explicado devido ao período de restrição alimentar, onde possivelmente aumentaria as necessidades nutricionais pós muda, necessitando assim de uma maior ingestão desse aminoácido com a finalidade de suprir as necessidades para uma renovação de penas devido à grande perda ocorrida no período de muda, haja vista a treonina é um importante componente das penas. Formação do tecido corporal devido grande perda de peso que pode chegar a mais de 20% do peso corporal total no início do procedimento de muda. De acordo com (Waterlow, 2006) lisina, treonina e em menor quantidade histidina dominam o quadro, 41

42 com cerca de 70% do total do perfil aminoácido do tecido corporal. Além de utilizarem a treonina para produção de anticorpos e de mucina. Os valores de produção de ovos e massa de ovo sofreram influencia quadrática dos níveis de treonina na ração, (Figuras 2 e 3). 0, 574% Figura 2. Produção ovos (%), poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade, alimentadas com diferentes níveis de treonina digestível. Figura 3. Massa de ovos para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade, alimentadas com diferentes níveis de treonina digestível. Esses resultados comprovam que a partir de determinado nível de treonina na ração, ocorre uma diminuição na resposta dessas variáveis. A exigência estimada de treonina para essas variáveis foram de 0,574 e 0,569% de treonina digestível, sendo a relação estimada em 75,6 e 75% respectivamente. Dessa forma, como encontrado por Schmidt et al. (2011), os quais também verificaram efeito quadrático, estimaram a 42

43 exigência de treonina digestível para essas variáveis em 0,465 e 0,459%. Em poedeiras de 21 a 36 semanas de idade Valério et al.(2000), não observaram efeito dos níveis de treonina na ração sobre a produção de ovos. Lima et al. (2009a), avaliaram níveis crescentes de treonina nas rações de poedeiras leves em pico de postura, observaram que a produção diária de ovos foi influenciada estatisticamente pela relação treonina digestível: lisina digestível, apresentando um comportamento quadrático e obtendo uma relação ótima de 75,4%. Com relação ao peso de ovo, não houve efeito dos níveis de treonina digestível das dietas (Tabela 2), concordando com os resultados obtidos por Huyghebart & Butler (1991); Ishibashi et al.(1998); Camps (2001); Faria et al. (2002); Sá (2005); Cupertino (2006) e Cupertino et al.(2010). Porém, divergindo dos encontrados por Valério et al. (2000), que observaram efeito quadrático sobre peso de ovo, assim como Schmidt et al. (2011), que relataram perceber influência quadrática dos níveis de treonina na ração, sendo estimado a exigência em 0,445%. Os níveis de treonina digestível das dietas influenciaram de forma significativa a conversão alimentar por massa e dúzia de ovos (Figura 4 e 5). Sendo observado efeito quadrático para estas variáveis. A relação encontrada foi de 74,36 e 75% respectivamente, equivalendo a níveis de 0,564 e 0,570% de treonina digestível e consumo de 616 e 622 mg/ave/dia de treonina. 0, 564% Figura 4. Conversão por massa de ovo para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade, alimentadas com diferentes relações de treonina: lisina digestível. 43

