TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 1. Aula 1: A propriedade... 2 Introdução... 2 Conteúdo... 3 O direito de propriedade... 4

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2 Aula 1: A propriedade... 2 Introdução... 2 Conteúdo... 3 O direito de propriedade... 3 O direito de propriedade... 4 Poderes inerentes à propriedade... 5 Usar, gozar, dispor e reaver... 6 Extensividade da propriedade... 7 Atributos da propriedade... 8 Da aquisição da propriedade... 9 Tradição... 9 Do registro de título Acessão Da posse Teoria subjetiva Teoria objetiva da posse Do desdobramento da posse Dos efeitos da posse Atividade proposta Espécies de interditos possessórios Características das ações possessórias: liminar Características das ações possessórias: duplicidade Características das ações possessórias: fungibilidade Características das ações possessórias: cumulatividade Defesa da posse e da propriedade Referências Exercícios de fixação Chaves de resposta Aula Exercícios de fixação TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 1

3 Introdução Nesta aula, definiremos propriedade, seu conceito e os poderes inerentes a esse direito real, o único exercido sobre a coisa própria. Examinaremos a garantia Constitucional dada no artigo 5º ao instituto. Estudaremos a posse, seu aspecto fático e as principais teorias sobre o tema. Apresentaremos as principais consequências de seu exercício e as diversas formas de proteção. Diferenciaremos posse de propriedade e estudaremos quais as formas de proteção dos institutos. Será examinada a importância dessa distinção. Objetivo: 1. Definir o Direito de Propriedade e Perceber suas Características; 2. Diferenciar Posse e suas consequências de Propriedade. TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 2

4 Conteúdo O direito de propriedade A propriedade sempre foi usada pelo ser humano como forma de demonstrar poder pela apropriação de coisas. Considerada o único direito real pleno, absoluto, pois pode ser excepcionado perante qualquer pessoa, não tem um sujeito passivo definido. O titular, sujeito passivo, é identificado, o proprietário, mas o sujeito passivo é toda a sociedade, são todas as pessoas que têm obrigação de respeitar o exercício do direito de propriedade por seu titular. Assim, diz-se que o direito de propriedade é oponível erga omnes. A Constituição de 1988 atribui à propriedade o status de direito fundamental: Art. 5º -Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) A importância da propriedade, especialmente a imobiliária, é discutida no seguinte vídeo, do programa ARTIGO 5º, veiculado pela TV Justiça, em 20 de junho de 2012: O Código Civil de 1916 trazia: Artigo São direitos reais, além da propriedade (...), demonstrando a importância dada pelo legislador ao direito de propriedade. O legislador de 2002 não julgou necessário fazer essa separação entre propriedade e os demais direitos reais, mas nem por isso perdeu o lugar de destaque que sempre ocupou: TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 3

5 Art São direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese. XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; XII - a concessão de direito real de uso. O direito de propriedade A propriedade sempre foi usada pelo ser humano como forma de demonstrar poder pela apropriação de coisas. Considerada o único direito real pleno, absoluto, pois pode ser excepcionado perante qualquer pessoa, não tem um sujeito passivo definido. O titular, sujeito passivo, é identificado, o proprietário, mas o sujeito passivo é toda a sociedade, são todas as pessoas que têm obrigação de respeitar o exercício do direito de propriedade por seu titular. Assim, diz-se que o direito de propriedade é oponível erga omnes. A Constituição de 1988 atribui à propriedade o status de direito fundamental: Art. 5º -Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 4

6 A importância da propriedade, especialmente a imobiliária, é discutida no seguinte vídeo, do programa ARTIGO 5º, veiculado pela TV Justiça, em 20 de junho de 2012: O Código Civil de 1916 trazia: Artigo São direitos reais, além da propriedade (...), demonstrando a importância dada pelo legislador ao direito de propriedade. O legislador de 2002 não julgou necessário fazer essa separação entre propriedade e os demais direitos reais, mas nem por isso perdeu o lugar de destaque que sempre ocupou: Art São direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese. XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; XII - a concessão de direito real de uso. Poderes inerentes à propriedade Não existe na lei pátria nenhum conceito sobre o Direito de Propriedade. O Código Civil atual elenca, apenas, os poderes inerentes à propriedade: TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 5

