DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

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1 DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

2 1ª edição novembro, ª edição setembro, ª edição setembro, ª edição 2ª tiragem março, ª edição, revista, atualizada, ampliada setembro, ª edição, revista, atualizada, ampliada maio, ª edição, revista, atualizada, ampliada maio, ª edição, revista, atualizada, ampliada março, 2017

3 MAURICIO GODINHO DELGADO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 7ª edição Revista, Atualizada, Ampliada

4 R EDITORA LTDA. Todos os direitos reservados Rua Jaguaribe, 571 CEP São Paulo, SP Brasil Fone (11) Março, 2017 Versão impressa LTr ISBN Versão digital LTr ISBN Atualizado até Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Delgado, Mauricio Godinho Direito coletivo do trabalho / Mauricio Godinho Delgado. 7. ed., rev, atual. e ampl. São Paulo : LTr, Bibliografia. 1. Direito do trabalho 2. Direito do trabalho Brasil I. Título CDU-34:331.88(81) Índice para catálogo sistemático: 1. Brasil : Direito coletivo do trabalho 34:331.88(81)

5 Dedico este livro à memória de meu irmão, Luiz Eugênio Godinho Delgado, cuja vida dedicada à Medicina Social harmonizava ideais de saúde, bem-estar e justiça.

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7 SUMÁRIO CAPÍTULO I DIREITO COLETIVO DO TRABALHO CARACTERIZAÇÃO I. Introdução II. Denominação Denominações Arcaicas Denominações Atuais A) Direito Coletivo do Trabalho B) Direito Sindical C) Direito Social III. Definição IV. Conteúdo V. Função Funções Justrabalhistas Gerais Extensão ao Direito Coletivo Funções Juscoletivas Específicas VI. Conflitos Coletivos de Trabalho e sua Resolução Modalidades de Conflitos Coletivos Modalidades de Resolução de Conflitos Coletivos Modalidades de Resolução de Conflitos Coletivos: uma fórmula controvertida dissídio coletivo A) Dissídio Coletivo: econômico; de greve; jurídico B) Sentença Normativa: traços distintivos a) Caracterização da Sentença Normativa b) Sentença Normativa: vigência e integração contratual c) Sentença Normativa: restrições d) Sentença Normativa: conteúdo VII. O Problema da Autonomia do Direito Coletivo do Trabalho... 51

8 8 MAURICIO GODINHO DELGADO CAPÍTULO II PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO I. Introdução II. Princípios Especiais do Direito Coletivo Tipologia Tipologia de Princípios III. Princípios Assecuratórios da Existência do Ser Coletivo Obreiro Princípio da Liberdade Associativa e Sindical Liberdade Individual e Liberdade Coletiva A) Cláusulas de Sindicalização Forçada Imperatividade Justrabalhista B) Práticas Antissindicais C) Garantias à Atuação Sindical Princípio da Autonomia Sindical IV. Princípios Regentes das Relações entre os Seres Coletivos Trabalhistas Princípio da Interveniência Sindical na Normatização Coletiva Princípio da Equivalência dos Contratantes Coletivos Obstáculos à Efetividade do Princípio Jurídico Princípio da Lealdade e Transparência na Negociação Coletiva V. Princípios Regentes das Relações entre Normas Coletivas Negociadas e Normas Estatais Princípio da Criatividade Jurídica da Negociação Coletiva Princípio da Adequação Setorial Negociada VI. Novas Interpretações Sobre os Princípios do Direito Coletivo do Trabalho: Decisões do STF CAPÍTULO III SUJEITOS DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO O SINDICATO I. Introdução II. Definição III. Sistemas Sindicais Critérios de Agregação dos Trabalhadores no Sindicato A) Ofício ou Profissão

9 DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 9 B) Categoria Profissional a) Agregação versus Especialização b) Terceirização Trabalhista e Categoria Profissional C) Empresa D) Ramo Empresarial de Atividades Unicidade versus Pluralidade. A Unidade Sindical A) Unicidade no Brasil: modelo tradicional B) A Posição da Constituição de C) Liberdade Sindical no Brasil: problemas, conquistas e desafios D) Garantias à Atuação Sindical IV. Organização Sindical Brasileira Atual Direito Intertemporal: Constituição versus CLT Estrutura Sindical A) Estrutura do Sistema Sindical a) Pirâmide Sindical Centrais Sindicais b) Critério da Categoria c) Dissociação de Categorias Especialização versus Agregação d) Categoria Profissional e Terceirização B) Estrutura e Funcionamento Internos Registro Sindical Funções e Prerrogativas Sindicais A) Funções e Prerrogativas a) Função Representativa b) Função Negocial c) Função Assistencial d) Um Debate: funções econômicas e políticas B) Proteções à Atuação Sindical a) Proteções Normativas b) Condutas Antissindicais c) Abusos na Atuação Sindical

