CURSO ESPECÍFICO PSICOLOGIA

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1 0 CURSO ESPECÍFICO PSICOLOGIA CARGO: PSICÓLOGO - ÁREA ORGANIZACIONAL EBSERH AULA DEMONSTRATIVA PSICOPATOLOGIA PROFESSORES: ELIETE PORTUGAL/ LÍCIA MADUREIRA O Q DOS CONCURSOS

2 1 PSICOPATOLOGIA TÓPICOS DA AULA 1. INTRODUÇÃO TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE TRANSTORNOS ANSIOSOS TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO TRANSTORNOS SOMATOFORMES TRANSTORNOS DE HUMOR TRANSTORNOS FÓBICOS TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS DEVIDOS AO USO DE SUBSTÂNCIA PSICOATIVA QUESTÕES GABARITADAS GABARITO REFERÊNCIAS...54

3 2 Olá Pessoal, É com enorme satisfação que iniciamos o curso de Psicologia Organizacional do concurso EBSERH Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. CONCURSOS DOS HOSPITAIS: HUAP/UFF (Niterói) - IBFC - 13/11/16 HRL/UFS (Lagarto/Se) - Inst. AOCP - 27/11/16 HUJB/UFCG (Cajazeiras/PB) - Instituto AOCP - 04/12/16 HUPEST (Florianópolis) - IBFC - 11/12/16 HUGG/UNIRIO (Rio) - IBFC - 22/01/17 As bancas examinadoras são a AOCP e a IBFC. Dessa forma, chegou o momento de iniciar os estudos, sair na frente, aprofundar os conhecimentos teóricos e resolver questões a fim de alcançar seu objetivo. A prova constará de 25 questões objetivas de conhecimento específico, com peso 02. Saiba que estaremos aqui para ajudá-lo a conquistar a sua vaga. Foi pensando nisso que elaboramos criteriosamente este curso de teoria e exercícios específico para Psicólogo Organizacional.

4 3 APRESENTAÇÃO D0S PROFESSORES Sou a professora Lícia Madureira Psicóloga, graduada pela FCS-BA, Especialista em Saúde Mental e Coletiva, com Formação em Saúde Mental Saberes e Fazeres na Atenção Psicossocial, Acompanhamento Terapêutico, Atenção Domiciliar e em Psicologia Analítica. Possuo experiência nas áreas de Psicologia Hospitalar: Paciente com Doença Renal Crônica no Hospital Roberto Santos, atendimento a pacientes oncológicos no NASPEC (Núcleo Assistencial a Pacientes Portadores de Câncer) e em Urgências Subjetivas no Hospital Jorge Valente. Atuei como psicóloga colaborativa no NASPEC, assim como Psicóloga Clínica no Ambulatório Cristo é Vida pela Fundação ABM de Pesquisa e Extensão na Área da Saúde pela FABAMED (Fundação da Associação Bahiana de Medicina). Tive participação ativa no Projeto de Intervenção para a III Idade no Abrigo Lar Irmã Maria Luísa. Possuo experiência na área de Psico Oncologia como palestrante, apresentadora de casos clínicos e Coordenadora de Grupos Informativos para pacientes com câncer. Atualmente desempenho a função de psicóloga e psicoterapeuta no Instituto Quatro Estações e como psicóloga psicoterapeuta colaborativa do GEPEC. Sou a professora Eliete Portugal Psicóloga, graduada pela FCS-BA, Especialista em Saúde Mental e Coletiva com Formação em Saúde Mental Saberes e Fazeres na Atenção Psicossocial, Acompanhamento Terapêutico, Atenção Domiciliar e em curso na Pósgraduação em Teoria Cognitiva Comportamental. Obtive experiência nas áreas de Psicologia Hospitalar: Paciente com Doença Renal Crônica no Hospital Roberto Santos e aprimoramento no contexto hospitalar pelo Hospital da Cidade. Psicóloga colaborativa do Núcleo de Atendimento Terapêutico (AMAR) e na Fundação Lar Harmonia. Atuei como Psicóloga no Ambulatório Cristo é Vida pela Fundação ABM de Pesquisa e Extensão na Área da Saúde pela FABAMED (Fundação da Associação Bahiana de Medicina). Participei ativamente do Projeto de Intervenção para a III Idade no Abrigo Lar Irmã Maria Luísa. Sou professora palestrante, psicóloga e psicoterapeuta.

5 4 Nosso objetivo no site Q DOS CONCURSOS é oportunizar ao candidato que optou pela modalidade EAD, o acesso de forma facilitada e a compreensão dos conteúdos que serão ofertados em PDF (teoria + exercícios), através de grifos, dicas, resoluções de questões de prova, etc. A modalidade EAD/PDF auxilia o aluno a organizar os horários de estudos adequando-os a sua rotina, pois ser aprovado requer empenho, dedicação, foco e bastante estudo, sem deixar de viver. Iniciaremos com a Aula Demonstrativa que aborda o tema Psicopatologia. Utilizaremos questões da AOCP e de outras bancas. Seja bem-vindo (a) ao curso de Psicologia Organizacional para o concurso EBSERH! Quem sabe faz a hora não espera acontecer!

6 5 AULA CONTEÚDO PROGRAMÁTICO PROFESSORA DEMO PSICOPATOLOGIA ELIETE/LÍCIA 01 TEORIAS DA PERSONALIDADE ELIETE/LÍCIA 02 TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS ELIETE/LÍCIA PSICODIAGNÓSTICO / AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA/ INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA AS ORGANIZAÇÕES E O TRABALHO: FENÔMENOS SOCIAIS NAS ORGANIZAÇÕES/O COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES. SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL/ CLIMA E CULTURA ORGANIZACIONAIS/ APRENDIZAGEM NAS EMPRESAS PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS/ ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS / ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTOS COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL/LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES POR COMPETÊNCIA/PROGRAMAS DE TREINAMENTO, DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO/GESTÃO DO CONHECIMENTO. EDUCAÇÃO CORPORATIVA/ ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DA CADEIA DE VALOR TÉCNICAS DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS / ESPAÇOS DE COMPARTILHAMENTO DE CONHECIMENTO TRABALHO, SUBJETIVIDADE E SAÚDE PSÍQUICA/ CONDIÇÕES DE TRABALHO, SEGURANÇA NO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL. ABSENTEÍSMO/AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO. MOTIVAÇÃO, SATISFAÇÃO E ENVOLVIMENTO NO TRABALHO GESTÃO DA QUALIDADE NAS ORGANIZAÇÕES: CONCEITO DE QUALIDADE/INDICADORES DE QUALIDADE. PASSOS PARA IMPLANTAÇÃO/ QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO QVT. ELIETE/LÍCIA ELIETE/LÍCIA ELIETE/LÍCIA ELIETE/LÍCIA ELIETE/LÍCIA ELIETE/LÍCIA ELIETE/LÍCIA ELIETE/LÍCIA ELIETE/LÍCIA ELIETE/LÍCIA

