AULA Continuação de tema Efeitos da Posse artigo CC

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1 CURSO: Magistratura e MP MATÉRIA: DIREITO CIVIL PROFESSOR:MARCELO DE JESUS DATA: Este resumo foi elaborado por monitores a partir da aula ministrada em sala ;) Ementa da Aula: DIREITOS REAIS AULA Continuação de tema Efeitos da Posse artigo CC Na turbação = age em legitima defesa da posse; Já houve a perda da posse = tentar reaver a posse, age em desforço imediato. Posse é diferente de propriedade! A proteção a posse é infinitamente mais protetiva do que da propriedade. 2º = não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade ou outro direito sobre a coisa. Artigo CC: frutos civis são aluguéis, juros, rendimentos etc. Possuidor de boa-fé não responde por perda ou deterioração da coisa a que não der causa. (Art CC) BENFEITORIAS: são três, necessárias, úteis e voluptuárias. Possuidor de boa-fé tem direito a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis (com direito de retenção), e as voluptuárias (direito condicionado) se não pagas poderão ser retiradas sem detrimento da coisa, em latim chama-se ius tollendi. Quanto ao Possuidor de má-fé, obtém indenização somente as benfeitorias necessárias, sem direito de retenção, e sem direito a indenização as benfeitorias úteis e voluptuárias. (Art e CC) Artigo as benfeitorias compensam-se com os danos. Artigo possuidor de má-fé, o reivindicante pode escolher entre indenizar o seu valor atual e o seu custo. Para o de boa-fé, indeniza-se pelo valor atual. PERDA DA POSSE (artigo CC) CursoRedeJuris1

2 Perda da posse para o ausente: considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho e tendo noticia se abstém de retornar a coisa ou tentando recuperá-la é violentamente repelido. DIREITOS PESSOAIS: dependem de dois titulares, uma prestação e um vínculo jurídico. Sua estrutura é um credor vinculado à um devedor em razão de uma prestação que tem um objeto. DIREITOS REAIS: há um titular com um direito incidindo em um determinado objeto. Não têm prestação entre credor e devedor. Não há sujeito passivo. Tem rol taxativo. A POSSE em si não é direito pessoal, mesmo parecendo muito com direito real, ainda não é direito real. Os direitos reais são taxativos do artigo CC. A princípio a ideia de Posse é que seja um direito sui generis, é um fato e um direito. DIREITOS DAS COISAS: é o estudo dos direitos reais mais a posse. Características dos Direitos Reais: DIREITOS REAIS Art ao CC TAXATIVIDADE; (rol do artigo CC) Inclusão do direito real de Laje. Enfiteuses continuam a existir artigo do Livro Complementar do CC as enfiteuses existentes ainda são Direito Real. (Enfiteuse era/é uma espécie de arrendamento perpétuo, com pagamento de renda mensal ao arrendador. É Direito Pessoal. Era uma separação da propriedade em si e de todas as utilidades. Os herdeiros do senhorio direto herdavam a propriedade gravada de enfiteuse e recebiam o canon (renda). Continuam existindo e sendo Direito Real as existentes. No código antigo não tinha a superfície. No novo tem. O código novo inclui como direito real do promitente comprador do Imóvel. No código antigo era direito pessoal. A renda constituída sobre imóveis no novo código é Direito Real. TIPICIDADE. De acordo com a descrição do código. EM REGRA, SÃO PERPÉTUOS OU PERENES. O não exercício do direito real, por si só, não causa a sua extinção. (Vide próximo item) PODEM SER ADQUIRIDOS POR USUCAPIÃO. (Não se adquire direito pessoal por usucapião, somente direito real. Só os direitos pessoais estão sujeitos a prescrição). Possuem sujeito passivo indeterminado; não há relação pessoal do dono do objeto com qualquer outro sujeito. Sobre coisas moveis se adquire com a tradição. Sobre coisas imóveis, se adquire com o registro no Cartório de Registro e Imóveis, salvo exceções como CursoRedeJuris2

