ASTROCITOMAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: CORRELAÇÃO DO GRAU DE RESSECÇÃO TUMORAL E PROGNÓSTICO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ASTROCITOMAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: CORRELAÇÃO DO GRAU DE RESSECÇÃO TUMORAL E PROGNÓSTICO"

Transcrição

1 H O S P I T A L H E L I Ó P O L I S MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE M A R C E L O B A R L E T T A S O A R E S V I T E R B O ASTROCITOMAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: CORRELAÇÃO DO GRAU DE RESSECÇÃO TUMORAL E PROGNÓSTICO SÃO PAULO 2008

2 M a r c e l o B a r l e t t a S o a r e s V i t e r b o Astrocitomas do Sistema Nervoso Central: correlação do grau de ressecção tumoral e prognóstico Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Ciências da Saúde do Hospital Heliópolis HOSPHEL - para obtenção do Título de Mestre em Ciências da Saúde Orientador: Prof. Dr. Clemente Augusto de Brito Pereira SÃO PAULO 2008

3 Viterbo, Marcelo Barletta Soares Astrocitomas do sistema nervoso central:correlação do grau de ressecção tumoral e prognóstico. / Marcelo Barletta Soares Viterbo-- São Paulo, x, 77 f. Tese (Mestrado) - Hospital Heliópolis. Curso de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Orientador: Clemente Augusto de Brito Pereira Título em inglês: Astrocytoma of central nervous systems: correlations of tumoral resection grade and prognosis. 1. Astrocitoma. 2. Sistema nervoso central. 3. Prognóstico. 4.Procedimentos Neurocirúrgicos. Bibliotecária responsável pela elaboração da ficha catalográfica: Vera Lúcia Guimarães de Mendonça. CRB 7035 / 8

4 DEDICATÓRIA Aos meus pais, Rubens Soares Viterbo e Neuza Beatriz Barletta Soares Viterbo, pelo apoio e incentivo constantes em todos os momentos da minha vida. À Ana Cláudia Lázaro da Silva, minha noiva, pelo amor, ajuda e paciência incondicionais, nas longas horas de dedicação a esta dissertação. Ao meu irmão Rodrigo Barletta Soares Viterbo, pela crença em minhas vitórias pessoais e profissionais. iii

5 AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Clemente Augusto de Britto Pereira, orientador e mestre na especialidade a quem devo tudo que sei, pela constante crítica, paciência, inspiração, retidão e moral. Ao Prof. Dr. Abrão Rapoport, Coordenador da Pós-Graduação do Hospital Heliópolis, pelo talento, dinamismo e persistência de saber vencer as enormes adversidades, sem esmorecer. Ao Prof. Dr. Odilon Victor Porto Denardin, exemplo de professor, por cultivar o real espírito do educador. À equipe de professores e funcionários do Curso de Pós-Graduação em Ciências da Saúde do Hospital Heliópolis, que me deram todo o apoio e condições para realizar este trabalho, incentivando a pesquisa. Aos Neurocirurgiões, meus amigos e médicos, Dr. Sérgio Henrique do Amaral, Dr. Marcelo Nery Silva, Dr. Maurício Giraldi, pela sincera amizade. Ao Dr. Marcelo Nery Silva, Chefe do Departamento de Neurocirurgia e Neurologia do Hospital Heliópolis, pelo incentivo na conclusão deste projeto. Aos Residentes do Departamento de Neurocirurgia/Neurologia do Hospital Heliópolis, pelo estímulo e ajuda durante o cumprimento dos créditos. iv

6 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Classificação dos tumores astrocísticos e correlatos segundo a OMS 12 Figura 2 Astrocitos diferenciados / células precursoras neuroepiteliais 27 v

7 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3 Tabela 4 Tabela 5 Tabela 6 Tabela 7 Tabela 8 Tabela 9 Tabela 10 Tabela 11 Distribuição descritiva das freqüências absolutas e relativas das variáveis idade e gênero na amostra estudada Distribuição descritiva das freqüências absolutas e relativas da presença de sinais e sintomas na amostra estudada Distribuição descritiva das freqüências absolutas e relativas acumuladas da quantidade de sinais e sintomas na amostra estudada Distribuição descritiva das freqüências absolutas e relativas acumuladas do índice de Karnofsky na amostra estudada Distribuição descritiva das freqüências absolutas e relativas das variáveis ressecção, localização do tumor, grau histológico do tumor, diâmetro, presença de cisto, infecção e radioterapia na amostra estudada Distribuição descritiva das freqüências absolutas e relativas da evolução dos casos na amostra estudada Distribuição descritiva das freqüências absolutas e relativas das variáveis de comprometimento neurológico e de desempenho antes e após tratamento na amostra estudada Associação entre as variáveis de comprometimento neurológico antes e após tratamento na amostra estudada Associação entre as variáveis de desempenho antes e após tratamento na amostra estudada Variação do tempo de sobrevida, segundo o grau do tumor e extensão da ressecção tumoral Associação entre as variáveis grau do tumor e ressecção tumoral, segundo a evolução na amostra estudada vi

8 LISTA E SIGLAS DE ABREVIATURAS AAS AVCH CDKs CGH DCC Astrocitoma anaplásicos Acidente vascular cerebral hemorrágico Cyclin-dependent kinase (Genes supressores tumorais) Comparative genomic hybridistion (Hidridização genômica comparativa) Deleted in colon cancer DMBT 1 Delet in malignant brain tumours 1 DNA EGFR EORTC GBM HOSPHEL MDM2 MEC OMS PDGF PTEN/MMAC1 RNM SNC TC TMZ Deoxyribonucleic acid (Ácido desoxirribonucléico - ADN) Epidermal grow factor receptor (Receptor de fator de crescimento epidermal) Organização Européia para Pesquisa e Tratamento do Câncer Gliobastoma multiforme Hospital Heliópolis Murine doublé minute clone Matrix extra celular Organização Mundial da Saúde Platelet derived growth factor (Fator de crescimento derivado das plaquetas) Phosphatase and tem sin homology muted in multiple advanced cancer1 Ressonância nuclear magnética Sistema nervoso central Tomografia computadorizada Temozolamida vii

9 SUMÁRIO Dedicatória......iii Agradecimentos......iv Lista de Figuras...v Lista de Tabelas...vi Lista de Abreviaturas...vii Resumo...ix Summary...x 1 Introdução Objetivo Revisão da Literatura Caracterização dos astrocitomas Astrocitomas grau II Tratamento e sobrevida Tempo para intervenção cirúrgica Extensão da ressecção Astrocitoma anaplásico Glioblastoma multiforme Métodos Casuística Caracterização de casuística Método estatístico Resultados Discussão Conclusões Referências Bibliográficas Fontes Consultadas Apêndices viii

10 INTRODUÇÃO RESUMO VITERBO MBS. Astrocitomas do Sistema Nervoso Central: correlação do grau de ressecção tumoral e prognóstico. São Paulo, p. Tese (mestrado) Curso de Pós- Graduação em Ciências da Saúde do Hospital Heliópolis Hosphel, São Paulo. Introdução: O prognóstico reservado dos astrocitomas do Sistema Nervoso Central estimula a busca de novos protocolos terapêuticos. Objetivo: Estabelecer a correlação entre o grau de ressecção tumoral e o prognóstico dos astrocitomas do sistema nervoso atual. Casuística e Método: Estudo retrospectivo de 27 pacientes portadores de astrocitomas do sistema nervoso central, atendidos no Departamento de Neurocirurgia do Hospital Heliópolis, São Paulo, Brasil, de janeiro de 2004 a dezembro de Quanto ao gênero, 18(66,9%) eram homens e 9(32,1%) mulheres, sendo 14(51,9%) com idade de 20 a 49 anos, 13(48,1%) com idade igual ou superior a 50 anos. Quanto à sintomatologia, a mais freqüente foi a cefaléia em 22 casos (9,5%), a convulsão em 14 casos (51,9%) a náusea em 12 casos (48,0%), sendo isolado ou associados com alterações visuais, de consciência, personalidade e linguagem. Quanto à localização, em 16(59,3%) eram frontais, fronto-temporal em 3 casos (11,1%), parietal em 3 casos (11,1%) e outras localizações em 5 casos (18,5%). Quanto ao grau histológico, houve o predomínio do grau IV em 19 casos (70,4%) e dos graus I, II e IV em 8 casos (29,6%). Quanto à ressecção tumoral, foram realizadas 7 biópsias (25,9%), 13 ressecções sub-totais (48,1%), 3 radicais subtotal (11,1%), 3 totais (11,1%) e 1 ressecção (3,7%) sem detalhes descritivos. Resultados: Quanto aos resultados de sobrevida, 15(55,6%) foram a óbito, 6(22,2%) em seguimento e 6(22,2%) perdidos de segmento. Quanto à relação entre o grau de ressecção e sobrevida nas ressecções totais houve uma sobrevida média de 810 dias, as subtotais dias e na radical subtotal dias. Quanto à relação entre o grau da neoplasia e a sobrevida, o grau 2 foi de dias, o grau 3 de dias e o grau 4 de dias. Conclusão: (1) a radicalidade da ressecção tumoral não melhorou os resultados de sobrevida dos astrocitomas do sistema nervoso central, (2) o grau histológico não apresentou relação direta com a sobrevida global dos astrocitomas do sistema nervoso central. Descritores: Astrocitoma; Sistema Nervoso Central; Prognóstico. ix 10

11 INTRODUÇÃO SUMMARY VITERBO MBS. Astrocytoma of Central Nervous System: correlations of tumoral resections grade and prognosis. Introduction: The poor prognosis of astrocytoma of central nervous system stimulates the search for new therapeutic protocols. Objective: To stablish the relation between the level of tumor resection and prognosis of astrocytoma of central nervous system. Patient and Methods: Analysis of 27 cases of astrocytoma of the central nervous system treated at the Neurosurgery Department of Hospital Heliópolis, São Paulo, Brazil, from January 2004 to December Concerning the gender, 18 patients (66,9%) were male and nine (32,1%) were female. Fourteen patients (51,9%) were between 20 and 49 years old and 13(48,1%) with 50 years old or more. The most frequent symptom was cephalea, with 22 cases (95%); convulsion was present in 14 cases (51%), nausea in 12 cases (48%) isolated or combined with disturbs or vision, consciousness, personality and language. The most prevalent tumor site was frontal lobe with 16 cases (59,3%) followed by fronto-temporal and parietal with three cases each one (11,1% each). Hitological grade IV was predominant, with 19 cases (70,4%). The surgical procedures were biopsy in 7 cases (25,9%), subtotal resection in 13 cases (48,1%), radical subtotal resection in 3 cases (11,1%), total in three cases (11,1%) and one case with no data about the resection extent. Results: Fifteen patient were dead at the end of the study (55,6%), six remain in follow-up (22,2%) and six were lost of follow-up. The cases submitted to total resections had mean survival of 810 days; for subtotal resection, days and for the radical subtotal resection, days. Concerning the relation between the neoplasia grade and survival, the grade 2 were days, grade 3 were days and grade for days. Conclusions: The extent of tumor resection increases the survival of patients with astrocytoma and the histological grade can interfere in the free disease interval. Key-words: Astrocytoma; Central Nervous Systems; Prognosis. x 11