7 Art O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. Verifica-se que os poderes inerentes à propriedade são quatro, sendo que os três primeiros são faculdades e o último um direito. Usar, gozar, dispor e reaver Os poderes de uso, gozo e disposição da coisa podem ser exercidos ou não, a critério do proprietário, não perde tal qualidade por não tirar proveito econômico da coisa, sendo assim, faculdades. Já o direito de reaver a coisa das mãos de quem injustamente a detenha pode ser exercido erga omnes, é um direito à coisa, que permite o exercício das três primeiras faculdades. Clique nos botões abaixo para saber um pouco mais sobre cada item. Usar O poder de uso permite ao proprietário da coisa servir-se dela com sua destinação econômica, concedendo a ele o rendimento dos frutos naturais produzidos. O uso pode ser direto, quando exercido pelo proprietário, ou indireto, exercido por terceiro sob as ordens do titular do domínio. A simples preservação do bem para o uso eventual é cabível e entendida como exercício de tal poder. O proprietário que reside no imóvel está exteriorizando a faculdade de usar a coisa, bem como aquele que preserva o imóvel, para passar férias, por exemplo. Gozar A faculdade de gozar, chamado jus fruendi, implica na exploração econômica da coisa, de forma direta pelo recolhimento de frutos artificiais; ou indireta, através dos frutos civis. Vale lembrar que também faz parte da fruição o recebimento pelos produtos, os quais se diferem dos frutos, pois se esgotam quando extraídos da natureza, como o petróleo, por exemplo, enquanto aqueles se renovam periodicamente. TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 6

8 Dispor A possibilidade de dispor equivale ao direito do proprietário em alterar a substância da coisa. Passando por atos de destruição ou abandono e chegando à disposição jurídica através da alienação total, venda e doação, ou alienação parcial, ao gravar o imóvel com algum ônus real, como usufruto. Reaver O direito de reivindicar, quarto poder inerente à propriedade, é exercido externamente. Consiste na capacidade do proprietário em excluir terceiros de seu bem. Assegurado a ele a legitimidade para promover ação reivindicatória que garanta que o domínio seja restabelecido. Cristiano Chaves Farias e Nelson Rosenvald, em sua obra, Direitos Reais (2008, p. 185), citam Caio Mário, com as seguintes palavras: Nas sempre lúcidas advertências de CAIO MÁRIO, de nada valeria ao dominus, reunir o jus utendi, jus fruendi e jus abutendi, se não lhe fosse dado reavê-la de alguém que a possuísse injustamente, ou a detivesse sem título. Extensividade da propriedade Art Do Código Civil - A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se às atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las. A extensividade estabelecida no Código Civil é denominada de caráter ilimitado da propriedade, porém existe uma limitação de caráter econômico que deve ser observada. Isto significa dizer que o proprietário não poderá interferir em obras no subsolo que não interfiram na utilização do bem, como a construção de túneis de metrô, por exemplo. Deve-se atentar, ainda, para o disposto na Constituição: TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 7

9 Art Art. 20. São bens da União: (...) IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e préhistóricos;(...) Completando o disposto na carta Magna, o Código Civil dispõe: Art A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais. Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na construção civil, desde que não submetidos a transformação industrial, obedecido o disposto em lei especial. Assim, conclui-se que a exploração dos recursos minerais será feita pelo Estado, e excepcionalmente pelo proprietário a título de concessão. Somente será facultado ao titular do domínio a exploração de material a ser utilizado diretamente na construção civil. Então, o proprietário pode utilizar a areia retirada do solo, mas se for retirar barra para transformar em telha, terá que pedir autorização estatal. Atributos da propriedade São três os atributos da propriedade. Clique nas caixas ao lado para conhecêlos: Exclusividade Em regra, a coisa pertence a uma só pessoa. O proprietário, inclusive, tem direito de excluir a interferência de terceiros em sua propriedade. Apenas um titular pode exercer as faculdades do direito de propriedade, ou seja, usar, fruir e dispor da coisa. É importante esclarecer que, mesmo em condomínios, a TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 8