10 10 MAURICIO GODINHO DELGADO 4. Receitas Sindicais A) Contribuição Sindical Obrigatória B) Contribuição Confederativa C) Contribuição Assistencial ou Negocial (cota de solidariedade) D) Mensalidade dos Associados Sindicato no Segmento Público especificidades V. Garantias Sindicais Garantia Provisória de Emprego A) Restrições Jurisprudenciais B) Dirigentes Alcançados pela Garantia C) Atuação Judicial Liminar Inamovibilidade do Dirigente Sindical Garantias Oriundas de Normas da OIT VI. Natureza Jurídica do Sindicato VII. Sindicato: Balanço Histórico-Analítico Evolução do Sindicalismo nos Países de Capitalismo Central Desafios Tradicionais: autoritarismo político e refluxo sindical Desafios Renovados: práticas antissindicais Novos Desafios: políticas públicas mercadológicas VIII. O Sindicato no Brasil: Balanço Histórico-Analítico Período Inicial do Sindicalismo Brasileiro: a fase precedente a O Modelo Sindical Corporativista Brasileiro: a fase de 1930 a A) Implantação do Modelo Sindical Corporativista nas Décadas de 1930/40 e sua Estrutura Institucional B) Continuidade do Modelo Sindical Corporativista nas Décadas Subsequentes C) Reflexão Necessária: modelo trabalhista e modelo sindical Constituição de 1988: mudanças e continuidades A) Avanços Democráticos do Texto Original de B) Carta de Direitos de C) Contradições Antidemocráticas do Texto Original de 1988 e Mudanças Constitucionais Retificadoras

11 DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 11 D) Outros Aperfeiçoamentos Normativos: Convenções n. 135 e n. 151 da OIT e Lei das Centrais Sindicais E) Novo Modelo Sindical Constitucional: democratização com garantias legais IX. Atualidade do Sindicato no Capitalismo e Democracia Contemporâneos Atualidade dos Sindicatos e do Sindicalismo CAPÍTULO IV NEGOCIAÇÃO COLETIVA TRABALHISTA I. Introdução II. Funções da Negociação Coletiva Funções Específicas Funções Justrabalhistas Gerais Pertinentes Extensão à Negociação Coletiva III. Importância da Negociação Coletiva Parâmetros dos Modelos Justrabalhistas Democráticos A) Normatização Autônoma e Privatística B) Normatização Privatística Subordinada Parâmetros do Modelo Justrabalhista Autoritário Democracia e Normatização Estatal: reflexões complementares Constituição de 1988 e Negociação Coletiva: novas reflexões IV. Diplomas Negociais Coletivos Convenção e Acordo Coletivos de Trabalho Convenção e Acordo Coletivos de Trabalho: definição Convenção e Acordo Coletivos de Trabalho: distinções V. Convenção e Acordo Coletivos de Trabalho Aspectos Característicos CCT e ACT: normatização aplicável CCT e ACT: caracterização A) Legitimação B) Conteúdo (dispositivos normativos e obrigacionais) C) Forma D) Vigência E) Duração Incorporação aos Contratos (ultratividade) F) Prorrogação, Revisão, Denúncia, Revogação, Extensão

