Cabotagem: Alternativa para a Melhoria da Mobilidade e Competitividade
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- Benedicto Castilhos Barata
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1 Cabotagem: Alternativa para a Melhoria da Mobilidade e Competitividade
2 Por uma logística mais integrada e eficiente A Pratical One nasceu com essa visão e com o desejo de contribuir para que o Brasil seja um país mais competitivo e eficiente em sua logística. Queremos ajudar indústrias, fornecedores e compradores de produtos diversos que possam se beneficiar com o uso de meios de transportes mais sustentáveis como a cabotagem. Esperamos contribuir com conhecimento, pois acreditamos que informação é o caminho para tomar decisões mais seguras e estratégicas, por isso preparamos esse material para você. Boa leitura e bons negócios. Equipe Pratical One.
3 Cabotagem: Alternativa para a Melhoria da Mobilidade e Competitividade Parte 1 Pg. 4 Objetivo, setores industriais representados e interpretação da pesquisa Parte 2 Pg. 13 Pleitos da Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (ABAC) Parte 3 Pg. 15 Conclusões
4 1ª Parte Objetivos, setores industriais representados e interpretação da pesquisa
5 O Estudo Pesquisa respondida pela indústria catarinense No primeiro semestre de 2013, foi conduzida pesquisa com o objetivo de promover a cabotagem para a indústria catarinense como meio de alavancar a competitividade; promover a sustentabilidade energética, ambiental e social; e, para buscar a melhoria da mobilidade em Santa Catarina. Esta ação foi desenvolvida como parte do Plano Mobilidade SC, Etapa 1, Zona Litorânea da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina FIESC. O estado de Santa Catarina é beneficiado com cinco portos e, apesar de ser o 10º estado exportador e o 5º importador (dados do MDIC/SECEX de 2011), é o segundo estado em movimentação portuária. Mostra o pioneirismo e inovação em soluções logísticas para todo o país. O estado de Santa Catarina é beneficiado com cinco portos e, apesar de ser o 10º estado exportador e o 5º importador (dados do MDIC/SECEX de 2011), é o segundo estado em movimentação portuária.
6 Os diversos setores industriais foram representados Setor Industrial 16,00% 14,00% 12,00% 10,00% 8,00% 6,00% 4,00% 2,00% 0,00% Ocorrência
7 O Uso da Cabotagem Quem usa e quem necessita de mais informação Há a percepção de que há demanda reprimida para os potenciais volumes que poderiam ser transportados por cabotagem e em contêineres. A indústria catarinense confirmou isso. Apenas 28% utilizam a cabotagem com regularidade, portanto há espaço para trabalhar os 72% restantes. É necessário lembrar que nem todos os mercados podem ser atendidos pelo modal. Porém, um fato importante é que 50% dos respondentes da indústria catarinense, não sabem ou tem dúvidas em que circunstâncias avaliar o uso do modal.
8 O Uso da Cabotagem As razões de quem usa Surpreendeu a informação de que 56% dos respondentes representam indústrias que têm metas de redução de emissões de poluentes. A cabotagem cumpre bem este papel na medida em que é o modal que consome oito vezes menos combustível por tonelada/quilômetro e emite apenas ¼ dos poluentes por tonelada/quilômetro em comparação ao transporte rodoviário. Embora a sustentabilidade esteja ganhando importância o fator preponderante para o uso da cabotagem é o custo do frete, seguido pela segurança e menor risco de avarias da carga.
9 Para quem não usa a Cabotagem Qual a percepção Se para metade dos respondentes a cabotagem ainda é desconhecida, será que a percepção de tempo de trânsito longo e mercado de venda não atendido necessita ser melhor entendida? Acreditamos que sim. Veja o que disseram os catarinenses. 2% 14% 12% 20% 52%
10 Mas de que burocracia a indústria está falando? A cabotagem é uma novidade e requer adaptação do embarcador até porque o processo exige maior planejamento. Sabe-se que o transporte rodoviário se adapta às necessidades do contratante do transporte. Já na cabotagem a carga espera o navio e não o contrário. Por isso, há necessidade de: Ter uma cotação válida; Solicitar um booking (reserva); Retirar um contêiner vazio e levá-lo para o local de estufagem; Retornar a carga containerizada para o terminal de embarque; Atender prazos de aceite de cargas e documentos (NFe/CTe); Vencer demoras para retirar o contêiner vazio e entregar o cheio.
11 Os custos do transporte rodoviário A lei /2012 reduz a disponibilidade do motorista e os aumentos de combustíveis são cada vez mais presentes. Os aumentos do valores do transporte rodoviário são uma realidade. O aumento dos custos dos combustíveis e a vigência da lei do motorista lei /2012 em que o motorista tem limite de horas de direção, são sentidos por quem contrata o transporte rodoviário. Nada menos de 41% dos respondentes tiveram aumentos de fretes em 2012 e para quem conseguiu adiar a negociação, a abordagem para aumento havia sido realizada. Novos aumentos de combustíveis foram implementados em 2013 e novos aumentos virão...
12 Fatores críticos para aumentar o uso da cabotagem Quatro aspectos foram considerados críticos para aumentar o uso do modal: 1. Preço; 2. Tempo de entrega; 3. Redução da burocracia; 4. Acesso aos portos. Os operadores de cabotagem, muito tem melhorado a disponibilidade de saídas, de cobertura geográfica, tem investido na renovação da frota o que tende a melhorar as condições de preços e tempos de entrega. Entender o que significa burocracia para cada usuário em específico vai ajudar no esclarecimento mútuo de como reduzir esta barreira e ampliar o uso do modal. O acesso aos portos, o tempo permitido para a carga ficar no terminal sem custo, a agilidade de recepção e entrega da carga é tema para continuada atenção dos operadores de navios e de terminais marítimos.
13 2ª Parte Pleitos da Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (ABAC)
14 O lado da oferta de serviços de cabotagem também tem os seus pleitos A Associação Brasileira de Empresas de Cabotagem (ABAC), na palavra de seu presidente Cleber Lucas, ressalta cinco fatores estruturais e regulatório que desafiam o avanço da cabotagem: Cumbustível (bunker) deve ser indexado ao diesel. O combustível da cabotagem paga ICMS além de preço internacional. A formação da mão de obra marítima. É escassa e por isso cara. Concorre com a demanda da indústria de petróleo. A praticagem: a regulamentação deste serviço. É um serviço obrigatório, não regulado e caro na comparação internacional. A burocracia nos portos: a simplificação do processo através do uso dos dados do CTe e Porto sem Papel. AFRMM (Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante). Que tenha sua liberação em prazo equivalente ao prazo de pagamento de impostos pagos pelos operadores como ICMS, PIS/COFINS.
15 Conclusões O transporte por cabotagem está recebendo importante investimento na renovação das frotas dos seus dois maiores operadores: a Aliança e a Log-In. Com isso haverá acréscimo de capacidade de 34% entre 2013 e Esse crescimento da capacidade vai proporcionar a conversão de mais volumes de carga seca e refrigerada para o modal ajudando na competitividade e sustentabilidade do transporte brasileiro de longas distâncias. O usuário, no entanto, carece de mais esclarecimentos e ele está receptivo em Santa Catarina. A mesma receptividade provavelmente possa ser identificada em outras regiões do Brasil. Por isso o trabalho de divulgação do modal deve continuar incansavelmente. Há necessidade de lidar com as restrições de ambos os lados e esclarecer todas as dúvidas dos usuários atuais e potenciais para avançar cada vez mais.
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