SEMIÓTICA E SEMIOSE 1. Primeiridade. primeira categoria liberdade liberdade fusão indeterminação presentidade qualidade sensação

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "SEMIÓTICA E SEMIOSE 1. Primeiridade. primeira categoria liberdade liberdade fusão indeterminação presentidade qualidade sensação"

Transcrição

1 1 SEMIÓTICA E SEMIOSE Este texto foi produzido com recortes do artigo A Semiótica Geral de Peirce e a Idéia de Semiose de Eluiza Bortolotto Ghizzi (UFMS, 2000). O tema aqui desenvolvido está dentro da Fenomenologia, como foi pensada e apresentada por Charles Sanders Peirce, ou seja, um campo que estuda o modo como as coisas aparecem na consciência, independente de sua condição de realidade. Para tanto, foram propostas as grandes classes ou categorias peirceanas que são: 1. Primeiridade. A primeira categoria traz em si a idéia de primeiro: A própria palavra primeiro sugere que sob esta categoria não há outro. À idéia de primeiro também está associada à de liberdade. Livre é aquilo que não tem outro atrás de si determinando suas ações.... A liberdade da primeiridade é exemplarmente caracterizada quando adentramos o mundo da Arte. Não é uma experiência incomum, diante de uma pintura, uma música, uma peça de teatro, uma obra arquitetônica, uma paisagem... devanearmos. No próprio momento deste devaneio, parece haver um sentimento de total liberdade da mente a vagar por um mundo de múltiplas possibilidades. Como se estivéssemos vivenciando uma fusão da mente com aquele objeto e com ele formássemos uma unidade. Em que consistiu aquele momento não podemos precisar exatamente, apenas representá-lo de alguma forma em nossa mente, como pura indeterminação, qualquer que tenha sido o objeto de nosso devaneio. É evidente que quando isso ocorre, aquele estado já se foi e um outro momento presente tem lugar. Àquele estado de consciência, Peirce denomina primeiridade e a pura presentidade é uma das idéias típicas a ele associadas: Este estado de consciência de experienciar uma mera qualidade, como uma cor ou um som, caracteriza-se por ser uma experiência imediata em que não há, para esta mesma consciência, fluxo de tempo. [...] Ela é uma consciência que, por ser o que é sem referência a mais nada, está absolutamente no presente, na sua ruptura com passado e futuro. As qualidades - cor, som, cheiro, textura, alegria, fúria... -, quando sentidas pela mente no seu estado de primeiridade, não são percebidas como pertencentes a um objeto qualquer. A sensação de que esta qualidade existe em uma coisa que não ela mesma, já é própria da idéia de segundidade. 2. Segundidade. Estamos no terreno da segunda categoria, quando àquela unidade na mente, segue-se uma sensação de dualidade, dada por algo que lhe é externo (segundo) e que se percebe associado àquela qualidade (primeira): [...] a qualidade é apenas uma parte do fenômeno, visto que, para existir, a qualidade tem de estar encarnada numa matéria. O vermelho é vermelho do sangue, da rosa; o que antes era pura impressão, é percebido como propriedade de alguma coisa. Esses fatos externos, que atingem nossos sentidos, estão ligados, portanto, às nossas sensações, e por esta razão consideramo-los como coisas reais. A nossa experiência de vida está repleta de fatos externos contra os quais estamos continuamente reagindo. Enquanto a consciência de primeiridade, associada à idéia de liberdade, transita sem discriminação pelas meras qualidades dos fenômenos, a consciência de segundidade é forçada a experienciar os fatos na sua característica reativa. Perceber este mundo que reage é confrontar-se com aquilo que opõe-se ao meramente aparente, imaginário, possível, potencial. É assim que esta experiência se dá como uma relação de ação e reação, vivida a um só tempo na consciência: Você tem esse tipo de consciência de uma maneira pura, com alguma aproximação, quando coloca seu ombro contra uma porta e tenta força-la a se abrir. Você tem um sentimento de resistência e, ao mesmo tempo, um sentido de esforço. Não pode haver resistência sem esforço; não pode existir esforço sem resistência. Eles são apenas dois modos de descrever a mesma experiência. É uma dupla consciência.

2 2 Este é o território próprio daquilo que efetivamente configura-se como alteridade, outro, que reage à nossa vontade. Outro, no fenômeno, é aquilo que, embora pensável, independe de ter sido pensado. Esta é a concepção peirceana de real: ele é justamente o que independe do que dele pensamos. Parece ser evidente que, desde nossa mais precoce experiência de estar no mundo, percebemos que o transcurso deste mesmo mundo não se sujeita à nossa vontade e, muitas vezes, contraria a idéia que dele fazemos. Neste território, está também toda a experiência pretérita sobre a qual não se tem qualquer poder modificador. Considere-se que cada evento de nossa vida passada na sua individualidade, reage também, contra a consciência, opondo-se à sua liberdade e determinando o rumo do seu pensamento, tal qual os objetos do mundo o fazem. É oportuno observar, já introduzindo a terceira categoria fenomenológica, que o conjunto de fatos individuais da nossa experiência passada, como colocado acima, difere de uma interpretação da nossa experiência passada. No primeiro caso, aquela experiência assume o modo de ser da segunda categoria (segundidade) e no segundo, o modo de ser da terceira categoria (terceiridade). Sob a segunda categoria, os fatos (passados) têm permanência e independência de nossa vontade. Independem do modo como os representamos: Se você se queixar ao Passado que ele está errado e não é razoável, ele se rirá. Ele não confere a menor importância à Razão. Sua força é bruta. Quando, entretanto, estes fatos particulares são interpretados em uma idéia geral do vivido, estamos sob o terreno da terceira categoria (terceiridade). 3. Terceiridade. A terceira categoria traz a idéia de um terceiro mediador entre o primeiro e o segundo. A partir daquela relação (ação/reação), a mente tende a fazer uma mediação: a experiência de mediar entre duas coisas traduz-se numa experiência de síntese, numa consciência sintetizadora. Esta consciência sintetizadora interpõe, entre o primeiro e o segundo, uma idéia geral que os representa. A terceira categoria é tal qual é por ser um Terceiro ou Meio entre um Segundo e seu Primeiro. [...] Terceiridade, como eu uso o termo, é apenas um sinônimo para Representação.... A representação interpõe, entre aquela liberdade de consciência e os fatos, algo inteligível. Isso é da natureza do pensamento, que parece exercer sua natural tendência à mediação: Experienciar a síntese, [...] traz consigo o sentido de aprendizagem, de detecção de um novo conceito na consciência fazendo a mediação ser da natureza da cognição. Esta experiência como terceiro modo do fenômeno, traz, ao contrário das experiências imediatas de primeiro e segundo, um sentido de fluxo do tempo caracterizado na urdidura do processo de cognição. Como podemos ver, este momento em que nossa consciência representa uma experiência passada se dá em um processo na mente, que se caracteriza como um processo de cognição, como Ibri constata também aqui: Todo fluxo de tempo envolve aprendizagem; e toda aprendizagem envolve fluxo de tempo. Este sentido de fluxo de tempo que coloca idéia de aprendizagem como um processo no tempo corresponde também à idéia geral de evolução. O vínculo entre mediação (terceiro modo de ser fenomênico), aprendizado e evolução, como processos no tempo, fica mais evidente quando consideramos a continuidade do pensamento. A consciência de qualidade - sem qualquer relação ou análise - é primeira, a consciência do outro - que é real e que reage - é segunda, e a consciência sintetizadora - que aprende - é terceira. Tais estados da consciência participam de um processo que envolve fluxo de tempo. Não há dúvida que o curso da vida está repleto de experiências desta natureza e é evidente que tudo isto está de algum modo interligado. Para Peirce, isto só é possível porque há uma continuidade do pensamento. Vimos nesta passagem pela Fenomenologia que qualquer fenômeno, interno ou externo, para ser compreendido, deve produzir uma representação mental ou idéia geral. Isto é da natureza do pensamento, que verificamos estar sob a terceira categoria. Cabe, aqui, salientar que os estados de consciência caracterizados na Fenomenologia não devem ser entendidos como isolados: enquanto pensamos, estamos simultânea e continuamente, sentindo e reagindo contra o mundo a nossa volta.