7 6 1. INTRODUÇÃO Campbell (1986) define a psicopatologia como o ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença mental suas causas, as mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e suas formas de manifestação. A psicopatologia, em acepção mais ampla, pode ser definida como o conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano. É um conhecimento que se esforça por ser sistemático, elucidativo e desmistificante. O campo da psicopatologia inclui um grande número de fenômenos humanos especiais, associados ao que se denominou historicamente de doença mental. Segundo o DSM-V, um transtorno mental é uma síndrome caracterizada por perturbação clinicamente significativa na cognição, na regulação emocional ou no comportamento de um indivíduo que reflete uma disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou de desenvolvimento subjacentes ao funcionamento mental. Transtornos mentais estão frequentemente associados a sofrimento ou incapacidade significativos que afetam atividades sociais, profissionais ou outras atividades importantes. Uma resposta esperada ou aprovada culturalmente a um estressor ou perda comum, como a morte de um ente querido, não constitui transtorno mental. Desvios sociais de comportamento (de natureza política, religiosa ou sexual) e conflitos que são basicamente referentes ao indivíduo e à sociedade não são transtornos mentais a menos que o desvio ou conflito seja o resultado de uma disfunção no indivíduo, conforme descrito. Há vários critérios de normalidade e anormalidade em medicina e psicopatologia. A adoção de um ou outro depende, entre outras coisas, de opções filosóficas, ideológicas e pragmáticas do profissional (Canguilhem, 1978). Para (Canguilhem, 1943), o conteúdo do estado patológico não pode ser deduzido, de maneira lógica ou analógica do conteúdo da saúde, pois o primeiro é uma nova dimensão da vida, uma estrutura individual modificada. As reações patológicas jamais se apresentam no indivíduo normal da mesma forma e nas mesmas condições, pois o patológico implica uma relação com um meio novo, mais limitado, já que o doente não consegue mais responder as exigências do meio normal anterior. Canguilhem (apud BRÊTAS e GAMBA, 2006) considera que, para a saúde, é necessário partir da dimensão do ser, pois é nele que ocorrem as definições do normal ou patológico. O considerado normal em um indivíduo pode não ser em outro; não há rigidez no processo.

8 7 Dentre os critérios de normalidade em psicopatologia segundo DALGALARRONDO (2008) encontram-se: 1- Normalidade como ausência de doença: Normal, do ponto de vista psicopatológico, seria, então, aquele indivíduo que simplesmente não é portador de um transtorno mental definido. 2- Normalidade ideal: a normalidade é tomada aqui como uma certa utopia. Estabelece-se arbitrariamente uma norma ideal, o que é supostamente sadio e mais evoluído. Trata-se de uma norma constituída e referendada socialmente. 3- Normalidade estatística: É um conceito de normalidade que se aplica especialmente a fenômenos quantitativos, com determinada distribuição estatística na população geral como peso, altura, tensão arterial, horas de sono etc. O normal passa a ser aquilo que se observa com maior frequência. 4- Normalidade como bem-estar: A OMS Organização Mundial de Saúde definiu em 1958 a saúde como o completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente como ausência de doença. É um conceito criticado por ser muito vasto e muito impreciso, pois bem-estar é algo difícil de se definir objetivamente. Além disso, esse completo bem-estar físico, mental e social é tão utópico que poucas pessoas se encaixariam na categoria saudáveis. 5- Normalidade funcional. Tal conceito baseia-se em aspectos funcionais e não necessariamente quantitativos. O fenômeno é considerado patológico a partir do momento em que é disfuncional, produz sofrimento para o próprio indivíduo ou para o seu grupo social. 6- Normalidade como processo. Neste caso, mais que uma visão estática, consideram-se os aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial, das desestruturações e das reestruturações ao longo do tempo, de crises, de mudanças próprias a certos períodos etários. Esse conceito é particularmente útil em psiquiatria infantil, de adolescentes e geriátrica.

9 8 7- Normalidade subjetiva. Aqui é dada maior ênfase à percepção subjetiva do próprio indivíduo em relação a seu estado de saúde, às suas vivências subjetivas. O ponto falho desse critério é que muitas pessoas que se sentem bem, muito saudáveis e felizes, como no caso de sujeitos em fase maníaca, apresentam, de fato, um transtorno mental grave. 8- Normalidade como liberdade. Alguns autores de orientação fenomenológica e existencial propõem conceituar a doença mental como perda da liberdade existencial (p. ex., Henri Ey). Dessa forma, a saúde mental se vincularia às possibilidades de transitar com graus distintos de liberdade sobre o mundo e sobre o próprio destino. A doença mental é constrangimento do ser, é fechamento, fossilização das possibilidades existenciais. 9- Normalidade operacional. Trata-se de um critério assumidamente arbitrário, com finalidades pragmáticas explícitas. Define-se, a priori, o que é normal e o que é patológico e busca-se trabalhar operacionalmente com esses conceitos, aceitando as consequências de tal definição prévia. Portanto, de modo geral, pode-se concluir que os critérios de normalidade e de doença em psicopatologia variam consideravelmente em função dos fenômenos específicos com os quais se trabalha e, também, de acordo com as opções filosóficas do profissional. ALTERAÇÕES NO DSM-V Redução no número de transtornos e subcategorias para evitar sobreposição diagnóstica; Abordagem mais ampla: aspectos cognitivos, comportamentais e afetivos do transtorno; Sintomas não explicados medicamente: DSM-IV x DSM-V - Importância do prejuízo relacionado aos sintomas somáticos e pensamentos, sentimentos ou comportamentos em resposta a esses sintomas. Transtornos funcionais: inconsistência dos sintomas com fisiopatologia

10 9 2. TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE Diz a CID.10 que os transtornos de personalidade são estados e tipos de comportamentos característicos que expressam maneiras da pessoa viver e de estabelecer relações consigo mesma e com os outros. São distúrbios da constituição e das tendências comportamentais continua dizendo a CID.10 não diretamente relacionados a alguma doença, lesão, afecção cerebral ou a outro transtorno psiquiátrico. Isso denota que a pessoa é meramente desse jeito e assim permanecerá. Frequentemente os transtornos da personalidade se acompanham de sofrimento e de comprometimento no desempenho global da pessoa. Aparecem precocemente durante o desenvolvimento individual sob a influência de múltiplos fatores, sejam constitucionais, sociais ou existenciais. Depois de consolidado este conjunto de traços pessoais, tal como uma personalidade normal, persistirá indefinidamente. O psiquiatra alemão Kurt Schneider (1974) definiu os transtornos da personalidade de forma muito oportuna; para ele, o elemento central desses transtornos (por ele denominados de personalidades psicopáticas) é que o indivíduo apresenta as seguintes características básicas: [...] sofre e faz sofrer a sociedade, assim como [...] não aprende com a experiência. Os transtornos da personalidade, embora de modo geral produzam consequências muito penosas para o indivíduo, familiares e pessoas próximas, não são facilmente modificáveis por meio das experiências da vida; tendem, antes, a permanecer estáveis ao longo de toda a vida. (AOCP-2013) As condutas defensivas não são necessariamente de exclusividade da patologia, pois são necessárias ao ajustamento e equilíbrio da personalidade com ressalvas entre o normal e o patológico. Com base na afirmativa acima, assinale a alternativa correta. a) Regressão consiste na assimilação, por parte do sujeito, de atributos ou qualidades de um determinado objeto exterior. b) Isolamento é um déficit parcial ou total de uma determinada função egoica. c) Formação reativa é o mecanismo de defesa que leva o sujeito a efetuar o que é totalmente oposto àquilo inconsciente que se quer rejeitar d) Sublimação é um mecanismo que consiste em evitar-se a contaminação com um objeto perigoso. e) Identificação projetiva é considerada como adaptação lógica e ativa das pulsões do Id, que, harmonizadas com o Superego, se satisfazem tanto em proveito do aparelho psíquico quanto das normas que regem o contexto social. Gabarito: c