12 INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO 12

13 INTRODUÇÃO 1 INTRODUÇÃO Os astrocitomas constituem o principal tipo histológico dentre os tumores primários do sistema nervoso central (SNC). Virchow (1863) usou o termo astrocitoma pela primeira vez para designar os tumores compostos predominantemente por astrócitos atípicos (núcleos aumentados, alongados ou hipercromáticos com citoplasmas escassos, pouco definidos). Bailey & Cushing, em 1926 normatizaram essa classificação para o seu emprego definitivo. Gray et al. (2003) afirmaram que os astrócitos fazem parte das células gliais (elementos celulares responsáveis pelo suporte tecidual, nutrição, equilíbrio iônico, metabolismo de neurotransmissores e defesa imunológica dos neurônios). Tais células são representadas, além dos astrócitos, pelos oligodendrócitos, pelos ependimócitos e pelas células da micróglia. Kleihues & Cavanee (2000) estabeleceram os critérios de classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para os tumores em graus diferentes de malignidade variando de I a IV. Essa graduação resulta do reconhecimento, por meio da análise histológica rotineira, por microscopia óptica, de indicadores de anaplasia (atipia nuclear, pleomorfismo, atividade mitótica, hiperplasia endotelial e necrose), típicos de cada variante tumoral. Como regra geral, o grau tumoral é baseado nas áreas de maior atipia, assumindo que essa população de células é a que determina o curso da doença. Além de manifestar o comportamento biológico, permitindo inferências prognósticas, o acúmulo de achados neoplásicos parece refletir a progressão das alterações moleculares adquirida durante o processo de transformação neoplásica. Reardon et al. (2006) relataram que os tumores primários do sistema nervoso central acometem aproximadamente pessoas anualmente nos Estados Unidos, e 13

14 INTRODUÇÃO representam 1,35% de todos os cânceres, e 2,2 % de todas as mortes causadas por câncer. Segundo Parkim et al. (2001), mundialmente são diagnosticados casos de câncer no sistema nervoso central com uma mortalidade estimada de Tumores gliais representam 42% de todas as neoplasias primárias do sistema nervoso central das quais aproximadamente 75% são malignas, ou seja, de alto grau. Ribalta & Fuller (2004) descreveram que os astrocitomas grau I ou astrocitoma pilocítico representam 4,7 % de todos gliomas intracranianos. Correspondem a 15% de todos os tumores de crianças, compreendendo 27% a 40% dos tumores pediátricos da fossa posterior. Guthrie & Laws (1990) reafirmaram que os astrocitomas grau II ou gliomas de baixo grau correspondem a 15% dos tumores cerebrais em adultos. Segundo o National Cancer Institute, nos Estados Unidos existe uma estimativa de novos casos de neoplasia do SNC (sistema nervoso central) e de mortes, para o ano de Davis et al. (1998) estimam que os astrocitomas malignos ou astrocitomas grau III e IV são as neoplasias cerebrais primárias mais comuns nos adultos, apresentando uma taxa de incidência de 5 casos por adultos por ano, representando a 4ª causa de morte causada por câncer. Burger et al. (1991) afirmaram que os tumores do grau I ou astrocitomas pilocíticos constituem entidades distintas. Além da ausência de anaplasia, possuem graduação definida por parâmetros clínicos como: idade do paciente, localização tumoral e aspectos radiológicos. Utilizando a classificação da OMS refeita por Kleihues et al. (2000), a presença unicamente de atipia histológica caracterizada por pleomorfismo celular ou atipia nuclear 14

15 INTRODUÇÃO caracteriza o grau II. O grau II apresenta três variantes morfológicas: fibrilar, protoplasmático e gemistocítico. O aumento da celularidade associada ao pleomorfismo e atipia nuclear caracteriza o grau III. A presença de necrose tumoral, acompanhada ou não de hiperplasia endotelial define o grau IV. De acordo com a classificação acima, os tumores primários de origem astrocítica do sistema nervoso central se dividem da seguinte forma: astrocitoma grau I ou astrocitoma pilocítico, astrocitoma grau II ou gliomas de baixo grau, astrocitoma grau III ou astrocitoma anaplásico, astrocitoma grau IV ou glioblastoma multiforme e os gliomas malignos (astrocitomas grau III e IV). Ainda, segundo o critério de classificação da OMS(2000), os astrocitomas, neoplasias astrocíticas, podem ser separados em duas grandes categorias: difuso e circunscrito. Os astrocitomas difusos são representados por: astrocitoma difuso ou astrocitoma grau II, astrocitoma anaplásico e glioblastoma multiforme, enquanto que os astrocitomas circunscritos são representados por: astrocitoma pilocítico (OMS grau I), astrocitomas gigantes de células subependimárias (OMS grau I), astrocitoma desmoplásico infantil (OMS grau I) e xantoastrocitoma pleomorfo (OMS Grau I). Lee et al. (2004) descreveram que a melhor forma de tratamento para os astrocitomas pilocíticos (astrocitoma grau I) do cerebelo consiste em ressecção cirúrgica radical. Relataram taxa de sobrevida de 10 anos de 90 a 100%. Com a realização da ressecção radical não há necessidade da realização de quimioterapia e ou radioterapia. Salcman (2001) apresentou diferentes abordagens cirúrgicas para os Astrocitomas Grau II, que dependem da condição clínica do paciente e da preferência do cirurgião. O procedimento cirúrgico pode variar desde uma simples biópsia estereotáxica para a obtenção 15

16 INTRODUÇÃO de tecido para diagnóstico até uma completa ressecção. O grau de extensão cirúrgica pode ser dividido da seguinte maneira: biópsia (remoção cirúrgica menor que 10%), parcial (maior que 10% e menor que 50%), radical subtotal (ressecção de 50% a 89%) e remoção radical (ressecção de mais de 90%). O complemento do procedimento cirúrgico poderá ser feito com radioterapia. Bloom et al. (1982) relataram a existência de um efeito positivo em relação à sobrevida dos pacientes com astrocitomas de grau II associado à realização de radioterapia. Porém, não existe até o presente momento estudo classe I de evidência a respeito da radioterapia como tratamento complementar. Glass et al. (1992) afirmam que a quimioterapia não apresenta grau de evidência para o seu uso em astrocitomas grau II, exceção feita a pacientes pediátricos com gliomas óptico e de diencéfalo. Bampoe & Bernstein (1999) descreveram uma média de sobrevida de 5 a 10 anos e com uma taxa de sobrevida em 10 anos de 5 a 50%. Os pacientes com glioblastoma de baixo grau (GBG), de 50 a 75% irão morrer devido a essa doença. Vários estudos investigaram as características clínicas que podem influenciar a sobrevida dos pacientes com GBG. A Organização Européia para Pesquisa e Tratamento do Câncer (EORTC) relatou, em 2002, uma das mais completas análises a respeito dessa questão, apresentando como fatores prognósticos: idade maior que 40 anos, passagem do tumor pela linha média, presença de déficit neurológico e de astrocitoma de linhagem pura e não mista. Pacientes com zero a dois fatores são considerados de baixo risco e com média de sobrevida de 7,7 anos. Porém, pacientes com três a cinco fatores são considerados de alto risco e com uma média de sobrevida de 3,2 anos (Pignatti et al., 2002). 16

17 INTRODUÇÃO Santiago & Silbergeld (2004) relataram que tratamento dos gliomas malignos ou astrocitomas grau III e IV consiste em cirurgia, radioterapia e quimioterapia. A meta do tratamento cirúrgico consiste no diagnóstico histológico, diminuição do efeito de massa e redução da carga tumoral. Bennett & Godlee (1884) descreveram a primeira ressecção tumoral de gliomas com sucesso. Existe uma tendência dos estudos atuais em afirmarem que quanto maior for à ressecção cirúrgica, maior será a sobrevida. Prabhu (2007) relatou a associação significante com a ressecção radical dos gliomas de alto grau, quando comparado a ressecções menos radicais. Sanai & Berguer (2008) afirmaram que, embora exista falta de evidência classe I, há um aumento do número de evidências sugerindo que a maior extensão cirúrgica está associada a uma maior expectativa de vida para gliomas de alto e baixo grau. 17

18 OBJETIVO OBJETIVO 18

19 OBJETIVO 2 OBJETIVO Estabelecer a correlação entre o prognóstico dos astrocitomas dos sistema nervoso central (SNC) e: 1. o grau de ressecção tumoral. 2. o tipo histológico. 19

20 REVISÃO DA LITERATURA REVISÃO DA LITERATURA 20

21 REVISÃO DA LITERATURA 3 REVISÃO DA LITERATURA Os astrocitomas constituem o principal tipo histológico dentre os tumores primários do sistema nervoso central (SNC). Os astrócitos fazem parte das células gliais, elementos celulares responsáveis pelo suporte tecidual, nutrição, equilíbrio iônico, metabolismo de neurotransmissores e defesa imunológica dos neurônios (Gray et al.,2003). Estes tumores são classificados em graus diferentes de malignidade variando de I a IV (Tabela 1). Essa graduação resulta do reconhecimento, por meio da análise histológica rotineira, por microscopia óptica, de indicadores de anaplasia (atipia nuclear, pleomorfismo, atividade mitótica, hiperplasia endotelial e necrose) típicos de cada variante tumoral. Como regra geral, o grau tumoral é baseado nas áreas de maior atipia, assumindo que essa população de células é a que determina o curso da doença. Além de manifestar o comportamento biológico, permitindo inferências prognósticas, o acúmulo de achados neoplásicos parece refletir a progressão das alterações moleculares, adquirida durante o processo de transformação neoplásica (Kleihues et al.,2000). A presença unicamente de atipia histológica caracterizada por pleomorfismo celular ou atipia nuclear configura o grau II, que apresenta três variantes morfológicas:fibrilar, protoplasmático e gemistocítico. A presença de atividade mitótica define os tumores de alto grau (III e IV). O aumento da celularidade associada ao pleomorfismo e atipia nuclear caracteriza o grau III. A presença de necrose tumoral, acompanhada ou não de hiperplasia endotelial define o Grau IV. Figura 1. Classificação dos tumores astrocísticos e correlatos segundo a OMS. Tumores de origem Neuropitelial representação parcial (tumores astrocíticos e correlatos) da classificação segundo a OSM 21