10 propriedade é exercida de forma exclusiva por cada um dos condôminos, pois se estenderá sobre toda a coisa. Perpetuidade A característica de perpetuidade determina que a propriedade se extinga apenas pela vontade do proprietário, ou por determinação legal, perecimento da coisa, desapropriação ou usucapião. Podemos concluir, então, que a perpetuidade se encontra flexibilizada, em especial pela Função Social. Elasticidade De acordo com a elasticidade, a propriedade pode ser exercida de forma plena, quando todos os poderes inerentes a ela estejam em mãos do titular, mas também pode sofrer cisão, se um ou alguns dos poderes forem cedidos a terceiros, por desmembramento. Dessa forma, um imóvel, durante um contrato de locação, reduz os poderes do proprietário, mas ao final, volta integralmente ao proprietário. Da aquisição da propriedade A aquisição da propriedade, no direito pátrio, não é transferida, por ato inter vivos, com a simples celebração do negócio jurídico, que apenas cria direitos. A transmissão do domínio só ocorrerá com a tradição se o bem for móvel ou com o registro do título aquisitivo no registro de imóveis, se a coisa for imóvel. São quatro as principais espécies de aquisição de propriedade: tradição; registro de título; usucapião e acessão. Nesta aula, vamos conhecer mais sobre a tradição, registro de título e acessão. Na aula três, estudaremos o usucapião. Tradição A entrega, do bem móvel, feita pelo alienante ao adquirente, transfere a propriedade da coisa, como dispõe o Código Civil: TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 9

11 Art A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição. Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir pelo constituto possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa, que se encontra em poder de terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da coisa, por ocasião do negócio jurídico. Assim, o bem móvel só passa definitivamente ao domínio do adquirente após a entrega efetiva, não basta a celebração do negócio jurídico. Do registro de título Art do Código Civil. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis. 1º Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel. 2º Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel. O Código Civil estabelece no artigo supracitado que a mera celebração de contrato, por via de escritura pública, não terá a capacidade de transferir a propriedade imobiliária, o que somente ocorrerá com o registro do título aquisitivo no Cartório Registro de Imóveis. Acessão A Acessão, nas palavras de Carlos Roberto Gonçalves, em sua obra Direito Civil Brasileiro, Volume V, página 288: A acessão é, pois, modo de aquisição da propriedade, criado por lei, em virtude do qual tudo o que se incorpora a um bem fica pertencendo ao seu proprietário. TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 10

12 As diversas espécies de acessões estão elencadas no artigo do Código Civil, os incisos I a IV tratam das acessões naturais e o inciso V das artificiais. As diversas espécies de acessões estão elencadas no artigo do Código Civil, Os incisos I a IV tratam das acessões naturais e o inciso V, das artificiais: Art A acessão pode dar-se: I - por formação de ilhas; II - por aluvião; III - por avulsão; IV - por abandono de álveo; V - por plantações ou construções. As ilhas que interessam ao direito civil são as pequenas, formadas em rios não navegáveis, porque as formadas em correntes públicas pertencem ao Estado. Assim, as formações em riachos pertenceram aos proprietários ribeirinhos. A aluvião é o acréscimo imperceptível feito pelo rio a terras ao longo do tempo e, quando se torna notório, representa aumento no imóvel do proprietário do prédio. Nesse caso, não se fala em indenização ao prejudicado, por ser impossível de identificar a origem da matéria-prima. A avulsão é verificada quando a força das águas arranca uma parte considerável de um terreno e o arrasta até a margem de outro imóvel. Nesse caso, o dono prejudicado pode exigir indenização pelo acréscimo proporcionado. O álveo abandonado é o leito do rio que seca. Assim, se o rio for público pertencerá ao Estado, se particular, representa acréscimo aos terrenos marginais. TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 11