11 10 Ainda, segundo a classificação atual de transtornos mentais da OMS (1993), a CID-10, os transtornos da personalidade são definidos pelas seguintes características: 1. Geralmente surgem na infância ou adolescência e tendem a permanecer relativamente estáveis ao longo da vida do indivíduo ( O menino é o pai do homem ). 2. Manifestam um conjunto de comportamentos e reações afetivas claramente desarmônicos, envolvendo vários aspectos da vida do indivíduo, como a afetividade, o controle de impulsos, o modo e o estilo de relacionamento interpessoais, etc. 3. O padrão anormal de comportamento e de respostas afetivas e volitivas é permanente, de longa duração e não limitado ao episódio de doença mental associada (como uma fase maníaca ou depressiva, um surto esquizofrênico, etc.). 4. O padrão anormal de comportamento inclui muitos aspectos do psiquismo e da vida social do indivíduo, não sendo restrito a apenas um tipo de reação ou uma área do psiquismo. 5. O padrão comportamental é mal adaptativo, produz uma série de dificuldades para o indivíduo e/ ou para as pessoas que com ele convivem. 6. São condições não relacionadas diretamente à lesão cerebral evidente ou a outro transtorno psiquiátrico (embora haja alterações de personalidade secundárias à lesão cerebral). 7. O transtorno da personalidade leva a algum grau de sofrimento (angústia, solidão, sensação de fracasso pessoal, dificuldades no relacionamento vividas com amargura, etc.); entretanto, salienta a CID-10, tal sofrimento pode se tornar aparente para o indivíduo apenas tardiamente em sua vida. 8. Em geral, o transtorno da personalidade contribui para o mau desempenho ocupacional (no trabalho, estudos, etc.) e social (com familiares, amigos, colegas de trabalho ou estudo). Entretanto, tal desempenho precário não é condição obrigatória.

12 11 REGRA DE OURO A primeira coisa que você precisa aprender sobre resolução de questões é que seu foco deve estar no enunciado. A fim de evitar distrações, leia primeiro o enunciado, grife o trecho que traz o comando da questão, ou seja, a frase que diz claramente qual a pergunta que deverá ser respondida. (VUNES-2013) É característica comum aos transtornos de personalidade apresentar: a) pouco interesse no estabelecimento de relações interpessoais. b) comportamentos antissociais associados a doenças mentais de outra natureza. c) comportamento inflexível e invasivo que alcança várias situações pessoais e sociais. d) padrões de comportamentos estereotipados associados a lesões cerebrais. e) um senso de ego inflado decorrente da baixa capacidade de introspecção. Comentários: Segundo o DSM-IV-TR, o transtorno de personalidade apresenta como característica, padrão persistente, inflexível e abrange uma ampla gama de situações pessoais e sociais, além de provocar sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. O padrão é estável e de longa duração e seu início pode remontar a adolescência ou ao começo da vida adulta. Não é melhor explicado como uma manifestação ou consequência de outro transtorno mental, também não é decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma substância. Dessa forma, a assertiva que responde a questão é a alternativa: c) comportamento inflexível e invasivo que alcança várias situações pessoais e sociais. Gabarito: c

13 12 TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE SEGUNDO A CID-10 Trata-se de distúrbios graves da constituição caracterológica e das tendências comportamentais do indivíduo, não diretamente imputáveis a uma doença, lesão ou outra afecção cerebral ou a um outro transtorno psiquiátrico. Estes distúrbios compreendem habitualmente vários elementos da personalidade, acompanham-se em geral de angústia pessoal e desorganização social; aparecem habitualmente durante a infância ou a adolescência e persistem de modo duradouro na idade adulta. Personalidade paranoica Transtorno da personalidade caracterizado por uma sensibilidade excessiva face às contrariedades, recusa de perdoar os insultos, caráter desconfiado, tendência a distorcer os fatos interpretando as ações imparciais ou amigáveis dos outros como hostis ou de desprezo; suspeitas recidivantes, injustificadas, a respeito da fidelidade sexual do esposo ou do parceiro sexual; e um sentimento combativo e obstinado de seus próprios direitos. Personalidade esquizoide Transtorno da personalidade caracterizado por um retraimento dos contatos sociais, afetivos ou outros, preferência pela fantasia, atividades solitárias e a reserva introspectiva, e uma incapacidade de expressar seus sentimentos e a experimentar prazer. Personalidade dissocial Transtorno de personalidade caracterizado por um desprezo das obrigações sociais, falta de empatia para com os outros. Há um desvio considerável entre o comportamento e as normas sociais estabelecidas. O comportamento não é facilmente modificado pelas experiências adversas, inclusive pelas punições. Existe uma baixa tolerância à frustração e um baixo limiar de descarga da agressividade, inclusive da violência. Existe uma tendência a culpar os outros ou a fornecer racionalizações plausíveis para explicar um comportamento que leva o sujeito a entrar em conflito com a sociedade. amoral anti-social associal psicopática sociopática