22 REVISÃO DA LITERATURA Tumores de origem Neuropitelial Código ICD-O/SNOMED 1 Comportamento Biológico 2 Tumores atrocíticos Grau I Astrocitoma pilocítico Grau II Astrocitoma difuso Astrocitoma fibrilar Astrocitoma protoplásmico Astrocitoma gemistocítico Grau III Astrocitoma anaplásico Grau IV Glioblastoma (Multiforme) Glioblastoma de células gigantes Gliossarcoma Outras variantes Xantoastrocitoma pleomórfico (Grau II ou III) Astrocitoma subependimário de células gigantes (Grau I) Gliomas Mistos Oligoastrocitoma (Grau II) Oligoastrocioma anaplásico (Grau III) Tumores neuronais e neurogliais Astrocitoma infantil desmoplásico (Grau I) Código adotado pela Classificação Internacional de Doenças para Oncologia (ICD-O) e pela Nomenclatura Sistematizada em Medicina (SNOMED). 2 O comportamento biológico tumoral é qualificado em (0) benigno,(1) malignidade baixa, limítrofe ou incerta, (2) lesões in situ e (3) maligno. Adaptado de Kleihues et al. Burger et al. (1991) afirmaram que os tumores do grau I ou Astrocitomas Pilocíticos constituem entidades distintas, além da ausência de anaplasia, possui graduação definida por parâmetros clínicos como idade do paciente, localização tumoral e aspectos radiológicos. 3.1 Caracterização dos astrocitomas Astrocitoma grau I (OMS) - astrocitoma pilocítico, é uma variante dos astrocitomas de baixo grau e tipicamente ocorre em crianças e adultos jovens. Lee et al. (1989) descreveram que os astrocitomas pilocíticos correspondem a 4,7% de todos os gliomas intracranianos e nos hemisférios cerebrais são mais incomuns e representam 3% de todos os gliomas. Correspondem a 15% de todos os tumores de crianças, compreendendo 27% a 40% dos tumores pediátricos da fossa posterior. Afirmaram que os astrocitomas pilocíticos geralmente são localizados em estruturas na linha média, tais como cerebelo, regiões ao redor do terceiro ventrículo e vias ópticas. Podem ocorrer em todos os locais do sistema nervoso central (S.N.C.), incluindo hemisférios cerebrais, locais onde possuem predileção nas partes medial dos lobos parietal e temporal e aproximadamente um terço está localizado no vermis ou hemisférios cerebelares. 22

23 REVISÃO DA LITERATURA Burger et al. (1991) descreveram macroscopicamente os astrocitomas pilocíticos como massas bem delimitadas, na maioria das vezes císticas, sem infiltração dos tecidos subjacentes. Microscopicamente, são constituídos por células pilóides bipolares que se organizam em densa rede fibrilar, muitas vezes com microcistos e conteúdo mucinoso. A distribuição radial do tecido tumoral ao redor dos vasos sanguíneos origina o aspecto de pseudorosetas perivasculares. A degeneração dos processos fibrilares resulta na deposição de corpos eosinofílicos brilhantes, classicamente descritos como em forma de salsicha (as fibras de rosental), típicas desses tumores. Pode haver considerável pleomorfismo nuclear, todavia estes não estão associados com fenômenos anaplásicos ou de celularidade. Mitoses raras, comumente ausentes. A proliferação vascular pode ser extensa, contudo sua presença não representa malignidade nesses tumores. Palma & Guoidetti (1985) afirmaram que os astrocitomas grau I ocorrem tipicamente em crianças e adultos jovens, aproximadamente ¾ nas duas primeiras décadas de vida. A maior parte dos tumores do cerebelo se torna sintomática durante a primeira década de vida, e tem um pico de incidência aos 10 anos. Os astrocitomas pilocíticos dos hemisférios cerebrais ocorrem uma década mais tarde, com um pico aos 20 anos. 3.2 Astrocitomas grau II (glioma de baixo grau) Gurthier & Laws (1990) concluiram que os gliomas de baixo grau representam 15% dos tumores cerebrais em adultos com uma média de incidência de 0.8 a cada pessoas. Em crianças, representam 25% dos tumores cerebrais (astrocitoma cerebelar, gliomas hipotalâmicos e de vias ópticas). 23

24 REVISÃO DA LITERATURA Philippon et al. (1993) afirmaram que a média de idade dos pacientes com astrocitomas de grau II é mais baixa do que a dos gliomas de alto grau, isto é, aproximadamente 35 anos. Ocorre discreta predominância em homens 55-65%, sendo o lobo frontal o local mais característico acompanhado de forma decrescente do lobo temporal e parietal. Ocorrem infrequentemente nos gânglios da base e tálamo, apresentando nestes locais um prognóstico pior que nos hemisférios cerebrais. Hoshino et al. (1984) relataram duas formas distintas de crescimento: lobar e relativamente bem circunscrito de forma compacta e homogênea, com pobre delimitação com o tecido normal e outra infiltrativa. A forma compacta é acompanhada de neovascularização, ausente nas formas infiltrativas. Astrocitomas com crescimento lento e cortical apresentam fenótipo tipo I (protoplasmático), enquanto os astrocitomas predominantes de substância branca são do tipo II (fibrilar). A apresentação clínica se deve aos mecanismos pelos quais é produzida. Os tumores intrínsecos produzem sinais e sintomas por vários mecanismos como: Infiltração e destruição direta de neurônios, compressão local de estruturas vizinhas e aumento generalizado da pressão intracraniana. Cefaléia, letargia e alteração da personalidade produzida pelos três mecanismos são os sintomas mais comuns e papiledema é o sinal mais comum. Laws et al. (1984) descreveram que o sintoma mais comum é a crise convulsiva que está presente aproximadamente em 50% dos pacientes. A incidência das crises é maior em pacientes com gliomas mais malignos e em pacientes com tumores próximos ao córtex motor. Castillo et al. (1992) caracterizaram a imagem do astrocistoma como sendo uma massa geralmente difusa, hipodensa na tomografia sem contraste. A imagem na ressonância nuclear magnética caracteriza-se por ser hipointensa em T1, hiperintenso em T2 e com 15% 24

25 REVISÃO DA LITERATURA a 20 % de calcificação, podendo ocorrer degeneração cística, e presença de edema e hemorragia são raros e o reforço com contraste ocorre em até 40%dos casos. Piepmeier (1987) caracterizou os gliomas grau II como neoplasias com alto grau de diferenciação celular, baixo crescimento e potencial infiltrativos sobre estruturas contíguas. A histopatologia demonstra aumento irregular da densidade celular com atipia nuclear e pleomorfismo proeminentes. Nas áreas mais compactas, os processos citoplasmáticos formam uma rede fibrilar de aspecto microcístico, geralmente, com ausência de figuras mitóticas. De acordo com o tipo celular predominante, três variantes podem ser diagnosticadas: 1- fibrilar, a mais freqüente, com citoplasma escasso e núcleos hipercromáticos anômalos, localizam-se principalmente na substância branca 2- gemistocítico, na qual predominam células de citoplasma abundante e eosinofílico, com núcleos excêntricos, repousando sobre denso fundo fibrilar; 3- protoplasmático, a mais rara, formada por pequenos astrócitos neoplásicos com discretos processos filamentosos, localizam-se principalmente na corticalidade. A maior parte dos astrocitomas exibe forte imunorreatividade com anticorpos para proteína glial fibrilar acidófila. Okamoto et al. (2004) relataram que a alteração molecular mais comum é a alteração do p53 locado no cromossomo 17p. Aproximadamente 60% dos astrocitomas grau II da OMS apresentam alteração na proteína p53. Porém, a identificação da mutação no p 53 em astrocitomas não apresenta associação com a resposta terapêutica. No entanto, Pollack et al. (2002) afirmaram que recentes estudos sugerem que, astrocitomas que apresentam mutações no cromossomo p 53, apresentam um prognóstico pior em relação aos que não apresentam. 3.3 Tratamento e sobrevida 25

26 REVISÃO DA LITERATURA Lang & Gilbert (2006) afirmaram que a melhor forma de tratamento para astrocitoma supratentorial em adultos ainda não foi determinada, embora a cirurgia radical associada à radioterapia ofereça uma sobrevida maior. Laws et al. (1984) descreveram que a taxa de sobrevida para pacientes com Gliomas de Baixo Grau é de 48% em cinco anos. Pacientes com idade igual ou superior a 20 anos apresentam taxa de sobrevida de apenas 30 %.Sendo a idade um dos principais fatores prognóstico. Johannensen et al. (2003) relataram uma sobrevida com a realização de biópsia de 6,4 anos; ressecção subtotal de 6,8 anos e com a realização de ressecção total de 7,6 anos. Bampoe & Bernstein (1999) descreveram uma média de sobrevida de 5 a 10 anos e com uma taxa de sobrevida em 10 anos de 5 a 50 %, e que os pacientes com GBG, de 50 a 75%, irão morrer devido a essa doença. Vários estudos investigam as características clínicas que podem influenciar a sobrevida dos pacientes com GBG. A Organização Européia para Pesquisa e Tratamento do Câncer (EORTC) (2002) reportou uma das mais completas análises a respeito dessa questão apresentando como fatores prognósticos: idade maior que 40 anos, passagem do tumor pela linha média, presença de déficit neurológico e de astrocitoma de linhagem pura e não mista. Pacientes com zero a dois fatores são considerados de baixo risco e com média de sobrevida de 7,7 anos. Porém pacientes com três a cinco fatores são considerados de alto risco e possuem uma média de sobrevida de 3,2 anos. Santiago & Silbergeld (2004) relataram que o tratamento dos gliomas malignos ou astrocitomas grau III e IV consiste em cirurgia, radioterapia e quimioterapia. A meta do tratamento cirúrgico consiste no diagnóstico histológico, diminuição do efeito de massa e 26

27 REVISÃO DA LITERATURA redução da carga tumoral. Também relataram que um terço dos tumores inicialmente diagnosticados como GBG eram tumores anaplásico. Por último, os exames radiológicos não são capazes de identificar as alterações genéticas. 3.4 Tempo para intervenção cirúrgica Até o presente momento não existe nível de evidência classe I para intervenção precoce para os gliomas de baixo grau. Laws et al. (1984); Verstosik et al. (1991); Andreu et al. (1983); Hirakawa et al. (1984); Ciric et al. (1987); Ammirati et al. (1987); Simpson et al. (1993); Albert et al. (1994); Buatti et al. (1996); Wisof et al. (1998), afirmaram que quanto maior a ressecção cirúrgica, maior será a sobrevida do paciente. Porém, Boyages et al. (1987) e Scanlon et al. (1979) não compartilham da mesma afirmação. Piepmeir (1987) relatou que a maioria dos pacientes com gliomas de baixo grau morre de transformação maligna. Células tumorais residuais após a cirurgia é um risco para desdiferenciação e a redução tumoral ao máximo pode reduzir o risco subseqüente de transformação maligna. Lang & Gilbert (2006) afirmaram não existir ensaio fase III para uma intervenção precoce, porém por várias razões este autor defende uma intervenção precoce. Primeiro, somente a cirurgia pode obter tecido histológico para um diagnóstico definitivo frente aos exames de imagem, principalmente em relação a doenças demielinizantes, inflamatórias ou infecciosas. Segundo, a correta distinção entre tipos histológicos principalmente entre astrocitomas, oligodendrogliomas ou gliomas mistos muda radicalmente o prognóstico e a forma de intervenção. 27