44 0,570% Figura 5. Conversão por dúzia de ovos (kg de ração/dúzia de ovos) para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade, alimentadas com diferentes relações de treonina. Sá et al.(2007), observaram efeito quadrático dos níveis de treonina digestível sobre a conversão alimentar por dúzia de ovos em aves de 34 a 50 semanas de idade e determinaram exigência 0,510% de treonina, correspondente a um consumo diário de 583 mg/ave/dia de treonina digestível. Schmidt et al. (2011) determinaram as exigências de treonina, estimadas para consumo de ração, conversão alimentar por dúzia e massa de ovos foram de 0,452; 0,469 e 0,460%, respectivamente, equivalendo a um consumo de 441; 459 e 449 mg/ave/dia de treonina. Os efeitos similares e recomendações diferenciadas podem ser explicados por um efeito de extrema importância e que muitas vezes não e considerado, como por exemplo, a linhagem das aves avaliadas, em cada um dos estudos realizados. Não foi observado influencia dos níveis de treonina digestível na qualidade interna dos ovos de poedeiras leves (Tabela 4). Tabela 4. Gravidade específica (GE, g/cm3), Espessura de casca (mm), Albúmen%, Casca, % e Gema, % dos ovos em função dos níveis de treonina digestível. Treo% Treo:Lis GE Esp.Casca %Albúmen %Casca %Gema 0, , 084 0, ,44 9, , 585 0, , 085 0, ,50 9, , 674 0, , 083 0, ,29 10, , 622 0, , 083 0, ,72 9, , 317 0, , 083 0, ,85 10, , 100 Media 1, 084 0, ,96 9, , 060 CV (%) 0,15 1,81 2,13 2,13 3,68 Efeito ns ns ns ns ns Treo = treonina; Treo: Lis = relação treonina: lisina digestível; ns= não significativo 44

45 O que evidencia que não houve deficiência de treonina na ração com 0,523% para os parâmetros avaliados. Da mesma forma, Valério et al. (2000) trabalhando com níveis de treonina variando de 0,510 a 0,635%, verificaram que os níveis de treonina utilizados não influenciaram a qualidade interna dos ovos de aves leves. Semelhantes resultados, foram reportados por Sá et al. (2007) e Schmidt et al. (2011). Com base nos resultados apresentados nesse estudo e correlacionados com outros publicados na literatura nacional e internacional, a suplementação de L-treonina demonstra ser eficiente sobre o desempenho das poedeiras leves, demonstrando resultados conclusivos e similares consideradas as variáveis de produção. Contudo, o mesmo não se observa com as variáveis de qualidade dos ovos. Possivelmente, divergências nas metodologias aplicadas ou simplesmente falta de efeito significativo sobre estas características podem responder a esse efeito. Os resultados obtidos nesse estudo corroboram com os recomendados por Gomez & Angels (2009), quando concluíram uma pesquisa com poedeiras em segundo ciclo de postura com diferentes níveis de treonina digestível e metionina digestível, recomendando uma relação ótima de 74% de treonina digestível: lisina digestível. Segundo Amezcua et al. (1999) e Cupertino (2006) a relação ótima de treonina :lisina digestível é de 68% para obtenção de melhores resultados de produção. De acordo com Camps (2001), ocorre aumento da produção de ovos ao aumentar o consumo de treonina de 454 para 567 mg/ave/dia. Teixeira et al. (2005), em pesquisa com poedeiras de 44 a 53 semanas de idade, recomendaram 0,530% ou 625 mg/ave/dia de treonina digestível. Shmidt et al. (2011), utilizando níveis crescentes de treonina digestível nas rações de aves, obedecendo às relações de 58, 63, 68, 73 e 78% com a lisina digestível, quando essa esteve fixada em 0,653%, recomendaram níveis de 0,460% de treonina digestível, equivalente a uma relação treonina digestível: lisina digestível de 70% as quais apresentaram os melhores níveis de produção de ovos. Schmidt et al. (2011), estimaram a exigência de treonina digestível em 0,469%, que corresponde a um consumo de 459 mg/ave/dia para poedeiras leves no período de 79 a 95 semanas de idade. 45

46 CONCLUSÃO Recomenda-se uma relação treonina digestível: lisina digestível de 74,3% para galinhas poedeiras leves de 60 a 76 semanas, correspondente ao nível de 0,564% e um consumo médio de 616 mg/ave/dia de treonina digestível. 46

