O papel do gestor de recursos humanos na construção da responsabilidade social empresarial

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O papel do gestor de recursos humanos na construção da responsabilidade social empresarial"

Transcrição

1 O papel do gestor de recursos humanos na construção da responsabilidade social empresarial Autoria: Patricia Werlang Resumo O desafio do gestor de RH nas organizações é desenvolver políticas de gestão que tenham como foco o desenvolvimento do ser humano como pessoa, profissional e cidadão. Desta forma, sua inserção tem um caráter estratégico para organização, na medida que deve ter uma visão sistêmica da mesma considerando, não somente o corpo funcional, mas todas as relações que a empresa estabelece com a sociedade, consumidores, fornecedores e acionistas. Assim sendo, o presente artigo tem como objetivo investigar o papel dos gestores de recursos humanos, tendo como pano de fundo a responsabilidade social. Identificar qual o entendimento destes profissionais sobre o tema, bem como o posicionando diante desta nova lógica, constitui-se em informações que poderão contribuir para o aprimoramento da gestão da responsabilidade social nas empresas. Aprofundando um pouco mais a importância deste estudo, deve-se salientar que o comportamento socialmente responsável por parte das empresas não representa apenas um fortalecimento da imagem da empresa perante os acionistas e os consumidores, mas também um diferencial relevante na retenção e contratação de novos talentos,entre outros aspectos. 1 Introdução: rumo a responsabilidade social? A partir da década de 80, verifica-se um forte movimento de internacionalização das economias capitalistas que se convencionou chamar de globalização. Um dos traços marcantes deste processo é a crescente movimentação de empresas transnacionais e multinacionais. A partir deste movimento foi possível observar um novo desenho na alocação geográfica dos recursos e por conseqüência uma forte concentração de renda. Segundo NETO & FROES (2001), este rearranjo espacial das atividades produtivas no mundo, através da fragmentação e migração de cadeias produtivas, criou um novo tipo de globalização, de efeitos perversos e que culminou com a elevação dos custos ecológicos e sociais. FURTADO(1999 apud NETO & FROES, 2001) denominou este processo de lógica do complexo multinacional que se traduz na busca da maximização das vantagens do seu negócio e não nas vantagens relativas próprias do pais região ou local. Empresas, empresários e governos conscientes dos riscos envolvidos na adoção indiscriminada da nova lógica econômica globalizante buscam caminhos para atenuar seus efeitos e diminuir seus riscos sistêmicos. NETO & FROES (2001) salientam que a saída para este impasse está no desenvolvimento de uma nova lógica, denominada de racionalidade social, tendo como características: as empresas como principais agentes; foco na comunidade; ênfase na prática da solidariedade; desenvolvimento da comunidade a partir das ações sociais empresariais; e a empresa como um investidor social. A operacionalização da lógica da racionalidade social ocorre através do exercício da responsabilidade social, sendo considerada um processo dinâmico a ser conduzido com vigilância permanente, de forma inovadora e dotado de mecanismos renovadores e de sustentabilidade. Segundo NETO & FROES (2001), existem três estágios de responsabilidade coorporativa: Gestão social interna tem como foco as atividades regulares da empresa, saúde e segurança dos funcionários e qualidade do ambiente de trabalho; Gestão social externa refere-se ao ônus das externalidades negativas ao meio ambiente (poluição, uso de recursos naturais, etc), à sociedade (demissões, 1

2 comunidade ao redor da empresa) e aos seus consumidores (segurança e qualidade dos produtos). Gestão social cidadã abrange questões de bem estar social. A empresa inserise socialmente na comunidade, promove o desenvolvimento social e atua no campo da cidadania, mediante ações de filantropia e a implementação de seus projetos sociais. Neste estágio a empresa desenvolve ações sociais que extrapolam o âmbito da comunidade local e que se estendem à sociedade como um todo. Através da descrição destes estágios é possível perceber a amplitude das ações internas e externas que as organizações devem desenvolver para serem consideradas socialmente responsáveis. GARAY (2001) salienta que as organizações ao agirem adicionam a suas competências básicas um comportamento ético (ética é a base da cidadania empresarial e se expressa através dos princípios e valores adotados pela organização) e político, através da participação junto ao Estado, a sociedade civil organizada e grupos de cidadãos, das decisões e ações relativas a construção de formas de melhor enfrentar os problemas sociais que hoje atingem a todos. No Brasil é crescente as iniciativas por parte das empresas, organizações do terceiro setor e do poder público que estão fomentando ações no campo da responsabilidade social. Pode-se citar o exemplo do Estado do Rio Grande do Sul que através da lei nº /00, de 18 de janeiro de 2000 institui um certificado de responsabilidade social para empresas estabelecidas no âmbito do estado. Este certificado é entregue através do Prêmio Responsabilidade Social RS. Na primeira edição, em 2000 participaram 22 organizações. Já na edição de 2001, foram outorgados 87 certificados de responsabilidade social para aquelas empresas que prestam contas à sociedade de suas atuações sociais por meio de Balanço Social. Vale ressaltar que destas empresas, três receberam o Troféu Responsabilidade Social Destaque RS, por seus projetos exemplares, considerando-se as categorias pequenas, médias e grandes organizações. Constata-se que as empresas estão começando a se movimentar no sentido de realizar ações socialmente responsáveis e demonstrar a sociedade os seus resultados. Estes podem representar um diferencial competitivo, fortalecendo a imagem da organização e sendo um dos elementos de análise utilizados por agentes financiadores, investidores nacionais e internacionais. O desenvolvimento da responsabilidade social compreende um conjunto de ações voltadas para o público interno e externo da organização. Assim sendo, o presente estudo propõe a seguinte questão de pesquisa: Qual o papel dos gestores de recursos humanos na construção da empresa socialmente responsável? Diante deste contexto é relevante investigar qual a percepção do gestor de RH sobre o tema responsabilidade social. Será que ele está relacionando suas ações no que tange à qualidade de vida dos funcionários, bem como o desenvolvimento de cada indivíduo da organização ao comportamento socialmente responsável? Indo um pouco além, será que os gestores estão realmente envolvidos com as ações internas e externas de responsabilidade social? Estas ações estão sendo, efetivamente, consideradas estratégicas para a organização e para a gestão de RH? Em função disto, o objetivo geral do presente artigo consiste em analisar o papel dos gestores de recursos humanos na construção da empresa socialmente responsável. De forma secundária, busca-se: Identificar a percepção dos gestores de recursos humanos sobre o escopo do tema responsabilidade social. Apontar os valores organizacionais que influenciam o desenvolvimento da responsabilidade social empresarial. 2

3 Descrever as principais ações internas e externas desenvolvidas pelos gestores de recursos humanos relacionadas à responsabilidade social empresarial. Identificar os conhecimentos, habilidades e atitudes necessários do profissional de recursos humanos para desenvolver a responsabilidade social. Sondar as opiniões dos profissionais de RH acerca dos resultados internos(organizacionais, individuais e grupais) obtidos a partir do desenvolvimento de ações socialmente responsáveis. 2 Discussão teórica acerca da Gestão de RH e de Responsabilidade Social 2.1 Gestão de recursos humanos Segundo ULRICH (2000) para criar valor e obter resultados os profissionais de RH precisam começar não pelo foco nas atividades, mas pela definição das metas, as quais garantem os resultados de seu trabalho. Com as metas definidas, podem-se estimular os papéis dos gestores de RH. Os profissionais precisam aprender a ser ao mesmo tempo estratégicos e operacionais, concentrando-se no longo e no curto prazo. As atividades se estendem da administração de processos (ferramentas e sistemas de RH) à administração de pessoal. Esses dois eixos delineiam quatro papéis principais de RH: administração de estratégias de recursos humanos; administração da infra-estrutura da empresa; administração da transformação e da mudança. Para compreender estes papéis devem ser considerados os seguintes pontos: os resultados a serem atingidos desempenhando cada papel, a metáfora característica ou imagem visual que acompanha cada papel e as atividades que os profissionais de RH deve executar para desempenhar cada papel ULRICH (2000) ainda salienta que na administração estratégica de recursos humanos deve-se ajustar as estratégias e práticas de RH à estratégia empresarial. Ao desempenhar este papel o profissional de RH torna-se um parceiro estratégico, ajudando a garantir o sucesso e a aumentar a capacidade de suas empresas atingir seus objetivos. Sobre o enfoque da infraestrutura organizacional cabe salientar que este tem sido um papel tradicional de RH. Isso exige que os profissionais concebam e desenvolvam processos eficientes para contratar, treinar, avaliar, premiar, promover e, além disso, gerir o fluxo de funcionários na organização. Como zeladores da infra-estrutura, eles asseguram que esses processos organizacionais sejam concebidos e desenvolvidos com eficiência. Embora esse papel tenha sido minimizado e até repudiado com a passagem para um foco estratégico, sua realização bem sucedida continua a adicionar valor para a empresa. Na administração da contribuição dos funcionários (Defensor dos Funcionários) ULRICH (2000), os profissionais de RH se envolvem nos problemas, preocupações e necessidades cotidianas dos empregados. Como ativos defensores dos funcionários que compreendam suas necessidades e garantam que elas sejam atendidas. Segundo o autor, através deste papel, os profissionais de RH podem adicionar valor a uma empresa e gerir a transformação e a mudança. Transformação acarreta modificações na cultura; os profissionais de RH que administram a transformação tornam-se guardiões e catalisadores culturais. Mudança refere-se à capacidade de uma organização de melhorar a concepção e a implementação de iniciativas e de reduzir o tempo de ciclo de todas as atividades organizacionais; os profissionais de RH ajudam a identificar e implementar os processos para mudança. Neste processo os profissionais atuam como parceiros empresariais por ajudarem os funcionários a se livrarem da antiga cultura e se adaptarem a uma nova. Como agentes da mudança, os executivos de RH ajudam as organizações a identificarem um processo para administrar a mudança. Neste contexto deve-se considerar os desafios enfrentados pelos gestores de RH. GIL (2000) classifica os desafios em ambientais, organizacionais e individuais. Os desafios 3