13 As acessões artificiais estão previstas no Código Civil: Art Toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até que se prove o contrário. Conforme as sábias palavras de Carlos Roberto Gonçalves, em Direito Civil Brasileiro, Volume V, página 293: A presunção se ilide nas hipóteses mencionadas nos arts e s.: a) na primeira, o dono do solo edifica ou planta em terreno próprio, com sementes ou materiais alheios; b) na segunda, o dono das sementes ou materiais planta ou constrói em terreno alheio; c) na última, terceiro planta ou edifica com semente ou material alheios, em terreno igualmente alheio. O legislador, seguindo o paradigma da eticidade, privilegia aquele que está de boa-fé, proporcionando indenização e punindo o que está de má-fé fazendo com que perca em favor do proprietário do bem sem receber indenização pelas acessões feitas no imóvel. Vale lembrar que o possuidor de boa-fé poderá adquirir a propriedade do terreno nos termos do parágrafo único do artigo do Código Civil: Art Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito à indenização. Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo. Existem outras formas de aquisição da propriedade, como a descoberta, o achado de tesouro e a ocupação, mas as mencionadas são aquelas que trazem TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 12

14 mais controvérsias no ordenamento jurídico e as que com mais frequência são levadas a apreciação pelo judiciário. Da posse Vamos começar esta parte da aula fazendo a distinção entre posse e propriedade. Primeiramente, contudo, é importante esclarecer que a origem da posse é justificada, assim como a da propriedade, na necessidade do homem de se assenhorar de bens, exercendo poder físico sobre eles. Mas a distinção entre esses institutos é simples. Entenda! Posse: É um fato; É consequência do exercício da sua faculdade de usar e de gozar do bem relação de pessoa e coisa, criando uma mera relação fática. Propriedade: É um direito real; Trata-se de relação entre pessoa e coisa que, conforme determinação legal, cria relação de direito. Teoria subjetiva (FREDERICH KARL VON SAVIGNY ) Segundo o autor, a posse resultaria da conjunção de dois elementos: o corpus e o animus. Posse seria o poder de dispor fisicamente da coisa, com ânimo de tê-la como sua e defendê-la contra terceiro. A Teoria Subjetiva, exigindo o elemento animus domini, como requisito fundamental para a caracterização da posse, considera simples detentores o locatário, o comodatário, o depositário, o mandatário e outros que possuiriam apenas o poder físico sobre a coisa. Não é admitido o desdobramento da relação possessória, pois não se admite a posse por outrem. TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 13

15 Teoria objetiva da posse (RUDOLF VON IHERING ) A posse é a exteriorização da propriedade e, por isso, para caracterizar a posse, basta o exercício em nome próprio do poder de fato sobre a coisa. Essa é a teoria adotada pelo Código Civil Brasileiro: Art Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. OBS: Enunciado n 236, III Jornada de Direito Civil: Considera-se possuidor, para todos os efeitos legais, também a coletividade desprovida de personalidade jurídica. Assim, concluímos que para essa teoria, posse é exercício do poder de fato em nome próprio, exteriorizando a propriedade e fazendo uso econômico da coisa. A detenção é exercício do poder de fato sobre a coisa em nome alheio. Como disciplina o Código Civil: Art Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário. O que exerce posse adquirida ao arrepio da lei, também, é considerado mero detento nos termos do artigo do Código Civil: Art Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 14

16 O Enunciado n 301, Jornada de Direito Civil, STJ, tem a seguinte redação: É possível a conversão da detenção em posse, desde que rompida a subordinação, na hipótese de exercício em nome próprio dos atos possessórios. Soluciona uma discussão anterior, se a posse precária, poderia ser considerada posse, se fosse adquirida pelo abuso de confiança. Diante do enunciado, conclui-se que, um caseiro, que esbulha um proprietário, pode ser considerado possuidor e futuramente poderá, inclusive, adquirir a propriedade pela usucapião. Do desdobramento da posse Art A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. Quanto ao desdobramento da relação possessória, diz-se que a posse direta é consequência de contrato que autoriza o exercício de poder direto sobre a coisa. Já a posse indireta é exercida pela faculdade de fruição do bem. Aquele que diretamente possui o bem tem direito de defender a posse contra o possuidor indireto e contra terceiros, o possuidor indireto só poderá fazê-lo contra terceiros. Dos efeitos da posse a) Percepção de frutos pelo possuidor de boa-fé, enquanto ela durar e ressarcimento ao possuidor de má-fé pelo custeio com a produção. b) Indenização e retenção, ao possuidor de boa-fé, pelas benfeitorias úteis e necessárias e ao possuidor de má-fé o direito de ser ressarcido pelas benfeitorias necessárias. c) Usucapião, que será objeto de estudo na aula 3. TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 15