3 3 Prosseguindo, busquemos compreender melhor o que se pode entender por uma idéia geral e sua geração, bem como sua relação com aquilo que ela representa. Este propósito, entretanto, nos leva a passar da Fenomenologia à Semiótica. 4. Semiótica. Lucia Santaella, no seu livro O que é Semiótica, escreve: O nome Semiótica vem da raiz grega semeion, que quer dizer signo. Semiótica é a ciência dos signos ; e ainda A Semiótica é a ciência geral de todas as linguagens. Este paralelo entre signo e linguagem, entretanto, só poderá ser compreendido adequadamente se entendermos o termo linguagem do modo mais amplo possível e, principalmente, se não o restringirmos àquelas expressões por meio de palavras, verbalizadas ou escritas com base na língua de um povo. A Semiótica aplica-se, então, ao estudo da linguagem nas mais diversas áreas e aos seus processos significativos. Peirce não desenvolveu nenhuma semiótica aplicada, a exemplo de uma semiótica da arte ou mesmo da cultura. Pelo contrário, a ciência que desenvolveu é uma ciência abstrata, que se preocupou com os signos e os processos sígnicos de um modo geral e não com um ou outro em particular. E é exatamente esta sua generalidade que a torna apta a embasar investigações em campos tão diversos, como os mencionados por Nöth: Frente ao desenvolvimento de uma área de investigações que se estende da semiótica da arquitetura, da biosemiótica ou da cartosemiótica até a zoosemiótica, uma resposta possível e pluralista frente à questão [o que é semiótica?] é: a semiótica é a ciência dos signos e dos processos significativos (semiose) na natureza e na cultura. A escritura de Nöth reforça a idéia de que, em linhas gerais, a Semiótica não está apenas preocupada com a identificação dos tipos possíveis de signos, mas, também, com seus processos significativos ou com as semioses possíveis. É na idéia de semiose que Peirce localiza aquilo que chamou de ação do signo e que dá base para o entendimento de como, de um modo geral, as linguagens crescem. 5. Signo. Frisamos este aspecto, ainda que vagamente, a fim de justificarmos porque, dentre tantas definições de signo formuladas por Peirce, elegemos para iniciar sua discussão exatamente aquela que Santaella considerou a mais ricamente evidenciadora da trama lógica da semiose : Um signo intenta representar, em parte (pelo menos), um objeto que é, portanto, num certo sentido, a causa ou determinante do signo, mesmo que o signo represente o objeto falsamente. Mas dizer que ele representa seu objeto, implica que ele afete uma mente, de tal modo que, de certa maneira, determina naquela mente algo que é imediatamente devido ao objeto. Essa determinação da qual a causa imediata ou determinante é o signo e da qual a causa mediata é o objeto pode ser chamada de interpretante. Entenda-se por signo algo que tem existência sempre na relação com uma mente receptora e não um objeto qualquer exterior a essa mente. O signo participa de um processo mental; é o modo pelo qual uma mente estabelece contato com as coisas do mundo. E um signo só pode ser signo se puder representar, estar no lugar de alguma coisa (seu objeto) para uma mente qualquer, ainda que falsamente. Guardemos da definição de Peirce, por enquanto, o seguinte: 1 - a idéia de que o signo só é signo se houver um objeto; 2 - que ele não é o objeto, mas um modo de manifestação deste; 3 - que ele só representa o objeto parcialmente (pois representar o objeto totalmente os faria iguais: signo = objeto); 4 - para representar, o signo precisa de um intérprete (que não é necessariamente um indivíduo) e 5 - o signo deve causar, na mente desse intérprete, um processo que o relacione (signo - primeiro) com seu objeto (segundo), ou seja, ambos devem causar um interpretante (terceiro).

4 4 A fim de contribuirmos para a clareza destas idéias, é preciso conhecer qual é a concepção peirceana de objeto e de interpretante, e em que condições participam desta representação mental. Peirce referiu-se ao objeto do signo da seguinte maneira: Ora, por um objeto, sem especificar se é o objeto de um signo, ou da atenção, ou da visão etc. [...] eu quero dizer qualquer coisa que chega à mente em qualquer sentido; de modo que qualquer coisa que é mencionada ou sobre a qual se pensa é um objeto. e ainda,[...] deve-se considerar que o uso comum da palavra objeto como significando uma coisa é também incorreto. O nome objectum entrou em uso no século XIII como um termo da psicologia. Ele significa primariamente aquela criação da mente na sua relação com algo mais ou menos real, criação esta que se torna aquilo para o qual a cognição se dirige; e secundariamente um objeto é aquilo sobre o qual um esforço é desempenhado; também aquilo que está acoplado a algo numa relação, e mais especialmente, está representado como estando assim acoplado; também aquilo a que qualquer signo corresponde. 6. A classificação dos signos. Peirce considerou dez classes de signos e as apresentou em séries de três, denominando-as de tricomias. A segunda tricotomia é a que divide os signos em: 1- ícones, 2- índices e 3- símbolos, conforme o signo se refere ao seu objeto dinâmico (referente): O Ícone não tem conexão dinâmica alguma com o objeto que representa; simplesmente acontece que suas qualidades se assemelham às do objeto e excitam sensações análogas na mente para a qual é uma semelhança. Mas, na verdade, não mantém conexão com elas. O índice está fisicamente conectado com seu objeto; formam ambos um par orgânico, porém a mente interpretante nada tem a ver com essa conexão, exceto o fato de registrá-la depois de ter sido estabelecida. O símbolo está conectado a seu objeto por força da idéia da menteque-usa-o-símbolo, sem a qual essa conexão não existiria. Os números 1, 2 e 3 devem sempre ser associados às três categorias fenomenológicas, primeiridade, segundidade e terceiridade. Uma regra acerca dos signos que podemos retirar da Fenomenologia está na noção de que aquilo que é primeiro pode prescindir do que é segundo e do que é terceiro. Aquilo que é segundo, por outro lado, pode prescindir do que é terceiro, mas não do que é primeiro, sem deixar de ser segundo. Aquilo que é terceiro, por sua vez, não pode prescindir nem do primeiro, nem do segundo, sem deixar de ser terceiro. Esta regra nos leva também ao seguinte: a apreensão dos signos de segundidade (2), pressupõe a dos signos de primeiridade (1); e a apreensão de um signo de terceiridade (3), pressupõe tanto a do signo de segundidade (2), quanto a do de primeiridade (1). A segunda das tricotomias é considerada por Peirce como a divisão mais importante dos signos, classificando-os em Ícones, Índices e Símbolos. Baseada na categoria fundamental da segundidade, a segunda tricotomia descreve os signos sob o ponto de vista das relações entre representâmen e objeto (ou referente). [...] Os três elementos que a compõe são determinados conforme as três categorias fundamentais. Ícone O ícone, como Peirce o descreveu, é um Signo cuja virtude significante se deve apenas à sua qualidade Sendo assim, ele mesmo é uma qualidade. Esta qualidade (que é um signo), entretanto, só pode estar no lugar de outra (seu objeto) por uma relação de semelhança. Se alguém, por exemplo, faz um círculo em um papel e não temos qualquer indicativo quanto ao que está se referindo, este círculo pode nos remeter à idéia de um sol, uma lua, uma bola ou à própria figura geométrica do círculo. Circular é o modo como qualquer um desses objetos nos aparece, sob determinadas perspectivas. E uma figura circular pode referir-se a qualquer