4 ambientais são forças externas às organizações que influenciam seu desempenho. Já os organizacionais decorrem de problemas internos das organizações. Eles podem ser considerados subprodutos das forças ambientais, pois nenhuma empresa opera no vácuo. Estão relacionados aos avanços tecnológicos, competitividade, downsizing, autogerenciamento de equipes, cultura organizacional dentre outros. Quanto aos desafios individuais, GIL (2000) coloca que encontram-se relacionados as posturas adotadas pelas empresas em relação aos empregados. Estão diretamente relacionados aos desafios organizacionais, constituindo, muitas vezes, reflexos do que ocorre com a empresa inteira. A maneira como a empresa trata seus empregados pode afetar o impacto dos desafios organizacionais. Estes desafios estão intimamente relacionados a responsabilidade social empresarial, principalmente, a ética e a qualidade de vida. A conduta ética refere-se ao comportamento das empresas perante seus fornecedores, consumidores, concorrentes e empregados. Segundo o autor, fala-se não apenas em qualidade no trabalho, mas também em qualidade de vida dos empregados. Isso significa que os empregados precisam ser felizes. Para que sejam produtivos, devem sentir que o trabalho que executam é adequado as suas habilidades e que são tratados como pessoas. Não se pode esquecer que parte significativa da vida das pessoas é dedicada ao trabalho e que para muitos o trabalho constitui-se a maior fonte de identificação pessoal. Ampliando o papel dos gestores de RH, BARTLETT & GHOSHAL (2000) salientam que os gestores devem trabalhar o propósito da organização. Isso significa criar uma organização com a qual seus integrantes podem se identificar, na qual compartilham um sentimento de orgulho e com a qual estão dispostos a se comprometer. Neste sentido, ampliase a atuação do gestor de RH que deve atuar no sentido de capturar a atenção e o interesse dos funcionários, envolver a organização, construir valores essenciais e transmitir a mensagem comprometendo as pessoas com os objetivos organizacionais. No entanto, deve-se considerar que este é um caminho de mão dupla, na qual os gestores devem reconhecer a contribuição dos funcionários e os tratar como ativos valiosos. Isto pode ser realizado através do reconhecimento das realizações pessoais, do comprometimento com o desenvolvimento dos funcionários e incentivando as iniciativas individuais. Os autores ainda salientam que atualmente uma empresa é mais que apenas um negócio. Como importantes depósitos de recursos e conhecimentos, empresas carregam uma enorme responsabilidade de gerar riqueza por meio da melhoria contínua de sua produtividade e competitividade. Além disso, sua responsabilidade pela definição, criação e distribuição de valor faz das empresas os principais agentes da sociedade para a mudança social. As empresas são, no mínimo, fóruns importantes de interação social e realização pessoal. 2.2 Responsabilidade social empresarial: aspectos conceituais, ações internas e externas DUARTE & DIAS (1986) consideram que a empresa faz parte de uma realidade pluridimensional, composta de quatro dimensões, descritas a seguir: Uma dimensão pessoal: a empresa não se compõe de coisas ou animais, mas de seres humanos, pessoas que querem e devem se vistas como tais; Uma dimensão social: o homem só existe em sociedade, sendo impossível a absoluta separação entre sua realidade pessoal e sua realidade social; Uma dimensão política: a impossibilidade de isolamento entre o interesse público e o particular exige a permanente participação de um poder maior na difícil tarefa de conciliar um e outro; Uma dimensão econômica: a função específica que legitima sua existência e atuação no seio da sociedade é de natureza econômica. 4

5 Estas percepções sobre a inserção da empresa na sociedade e de suas responsabilidades em relação às dimensões descritas anteriormente são a base dos conceitos apresentados sobre responsabilidade social empresarial. D AMBRÓSIO (1998 apud NETO & FROES, 1999) descrevem que a responsabilidade social de uma empresa consiste na sua decisão de participar mais diretamente das ações comunitárias na região em que está presente e minorar possíveis danos ambientais decorrente do tipo de atividade que exerce. Segundo NETO & FROES (1999), apoiar o desenvolvimento da comunidade e preservar o meio ambiente não são suficientes para atribuir a uma empresa a condição de socialmente responsável. É necessário investir no bem-estar dos seus funcionários e dependentes e num ambiente de trabalho saudável, além de promover comunicação transparente, dar retorno aos acionistas, assegurar sinergia com seus parceiros e garantir a satisfação dos seus clientes e/ou consumidores. Estas colocações estão de acordo com o pensamento do Instituto Ethos. Segundo seu Diretor-Presidente Oded Grajew, o conceito de responsabilidade social esta se ampliando, passando da filantropia, que é a relação socialmente compromissada da empresa com a comunidade para abranger todas as relações da empresa: com seus funcionários, clientes, fornecedores, acionistas, concorrentes, meio ambiente e organizações públicas e estatais. Considerando estes aspectos salientados pelos autores, o conceito de responsabilidade social que contempla tanto as ações internas como as externas foi elaborado em 1998, na Holanda, durante uma reunião do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável WBCSD -, para analisar a atuação das empresas no campo social (NETO & FROES, 1999). No caso: O comprometimento permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo. (p. 90) NETO & FROES (1999) acrescentam que o conceito de responsabilidade social tornou-se parte de um conceito mais amplo: desenvolvimento sustentável. Envolvendo os seguintes aspectos: os direitos humanos; os direitos dos funcionários; os direitos dos consumidores; desenvolvimento comunitário; a relação com fornecedores; o monitoramento e a avaliação de desempenho; e os direitos dos grupos de interesse. Existe ainda, o conceito de empresa-cidadã. Este objetiva conferir uma nova imagem empresarial para aquelas empresas que se convertem em tradicionais investidoras em projetos sociais. De acordo com NETO & FROES (1999), uma empresa cidadã é reconhecida pela excelência da sua atuação na área social, ganha a confiança, o respeito e a admiração dos consumidores. Pode se dizer que a base desta discussão encontra-se nos princípios éticos da empresa asseguram formação profissional permanente. SUCUPIRA (2000) salienta que existe uma série de razões para justificar a importância da conduta ética na formulação e execução das estratégias empresariais.entre elas: a) A opinião pública espera das empresas um comportamento ético; b) Um empresa que trata com dignidade seus empregados cria um ambiente interno mais saudável e atrai e mantém empregados qualificados e motivados; c) Aumento das vendas decorrentes da melhoria da imagem; d) as empresas éticas são em geral bem-sucedidas e tendem a conseguir mais facilmente acesso a recursos de fundos de investimentos. 5

6 SROUR (2000) também salienta este aspecto. Segundo o autor, investidores, fundos mútuos ou fundos de pensão estão concentrando suas aplicações em empresas que respeitam o meio ambiente, as condições humanas e sociais de seus empregados, pagam salários justos, propiciam um local de trabalho saudável e asseguram formação profissional permanente. Acrescenta ainda que para determinar o padrão ético de uma empresa, examinam-se também as estatísticas sobre acidentes do trabalho, greves e reclamações judiciais ligadas a rupturas de contratos, assim como o nível de transparência em relação à qualidade de suas relações com a sociedade civil. Trata-se, pois de realizar lucro com ética, que consagra o princípio da justiça com geração de benefícios financeiros. Através do entendimento conceitual acerca do tema, observa-se a que a empresa desenvolve ações de responsabilidade social no âmbito interno e externo da organização. Segundo NETO & FROES (2001), o exercício da responsabilidade social externa corresponde ao desenvolvimento de ações sociais empresariais relacionadas aos seus diversos públicos, entre os quais, clientes, fornecedores e a comunidade na qual está inserida. Estas ações podem ser realizadas através de doações de produtos, equipamentos e materiais em geral, transferência de recursos em regime de parceria para órgãos públicos e ONG, prestação de serviço voluntários para a comunidade pelos funcionários da empresa, aplicações de recursos em atividades de preservação do meio ambiente, geração de empregos, patrocínio de projetos sociais do governo e investimentos diretos em projetos sociais do governo e investimentos diretos em projetos sociais criados pela própria empresa. GARAY (2001) descreve detalhadamente o que são consideradas ações voluntárias. Segundo a autora, enquadram-se na categoria trabalho voluntário as mais variadas possibilidades de ação, entre as quais o atendimento direto aos clientes fim, a elaboração de trabalhos especializados, treinamentos, divulgação de ações, a busca de recursos para a implementação de projetos, o desenvolvimento de trabalhos auto-sustentáveis, o fortalecimento e a maximização de estruturas e recursos administrativos e organizacionais, assim como a participação em campanhas pontuais que visem o atendimento de situações específicas, como por exemplo catástrofes ambientais.. Para desenvolver tais ações é necessário ter uma área ou setor na empresa que seja o responsável pelo desenvolvimento e implementações dos programas de voluntariado. GOLDBERG (2001) coloca que entre as várias áreas de uma empresa, é a gestão de recursos humanos que desponta como o departamento que apresenta maiores possibilidades de troca com um programa de voluntariado empresarial e é, em regra, onde a construção de uma aliança se faz necessária. De micro a grandes empresas, não importando a que divisão corporativa o programa está vinculado, é praticamente impossível uma iniciativa dessa natureza lograr sucesso sem uma forte interação com as políticas de recursos humanos. Quanto as ações internas, NETO & FROES (2001) destacam estas referem-se: A investimentos no bem-estar dos funcionários e seus dependentes (programa de remuneração e participação nos resultados, assistência médica, social, odontológica, alimentar e de transporte); e Investimento na qualificação dos empregados (programas internos de treinamento, capacitação e programas de financiamento de cursos externos, regulares ou não, realizados pelos funcionários com vistas a sua maior qualificação profissional e obtenção de escolaridade mínima). Os autores ainda explicam que a gestão do trabalho envolve questões relacionadas à duração da jornada de trabalho, à distribuição da carga de trabalho, à criação e novas formas de organização do trabalho, ao desenho de cargos e postos de trabalho, materiais e equipamentos, desenvolvimento de habilidades e capacidades. A gestão do ambiente de trabalho envolve ações de melhoria no ambiente de trabalho (clima, cultura, ambiente físico, aspectos ergonômicos, estresse) integração, relacionamento e participação. 6