17 d) Defesa da posse através do desforço físico ou mediante os interditos possessórios, que são as ações possessórias típicas, as quais pressupõem que o autor seja o possuidor do bem. Art O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos. Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação. Art O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio. Art O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. Art Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias. O locatário, mesmo sendo um possuidor de boa-fé, tem tratamento específico dado através da Lei do Inquilinato, Lei nº 8.245/91, a qual prevalece sobre o Código Civil pelo princípio da essencialidade. Art. 35. Salvo expressa disposição contratual em contrário, as benfeitorias necessárias introduzidas pelo locatário, ainda que não autorizadas pelo TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 16

18 locador, bem como as úteis, desde que autorizadas, serão indenizáveis e permitem o exercício do direito de retenção. Diante disso, o locatário somente terá direito à indenização pelas benfeitorias necessárias e das úteis, se estas, previamente, forem autorizadas pelo locador. Porém, os direitos de indenização e de retenção só poderão ser pleiteado perante terceiro, novo adquirente do imóvel, se o contrato estiver registrado no Registro de Imóveis, passando ao status de obrigação com eficácia real, isto é, tornando-se oponível erga omnes. Súmula nº 158 do STF - Salvo estipulação contratual averbada no registro imobiliário, não responde o adquirente pelas benfeitorias do locatário. O desforço físico, também chamado de legítima defesa da posse, está expressamente previsto no parágrafo primeiro do artigo do Código Civil. Art O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa. Essa medida excepcional só será tolerada se feita no momento da ocorrência do esbulho ou da turbação, no calor dos acontecimentos. Além disso, a reação do possuidor deve ser moderada, mínima, suficiente para repelir o esbulho, porque todo o excesso será punível. O possuidor que não conseguiu defender a sua posse mediante desforço físico, por ineficiências dos meios utilizados, ou porque não estava presente no TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 17

19 momento, só poderá ser mantido ou reintegrado na posse através dos interditos possessórios. As ações possessórias são de espécies que variam de acordo com a agressão sofrida. Atividade proposta Agora você fará uma atividade relacionada ao assunto abordado até o momento. As imagens abaixo representam esbulho ou turbação? Fonte: Fonte: < Chave de Resposta: Trata-se de um esbulho, pois nessa situação, o real possuidor fica, injustamente, privado de exercer a posse. A turbação são atos que dificultam o exercício da posse, porém não impedem o seu exercício. O possuidor permanece na posse da coisa, ficando apenas cerceado em seu exercício. Espécies de interditos possessórios Interdito Proibitório O Interdito Proibitório é ação adequada no caso de ameaça à posse, é uma medida preventiva utilizada pelo possuidor tentando impedir que ocorra o esbulho ou a turbação. Está previsto o Art. 567 do CPC/15. Art. 567 O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse poderá requerer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório em que se comine ao réu determinada pena pecuniária caso transgrida o preceito. TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 18

20 Ação de Manutenção de Posse A manutenção da posse visa a retomada do exercício da posse de forma plena, pelo possuidor que sofreu turbação. Previsão na primeira parte do artigo 560 do CPC/15. Art. 560 O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em caso de esbulho. Ação de Reintegração de Posse Tal ação será manejada pelo possuidor esbulhado, ou seja, aquele que fica impedido de exercer posse e pretende que a situação possessória seja reestabelecida. Essa ação é prevista na segunda parte do artigo 560 do CPC/15. Art. 560 O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em caso de esbulho. Características das ações possessórias: liminar Liminar (art. 562 CPC/15): Possibilidade de concessão de liminar em caso de posse nova, isto é, aquela que o esbulho ou a turbação datam de menos de um ano e um dia. Art. Art. 562 Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada. Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a manutenção ou a reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciai. Obs.: os artigos 924 e 928 foram unificados no art. 562 no CPC/15. TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 19