14 13 Transtorno de personalidade com instabilidade emocional Transtorno de personalidade caracterizado por tendência nítida a agir de modo imprevisível sem consideração pelas consequências; humor imprevisível e caprichoso; tendência a acessos de cólera e uma incapacidade de controlar os comportamentos impulsivos; tendência a adotar um comportamento briguento e a entrar em conflito com os outros, particularmente quando os atos impulsivos são contrariados ou censurados. Dois tipos podem ser distintos: o tipo impulsivo, caracterizado principalmente por uma instabilidade emocional e falta de controle dos impulsos; e o tipo borderline, caracterizado além disto por perturbações da autoimagem, do estabelecimento de projetos e das preferências pessoais, por uma sensação crônica de vacuidade, por relações interpessoais intensas e instáveis e por uma tendência a adotar um comportamento autodestrutivo, compreendendo tentativas de suicídio e gestos suicidas. Personalidade histriônica Transtorno da personalidade caracterizado por uma afetividade superficial e lábil, dramatização, teatralidade, expressão exagerada das emoções, sugestibilidade, egocentrismo, auto complacência, falta de consideração para com o outro, desejo permanente de ser apreciado e de constituir-se no objeto de atenção e tendência a se sentir facilmente ferido. Personalidade anancástica Transtorno da personalidade caracterizado por um sentimento de dúvida, perfeccionismo, escrupulosidade, verificações, e preocupação com pormenores, obstinação, prudência e rigidez excessivas. O transtorno pode se acompanhar de pensamentos ou de impulsos repetitivos e intrusivos não atingindo a gravidade de um transtorno obsessivo-compulsivo. Personalidade ansiosa [esquiva] Transtorno da personalidade caracterizado por sentimento de tensão e de apreensão, insegurança e inferioridade. Existe um desejo permanente de ser amado e aceito, hipersensibilidade à crítica e a rejeição, reticência a se relacionar pessoalmente, e tendência a evitar certas atividades que saem da rotina com um exagero dos perigos ou dos riscos potenciais em situações banais.

15 14 Personalidade dependente Transtorno da personalidade caracterizado por: tendência sistemática a deixar a outrem a tomada de decisões, importantes ou menores; medo de ser abandonado; percepção de si como fraco e incompetente; submissão passiva à vontade do outro (por exemplo de pessoas mais idosas) e uma dificuldade de fazer face às exigências da vida cotidiana; falta de energia que se traduz por alteração das funções intelectuais ou perturbação das emoções; tendência frequente a transferir a responsabilidade para outros. Outros transtornos específicos da personalidade Personalidade: excêntrica imatura narcísica passivo-agressiva psiconeurótica tipo haltlose Transtorno não especificado da personalidade Neurose de caráter SOE Personalidade patológica SOE Difícil memorizar? Liste as características por transtorno, em ordem alfabética! TRANSTORNO DA PERSONALIDADE SEGUNDO DALGALARRONDO (2008). Paranoide 1. Sensibilidade excessiva a rejeições e a contratempos 2. Tendência a guardar rancores persistentemente 3. Desconfiança excessiva e tendência exagerada a distorcer as experiências por interpretar erroneamente as ações neutras ou amistosas de outros como hostis ou depreciativas

16 15 4. Obstinado senso de direitos pessoais e sensação de estar sendo injustiçado em relação a esses direitos, em desacordo com a situação real 5. Suspeitas recorrentes, sem justificativa, com respeito à fidelidade sexual do parceiro 6. Tendência a experimentar autovalorização excessiva, manifesta por meio de atitude persistente de auto referência. 7. Preocupação com explicações conspiratórias, sem fundamento em dados reais Esquizoide 1. Distanciamento afetivo, afeto embotado, aparente frieza emocional 2. Capacidade limitada para expressar sentimentos calorosos, ternos ou raiva para com os outros 3. Indiferença aparente a elogios ou críticas 4. Poucas atividades produzem prazer 5. Pouco interesse em ter experiências sexuais com terceiro 6. Preferência quase invariável por atividades solitárias 7. Preocupação excessiva com fantasias e introspecção 8. Ausência de amigos íntimos ou de relacionamentos confidentes 9. Insensibilidade marcante em relação a normas e convenções sociais Esquizotípica 1. Desconforto e incapacidade importante para ter relações interpessoais íntimas 2. Frequentes ideais de auto referência (tudo o que acontece no mundo se refere a ele) 3. Ideias e crenças estranhas, tendendo ao pensamento mágico 4. Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões corporais 5. Pensamento e discurso incomuns, estranhos, por exemplo, pensamento vago, exageradamente metafórico, híper elaborado ou estereotipado 6. Ideação paranoide, indivíduo muito desconfiado 7. Afetos inapropriados ou muito reduzidos

17 16 8. Comportamento e/ou aparência física (inclusive vestimenta) estranhos, os pacientes parecem excêntricos ou muito peculiares 9. Ausência de amigos íntimos ou confidentes, além dos parentes de primeiro grau 10. Ansiedade excessiva em situações sociais, que não diminui com a familiaridade em relação a tal situação ou é colorida com ideação paranoide. Antissocial (sociopatia) 1. Indiferença e insensibilidade pelos sentimentos alheios. 2. Irresponsabilidade e desrespeito por normas, regras e obrigações sociais 3. Incapacidade de manter relacionamentos, embora não haja dificuldade em estabelecê-los 4. Muito baixa tolerância a frustrações e baixo limiar para descarga de agressão, inclusive violência 5. Incapacidade de experimentar culpa e de aprender com a experiência, particularmente com a punição 6. Propensão marcante para culpar os outros ou para oferecer racionalizações plausíveis para o comportamento que gerou seu conflito com a sociedade 7. Crueldade e sadismo são frequentes nesse tipo de personalidade QUESTÃO (FCC- 2012) Segundo o DSM-IV (301.7) o transtorno de personalidade antissocial corresponde a padrão global de desrespeito e violação dos direitos alheios, que ocorre desde 15 anos, sendo que o indivíduo para ser identificado com este transtorno, tem que ter, no mínimo, a idade de: a) 30 anos b) 16 anos c) 25 anos d) 21 anos e) 18 anos

18 17 Comentários: A característica essencial do transtorno de personalidade antissocial de acordo com o DSM-IV é: Padrão global de desrespeito e violação dos direitos alheios, que se manifesta na infância ou no começo da adolescência e continua na idade adulta. Para receber o diagnóstico, o indivíduo deve ter a idade mínima de 18 anos e ter tido um histórico de alguns sintomas de Transtorno de Conduta antes dos 15 anos. Observe que o manual não menciona expressamente que o padrão de violação dos direitos alheios deve ocorrer desde os 15 anos, como refere no enunciado da questão, mas sim, que o padrão de comportamento deve iniciar-se na infância ou começo da adolescência, persistindo pela idade adulta e que o indivíduo deve ter apresentado alguns sintomas de transtorno de conduta antes dos 15 anos. Entretanto, no momento da prova não há a possibilidade de discutir com a banca. Dessa forma, o que precisamos saber é que para o diagnóstico, o indivíduo deve possuir a idade mínima de 18 anos. Então, a assertiva e responde claramente à questão. Gabarito: e Borderline (ou emocionalmente instável ) 1. Instabilidade emocional intensa 2. Sentimentos crônicos de vazio 3. Relacionamentos pessoais intensos, mas muito instáveis, oscilando em curtos períodos de uma grande paixão ou amizade para ódio e rancor profundos 4. Esforços excessivos para evitar abandono 5. Dificuldades sérias e instabilidade com relação à autoimagem, aos objetivos e às preferências pessoais (inclusive a sexual) 6. Atos repetitivos de autolesão, envolvendo-se em atuações perigosas (como guiar muito embriagado e velozmente, intoxicar-se com substâncias, etc.) 7. Atos suicidas repetitivos