7 A gestão da relevância social no trabalho, segundo FERNANDES (1996), compreende a visão dos empregados quanto á imagem e ao exercício da responsabilidade social da empresa, à qualidade de seus produtos e serviços e à sua valorização e participação no trabalho. NETO & FROES (2001) explicam também que a gestão dos direitos dos empregados envolve os diretos trabalhistas, a preservação da privacidade pessoal dos empregados, a forma de expressão com liberdade dos funcionários dentro da empresa em defesa de seus direitos. Por fim, a gestão do crescimento e desenvolvimento pessoal dos empregados, que inclui crescimento pessoal dos funcionários, perspectivas de carreira, segurança dos funcionários. No que tange ao desenvolvimento dos funcionários, BARTLETT & GLOSHAL (2000) ressaltam que altos gerentes devem adotar uma visão mais ampla do treinamento e desenvolvimento dos funcionários. Em vez de treinar simplesmente treinar funcionários em habilidades ligadas as suas tarefas, as empresas devem desenvolver suas capacidades em direção ao crescimento pessoal. Citam o exemplo da The Body Shop que desenvolveu um centro educacional que oferece não apenas muitos cursos sobre produtos da empresa, cuidados com a pele e atendimento a clientes, como também sessões sobre tópicos como sociologia, AIDS, envelhecimento e sobrevivência urbana. Segundo Anita Roddick, proprietária da rede lojas, você pode treinar animais, mas nós queríamos educar nosso pessoal e ajudá-los a alcançar seu pleno potencial. (2000, p.157) 3 Metodologia A fim de cumprir os objetivos deste trabalho foi realizado um estudo de caráter exploratório. Segundo GIL (1999), as pesquisas exploratórias têm como finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista, a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. ROESCH (1999) também coloca que o modo exploratório visa levantar questões e hipóteses para futuros estudos, por meio de dados qualitativos Devido ao caráter da pesquisa ser exploratório os participantes da pesquisa foram selecionados obedecendo os seguintes critérios: Candidato que ocupa cargo de gestor de recursos humanos em organização que recebeu o Prêmio Top Ser Humano da ABRH RS nas edições 2000 e/ou 2001; Candidato que ocupa cargo de gestor de recursos humanos em organizações que recebeu o Prêmio Top Cidadania da ABRH RS na edição 2001; Candidato que ocupa cargo de gestor de recursos humanos em organizações que receberam o Prêmio Responsabilidade Social RS, edição 2001; Candidato que ocupa cargo de gestor de recursos humanos em organizações que sejam associadas a Fundação Semear e/ou Instituto ETHOS de responsabilidade social. Foram realizadas 7 entrevistas perfazendo um total de 4 horas de gravações com tempo médio de 34 minutos por entrevista. Após a coleta dos dados foi realizada transcrição do material gravado e a análise de conteúdo. Também foi realizada a análise dos materiais fornecidos pelos entrevistados com intuito de esclarecer e/ou complementar as informações obtidas através das entrevistas semi estruturadas. 4 Resultados da Pesquisa 4.1 Caracterização dos participantes Conforme o quadro I, verifica-se uma predominância de homens ocupando o cargo de gestor de RH. Quanto aos outros dados, verifica-se que o perfil dos entrevistados aproxima-se 7

8 do descrito por MARRAS (2001). A formação desejável pelas organizações para ocupar este cargo é pós-graduação (lato senso), idade entre 30 e 40 anos com experiência em gestão de 5 a 10 anos O grau de formação dos entrevistados é bastante elevado, seis entrevistados possuem cursos de pós-graduação, sendo que um é mestre em administração e outro é esta com o mestrado em andamento. Verifica-se também que o tempo médio de trabalho dos gestores em suas respectivas organizações é de 12 anos e o tempo médio de atuação como gestores de RH é de 7 anos. Por último, constata-se que a idade de cinco entrevistados está dentro ou muito próximas da faixa etária descrita por Marras. Quadro I: Perfil dos entrevistados Gestor Gênero Idade Formação Tempo de Tempo como /caract. Empresa Gestor de RH Gestor A Masculino 58 anos Filosofia 5 anos 2 anos Gestor B Masculino 42 anos Mestre em Adm.c/ênfase em 15 anos 15 anos Produção Gestor C Masculino 32 anos Administração 10 anos 7 anos Gestor D Masculino 41 anos Especialista em RH 16 anos 11 anos Gestor E Masculino 32 anos Mestrando em Adm. 13 anos 3 anos Gestor F Feminino 36 anos Especialista em Gestão de RH 11 anos 4 anos Gestor H Feminino 55 anos MBA em Negócios 14 anos 10 anos Os gestores que participaram da pesquisa atuam em empresas gaúchas, localizadas em Porto Alegre e na região metropolitana. Estas empresas possuem incorporada entre suas estratégias o desenvolvimento de ações socialmente responsáveis. O quadro II apresenta o perfil das empresas. Quadro II: Perfil das empresas Gestor Empresa Setor de atuação econômica Controle de Capital A A Indústria Privado B B Indústria Privado 80 C C Serviços Público 490 D D Indústria Privado 4674 E E Indústria Privado 1100 F F Serviço Privado 1300 G G Indústria Privado 600 Número de funcionários 4.2 Conceituações sobre Responsabilidade Social empresarial A priori, convém destacar que os gestores possuem um entendimento sobre o tema que vai ao encontro do conceito utilizado neste estudo. É interessante salientar que alguns dos gestores que traçaram definições mais completas foram aqueles que no início da entrevista diziam não possuir conhecimento técnico sobre o assunto. Os fundamentos teóricos esposados no conceito apresentado na discussão teórica deste estudo aparecem nas colocações dos gestores a cerca do tema responsabilidade social. Além disso, observa-se uma convergência de respostas relacionadas aos seguintes temas: qualidade de vida, valorização do ser humano, público interno (empregados) e externo (comunidade, fornecedores, consumidores, acionistas), bem como a inter-relações entre a organização e estes públicos. Foi salientado também a preocupação com o meio ambiente no sentido de otimização dos recursos naturais e produção de forma não poluente. Percebe-se que o pensamento dos gestores consideram as dimensões descritas por DUARTE & DIAS (1986). Estes autores dizem que a empresa faz parte de uma realidade pluridimensional composta de quatro dimensões: pessoal, social, política e econômica. Assim sendo, empresa é composta de seres humanos integrados numa unidade maior: a sociedade ( a 8

9 qual é composta destas quatro dimensões). Isto remete a um aspecto percebido durante as entrevistas realizadas. A percepção dos gestores de RH que consideram suas organizações como parte ativa da sociedade necessitando interagir de forma ética visando a continuidade e o crescimento dos negócios. 4.3 Valores relacionados ao desenvolvimento da Responsabilidade Social empresarial Diante desta questão foi possível identificar uma uniformidade nas respostas dos entrevistados no que tange ao valor ética. Este valor esta presente no conteúdo das respostas e vinculado às relações da empresa com seus funcionários, comunidade, acionistas, fornecedores e clientes. Tal constatação está de acordo com uma série de razões que justificam a importância de uma conduta ética na formulação e execução das estratégias empresariais: os consumidores querem produtos de empresas que demonstrem preocupações sociais, que respeitem o meio ambiente, que não utilizem o trabalho infantil e que se comprometam com projetos sociais; tratamento digno aos funcionários criando um ambiente saudável, atraindo e mantendo pessoas qualificadas e motivadas; aumento das vendas decorrentes de uma imagem socialmente responsável; e por fim, as empresas éticas são geralmente bem sucedidas e tendem a conseguir mais facilmente acesso a recursos (SUCUPIRA, 2000). Identificou-se também através da análise detalhada das respostas que existe uma vinculação direta entre o desenvolvimento da responsabilidade social e os valores estabelecidos para o desenvolvimento dos negócios da empresa. Este processo não é recente, isto é, não é apenas um modismo, mas está incorporado deste a fundação das empresas. Através da análise documental de materiais institucionais fornecidos pelos gestores de RH foi possível verificar que os valores organizacionais remetem a um comportamento socialmente responsável por parte da empresa em relação ao diversos públicos que elas interagem. Estes estão expressos nos valores das organizações: Comprometimento com o desenvolvimento profissional e valorização dos funcionários; Produzir respeitando o meio ambiente; Busca de novas tecnologias com o objetivo de produzir produtos diferenciados; Comprometimento com os clientes; Busca de resultados financeiros como uma forma de perpetuação do negócio. Na medida que esta relação fica evidente é possível afirmar que a prática da responsabilidade social está intrinsecamente vinculada às estratégias organizacionais. Neste sentido, o gestor de RH é uma peça fundamental, pois é o principal responsável pelo desenvolvimento das ações internas e, muitas vezes, contribui para as ações externas uma vez que estas envolvem a participação dos funcionários. 4.4 Principais ações internas desenvolvidas pelos Gestores de RH Os entrevistados relacionam as ações internas a programas que envolvem a qualidade de vida, educação e integração dos funcionários. Estas ações não aparecem descoladas uma das outras, mas sim, interligadas como pontos chaves de um objetivo maior que é a valorização do ser humano. Observando as respostas dos entrevistados, constata-se vários aspectos ressaltados por NETO & FROES (2001) quando se referem às áreas relacionadas à gestão da responsabilidade interna: A gestão do trabalho relaciona-se a qualidade do gerenciamento das condições físicas, sociais e psicológicas que afetam o desempenho das pessoas no trabalho. Daí a importância de conceitos como cultura e clima organizacional, ergonomia, ambiente físico. 9