5 5 um deles ou a muitos outros; nada há, naquele círculo, que o obrigue a referir-se apenas ao sol ou à lua ou a qualquer outra coisa. Peirce escreve que qualquer coisa, seja uma qualidade, um existente individual ou uma lei, é Ícone de qualquer coisa, na medida em que for semelhante a essa coisa e utilizado como um seu signo. Índice Um índice é algo que sempre leva a outra coisa com o qual mantém uma relação de fato (dinâmica), independente de alguém vir a interpretá-lo assim ou não, e nisso difere do ícone que, por outro lado, não tem qualquer relação com seu objeto, exceto aquela que aparece no ato da interpretação. Como todo signo, o índice só funciona como tal quando interpretado; entretanto será sempre um índice daquela coisa com a qual está conectado, quer isso aconteça ou não. O cata-vento sempre estará indicando a direção do vento quer alguém o interprete assim ou não. Há, no índice, necessariamente dois envolvidos (signo-objeto), estando o terceiro (interpretante) em uma condição potencial no signo. Um ícone pode ser um signo em relação a um objeto qualquer, quer este objeto exista ou não. Um índice, entretanto, implica na existência de fato de seu objeto: Um ícone é um signo que possuiria o caráter que o torna significante, mesmo que seu objeto não existisse [...]. Um índice é um signo que de repente perderia seu caráter que o torna um signo se seu objeto fosse removido, mas que não perderia esse caráter se não houvesse interpretante. Embora qualidades sempre participem dos índices, não são elas que estão no seu fundamento. Santaella analisa um caso em que isso pode ficar claro: O índice possui dois elementos: um deles serve como substituto para o objeto, o outro constitui um ícone que representa o próprio signo como qualidade do objeto. Assim, uma pegada, por exemplo, na sua aparência qualitativa, é uma imagem de um pé. Não é esse ícone, mesmo que, nesse caso, ele seja substancial, que faz esse signo agir como índice, mas o fato de haver uma conexão dinâmica, factual, existencial entre o pé e o traço (imagem) por ele deixado. Todo índice tem um ícone embutido. Esse ícone, no entanto, não precisa necessariamente ser uma imagem do objeto. Ele pode ter características que são próprias dele, como é o caso da fumaça, em nada similar à imagem do fogo. Isso basta para comprovar que o ícone, embutido no índice, não precisa ser uma imagem que esteja numa relação necessariamente similar à imagem do objeto do índice. Símbolo O terceiro signo da segunda trilogia é o símbolo. Como um terceiro, o símbolo é um signo que, em relação a seu objeto dinâmico, é um signo de terceiridade, um signo de razão ou de mediação. Nas palavras de Nöth, no símbolo a relação entre representâmen e objeto é arbitrária e depende de convenções sociais. São, portanto, categorias da terceiridade - como o hábito, a regra, a lei e a memória - que se situam na relação entre representâmen e objeto. Acerca do que se quer fazer entender quando se diz que a relação entre representâmen e objeto, no símbolo, se dá por uma arbitrariedade ou uma convenção social, deve-se entender que não é uma relação como a que é própria ao índice, cujo signo tem uma relação existencial com o objeto ou refere-se ao objeto, quer o interpretante o represente assim ou não. O termo fogo é um símbolo do fogo por uma convenção, sem que haja aquela ligação entre representâmen e objeto que se requer para o índice. Embora possa haver regras intralingüísticas que estejam na razão que leva uma palavra a estruturar-se como tal em cada língua, a relação entre estas regras intralingüísticas e a regra que está no sentido, associado à palavra continuará sendo arbitrária. As palavras são amplamente utilizadas por Peirce como exemplo de símbolo: Qualquer palavra comum como dar, pássaro, casamento, é exemplo de símbolo. O símbolo é aplicável a tudo o que possa concretizar a idéia ligada à palavra; em si mesmo, não identifica essas coisas. Não nos mostra um pássaro, nem realiza diante de nossos olhos uma

6 6 doação ou casamento, mas supõe que somos capazes de imaginar essas coisas, e a elas associar as palavras. A idéia peirceana de símbolo, entretanto, não se restringe à palavra. Uma infinidade de coisas, dependendo do modo como são apreendidas pela mente, pode evidenciar seu aspecto simbólico, mais ou menos complexo. Décio Pignatari, no seu Informação, Linguagem, Comunicação, cita o exemplo da cruz, símbolo do cristianismo, e o de uma impressão digital, um signo de tipo indicialicônico, mas que participa também do símbolo quando utilizada, por exemplo, como marca de uma empresa gráfica. No caso da impressão digital, dizemos que participa do símbolo quando tem um interpretante simbólico, gerado pelo modo como foi utilizada. Na sua condição indicial, o que é mais evidente é sua relação física com a pele da qual foi originada; na sua condição simbólica, entretanto, seu poder representativo advém da convenção de que é portadora. A apreensão de um signo de terceiridade pressupõe a apreensão tanto de um signo de segundidade quanto a de um de primeiridade. Então, assim como um índice genuíno (segundo) tem uma parte índice e uma parte ícone (primeiro), o símbolo genuíno (terceiro) deve ter uma parte símbolo, uma parte índice (segundo) e uma parte ícone (primeiro). Classificação dos Signos. Charles S. Peirce destacou três tipos de tríades na divisão dos signos: 1) signo em si mesmo, 2) signo - objeto dinâmico, 3) signo interpretante. Na primeira divisão, ou tricomia, os signos em si mesmo são: 1. Qualissigno, uma qualidade que é um Signo. 2. Sinssigno, cuja sílaba sin é considerada em seu significado de uma única vez, como em singular [...] [e que é] uma coisa ou evento existente e real que é um signo. 3. Legissigno, que é uma lei que é um Signo. Na segunda divisão, ou tricotomia, os signos objetos dinâmicos são: 1. Ícone. 2. Índice. 3. Símbolo. Na terceira divisão, ou tricotomia, os signos interpretantes são: 1. Rema, para seu Interpretante, é um Signo de Possibilidade qualitativa. 2. Dicente, para seu Interpretante, é um Signo de existência real. 3. Argumento, para seu Interpretante, é Signo de lei. CATEGORIAS REPRESENTAMEN OBJETO INTERPRETANTE PRIMEIRIDADE QUALI-SIGNO ÍCONE REMA SECUNDIDADE SIN-SIGNO ÍNDICE DICENTE TERCEIRIDADE LEGI-SIGNO SÍMBOLO ARGUMENTO Os números 1, 2 e 3 sempre são associados às três categorias fenomenológicas, sendo que o primeiro pode prescindir do segundo e do terceiro. O segundo pode prescindir do terceiro, mas deve conter o primeiro ou não será segundo. O terceiro precisa conter o primeiro e o segundo. Assim, a apreensão dos signos de segundidade (2) necessita de signos de primeiridade (1), e a apreensão dos signo de terceiridade (3) necessita de signos de segundidade e de primeiridade (1).

7 7 As três tricotomias, combinadas de acordo com as possibilidades lógicas, dão origem às dezenas de classes de signos (66) estudadas por Peirce, entre essas o autor desenvolveu e destacou dez (10) classes de signos: 1. QUALI-SIGNO ICÔNICO REMÁTICO. 2. SIN-SIGNO ICÔNICO REMÁTICO. 3. SIN-SIGNO INDICATIVO REMÁTICO. 4. SIN-SIGNO INDICATIVO DICENTE. 5. LEGI-SIGNO ICÓNICO REMÁTICO. 6. EGI-SIGNO INDICATIVO REMÁTICO. 7. LEGI-SIGNO INDICATIVO DICENTE. 8. SÍMBOLO REMÁTICO OU REMA SIMBÓLICO. 9. SÍMBOLO DICENTE OU PROPOSIÇÃO ORDINÁRIA. 10. ARGUMENTO.

Divisão da filosofia peirciana

Divisão da filosofia peirciana Filosofia peirciana Divisão da filosofia peirciana A Filosofia peirciana é dividida em três ramos: 1. Fenomenologia (filosofia do fenômeno: tal como ele pode ser) 2. Ciências Normativas (filosofia do fenômeno:

Leia mais

Primeiridade, Secundidadee Terceiridade. Charles Sanders Peirce

Primeiridade, Secundidadee Terceiridade. Charles Sanders Peirce Primeiridade, Secundidadee Terceiridade Charles Peircee a Lógica Triádicado Signo. 1839-1914 Charles Sanders Peirce Ciências naturais: químico, matemático, físico, astrônomo, biologia, geologia Ciências

Leia mais

Semiótica. Prof. Dr. Sérsi Bardari

Semiótica. Prof. Dr. Sérsi Bardari Semiótica Prof. Dr. Sérsi Bardari Semiótica Ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer

Leia mais

Compreendendo a Semiologia e a Semiótica I

Compreendendo a Semiologia e a Semiótica I I ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVXWYZ0123456789!?@%$ Semiologia Ferdinand de Saussure linguista suíço (1857-1913) SEMIOLOGIA É a ciência geral dos signos, que estuda todos os fenômenos de significação. Tem por

Leia mais

Semiótica Triádica CHARLES S. PEIRCE Semiótica da Comunicação Profa. Carol Casali

Semiótica Triádica CHARLES S. PEIRCE Semiótica da Comunicação Profa. Carol Casali Semiótica Triádica CHARLES S. PEIRCE Semiótica da Comunicação Profa. Carol Casali A SEMIOSE Para Peirce, o importante não é o signo tal como em Saussure - mas a situação signíca, que ele chama de semiose.

Leia mais

P R O F E S S O R V I N I C I U S S I L V A RELAÇÕES S Í G N I C A S

P R O F E S S O R V I N I C I U S S I L V A RELAÇÕES S Í G N I C A S RELAÇÕES S Í G N I C A S SIGNO É ALGO QUE REPRESENTA ALGUMA COISA PARA ALGUÉM EM DETERMINADA CIRCUNSTÂNCIA. O SIGNO ENTÃO, ESTÁ NO LUGAR DE ALGO, NÃO É A PRÓPRIA COISA, MAS COMO ELA SE FAZ PRESENTE PARA

Leia mais

Revisão de Semiótica

Revisão de Semiótica Revisão de Semiótica O que é semiótica? É a ciência dos signos e dos processos significativos (semiose) na natureza e na cultura. Winfried Nöth É a teoria geral dos signos (algo que representa alguma coisa

Leia mais

BREVE HISTÓRIA DA SEMIOLOGIA: Abordagens de Saussure, Peirce, Morris e Barthes.