28 REVISÃO DA LITERATURA 3.5 Extensão da ressecção Mais controverso que o tempo da cirurgia é a extensão da ressecção. Na última década ocorreu o aumento do número de neurocirurgiões que realizam máxima ressecção em detrimento da biópsia e entre eles estão Keles et al. (2001). Relataram que pacientes submetidos à ressecção total apresentam melhora do status neurológico do que pacientes submetidos a ressecção subtotal. Ressecções subtotais podem resultar em exacerbação do edema e piora dos sintomas, em comparação a ressecções completas com menor ou nenhum edema pós-operatório e melhora dos sintomas. Ressecção de 100%,90% a 99% e 50% a 89% e menor que 50% estão associados a uma taxa de recorrência de 0%,14%,28% e 37% respectivamente. Lang & Gilbert (2006) defenderam uma abordagem com máxima ressecção em relação aos gliomas grau II. Primeiro, a tecnologia atual com a RNM possibilita uma precisa localização da lesão, aumentando a precisão da informação para uma máxima ressecção com mínimo déficit possível. Segundo, quanto mais completa a ressecção, maior a precisão do diagnóstico. Revisões neuropatológicas mostram uma discrepância de 38% nas amostras com a realização de pequena biópsia em relação a grandes ressecções. Terceiro, uma máxima ressecção melhora o controle dos sintomas principalmente a crise convulsiva. Quarto, a máxima ressecção diminui a carga tumoral aumentando a sobrevida. Segundo Sanai & Berger (2008), embora exista falta de evidência classe I, ocorre um aumento do número de evidências sugerindo que a maior extensão cirúrgica está associada a uma maior expectativa de vida para gliomas de alto e baixo grau. 28

29 REVISÃO DA LITERATURA Salcman (2001) demonstrou um aumento de sobrevida significante dos gliomas de alto grau, quando submetidos à ressecção radical. Pacientes submetidos à ressecção radical apresentaram até nove meses de sobrevida em até 40% dos casos, em comparação aos submetidos apenas a biópsia. 3.6 Astrocitomas anaplásico Salcman (2001) relatou que os astrocitomas anaplásicos representam aproximadamente um terço dos astrocitomas. Podem ocorrer em qualquer idade, porém são encontrados tipicamente em pacientes mais velhos, com picos de incidência na quarta e quinta décadas de vida. As convulsões e os déficits focais são os sintomas mais comuns de apresentação. Ocorrem em todos os hemisférios cerebrais, porém são mais comuns nos lobos frontal e astrocitoma anaplásicos grau III(OMS). Os astrocitomas anaplásicos ocupam uma posição intermediária entre os astrocitomas de baixo grau e os astrocitomas de alto grau (GBM) IV. À microscopia, há o aumento de celularidade (multifocal ou difusa) associada com marcante pleomorfismo e atipia nuclear. Detectam-se ainda células astrocíticas pouco diferenciadas e freqüentes figuras mitóticas. Podem ocorrer pequenos focos de necrose e proliferação endotelial, indicando progressão ao grau IV. 3.7 Glioblastoma multiforme Salcman et al. (2001) afirmaram que o astrocitoma maligno (astrocitoma anaplásico e glioblastoma multiforme) é a neoplasia cerebral mais comum nos adultos. Representam 2% 29

30 REVISÃO DA LITERATURA de todos os tumores, apresenta uma taxa de 5 casos por adultos por ano e é a quarta maior causa de morte por câncer. Reardon et al. (2006) afirmaram que são diagnosticados aproximadamente novos casos de tumores primários do sistema nervoso central, nos Estados Unidos, anualmente e que são responsáveis por 2,2% das mortes por câncer. No mundo, aproximadamente casos novos são diagnosticados por ano com uma mortalidade estimada de Tumores gliais representam 42% das neoplasias do SNC e ¾ são malignos. Os GBM apresentam sobrevida de 42,4% de 6 meses, 17,7 % de 1 ano e 3,3% de 2 anos, apesar dos avanços cirúrgicos, radiológicos, radioterápicos e quimioterápicos. Salcman (2001) afirmou que a distribuição possui uma forte associação de idade específica, com a probabilidade de malignidade histológica de 0.34 entre anos e 0.85 após 60 anos. A incidência do gliobastoma e do astrocitoma por pessoas apresenta taxa de 0.2 e 0.5 em idade abaixo dos 14 anos e 4.5 e 1.7 respectivamente após 45 anos. A correlação histológica com a idade acompanha uma correlação local do tumor e idade. Abaixo dos 25 anos, 67 % dos astrocitomas estão localizados na fossa posterior, mas em paciente com idade superior a 25 anos, 90 % apresentam localização supratentorial. São mais comuns em homens do que em mulheres e, mais frequentemente, observados em brancos do que em negros. A proporção masculino/feminino é 1,6 no gliobastoma e 1.5 no astrocitoma. Salcman et al. (1982) afirmaram que o gliobastoma multiforme (GBM) e o astrocitoma anaplásico (AAS) geralmente não apresentam evidência ou qualquer tendência familiar ou identificação de fatores de risco. Porém, um aumento da incidência de gliomas malignos é observado com síndromes familiares, carcinoma de mama, sarcomas e leucemia. A coexistência de astrocitoma e carcinoma colônico (Síndrome de Turcot) e astrocitomas 30

31 REVISÃO DA LITERATURA ocorrem em pacientes com desordens herodofamiliares clássicas como esclerose tuberosa ou neurofibromatose. Pacientes com essas doenças apresentam risco de desenvolver tumores cerebrais de diferentes etiologias. Ironside et al. (2002) afirmaram que a alteração do p53 foi um dos primeiros eventos identificados na tumorigênese dos astrocitomas, sendo considerada uma etapa inicial. O gene p 53 (cromossomo 17q) codifica o fator de transcrição do homônimo que participa de inúmeros programas celulares, incluindo a relação do ciclo celular, a resposta aos danos ao DNA e apoptose. Sua inativação, usualmente por mutação do alelo restante, é descrita em aproximadamente 60% de todos os tumores astrocíticos. A perda do cromossomo 22q é detectada em 20% a 30% dos astrocitomas, sugerindo a possível localização de um gene supressor tumoral neste cromossomo. Análises com hibridização genômica comparativa (CGH, de Comparative Genomic Hybridistion) destacam outras alterações cromossômicas (ganho do 7q, amplificação do 8 e deleção do 6) como potencialmente envolvidas no surgimento dos astrocitomas. Dos vários fatores de crescimento expressos pelos astrocitomas, o PDGF (platelet derived growth factor ou fator de crescimento derivado das plaquetas) é o mais claramente implicado no processo tumorigênico, especialmente nos tumores do grau II. O mecanismo de superexpressão do PDGF, bem como de seu receptor PDGFR, ainda não foi totalmente esclarecido, embora alguns tumores demonstrem amplificação do gene codificador do PDGFR subtipo alfa. A expressão de PDGF também se correlaciona com a inativação do p53. A transcrição para o astrocitoma grau III é vinculada à inativação de genes supressores tumorais nos cromossomos 9q e 13 q, bem como à amplificação do cromossomo 12q. A perda do cromossomo 13q é observada em um terço dos astrocitomas, sendo o 31

32 REVISÃO DA LITERATURA sítio13q13 o local do gene codificadora prb. A perda ou mutação dos genes supressores tumorais p16 (CDKN2A) e p15 (cdkn2b) (localizado no cromossomo 9p21), bem como o aumento da expressão ou amplificação do gene CDK4(situado no cromossomo 12q), também parece convergir no sentido da não expressão ou da ativação por fosforilação da proteína Rb (prb), provocando a liberação dos fatores de transcrição E2F (promotores da transcrição G1- S). Kleihues et al. (2000) afirmaram que outro gene associado à progressão para o grau III consiste em um suposto supressor tumoral localizado no cromossomo19q. A perda do cromossomo 19q parece ocorrer exclusivamente em tumores gliais, sendo detectado em todos os graus de astrocitomas, especialmente no astrocitoma grau III. 44%. Distintas vias moleculares podem caracterizar a progressão para o glioblastoma: uma comumente observada em pacientes jovens, a partir dos astrocitomas grau II ou III (astrocitoma grau IV secundário), e outra, típica em pacientes idosos, sem história de astrocitoma de baixo grau precedente, originada diretamente das células precursoras ( astrocitomas grau IV primário). Todavia, a perda do cromossomo 10 é relatada como evento comum a todos os astrocitomas grau IV, sendo encontrada em 605 a 85% desses tumores. Kleihues et al. (2000) afirmaram ainda que o astrocitoma grau IV secundário demonstra perda da heterozigoze em grandes regiões do cromossomo 10 (10p,10q23 e 25 e 26). O gene supressor tumoral PTEN/MMAC1 (Phosphatase and Tem sin homology/ Mutated in Multiple Advanced Cancer1), situado no cromossomo 10p23, também pode aparecer mutado nos tumores grau IV. O gene DCC (Deleted in Colon Câncer), outro supressor tumoral localizado no cromossomo 18q21, está ausente em 7% dos astrocitomas de baixo grau e em 53% dos gliobastomas, sugerindo sua participação na gênese desses tumores. O gene DMBT1 (Delet in Malignant Brain Tumours 1), situado no cromossomo 10q25-26, 32

33 REVISÃO DA LITERATURA encontra-se deletado em 23 % a 38 % dos astrocitomas grau IV secundários, sendo considerado mais candidato a supressor tumoral (22%). No astrocitoma grau IV primário ocorre à amplificação do receptor do fator de crescimento epidérmico EGFR (Epidermal Grow Factor Receptor) na maioria dos casos, simultaneamente à perda do cromossomo 10. O EGPR consiste em um receptor da membrana tirosino-quinase envolvido no controle da proliferação celular. Julga-se que menos de 10% dos gliobastomas primários exibam mutação do p53, não sendo verificada concomitância entre esta e a superexpressão de EGFR. Tal fato indica que esses eventos são mutuamente exclusivos, reiterando a diferença entre a progressão para tumores de novo e para os secundários, sendo nestes últimos tipicamente detectados a mutação do p53. Entretanto, a atividade transcricional da proteína p53 nos astrocitomas grau IV está algumas vezes abolida, vista a formação de complexos com a proteína MDM2, (Murine Doublé Minute Clone 2). O gene MDM2, encontrado no cromossomo 12q13-14, é descrito como superexpresso em 50% dos gliomas primários. Ainda quanto à progressão para os tumores grau IV, a desregulação do gene CDK2A ocasiona a perda da expressão do supressor tumoral p16 o que, por sua vez, promove a superexpressão/ amplificação de CDKs (Cyclin- Dependent Kinase) e a fosforilação da Rb. A promoção destas vias é observada em 36% dos astrocitomas secundários. Outro subconjunto dos gliobastomas é formado por aqueles provenientes da evolução de oligodendrogliomas e oligoastrocitomas, caracterizadas pela perda dos cromossomos 19q e 1p, além do 10 (Figura 2). Ganho dos cromossomos 7 e 8 Ganho /perda do cromossomo 9 Ganho do cromossomo 22 Perda do cromossomo 17q (MF1) Figura 2. Astrocitos diferenciados / células precursoras neuroepiteliais Perda do cromossomo 17 Superexpressão do PDGF / PDHFR Perda dos cromossomos 6,10p e 22q Ganho do cromossomo 7q Amplificação do cromossomo 8q 33