12 12 MAURICIO GODINHO DELGADO VI. Diplomas Negociais Coletivos Contrato Coletivo de Trabalho Denominação: dubiedades Caracterização VII. Diplomas Negociais Coletivos: Efeitos Jurídicos Regras Coletivas Negociadas e Regras Estatais: hierarquia A) Hierarquia Normativa: teoria geral B) Hierarquia Normativa: especificidade justrabalhista a) Princípio da Norma Mais Favorável b) Acumulação versus Conglobamento Regras de Convenção e Acordo Coletivos: hierarquia Regras Negociais Coletivas e Contrato de Trabalho: relações A) Aderência Irrestrita (ultratividade plena) B) Aderência Limitada pelo Prazo (sem ultratividade) C) Aderência Limitada por Revogação (ultratividade relativa) a) Equivalência dos Contratantes Coletivos e Ultratividade Provisória de ACTs/CCTs a) A Suspensão Liminar da Súmula n. 277 do TST c) Outros Aspectos Relevantes VIII. Negociação Coletiva Possibilidades e Limites Possibilidades Jurídicas da Negociação Coletiva Limites Jurídicos da Negociação Coletiva Um Debate em Recidiva: o negociado sobre o legislado A) 2015/16 decisões do STF sobre o tema B) Riscos da Flexibilização sem Peias IX. Diplomas Coletivos Negociados: Natureza Jurídica Teorias Explicativas Tradicionais A) Teorias Contratuais (ou Civilistas) B) Teorias de Transição C) Teorias Jurídico-Sociais (ou Normativistas) Teoria do Contrato Social Normativo X. Negociação Coletiva no Segmento Público Especificidades

13 DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 13 CAPÍTULO V IMPASSES NA NEGOCIAÇÃO COLETIVA GREVE I. Introdução II. Locaute Caracterização Locaute Extratrabalhista (ou locaute político ) Distinções Regência Jurídica Efeitos Jurídicos III. O Instituto da Greve Caracterização A) Caráter Coletivo do Movimento B) Sustação de Atividades Contratuais Lock-in C) Exercício Coercitivo Coletivo e Direto D) Objetivos da Greve E) Enquadramento Variável do Prazo de Duração da Greve a) Suspensão Total versus Suspensão Parcial do Contrato de Trabalho b) Duração da Greve e Poder Normativo Distinções A) Figuras Próximas ou Associadas B) Formas de Pressão Social C) Condutas Ilícitas de Pressão Extensão e Limites A) Extensão do Direito B) Limitações ao Direito Requisitos da Greve licitude versus abusividade A) Requisitos Legais da Greve B) Descumprimento dos Requisitos: efeitos jurídicos Direitos e Deveres dos Grevistas A) Direitos dos Grevistas B) Deveres dos Grevistas

14 14 MAURICIO GODINHO DELGADO 6. Greve no Segmento Público: especificidades A) Eficácia de Regra Constitucional: permanência de um debate? a) Vertente Tradicional b) Vertente Moderna B) Especificidade da Greve no Segmento Público Greve: natureza jurídica e fundamentos A) Natureza Jurídica Outras Concepções B) Fundamentos Greve: retrospectiva histórico-jurídica Greve: aspectos processuais CAPÍTULO VI ARBITRAGEM E MEDIAÇÃO NO DIREITO COLETIVO I. Introdução II. Meios de Solução de Conflitos: Autotutela, Autocomposição, Heterocomposição Autotutela Autocomposição Heterocomposição A) Enquadramento Jurídico: controvérsias B) Métodos Existentes III. Arbitragem no Direito Coletivo do Trabalho Distinções Relevantes Tipos de Arbitragem Arbitragem no Direito Individual do Trabalho Arbitragem no Direito Coletivo do Trabalho Arbitragem e Poder Normativo IV. Mediação no Direito Coletivo do Trabalho Conflitos Coletivos do Trabalho: tipos de mediação V. Comissões de Conciliação Prévia Enquadramento Jurídico Enquadramento Jurídico Dinâmica das Comissões de Conciliação Prévia

15 DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 15 CAPÍTULO VII INTERESSES E DIREITOS METAINDIVIDUAIS NO PLANO JUSCOLETIVO TRABALHISTA I. Introdução II. Massividade de Danos e Pretensões na Sociedade Contemporânea Adequação Jurídica III. Interesses e Direitos Metaindividuais no Plano Justrabalhista Interesses Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos Aplicação ao Plano Justrabalhista CAPÍTULO VIII CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, SISTEMA TRABALHISTA BRASILEIRO E DIREITO COLETIVO DO TRABALHO REFLEXÕES COMPLEMENTARES I. Introdução II. Direito Coletivo do Trabalho: Avanços Promovidos pela Constituição da República Avanços Democráticos no Texto Constitucional Original A) Liberdade e Autonomia Sindicais B) Fortalecimento do Papel Representativo dos Sindicatos Contrapontos ao Fortalecimento Sindical C) Fortalecimento da Negociação Coletiva Trabalhista D) Garantia do Direito de Greve E) Fortalecimento das Ações Coletivas no Processo do Trabalho F) Atribuição de Novo e Destacado Status ao Direito Individual do Trabalho G) Fortalecimento e Universalização da Justiça do Trabalho H) Transformação, Fortalecimento e Universalização do Ministério Público do Trabalho Novos Avanços Democráticos Por Meio de Reformas do Texto Constitucional (ECs) A) Extinção da Representação Classista na Justiça do Trabalho (EC n. 24, de 1999) B) Ampliação da Competência Jurisdicional da Justiça do Trabalho (EC n. 45, de 2004) C) Restrição do Poder Normativo da Justiça do Trabalho nos Dissídios Coletivos de Natureza Econômica (EC n. 45, de 2004)