21 Art O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: (Alterado pela L ) I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. 1ª corrente: a antecipação de tutela de mérito não pode ser concedida em caso de posse velha, pois ela seria uma forma de burlar a impossibilidade de concessão de liminar. 2ª corrente: pode haver a concessão de antecipação de tutela em caso de posse velha, pois esta é baseada em verossimilhança, que é uma prova mais cabal da existência do direito. Características das ações possessórias: duplicidade Duplicidade (art. 556 CPC/15): Possibilidade de se fazer pedido contraposto, sem necessidade de reconvenção. Na própria contestação, o réu pode fazer o pedido. Art É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor. Características das ações possessórias: fungibilidade Fungibilidade (art. 554 CPC/15): Existe uma celeridade na dinâmica, portanto poderá ser julgado mesmo que a ação não seja a adequada. TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 20

22 Art. 554.A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. 1º No caso de ação possessória em que figure no número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. 2º Para fim da citação pessoal prevista no 1º, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez, citando-se por edital os que não forem encontrados. 3º O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no 1º e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios. Características das ações possessórias: cumulatividade Cumulatividade (art. 555 CPC/15): Você pode cumular outros pedidos: ação indenizatória; multas diárias previstas no caso de novo esbulho ou turbação; devolução no mesmo estado anterior. Art É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de: I - condenação em perdas e danos; II - indenização dos frutos. Parágrafo único. Pode o autor requerer, ainda, imposição de medida necessária e adequada para: I - evitar nova turbação ou esbulho; II - cumprir-se a tutela provisória ou final. Defesa da posse e da propriedade Os interditos possessórios só poderão ser utilizados pelo proprietário que seja também possuidor do bem. Aquele que possui o título do domínio, mas TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 21

23 não exerce de fato a posse sobre o bem será legitimado, apenas, a ajuizar ação reivindicatória, de rito comum ordinário, chamada de Ação de Imissão na Posse, que seguirá as regras gerais do Código de Processo Civil. Alguns proprietários, mesmo sem nunca terem exercido poder físico sobre a coisa, passam a ser possuidores indiretos do bem com a colocação da Clausula Constituti, no contrato de compra e venda. O CONSTITUTO POSSESSÓRIO será utilizado quando o vendedor, transferindo a outrem o domínio da coisa, conserva-a em seu poder, mas agora na condição ou qualidade de possuidor direto e o adquirente transforma-se em possuidor indireto. A clausula constituti não se presume. O novo adquirente, então, se torna legitimado a utilizar os Interditos Possessórios, pois passa a ter a qualidade de possuidor indireto. Material complementar Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, acesse o vídeo disponível em nossa galeria de vídeos. Referências CONSTITUIÇÃO da República Federativa do Brasil. Código Civil Brasileiro Lei nº /02. FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALD, Nelson. Direitos Reais. 5. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, GOMES, Orlando. Direitos Reais. 19. ed. Rio de Janeiro: Forense, GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro. 7. ed. Rio de Janeiro: Saraiva, v. 5. MELO, Marco Aurélio Bezerra de. Direito das coisas. 4. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 22

