UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO MESTRADO EM EDUCAÇÃO GRUPO FOCAL. Profa. Me.
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- Alexandra Marina Bayer Meneses
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO MESTRADO EM EDUCAÇÃO GRUPO FOCAL Profa. Me.GRACIELA RODRIGUES
2 O QUE É? Técnica de coleta de dados qualitativos (única, associada ou complementar). Ênfase na interação do grupo com o próprio grupo motivadas pelo mediador/moderador. os participantes fazem perguntas uns aos outros e explicam suas posições de forma recíproca (MORGAN apud MARQUES, 2006, p. 39).
3 O QUE É? observação participante GF entrevista aberta (Morgan, 1997)
4 O QUE É? são basicamente entrevistas em grupo, cujo objetivo principal reside na interação do grupo, e não no mero intercâmbio de perguntas entre o pesquisador e os integrantes do grupo (MARQUES; ROCHA, 2006, p.39). A essência do grupo focal consiste justamente na interação entre os participantes e o pesquisador, que objetiva colher dados a partir da discussão focada em tópicos específicos e diretivos (por isso é chamado grupo focal) (IERVOLINO; PELICIONI, 2001, p. 116).
5 O QUE É? pequenos grupos de pessoas reunidas para avaliar conceitos ou identificar problemas (CAPLAN, 1990 apud DIAS). [...] uma entrevista coletiva que busca identificar tendências. A maior busca é compreender, não inferir nem generalizar (COSTA, 2009, p. 181).
6 O QUE É? Não se trata, propriamente de uma coleta, como se o dado ali estivesse à espera de ser capturado, mas sim de captar os significados que emergem no aqui e agora da situação de pesquisa, à medida que os participantes refletem e discutem sobre o tema proposto (GUI, 2003, p. 139).
7 NOMENCLATURAS Entrevista grupal/em grupo. Entrevista coletiva. Focus group.
8 HISTÓRICO trabalho de Bogartus, nas Ciências Sociais, com entrevistas grupais Ciências Sociais - Robert Merton; durante a 2ª Guerra Mundial, foi usada por Merton & Kendall, para investigar o potencial de persuasão da propaganda de guerra para as tropas;
9 HISTÓRICO 1950 Área Marketing - Paul Lazarafeld; Área da saúde - entender as atitudes de doentes, o uso de contraceptivos e para avaliar a interpretação da audiência em relação às mensagens da mídia (MORGAN, 1997; VEIGA; GONDIM, 2001); expressivo o aumento de pesquisas utilizando esta técnica de coleta de dados;
10 APLICAÇÕES Verificar como as pessoas avaliam uma experiência, ideia ou evento. Como definem um problema e quais suas opiniões, sentimentos e significados encontram-se associados ao objeto de investigação. Planejamento a avaliação de programas em Saúde, Educação e outros.
11 APLICAÇÕES Se presta a uma variedade de fenômenos nos quais o objetivo é conhecer a receptividade do grupo sobre um assunto, serviço ou produto. Na área de Marketing seu uso visa identificar tendências, preferências, hábitos e percepções do consumidor (idem, p. 182). Na educação: avaliar projetos, políticas públicas, levantar necessidades do contexto escolar e docente, receptividade de métodos, técnicas e recursos. Interfaces e softwares.
12 GF e ENTREVISTA GRUPAL facilitador do processo de discussão Influências na formação de opiniões unidade de análise do grupo focal, é o próprio grupo MODERADOR diretivo no grupo - relação é diádica a análise é o sujeito no grupo ENTREVISTADOR
13 POR ONDE COMEÇAR? Alguém viu Nasrudin procurando alguma coisa no chão. O que é que você perdeu Mullá? perguntou-lhe. Minha chave respondeu o Mullá. Então os dois se ajoelharam para procurá-la. Um pouco depois o sujeito perguntou: Onde foi exatamente que você perdeu essa chave? Na minha casa. Então por que está procurando por aqui? Porque aqui tem mais luz (Histórias de Nasrudin).
