CRESCIMENTO DO SISTEMA RADICULAR DE MUDAS DE BANANEIRA SOB INFLUÊNCIA DO SUBSTRATO E SUPERFOSFATO SIMPLES RESUMO SUMMARY

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1 CRESCIMENTO DO SISTEMA RADICULAR DE MUDAS DE BANANEIRA SOB INFLUÊNCIA DO SUBSTRATO E SUPERFOSFATO SIMPLES 15 HUMBERTO UMBELINO DE SOUSA (*) FRANCISCO RODRIGUES DA CUNHA NETO (**) CARLOS RAMIREZ DE REZENDE E SILVA (***) JANICE GUEDES DE CARVALHO (****) RESUMO Com ojetivo de vlir o efeito de diferentes sustrtos ssoidos doses de superfosfto simples durnte produção de muds de nneir Mysore, o experimento foi onduzido em s de vegetção, no Setor de Frutiultur d Universidde Federl de Lvrs (UFLA). Utilizouse o delinemento experimentl de loos sulizdos em esquem ftoril 5 x 4 ( sustrtos e doses de superfosfto simples), om qutro repetições. Os sustrtos form onstituídos pel proporção fix de 25 ml L 1 do horizonte B, Ltossolo Vermelho Amrelo Húmio e ml L 1 de rei lvd e vrindose prtiipção de ; ; 3; 45 e 6 ml L 1 de estero de glinh e s de rroz ronizd, ssoidos às doses de ; 2; 8 e 3.2 g de P 2 m 3 de sustrto. O sustrto onstituído por 25 ml L 1 de Ltossolo Vermelho Amrelo Húmio, ml L 1 de rei lvd, 45 ml L 1 de estero de glinh e ml L 1 de s de rroz ronizd proporionou otenção de muds om mior peso de mtéri fres de riz e de rizom, enqunto que no sustrto onstituído por 6 ml L 1 de s de rroz ronizd, 25 ml L 1 de solo e ml L 1 de rei, s muds presentrm mior omprimento de riz e mior relção riz/prte ére. Não se verifiou efeito d plição do superfosfto simples sore s rterístis vlids. DESCRITORES: Produção de muds, vlição de sustrto, Mus sp., dução fosftd. SUMMARY INFLUENCE OF SUBSTRATES AND APPLICATION OF SIMPLE SUPERPHOSPHATE UPON GROWTH OF ROOT SYSTEM OF BANANA PLANTLETS An experiment ws estlished nd rried out in greenhouse, t the Fruitulture Center of the Universidde Federl de Lvrs (UFLA). The experimentl design used ws rndomized lok in 5 x 4 ftoril shemes (sustrtes nd rtes of simple superphosphte), with four replitions. The sustrtes were mde up of the fixed proportion of 25 ml L 1 of humi yellow red ltosoil nd ml L 1 of orse river snd, nd l 6 ml L 1 of mixture of hen mnure nd ronized rie husk t vrying proportions, ssoited to the rtes of ; 2; 8 nd 3.2 g of P2O5 m 3 of sustrte. The sustrte mde up of 25 ml L 1 of humi yellow red ltosoil, ml L 1 of orse river snd, 45 ml L 1 of hen mnure nd ml L 1 of ronized rie husk, gve rise to plntlets with superior weight of dry mtter of root nd of rhizome, while the sustrte mde up of 6 ml L 1 of ronized rie husk, 25 ml L 1 of Humi Yellow Red Ltosoil nd ml L 1 of orse river snd, gve rise to plntlets with superior length of root nd more root/eril prt rtio, regrdless of the rte of simple superphosphte used. KEY WORDS: Plntlets prodution, sustrte evlution, Mus sp., phosphorus fertiliztion. 1. INTRODUÇÃO No Brsil, 2 o produtor mundil de nns, nniultur é explord em tods s regiões do Pís, oupndo um áre de h e um produção de t em 1998 (FAO, 1998). A nneir normlmente é propgd por vi vegettiv, trvés de prtes d plnt, s quis são provids de um ou mis gems vegettivs e ujo desenvolvimento form um nov plnt. Como no Brsil não existem viveirists produtores de muds de nneir, miori dos nniultores utilizm omo muds mteril proedente de plntios já esteleidos; om vists renovção, expnsão e té mesmo implntção de novos nnis. Esse sistem onvenionl de propgção vem se onstituindo no prinipl veíulo dissemindor de prgs e doençs limitntes explorção, destndose o mldopnmá (Fusrium oxysporun sp. f. Cuense); o moleque