BREVE HISTÓRIA DA SEMIOLOGIA: Abordagens de Saussure, Peirce, Morris e Barthes. 1 BREVE HISTÓRIA DA SEMIOLOGIA: Abordagens de Saussure, Peirce, Morris e Barthes. BREVE HISTÓRIA DA SEMIOLOGIA (1) Período Clássico; (2) Período Medieval; (3) Racionalismo; (4) Empirismo Britânico; (5)

Leia mais

Unidade II COMUNICAÇÃO APLICADA. Profª. Carolina Lara Kallás

Unidade II COMUNICAÇÃO APLICADA. Profª. Carolina Lara Kallás Unidade II COMUNICAÇÃO APLICADA Profª. Carolina Lara Kallás Unidade II Semiótica Signo Linguagens Origem Vertentes Significado e significante Aplicação Prática Fases do processo de comunicação: Pulsação

Leia mais

Signo. Prof. Veríssimo Ferreira

Signo. Prof. Veríssimo Ferreira Signo Prof. Veríssimo Ferreira Signo Numa perspectiva bem ampla, podemos entender como signo tudo aquilo que substitui alguma coisa para alguém. Unidade Perceptível Unidade, perceptível pelos sentidos,

Leia mais

Semiótica. O que é semiótica? Semiótica X Semiologia. Para quem ainda discute. Gerações da semiótica

Semiótica. O que é semiótica? Semiótica X Semiologia. Para quem ainda discute. Gerações da semiótica Design & Percepção 3 Lígia Fascioni Semiótica Para entender a cultura contemporânea, você tem que entender semiótica Paul Cobley Semiótica para Principiantes, 2004 O que é semiótica? Semiótica X Semiologia

Leia mais

Semiótica. A semiótica é a teoria dos signos.

Semiótica. A semiótica é a teoria dos signos. A semiótica é a teoria dos signos. Segundo Umberto Eco, um signo é algo que está no lugar de outra coisa. Ou seja, que representa outra coisa. Uma árvore, por exemplo, pode ser representada por uma série

Leia mais

Percurso para uma análise semiótica

Percurso para uma análise semiótica Percurso para uma análise semiótica 1. Abrir-se para o fenômeno e para o fundamento do signo Contemplar: Tornar-se disponível para o que está diante dos olhos Sem apressar a interpretação Suspensão dos

Leia mais

PRESSUPOSTOS DA TEORIA SEMIÓTICA DE PEIRCE E SUA APLICAÇÃO NA ANÁLISE DAS REPRESENTAÇÕES EM QUÍMICA

PRESSUPOSTOS DA TEORIA SEMIÓTICA DE PEIRCE E SUA APLICAÇÃO NA ANÁLISE DAS REPRESENTAÇÕES EM QUÍMICA PRESSUPOSTOS DA TEORIA SEMIÓTICA DE PEIRCE E SUA APLICAÇÃO NA ANÁLISE DAS REPRESENTAÇÕES EM QUÍMICA Joeliton Chagas Silva i Adjane da Costa Tourinho e Silva ii Eixo temático 6- Educação e Ensino de Ciências

Leia mais

2. Semiótica e Engenharia Semiótica

2. Semiótica e Engenharia Semiótica 2. Semiótica e Engenharia Semiótica Neste capítulo serão revistos alguns conceitos fundamentais da teoria dos signos de Peirce (1960, 1993, 1998) e da teoria da engenharia semiótica, de Souza (2005a, 2005b).

Leia mais

Uma análise semiótica do informe publicitário da HQ

Uma análise semiótica do informe publicitário da HQ Uma análise semiótica do informe publicitário da HQ da Turma da Mônica A semiotic analysis of the advertising report of Monica s Gang HQ Uélida Dantas de Oliveira Mestranda em Letras no Programa de Pós-Graduação

Leia mais

ANÁLISE SEMIÓTICA DO PÔSTER OFICIAL DA CIDADE-SEDE DE CURITIBA PARA A COPA DO MUNDO FIFA 2014 NO BRASIL

ANÁLISE SEMIÓTICA DO PÔSTER OFICIAL DA CIDADE-SEDE DE CURITIBA PARA A COPA DO MUNDO FIFA 2014 NO BRASIL ANÁLISE SEMIÓTICA DO PÔSTER OFICIAL DA CIDADE-SEDE DE CURITIBA PARA A COPA DO MUNDO FIFA 2014 NO BRASIL SCHUMACHER, Andressa 1 RESUMO: A cada quarto anos é realizada a Copa do Mundo FIFA de futebol. Cada

Leia mais

Signos e Metáforas na Comunicação da Música Luciana David de Oliveira Dissertação de Mestrado, COS/PUC-SP, 2007.

Signos e Metáforas na Comunicação da Música Luciana David de Oliveira Dissertação de Mestrado, COS/PUC-SP, 2007. Signos e Metáforas na Comunicação da Música Luciana David de Oliveira Dissertação de Mestrado, COS/PUC-SP, 2007. Caio Anderson Ramires Cepp A obra aqui resenhada se refere à pesquisa de mestrado produzido

Leia mais

Introdução ao estudo do Signo: a Semiologia e a Semiótica

Introdução ao estudo do Signo: a Semiologia e a Semiótica ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVXWYZ0123456789!?@%$ A palavra semiótica (do grego σημειωτικός (sēmeiōtikos) literalmente "a ótica dos sinais"), é a ciência geral dos signos e da semiose que estuda todos os fenômenos

Leia mais

Anais do 14º Encontro Científico Cultural Interinstitucional ISSN

Anais do 14º Encontro Científico Cultural Interinstitucional ISSN TRABALHO DE SEMIÓTICA ANÁLISE DOS SÍMBOLOS, SEGUNDO A SEMIÓTICA PEIRCEANA, NO ANÚNCIO DA NIKE MERCURIAL VAPOR RESUMO FAVERO, Murilo Henrique. 1 SARTORATO, Leonardo Trofino. 2 CAVALHEIRO, Renan Emanoel.

Leia mais

Uma análise dos meios de representação a partir da teoria geral dos signos An analysis of the means of representation from the general theory of signs

Uma análise dos meios de representação a partir da teoria geral dos signos An analysis of the means of representation from the general theory of signs Uma análise dos meios de representação a partir da teoria geral dos signos An analysis of the means of representation from the general theory of signs Daniel Ribeiro Cardoso daniel.br@mac.com André Felipe

Leia mais

A SEMIÓTICA SEGUNDO PEIRCE

A SEMIÓTICA SEGUNDO PEIRCE A SEMIÓTICA SEGUNDO PEIRCE SANTAELLA, Lucia. Semiótica aplicada. SP: Pioneira, 2004. Teorias dos signos UNEB Lidiane Lima A TEORIA DOS SIGNOS: Três origens: EUA (1), Europa Ocidental e União Soviética

Leia mais

resenhas texto, som, imagem, hipermídia

resenhas texto, som, imagem, hipermídia resenhas texto, som, imagem, hipermídia Como as linguagens significam as coisas ANA MARIA GUIMARÃES JORGE Teoria Geral dos Signos. Como as Linguagens Significam as Coisas de Lucia Santaella. São Paulo:

Leia mais

SEMIÓTICA ENQUANTO CATEGORIA DA REPRESENTAÇÃO: A NECESSIDADE FORMAL DA CATEGORIA DA REPRESENTAÇÃO EM PEIRCE

SEMIÓTICA ENQUANTO CATEGORIA DA REPRESENTAÇÃO: A NECESSIDADE FORMAL DA CATEGORIA DA REPRESENTAÇÃO EM PEIRCE SEMIÓTICA ENQUANTO CATEGORIA DA REPRESENTAÇÃO: A NECESSIDADE FORMAL DA CATEGORIA DA REPRESENTAÇÃO EM PEIRCE Paulo Henrique Silva Costa (FAPEMIG/UFSJ) Mariluze Ferreira de Andrade e Silva (Orientadora/DFIME/UFSJ)

Leia mais

HEINEKEN O ESTUDO SOBRE O NOVO LOGOTIPO DA MARCA

HEINEKEN O ESTUDO SOBRE O NOVO LOGOTIPO DA MARCA HEINEKEN O ESTUDO SOBRE O NOVO LOGOTIPO DA MARCA MAISTROVICZ, Daniele. 1 CERNY, Fernanda. 2 SILVA, Kelly. 3 SHIMABUKURO, Kendi. 4 KULAK, Sérgio. 5 RESUMO Após dez anos com a mesma identidade visual a Heineken

Leia mais

Semiótica. Prof. Veríssimo Ferreira

Semiótica. Prof. Veríssimo Ferreira Semiótica Prof. Veríssimo Ferreira Natureza e Cultura Domínio da Natureza Universo das coisas naturais. Domínio da Cultura Universo das práticas sociais humanas. Cultura Fazer humano transmitido às gerações