14 POR ONDE COMEÇAR? Planejamento da pesquisa: OBJETIVO MODERADOR
15 POR ONDE COMEÇAR? Planejamento da pesquisa: ROTEIRO DE DISCUSSÃO Pontuação de tópicos; Questões chaves; Tempo por questão;
16 POR ONDE COMEÇAR? PARTICIPANTES ASSISTENTES
17 POR ONDE COMEÇAR? LOCAL
18 ORGANIZAÇÃO O grupo focal é composto por 6 a 12 participantes. Estes participantes são selecionados por apresentar certas características em comum que estão associadas ao tópico que está sendo pesquisado. O grupo ter características homogêneas com relação ao assunto a ser debatido ou ao foco da pesquisa. Ex.: nível de escolaridade, condição social, funcionários de uma mesma empresa.
19 ORGANIZAÇÃO A busca de homogeneidade em algumas características pessoais não deve implicar na busca de homogeneidade da percepção do problema (IERVOLINO; PELICIONI, 2001). Sua duração típica é de 1 a 2 horas aproximadamente. Local: neutro, acessível, silencioso. Disposição em círculo dos participantes. Ambiente agradável de espera sem antecipar o assunto.
20 ORGANIZAÇÃO Explicitação das regras do grupo focal (GONDIM, 2002) Só uma pessoa fala de cada vez; Evitam-se discussões paralelas para que todos participem; Ninguém pode dominar a discussão; Todos têm o direito de dizer o que pensam;
21 MODERADOR 1. Solicitar esclarecimento ou aprofundamento de pontos específicos; 2. Conduzir o grupo para o próximo tópico quando um ponto já foi suficientemente explorado; 3. Estimular a participação, equilibrada, de todos os participantes; 4. Finalizar o grupo;
22 VANTAGENS E DESVANTAGENS Pode servir de complemento a outros instrumentos de pesquisa, inclusive na pesquisa quantitativa; Baixo custo, rapidez com que o grupo focal fornece dados válidos e confiáveis (IERVOLINO & PELICIONI, 2001); Afirma-se também que as discussões do grupo pode gerar comentários mais críticos do que as entrevistas (ROBINSON, 1999);
23 VANTAGENS E DESVANTAGENS A crença de que os grupos de foco são menos onerosos do que a realização de entrevistas individuais é menos clara, depende muito do projeto de pesquisa (BERG, 1998). Os participantes formam suas opiniões ouvindo os demais, (des)contruindo suas posições iniciais a partir das discussões no grupo. Este aspecto é muito importante na análise dos dados a partir do GF.
24 TÉCNICA PONTOS FORTES PONTOS FRACOS Grupo Focal Baixo custo e resposta rápida Flexibilidade na aplicação Eficientes para obter informações qualitativas a curto prazo Eficiente para esclarecer questões complexas no desenvolvimento de projetos Adequado para medir o grau de satisfação das pessoas envolvidas Exige facilitador/moderador com experiência para conduzir o grupo Não garante total anonimato Depende da seleção criteriosa dos participantes Informações obtidas não podem ser generalizadas Fonte: MCMILLAN, J. H. SCHUMACHER (1997) apud BARBOSA, Eduardo. Instrumentos de coleta de dados em pesquisas educacionais. Disponível em:
25 OBSERVAÇÕES em qualquer método que se adote, é recomendado convidar cerca de 20% a mais de pessoas do que realmente será necessário para a condução de cada grupo focal para se prevenir contra ausências inesperadas de participantes (MORGAN, 1988 apud IERVOLINO; PELICIONI, 2001, p.117 ); possível domínio no grupo de algumas pessoas, e uma possível reação negativa ao moderador pelos participantes;
26 NO ROTEIRO EVITAR: Questões longas, complexas; Questões nas quais as respostas podem ser dadas com uma ou duas palavras, tipo sim ou não; Iniciar por questões muito específicas ao tema; As questões chaves devem ser deixadas para o final;
27 NO ROTEIRO EVITAR: Ex.:se o objetivo for conhecer a satisfação do público frente ao um programa de TV, a pergunta por que você gosta do programa? Deve ficar para o final. É importante ordenar os temas de modo a evitar a indução a resposta.