d nneir (Cosmopolites sordidus) e nemtóides, os quis vêm omprometendo produção de nns no Brsil. A propgção in vitro surge omo um lterntiv segur pr expnsão d nniultur em função de possiilitr produção de muds sdis e de qulidde superior, um vez que são isents de * Pesquisdor Emrp MeioNorte, Cx. Postl 1, TeresinPI, CEP: E.mil: humerto@pmn.emrp.r **Professor I.C.A. UNIFENAS. Cx. Postl 23 AlfensMG, CEP : ***Professor Titulr DAG/UFLA. Cx. Postl 37 LvrsMG, CEP : 37.2 **** ProfessorTitulr DCS/UFLA. Cx. Postl 37 LvrsMG, CEP : 37.2 R. Un. Alfens, Alfens, 5:1519, 1999

2 16 prgs, doençs e nemtóides. No entnto, omo são omerilizds om ltur em torno de 15 m, se levds diretmente pr o mpo podem oorrer perds signifitivs devido à ondições limátis dverss, tque de prgs, ompetição om plnts invsors e té mesmo o terrmento ds muds por mteril rredo pel erosão. Dest form, é de fundmentl importâni que esss plnts pssem por um fse de enviveirmento em reipientes ontendo sustrtos que propiiem um rápido resimento iniil d mud ntes de se proeder o trnsplntio pr o lol definitivo. O sustrto exere influêni signifitiv sore rquitetur do sistem rdiulr; no estdo nutriionl ds plnts (Spurr e Brnes, 1973) e no movimento d águ no sistem soloplnttmosfer (Orlnder e Due, 1986). Os mteriis são esolhidos em função d disponiilidde e de sus proprieddes físis e, muits vezes, sustrtos om ixos teores de nutrientes são usdos, sendo neessário dição de fertilizntes (Souz, 1983). Mteriis de diferentes origens e sus misturs, são utilizdos pr germinção de sementes e enrizmento de ests. Resultdos superiores dependerão de sus rterístis de firmez, volume rzovelmente onstnte qundo seos ou úmidos, pidde de retenção de águ, porosidde pr filitr drengem e permitir erção, o snidde, ixo nível de slinidde e o disponiilidde de nutrientes (Hrtmnn e Kester, 1975 e Bln, 1981). A s de rroz ronizd é onsiderd um om mteril que poderá prtiipr de onstituição de sustrtos, por presentr rterístis que permitem penetrção e tro de r n se ds rízes. O mteril é firme e denso; tem olorção esur; é leve e poroso, permitindo o erção e drengem; tem volume onstnte tnto qundo seo qunto qundo úmido; é livre de plnts dninhs, nemtóides e ptógenos, lém de não neessitr de trtmento químio pr esterilizção, em função d ronizção. Pode ser usdo pr formção de muds de diverss espéies de plnts florestis; frutífers; hortíols e ornmentis, puro ou em mistur om outros mteriis (Souz, 1993). Considerndose que são rrs s referênis sore estudos om sustrtos pr formção de muds de nneir, este trlho teve omo ojetivo vlir o efeito de diferentes sustrtos ssoidos doses de superfosfto simples sore o desenvolvimento do sistem rdiulr de muds de nneir provenientes de ultur de meristems. R. Un. Alfens, Alfens, 5:1519, 1999 H. U. de SOUSA et l 2. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi instldo e onduzido em s de vegetção no setor de Frutiultur d Universidde Federl de Lvrs ( UFLA ). As muds de nneir form otids pelo Lortório de Cultur de Teidos d UFLA, sendo utilizd ultivr Mysore, um hírido triplóide entre Mus umint Coll e Mus lisin Coll, pertenente o genom AAB. Utilizouse o delinemento experimentl de loos sulizdos, em esquem ftoril 5 x 4 (sustrtos e doses de superfosfto simples), om qutro repetições. A unidde experimentl onstituiuse de qutro reipientes de 5 L de pidde ontendo um mud d. Os sustrtos form onstituídos prtir d mistur do horizonte B de Ltossolo Vermelho Amrelo Húmio, rei lvd, estero de glinh e s de rroz ronizd em diferentes proporções, onforme Tel l. Tel 1. Proporção