Leia mais

A semiótica e a leitura e indexação de imagens Paulo Roberto Gomes Pato

A semiótica e a leitura e indexação de imagens Paulo Roberto Gomes Pato Quartas Arquivísticas Universidade de Brasília Arquivo Central 28 outubro 2015 A semiótica e a leitura e indexação de imagens Paulo Roberto Gomes Pato Charles Sanders Peirce (1839-1914) A Semiótica serve

Leia mais

As subdivisões do ícone e os sistemas de classes de signos de C. S. Peirce: uma investigação a respeito do modo de representação das qualidades

As subdivisões do ícone e os sistemas de classes de signos de C. S. Peirce: uma investigação a respeito do modo de representação das qualidades 01 As subdivisões do ícone e os sistemas de classes de signos de C. S. Peirce: uma investigação a respeito do modo de representação das qualidades Priscila Monteiro Borges Universidade de Brasília [UNB],

Leia mais

A IDENTIDADE VISUAL DA WIKIPÉDIA LUSÓFONA: UMA ANÁLISE A PARTIR DA SEMIÓTICA PEIRCEANA

A IDENTIDADE VISUAL DA WIKIPÉDIA LUSÓFONA: UMA ANÁLISE A PARTIR DA SEMIÓTICA PEIRCEANA A IDENTIDADE VISUAL DA WIKIPÉDIA LUSÓFONA: UMA ANÁLISE A PARTIR DA SEMIÓTICA PEIRCEANA Márcio José da Silva marcioect@bol.com.br http://lattes.cnpq.br/1103782532536655 RESUMO Neste trabalho apresentamos

Leia mais

semeiosis semiótica e transdisciplinaridade em revista

semeiosis semiótica e transdisciplinaridade em revista semeiosis semiótica e transdisciplinaridade em revista transdisciplinary journal of semiotics Olhares 1 Almeida, Amanda Mota; aluna do curso de graduação em Design da Universidade de São Paulo amandamotaalmeida@gmail.com

Leia mais

PARTE II. Diagramas das classes de signos

PARTE II. Diagramas das classes de signos PARTE II. Diagramas das classes de signos II.1. Modelos desenvolvidos por Peirce Nesta seção, são analisados dois diagramas elaborados por Peirce para as dez classes de signos (MS 540: 17, CP 2.264, EP

Leia mais

A representação ficcional do homem pantaneiro nas telenovelas brasileiras:

A representação ficcional do homem pantaneiro nas telenovelas brasileiras: A representação ficcional do homem pantaneiro nas telenovelas brasileiras: um estudo de caso na telenovela Bicho do Mato Ulisflávio Oliveira Evangelista Índice 1 Introdução........................... 2

Leia mais

I.2. Diagrama na teoria do signo de Peirce

I.2. Diagrama na teoria do signo de Peirce I.2. Diagrama na teoria do signo de Peirce Um diagrama pode ser definido como uma associação entre elementos expressa por meio de relações. Veremos que, em alguns momentos (como em CP 1.369, 4.447; W 6:

Leia mais

Anais do 14º Encontro Científico Cultural Interinstitucional ISSN

Anais do 14º Encontro Científico Cultural Interinstitucional ISSN A APLICAÇÃO E IMPORTÂNCIA DO LEGI-SIGNO NA CAMPANHA INCONFUNDÍVEL DO BANCO ITAÚ SALVATTI, Marco Aurelio. 1 SCHMITT, Bruno César. 2 OLIVEIRA, Rafael Silva. 3 SILVEIRA, Wellington Alves. 4 KULAK, Sérgio

Leia mais

QUAIS SÃO AS OUTRAS EXPRESSÕES, ALÉM DA LINGUAGEM ORAL E ESCRITA E QUAL A SUA IMPORTÂNCIA PARA A ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO

QUAIS SÃO AS OUTRAS EXPRESSÕES, ALÉM DA LINGUAGEM ORAL E ESCRITA E QUAL A SUA IMPORTÂNCIA PARA A ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO Universidade de Brasília (UnB) Faculdade de Ciência da Informação Disciplina: Fundamentos em Organização da Informação Professora: Lillian Alvares QUAIS SÃO AS OUTRAS EXPRESSÕES, ALÉM DA LINGUAGEM ORAL

Leia mais

UM OLHAR PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO EM UMA ATIVIDADE DE ÁLGEBRA O PROBLEMA DOS ARMÁRIOS

UM OLHAR PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO EM UMA ATIVIDADE DE ÁLGEBRA O PROBLEMA DOS ARMÁRIOS UM OLHAR PARA A CONSTRUÇÃO O CONHECIMENTO EM UMA ATIVIAE E ÁLGEBRA O PROBLEMA OS ARMÁRIOS Karina Alessandra Pessôa da Silva Universidade Estadual de Londrina Rodolfo Eduardo Vertuan 2 Universidade Tecnológica

Leia mais

Semiótica peirceana: De Gombrich a Goodmamn e Laurentiz. Giselli Elona Murari da Cunha. Universidade Federal do Espírito Santo

Semiótica peirceana: De Gombrich a Goodmamn e Laurentiz. Giselli Elona Murari da Cunha. Universidade Federal do Espírito Santo Semiótica peirceana: De Gombrich a Goodmamn e Laurentiz Giselli Elona Murari da Cunha Universidade Federal do Espírito Santo Resumo: Esta pesquisa parte do princípio de que a semiótica peirceana também

Leia mais

3 A aplicação MoLIC WOz

3 A aplicação MoLIC WOz A aplicação MoLIC WOz 33 3 A aplicação MoLIC WOz Esta seção descreve a MoLIC WOz relacionando com a Engenharia Semiótica (3.1) e apresentando a estrutura da ferramenta (3.2). 3.1 MoLIC WOz e a Engenharia

Leia mais

Simbolismo e Realidade (1925) Fundamentos da Teoria do Signo (1938) Signos Linguagem e Comportamento (1946)

Simbolismo e Realidade (1925) Fundamentos da Teoria do Signo (1938) Signos Linguagem e Comportamento (1946) Charles Morris (1901-1979) clássico da semiótica cuja influência no desenvolvimento da história da semiótica foi decisiva nos anos 30 e 40 raízes na semiótica de Peirce, no behaviorismo, no pragmatismo

Leia mais

Produções Multicódigos e o Conceito de Signo Genuíno em Peirce 1

Produções Multicódigos e o Conceito de Signo Genuíno em Peirce 1 Produções Multicódigos e o Conceito de Signo Genuíno em Peirce 1 Francisco José Paoliello Pimenta Resumo Este trabalho analisa uma aparente limitação das produções multicódigos em termos de sua efetividade,

Leia mais

Referências no produto

Referências no produto Referências no produto Em uma abordagem fundamentada em semiótica, as questões sígnicas no produto devem ser consideradas segundo o contexto cultural no qual se dá o processo comunicacional. Portanto,

Leia mais

A semiótica como uma ferramenta do design

A semiótica como uma ferramenta do design A semiótica como uma ferramenta do design 1 Profª. MSc. Taís de Souza Alves 1 (UEMG/Ubá) Resumo: A relação entre design e semiótica pode ser percebida nos conceitos de alguns produtos que remetem à interpretação

Leia mais

VESTIDO DE NOIVA: QUADRINHOS E TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA Jair Paulo Siqueira 1 Alinne Balduino P. Fernandes 2

VESTIDO DE NOIVA: QUADRINHOS E TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA Jair Paulo Siqueira 1 Alinne Balduino P. Fernandes 2 VESTIDO DE NOIVA: QUADRINHOS E TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA Jair Paulo Siqueira 1 Alinne Balduino P. Fernandes 2 RESUMO: Esta investigação busca analisar e compreender como ocorre a tradução intersemiótica

Leia mais

O ÍCONE E A POSSIBILIDADE DE INFORMAÇÃO THE ICON AND THE POSSIBILITY OF INFORMATION

O ÍCONE E A POSSIBILIDADE DE INFORMAÇÃO THE ICON AND THE POSSIBILITY OF INFORMATION O ÍCONE E A POSSIBILIDADE DE INFORMAÇÃO THE ICON AND THE POSSIBILITY OF INFORMATION Solange Silva Moreira 1 E-mail: sol.si@uol.com.br Comente este artigo no blog Ebibli = http://encontros-bibli-blog.blogspot.com/

Leia mais

II. SEMIÓTICA e SEMIOLOGIA

II. SEMIÓTICA e SEMIOLOGIA II. SEMIÓTICA e SEMIOLOGIA 1. O que é semiótica e semiologia? A semiótica é uma filosofia cientifica da linguagem. Seu campo de estudo trata dos signos e dos processos significativos e da maneira como