10 A gestão da relevância social da vida no trabalho refere-se à percepção e visão dos empregados em relação à imagem, à responsabilidade social, à qualidade dos produtos e serviços da empresa, e à sua valorização e participação no trabalho. A gestão do trabalho e espaço total de vida vincula-se a existência de um equilíbrio entre a vida pessoal do empregado e a vida no trabalho. A Gestão do crescimento e desenvolvimento dos empregados vincula-se a capacidade da empresa gerenciar o crescimento e desenvolvimento dos empregados e a capacidade de proporcionar-lhes segurança no emprego. Esta área de gestão é enfatizada por todos os entrevistados que consideram a educação um fator preponderante para a qualificação dos funcionários dos empregados visando, tanto o desenvolvimento organizacional como crescimento pessoal e a empregabilidade. Este último aspecto foi referido por quatro gestores como sendo um diferencial de suas organizações. Identificado pelos mesmos através da rapidez de colocação de seus ex-funcionários no mercado de trabalho. Referindo-se ainda ao tema educação, outro aspecto abordado por dois gestores diz respeito as ações desenvolvidas com enfoque no meio ambiente como, por exemplo, o controle com o consumo de energia e a separação do lixo orgânico do biológico. Tais ações, além de visarem a preservação ambiental por parte da empresa, possuem um caráter educativo para os funcionários. Segundo os gestores pode-se observar uma mudança no comportamento das pessoas, não restringindo-se apenas ao ambiente interno da organização, mas sendo incorporada no dia-a-dia da cada um. Assim sendo, é possível identificar fatores coincidentes entre o que está sendo praticado nas organizações e gestão da responsabilidade social. Neste caso deve-se salientar que cada organização dá maior ênfase àqueles aspectos que considera mais relevantes em função do negócio da empresa e das necessidades de seus empregados. NETO & FROES (2001) colocam ainda que o exercício da responsabilidade social interna deve contemplar a gestão de benefícios e remuneração e a gestão dos direitos dos empregados. Esta refere-se a proteção social que a empresa dá aos seus empregados mediante a adoção dos direitos de proteção do trabalhador, dos direitos trabalhistas, da manutenção da sua privacidade pessoal e liberdade de expressão e garantia de tratamento imparcial. Quanto à gestão de benefícios e remuneração fica claro que as empresas estão preocupadas em oferecer benefícios que garantam a saúde do trabalhador como assistência médica e odontológica. Neste caso, elas também estão suprindo um dever que o estado não consegue cumprir e possuem tal atitude, pois sabem que investir neste sentido agrega valor ao negócio, na medida que os trabalhadores não perdem tempo no sistema público de saúde, recebem um atendimento com maior qualidade e por conseqüência dão o retorno através da produtividade. Isso passa a ser considerado um elemento básico de gestão e não um diferencial. A participação nos lucros também foi citada por três gestores como sendo um dos elementos da gestão da responsabilidade social. Um gestor salientou que esta não é uma prática recente em sua organização, está incorporada desde sua fundação a mais de 40 anos. As colocações dos gestores sobre as ações que estão sendo desenvolvidas internamente relacionam-se com pensamento de BARTLETT & GHOSHAL (2000) no que tange á ampliação da atuação do gestor de RH. Este deve atuar no sentido de capturar a atenção e o interesse dos funcionários, envolver a organização, construir valores essenciais e transmitir uma mensagem de comprometimento, não esquecendo que é um caminho de dupla mão, na qual os gestores devem reconhecer a contribuição dos funcionários e os tratar como ativos valiosos. 10

11 4.5 Principais ações externas desenvolvidas pelos gestores de recursos humanos A descrição das principais ações externas, nesta pesquisa não visa um detalhamento preciso dos projetos que estão sendo desenvolvidos pelas organizações no campo da gestão da responsabilidade externa. O principal objetivo é verificar qual participação do gestor de RH neste processo, quais ações que ele considera relevante e como este processo vem sendo organizado. Analisando o conteúdo das respostas pode-se contatar que os gestores participam efetivamente do processo ou no caso de algumas organizações de grande porte acompanham de perto os projetos ou ações sociais desenvolvidas pelas empresas. Os gestores salientaram que as ações sociais desenvolvidas não possuem um caráter assistencialista. Como estratégia de atuação muitas empresas elegem um foco de atuação. Neste caso, as ações desenvolvidas pela maioria das empresas está centrada na EDUCAÇÃO. Possuem como públicos-alvo os familiares de funcionários e a comunidade em geral. Ainda referindo-se a educação, dois gestores relataram que suas organizações desenvolvem o Projeto Pescar. Um projeto que visa trabalhar com adolescentes de alto risco, ensinando um ofício e princípios de cidadania. O modelo deste projeto foi desenvolvido pelo Fundação Link e atualmente é reproduzido em muitas empresas que compram da fundação está Franquia Social. O foco na educação pode ser entendido a partir da operacionalização da lógica da racionalidade social. Segundo NETO & FROES (2001), este processo é dinâmico e envolve mecanismos de sustentabilidade. Neste sentido, a educação é um dos caminhos para diminuição das desigualdades sociais e por conseqüência distribuição da renda que afeta diretamente o consumo e o desenvolvimento das empresas. Verificou-se também que as empresas não possuem programas de voluntariado implantados. No entanto, incentivam a ação voluntária por parte dos funcionários e realizam ações pontuais nas quais há um grande engajamento do corpo funcional. Algumas ações partem da organização e outras são articuladas pelos próprios funcionários. A percepção dos gestores sobre o engajamento dos funcionários nas ações sociais está de acordo com algumas recomendações apresentadas na primeira pesquisa sobre o estímulo ao voluntariado nas empresas (PROGRAMA, 1999): A imagem da empresa-cidadã e o estímulo à consciência social e à responsabilidade como desenvolvimento comunitário são fortes fatores determinantes para aumentar o nível de satisfação e de identidade dos empregados; Não há modelo padronizado de voluntariado empresarial ou atuação social da empresa. As ações e os programas baseados na identificação da necessidades da comunidade tendem a ser efetivos. A formalização é dispensável, mas o apoio interno indispensável. O engajamento, a satisfação, a identidade com a organização estão intrinsecamente relacionados ao comportamento que a empresa adota diante das ações que promove no campo social. Estas constatações foram explicitadas nas respostas dos gestores e vão ao encontro das recomendações de uma pesquisa científica sobre o tema. 4.6 Conhecimentos, habilidades e atitudes apontadas pelos gestores de RH como necessárias para o desenvolvimento da responsabilidade social Observou-se uma grande concentração de respostas vinculadas a habilidade gostar de lidar com pessoas. Esta é indicada pelos entrevistados como tendo maior importância que o conhecimento técnico. Não que este não seja necessário, mas de acordo com as respostas pode ser buscado enquanto o primeiro está dentro de cada um. Observa-se que o principal 11