dos mteriis n onstituição dos sustrtos. Sustrto S 2 S 3 S 4 S 5 MATERIAIS (ml L 1 ) Cs de rroz ronizd Estero de glinh Solo Arei gross A estes sustrtos diionrmse s doses de superfosfto simples ontendo P 2 solúvel em águ, n se de 18 g kg 1, orrespondentes s doses de P 2 estudds (; s2; 8 e 3,2g de P 2 m 3 de sustrto). As muds form repids ds ndejs o tingirem ltur de 15 m. Aos 6 dis pós repigem, s muds form removids dos sustrtos e efeturmse s medids referentes o omprimento de riz, por intermédio d medição ds três miores rízes em d plnt; produção de mtéri fres d riz, do rizom e d prte ére, e relção riz/prte ére. Os ddos form sumetidos nálise de vriâni onforme Cmpos (1984), sem sofrer nenhum trnsformção. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Não se verifiou efeito d plição de doses resentes de superfosfto simples (P>,5) sore

3 ltur ds muds e produção totl de mtéri fres, nem d su interção om os sustrtos. Atriuise usêni de respost plição de superfosfto simples sore s rterístis de resimento devido o teor de P 2 determindo nos omponentes dos sustrtos (Tel 2), sufiiente, pr suprir s plnts no período onsiderdo. Tel 2. Crterístis físioquímis dos omponentes dos sustrtos. Amostr CRESCIMENTO DO SISTEMA RADICULAR DE MUDAS DE BANANEIRA SOB... ph em águ P (mg. dm 3 ) K (mmol dm 3 ) C (mmol dm 3 ) Mg (mmol dm 3 ) Al (mmol ) H + A (mmol dm 3 ) S (mmol dm 3 ) T (mmol dm 3 ) V (%) Mtéri orgâni (g dm 3 ) N totl (g dm 3 ) P 2 sol.á.ítio (g dm 3 ) K 2 O (g dm 3 ) Umidde 65 o C (%) Componentes Solo 4,6 AE 8 B,41 B 3 B 1 B 3 B 63 A 4,41 B 67,41 M 7 MB 21 M Estero de glinh 8,33 AlE 137,9 11 9,9 16,4 34,74 Cs de rroz 7,18 AlF 312,1 4,9,39 2,8 2,79 AE: idez elevd; AlE: llinidde elevd; AlF: llinidde fr; B: ixo; A: lto; M: médio; MB: muito ixo Resultdos semelhntes form detetdos por Rodrigues (1995) e Menezes (1997), enqunto que Ser Filho (1994) e Vientini (1995) enontrrm efeitos signifitivos qundo plirm superfosfto simples e MAP respetivmente, os sustrtos. Em relção o omprimento de rízes, o sustrto S 5 foi o que presentou mior omprimento de riz. Este resultdo é triuído menor disponiilidde de nutrientes nesse sustrto em função d presenç d s de rroz ronizd, seu prinipl omponente, ssoido om mior erção do sustrto, o que provvelmente possiilitou mior resimento ds rízes, hj vist que medid que se reduziu o teor de s de rroz, houve um redução no omprimento ds rízes (Figur 1). Resultdo semelhnte foi verifido por Ser Filho (1994), om o emprego de s de rroz ronizd vrindo de 45 6 ml L 1 n omposição do sustrto. Qunto mtéri fres d riz, verifise que os sustrtos S 2 ; S 3 e S 4 presentrm mior peso de mtéri fres de rízes, enqunto que os sustrtos e S 5 se equivlerm (Figur 2). Comprimento de Riz (m) Sustrtos 17 Figur 1. Influêni do sustrto sore o omprimento de riz de muds de nneir os 6 dis pósrepigem. P.M.F.Riz ( g ) Sustrtos Figur 2. Influêni do sustrto sore o peso d mtéri fres d riz de muds de nneir os 6 dis pósrepigem. Este resultdo é triuído mior disponiilidde de nutrientes, em omo um mior drengem nos sustrtos S 2 ; S 3 e S 4 do que no sustrto em função d presenç d s de rroz, fzendo om que s rízes fossem mis omprids do que s do sustrto, porém mis urts e de mior diâmetro do que s rízes no sustrto S 5. Esse fto é justifido trvés dos spetos de oordenção, plstiidde e ompensção que s plnts possuem, fzendo om que hj um mior ou menor resimento tnto d prte ére qunto do sistem rdiulr em respost às ondição do meio onde plnt se enontr (Mrshner, 1995). Pr mtéri fres do rizom, o sustrto S 2 foi o que presentou melhor desempenho (Figur 3 ), enqunto que no sustrto S 5 foi detetd menor médi, provvelmente, em função d mior disponiilidde de nutrientes no sustrto S 2 (Tel 2). R. Un. Alfens, Alfens, 5:1519, 1999