34 REVISÃO DA LITERATURA Astrocitoma grau I Astrocitoma grau II Deleção do p16 e p15 perda do cromossomo 9p Desregulação do Rb perda do cromossomo 13p Amplificação da CDK4 ganho do cromossomo 12q Perda do cromossomo 19q Superexpressão do EGFR Astrocitoma grau III amplificação do ECFR Mutação do PTEN/MMACI Superexpressão do MDM2 Perda do cromossomo 10q amplificação do MDM2 Deleção do DCC Desregulação do CDKN2A (p16) perda do cromossomo 18q ativação do CDK4 e Rb Perda do cromossomo 10 Perda do cromossomo 10 (10p e 10q) Astrocitoma grau IV Astrocitoma grau IV (secundário) (primário) Diagrama representativo das alterações genéticas envolvidas na progressão maligna dos astrocitomas. Retirado do Kleihues Cavanee. Salcman (2001) descreveu que são localizados principalmente na profundidade da substância branca dos hemisférios cerebrais em ordem decrescente: temporal 32%, frontal 31%, frontopareital 11%, parietal 10%, temporoparietal 7% e occiptoparietal 5%. Apresentam o crescimento a partir do setor subcortical-subigiral-giral-lobar e capsular que são subníveis da substância branca. A substância branca apresenta segmentos setorias que são: córtex, giral, subgiral, lobar e capsular. Walker et al. (1980) relataram que a principal forma de apresentação de pacientes adultos com GBM é a gradual deterioração neurológica por vários meses. Apenas 20% dos pacientes têm história curta menor que um mês e 10% sinais e sintomas superiores há um ano. Alterações da personalidade e memória ocorrem em aproximadamente 50% dos pacientes. GBM estão entre os tumores que freqüentemente apresentam transformação hemorrágica e a apresentação clínica pode ser semelhante a um acidente cerebral hemorrágico (AVCH). O quadro clínico de súbita hemiplegia ou diminuição do nível de consciência em GBM pode representar a possibilidade de hemorragia intratumoral. Aproximadamente, 3% dos pacientes admitidos com diagnóstico clínico de Acidente Vascular Cerebral são tumores com transformação hemorrágica. 34

35 REVISÃO DA LITERATURA McKeran & Thomas (1980) afirmaram que a principal forma de apresentação clínica são as relacionadas a sinais e sintomas produzidos pela hipertensão intracraniana como: hemiparesia (66,9 %), paralisia de nervos cranianos(63,5%), papiledema(58,2%), alteração mental(38,3%), hemianestesia (37,9%), diminuição do nível da consciência (37,3%), hemianopsia (31,7%) e disfasia (29,2%). Em relação ao diagnóstico radiológico qualquer paciente com suspeita de tumor cerebral deverá ser submetido a exames de imagem como tomografia computadorizada (TC) e ou ressonância nuclear magnética (RNM). Atualmente, TC e RNM são os principais exames realizados para a detecção do GBM. A espectroscopia pode ajudar a diferenciar tumor de radionecrose, trauma antigo, acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI), infecção e esclerose múltipla. A realização do tratamento cirúrgico tem como objetivo obter material para o diagnóstico histológico, diminuir o efeito de massa e reduzir a carga tumoral. A radioterapia segundo De Angelis (2001) é empregada com dose total de 60Gy e a quimioterapia, com carmustina, procarbazina, lomustina, vincristina e principalmente com temozolamida. Salcman (2001) afirmou que o tratamento dos gliomas malignos consiste principalmente de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Acerca do tratamento cirúrgico existe muita discussão sobre a eficácia do grau da ressecção, desde que Bennett e Godlee (1884) descreveram a primeira ressecção tumoral de gliomas com sucesso. Existe uma tendência dos estudos atuais em afirmarem que quanto maior for à ressecção cirúrgica maior será a sobrevida (Andreu et al., 1983; Hirakawa et al., 1984; Ammirati et al.,1987; Ciric et al., 1987; Simpson et al.,1993; Albert et al., 1994; Buatti et al.,1996; Wisof et al.,

36 REVISÃO DA LITERATURA Curran et al., (1993) relataram a realização de radioterapia, idade menor que 50 anos e Karnofsky maior que 70 são os três fatores prognósticos mais importantes para os gliomas malignos. Salcman et al., (1982) e Walker et al. (1980), afirmaram que a radioterapia consiste no tratamento mais efetivo para os astrocitomas malignos. Descreveram também que a média de sobrevida para os gliomas malignos submetidos apenas à cirurgia foi de 4 meses e de 9,25 meses para os submetidos à cirurgia e radioterapia. Santiago & Silbergeld (2004) relataram que pacientes com glioblastoma multiforme tratados apenas com ressecção cirúrgica apresentaram média de sobrevida de 16 semanas. Com a realização de radioterapia, a sobrevida aumentou para aproximadamente 39 semanas. A média de sobrevida para pacientes com astrocitomas anaplásicos foi de aproximadamente 2 anos, quando submetidos apenas ao tratamento cirúrgico e de 5 anos, quando submetidos à cirurgia e radioterapia. Reardon et al. (2006) afirmaram que o uso da quimioterapia com temozolamida durante e após a radioterapia consiste nos recentes avanços para o tratamento dos astrocitomas malignos causando uma melhora da sobrevida. O uso combinado de Temozolamida (TMZ), radioterapia e ciclo complementar com temozolamida resulta em uma sobrevida livre da doença neoplásica (GBM) de 7 a 18 meses. De Angelis (2001) afirmou que há uma tendência de intervenção precoce para obter tecido, para diagnóstico histológico logo que uma lesão não contrastante a RNM é identificada. Primeiro, os exames de imagem não distinguem astrocitomas de baixo grau e lesões não neoplásicas (inflamatória, desmielinizante e infecção) de forma absolutamente precisa. Segundo, os exames de imagem não são capazes de fazer o diagnóstico histológico. 36

37 REVISÃO DA LITERATURA Terceiro, e mais importante, os exames de imagem não conseguem determinar o grau histológico dos tumores. Salcman (2001) demonstrou um aumento de sobrevida significante dos gliomas de alto grau, quando submetidos à ressecção radical. Pacientes submetidos à ressecção radical apresentaram até nove meses de sobrevida em até 40 % dos casos, em comparação aos submetidos apenas à biópsia. Prabhu (2007) relatou a associação significante com a ressecção radical dos gliomas de alto grau, quando comparado a ressecções menos radicais.ressecções mais agressivas apresentariam taxa de sobrevida de 13,4 meses em relação a ressecções menos agressivas 8,8 meses (p< 0,0001). Salcman et al. (1982) e Shapiro (1982) descreveram que as ressecções radicais associadas aos métodos complementares causam uma diminuição do número de células tumorais insuficientes para cura total.uma ressecção de 90% em um tumor de 30 gramas (3 x 10¹º) resultaria em uma redução de um logaritmo de morte celular [3 x (10) 9] e a realização de radioterapia causaria uma redução de dois logaritmos de morte celular [3x (10)7. Uma ressecção de 99% desse mesmo tumor causaria uma redução de dois logaritmos [3 x (10) 8] e a associação de radioterapia uma redução de mais dois logaritmos de morte celular [3x (10) 6]. Caso fosse possível uma ressecção de 99,99% desse mesmo tumor, essa ressecção provocaria uma redução de três logaritmos de morte celular para [3 x 10) 7] e a associação de radioterapia subseqüente causaria a morte de mais dois logaritmos para [3 x (10)5]. E, somente com uma carga tumoral de (10) 5 seria possível a cura, pois com essa carga tumoral o sistema imune seria capaz de erradicar por completo a neoplasia. Por isso, apesar dos tratamentos disponíveis e dos avanços nas formas de tratamento do glioblastoma 37

TUMORES CEREBRAIS. Maria da Conceição Muniz Ribeiro

TUMORES CEREBRAIS. Maria da Conceição Muniz Ribeiro TUMORES CEREBRAIS Maria da Conceição Muniz Ribeiro Tumor Cerebral é uma lesão localizada que ocupa o espaço intracerebral e tende a acusar um aumento de PIC. Em adulto, a maior parte dos tumores se origina

Leia mais

TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL D O MIN I Q U E F O N S E C A R O D R I G U E S L A C E T R 2 D O S E RV IÇ O D E PAT O L O G IA D O H U - U F J F D O MIL A C E T @ G M A I L. C O M Junho/2015 EPIDEMIOLOGIA

Leia mais

Tipos de tumores cerebrais

Tipos de tumores cerebrais Tumores Cerebrais: entenda mais sobre os sintomas e tratamentos Os doutores Calil Darzé Neto e Rodrigo Adry explicam sobre os tipos de tumores cerebrais. CONTEÚDO HOMOLOGADO "Os tumores cerebrais, originados

Leia mais

Qual é o papel da ressecção ou da radiocirurgia em pacientes com múltiplas metástases? Janio Nogueira

Qual é o papel da ressecção ou da radiocirurgia em pacientes com múltiplas metástases? Janio Nogueira Qual é o papel da ressecção ou da radiocirurgia em pacientes com múltiplas metástases? Janio Nogueira METÁSTASES CEREBRAIS INTRODUÇÃO O SIMPLES DIAGNÓSTICO DE METÁSTASE CEREBRAL JÁ PREDIZ UM POBRE PROGNÓSTICO.

Leia mais

Esclerose Lateral Amiotrófica ELA

Esclerose Lateral Amiotrófica ELA Esclerose Lateral Amiotrófica ELA É uma doença implacável, degenerativa e fatal que afeta ambos os neurônios motores superior e inferior; Etiologia desconhecida; Incidência de 1 a 2 : 100.000 pessoas;

Leia mais

O que é câncer de mama?

O que é câncer de mama? Câncer de Mama O que é câncer de mama? O câncer de mama é a doença em que as células normais da mama começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e deixando de morrer, formando uma massa de células

Leia mais

Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015. Amélia Estevão 10.05.2015

Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015. Amélia Estevão 10.05.2015 Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015 Amélia Estevão 10.05.2015 Objetivo: Investigar a vantagem da utilização da RM nos diferentes tipos de lesões diagnosticadas na mamografia e ecografia classificadas

Leia mais

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme NOTA TÉCNICA 2014 Solicitante Dr. Renato Martins Prates Juiz Federal da 8ª Vara Data: 19/02/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

Leia mais

Qual é a função do Sistema Nervoso Central?

Qual é a função do Sistema Nervoso Central? Câncer de SNC Qual é a função do Sistema Nervoso Central? O Sistema Nervoso Central (SNC) é constituído pelo cérebro, cerebelo e tronco cerebral. O cérebro é dividido em quatro lobos que controlam funções

Leia mais

Humberto Brito R3 CCP

Humberto Brito R3 CCP Humberto Brito R3 CCP ABSTRACT INTRODUÇÃO Nódulos tireoideanos são achados comuns e raramente são malignos(5-15%) Nódulos 1cm geralmente exigem investigação A principal ferramenta é a citologia (PAAF)

Leia mais

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS.