24 PEREIRA, Caio Mario da Silva. Instituições de Direito Civil. Rio de Janeiro: Forense. v. 4. ROSENVALD, Nelson. Direitos Reais. 3. ed. Rio de Janeiro: Impetus, TARTUCE, Flávio. Direito Civil. Direito das Coisas. 4. ed. São Paulo: Método, v. 4. VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. 9. ed. São Paulo: Atlas, v. 5. VIANA, Marco Aurelio S. Curso de Direito Civil. Direito das Coisas. 1. ed. Rio de Janeiro: Forense, Exercícios de fixação Questão 1 FGV OAB - Exame de Ordem Unificado - XIII - Primeira Fase Jeremias e Antônio moram cada um em uma margem do rio Tatuapé. Com o passar do tempo, as chuvas, as estiagens e a erosão do rio alteraram a área da propriedade de cada um. Dessa forma, Jeremias começou a se questionar sobre o tamanho atual de sua propriedade (se houve aquisição/diminuição), o que deixou Antônio enfurecido, pois nada havia feito para prejudicar Jeremias. Ao mesmo tempo, Antônio também começou a notar diferenças em seu terreno na margem do rio. Ambos questionam se não deveriam receber alguma indenização do outro. Sobre a situação apresentada, assinale a afirmativa correta. a) Trata-se de aquisição por aluvião, uma vez que corresponde a acréscimos trazidos pelo rio de forma sucessiva e imperceptível, não gerando indenização a ninguém. b) Se for formada uma ilha no meio do rio Tatuapé, pertencerá ao proprietário do terreno de onde aquela porção de terra se deslocou. c) Trata-se de aquisição por avulsão e cada proprietário adquirirá a terra trazida pelo rio mediante indenização do outro ou, se ninguém tiver reclamado, após o período de um ano. TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 23

25 d) Se o rio Tatuapé secar, adquirirá a propriedade da terra aquele que primeiro a tornar produtiva de alguma maneira, seja como moradia ou como área de trabalho. Questão 2 VUNESP TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros Assinale a alternativa incorreta a respeito da aquisição da propriedade imóvel: a) O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial do registro, e este o prenotar no protocolo. b) A aquisição causa mortis não depende de registro do título. c) A presunção que decorre do registro do título translativo não é absoluta, podendo ser objeto de anulação. d) Não é possível cancelar o registro em prejuízo do terceiro adquirente de boafé. Questão 3 VUNESP OAB-SP - Exame de Ordem Primeira Fase São formas de aquisição da propriedade imóvel, exceto: a) Trata-se de aquisição por aluvião, uma vez que corresponde a acréscimos trazidos pelo rio de forma sucessiva e imperceptível, não gerando indenização a ninguém. b) A usucapião. c) A adjunção. d) O registro do título. e) A formação de ilhas. Questão 4 FCC Câmara Municipal de São Paulo - SP - Procurador Legislativo Em relação à propriedade, considere as afirmações abaixo: I. São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem. II. A propriedade presume-se de modo absoluto plena e exclusiva. TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 24

26 III. A propriedade do solo abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais. Está correto o que se afirma em: a) II e III, apenas b) I, II e III c) I, II e III d) I e III, apenas e) I e II, apenas f) I, apenas Questão 5 FCC SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária - Prova 2 Em relação ao uso e gozo da propriedade: a) São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem. b) A propriedade é presumida em condomínio, salvo prova em contrário. c) A propriedade do solo abrange o subsolo, mas não o espaço aéreo correspondente. d) A propriedade do solo abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, bem como os potenciais de energia hidráulica. e) Somente o proprietário que seja também possuidor direto do bem pode buscar reavê-lo de quem quer que injustamente o possua ou detenha. Questão 6 FGV SEFAZ-RJ - Fiscal de Rendas Analise as afirmativas a seguir: I. A reintegração de posse deve ser pedida toda vez que o poder de fato sobre a coisa for turbado. II. O interdito proibitório representa uma ordem para fazer cessar a ameaça sobre a posse. III. A autotutela da posse é possível de forma moderada e com os meios necessários. TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 25

27 IV. A ação de manutenção de posse velha não permite a concessão de liminar. V. A tutela da posse no direito brasileiro requer a existência do elemento subjetivo. Assinale: a) Se somente as afirmativas I, II e V estiverem corretas b) Se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas c) Se somente as afirmativas II, IV e V estiverem corretas d) Se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas e) Se somente as afirmativas III, IV e V estiverem corretas Questão 7 MPE-MS MPE-MS - Promotor de Justiça Assinale a alternativa correta: a) A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, anula a indireta, de quem aquela foi havida. b) O CC/2002, considera o constituto possessório como forma de aquisição da posse de coisa imóvel. c) O fâmulo da posse acha-se em relação de dependência para com aquele em cujo nome detém a coisa. Não tem direito à proteção possessória. Pode ser compelido à desocupação, no interdito possessório ajuizado por quem tenha efetiva posse do bem. d) O ato de transformação das sociedades depende de dissolução ou liquidação, inclusive, o pedido de transformação não depende do consentimento de todos os sócios. e) Na sociedade limitada, se o contrato permitir administradores não sócios, a designação deles não dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado. Questão 8 TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 26