4 18 P.M.F.Rizom ( g ) Sustrtos H. U. de SOUSA et l d resimento do sistem rdiulr ds muds de nneir. 2 O sustrto 2 (45 ml L 1 de estero de glinh, ml L 1 de s de rroz ronizd, 25 ml L 1 de solo e ml L 1 de rei) possiilitou otenção de muds om mior peso de mtéri fres de riz e de rizom. 3 O sustrto S 5 (6 ml L 1 de s de rroz ronizd, 25 ml L 1 de solo e ml L 1 de rei ) proporionou mior resimento de riz e mior relção riz/prte ére. Figur 3. Influêni do sustrto sore o peso d mtéri fres do rizom de muds de nneir os 6 dis pósrepigem. No entnto, Ser Filho (1994) e Menezes (1997) não oservrm efeito lgum d s de rroz nem do estero de glinh n dose de 4 ml L 1 respetivmente. Pel Figur 4, pereese que s muds do sustrto S 5 form s que presentrm mior relção riz/prte ére, situndose em torno de 1, enqunto que nos demis sustrtos ess relção foi,4,5 nos sustrtos ; S 2 e S 3 e de,65 no sustrto S 4. 1,2 riz/p.ére 1,8,6,4,2 Sustrtos R. Un. Alfens, Alfens, 5:1519, 1999 Figur 4. Influêni do sustrto sore relção riz/prte ére de muds de nneir os 6 dis pósrepigem. Este omportmento é justifido pelo mior resimento ds rízes e do pequeno resimento d prte ére no sustrto S 5, enqunto que nos demis sustrtos houve um mior resimento d prte ére, em função de su mior disponiilidde nutrientes (Tel 2). 4. CONCLUSÕES De ordo om os resultdos otidos, ns ondições de relizção deste trlho, onluise: 1 A plição de doses resentes de superfosfto simples os sustrtos não influeniou o 5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BLANC, D. An outlook on sustrtes in Frne (Fertilizers, minerl nutrientes). At Hortiulture, The Hgue, v.126, p.1923, My CAMPOS, H. de. Esttísti plid à experimentção om ndeçúr. Piri: FEALQ, FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. FAO Yerook Prodution. Rom, v.51. HARTMANN, H.T.; KES TER, D.E. Plnt propgtion: priniples nd prties. 3.ed. New Jersey: PrentieHll, p. MARSCHNER, H. Minerl nutrition of higher plnts. 2 ed. London: Ademi Press, p. MENEZES, A. C. de S. Efeito d mtéri orgâni e do superfosfto simples no resimento e nutrição de muds de nneir (Mus sp) v. Grnd Nine, produzids por ultur de teidos. Lvrs:UFLA, p. (Dissertção Mestrdo em Fitoteni). ORLANDER, G.; DUE, K. Lotion of hydruli resistnte in the soilplnt pthwy in seedling of Pinus silvesrtris L. grown in pet. Cndin Jornl of Forest Reserh, Otw, v.16, n.1, p , RODRIGUES, M. G. V. Efeito de lário dolomítio e superfosfto simples no resimento e nutrição de muds de nneir Mysore (AAB), otids in vitro. Lvrs:UFLA, p. (Dissertção Mestrdo em Fitoteni).

5 CRESCIMENTO DO SISTEMA RADICULAR DE MUDAS DE BANANEIRA SOB... SEABRA FILHO, M. Efeito de omposições e superfosfto simples no resimento e nutrição de muds de nneir v. Nnião otids por propgção rápid ïn vivo. Lvrs: ESAL, p. (Dissertção Mestrdo em Fitoteni). 19 SOUZA, F.X. de. Cs de rroz ronizd: um sustrto pr propgção de plnts. Porto Alegre: Lvour Arrozeir, Porto Alegre, v. 46, n. 46, p.11, jn./fev SOUZA, M. de. Nutrição e dução pr produzir muds de frutífers. Informe Agropeuário, Belo Horizonte, v.9, n.12, p.443, jun SPURR, S.H.; BARNES, B.Y. Forest eology. New York: the Ronld Press, p. VICENTINI, S. Efeito de doses e intervlos de plição de MAP no resimento de muds de nneir v. Grnd Nine otids in vitro. Lvrs:UFLA, p. (Dissertção Mestrdo em Fitoteni). R. Un. Alfens, Alfens, 5:1519, 1999