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS. Laura S. W ard CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS. Nódulos da Tiróide e o Carcinoma Medular Nódulos da tiróide são um

Leia mais

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. OUTUBRO ROSA ^ um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA ~ prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. ~ ^ O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

18º Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada de Crânio

18º Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada de Crânio 18º Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada de Crânio Enunciado Paciente masculino, 78 anos, hipertenso, com fibrilação atrial, admitido no PA com queixa de dificuldade para deambular e confusão mental

Leia mais

Gradação Histológica de tumores

Gradação Histológica de tumores Gradação Histológica de tumores A gradação histológica é uma avaliação morfológica da diferenciação celular de cada tumor. Baseada geralmente em 03-04 níveis de acordo com o tecido específico do tumor.

Leia mais

Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço 02-2012

Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço 02-2012 Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço 02-2012 Abordagens combinadas envolvendo parotidectomia e ressecção do osso temporal as vezes são necessárias como parte de ressecções

Leia mais

EstudoDirigido Exercícios de Fixação Doenças Vasculares TCE Hipertensão Intracraniana Hidrocefalia Meningite

EstudoDirigido Exercícios de Fixação Doenças Vasculares TCE Hipertensão Intracraniana Hidrocefalia Meningite EstudoDirigido Exercícios de Fixação Doenças Vasculares TCE Hipertensão Intracraniana Hidrocefalia Meningite SOMENTE SERÃO ACEITOS OS ESTUDOS DIRIGIDOS COMPLETOS, MANUSCRITOS, NA DATA DA PROVA TERÁ O VALOR

Leia mais

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR Novembro Azul Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. NOVEMBRO AZUL Mês de Conscientização,

Leia mais

CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução

CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto Introdução É realizada a avaliação de um grupo de pacientes com relação a sua doença. E através dele

Leia mais

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo:

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo: Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo: Análise dos dados e indicadores de qualidade 1. Análise dos dados (jan ( janeiro eiro/2000 a setembro/201 /2015) Apresenta-se aqui uma visão global sobre a base

Leia mais

Qual é a função dos pulmões?

Qual é a função dos pulmões? Câncer de Pulmão Qual é a função dos pulmões? Os pulmões são constituídos por cinco lobos, três no pulmão direito e dois no esquerdo. Quando a pessoa inala o ar, os pulmões absorvem o oxigênio, que é levado

Leia mais

Gráficos: experimento clássico de Gause, 1934 (Princípio de Gause ou princípio da exclusão competitiva).

Gráficos: experimento clássico de Gause, 1934 (Princípio de Gause ou princípio da exclusão competitiva). 1 Gráficos: experimento clássico de Gause, 1934 (Princípio de Gause ou princípio da exclusão competitiva). 2 O câncer surge de uma única célula que sofreu mutação, multiplicou-se por mitoses e suas descendentes

Leia mais

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme NOTA TÉCNICA 256/2013 Solicitante Dr. Carlos Renato de Oliveira Corrêa Juiz de Direito São Domingos do Prata Data: 19/12/2013 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Processo número: 0610.13.002372-0

Leia mais

Por outro lado, na avaliação citológica e tecidual, o câncer tem seis fases, conhecidas por fases biológicas do câncer, conforme se segue:

Por outro lado, na avaliação citológica e tecidual, o câncer tem seis fases, conhecidas por fases biológicas do câncer, conforme se segue: 8 - O câncer também tem fases de desenvolvimento? Sim, o câncer tem fases de desenvolvimento que podem ser avaliadas de diferentes formas. Na avaliação clínica feita por médicos é possível identificar

Leia mais

O que é câncer de estômago?

O que é câncer de estômago? Câncer de Estômago O que é câncer de estômago? O câncer de estômago, também denominado câncer gástrico, pode ter início em qualquer parte do estômago e se disseminar para os linfonodos da região e outras

Leia mais

NEURORRADIOLOGIA DOS TUMORES DO ADULTO

NEURORRADIOLOGIA DOS TUMORES DO ADULTO NEURORRADIOLOGIA DOS TUMORES DO ADULTO ARNOLFO DE CARVALHO NETO (arnolfo@ufpr.br) Quando, num exame de imagem do encéfalo, pensamos em neoplasia, temos que estar atentos a 3 aspectos da lesão suspeita:

Leia mais

Módulo Doença avançada

Módulo Doença avançada Módulo Doença avançada Radioterapia de SNC no Câncer de pulmão: Up date 2013 Robson Ferrigno Esta apresentação não tem qualquer conflito de interesse Metástases Cerebrais Câncer mais freqüente do SNC 1/3

Leia mais

A situação do câncer no Brasil 1

A situação do câncer no Brasil 1 A situação do câncer no Brasil 1 Fisiopatologia do câncer 23 Introdução O câncer é responsável por cerca de 13% de todas as causas de óbito no mundo: mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente da

Leia mais

MELANOMA EM CABEÇA E PESCOÇO

MELANOMA EM CABEÇA E PESCOÇO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO MELANOMA EM CABEÇA E PESCOÇO COMPLICAÇÕES EM ESVAZIAMENTO CERVICAL UBIRANEI O. SILVA INTRODUÇÃO Incidência melanoma cutâneo: 10% a 25% Comportamento

Leia mais

Bioestatística. Organização Pesquisa Médica. Variabilidade. Porque existe variabilidades nos fenômenos naturais? Fontes de variação:

Bioestatística. Organização Pesquisa Médica. Variabilidade. Porque existe variabilidades nos fenômenos naturais? Fontes de variação: Bioestatística Lupércio F. Bessegato & Marcel T. Vieira UFJF Departamento de Estatística 2010 Organização Pesquisa Médica Variabilidade Porque existe variabilidades nos fenômenos naturais? Fontes de variação:

Leia mais

podem desenvolver-se até atingirem um tamanho considerável antes dos sintomas se manifestarem. Por outro lado, em outras partes do cérebro, mesmo um

podem desenvolver-se até atingirem um tamanho considerável antes dos sintomas se manifestarem. Por outro lado, em outras partes do cérebro, mesmo um Um tumor é uma massa anormal em qualquer parte do corpo. Ainda que tecnicamente ele possa ser um foco de infecção (um abcesso) ou de inflamação; o termo habitualmente significa um novo crescimento anormal

Leia mais

Cefaleia crónica diária

Cefaleia crónica diária Cefaleia crónica diária Cefaleia crónica diária O que é a cefaleia crónica diária? Comecei a ter dores de cabeça que apareciam a meio da tarde. Conseguia continuar a trabalhar mas tinha dificuldade em

Leia mais

ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA. Renata Loretti Ribeiro Enfermeira COREn/SP- 42883

ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA. Renata Loretti Ribeiro Enfermeira COREn/SP- 42883 ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA Renata Loretti Ribeiro Enfermeira COREn/SP- 42883 Renata Loretti Ribeiro 2 Introdução O câncer representa uma causa importante de morbidez e mortalidade, gerador de efeitos que

Leia mais

ANÁLISE COMPARATIVA DOS GRAUS HISTOLÓGICOS ENTRE TUMOR PRIMÁRIO E METÁSTASE AXILAR EM CASOS DE CÂNCER DE MAMA

ANÁLISE COMPARATIVA DOS GRAUS HISTOLÓGICOS ENTRE TUMOR PRIMÁRIO E METÁSTASE AXILAR EM CASOS DE CÂNCER DE MAMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS GRAUS HISTOLÓGICOS ENTRE TUMOR PRIMÁRIO E METÁSTASE AXILAR EM CASOS DE CÂNCER DE MAMA Pinheiro, A.C ¹, Aquino, R. G. F. ¹, Pinheiro, L.G.P. ¹, Oliveira, A. L. de S. ¹, Feitosa,

Leia mais

Linfomas. Claudia witzel

Linfomas. Claudia witzel Linfomas Claudia witzel Pode ser definido como um grupo de diversas doenças neoplásicas : Do sistema linfático Sistema linfóide Que tem origem da proliferação de linfócitos B ou T em qualquer um de seus

Leia mais

Estudos de Coorte: Definição

Estudos de Coorte: Definição Estudos de Coorte: Definição São estudos observacionais onde os indivíduos são classificados (ou selecionados) segundo o status de exposição, sendo seguidos para avaliar a incidência de doença. São conduzidos

Leia mais

Neoplasias 2. Adriano de Carvalho Nascimento

Neoplasias 2. Adriano de Carvalho Nascimento Neoplasias 2 Adriano de Carvalho Nascimento Biologia tumoral Carcinogênese História natural do câncer Aspectos clínicos dos tumores Biologia tumoral Carcinogênese (bases moleculares do câncer): Dano genético

Leia mais

1. Da Comunicação de Segurança publicada pela Food and Drug Administration FDA.

1. Da Comunicação de Segurança publicada pela Food and Drug Administration FDA. UTVIG/NUVIG/ANVISA Em 31 de janeiro de 2011. Assunto: Nota de esclarecimento sobre notícia veiculada na mídia que trata de comunicado de segurança da FDA Food and Drug Administration sobre possível associação

Leia mais

COMPARAÇÃO DAS ESTIMATIVAS DE CÂNCER SNC NAS REGIÕES DO BRASIL. Av. Prof. Luís Freire, 1000, Recife/PE, 50740-540, 2

COMPARAÇÃO DAS ESTIMATIVAS DE CÂNCER SNC NAS REGIÕES DO BRASIL. Av. Prof. Luís Freire, 1000, Recife/PE, 50740-540, 2 X Congreso Regional Latinoamericano IRPA de Protección y Seguridad Radiológica Radioprotección: Nuevos Desafíos para un Mundo en Evolución Buenos Aires, 12 al 17 de abril, 2015 SOCIEDAD ARGENTINA DE RADIOPROTECCIÓN

Leia mais

Tumor Estromal Gastrointestinal

Tumor Estromal Gastrointestinal Tumor Estromal Gastrointestinal Pedro Henrique Barros de Vasconcellos Hospital Cardoso Fontes Serviço de Cirurgia Geral Introdução GIST é o tumor mesenquimal mais comum do TGI O termo foi desenvolvido

Leia mais

UNIC Universidade de Cuiabá NEOPLASIAS CMF IV

UNIC Universidade de Cuiabá NEOPLASIAS CMF IV UNIC Universidade de Cuiabá NEOPLASIAS CMF IV Aspectos Morfológicos das Neoplasias DEFINIÇÕES Neoplasia Tumor Câncer Inflamação/Neoplasia Termo comum a todos tumores malignos. Derivado do grego Karkinos

Leia mais

Assistência de Enfermagem em Pacientes de Pós Operatório de Tumores do SNC admitidos no Centro de Terapia Intensiva Pediátrica Oncológica

Assistência de Enfermagem em Pacientes de Pós Operatório de Tumores do SNC admitidos no Centro de Terapia Intensiva Pediátrica Oncológica Assistência de Enfermagem em Pacientes de Pós Operatório de Tumores do SNC admitidos no Centro de Terapia Intensiva Pediátrica Oncológica Kely Cristina Silva Oliveira Técnica de Enfermagem CTI Pediátrico

Leia mais

Descobrindo o valor da

Descobrindo o valor da Descobrindo o valor da Ocâncer de mama, segundo em maior ocorrência no mundo, é um tumor maligno que se desenvolve devido a alterações genéticas nas células mamárias, que sofrem um crescimento anormal.