47 REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA ADKINS, J.S., MILLER, E.C., BIRD, H.R. et al An estimate of the threonine requirement of the laying hen. Poultry Science, 37(6): AMEZCUA, C.M.; LAPARRA VEGA, J.L.; AVILA GONZALES et al. Journal Applied Poultry Research, v. 8, p , ATÊNCIO, A.; ALBINO, L.F.T.; ROSTAGNO, H.S. et al. Exigências de treonina para frangos de corte machos nas fases de 1 a 20, 24 a 38 e 44 a 56 dias de idade. Revista Brasileira de Zootecnia, v.33, n.4, p , 2004 CAMPS, D.M. Dietas bajas en proteínas con suplementación de treonina y triptofano en la alimentación de ponedoras comerciales. Revista Cubana de Ciência Avícola, v.25, p , CUPERTINO, E.S.; GOMES, P.C.; VARGAS JUNIOR, J.G. et al.níveis nutricionais de treonina digestível para poedeiras comerciais durante o segundo ciclo de postura. Revista Brasileira de Zootecnia, v.39, n.9, p , CUPERTINO,E.S. Exigências nutricionais de lisina, de metionina + cistina e de treonina para galinhas poedeiras no período de 54 a 70 semanas de idade.viçosa,mg:ufv, Tese (Doutorado em Zootecnia)- Universidade Federal de Viçosa, Abril de 2006 FARIA, D.E.; HARMS, R.H. and RUSSEL, G.B. Threonine requirement of commercial laying hens fed a corn soybean meal diet Poultry Science, 81: FERNANDEZ, S.R.; AOYAGI, S.; HAN, Y.; PARSONS, M.C.; BAKER,H.D.Limiting order of amino acid in corn and soyben meal cereal for growth of the chick. Poultry Science, v.73, p , GOMEZ, S., ANGELES, M. Effect of threonine and methionine levels in the diet of laying hens in the second cycle of production Journal of Applied Poultry Research :

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49 SCHMIDT, M.; GOMES, P.C.; ROSTAGNO, H.S. et al. Exigência nutricional de lisina digestível para poedeiras semipesadas no segundo ciclo de produção. Revista Brasileira de Zootecnia, v.38, n.10, p , SCHMIDT, M., GOMES, P,C., ROSTAGNO, H,S., TEIXEIRA, A,L,F.,Nunes,C,G,V., NUNES,V,R. Níveis nutricionais de treonina digestível para poedeiras leves no segundo ciclo de produção. Revista Brasileira de Zootecnia, v.40, n.1, p , TEIXEIRA, E. N. M.; VILAR DA SILVA, J. H.; SILVA, E.L.; LIMA, M. R.; RIBEIRO, M. L. G.; ROCHA, J. K. P.Exigência de treonina digestível para poedeiras leves e semipesadas. Revista Brasileira de Ciência Avícola, v.7, supl., p , UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV. Central de Processamento de Dados UFV/CPD. SAEG Sistema para análise estatística e genética. Versão 8.0 Viçosa, MG: UFV, p. VALÉRIO, S.R.; SOARES, P.R.; ROSTAGNO, H.S. et al Exigência nutricional de treonina para poedeiras leves e semipesadas. Revista Brasileira de Zootecnia, v.29, n.2, p , WEERDEN, E. J.; VAN SCHUTTE, J.E.; BERTRAM, H.L Protein and amino acid requiremets of laying hens. In: WORLD S POULTRY CONGRESS AND EXHIBITON, 17., 1984, Helsinki. Proceedings Finlands (s.n).p