19 18 (FCC-2012) No transtorno de personalidade bordeline, o indivíduo apresenta humor: a) modulado pelo nível de gratificação imediata, porém sem risco mórbido. b) estável e muitas vezes não se consegue não se consegue detectar riscos eminentes. c) constantemente melancólico e por vezes isto se confunde com a depressão clássica. d) predominantemente irritadiço e isto se mistura com o padrão esquizotípico. e) instável, muitas vezes sente-se vazio e corre grande risco de se matar. Comentários: Antes de darmos início a resolução da questão, vale salientar que em se tratando de transtornos de comportamento e de transtornos mentais para fins de concursos públicos, é pertinente que nos reportemos à Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10, do Compêndio de Psiquiatria, bem como do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV TR). Dessa forma, vamos ao foco, que requer do candidato conhecimentos concernentes ao transtorno de personalidade bordeline. A assertiva e) instável, muitas vezes sente-se vazio e corre grande risco de se matar. Responde acertadamente ao que pede a questão, ( No transtorno de personalidade bordeline, o indivíduo apresenta humor ), fato descrito tanto no CID-10 quanto no DSM-V. De acordo com a Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10, um transtorno específico de personalidade é uma perturbação grave da constituição caracterológica e das tendências comportamentais do indivíduo, usualmente envolvendo várias áreas da personalidade e quase sempre associado à considerável ruptura pessoal e social.

20 19 O transtorno de personalidade tende a aparecer no final da infância ou na adolescência e continua a se manifestar na idade adulta. É, entretanto, improvável que o diagnóstico de transtornos de personalidade seja apropriado antes da idade de 16 ou 17 anos. O CID-10 também assegura que essas condições não devem ser atribuídas à lesão ou doença cerebral flagrante e nem a algum outro transtorno psiquiátrico. Alguns critérios devem ser preenchidos para que o diagnóstico seja confirmado. Um padrão invasivo de instabilidade dos relacionamentos interpessoais, autoimagem e afetos e acentuada impulsividade, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes critérios: (1) esforços frenéticos para evitar um abandono real ou imaginado. (2) um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos, caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização. (3) perturbação da identidade: instabilidade acentuada e resistente da autoimagem ou do sentimento de self. (4) impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente prejudiciais à própria pessoa (por ex., gastos financeiros, sexo, abuso de substâncias, direção imprudente, comer compulsivamente). Nota: Não incluir comportamento suicida ou automutilante, coberto no Critério 5. (5) recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante. (6) instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade do humor (por ex., episódios de intensa disforia, irritabilidade ou ansiedade geralmente durando algumas horas e apenas raramente mais de alguns dias). (7) sentimentos crônicos de vazio. (8) raiva inadequada e intensa ou dificuldade em controlar a raiva (por ex., demonstrações frequentes de irritação, raiva constante, lutas corporais recorrentes). (9) ideação paranoide transitória e relacionada ao estresse ou severos sintomas dissociativos.

21 20 Já o DSM-V aponta que o transtorno de personalidade é um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo. Esse padrão manifesta-se em duas (ou mais) das seguintes áreas: 1. Cognição, formas de perceber e interpretar a si mesmo, outras pessoas e eventos). 2. Afetividade, variação, intensidade, labilidade e adequação da resposta emocional). 3. Funcionamento interpessoal. 4. Controle de impulsos. B. O padrão persistente é inflexível e abrange uma faixa ampla de situações pessoais e sociais. C. O padrão persistente provoca sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. D. O padrão é estável e de longa duração, e seu surgimento ocorre pelo menos a partir da adolescência ou do início da fase adulta. No tipo borderline, várias das características de instabilidade emocional estão presentes. Em adição a autoimagem, objetivos e preferências internas (incluindo a sexual) do paciente são com frequência pouco claros ou perturbadores. Há, em geral, sentimentos crônicos de vazio. Uma propensão a se envolver em relacionamentos intensos e instáveis pode causar repetidas crises emocionais e pode estar associada com esforços repetitivos para evitar o abandono e uma série de ameaças de suicídios ou atos de autolesão. Gabarito: e Personalidade tipo impulsivo 1. Tendência marcante a agir impulsivamente, sem considerar as consequências 2. Instabilidade afetiva intensa 3. Acessos de raiva intensa 4. Explosões comportamentais

22 21 Personalidade histriônica 1. Dramatização, teatralidade, expressão exagerada das emoções 2. Sugestionabilidade aumentada, facilmente influenciado por outros ou pelas circunstâncias 3. Afetividade superficial, pueril e lábil 4. Busca contínua de atenção e apreciação pelos outros, quer ser o centro das atenções 5. Sedução inapropriada em aparência (vestimenta, maquiagem, etc.) e comportamento 6. Erotização de situações não estritamente eróticas (consulta ao dentista, audiência com o juiz, etc.) 7. Infantilidade, tendência a reações infantis, pouca tolerância à frustração VAMOS NESSA! (CEC-2014) Tendo como base o DSM IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), sobre o Transtorno de Personalidade Histriônica, é INCORRETO afirmar: a) Os indivíduos com este transtorno geralmente exigem admiração excessiva. Sua autoestima é, quase invariavelmente, muito frágil. b) Os indivíduos com este transtorno muitas vezes têm relacionamentos deficientes com amigos do mesmo sexo, porque seu estilo interpessoal sexualmente provocante pode parecer uma ameaça aos relacionamentos dos amigos c) Indivíduos com esse transtorno fazem esforços frenéticos no sentido de evitar um abandono real ou imaginário. A percepção da iminência de separação ou rejeição ou perda da estrutura externa pode ocasionar profundas alterações na autoimagem, no afeto, na cognição e no comportamento. d) É característico deste Transtorno de Personalidade uma constante dramaticidade, teatralidade e expressão emocional exagerada. e) Um estilo de discurso excessivamente impressionista e carente de detalhes, bem como a sugestionabilidade são alguns dos critérios diagnósticos do Transtorno de Personalidade Histriônica. Gabarito: c

23 22 Personalidade narcisista 1. O indivíduo apresenta senso grandioso (e irreal) da importância de sua pessoa. Julga ter talentos especiais, espera ser reconhecido como superior, sem que tenha feito algo concreto para isso 2. Muito voltado para fantasias de grande sucesso pessoal, de poder, brilho, beleza ou de um amor ideal 3. Acha-se excepcionalmente especial e único, acreditando que só pessoas ou instituições também excepcionalmente especiais ou únicas podem estar à sua altura 4. Requer admiração excessiva 5. Tende a ser explorador nas relações interpessoais, buscando vantagens sobre os outros para atingir o seu fim ou sucesso pessoal 6. Sem empatia pelas pessoas comuns 7. Frequentemente invejoso dos outros ou do sucesso alheio; acha sempre que os outros têm inveja dele 8. Frequentemente arrogante Personalidade anancástica ou obsessiva 1. Preocupação excessiva com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou esquemas 2. Perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas 3. Dúvidas excessivas sobre assuntos irrelevantes 4. Cautela demasiada 5. Rigidez e teimosia 6. Insistência incomum para que os outros submetam-se exatamente à sua maneira de fazer as coisas 7. Excesso e escrúpulos e preocupação indevida com detalhes da vida 8. A rigidez impede ou anula o prazer nas relações interpessoais 9. Adesão excessiva às convenções sociais e certo pedantismo Personalidade ansiosa ou de evitação 1. Estado constante de tensão e apreensão 2. Crença de ser socialmente incapaz, desinteressante ou inferior aos outros 3.Preocupação ou medo excessivo em ser criticado ou rejeitado