28 FGV OAB - Exame de Ordem Unificado - II - Primeira Fase Sobre o constituto possessório, assinale a alternativa correta: a) Trata-se de modo originário de aquisição da propriedade. b) Trata-se de modo originário de aquisição da posse. c) Representa uma tradição ficta. d) É imprescindível para que se opere a transferência da posse aos herdeiros na sucessão universal. Questão 9 CESPE EBC - Analista Advocacia Os modos de aquisição da posse, definidos em lei, caracterizam-se como o poder fático, pleno ou não, sobre a coisa; entretanto, o ordenamento jurídico nacional assegura, igualmente, a possibilidade de obtenção desse direito pela ocorrência de fato jurídico, como, por exemplo, pela morte do autor da herança, em virtude do princípio da saisine, que confere a transmissão da posse, ainda que indireta, aos herdeiros, independentemente de qualquer outra circunstância. a) Certo b) Errado Questão 10 UEG PC-GO - Delegado de Polícia Historicamente, a posse tem reconhecimento e tutela nos diversos ordenamentos jurídicos. Essa tutela é mais ou menos ampla e dotada de diferentes instrumentos conforme os princípios informadores da ordem jurídica em que vigem.considerando o sistema brasileiro de defesa da posse, é CORRETO afirmar: a) A reintegração de posse é garantida por ação de força turbativa para corrigir as agressões à posse e eliminar a incerteza da turbação cometida. b) A reintegração da posse é garantida pela ação de força espoliativa que visa corrigir a agressão que faz cessar a posse. TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 27

29 c) A manutenção da posse, garantida pelo interdito proibitório, não pode ser utilizada por quem tem posse viciosa. d) A manutenção da posse é garantida pela ação de força espoliativa que tem por fim eliminar a incerteza jurídica provocada pela turbação cometida. Aula 1 Exercícios de fixação Questão 1 - A Justificativa: Artigo do Código Civil - Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização. Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem. Questão 2 - D Justificativa: Artigo do Código Civil - Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule. Parágrafo único. Cancelado o registro, poderá o proprietário reivindicar o imóvel, independentemente da boa-fé ou do título do terceiro adquirente. Questão 3 - B Justificativa: Adjunção é forma de aquisição da propriedade móvel Código Civil - CC - L Parte Especial - Livro III - Do Direito das Coisas - Título III -Da Propriedade - Capítulo III - Da Aquisição da Propriedade Móvel - Seção VI - Da Confusão, da Comissão e da Adjunção. Questão 4 - F TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 28

30 Justificativa: Artigo 1228 do Código Civil - 2º São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem. Questão 5 - A Justificativa: Artigo 1228 do Código Civil - 2º São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem. Questão 6 - D Justificativa: Artigo 932 do CPC. O possuidor direto ou indireto, que tenha justo receio de ser molestado na posse, poderá impetrar ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório, em que se comine ao réu determinada pena pecuniária, caso transgrida o preceito. Artigo CC O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa. Artigo 924.CPC Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da seção seguinte, quando intentado dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho; passado esse prazo, será ordinário, não perdendo, contudo, o caráter possessório. Questão 7 - C Justificativa: Artigo Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 29

31 Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário. Questão 8 - C Justificativa: O CONSTITUTO POSSESSÓRIO será utilizado quando o vendedor, transferindo a outrem o domínio da coisa, conserva-a em seu poder, mas agora na condição ou qualidade de locatário. Questão 9 - A Justificativa: Artigo do CC - Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. Questão 10 - B Justificativa: Artigo 926. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado no de esbulho. TEORIA GERAL DOS DIREITOS REAIS 30

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