12 fator indicado pelos entrevistados é algo carregado de subjetividade e muito difícil de mensurar. Outros fatores foram indicados pelos gestores como sendo importantes para o desenvolvimento da responsabilidade social. São eles: Conhecimentos Conhecimento multidiciplinar. Não existe uma única disciplina de responsabilidade social. É um pouco de filosofia, de ética, um pouco de gestão, um pouco de engenharia ( referindo-se ao meio ambiente); Conhecer o negócio da empresa. Preocupação com a imagem da empresa, com o produto, com os fornecedores; Ter consciência do momento social em que estamos vivendo; Habilidade Comprometimento com as estratégias organizacionais; Ter velocidade. A velocidade se busca com o domínio da organização, com o conhecimento de cada estratégia e das pessoas chaves; Comunicação. Procuramos tratar todos os clientes internos da mesma forma, procurando identificar suas dificuldades e mantendo todas as áreas bem informadas; Saber ouvir as pessoas e identificar suas necessidades; Atitude Ser pro-ativo. Deve-se prever, fazer uma leitura do momento em que estamos vivendo. Atrelado a isso saber identicar as necessidades da organização; Bom senso. Analisando estes aspectos relacionados pelos gestores observa-se que eles se localizam fortemente no campo dos conhecimentos e habilidades, não restringindo a importância do fator atitude. Embora os gestores enfatizem a habilidade de gostar de lidar com pessoas, colocando num segundo plano o conhecimento técnico, observa-se uma forte preocupação dos gestores em conhecer as estratégias organizacionais, bem como o negócio da empresa. Isso possibilita ao gestor uma visão do sistêmica da organização e por conseqüência um maior embasamento nos projetos desenvolvidos por sua área. Em relação aos fatores ressaltados pelos entrevistados, se comparados com os resultados de uma pesquisa com formadores de opinião em gestão de pessoas no Brasil realizada por FISCHER & ALBUQUERQUE (2001), constata-se que os conhecimentos, habilidades e atitudes indicados pelos entrevistados aparecem relacionados nesta pesquisa como competências de média e baixa importância. Talvez este distanciamento possa ser entendido na medida que o enfoque desta pesquisa é a responsabilidade social. Campo de atuação que envolve práticas de gestão que ainda estão sendo desenvolvidas. 4.7 Resultados obtidos com o desenvolvimento das ações internas e externas Como resultado organizacional os gestores apontam o comprometimento e o engajamento do funcionário no trabalho. Também é ressaltado por alguns gestores de RH os resultados satisfatórios nas pesquisas de clima organizacional nas questões referentes à imagem que o funcionário possui da organização e nos aspectos relacionados ao desejo de continuar trabalhando na empresa. O comprometimento que os gestores se referem está associado ao enfoque efetivo. Segundo BASTOS (1993), nesta perspectiva atitudinal o comprometimento seria um estado no qual o indivíduo se identifica com uma organização e seus objetivos e deseja manter-se como membro de modo a facilitar a consecução desses objetivos. DINIZ & LEMOINE (1999) explicam que a eficácia do comprometimento é devido ao fato de que ele concerne a relação entre a organização e a pessoa, dando toda importância a suas expectativas ligada ao 12

13 trabalho: desejo de adesão dos empregados, para a organização e realização dos projetos pessoais para os empregados. As autoras ainda colocam que da parte da empresa, um pessoal comprometido é capaz de exercer esforços consideráveis para alcançar seus objetivos. Da parte dos empregados, à medida que o indivíduo se define pelo seu engajamento à organização ele pode encontrar uma parte de seu desenvolvimento psicológico: valorização de si próprio, realização e desenvolvimento pessoal. Outro fator abordado pelos participantes é o resultado financeiro. Estes considerados pela maioria dos gestores como sendo de fundamental importância para a permanência da empresa no mercado e necessário para a manutenção destas interações entre empresa e comunidade, e investimento em ações relacionadas ao público interno. Este posicionamento também é explicitado por NETO & FROES (2001) que consideram o aumento de produtividade, a visibilidade da empresa em relação aos clientes, fornecedores, acionistas e a comunidade como sendo um dos fatores determinantes para o crescimento da empresa. 4.8 O papel do gestor de RH na construção da responsabilidade social empresarial Constata-se que os gestores possuem um entendimento bastante amplo das questões que envolvem o tema. Em função disso, possuem como principal foco o seu cliente interno desenvolvendo ações que promovam o seu crescimento como pessoa, cidadão e profissional. Atrelado a isso devem estar atendo ao ambiente externo, as estratégias e ao negócio da empresa. GIL (2000) descreve os papéis desempenhados pelos gestores de RH, dentre os quais é possível identificar os que estão relacionados com o desenvolvimento da responsabilidade social. São eles: o papel de comunicador, líder, motivador, negociador e coach. Para atuar no campo da responsabilidade social constata-se que os gestores enfatizam estes papéis. No entanto, a descrição que mais se apropria, considerando-se o contexto atual das organizações é a de ULRICH (2000). Este autor coloca que não existe um único papel, mas sim múltiplos papéis que podem ser percebidos através das seguintes metáforas: Parceiro Estratégico, Especialista administrativo, Defensor dos funcionários e Agente de Mudanças. Neste caso, as metáforas funcionam como imagens que caracterizam o gestor de RH em cada um de seus papéis. Fica evidente que a gestão da responsabilidade social envolve o alinhamento das práticas de RH com a estratégia da empresa. Este alinhamento repercute na imagem da organização perante a sociedade e seu corpo funcional. No entanto, para que esta prática seja efetiva é necessário que o gestor esteja atento a questão estrutural que envolve as atividades de contratação, treinamento, avaliação, promoção e desligamento, entre outras. 5 Considerações finais No contexto atual das organizações a questão da responsabilidade social está sendo discutida amplamente pelo meio acadêmico, organizações não governamentais, poder público e empresas.embora escassa, a literatura especializada está procurando examinar essa nova tendência. Os estudos geralmente se direcionam a investigar as razões que levam as organizações a desenvolverem ações socialmente responsáveis visando, seus diversos públicos (interno, comunidade, clientes, fornecedores e acionistas). Neste estudo constatou-se que os gestores possuem um papel estratégico para as empresas no campo da responsabilidade social. Isto deve-se ao fato de que estão desenvolvendo ações de gestão de recursos humanos baseados numa visão sistêmica da empresa e da comunidade na qual esta inserida. Além de ser um parceiro estratégico para o desenvolvimento da responsabilidade social, o gestor de RH pode (e deve) atuar como agente de mudanças em sua organização, 13

14 abordando questões relacionadas ao comportamento socialmente responsável. É comum que certos assuntos sejam pouco discutidos no meio empresarial como, por exemplo, a igualdade de oportunidades. Sabe-se da existência de uma lei que assegura aos portadores de necessidades especiais acesso ao mercado de trabalho. No entanto, esta discussão é muito mais ampla, envolvendo também questões de gênero e de raça. No contexto atual, as ações que vem sendo desenvolvidas são insuficientes e merecem uma atenção especial por parte dos dirigentes das empresas, pois estão intrinsecamente relacionadas com a diminuição das desigualdades sociais. Neste sentido, trabalhar a diversidade nas empresas significa realizar profundas mudanças culturais. ULRICH (2000) considera que mudanças culturais permeiam a alma e a mente da organização. É preciso mudar a forma como a organização pensa e percebe a si mesma. Administrando as diferenças, gerindo a diversidade a empresa pode vir a tornar-se um forte embrião de mudança na sociedade consolidando a sua atuação no campo da responsabilidade social. Desenvolver um trabalho neste sentido representa agregar valor a organização e a sociedade, na medida que a diversidade ou igualdade de oportunidades representa um princípio básico de cidadania, que visa assegurar a cada um condições de pleno desenvolvimento de seus talentos e potencialidades. A valorização da diversidade e do pluralismo no mundo contemporâneo é decorrência do reconhecimento cada vez maior da democracia como fator para o aprimoramento das sociedades e da busca de novos padrões de convivência assentados em relações socialmente mais justas (INSTITUTO, 2001). Além enfatizar o papel do gestor agente de mudanças o presente estudo instigou novas reflexões que poderão ser exploradas em pesquisas futuras. Quais sejam: Como os funcionários estão percebendo a lógica da racionalidade social nas relações de trabalho, principalmente, nas relações de poder entre capital e trabalho; Contatou-se que o desenvolvimento de ações socialmente responsáveis geram, na visão dos gestores de rh, comprometimento e engajamento da pessoa em relação à organização. Qual a visão dos funcionários sobre este aspecto? Indo um pouco mais além, com o passar do tempo, será que tal comportamento permanecerá? A partir da constatação de que os gestores de RH desenvolvem um papel fundamental na gestão da responsabilidade social, esta continuará fazendo parte de suas atribuições ou a empresa criará uma área de gestão específica? É relevante ressaltar que as reflexões apresentadas não visam questionar as intenções das empresas e de seus gestores no desenvolvimento da responsabilidade social. Mas levantar aspectos que devem fazer parte da discussão do tema responsabilidade social para o aprimoramento da gestão e construção da empresa responsável socialmente. Por fim, deve-se explicitar que os gestores de RH são partes ativas da gestão da responsabilidade social, desempenhando a função a partir de uma visão do conjunto (empresa, comunidade, fornecedores e acionistas). Portanto, devem utilizar seus conhecimentos, seus erros e acertos para a formulação de um modelo de gestão baseado nos princípios do comportamento socialmente responsável, sempre visualizando que as empresas estão inseridas numa unidade maior que é sociedade. BIBLIOGRAFIA BARTLETT, Christopher; GOSCHAL, Sumantra. Mudando o papel da alta gerência: indo além da estratégia para alcançar o propósito. In: ULRICH, Dave. Recursos humanos estratégico. São Paulo: Futura,