16 16 MAURICIO GODINHO DELGADO 3. Novos Avanços Democráticos Por Meio de Normas Infraconstitucionais A) Lei n , de 2008 reconhecimento e institucionalização das Centrais Sindicais B) Ratificação de Convenções Internacionais da OIT que Fortalecem e Aperfeiçoam o Direito Coletivo do Trabalho Convenção n. 135 e Convenção n III. Direito Coletivo do Trabalho no Brasil: Institutos Controvertidos do Antigo Corporativismo que Foram Preservados pela Nova Ordem Jurídica Pós 1988 até a Atualidade Unicidade Sindical e Critério de Enquadramento Sindical (art. 8º, II, CF) Financiamento Sindical Compulsório (art. 8º, IV, in fine, CF) IV. Direito Coletivo do Trabalho: Problemas Atuais e Perspectivas no Brasil Contemporâneo O Debate Sobre a Estrutura Sindical O Debate Sobre o Financiamento Sindical O Debate Sobre as Garantias Sindicais e a Democracia Sindical V. Conclusão Bibliografia Autor e Obras

17 CAPÍTULO I DIREITO COLETIVO DO TRABALHO CARACTERIZAÇÃO I. INTRODUÇÃO Direito do Trabalho é o complexo de regras, princípios e institutos jurídicos que regulam as relações empregatícias, quer no plano especificamente das obrigações contratuais de caráter individual, quer no plano mais largo dos vínculos estabelecidos entre os entes coletivos que representam os sujeitos desse contrato. Regula o Direito do Trabalho, ainda, outras relações laborativas não empregatícias especificadas em lei. É ramo especial do Direito, desprendido, desde meados do século XIX, da matriz civilista originária, em direção à construção de uma cultura jurídica com regras, instituições, teorias, institutos e princípios próprios, os quais, em seu conjunto, asseguram-lhe autonomia no universo diversificado do Direito. Sua particularidade intensifica-se, inclusive, no tocante a seu direcionamento, vinculado ao objetivo histórico de aperfeiçoar as condições de pactuação da força de trabalho no sistema socioeconômico. Engloba o Direito do Trabalho dois segmentos, um individual e um coletivo, cada um contando com regras, instituições, teorias, institutos e princípios próprios. O Direito Individual do Trabalho trata da regulação do contrato de emprego, fixando direitos, obrigações e deveres das partes. Trata, também, por exceção, de outras relações laborativas especificamente determinadas em lei. O Direito Coletivo do Trabalho, por sua vez, regula as relações inerentes à chamada autonomia privada coletiva, isto é, relações entre organizações coletivas de empregados e empregadores e/ou entre as organizações obreiras e empregadores diretamente, a par das demais relações surgidas na dinâmica da representação e atuação coletiva dos trabalhadores. Prevalece, ainda, certa controvérsia acerca da autonomia do segmento juscoletivo trabalhista, com a existência ou não de princípios específicos, ou