Leia mais

Pâncreas. Pancreatite aguda. Escolha uma das opções abaixo para ler mais detalhes.

Pâncreas. Pancreatite aguda. Escolha uma das opções abaixo para ler mais detalhes. Pâncreas Escolha uma das opções abaixo para ler mais detalhes. Pancreatite aguda Pancreatite crônica Cistos pancreáticos Câncer de Pancrêas Pancreatite aguda O pâncreas é um órgão com duas funções básicas:

Leia mais

Diagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008)

Diagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008) Diagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008) De Bock GH, Beusmans GHMI, Hinloopen RJ, Corsten MC, Salden NMA, Scheele ME, Wiersma Tj traduzido do original em

Leia mais

Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014. Fabio Kater

Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014. Fabio Kater Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014 Fabio Kater Multivitaminas na prevenção do câncer de mama, próstata e pulmão: caso fechado! Revisão da literatura para tipos específicos de câncer

Leia mais

NOVEMBRO DOURADO VIVA ESTA IDEIA! VENHA PARTICIPAR!

NOVEMBRO DOURADO VIVA ESTA IDEIA! VENHA PARTICIPAR! NOVEMBRO DOURADO VIVA ESTA IDEIA! VENHA PARTICIPAR! Serviço de OncoHematologia do HIJG DIA NACIONAL DE COMBATE AO CÂNCER NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil (lei

Leia mais

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca)

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca) Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca) O que é? É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não

Leia mais

O que é Hemofilia? O que são os fatores de coagulação? A hemofilia tem cura?

O que é Hemofilia? O que são os fatores de coagulação? A hemofilia tem cura? Volume1 O que é? O que é Hemofilia? Hemofilia é uma alteração hereditária da coagulação do sangue que causa hemorragias e é provocada por uma deficiência na quantidade ou qualidade dos fatores VIII (oito)

Leia mais

Serviço de anatomia patológica HU-UFJF Janaína Le Sann Nascimento

Serviço de anatomia patológica HU-UFJF Janaína Le Sann Nascimento Serviço de anatomia patológica HU-UFJF Janaína Le Sann Nascimento Anatomia Sistema nervoso central: Encéfalo; Constituintes neurais do sistema fotorreceptor; Medula espinhal; Sistema nervoso periférico:

Leia mais

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015 01/05/2015 CÂNCER UTERINO É o câncer que se forma no colo do útero. Nessa parte, há células que podem CÂNCER CERVICAL se modificar produzindo um câncer. Em geral, é um câncer de crescimento lento, e pode

Leia mais

Câncer. Claudia witzel

Câncer. Claudia witzel Câncer Claudia witzel Célula Tecido O que é câncer? Agente cancerígeno Órgão Célula cancerosa Tecido infiltrado Ozana de Campos 3 ESTÁGIOS de evolução da célula até chegar ao tumor 1 Célula 2 Tecido alterado

Leia mais

APESP 246 Caso Botucatu. Dra. Viviane Hellmeister Camolese Martins - R2

APESP 246 Caso Botucatu. Dra. Viviane Hellmeister Camolese Martins - R2 APESP 246 Caso Botucatu Dra. Viviane Hellmeister Camolese Martins - R2 História Clínica LP, 55 anos, homem, branco, pedreiro, hipertenso Massa palpável em flanco E TC = massa de 8 cm no pólo superior renal

Leia mais

Exames que geram dúvidas - o que fazer? SELMA DE PACE BAUAB

Exames que geram dúvidas - o que fazer? SELMA DE PACE BAUAB Exames que geram dúvidas - o que fazer? SELMA DE PACE BAUAB Exames que geram dúvidas - o que fazer? Como ter certeza que é BI-RADS 3? Quando não confiar na biópsia percutânea? O que fazer com resultados

Leia mais

PATOLOGIA DA MAMA. Ana Cristina Araújo Lemos

PATOLOGIA DA MAMA. Ana Cristina Araújo Lemos PATOLOGIA DA MAMA Ana Cristina Araújo Lemos Freqüência das alterações mamárias em material de biópsia Alteração fibrocística 40% Normal 30% Alterações benignas diversas 13% Câncer 10% Fibroadenoma

Leia mais

CÂnCER DE EnDOMéTRIO. Estados anovulatórios (ex: Síndrome dos ovários policísticos) Hiperadrenocortisolismo

CÂnCER DE EnDOMéTRIO. Estados anovulatórios (ex: Síndrome dos ovários policísticos) Hiperadrenocortisolismo CAPÍTULO 3 CÂnCER DE EnDOMéTRIO O Câncer de endométrio, nos Estados Unidos, é o câncer pélvico feminino mais comum. No Brasil, o câncer de corpo de útero perde em número de casos apenas para o câncer de

Leia mais

RELATÓRIO FINAL. PROJETO: Estudo Eletroencefalográfico e por Ressonância Magnética dos Alunos da APAE - JD

RELATÓRIO FINAL. PROJETO: Estudo Eletroencefalográfico e por Ressonância Magnética dos Alunos da APAE - JD RELATÓRIO FINAL PROJETO: Estudo Eletroencefalográfico e por Ressonância Magnética dos Alunos da APAE - JD Realizou-se o estudo eletroencefalográfico e de ressonância magnéticas nos alunos matriculados

Leia mais

Aspectos Neuropsiquiátricos em Geriatria. Dr. José Eduardo Martinelli Faculdade de Medicina de Jundiaí

Aspectos Neuropsiquiátricos em Geriatria. Dr. José Eduardo Martinelli Faculdade de Medicina de Jundiaí Aspectos Neuropsiquiátricos em Geriatria Dr. José Eduardo Martinelli Faculdade de Medicina de Jundiaí Psiquiatria: Especialidade médica que se dedica ao estudo, diagnóstico, tratamento e à prevenção de

Leia mais

Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC

Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS NÓDULOS HEPÁTICOS BENIGNOS Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS NÓDULOS HEPÁTICOS

Leia mais

Analisar a sobrevida em cinco anos de mulheres. que foram submetidas a tratamento cirúrgico, rgico, seguida de quimioterapia adjuvante.

Analisar a sobrevida em cinco anos de mulheres. que foram submetidas a tratamento cirúrgico, rgico, seguida de quimioterapia adjuvante. Estudo de sobrevida de mulheres com câncer de mama não metastático tico submetidas à quimioterapia adjuvante Maximiliano Ribeiro Guerra Jane Rocha Duarte Cintra Maria Teresa Bustamante Teixeira Vírgilio

Leia mais

Doença de Alzheimer: uma visão epidemiológica quanto ao processo de saúde-doença.

Doença de Alzheimer: uma visão epidemiológica quanto ao processo de saúde-doença. Doença de Alzheimer: uma visão epidemiológica quanto ao processo de saúde-doença. Bruno Araújo da Silva Dantas¹ bruno_asd90@hotmail.com Luciane Alves Lopes² lucianesevla.l@gmail.com ¹ ²Acadêmico(a) do

Leia mais

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO OS TIPOS DE CANCER DE MAMA O câncer de mama ocorre quando as células deste órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma

Leia mais

c Taxas por milhão, ajustadas pela população padrão mundial, 1966 146 Câncer na Criança e no Adolescente no Brasil

c Taxas por milhão, ajustadas pela população padrão mundial, 1966 146 Câncer na Criança e no Adolescente no Brasil As taxas médias de incidência de câncer por 1.000.000 de crianças e adolescentes (0 a 18 anos), segundo sexo, faixa etária e período disponível das informações para os 20 RCBP brasileiros, são apresentadas

Leia mais

Papilomavírus Humano HPV

Papilomavírus Humano HPV Papilomavírus Humano HPV -BIOLOGIA- Alunos: André Aroeira, Antonio Lopes, Carlos Eduardo Rozário, João Marcos Fagundes, João Paulo Sobral e Hélio Gastão Prof.: Fragoso 1º Ano E.M. T. 13 Agente Causador

Leia mais

BIOFÍSICA DAS RADIAÇÕES IONIZANTES

BIOFÍSICA DAS RADIAÇÕES IONIZANTES BIOFÍSICA DAS RADIAÇÕES IONIZANTES DANOS RADIOINDUZIDOS NA MOLÉCULA DE DNA Por ser responsável pela codificação da estrutura molecular de todas as enzimas da células, o DNA passa a ser a molécula chave

Leia mais

Oncologia. Aula 2: Conceitos gerais. Profa. Camila Barbosa de Carvalho 2012/1

Oncologia. Aula 2: Conceitos gerais. Profa. Camila Barbosa de Carvalho 2012/1 Oncologia Aula 2: Conceitos gerais Profa. Camila Barbosa de Carvalho 2012/1 Classificação da Quimioterapia Em relação ao número de medicamentos usados; Em relação ao objetivo; Em relação à via de administração;

Leia mais

Como tratar o câncer de mama na paciente com mutação genética? Prof. Dr. Giuliano Duarte

Como tratar o câncer de mama na paciente com mutação genética? Prof. Dr. Giuliano Duarte Como tratar o câncer de mama na paciente com mutação genética? Prof. Dr. Giuliano Duarte Quem é a paciente com mutação BRCA1/2? Ansiedade Penetrância dos genes BRCA1 e BRCA 2 até os 70 anos Meta-análise

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004)

CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004) CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004) ENXAQUECAS Enxaqueca sem aura De acordo com a IHS, a enxaqueca sem aura é uma síndroma clínica caracterizada por cefaleia com características específicas e sintomas

Leia mais

Abordagem da reestenosee. Renato Sanchez Antonio

Abordagem da reestenosee. Renato Sanchez Antonio Abordagem da reestenosee oclusões crônicas coronárias Renato Sanchez Antonio Estudos iniciais de seguimento clínico de pacientes com angina estável demonstraram que o percentual de mortalidade aumentou

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE Mariane Alves Gomes da Silva Eliana Zandonade 1. INTRODUÇÃO Um aspecto fundamental de um levantamento

Leia mais

Manuseio do Nódulo Pulmonar Solitário

Manuseio do Nódulo Pulmonar Solitário VIII Congresso de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro Manuseio do Nódulo Pulmonar Solitário Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Ciências Médicas Hospital Universitário

Leia mais

Variação dos Custos Médicos Hospitalares VCMH/IESS Data-base - junho de 2010

Variação dos Custos Médicos Hospitalares VCMH/IESS Data-base - junho de 2010 Variação dos Custos Médicos Hospitalares VCMH/ Data-base - junho de 2010 O VCMH/ é uma medida da variação das despesas médico-hospitalares per capita das operadoras de planos e seguros de saúde. Mede-se