Leia mais

CARTAZ HIV POSITIVO - INTERPRETAÇÃO SIMBÓLICA E SIGNIFICAÇÃO

CARTAZ HIV POSITIVO - INTERPRETAÇÃO SIMBÓLICA E SIGNIFICAÇÃO RESUMO CARTAZ HIV POSITIVO - INTERPRETAÇÃO SIMBÓLICA E SIGNIFICAÇÃO FREGULIA, Guilherme. 1 NERI, Janaína. 2 DUTRA, Virgínia. 3 SCHEIDT, Bruna. 4 KULAK, Sérgio Marilson 5 O presente trabalho objetiva essencialmente

Leia mais

PEDAGOGIA. Aspecto Psicológico Brasileiro. Vygotsky e a Teoria Histórico-Cultural Parte 3. Professora: Nathália Bastos

PEDAGOGIA. Aspecto Psicológico Brasileiro. Vygotsky e a Teoria Histórico-Cultural Parte 3. Professora: Nathália Bastos PEDAGOGIA Aspecto Psicológico Brasileiro Parte 3 Professora: Nathália Bastos FORMAÇÃO DOS CONCEITOS CIENTÍFICOS. Os conceitos científicos são formais, organizados, sistematizados, testados pelos meios

Leia mais

Análise semiótica da campanha Let help find you. Samsung smarthphones with SOS alert 1

Análise semiótica da campanha Let help find you. Samsung smarthphones with SOS alert 1 Análise semiótica da campanha Let help find you. Samsung smarthphones with SOS alert 1 Ana Carla Roman RIBAS 2 João Jacob BRANDÃO 3 Thiago José BERTHOLDE 4 Hans Peder BEHLING 5 Marcelo JUCHEM 6 Universidade

Leia mais

TEORIAS DA COMUNICAÇÃO

TEORIAS DA COMUNICAÇÃO TEORIAS DA COMUNICAÇÃO Prof. André Aparecido da Silva www.oxnar.com.br/2015/profuncionario 1 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO As informações para serem trocadas precisam ser produzidas. Fonte é o produtor da informação:

Leia mais

Português. 1. Signo natural

Português. 1. Signo natural Português Ficha de apoio 1 1 os anos João Cunha fev/12 Nome: Nº: Turma: Signos O signo é objeto de estudo de ciências como a Semiologia, a Semiótica e a Linguística, entre outras. Existem várias teorias

Leia mais

Resumo Expandido GUSTAVO RICK AMARAL. Palavras-chave: Filosofia peirceana; Semiótica peirceana; Axiomatização, Matrizes da linguagem.

Resumo Expandido GUSTAVO RICK AMARAL. Palavras-chave: Filosofia peirceana; Semiótica peirceana; Axiomatização, Matrizes da linguagem. Resumo Expandido Semelhanças estruturais e diferenças específicas entre a Fenomenologia/Semiótica peirceana e a Teoria das Matrizes da linguagem e pensamento GUSTAVO RICK AMARAL Palavras-chave: Filosofia

Leia mais

Aprendendo o dinamismo do mundo vivido

Aprendendo o dinamismo do mundo vivido Aprendendo o dinamismo do mundo vivido Anne Buttimer In.: CHRISTOFOLETTI, A. Perspectivas da Geografia. São Paulo: DIFEL, 1985. Habitação na Floresta Negra, Sudoeste da Alemanha Habitação, arquitetura

Leia mais

A semiótica Peirciana e a Teoria das Representações Sociais e Suas Aplicações no Campo da Comunicação: Sentido, Percepção e Cognição.

A semiótica Peirciana e a Teoria das Representações Sociais e Suas Aplicações no Campo da Comunicação: Sentido, Percepção e Cognição. A semiótica Peirciana e a Teoria das Representações Sociais e Suas Aplicações no Campo da Comunicação: Sentido, Percepção e Cognição. 1 Ana Carolina Lopes 2 Universidade Católica de Brasília - UCB Resumo

Leia mais

Comunicação, moda e semiótica: pressupostos para o estudo da história do jeans em campanhas publicitárias

Comunicação, moda e semiótica: pressupostos para o estudo da história do jeans em campanhas publicitárias Comunicação, moda e semiótica: pressupostos para o estudo da história do jeans em campanhas publicitárias Elisete Altafim (Graduanda em Moda UEM) Marcela Zaniboni Campos (Graduanda em Moda UEM) Evandro

Leia mais

De Neologismo a Símbolo

De Neologismo a Símbolo De Neologismo a Símbolo Carolina Akie Ochiai Seixas LIMA 1 UFMT/MeEL Resumo: Este texto aborda a questão do neologismo no campo semântico da informática, o que nos permite fazer algumas inferências a respeito

Leia mais

Anais do 14º Encontro Científico Cultural Interinstitucional ISSN

Anais do 14º Encontro Científico Cultural Interinstitucional ISSN DOVE E SEU POSICIONAMENTO: UM ESTUDO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO SIMBOLISMO COMO ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO. RAMALHO, Evylinn 1 AMARAL, André Ricardo 2 CALVI, Douglas Renan 3 ULBRICH, Thaís Helena 4 KULACK,

Leia mais

semeiosis SEMIÓTICA E TRANSDISCIPLINARIDADE EM REVISTA

semeiosis SEMIÓTICA E TRANSDISCIPLINARIDADE EM REVISTA semeiosis SEMIÓTICA E TRANSDISCIPLINARIDADE EM REVISTA TRANSDISCIPLINARY JOURNAL OF SEMIOTICS Semiótica peirciana aplicada à análise de marcas: uma abordagem para o design gráfico Ivy Francielle Higino

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL FACULDADE DE ARTES, LETRAS E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DE LINGUAGENS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL FACULDADE DE ARTES, LETRAS E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DE LINGUAGENS UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL FACULDADE DE ARTES, LETRAS E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DE LINGUAGENS MARIANA ARNDT DE SOUZA FOTOGRAFIA E IMPRESSÃO EM FINE ART: DA IMAGEM

Leia mais

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

FUNÇÕES DA LINGUAGEM FUNÇÕES DA LINGUAGEM 1. Função referencial (ou denotativa) É aquela centralizada no referente, pois o emissor oferece informações da realidade. Linguagem usada na ciência, na arte realista, no jornal,

Leia mais

RESENHA SOBRE LIVRO Topologia da ação mental: introdução à teoria da mente, de Ana Maria Guimarães Jorge

RESENHA SOBRE LIVRO Topologia da ação mental: introdução à teoria da mente, de Ana Maria Guimarães Jorge RESENHA SOBRE LIVRO Topologia da ação mental: introdução à teoria da mente, de Ana Maria Guimarães Jorge por Maria Amelia de Carvalho (UNESP-Marilia) O livro Topologia da ação mental: introdução à teoria

Leia mais

Análise do pôster de Anomalisa sob a semiótica de Charles Peirce 1

Análise do pôster de Anomalisa sob a semiótica de Charles Peirce 1 Análise do pôster de Anomalisa sob a semiótica de Charles Peirce 1 Maria Madalena de Bastos Ferreira COSTA 2 Francisco José Paoliello PIMENTA 3 Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz

Leia mais

FALLEN PRINCESSES: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA FALLEN PRINCESSES: A SEMIOTIC ANALYSIS

FALLEN PRINCESSES: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA FALLEN PRINCESSES: A SEMIOTIC ANALYSIS Cadernos de Semiótica Aplicada Vol. 11.n.2, dezembro de 2013 Publicação SEMESTRAL ISSN: 1679-3404 FALLEN PRINCESSES: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA FALLEN PRINCESSES: A SEMIOTIC ANALYSIS Maria do Livramento da

Leia mais

Informática como Interface para Arte

Informática como Interface para Arte Estética Tecnológica PUCSP - TIDD Professor: Hermes Renato Hildebrand Email: hrenatoh@gmail.com Site: www.sciarts.org.br Extramaterialidade e a Arte Referência Bibliográfica: LAURENTIZ,, Paulo (1997).