50 CAPÍTULO EXIGÊNCIA NUTRICIONAL DE TRIPTOFANO DIGESTÍVEL PARA POEDEIRAS LEVES DE 60 A 76 SEMANAS DE IDADE 50

51 EXIGÊNCIA NUTRICIONAL DE TRIPTOFANO DIGESTÍVEL PARA POEDEIRAS LEVES DE 60 A 76 SEMANAS DE IDADE RESUMO Objetivou-se com o estudo determinar a exigência nutricional de triptofano digestível para poedeiras leves no período de 60 a 76 semanas de idade. Foram utilizadas 180 poedeiras Dekalb White distribuídas em delineamento inteiramente casualizado, com cinco níveis crescentes de triptofano digestível (0,167; 0,175; 0,183; 0,191 e 0,199%), com seis repetições e seis aves por parcela experimental. Os tratamentos consistiram em um nível de 0,759% de lisina digestível para todas as dietas. Após determinação da lisina digestível, as rações foram formuladas mantendo as relações aminoácidos digestível: lisina digestível, exceto para o triptofano, que apresentou relações crescentes em 22, 23, 24, 25 e 26%. As variáveis avaliadas foram: consumo de ração (g/ave/dia), produção (%), peso de ovo (g), massa de ovo (g/ave/dia), conversão por massa (kg/kg) e por dúzia de ovo (kg/dz), porcentagem de gema, de albúmen e de casca (%), espessura da casca (mm) e gravidade específica. Os níveis de triptofano digestível na ração apresentaram efeito quadrático sobre produção de ovos, massa de ovo, conversão por massa e dúzia de ovos, e efeito linear sobre peso de ovo. Pelos resultados obtidos, estimou-se para poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade o nível de 0,192% de triptofano digestível, correspondendo a uma relação triptofano digestível : lisina digestível igual a 25,3%. Palavras chave: aminoácido, consumo ração, desempenho, produção ovos 51

52 NUTRITIONAL REQUIREMENT OF DIGESTIBLE TRYPTOPHAN FOR LIGHT HENS FROM 60 TO 76 WEEKS OF AGE ABSTRACT The objective of this study was to determine the nutritional requirement of digestible tryptophan for light hens during 60 to 76 weeks of age. It was used a total of 180 Dekalb White hens, distributed in a completely randomized design, with five levels increasing of digestible tryptophan (0,167; 0,175; 0,183; 0,191 and 0,199%), with six repetitions of six birds per experimental plot. The treatments consisted in a level of 0,759% of digestible lysine for all the diets. After determining the digestible lysine diets were formulated keeping relations amino acids: digestible lysine, except for tryptophan, that showed increases relations of 22, 23, 24, 25 and 26%. The variables evaluated were: feed intake (g / bird / day), production (%), egg weight (g), egg mass (g / bird / day), conversion mass (kg / kg) and per dozen egg (kg / dz), percentage of yolk, albumen and shell (%), thickness of shell (mm) and specific gravity. The levels of digestible tryptophan in the diet showed a quadratic effect on the egg production, egg mass, conversion mass and dozen eggs, and linear effect on egg weight. After the results obtained, it was estimated to laying hens from 60 to 76 weeks of age the level of 0,192% digestible tryptophan, corresponding to a digestible relation tryptophan: digestible lysine equal to 25,3%. Keywords: amino acid, feed intake, performance, egg production 52