24 23 4. Restrições na vida diária devido à necessidade de segurança física ou psíquica 5. Evitarão de atividades sociais e ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo, principalmente por medo de críticas, desaprovação ou rejeição. Personalidade dependente 1. Subordinação das próprias necessidades e desejos àqueles dos outros dos quais é dependente 2. Solicitação constante de que outros (dos quais depende) tomem as decisões importantes em sua vida pessoal 3. Sentimento de desamparo quando sozinho por causa de medo exagerado de ser incapaz de se cuidar 4. Preocupação e/ou medo exagerado de ser abandonado pela (s) pessoa (s) da(s) qual(is) depende 5. Capacidade limitada de tomar decisões cotidianas sem excesso de conselhos e reasseguramento pelos outros. 6. Relutância em fazer exigências ainda que razoáveis à (s) pessoa (s) da (s) qual (is) depende. 3. TRANSTORNOS ANSIOSOS Ansiedade generalizada O quadro de ansiedade generalizada caracteriza-se pela presença de sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, por pelo menos seis meses. A pessoa vive angustiada, tensa, preocupada, nervosa ou irritada. Nesses quadros, são frequentes sintomas como insônia, dificuldade em relaxar, angústia constante, irritabilidade aumentada. As crises de pânico são crises intensas de ansiedade, nas quais ocorre importante descarga do sistema nervoso autônomo. Assim, ocorrem sintomas como: batedeira ou taquicardia, suor frio, tremores, desconforto respiratório ou sensação de asfixia, náuseas, formigamentos em membros e/ou lábios. Nas crises intensas, os pacientes podem experimentar diversos graus da chamada despersonalização. Essa se revela como sensação de a cabeça ficar leve, de o corpo ficar estranho, sensação de perda do controle, estranhar-se a si mesmo. Pode ocorrer também a desrealização (sensação de que o ambiente, antes familiar, parece estranho, diferente, não-familiar). Além disso, ocorre com frequência nas crises de pânico um considerável medo de ter um ataque do coração, um infarto, de morrer e/ou enlouquecer. As crises são de início abrupto (chegam ao pico em 5 a 10 minutos) e de curta

25 24 duração (duram geralmente não mais que uma hora). São muitas vezes desencadeadas por determinadas condições, como: aglomerados humanos, ficar preso (ou com dificuldade para sair) em congestionamentos no trânsito, supermercados com muita gente, shopping centers, situações de ameaça, etc. (Costa Pereira, 1997). Despersonalização Desrealização si mesmo ambiente Denomina-se o quadro de transtorno de pânico caso as crises sejam recorrentes, com desenvolvimento de medo de ter novas crises, preocupações sobre possíveis implicações da crise (perder o controle, ter um ataque cardíaco ou enlouquecer) e sofrimento subjetivo significativo. A síndrome do pânico pode ou não ser acompanhada de agorafobia, ou seja, fobia de lugares amplos e aglomerações (Nardi; Valença, 2005) Transtorno de Ansiedade Generalizada-TAG- DSM-V Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional). O indivíduo considera difícil controlar a preocupação e a ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses). 1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele. 2. Fatigabilidade. 3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de branco na mente. 4. Irritabilidade. 5. Tensão muscular. 6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto).

26 25 (FCC-2012) Em relação ao Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), é correto afirmar que: a) a ansiedade não é persistente. b) o aparecimento de sintomas depressivos transitórios descarta o diagnóstico. c) é mais comum em mulheres. d) não há associação a estressores ambientais crônicos. e) é mais comum entre pessoas de classes sociais altas. Gabarito: c As características essenciais do transtorno de ansiedade generalizada são ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva) acerca de diversos eventos ou atividades. A intensidade, duração ou frequência da ansiedade e preocupação é desproporcional à probabilidade real ou ao impacto do evento antecipado. O indivíduo tem dificuldade de controlar a preocupação e de evitar que pensamentos preocupantes interfiram na atenção às tarefas em questão. Já as crianças com o transtorno tendem a se preocupar excessivamente com sua competência ou a qualidade de seu desempenho. Várias características distinguem o transtorno de ansiedade generalizada da ansiedade não patológica. Primeiro, as preocupações associadas ao transtorno de ansiedade generalizada são excessivas e geralmente interferem de forma significativa no funcionamento psicossocial, enquanto as preocupações da vida diária não são excessivas e são percebidas como mais manejáveis, podendo ser adiadas quando surgem questões mais prementes. Segundo, as preocupações associadas ao transtorno de ansiedade generalizada são mais disseminadas, intensas e angustiantes; têm maior duração; e frequentemente ocorrem sem precipitantes. Quanto maior a variação das circunstâncias de vida sobre as quais a pessoa se preocupa (finanças, segurança dos filhos, desempenho no trabalho), mais provavelmente seus sintomas satisfazem os critérios para transtorno de ansiedade generalizada. Terceiro, as preocupações diárias são muito menos prováveis de ser acompanhadas por sintomas físicos, inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele).

27 26 Os indivíduos com transtorno de ansiedade generalizada relatam sofrimento subjetivo devido à preocupação constante e prejuízo relacionado ao funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes de sua vida. A ansiedade e a preocupação são acompanhadas por pelo menos três dos seguintes sintomas adicionais: inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele, fatigabilidade, dificuldade de concentrar-se ou sensações de "branco" na mente, irritabilidade, tensão muscular, perturbação do sono, embora apenas um sintoma adicional seja exigido para crianças. (IBFC-2016) Assinale a alternativa incorreta: a)o psicólogo deve diferenciar características de personalidade depressivas de sintomas depressivos. b)a depressão é um fenômeno frequente na sociedade, e o tratamento medicamentoso é o primeiro procedimento terapêutico a ser utilizado. c)quando há risco de suicídio, a notificação e atendimento multidisciplinar são fundamentais. d) Há uma alta correlação entre depressão e sintomas ansiosos. Gabarito: b 4. TRANSTORNO DO ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO (TEPT) A característica essencial do transtorno de estresse pós-traumático é o desenvolvimento de sintomas característicos após a exposição a um ou mais eventos traumáticos. A apresentação clínica do TEPT varia. Em alguns indivíduos, sintomas de revivência do medo, emocionais e comportamentais podem predominar. Em outros, estados de humor anedônicos ou disfóricos e cognições negativas podem ser mais perturbadores. Em alguns outros, a excitação e sintomas reativos externalizantes são proeminentes, enquanto em outros, sintomas dissociativos predominam. Por fim, algumas pessoas exibem combinações desses padrões de sintomas. Os eventos traumáticos sofridos diretamente incluem, mas não se limitam a, exposição a guerra como combatente ou civil, ameaça ou ocorrência real de agressão física (ataque físico, assalto, furto, abuso físico infantil), ameaça ou ocorrência real de violência sexual (penetração sexual forçada, penetração sexual facilitada por álcool/droga, contato sexual abusivo, abuso sexual sem