28 TABELA COMPARATIVA FATOR GRUPO FOCAL ENTREVISTA INDIVIDUAL Interação no grupo Pressão do grupo A interação está presente e estimula novas idéias. A pressão do grupo pode desafiar e gerar o pensamento dos participantes. Não há interação no grupo, já que a entrevista se dá apenas entre o entrevistado e o entrevistador. Não há pressão do grupo.
29 Competição Influência TABELA COMPARATIVA FATOR GRUPO FOCAL ENTREVISTA INDIVIDUAL Os participantes competem pelo tempo. Cada participante tem menos tempo para expor sua opinião do que em uma entrevista individual. As respostas podem ser contaminadas pela opinião de outros participantes. Não há qualquer competição. O entrevistado tem todo o tempo disponível para expor suas idéias ao entrevistador. Não há influência de outras pessoas.
30 Assunto controverso Cansaço do entrevistador TABELA COMPARATIVA FATOR GRUPO FOCAL ENTREVISTA INDIVIDUAL Alguns participantes podem se sentir constrangidos na presença de várias pessoas desconhecidas. Como seu papel é mais passivo, é possível conduzir mais de uma entrevista de grupo focal sobre um único assunto. Desde que se sinta à vontade com o entrevistador, é mais fácil falar sobre assuntos controversos com uma única pessoa. A condução de inúmeras entrevistas individuais pode ocasionar fadiga e aborrecimento.
31 f TABELA COMPARATIVA FATOR GRUPO FOCAL ENTREVISTA INDIVIDUAL Quantidade de informações Agenda da reunião Fonte: Aaker 1990, p Uma quantidade relativamente grande de informações pode ser obtida em um curto espaço de tempo e a um custo relativamente reduzido. Pode ser difícil conciliar a agenda de tantas pessoas. Pode-se obter uma grande quantidade de informações. Porém, isso demanda muito mais tempo e custos mais altos. É muito mais fácil agendar entrevistas individuais.
32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS IERVOLINO, S.A.; PELICIONI, M.C.F. A utilização do grupo focal como metodologia qualitativa na promoção da saúde. Rev Esc Enf USP, v. 35, n.2, p , jun, ROBINSON, N. 'The Use of Focus Group Methodology - with Selected Examples from Sexual Health Research', Journal of Advanced Nursing, 29, 4, p , BERG, B. L. (1998), Qualitative Methods for the Social Sciences, Boston, MA, Allyn and Bacon. WESTPHAL, MF, BOGUS, CM, FARIA, MM. Grupos focais: experiências precursoras em programas educativos em saúde no Brasil. Bol Oficina Sanit Panam, v.120, n.6,1996. MARQUES, Ana; ROCHA, Simone M. A produção de sentidos nos contextos de recepção: em foco o grupo focal. Revista Fronteirasestudos midiáticos, São Leopoldo, v. 3, n. 1, p , jan./abril
33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GIOVANAZZO, Renata. Focus Group em pesquisa qualitativa: fundamentos e reflexões. Administração On-line, v. 2, n. 4, out./nov./dez DIAS, Cláudia Augusto. Grupo Focal: técnica de coleta de dados em pesquisas qualitativas. Disponível em: Acesso em: 13 de outubro de GONDIM, Sônia Maria. Grupos focais como técnica de investigação qualitativa: desafios metodológicos. Revista Paidéia, v.12, n.24, GUI, Roque. Grupo focal em pesquisa qualitativa aplicada: Intersubjetividade e construção do sentido. Revista Psicologia: organização e trabalho. Vol.3, n.1, 2001.
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