53 INTRODUÇÃO A evolução genética das poedeiras produziu aves mais eficientes, com menor peso corporal e baixo consumo de ração. O grande desafio é dominar o dinamismo da genética que tornaram as aves muito mais exigentes, principalmente sob o aspecto nutricional, Garcia (2004). A precocidade das aves resultou na necessidade de programas de alimentação específicos para cada fase de criação e principalmente que estes programas garantam a ingestão adequada de nutrientes para atender a demanda biológica de manutenção, ganho e produção. Os aminoácidos exercem importantes funções como componentes das proteínas, são essenciais para mantença e produção e apresentam papel essencial em vários processos metabólicos. O triptofano está envolvido na síntese de niacina e serotonina (Rogers & Pesti 1992), sendo portanto imprescindível que esteja em níveis adequados nas rações, para que haja crescimento rápido e eficiente das aves. Segundo alguns autores como Peganova et al. (2003) e Deponti et al. (2007), o triptofano é considerado como o terceiro aminoácido limitante nas rações de galinhas poedeiras à base de milho e farelo de soja. Além disso, o triptofano é precursor da síntese de melatonina e reduz à agressividade das aves, o que sem dúvida alguma, facilita o manejo diário das aves e, de certa forma, contribui para uma produção de ovos mais eficiente. Diferente das recomendações de lisina, o triptofano é mais avaliado com base na relação com a lisina, ou seja, além dos níveis individuais do aminoácido, a relação com a lisina passa a ser atualmente um dos maiores aliados dos pesquisadores em determinar o melhor nível deste aminoácido. A exemplo disto, verifica-se as recomendações do NRC (1994), CVB (1996), Coon & Xhang (1999), Rostagno et al. (2000), Rostagno et al. (2005), Rostagno et al. (2011), Leeson & Summers (2005) e Brengendahl (2008) que recomendam dietas para aves leves ou semipesadas, uma relação de triptofano digestível: lisina digestível em 23, 19, 20, 25, 23, 23, 21 e 22. Com tantos dados conflitantes, objetivou-se com este estudo estabelecer a melhor relação triptofano digestível: lisina digestível para poedeiras leves no período de 60 a 76 semanas de idade. 53

54 MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, Campus II, Areia PB, no período de maio a setembro de 2011, perfazendo quatro fases de 28 dias cada, totalizando 112 dias. Foram utilizadas 180 poedeiras leves Dekalb White com 60 semanas de idade, distribuídas em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco tratamentos, seis repetições, com seis aves por unidade experimental. As aves foram alojadas em gaiolas de cm. O programa de luz adotado foi 16 horas. No 15º dia que antecederam o experimento, a produção de ovos e a taxa de postura foram registrados para a uniformização das parcelas. Os tratamentos apresentaram o nível de lisina digestível estimado em 0,759%. Este obtido de acordo com a equação sugerida por Rostagno et al. (2005). Após a obtenção do nível de lisina digestível, as rações foram formuladas mantendo as relações aminoacídicas: lisina digestível, exceto para a triptofano, que apresentaram relações crescentes em 22, 23, 24, 25 e 26% (Tabela 1), com o objetivo de alcançar os níveis de 0,167; 0,175; 0,183; 0,191 e 0,199% de triptofano digestível na ração. Fiz-se suplementação com amido em níveis decrescentes as relações treonina para que todas as rações permanecessem isoenergéticas (0,200; 0,192; 0,184; 0,176 e 0,168%). Os parâmetros analisados foram: consumo de ração (g/ave/dia), produção (%), peso do ovo (g), massa de ovo (g/ave/dia), conversão por massa (kg/kg) e dúzia de ovo (kg/dz), peso (g) e porcentagem (%) de gema, de albúmen e de casca, espessura da casca (mm) e gravidade específica (g/cm 3 ). Consumo ração - A avaliação do consumo de ração foi determinada pela diferença entre a ração fornecida e a sobra no final de cada período experimental, sendo corrigida para mortalidade, quando necessário. No caso de aves mortas durante o período, o consumo médio foi descontado e corrigido, obtendo-se o consumo médio verdadeiro para unidade experimental em questão. Produção ovos - A coleta dos ovos foi realizada duas vezes ao dia (07 e 16h), sendo anotados em ficha de acompanhamento de produção, tendo sido o mesmo procedimento adotado para o registro da mortalidade. A produção dos ovos em 54