28 27 contato, tráfico sexual), sequestro, ser mantido refém, ataque terrorista, tortura, encarceramento como prisioneiro de guerra, desastres naturais ou perpetrados pelo homem e acidentes automobilísticos graves. Para crianças, eventos sexualmente violentos podem incluir experiências sexuais inapropriadas em termos do estágio de desenvolvimento sem violência física ou lesão. Uma doença potencialmente fatal ou uma condição clínica debilitante não são consideradas necessariamente eventos traumáticos. A exposição indireta por ter conhecimento do evento está limitada a experiências que afetam parentes ou amigos próximos e experiências violentas ou acidentais ( morte por causas naturais não se qualifica). Esses eventos incluem ataque pessoal violento, suicídio, acidente grave e lesão grave. O transtorno pode ser especialmente grave ou duradouro quando o estressor é interpessoal e intencional (tortura, violência sexual). O evento traumático pode ser revivenciado de diversas maneiras. É comum que a pessoa tenha lembranças recorrentes, involuntárias e intrusivas do evento. (CONSULPLAN 2014) Dentro dos fatores sociais na anormalidade, o autor Cordioli (2008) menciona um tipo de transtorno que é uma condição clínica primária, com uma prevalência geral na população de 68%, sendo considerado o quarto transtorno mental mais comum. A presença desse quadro é um fator de risco à manifestação de outros transtornos mentais, sobretudo transtornos de ansiedade, humor e abuso de substâncias." Os dados mencionados anteriormente referem-se ao transtorno a) bipolar. b) do pânico. c) somatoforme. d) de estresse pós traumático. Gabarito: d

29 28 RETOMANDO... As lembranças intrusivas no TEPT são distintas das ruminações depressivas no sentido de que só se aplicam a recordações angustiantes involuntárias e intrusivas. A ênfase é nas lembranças recorrentes do evento, as quais normalmente incluem componentes comportamentais sensoriais, emocionais ou fisiológicos. Um sintoma comum de revivência são sonhos angustiantes que repetem o evento em si ou são representativos ou relacionados tematicamente às ameaças principais envolvidas no evento traumático. A pessoa pode sofrer estados dissociativos que duram desde alguns segundos até várias horas ou até mesmo dias, durante os quais aspectos do evento são revividos e a pessoa se comporta como se o evento estivesse ocorrendo naquele momento. Esses eventos ocorrem em um continuum desde intrusões visuais ou sensoriais breves de parte do evento traumático sem perda de senso de realidade até a perda total de percepção do ambiente ao redor. Esses episódios, conhecidos como flashbacks, são geralmente breves, mas Transtorno de Estresse Pós-traumático podem estar associados a sofrimento prolongado e excitação elevada. No caso de crianças pequenas, a reencenação de eventos relacionados ao trauma pode aparecer na brincadeira ou em estados dissociativos. Frequentemente ocorre sofrimento psicológico intenso ou reatividade fisiológica quando o indivíduo é exposto a eventos precipitadores que se assemelham a ou simbolizam algum aspecto do evento traumático (dias ventosos depois de um furacão; ver alguém parecido com o criminoso). O TEPT é com frequência caracterizado por hipersensibilidade a ameaças potenciais, incluindo as relacionadas à experiência, traumática (depois de um acidente automobilístico, ficar especialmente sensível à ameaça potencial representada por carros ou caminhões) e as não relacionadas ao evento traumático (medo de sofrer infarto agudo do miocárdio). Indivíduos com TEPT podem mostrar-se bastante reativos a estímulos inesperados, exibindo uma resposta de sobressalto intensa ou tensão/nervosismo a ruídos elevados ou movimentos inesperados (pulando de susto em resposta ao toque de um telefone).

30 29 Dificuldades de concentração, incluindo dificuldade para lembrar de eventos diários (esquecer o número do próprio telefone) ou participar de tarefas que exigem concentração. Problemas para iniciar e manter o sono são comuns e podem estar associados a pesadelos e preocupações com a segurança ou a hiperexcitação generalizada, que interfere no sono adequado. Alguns indivíduos também sofrem sintomas dissociativos persistentes de distanciamento do próprio corpo (despersonalização) ou do mundo ao redor (desrealização); isso se reflete no especificador "com sintomas dissociativos". Incluem exposição subsequente a lembranças desagradáveis repetidas, eventos de vida adversos subsequentes e perdas financeiras ou outras perdas relacionadas ao trauma. O apoio social (incluindo estabilidade familiar para crianças) é um fator protetor que modera a evolução depois do trauma. 5. TRANSTORNO SOMATOFORMES E TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS (DSM-IV) Transtorno de Sintomas Somáticos (DSM-V) O transtorno de sintomas somáticos e outros transtornos com sintomas somáticos proeminentes constituem uma nova categoria no DSM-5 denominada transtorno de sintomas somáticos e transtornos relacionados. Inclui os diagnósticos de transtorno de sintomas somáticos, transtorno de ansiedade de doença, transtorno conversivo (transtorno de sintomas neurológicos funcionais), fatores psicológicos que afetam outras condições médicas, transtorno factício, outro transtorno de sintomas somáticos e transtorno relacionado especificado e transtorno de sintomas somáticos e transtorno relacionado não especificados. O termo do DSM-IV transtornos somatoformes era confuso e foi substituído por transtorno de sintomas somáticos e transtornos relacionados. No DSM- IV, havia grande sobreposição entre os transtornos somatoformes e falta de clareza acerca das fronteiras dos diagnósticos. Embora indivíduos com esses transtornos se apresentem essencialmente em contextos gerais de saúde e não mentais, médicos não psiquiatras consideravam os diagnósticos somatoformes do DSM-IV difíceis de entender e usar. A classificação atual do DSM-5 reconhece tal sobreposição ao reduzir o número total de transtornos, bem como suas subcategorias. A essência desses transtornos é o sintoma físico sem base médica constatável, persistência nas queixas, apesar de repetidos achados negativos e de reasseguramentos pelos médicos de que elas não têm fundamento clínico. Pode acontecer também da pessoa ter uma doença física fundamentada, mas com queixas exageradas que não justificam o problema que têm. Esses casos com certeza são mais complicados e confundem os médicos. Observa-se também uma forte recusa por parte do paciente de admitir que seu problema seja psicológico, mesmo quando há um evento