Leia mais

terminologia e semântica. Rio de Janeiro: CiFEFiL,

terminologia e semântica. Rio de Janeiro: CiFEFiL, LINGUAGEM NÃO VERBAL: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DA SÉRIE FOTOGRÁFICA ALICE IN WATERLAND DE ELENA KALIS Taís Turaça Arantes (UEMS) taistania@gmail.com Nataniel dos Santos Gomes (UEMS) natanielgomes@uol.com.br

Leia mais

DOS SIGNOS SONOROS AOS SIGNIFICADOS ESPACIAIS: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DA WEBSÉRIE, O DEMOLIDOR 1

DOS SIGNOS SONOROS AOS SIGNIFICADOS ESPACIAIS: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DA WEBSÉRIE, O DEMOLIDOR 1 DOS SIGNOS SONOROS AOS SIGNIFICADOS ESPACIAIS: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DA WEBSÉRIE, O DEMOLIDOR 1 Breno pessoa de ARAUJO 2 Jefferson weyne castelo de OLIVEIRA 3 Diego Frank Marques CAVALCANTE 4 Faculdades

Leia mais

ANÁLISE SEMIÓTICA DA INTRODUÇÃO Á GEOMETRIA DO LIVRO DE 5 A SÉRIE DA COLEÇÃO: IDÉIAS E RELAÇÕES

ANÁLISE SEMIÓTICA DA INTRODUÇÃO Á GEOMETRIA DO LIVRO DE 5 A SÉRIE DA COLEÇÃO: IDÉIAS E RELAÇÕES GREGÓRIO ANTÔNIO CONSTANTINO ANÁLISE SEMIÓTICA DA INTRODUÇÃO Á GEOMETRIA DO LIVRO DE 5 A SÉRIE DA COLEÇÃO: IDÉIAS E RELAÇÕES Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Ciências da Linguagem como requisito

Leia mais

II.2. Modelos desenvolvidos por comentadores

II.2. Modelos desenvolvidos por comentadores II.2. Modelos desenvolvidos por comentadores Esta seção, e subseções, exibe parte consideravelmente importante do estado da arte a respeito dos diagramas para as classificações de signos de Peirce. Ela

Leia mais

Linguística Computacional Interativa

Linguística Computacional Interativa 1 Linguística Computacional Interativa Linguagem Natural em IHC: possibilidades a explorar Aula de 13 de novembro de 2012 2 Um mergulho rápido na praia da Semiótica O signo peirceano: acesso mediado ao

Leia mais

ARTISTA QUE transita com desenvoltura pelas manifestações da arte - unidas

ARTISTA QUE transita com desenvoltura pelas manifestações da arte - unidas Criação / Pintura O Teorema de Lizárraga ANNATERESA FABRIS ARTISTA QUE transita com desenvoltura pelas manifestações da arte - unidas entre si pela busca de uma gramática interna, na qual as idéias de

Leia mais

A CONTRIBUIÇÃO DA SEMIÓTICA PEIRCEANA PARA ANÁLISE DA PINTURA HISTÓRICA

A CONTRIBUIÇÃO DA SEMIÓTICA PEIRCEANA PARA ANÁLISE DA PINTURA HISTÓRICA A CONTRIBUIÇÃO DA SEMIÓTICA PEIRCEANA PARA ANÁLISE DA PINTURA HISTÓRICA Érica Ramos Moimaz 1 (ericamoimaz@bol.com.br) Ana Heloísa Molina 2 (ahmolina@uel.br) Resumo: O objetivo deste texto é pensar como

Leia mais

NEURO UR PLA S ICI C DA D DE cére r bro br é um sis i t s e t ma m ab a e b rto t, o que est s á cons con t s a t n a t n e i t n e t ra r ç a ã ç o

NEURO UR PLA S ICI C DA D DE cére r bro br é um sis i t s e t ma m ab a e b rto t, o que est s á cons con t s a t n a t n e i t n e t ra r ç a ã ç o NEUROPLASTICIDADE O cérebro é um sistema aberto, que está em constante interação com o meio e que transforma suas estruturas e mecanismos de funcionamento ao longo do processo de interação. Aprende atuando!

Leia mais

OS SÍMBOLOS E SUAS REPRESENTAÇÕES NA PROPAGANDA TELEVISIVA: ANÁLISE SEMIÓTICA DO VT THE ENTRANCE DA HEINEKEN 1

OS SÍMBOLOS E SUAS REPRESENTAÇÕES NA PROPAGANDA TELEVISIVA: ANÁLISE SEMIÓTICA DO VT THE ENTRANCE DA HEINEKEN 1 OS SÍMBOLOS E SUAS REPRESENTAÇÕES NA PROPAGANDA TELEVISIVA: ANÁLISE SEMIÓTICA DO VT THE ENTRANCE DA HEINEKEN 1 Elisangela Antunes * Silvia Spagnol Simi dos Santos ** Resumo O presente estudo objetivou

Leia mais

Análise Estética do Andrógeno a Partir da Semiótica Peirciana 1

Análise Estética do Andrógeno a Partir da Semiótica Peirciana 1 Análise Estética do Andrógeno a Partir da Semiótica Peirciana 1 Mariane NOLIBOS 2 Letícia RIBEIRO 3 Fernando SANTOS 4 Universidade Federal do Pampa, São Borja, RS RESUMO Este artigo tem como finalidade

Leia mais

4. O caráter mediador da cidade digital

4. O caráter mediador da cidade digital 4. O caráter mediador da cidade digital 4. O caráter mediador da cidade digital 60 4. O caráter mediador da cidade digital 4.1. Imagem e representação 4.2. Representação e signo 4.3. As dimensões semióticas

Leia mais

A GEOMETRIA NOS SÍMBOLOS, LOGOTIPOS E LOGOMARCAS. Palavras-chave: Geometria; Símbolos; Logotipos; Construções Geométricas.

A GEOMETRIA NOS SÍMBOLOS, LOGOTIPOS E LOGOMARCAS. Palavras-chave: Geometria; Símbolos; Logotipos; Construções Geométricas. na Contemporaneidade: desafios e possibilidades A GEOMETRIA NOS SÍMBOLOS, LOGOTIPOS E LOGOMARCAS Ruth Ribas Itacarambi GCIEM (Grupo Colaborativo de Investigação em ) ritacarambi@yahoo.com.br Resumo: A

Leia mais

Paradigmas da Teoria da Comunicação

Paradigmas da Teoria da Comunicação Paradigmas da Teoria da Comunicação 1 Semiologia O que é signo? Os signos são entidades centrais e importantes quando tratamos de qualquer linguagem de comunicação. Eles estão presentes na física, na biologia,

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO SIGNO PARA O APRENDIZADO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

A IMPORTÂNCIA DO SIGNO PARA O APRENDIZADO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL 413 de 664 A IMPORTÂNCIA DO SIGNO PARA O APRENDIZADO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL Nayra Marinho Silva 124 (UESB) Carla Salati Almeida Ghirello-Pires 125 (UESB) RESUMO Este trabalho objetiva investigar

Leia mais

Elementos Compositivos I Prof. Andrea Faria Andrade. Departamento de Expressão Gráfica - UFPR

Elementos Compositivos I Prof. Andrea Faria Andrade. Departamento de Expressão Gráfica - UFPR Elementos Compositivos I Prof. Andrea Faria Andrade Departamento de Expressão Gráfica - UFPR COMUNICAÇÃO VISUAL Elementos Compositivos I Prof. Andrea Faria Andrade A informação por meio de sinais provocou

Leia mais

O MUNDO COMO REPRESENTAÇÃO: NOTAS SOBRE A TEORIA SEMIÓTICA DA PERCEPÇÃO

O MUNDO COMO REPRESENTAÇÃO: NOTAS SOBRE A TEORIA SEMIÓTICA DA PERCEPÇÃO 1 O MUNDO COMO REPRESENTAÇÃO: NOTAS SOBRE A TEORIA SEMIÓTICA DA PERCEPÇÃO Ricardo Gião Bortolotti Unesp-Assis RESUMO: A realidade que vivenciamos não parece oferecer dificuldades nas tarefas cotidianas.

Leia mais

Estudo Semiótico investigativo das cartas de Tarot 1

Estudo Semiótico investigativo das cartas de Tarot 1 Estudo Semiótico investigativo das cartas de Tarot 1 LIMA, C. A. F. 2 Cavalcante, D. F. C. 3 Faculdade Nordeste Fanor Devry, Fortaleza, CE RESUMO O objetivo desse artigo é compreender a transformação de

Leia mais

O USO DOS CONCEITOS DE HIPOÍCONES E DE LEGISIGNOS DA SEMIÓTICA PEIRCEANA PARA A ANÁLISE DE MARCAS GRÁFICAS

O USO DOS CONCEITOS DE HIPOÍCONES E DE LEGISIGNOS DA SEMIÓTICA PEIRCEANA PARA A ANÁLISE DE MARCAS GRÁFICAS Versão completa do poster apresentado no 11º P&D Design 2014 - Gramado, que será publicado na forma de Resumo nos anais do evento. Apresentado dia 01/10/2014 Gramado RS De 30 de setembro a 2 de outubro

Leia mais

A TEORIA SÓCIO-CULTURAL DA APRENDIZAGEM E DO ENSINO. Leon S. Vygotsky ( )

A TEORIA SÓCIO-CULTURAL DA APRENDIZAGEM E DO ENSINO. Leon S. Vygotsky ( ) A TEORIA SÓCIO-CULTURAL DA APRENDIZAGEM E DO ENSINO Leon S. Vygotsky (1896-1934) O CONTEXTO DA OBRA - Viveu na União Soviética saída da Revolução Comunista de 1917 - Materialismo marxista - Desejava reescrever

Leia mais

Projeto Pedagógico Qual caminho deve seguir para obter uma infância feliz? Como fazer para compreender a vida em seu momento de choro e de riso?