55 porcentagem foi calculada dividindo-se a quantidade de ovos totalizados por parcela pelo número de aves. Peso médio ovos - Os ovos dos últimos três dias de cada período foram pesados individualmente para a obtenção do peso médio dos ovos. Massa ovo - Os cálculos da massa de ovo foram realizados pelo produto da produção de ovos e do peso médio dos ovos por parcela, dividindo-se por 100. Conversão alimentar - A conversão alimentar por massa de ovo foi calculada através da relação entre o consumo de ração e massa de ovo produzida. A conversão por dúzia de ovos foi calculada pela relação entre o consumo de ração dividida pelo número de ovos produzidos, sendo esse resultado multiplicado por doze. Componentes dos ovos - Ao final de cada período, foram selecionados quatro ovos por parcela para determinação do peso e porcentagem de gema, de albúmen e de casca, após separação manual destes componentes. As cascas foram colocadas em estufa a 105 durante 24 horas. A porcentagem de cada um dos componentes do ovo foi obtida dividindo-se o peso do componente pelo peso do ovo inteiro, multiplicando esse resultado por 100. A espessura da casca foi medida com o auxílio de um micrômetro digital com precisão de 0, 001 mm em três pontos na linha mediana do ovo, com os quais se calculou a média aritmética. Gravidade específica - A gravidade específica foi determinada pelo método de flutuação salina, conforme metodologia descrita por (Hamilton, 1982). Antes de cada avaliação, as densidades foram conferidas com decímetro de petróleo. A cada final de período experimental, foram selecionados dois ovos por parcela; em seguida, realizouse imersões dos ovos em diferentes soluções salinas com os devidos ajustes para um volume de 25 litros de água com densidades de variação entre 1,060 a 1,100, com intervalo de 0,0025 g/cbm 3. Os ovos foram colocados em baldes com soluções salinas, da menor para a maior densidade e retirados ao flutuarem, sendo anotados os valores respectivos das densidades correspondentes às soluções dos recipientes. 55

56 Tabela 1- Composição alimentar e química da ração basal. Ingredientes (kg) Milho 71,20 Farelo de soja 45% 15,72 Calcário 8,23 Fosfato Bicálcico 3,268 Sal 0,535 Cloreto de colina 0,070 Premix Vitamínico 1 0,050 Premix Mineral 2 0,050 Etoxiquim/ BHT 3 0,010 Amido 0,200 Metionina 0,284 Lisina 0,210 Treonina 0,131 Triptofano 0,0335 Total 100 Composição calculada Proteína bruta % 14,08 Cálcio% 4,020 Fósforo Disponível % 0,375 Energia Metabolizável kcal/kg 2800 Sódio % 0,230 Cloro % 0,363 Potássio % 0,590 Lisina digestível % 0,759 Triptofano digestível % 0,167 Metionina digestível % 0,388 Metionina + Cistina digestível % 0,690 Treonina digestível % 0,570 Valina digestível % 0,683 Arginina digestível % 0,759 Isoleucina digestível % 0,630 Triptofano:Lisina digestível 22 1 Vitamin premix per kg feed: Vit. A Ul, Vit. D Ul, Vit. E Ul, Vit.B 1-2,0 g, Vit.B 2-4,0 g, Vit B6-3,0 g, Vit.B 12-0,015 g, Nicotinic acid - 25 g, Pantothenic acid- 10 g, Vit.K 3-3,0 g, Folic acid- 1,0 g, 2 Mineral premix per kg feed: Mn, 60 g; Fe, 80 g; Zn, 50 g; Cu, 10 g; Co, 2 g; I, 1 g, Selenium mg; and vehicle q.s.p., 500 g. 3 Antioxidant. As análises estatísticas das variáveis avaliadas foram realizadas utilizando o programa SAEG - Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas (UFV, 1999) mediante o uso dos modelos de regressão (linear e quadrático). Onde: O modelo estatístico utilizado foi: Yij = μ + Ti + eij Yij = observação do tratamento i, na repetição j; 56

57 μ = média geral; Ti = efeito do tratamento i; eij = erro aleatório associado a cada observação. 57