18 18 MAURICIO GODINHO DELGADO sobre a aplicabilidade plena dos princípios do Direito Individual do Trabalho sobre o segmento juscoletivo. Este debate será examinado, logo a seguir, neste capítulo e no próximo do presente livro. Registre-se que, independentemente da referida controvérsia, há institutos e particularidades do Direito Coletivo do Trabalho que reclamam exame circunstanciado. Trata-se, por exemplo, da negociação coletiva e seus instrumentos, dos sujeitos coletivos trabalhistas, especialmente os sindicatos, da greve, da mediação e da arbitragem coletivas, dos interesses metaindividuais e seu impacto nesta seara jurídica. O exame específico desses temas é o que este livro procurou realizar. Contudo, a presente obra também justifica-se pela necessidade de se aprofundarem as reflexões sobre o Direito Coletivo no Brasil, em face de seu reiterado ofuscamento ao longo da evolução justrabalhista no País, desde o século XX. A Constituição de 1988, a propósito, é que resgatou o Direito Coletivo do Trabalho do assédio político-normativo que sofria na fase anterior. A importância do mais recente Texto Magno da República nessa seara é examinada ao longo de toda esta obra. Por fim, no último capítulo do livro, é apresentado um balanço panorâmico dessa influência nas últimas duas décadas e meia. II. DENOMINAÇÃO Este segmento justrabalhista tem recebido distintas denominações desde seu surgimento no século XIX. Hoje, disputam hegemonia dois epítetos, Direito Coletivo do Trabalho e Direito Sindical, com certa concorrência, ainda, da expressão Direito Social. 1. Denominações Arcaicas Há que se registrar, no estudo, a presença de certas denominações hoje consideradas arcaicas. Trata-se de epítetos que designaram, em épocas mais remotas, o Direito do Trabalho em geral, embora também referindose ao Direito Coletivo. São: Direito Industrial, Direito Operário e Direito Corporativo. Nenhuma delas, entretanto, mereceu permanecer no tempo, em face de suas próprias debilidades. O designativo Direito Industrial é, de fato, claramente inadequado para espelhar o objeto a que pretende se referir, seja todo o Direito do Trabalho, seja apenas seu segmento, Direito Coletivo.

19 DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 19 O epíteto foi influenciado pela circunstância de que o ramo justrabalhista surgiu, na Europa de século e meio atrás, efetivamente vinculado à dinâmica da crescente industrialização. Mas esse ponto de referência mostrava-se inadequado para justificar a denominação escolhida, uma vez que ela era, sob certa ótica, muito mais ampla do que o fenômeno justrabalhista a que se queria reportar. De fato, na expressão Direito Industrial, está sugerida a presença de regras, institutos e princípios que não se circunscrevem propriamente à área justrabalhista, interessando também ao Direito Comercial/Empresarial e Direito Econômico (por exemplo, invenções, patentes, relações tecnológicas, etc.). É inadequado para designar, portanto, não só o Direito do Trabalho como seu segmento juscoletivo. Há uma segunda inadequação nesse superado epíteto: ao mesmo tempo em que se mostra excessivamente amplo (sugerindo relações de Direito Econômico ou Comercial/Empresarial), ele também mostra-se, por outro lado, inábil a captar todo o universo de relações justrabalhistas que se estabelecem e se desenvolvem por muito além do estrito segmento industrial (ilustrativamente, setores de serviços e agropecuário). Ao fixar, desse modo, em um setor econômico (a indústria), o critério de escolha de sua denominação, o epíteto Direito Industrial lançou uma enganosa pista acerca do ramo jurídico que pretendia identificar, comprometendo de modo definitivo a validade de sua própria existência, enquanto denominação desse universo jurídico. A expressão Direito Operário tem história e destino semelhantes aos do epíteto anterior. Também influenciada pela circunstância de que o Direito do Trabalho, de fato, originalmente surgiu no segmento industrial, envolvendo, portanto, as relações entre operários e empregadores, esse epíteto elegeu como critério para identificação do novo ramo jurídico o tipo específico de empregado da indústria, o operário. Ao incorporar tal critério, essa segunda denominação também iria se mostrar inadequada à identificação do objeto a que se pretendia referir: de um lado, reduzia o fenômeno amplo e expansionista do Direito do Trabalho a seu exclusivo segmento original, o operariado (e logo, à indústria); de outro lado, enfocava preferentemente o novo ramo jurídico a partir somente de um de seus sujeitos (o empregado operário), ao invés de enfatizar a sua categoria nuclear, a relação jurídica empregatícia. Por fim, a designação era incapaz de sugerir quase nada no tocante ao Direito Coletivo, propriamente. A expressão Direito Corporativo é também flagrantemente inadequada. Tornou-se corrente durante as experiências juspolíticas características dos modelos de normatização estatal e subordinada, em especial o fascismo italiano do entreguerras do século XX. Esse epíteto, entretanto, construiu-se mais como instrumento de elogio ao tipo de modelo de gestão sociopolítica a

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