3 herança, usucapião, casamento sob regime de comunhão universal de bens, etc. 1- PROPRIEDADE art CC; Desapropriação judicial (usucapião judicial com indenização) artigo º e 5º. *Aspectos do 5º = a) o juiz fixará um prazo para pagamento do preço, passado o prazo sem o devido pagamento, a decisão perde o seu efeito. b) quem paga a justa indenização é o considerável número de pessoas do artigo. c) o juiz fixa o valor e o prazo da justa indenização, se o considerável número de pessoas não tiver condição econômica de pagar, quem deve pagar é o poder público (área rural = União / área municipal = Município). Alcance da propriedade imóvel: abrange o subsolo e o espaço aéreo correspondente, em profundidade e altura que tenham utilidade ao proprietário. (art CC); (exemplo: passagem de avião ou metrô) Propriedade imóvel: 2- AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE: Usucapião; Registro do título translativo; Acessão; Herança e casamento; a) Da Usucapião: forma originaria de aquisição, feita por sentença declaratória. Requisitos: Posse capaz de gerar usucapião, posse ad usucapionem ; Prazo: previsto em lei. Coisa hábil; animus Domini = aquisição da propriedade imóvel; possuir como seu. (este ultimo requisito define de quê é o usucapião, se de propriedade ou de usufruto ou outros). b) Formas de Usucapião: Artigo CC usucapião extraordinária 15 anos; (independentemente de ser rural ou urbano, do tamanho da área, pode ser imóvel de espolio ou em massa falida que não tenha incapaz, pode o possuidor ter outros imóveis, o possuidor não precisa exercer a posse CursoRedeJuris3

4 diretamente do imóvel, A posse DIRETA nunca é ad usucapionem (ex: posse do locatário). Função social da posse: parágrafo único do artigo CC 10 anos. Usucapião ordinária: artigo CC, com justo título e boa-fé. 10 anos (possibilidade de 5 anos no ú em caso de registro cancelado posteriormente). Formas especiais de usucapião: Usucapião rural, pró-labore, agrário: artigo CC; possuidor não pode ser dono de outro imóvel (pode ser urbano ou rural), de terra em zona rural não superior a cinquenta hectares; prazo de 5 anos ininterruptos. Só contado a partir da CF/88 em diante. Usucapião pró-moradia, habitacional ou urbano: artigo CC área urbano de até 250m², com prazo de 5 anos. Requisitos: não ser proprietário de nenhuma outra área, não reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez nesta modalidade. Usucapião conjugal: artigo A, incluído em Prazo de 2 anos ininterruptos. Posse direta (diferente do art ) é quem está em contato imediato com o imóvel, sobre imóvel urbano de até 250m² cuja propriedade dividia com ex-cônjuge ou companheiro que abandonou o lar. Usucapião coletiva urbana: prevista nos Estatuto das Cidades Lei /02. Requisitos cumulativamente imóvel urbano de no mínimo 250m²; ocupado por uma coletividade de pessoas de baixa renda onde não seja possível identificar o início e fim de imóvel de cada um; será adquirida coletivamente em forma de condomínio; feita por pessoa e não por área ocupada. (favela). Acessio Possesiones : somar a própria posse a que foi efetuada pelo antecessor pelos prazos anteriores. (Art CC) Prescrição aquisitiva: artigo CC se aplica as mesmas causas de suspenção, interrupção e impedimento do prazo prescricional à Usucapião. (Artigos 197 a 204 CC). Por exemplo, não corre usucapião contra proprietário que estiver fora do pais a serviço do Brasil. AQUISIÇÃO PELO REGISTRO DO TÍTULO (art CC) Imóvel inferior a 30 salários mínimos pode-se fazer por escritura particular. (Não pratica, nenhum cartório faz); Enquanto não se registrar o título, o alienante continua sendo o dono. Efeitos do registro nos atos entre vivos: CursoRedeJuris4

5 Via de regra, efeito translativo; Força probante, via de regra se comprova a propriedade com a certidão do registro; é relativa, admite prova em contrário como escritura falsa por exemplo. O registro Torrens, feito mediante procedimento judicial que gera presunção absoluta de propriedade, ou seja, não admite prova em contrário. LRP 6.015/73. Continuidade: da continuidade da cadeia dominial do imóvel. Publicidade: todos tem o conhecimento do registro. Legalidade: a Lei exige o registro. c) AQUISIÇÃO POR ACESSÃO: (artigo ao CC) Por acessão artificial, ou natural. Por formação de ilhas: que se formou naturalmente. A aluvião (art CC): pode ser própria (ao longo das margens das correntes) ou impropria (pelo desvio das águas pertencentes aos donos dos terrenos marginais o rio muda o lugar do curso sem indenização). Da Avulsão: porção de terra acrescenta em outro por força natural violenta, pode ser indenizado ou não pelo proprietário favorecido com o acréscimo. (hipótese de cessão natural que pode gerar indenização). Do Álveo (local onde o rio corre) abandonado: pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens. Não há indenização e deve se dar por forças naturais. (ART CC) PARA A PRÓXIMA AULA = DA CONSTRUÇÃO E PLANTAÇÕES CursoRedeJuris5