Leia mais

ESTUDO DO PADRÃO DE PROLIFERAÇÃO CELULAR ENTRE OS CARCINOMAS ESPINOCELULAR E VERRUCOSO DE BOCA: UTILIZANDO COMO PARÂMETROS A

ESTUDO DO PADRÃO DE PROLIFERAÇÃO CELULAR ENTRE OS CARCINOMAS ESPINOCELULAR E VERRUCOSO DE BOCA: UTILIZANDO COMO PARÂMETROS A ESTUDO DO PADRÃO DE PROLIFERAÇÃO CELULAR ENTRE OS CARCINOMAS ESPINOCELULAR E VERRUCOSO DE BOCA: UTILIZANDO COMO PARÂMETROS A IMUNOEXPRESSÃO DO PCNA, KI-67 E CICLINA B1 SPÍNDULA FILHO, José Vieira de ;

Leia mais

CONHECIMENTO GOTAS. neoplasias hematológicas: leucemia mieloide crônica

CONHECIMENTO GOTAS. neoplasias hematológicas: leucemia mieloide crônica CONHECIMENTO EM GOTAS neoplasias hematológicas: leucemia mieloide crônica leucemia é uma doença maligna dos leucócitos (glóbulos brancos). ela pode ser originada em duas linhagens diferentes: a linhagem

Leia mais

AJUSTE DO MODELO DE COX A DADOS DE CÂNCER DE MAMA

AJUSTE DO MODELO DE COX A DADOS DE CÂNCER DE MAMA AJUSTE DO MODELO DE COX A DADOS DE CÂNCER DE MAMA Luciene Resende Gonçalves 1, Verônica kataoka 2, Mário Javier Ferrua Vivanco 3, Thelma Sáfadi 4 INTRODUÇÃO O câncer de mama é o tipo de câncer que se manifesta

Leia mais

Sobrevida Mediana Classe I: 7,1 meses Classe II: 4,2 meses Classe III: 2,3 meses

Sobrevida Mediana Classe I: 7,1 meses Classe II: 4,2 meses Classe III: 2,3 meses Tratamento das Metástases Cerebrais Eduardo Weltman Hospital Israelita Albert Einstein Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Tratar ou Não Tratar? Piora do prognóstico Déficits neurológicos

Leia mais

Reunião de casos clínicos

Reunião de casos clínicos Reunião de casos clínicos RM Dr Ênio Tadashi Setogutti R3 Gustavo Jardim Dalle Grave Julho 2012 CASO CLINICO * Paciente sexo feminino, 80 anos, exame para controle de evento hemorrágico prévio / recente.

Leia mais

AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE

AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE 4.1 - Tabela de Temporalidade Como é cediço todos os arquivos possuem um ciclo vital, composto pelas fases corrente, intermediária e permanente. Mas como saber quando

Leia mais

a) A diversidade de anticorpos é derivada da recombinação das regiões, e.

a) A diversidade de anticorpos é derivada da recombinação das regiões, e. Questão 1 Preencha as lacunas a) A diversidade de anticorpos é derivada da recombinação das regiões, e. Verdadeiro ou falso. Se falso, altere a declaração de modo a torná-la verdadeira. b) A exposição

Leia mais

MS777: Projeto Supervisionado Estudos sobre aplicações da lógica Fuzzy em biomedicina

MS777: Projeto Supervisionado Estudos sobre aplicações da lógica Fuzzy em biomedicina MS777: Projeto Supervisionado Estudos sobre aplicações da lógica Fuzzy em biomedicina Orientador: Prof. Dr. Laécio C. Barros Aluna: Marie Mezher S. Pereira ra:096900 DMA - IMECC - UNICAMP 25 de Junho de

Leia mais

O melanoma é um neoplasia que freqüentemente MT para o SN. A história ajuda muito: paciente branco, ressecou uma lesão no dorso do corpo.

O melanoma é um neoplasia que freqüentemente MT para o SN. A história ajuda muito: paciente branco, ressecou uma lesão no dorso do corpo. Neoplasias no SNC Não são tão prevalentes com os tumores de outros órgãos. Entretanto, sua incidência tem crescido por dois fatores: - Aumento da vida média da população; - Aumento da exposição à irradiação.

Leia mais

Lesões císticas do pâncreas: abordagem diagnóstica e terapêutica

Lesões císticas do pâncreas: abordagem diagnóstica e terapêutica Lesões císticas do pâncreas: abordagem diagnóstica e terapêutica Gustavo Rêgo Coêlho (TCBC) Serviço de Cirurgia e Transplante de Fígado Hospital das Clínicas - UFC Tumores Cís+cos do Pâncreas Poucos tópicos

Leia mais

-Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae.

-Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae. -Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae. -Chamado de HPV, aparece na forma de doenças como condiloma acuminado, verruga genital ou crista de galo. -Há mais de 200 subtipos do

Leia mais

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE Este relatório é uma versão resumida do relatório técnico

Leia mais

Em 2013 perderam-se 4 683 anos potenciais de vida devido à diabetes mellitus

Em 2013 perderam-se 4 683 anos potenciais de vida devido à diabetes mellitus Dia Mundial da diabetes 14 de novembro 1983-2013 EMBARGO ATTÉ 13 DE NOVEMBRO DE 2014,, ÀS 11 HORAS Em 2013 perderam-se 4 683 anos potenciais de vida devido à diabetes mellitus Em 2013, as doenças endócrinas,

Leia mais

Entendendo a herança genética (capítulo 5) Ana Paula Souto 2012

Entendendo a herança genética (capítulo 5) Ana Paula Souto 2012 Entendendo a herança genética (capítulo 5) Ana Paula Souto 2012 CÂNCER 1) O que é? 2) Como surge? CÂNCER 1) O que é? É o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado

Leia mais

Doença de Paget. Definição:

Doença de Paget. Definição: Definição: É uma doença sistêmica de origem desconhecida que determina alteração no Processo de Remodelação Óssea. Apresenta um forte componente genético. Se caracteriza por um aumento focal no remodelamento

Leia mais

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RS PORTARIA 13/2014

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RS PORTARIA 13/2014 PORTARIA 13/2014 Dispõe sobre os parâmetros do exame PET-CT Dedicado Oncológico. O DIRETOR-PRESIDENTE DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL-IPERGS, no uso de suas atribuições conferidas

Leia mais

4 Segmentação. 4.1. Algoritmo proposto

4 Segmentação. 4.1. Algoritmo proposto 4 Segmentação Este capítulo apresenta primeiramente o algoritmo proposto para a segmentação do áudio em detalhes. Em seguida, são analisadas as inovações apresentadas. É importante mencionar que as mudanças

Leia mais

Governador Geraldo Alckmin entrega o maior laboratório destinado a pesquisas sobre o câncer da América Latina

Governador Geraldo Alckmin entrega o maior laboratório destinado a pesquisas sobre o câncer da América Latina MATEC ENGENHARIA ENTREGA O MAIOR LABORATORIO PARA PESQUISA DE CÂNCER DA AMÉRICA LATINA Qui, 14/04/11-11h00 SP ganha maior laboratório para pesquisa de câncer da América Latina Instituto do Câncer também

Leia mais

O Câncer de Próstata. O que é a Próstata

O Câncer de Próstata. O que é a Próstata O Câncer de Próstata O câncer de próstata é o segundo tumor mais comum no sexo masculino, acometendo um em cada seis homens. Se descoberto no início, as chances de cura são de 95%. O que é a Próstata A

Leia mais

O QUE É? O HEPATOBLASTOMA

O QUE É? O HEPATOBLASTOMA O QUE É? O HEPATOBLASTOMA Fígado O HEPATOBLASTOMA O QUE SIGNIFICA ESTADIO? O QUE É O HEPATOBLASTOMA? O hepatoblastoma é o tipo de tumor maligno do fígado mais frequente na criança; na maioria dos casos

Leia mais

Núcleo Mama Porto Alegre (NMPOA) Estudo longitudinal de rastreamento e atenção organizada no diagnóstico e tratamento do câncer de mama

Núcleo Mama Porto Alegre (NMPOA) Estudo longitudinal de rastreamento e atenção organizada no diagnóstico e tratamento do câncer de mama Núcleo Mama Porto Alegre (NMPOA) Estudo longitudinal de rastreamento e atenção organizada no diagnóstico e tratamento do câncer de mama 2004 Projeto Núcleo Mama Porto Alegre Estudo com parceria entre Hospital

Leia mais

Diretrizes ANS para realização do PET Scan / PET CT. Segundo diretrizes ANS

Diretrizes ANS para realização do PET Scan / PET CT. Segundo diretrizes ANS Diretrizes ANS para realização do PET Scan / PET CT Segundo diretrizes ANS Referencia Bibliográfica: Site ANS: http://www.ans.gov.br/images/stories/a_ans/transparencia_institucional/consulta_despachos_poder_judiciari

Leia mais

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NOS OLIGODENDROGLIOMAS: AVALIAÇÃO DE 33 CASOS

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NOS OLIGODENDROGLIOMAS: AVALIAÇÃO DE 33 CASOS RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NOS OLIGODENDROGLIOMAS: AVALIAÇÃO DE 33 CASOS Océlio Cartaxo Filho, João Ricardo Maltez, Humberto McPhee, Lázaro Luís Faria do Amaral, Nelson Fortes Ferreira, Renato Adam Mendonça,

Leia mais

macroscopia clivagem processamento inclusão - parafina coloração desparafinização microtomia bloco

macroscopia clivagem processamento inclusão - parafina coloração desparafinização microtomia bloco Patologia Cirúrgica macroscopia clivagem processamento inclusão - parafina coloração desparafinização microtomia bloco Exame Histopatológico Exame anatomopatológico é ATO MÉDICO! lâminas microscopia laudo

Leia mais

Benign lesion of the biliary ducts mimicking Kastskin tumor

Benign lesion of the biliary ducts mimicking Kastskin tumor Benign lesion of the biliary ducts mimicking Kastskin tumor Giordani, L. 1 ; Santo, G.F.E. 1, Sanches, M.C.O 1., Tenorio, L.E.M. 2 ; Morais, L.L.G 2 ; Gomes, F. G. 1 1 Department of General Surgery, University

Leia mais

30/05/2016 DISTORÇÃO ARQUITETURAL DISTORÇÃO ARQUITETURAL. DÚVIDAS DO DIA-A-DIA DISTORÇÃO ARQUITETURAL e ASSIMETRIAS Como vencer este desafio?

30/05/2016 DISTORÇÃO ARQUITETURAL DISTORÇÃO ARQUITETURAL. DÚVIDAS DO DIA-A-DIA DISTORÇÃO ARQUITETURAL e ASSIMETRIAS Como vencer este desafio? finas linhas ou espículas irradiando-se de um ponto DÚVIDAS DO DIA-A-DIA e ASSIMETRIAS Como vencer este desafio? retração focal, distorção ou retificação da porção anterior ou posterior do parênquima BI-RADS

Leia mais