58 RESULTADOS E DISCUSSÃO Não houve efeito dos níveis de triptofano digestível das rações sobre o consumo de ração, demonstrado que o menor nível de 0,167% de triptofano foi suficiente, (Tabela 2). Da mesma forma, Antar et al. (2004) e Deponti et al. (2004), avaliando níveis de triptofano nas dietas não observaram diferenças significativas entre os tratamentos avaliados para essa variável. Pinheiro et al. (2008) ao trabalharem com codornas não encontraram efeito significativos quanto ao consumo de ração das aves. Os resultados obtidos no presente estudo podem ser justificados pelo fato das aves não terem sido expostas a situações estressantes, ou seja, situações em que o triptofano poderia ser mais exigido, visto que este aminoácido é o precursor da serotonina a qual promove sensação de bem-estar às aves e, assim, pode aumentar o consumo. Porém, Russell & Harms (1999), Harms & Russell (2000), Peganova et al. (2003) e Peganova & Eder (2003), trabalhando com galinhas poedeiras, encontraram efeito significativo dos níveis de triptofano sobre o consumo de ração, de forma que, elevando-se o nível de triptofano das dietas, aumentou-se o consumo. Tabela 2- Consumo de ração (CR, g), produção (PR, %), peso (PO, g), massa (MO, g), conversão em massa (CMO, g/g) e em dúzia de ovos (CDZ, g/g) em função das relações triptofano: lisina digestível (Trip:Lis). Trip % Trip: Lis CR PR PO MO CMO CDZ 0, ,47 87,71 65,12 57,10 1,935 1,512 0, ,88 89,85 65,03 58,44 1,881 1,468 0, ,03 91,30 65,61 59,90 1,838 1,446 0, ,67 94,12 65,86 61,99 1,786 1,411 0, ,46 92,32 66,95 61,83 1,789 1,437 Media 110,31 91,06 65,71 59,85 1,846 1,455 Efeito ns Q* L* Q* Q* Q* CV (%) 1,19 2,84 1,93 3,97 4,18 3,09 Trip=triptofano; L*= efeito linear; Q* = efeito quadrático; CV= Coeficiente de variação Com base no comportamento dos dados obtidos, as equações polinomiais são apresentadas na Tabela 3, bem como a relação e o nível determinado após derivada. As relações do triptofano com a lisina foram 25,7; 28,2; 26,7 e 25,3% o que representa níveis de 0,195; 0,214; 0,203 e 0,192% de triptofano digestível para melhores índices de produção, massa de ovo e conversão em massa e em dúzia de ovos, respectivamente (Tabela 3). 58

59 Tabela 3- Equações polinomiais das variáveis influenciadas estatisticamente pelas relações triptofano digestível: lisina digestível. Variável Equação Polinomial R 2 Trip: Lis% Produção ovos Ŷ=-7292,9x ,8x 183,09 0,90 25,7 Massa de ovos Ŷ=-2634,2x+1126,7x 57, 785 0,96 28,2 Conversão em massa de ovos Ŷ=119,66 x 2 48,63x + 6,7225 0,98 26,7 Conversão em dúzia de ovos Ŷ=140,29x 2 53,931x + 6,6079 0,94 25,3 Para produção de ovos houve efeito quadrático, correspondendo ao nível de 0,195% triptofano digestível como sendo a máxima resposta para essa variável, correspondendo a relação triptofano digestível: lisina digestível de 25,8% ocasionando uma queda na produção a partir deste valor (Figura 1). 0, 195 Figura 1. Produção ovos (%), poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade, alimentadas com diferentes níveis de triptofano digestível. Segundo Johnson (2000), a serotonina sintetizada a partir do triptofano tem sido relatada como bloqueadora da ovulação. Isto poderá ocorrer devido ao efeito inibitório da serotonina sobre a liberação de GnRh, que é produzido no hipotálamo e atua sobre a hipófise estimulando a liberação dos hormônios FSH e LH. Vanecek (1998) relatou que a melatonina, hormônio também sintetizado a partir da serotonina em humanos possui importante ação antigonadotrófica, visto que a mesma age inibindo a produção de GnRH. Possivelmente sejam estes os fatores que contribuíram para queda da produção. Segundo Jensen et al. (1990), dietas contendo níveis de triptofano inferiores a 0,16% promoveram redução da produção de ovos. Russell & Harms (1999) observaram 59