15 BASTOS, Antônio Virgílio Bittencourt. Comprometimento Organizacional: Um balanço dos Resultados e Desafios que cercam esta tradição de pesquisa. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v.33, n.3, p , mai/jun DUARTE, Gleuso Damasceno; DIAS, José Maria. Responsabilidade social: a empresa hoje. Rio de janeiro: S A, FERNANDES, Eda. Qualidade de vida no trabalho: como medir para melhorar. Bahia: Casa da qualidade, 2 ed., FISCHER, André Luiz; ALBURQUERQUE, Lindolfo. Tendências que orientam as decisões dos formadores de opinião em gestão de pessoas no Brasil- RH Anais do XXV ENANPAD, Campinas/SP, INSTITUTO Ethos empresas e responsabilidades social. Como as empresas podem (e devem) valorizar a diversidade. São Paulo, GARAY, Ângela Beatriz Scheffer. Voluntariado empresarial: modismo ou elemento estratégico. Anais do XXV ENANPAD, Campinas/SP, GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 5 ed, GIL, Antônio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais, São Paulo: Atlas, GOLDBERG, Ruth. Como as empresas podem implementar programas de voluntariado. São Paulo: Instituto Ethos empresas e responsabilidade social, MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. São Paulo: Futura, 4 ed., NETO, Francisco Paulo de Melo; FROES, César. Responsabilidade social e cidadania empresarial: a administração do terceiro setor. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2 ed., NETO, Francisco Paulo de Melo; FROES, César. Gestão da responsabilidade social corporativa: o caso brasileiro. Rio de Janeiro: Qualitymark, PROGRAMA voluntários, senac-sp, gife, ciee e ceats-usp. Estratégias de empresas no Brasil: atuação social e voluntariado. São Paulo, ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2 ed., SÁ, Maria Auxiliadora Diniz; LEMOINE, Claude. Em matéria de comprometimento na empresa, são os valores individuais que contam. Anais do XXIII ENANPAD, Foz do Iguaçu/PR, set SUCUPIRA, João A. Ética nas empresas e balanço social. In: SILVA, César Augusto Tibúrcio; FREIRE, Fátima de Souza. Balanço social: teoria e prática. São Paulo ULRICH, Dave. Os campeões de recursos humanos: inovando para obter os melhores resultados. São Paulo: Futura, 4 ed., SOUR, Robert Henry. Ética empresarial. Rio de Janeiro:Campos, 5 ed.,

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão Desenvolve Minas Modelo de Excelência da Gestão O que é o MEG? O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) possibilita a avaliação do grau de maturidade da gestão, pontuando processos gerenciais e resultados

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

estão de Pessoas e Inovação

estão de Pessoas e Inovação estão de Pessoas e Inovação Luiz Ildebrando Pierry Secretário Executivo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade Prosperidade e Qualidade de vida são nossos principais objetivos Qualidade de Vida (dicas)

Leia mais

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente

Leia mais

O Papel Estratégico da Gestão de Pessoas para a Competitividade das Organizações

O Papel Estratégico da Gestão de Pessoas para a Competitividade das Organizações Projeto Saber Contábil O Papel Estratégico da Gestão de Pessoas para a Competitividade das Organizações Alessandra Mercante Programa Apresentar a relação da Gestão de pessoas com as estratégias organizacionais,

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades; POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVO Esta Política tem como objetivos: - Apresentar as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente as inovações

Leia mais

FACULDADE ANHANGUERA DE ITAPECERICA DA SERRA

FACULDADE ANHANGUERA DE ITAPECERICA DA SERRA FACULDADE ANHANGUERA DE ITAPECERICA DA SERRA Profº Paulo Barreto Paulo.santosi9@aedu.com www.paulobarretoi9consultoria.com.br 1 Analista da Divisão de Contratos da PRODESP Diretor de Esporte do Prodesp

Leia mais

Rotinas de DP- Professor: Robson Soares

Rotinas de DP- Professor: Robson Soares Rotinas de DP- Professor: Robson Soares Capítulo 2 Conceitos de Gestão de Pessoas - Conceitos de Gestão de Pessoas e seus objetivos Neste capítulo serão apresentados os conceitos básicos sobre a Gestão

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

Planejamento e Gestão Estratégica

Planejamento e Gestão Estratégica Planejamento e Gestão Estratégica O Governo de Minas estabeleceu como um dos eixos norteadores da suas políticas públicas a eficiência na utilização dos recursos e a oferta de serviços com qualidade cada

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ²

RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ² RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ² A Responsabilidade Social tem sido considerada, entre muitos autores, como tema de relevância crescente na formulação de estratégias empresarias

Leia mais

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Setembro de 2010 Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente

Leia mais

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA Constata-se que o novo arranjo da economia mundial provocado pelo processo de globalização tem afetado as empresas a fim de disponibilizar

Leia mais

Gestão e Sustentabilidade das Organizações da Sociedade Civil. Alfredo dos Santos Junior Instituto GESC

Gestão e Sustentabilidade das Organizações da Sociedade Civil. Alfredo dos Santos Junior Instituto GESC Gestão e Sustentabilidade das Organizações da Sociedade Civil Alfredo dos Santos Junior Instituto GESC QUEM SOMOS? INSTITUTO GESC - IGESC Fundação da AMBA, pelos alunos do primeiro curso de MBA. Serviços

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Abril/2014 Porto Velho/Rondônia Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Terceiro Setor É uma terminologia sociológica que

Leia mais

4. Tendências em Gestão de Pessoas

4. Tendências em Gestão de Pessoas 4. Tendências em Gestão de Pessoas Em 2012, Gerenciar Talentos continuará sendo uma das prioridades da maioria das empresas. Mudanças nas estratégias, necessidades de novas competências, pressões nos custos

Leia mais

18/06/2009. Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br.

18/06/2009. Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br. Marketing Ambiental Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. O que temos visto e ouvido falar das empresas ou associado a elas? Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br 2 3 Sílvia

Leia mais

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que ANEXO II Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui registro em base de patentes brasileira. Também serão considerados caráter inovador para este Edital os registros de patente de domínio público

Leia mais

Visão & Valores. Código de Sustentabilidade Corporativa

Visão & Valores. Código de Sustentabilidade Corporativa Visão & Valores Código de Sustentabilidade Corporativa 1 Somos dedicados a promover a sustentabilidade e a responsabilidade social Nós reconhecemos a necessidade de harmonizar entre si os objetivos econômicos,

Leia mais

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Somos especializados na identificação e facilitação de soluções na medida em que você e sua empresa necessitam para o desenvolvimento pessoal, profissional,

Leia mais

RH: GESTÃO INOVADORA ORGANIZACIONAL

RH: GESTÃO INOVADORA ORGANIZACIONAL programação do evento 4ª edição RH: GESTÃO INOVADORA ORGANIZACIONAL 10 de abril de 2014 Staybridge Suites São Paulo PATROCÍNIO GOLD PATROCÍNIO SILVER EXPO BRAND APOIO REALIZAÇÃO Os desafios do futuro na

Leia mais

Administração de Pessoas

Administração de Pessoas Administração de Pessoas MÓDULO 5: ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 5.1 Conceito de ARH Sem as pessoas e sem as organizações não haveria ARH (Administração de Recursos Humanos). A administração de pessoas

Leia mais

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE 1. OBJETIVO E ABRANGÊNCIA Esta Política tem como objetivos: Apresentar de forma transparente os princípios e as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e direcionam

Leia mais

Pessoas e Negócios em Evolução

Pessoas e Negócios em Evolução Empresa: Atuamos desde 2001 nos diversos segmentos de Gestão de Pessoas, desenvolvendo serviços diferenciados para empresas privadas, associações e cooperativas. Prestamos serviços em mais de 40 cidades

Leia mais

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Estratégia de TI Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio 2011 Bridge Consulting Apresentação

Leia mais

POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS. Sistema. Eletrobrás

POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS. Sistema. Eletrobrás POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS Sistema Eletrobrás Política de Logística de Suprimento do Sistema Eletrobrás POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO 4 POLÍTICA DE Logística de Suprimento

Leia mais

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário.

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário. PROGRAMA ULBRASOL Irmo Wagner RESUMO Com a intenção e o propósito de cada vez mais fomentar e solidificar a inserção da Universidade na Comunidade em que encontra-se inserida, aprimorando a construção

Leia mais

RELATÓRIO TREINAMENTO ADP 2013 ETAPA 01: PLANEJAMENTO

RELATÓRIO TREINAMENTO ADP 2013 ETAPA 01: PLANEJAMENTO RELATÓRIO TREINAMENTO ADP 2013 ETAPA 01: PLANEJAMENTO 1. Apresentação geral Entre os dias 15 e 18 de Abril de 2013 foram realizados encontros de quatro horas com os servidores e supervisores da Faculdade

Leia mais

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos 1 Carreira: definição de papéis e comparação de modelos Renato Beschizza Economista e especialista em estruturas organizacionais e carreiras Consultor da AB Consultores Associados Ltda. renato@abconsultores.com.br

Leia mais

Administração de Pessoas

Administração de Pessoas Administração de Pessoas MÓDULO 16: RESULTADOS RELATIVOS À GESTÃO DE PESSOAS 16.1 Área de RH e sua contribuição O processo de monitoração é o que visa saber como os indivíduos executam as atribuições que

Leia mais

O Administrador e a Magnitude de sua Contribuição para a Sociedade. O Administrador na Gestão de Pessoas

O Administrador e a Magnitude de sua Contribuição para a Sociedade. O Administrador na Gestão de Pessoas O Administrador e a Magnitude de sua Contribuição para a Sociedade Eficácia e Liderança de Performance O Administrador na Gestão de Pessoas Grupo de Estudos em Administração de Pessoas - GEAPE 27 de novembro

Leia mais

A Academia está alinhada também aos Princípios para Sustentabilidade em Seguros UNPSI, coordenados pelo UNEP/FI órgão da ONU dedicado às questões da

A Academia está alinhada também aos Princípios para Sustentabilidade em Seguros UNPSI, coordenados pelo UNEP/FI órgão da ONU dedicado às questões da - 1 - Prêmio CNSeg 2012 Empresa: Grupo Segurador BBMAPFRE Case: Academia de Sustentabilidade BBMAPFRE Introdução A Academia de Sustentabilidade BBMAPFRE foi concebida em 2009 para disseminar o conceito

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação Pesquisa realizada com os participantes do de Apresentação O perfil do profissional de Projetos Pesquisa realizada durante o 12 Seminário Nacional de, ocorrido em 2009, traça um importante perfil do profissional

Leia mais

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS. Conteúdo

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS. Conteúdo Conteúdo O Instituto Ethos Organização sem fins lucrativos fundada em 1998 por um grupo de empresários, que tem a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente

Leia mais

Elétrica montagem e manutenção ltda. AVALIAÇÃO DE COLABORADORES

Elétrica montagem e manutenção ltda. AVALIAÇÃO DE COLABORADORES AVALIAÇÃO DE COLABORADORES RESUMO A preocupação com o desempenho dos colaboradores é um dos fatores que faz parte do dia-a-dia da nossa empresas. A avaliação de desempenho está se tornando parte atuante

Leia mais

O Trabalho escrito atenderá ao disposto no Manual de Normatização de Projetos Finais da ESAMC.