Projeto Pedagógico Qual caminho deve seguir para obter uma infância feliz? Como fazer para compreender a vida em seu momento de choro e de riso? Projeto de Leitura Título: Maricota ri e chora Autor: Mariza Lima Gonçalves Ilustrações: Andréia Resende Elaboração do Projeto: Beatriz Tavares de Souza Apresentação O livro apresenta narrativa em versos

Leia mais

Galáxia E-ISSN: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Brasil

Galáxia E-ISSN: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Brasil Galáxia E-ISSN: 1982-2553 aidarprado@gmail.com Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Brasil Monteiro Borges, Priscila Os sinsignos icônicos nas 66 classes de signos: uma análise semiótica da fonte

Leia mais

Currículo para o ensino da língua sueca para imigrantes

Currículo para o ensino da língua sueca para imigrantes PORTUGISISKA Currículo para o ensino da língua sueca para imigrantes Objetivos do ensino O programa de ensino da língua sueca para imigrantes é um programa de formação linguística qualificado que visa

Leia mais

Texto integrante dos Anais do XVIII Encontro Regional de História O historiador e seu tempo. ANPUH/SP UNESP/Assis, 24 a 28 de julho de Cd-rom.

Texto integrante dos Anais do XVIII Encontro Regional de História O historiador e seu tempo. ANPUH/SP UNESP/Assis, 24 a 28 de julho de Cd-rom. Semiótica aplicada à análise de imagens em história Ana Cristina Teodoro da Silva (UEM/DFE) Encarar imagens como fontes de pesquisa causa impacto. A percepção de que estamos dialogando com linguagens não

Leia mais

O Poder Simbólico na Publicidade de Moda. Estudo da Campanha Publicitária Outono / Inverno Mulberry 2013/14

O Poder Simbólico na Publicidade de Moda. Estudo da Campanha Publicitária Outono / Inverno Mulberry 2013/14 eikon _ journal on semiotics and culture ISSN 21836426 DOI 10.20287/eikon DOI 10.20287/eikonn01a02 Received / Recebido 27 06 2016 Accepted / Aceite 20 07 2016 Author / Autor Silvia Spagnol Simi dos Santos

Leia mais

AS TRICOTOMIAS DE PEIRCE NO REFERENTE TOY ART: REPRESENTÂMEN, OBJETO

AS TRICOTOMIAS DE PEIRCE NO REFERENTE TOY ART: REPRESENTÂMEN, OBJETO AS TRICOTOMIAS DE PEIRCE NO REFERENTE TOY ART: REPRESENTÂMEN, OBJETO E INTERPRETANTE NA MENSAGEM PUBLICITÁRIA THE TRICHOTOMIES OF PEIRCE IN THE TOY ART REFERENT: REPRESENTAMEN, OBJECT AND INTERPRETER IN

Leia mais

VYGOTSKY Teoria sócio-cultural. Manuel Muñoz IMIH

VYGOTSKY Teoria sócio-cultural. Manuel Muñoz IMIH VYGOTSKY Teoria sócio-cultural Manuel Muñoz IMIH BIOGRAFIA Nome completo: Lev Semynovich Vygotsky Origem judaica, nasceu em 5.11.1896 em Orsha (Bielo- Rússia). Faleceu em 11.6.1934, aos 37 anos, devido

Leia mais

(Re)Leitura e (Re)Criação: Frida Kahlo 1. Lucas FARIAS 2 João PEDROSA 3 Faculdade Maurício de Nassau, João Pessoa, PB

(Re)Leitura e (Re)Criação: Frida Kahlo 1. Lucas FARIAS 2 João PEDROSA 3 Faculdade Maurício de Nassau, João Pessoa, PB (Re)Leitura e (Re)Criação: Frida Kahlo 1 Lucas FARIAS 2 João PEDROSA 3 Faculdade Maurício de Nassau, João Pessoa, PB RESUMO Inspirado na importância social da pintora mexicana Frida Kahlo, este trabalho

Leia mais

Método fenomenológico de investigação psicológica

Método fenomenológico de investigação psicológica Método fenomenológico de investigação psicológica Método de investigação filosófico versus psicológico Teoria F Descrição Reduções Essência Intencionalidade P Descrição de outros sujeitos Redução fenomenológica

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica Psicologia Jurídica AS FUNÇÕES MENTAIS SUPERIORES

Pontifícia Universidade Católica Psicologia Jurídica AS FUNÇÕES MENTAIS SUPERIORES Pontifícia Universidade Católica Psicologia Jurídica AS FUNÇÕES MENTAIS SUPERIORES REALIDADE Realidade psíquica elaborada pelo indivíduo a partir dos conteúdos armazenados na mente As vezes, usamos nossa

Leia mais

ANÁLISE SEMIÓTICA COMERCIAIS TELEVISIVOS DA COCA COLA: QUESTÃO SIMBÓLICA

ANÁLISE SEMIÓTICA COMERCIAIS TELEVISIVOS DA COCA COLA: QUESTÃO SIMBÓLICA ANÁLISE SEMIÓTICA COMERCIAIS TELEVISIVOS DA COCA COLA: QUESTÃO SIMBÓLICA RESUMO FONSECA, Camila Leandro. 1 LIVI, Frederico Alexandre Noda. 2 PRADO, Lucas Almeida. 3 A seguinte análise visa sintetizar os

Leia mais

ASPECTOS SEMIÓTICOS DAS REPRESENTAÇÕES MATEMÁTICAS. MEDIADAS PELO WINPLOT

ASPECTOS SEMIÓTICOS DAS REPRESENTAÇÕES MATEMÁTICAS. MEDIADAS PELO WINPLOT Capítulo 5. Uso de los recursos tecnológicos en el proceso de aprendizaje de las matemáticas ASPECTOS SEMIÓTICOS DAS REPRESENTAÇÕES MATEMÁTICAS. MEDIADAS PELO WINPLOT M a Margarete do R. Farias, Rosana

Leia mais

ENTREVISTAS DE HISTÓRIA DE VIDA INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO NO CAMPO SOCIAL REGINA C. FIORATI

ENTREVISTAS DE HISTÓRIA DE VIDA INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO NO CAMPO SOCIAL REGINA C. FIORATI ENTREVISTAS DE HISTÓRIA DE VIDA INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO NO CAMPO SOCIAL REGINA C. FIORATI ENTREVISTA COMO INSTRUMENTO DE PESQUISA E AVALIAÇÃO MÉTODO QUALITATIVO A TEMÁTICA SIGNIFICATIVA DOS ESTUDOS TENHA

Leia mais

Palavras-Chave: Semiótica, Semiótica Peirceana, publicidade infantil;

Palavras-Chave: Semiótica, Semiótica Peirceana, publicidade infantil; A SEMIÓTICA NA PUBLICIDADE INFANTIL: UMA ANÁLISE DA CAMPANHA PUBLICITÁRIA NOS TRILHOS DA MARCA LILICA RIPILICA 1 Prof. Dra. Carmen Cristiane Borges Losano (IFSUDESTE-MG) Prof. Me. Glaucia Maria Pinto Vieira

Leia mais

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL DETERMINAÇÃO DE UM ÍNDICE DA SITUAÇÃO DO TRANSPORTE - IST COMO ELEMENTO DE SUPORTE AO PLANEJAMENTO DE TRANSPORTES

Leia mais

FREUDENTHAL, Hans. Didactical Phenomenology of Mathematical Structures. Dordrecht/Boston/Lancaster. D. Riedel Publishing. Co

FREUDENTHAL, Hans. Didactical Phenomenology of Mathematical Structures. Dordrecht/Boston/Lancaster. D. Riedel Publishing. Co FREUDENTHAL, Hans. Didactical Phenomenology of Mathematical Structures. Dordrecht/Boston/Lancaster. D. Riedel Publishing. Co. 1983. 1 Por Maria Aparecida Viggiani Bicudo 2 Ao expor o seu método de trabalho,

Leia mais

SEMIÓTICA E TEORIA DO CONCEITO: UMA BREVE ANÁLISE SOBRE SUAS RELAÇÕES

SEMIÓTICA E TEORIA DO CONCEITO: UMA BREVE ANÁLISE SOBRE SUAS RELAÇÕES SEMIÓTICA E TEORIA DO CONCEITO: UMA BREVE ANÁLISE SOBRE SUAS RELAÇÕES Durval Vieira Pereira durvalvieira@gmail.com Doutorando em Ciência da Informação Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação

Leia mais