60 exigência de 136mg/ave/dia para produção de ovos, fornecendo níveis entre 11 a 23% de triptofano. Harms & Russell (2000) obtiveram produção de ovos aumentada de 66,2% para 92,7% ao fornecer níveis crescentes de triptofano (0,12; 0,13; 0,14; 0,15; 0,16; 0,17 e 0,18%) para poedeiras comerciais. Deponti et al. (2004), concluíram que níveis abaixo de 15% de triptofano resultaram em queda na produção e massa de ovos. No entanto, estes resultados divergem daqueles encontrados por Peganova & Eder (2003) e Antar et al. (2004), que não encontraram efeitos significativos dos níveis de triptofano sobre a produção e massa de ovos de galinhas poedeiras. Observou-se efeito linear para o peso dos ovos de acordo com os níveis de triptofano digestível das dietas fornecidas (Figura 2). Figura 2. Peso ovo (%), poedeiras leves de 60 a 76 semanas de idade, alimentadas com diferentes níveis de triptofano digestível. Da mesma forma Harms & Russell (2000), notaram aumento no peso dos ovos quando elevaram o teor de triptofano na ração, embora os níveis de proteína e de outros aminoácidos como metionina e lisina também tenham sido aumentados conforme os níveis de triptofano, o que pode explicar o maior peso dos ovos. Antar et al. (2004) verificaram efeito dos tratamentos sobre o peso de ovos de galinhas poedeiras. Divergindo dos resultados apresentados por Russell & Harms (1999), Peganova & Eder (2003) e Deponti et al. (2004), que avaliando níveis de triptofano total em dietas de galinhas poedeiras, não encontraram efeito sobre esta variável. A possível explicação para o resultado encontrado nesta pesquisa é a possibilidade do aumento na produção da ovoalbumina, um dos componentes do albúmen. 60

61 Lima (2012), ao trabalhar com poedeiras leves em postura com níveis crescentes de aminoácidos e relação aminoácidos: lisina constante, avaliando histologicamente o oviduto das aves, observou aumento na produção de albúmen pelo magno à medida que se aumentou os níveis de triptofano digestível nas dietas, uma vez que as glândulas tubulares do magno se apresentaram em estágio funcional mais ativo e apresentando maiores quantidades de albúmen. O que permitiu que a produção dos ovos fosse feitas num período de tempo menor, aumentando assim a produção, peso, massa, conversão em massa e dúzia de ovos. Observou-se efeito quadrático sobre a massa de ovos (Figura 3). Verifica-se que o ponto de máxima resposta para essa variável, corresponde ao nível de 0,214 % triptofano digestível. Deponti et al. (2007), observaram que para obter massa de ovos adequados, é necessária ingestão mínima de triptofano de 165,1 mg/ave/ dia (0,15%). 0, 214 Figura 3. Massa de ovos para poedeiras leves em segundo ciclo de postura, alimentadas com diferentes níveis de Triptofano digestível. A literatura é conclusiva ao demonstrar a importância da ingestão mínima de triptofano para manter produção e massa de ovos adequados relatam Jensen et al. (1990); Russell & Harms (1999); Harms & Russell (2000); Peganova et al. (2003). Rizzo et al. (2008), trabalharam com codornas japonesas utilizando níveis de triptofano de (0,23; 0,48; 0,73 e 0,98), não observaram efeito sobre massa de ovo. Segundo Jensen et al. (1990) a produção de ovo pode ser reduzida ao utilizarem níveis de triptofano inferiores a 0,16. Russell & Harms (1999) e Harms & Russell (2000), encontraram menor produção e massa de ovos em poedeiras alimentadas com níveis mais baixos de 0,15% de triptofano nas rações. 61

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