O Trabalho escrito atenderá ao disposto no Manual de Normatização de Projetos Finais da ESAMC. Plano de Ensino CURSO: MBA Regular - Negócios Internacionais DISCIPLINA: Plano de Internacionalização Banca Final Última revisão: Abril/2015 Horas-aula: Orientação do projeto: 30 Desenvolvimento do projeto:

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Existem três níveis distintos de planejamento: Planejamento Estratégico Planejamento Tático Planejamento Operacional Alcance

Leia mais

endereço eletrônico) OPCIONAL: http://www.coacavo.com.br/gestao_pdf/avaliacao_desempenho_360grau s.pdf

endereço eletrônico) OPCIONAL: http://www.coacavo.com.br/gestao_pdf/avaliacao_desempenho_360grau s.pdf AV1 Estudo Dirigido da Disciplina CURSO: Gestão de Recursos Humanos DISCIPLINA: Ferramentas de Gestão de Recursos Humanos ALUNO(A):Aline de Souza MATRÍCULA:51811 Ribeiro da Rocha NÚCLEO REGIONAL: DATA:

Leia mais

Política de Logística de Suprimento

Política de Logística de Suprimento Política de Logística de Suprimento Política de Logística de Suprimento Política de Logística de Suprimento 5 1. Objetivo Aumentar a eficiência e competitividade das empresas Eletrobras, através da integração

Leia mais

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas.

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas. 1. OBJETIVOS Estabelecer diretrizes que norteiem as ações das Empresas Eletrobras quanto à promoção do desenvolvimento sustentável, buscando equilibrar oportunidades de negócio com responsabilidade social,

Leia mais

Gestão de impactos sociais nos empreendimentos Riscos e oportunidades. Por Sérgio Avelar, Fábio Risério, Viviane Freitas e Cristiano Machado

Gestão de impactos sociais nos empreendimentos Riscos e oportunidades. Por Sérgio Avelar, Fábio Risério, Viviane Freitas e Cristiano Machado Gestão de impactos sociais nos empreendimentos Riscos e oportunidades Por Sérgio Avelar, Fábio Risério, Viviane Freitas e Cristiano Machado A oferta da Promon Intelligens considera o desenvolvimento de

Leia mais

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Grupo Acadêmico Pedagógico - Agosto 2010 O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) expressa os fundamentos filosóficos,

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA 1 ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA SUMÁRIO Introdução... 01 1. Diferenciação das Atividades de Linha e Assessoria... 02 2. Autoridade de Linha... 03 3. Autoridade de Assessoria... 04 4. A Atuação da

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

Estimativas Profissionais Plano de Carreira Empregabilidade Gestão de Pessoas

Estimativas Profissionais Plano de Carreira Empregabilidade Gestão de Pessoas By Marcos Garcia Como as redes sociais podem colaborar no planejamento e desenvolvimento de carreira (individual e corporativo) e na empregabilidade dos profissionais, analisando o conceito de Carreira

Leia mais

GRADUAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING DENOMINAÇÃO: CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING / ÁREA PROFISSIONAL: GESTÃO E NEGÓCIOS.

GRADUAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING DENOMINAÇÃO: CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING / ÁREA PROFISSIONAL: GESTÃO E NEGÓCIOS. GRADUAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING CARACTERIZAÇÃO DO CURSO DENOMINAÇÃO: CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING / ÁREA PROFISSIONAL: GESTÃO E NEGÓCIOS. DIPLOMA CONFERIDO: TECNÓLOGO DE

Leia mais

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Avaliação desenvolvida por Mónica Galiano e Kenn Allen, publicado originalmente no livro The Big Tent: Corporate Volunteering in the Global Age. Texto

Leia mais

VOCÊ SABE QUAL O SEU PERFIL?

VOCÊ SABE QUAL O SEU PERFIL? VOCÊ SABE QUAL O SEU PERFIL? Ter o autoconhecimento é fundamental para capacitar e auxiliar o profissional no alcance de resultados extraordinários, obtendo uma experiência cada vez mais profunda em sua

Leia mais

FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃODE RECURSOS HUMANOS DA ANTT

FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃODE RECURSOS HUMANOS DA ANTT FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃODE RECURSOS HUMANOS DA ANTT Quadro de Servidores SITUAÇÃO 2008 2009 Abril 2010 CARGOS EFETIVOS (*) 429 752 860 Analista Administrativo 16 40 41 Especialista em Regulação 98 156 169

Leia mais

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING CENÁRIO E TENDÊNCIAS DOS NEGÓCIOS 8 h As mudanças do mundo econômico e as tendências da sociedade contemporânea.

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA 1 IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Contratação de consultoria pessoa física para serviços de preparação

Leia mais

Prof Elly Astrid Vedam

Prof Elly Astrid Vedam Prof Elly Astrid Vedam Despertar e saber lidar com os mecanismos de liderança e se preparar para a gestão de pequenos e médios negócios; Identificar conflitos no ambiente de seu negócio, calculando e avaliando

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO CAIRU O QUE VOCÊ PRECISA SABER: Por que fazer uma pós-graduação?

PÓS-GRADUAÇÃO CAIRU O QUE VOCÊ PRECISA SABER: Por que fazer uma pós-graduação? PÓS-GRADUAÇÃO CAIRU O QUE VOCÊ PRECISA SABER: Por que fazer uma pós-graduação? O mercado do trabalho está cada vez mais exigente. Hoje em dia, um certificado de pós-graduação é imprescindível para garantia

Leia mais

IDÉIAS SOBRE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS EMPRESARIAIS INTEGRADOS. Prof. Eduardo H. S. Oliveira

IDÉIAS SOBRE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS EMPRESARIAIS INTEGRADOS. Prof. Eduardo H. S. Oliveira IDÉIAS SOBRE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS EMPRESARIAIS INTEGRADOS Introdução Nos últimos seis anos, tem ocorrido no Brasil uma verdadeira revolução na área de gestão empresarial. Praticamente, todas as grandes

Leia mais

ESTUDO DA IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O COMÉRCIO VAREJISTA LUCIMEIRI CEZAR ANDRÉ

ESTUDO DA IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O COMÉRCIO VAREJISTA LUCIMEIRI CEZAR ANDRÉ ESTUDO DA IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O COMÉRCIO VAREJISTA LUCIMEIRI CEZAR ANDRÉ Acadêmica de Administração Geral na Faculdade Metropolitana de Maringá /PR - 2005 RESUMO: A atividade comercial

Leia mais

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS ELETROBRAS. Política de Responsabilidade Social das Empresas Eletrobras

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS ELETROBRAS. Política de Responsabilidade Social das Empresas Eletrobras Política de Responsabilidade Social das Empresas Eletrobras Versão 1.0 18/08/2014 1 Sumário 1. Objetivo... 3 2. Conceitos... 3 3. Diretrizes... 3 3.1. Diretrizes Gerais... 3 3.2. Diretrizes Específicas...

Leia mais

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO Indicadores e Diagnóstico para a Inovação Primeiro passo para implantar um sistema de gestão nas empresas é fazer um diagnóstico da organização; Diagnóstico mapa n-dimensional

Leia mais

GESTÃO DA DIRETORIA DE MARKETING ATRAVÉS DE UMA DIVISÃO ESTRATÉGICA: OTIMIZANDO PROCESSOS E CAPACITANDO PESSOAS PRÁTICA INTERNA. Temática: Marketing

GESTÃO DA DIRETORIA DE MARKETING ATRAVÉS DE UMA DIVISÃO ESTRATÉGICA: OTIMIZANDO PROCESSOS E CAPACITANDO PESSOAS PRÁTICA INTERNA. Temática: Marketing GESTÃO DA DIRETORIA DE MARKETING ATRAVÉS DE UMA DIVISÃO ESTRATÉGICA: OTIMIZANDO PROCESSOS E CAPACITANDO PESSOAS PRÁTICA INTERNA Temática: Marketing Resumo: Identificada a sobrecarga de atividades na diretoria

Leia mais

Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública. Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008

Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública. Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008 Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008 Roteiro 1. Contexto 2. Por que é preciso desenvolvimento de capacidades no setor

Leia mais

Programas de. Andrea Goldschmidt andrea@apoenasustentavel.com.br

Programas de. Andrea Goldschmidt andrea@apoenasustentavel.com.br Programas de Voluntariado Empresarial Andrea Goldschmidt andrea@apoenasustentavel.com.br POSICIONAMENTO APOENA Visão Ser a mais completa empresa de consultoria em Gestão Sustentável do Brasil. Missão Disseminar,

Leia mais

Página 1 de 19 Data 04/03/2014 Hora 09:11:49 Modelo Cerne 1.1 Sensibilização e Prospecção Envolve a manutenção de um processo sistematizado e contínuo para a sensibilização da comunidade quanto ao empreendedorismo

Leia mais

Risco na medida certa

Risco na medida certa Risco na medida certa O mercado sinaliza a necessidade de estruturas mais robustas de gerenciamento dos fatores que André Coutinho, sócio da KPMG no Brasil na área de Risk & Compliance podem ameaçar a

Leia mais

Programa do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu MBA em Gestão de Projetos

Programa do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu MBA em Gestão de Projetos Programa do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu MBA em Gestão de Projetos Apresentação O programa de Pós-graduação Lato Sensu em Gestão de Projetos tem por fornecer conhecimento teórico instrumental que

Leia mais

Seminário Telecentros Brasil

Seminário Telecentros Brasil Seminário Telecentros Brasil Inclusão Digital e Sustentabilidade A Capacitação dos Operadores de Telecentros Brasília, 14 de maio de 2009 TELECENTROS DE INFORMAÇÃO E NEGÓCIOS COMO VEÍCULO DE EDUCAÇÃO CORPORATIVA

Leia mais

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT MASTER IN PROJECT MANAGEMENT PROJETOS E COMUNICAÇÃO PROF. RICARDO SCHWACH MBA, PMP, COBIT, ITIL Atividade 1 Que modelos em gestão de projetos estão sendo adotados como referência nas organizações? Como

Leia mais

POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM ESTAR NO TRABALHO

POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM ESTAR NO TRABALHO POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM ESTAR NO TRABALHO Política da QUALIDADE A satisfação do cliente está na base das operações do Grupo Volvo. A Qualidade é um pré

Leia mais

Trilhas Técnicas SBSI - 2014

Trilhas Técnicas SBSI - 2014 brunoronha@gmail.com, germanofenner@gmail.com, albertosampaio@ufc.br Brito (2012), os escritórios de gerenciamento de projetos são importantes para o fomento de mudanças, bem como para a melhoria da eficiência

Leia mais

POLÍTICA DE SEGURANÇA POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM-ESTAR NO TRABALHO

POLÍTICA DE SEGURANÇA POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM-ESTAR NO TRABALHO POLÍTICA DE SEGURANÇA POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM-ESTAR NO TRABALHO Política de SEGURANÇA Política de SEGURANÇA A visão do Grupo Volvo é tornar-se líder

Leia mais

Pesquisa IBOPE Ambiental. Setembro de 2011

Pesquisa IBOPE Ambiental. Setembro de 2011 Pesquisa IBOPE Ambiental Setembro de 2011 Com quem falamos? Metodologia & Amostra Pesquisa quantitativa, com aplicação de questionário estruturado através de entrevistas telefônicas. Objetivo geral Identificar

Leia mais

Política de Sustentabilidade

Política de Sustentabilidade Seu futuro é o nosso compromisso. O presente documento visa trazer em seu conteúdo o posicionamento do INFRAPREV frente aos desafios propostos e impostos pelo desenvolvimento sustentável. Para formular

Leia mais

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL Prof. Roberto Almeida Esta estratégia compreende o comportamento global e integrado da empresa em relação ao ambiente que a circunda. Para Aquino:Os recursos humanos das

Leia mais

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade Sistemas de Gestão da Qualidade Elton Ivan Schneider Introdução

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 16º Seminário Nacional de Gestão de Projetos APRESENTAÇÃO

Pesquisa realizada com os participantes do 16º Seminário Nacional de Gestão de Projetos APRESENTAÇÃO Pesquisa realizada com os participantes do de APRESENTAÇÃO O perfil do profissional de projetos Pesquisa realizada durante o 16 Seminário Nacional de, ocorrido em Belo Horizonte em Junho de, apresenta

Leia mais

A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA

A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL

Leia mais

www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com

www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com Quem somos? A BEATRIZ DEHTEAR KM apresenta a seus clientes uma proposta totalmente inovadora para implementar a Gestão do Conhecimento Organizacional. Nosso objetivo

Leia mais

PROPRIEDADE REGISTRADA. O que fazer para alcançar ar o Desenvolvimento Empresarial Sustentável?

PROPRIEDADE REGISTRADA. O que fazer para alcançar ar o Desenvolvimento Empresarial Sustentável? . O que fazer para alcançar ar o Desenvolvimento Empresarial Sustentável? . Conceitos: Responsabilidade Social Ecoeficiência Conceitos Responsabilidade Social - é a relação ética e transparente da organização

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO RADIAL DE SÃO PAULO SÍNTESE DO PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO 1 MISSÃO DO CURSO

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO RADIAL DE SÃO PAULO SÍNTESE DO PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO 1 MISSÃO DO CURSO SÍNTESE DO PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO 1 CURSO: ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS MISSÃO DO CURSO Formar profissionais de elevado nível de consciência crítica, competência técnica empreendedora, engajamento ético

Leia mais

OS 14 PONTOS DA FILOSOFIA DE DEMING

OS 14 PONTOS DA FILOSOFIA DE DEMING OS 14 PONTOS DA FILOSOFIA DE DEMING 1. Estabelecer a constância de propósitos para a melhoria dos bens e serviços A alta administração deve demonstrar constantemente seu comprometimento com os objetivos

Leia mais

VOLUNTARIADO E CIDADANIA

VOLUNTARIADO E CIDADANIA VOLUNTARIADO E CIDADANIA Voluntariado e cidadania Por Maria José Ritta Presidente da Comissão Nacional do Ano Internacional do Voluntário (2001) Existe em Portugal um número crescente de mulheres e de

Leia mais

Gestão de Recursos Humanos e Contratualização. Nelson Marconi

Gestão de Recursos Humanos e Contratualização. Nelson Marconi Gestão de Recursos Humanos e Contratualização Nelson Marconi Estágios das Políticas de Recursos Humanos 1º estágio: controles e ajuste das despesas 2º estágio: definição de políticas consistentes porém

Leia mais

CORRELAÇÃO COM OUTRAS INICIATIVAS

CORRELAÇÃO COM OUTRAS INICIATIVAS CORRELAÇÃO COM OUTRAS INICIATIVAS do conteúdo dos Indicadores Ethos com outras iniciativas Com a evolução do movimento de responsabilidade social e sustentabilidade, muitas foram as iniciativas desenvolvidas

Leia mais

TÍTULO Norma de Engajamento de Partes Interessadas GESTOR DRM ABRANGÊNCIA Agências, Departamentos, Demais Dependências, Empresas Ligadas

TÍTULO Norma de Engajamento de Partes Interessadas GESTOR DRM ABRANGÊNCIA Agências, Departamentos, Demais Dependências, Empresas Ligadas NORMA INTERNA TÍTULO Norma de Engajamento de Partes Interessadas GESTOR DRM ABRANGÊNCIA Agências, Departamentos, Demais Dependências, Empresas Ligadas NÚMERO VERSÃO DATA DA PUBLICAÇÃO SINOPSE Dispõe sobre

Leia mais

Os Sistema de Administração de Gestão de Pessoas

Os Sistema de Administração de Gestão de Pessoas Os Sistema de Administração de Gestão de Pessoas As pessoas devem ser tratadas como parceiros da organização. ( Como é isso?) Reconhecer o mais importante aporte para as organizações: A INTELIGÊNCIA. Pessoas:

Leia mais

ESCOLA DE GOVERNO - MARAVILHA. O sucesso de qualquer empresa depende da qualidade de seus profissionais. O funcionário público não trabalha???

ESCOLA DE GOVERNO - MARAVILHA. O sucesso de qualquer empresa depende da qualidade de seus profissionais. O funcionário público não trabalha??? ESCOLA DE GOVERNO - MARAVILHA PALESTRA: A GESTÃO DE PESSOAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MINISTRANTE: Prof. ADEMAR DUTRA, Dr. VERDADES OU MENTIRAS??? O sucesso de qualquer empresa depende da qualidade de seus

Leia mais

O Grupo Gerdau incentiva o trabalho em equipe e o uso de ferramentas de gestão pela qualidade na busca de soluções para os problemas do dia-a-dia.

O Grupo Gerdau incentiva o trabalho em equipe e o uso de ferramentas de gestão pela qualidade na busca de soluções para os problemas do dia-a-dia. O Grupo Gerdau incentiva o trabalho em equipe e o uso de ferramentas de gestão pela qualidade na busca de soluções para os problemas do dia-a-dia. Rio Grande do Sul Brasil PESSOAS E EQUIPES Equipes que

Leia mais

O papel educativo do gestor de comunicação no ambiente das organizações

O papel educativo do gestor de comunicação no ambiente das organizações O papel educativo do gestor de comunicação no ambiente das organizações Mariane Frascareli Lelis Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho UNESP, Bauru/SP e-mail: mariane_lelis@yahoo.com.br;

Leia mais

Porque Educação Executiva Insper

Porque Educação Executiva Insper 1 Porque Educação Executiva Insper A dinâmica do mundo corporativo atual exige profissionais multidisciplinares, capazes de interagir e formar conexões com diferentes áreas da empresa e entender e se adaptar

Leia mais