31 30 estressante na sua vida. Estes pacientes tendem a trocar de médico constantemente, possuem intermináveis listas de exames e medicações; suas histórias são tão longas quanto complicadas. Transtornos de personalidade podem estar associados. A característica comum dos Transtornos Somatoformes é a presença de sintomas físicos que sugerem uma condição médica geral (daí, o termo somatoforme), porém não são completamente explicados por uma condição médica geral, pelos efeitos diretos de uma substância ou por um outro transtorno mental. Os sintomas devem causar sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes. Em comparação com os Transtornos Factícios e a Simulação, os sintomas físicos não são intencionais (isto é, não estão sob o controle voluntário). Os Transtornos Somatoformes diferem dos Fatores Psicológicos que Afetam a Condição Médica, na medida em que não existe uma condição médica geral diagnosticável que explique plenamente os sintomas físicos. ATENTE AOS SIGNIFICADO: Somatoforme, ou Somatomorfo Toda patologia psíquica que se faz representar no orgânico através de sintomas compatíveis ou não com a patologia clínica, com a anatomia ou com a fisiologia. Somatização Quando a parte física envolvida diz respeito aos órgãos e sistemas (coração, muscular, respiratório, genital...) Conversão Quando a parte física envolvida diz respeito à comunicação corporal da pessoa (cinco sentidos, musculatura, coordenação...)

32 31 Dissociação Quando a parte envolvida diz respeito ao próprio psiquismo (confusão mental, delírios, desorientação...) Psicossomática Doenças determinadas, agravadas ou desencadeadas por razões emocionais com alterações orgânicas constatáveis (asma, hipertensão, dermatites, diabetes...) Ballone.GJ ( 2001). Transtorno Conversivo DSM-IV (Transtorno de Sintomas Neurológicos Funcionais), segundo o DSM-V. Presença de sintomas somáticos associados a sofrimento e prejuízo significativo; O que distingue o paciente não é o sintoma somático, mas a maneira que ele se apresenta e é interpretado. Fatores associados: Vulnerabilidade genética e biológica; Experiências traumáticas precoces; Aprendizado; Questões culturais e sociais. O Transtorno Conversivo envolve sintomas ou déficits inexplicáveis que afetam a função motora ou sensorial voluntária, sugerindo uma condição neurológica ou outra condição médica geral. Presume-se uma associação de fatores psicológicos com os sintomas e déficits. Transtorno de Somatização- Historicamente chamado de histeria ou síndrome de Briquet) é um transtorno polissintomático que inicia antes dos 30 anos, estende-se por um período de anos e é caracterizado por uma combinação de dor, sintomas gastrintestinais, sexuais e pseudoneurológicos. Esse transtorno caracteriza-se por múltiplas, recorrentes, frequentes, mutáveis e prolongadas queixas de sintomas físicos sem uma base médica constatável. A principal diferença entre esse transtorno e a hipocondria é a atitude do paciente. Na hipocondria o paciente revela uma intensa preocupação e sofrimento com algum problema sério; na somatização o paciente queixa-se de seus sintomas, mas não possui a mesma crença e temor do hipocondríaco. Antes dos pacientes com somatizações procurarem um psiquiatra eles passam anos mudando de clínicos, procurando diversos médicos e fazendo vários exames.

33 32 Qualquer área do corpo pode estar afetada, mas as queixas mais comuns estão centralizadas no tubo digestivo com dores, eructações, regurgitações, vômitos e náuseas; queixas dermatológicas e sexuais. Como o paciente recusa-se a aceitar que nenhuma disfunção foi descoberta pelos exames e consultas, acaba tendo desavenças com as pessoas próximas. Frequentemente outros distúrbios psiquiátricos estão associados como depressão e ansiedade. Uma das consequências são as indisposições de ânimo geradas em quem está próximo, pois com o tempo se cansam de tanto ouvirem as mesmas queixas. (FCC-2015) Segundo a Classificação de Transtornos Mentais da CID-10, esse transtorno conta com os seguintes aspectos principais: sintomas físicos múltiplos, recorrentes e frequentemente mutáveis os quais em geral têm estado presentes por vários anos antes que o paciente seja encaminhado para um psiquiatra. A maioria dos pacientes tem uma longa e complicada estória de contato com serviços medidos tanto primários quanto especializados, durante a qual muitas investigações negativas ou operações infrutíferas podem ter sido realizadas. Trata-se do transtorno de a) obsessão. b) somatização. c) dissociação. d) fóbico-ansioso e) pânico. Gabarito: b Hipocondria É a crença persistente na presença de pelo menos uma doença física grave, progressiva, com sintomas determinados, ainda que os exames laboratoriais e consultas com vários médicos assegurem que nada exista. Os hipocondríacos normalmente sentem-se injustiçados e incompreendidos pelos médicos e parentes que não acreditam em suas queixas: eles levam seus argumentos a sério e irritam-se com o descaso. Por outro lado, resistem em ir ao psiquiatra sentindo-se até ofendidos com tal sugestão, quando não há suficiente diálogo com o clínico. Os hipocondríacos podem ser enfadonhos por repetirem constantemente suas queixas, além de serem prolixos nas suas explicações.

34 33 Não se conhece medicação específica para hipocondria, mas acredita-se que psicoterapia pode ajudar quando iniciada com até três anos da sintomatologia instalada. É necessário que um psiquiatra converse com o paciente hipocondríaco para investigar a possível concomitância com outros transtornos de ansiedade como o pânico ou a depressão que podem levar a hipocondria. Há também casos de psicoses com alucinações ou delírios corporais. Transtorno Somatoforme Indiferenciado caracteriza-se por queixas físicas inexplicáveis, com duração mínima de 6 meses, abaixo do limiar para um diagnóstico de Transtorno de Somatização. Transtorno Doloroso caracteriza-se por dor como foco predominante de atenção clínica. Além disso, presume-se que fatores psicológicos têm um importante papel em seu início, gravidade, exacerbação ou manutenção. A queixa predominante é de dor persistente, grave e angustiante, a qual não pode ser plenamente explicada por nenhum processo fisiológico ou por um transtorno físico. Geralmente existe um fator psicológico associado. Depois de descartada a possibilidade de uma causa física, a investigação das circunstâncias de vida da pessoa pode revelar ganhos que o paciente obtém com a queixa persistente de dor. O transtorno doloroso não é uma invenção, existe, não como uma origem inflamatória, mas por algum mecanismo ainda pouco conhecido que opera na mente destas pessoas. Deve-se, portanto, viver a solidariedade distante, ou seja, estar do lado do paciente sempre, mas sabendo que ele pode usar de suas queixas para obter ganhos e manipular quem está próximo. Transtorno Dismórfico Corporal é a preocupação com um defeito imaginado ou exagerado na aparência física. Transtorno de Somatização Sem Outra Especificação é incluído para a codificação de transtornos com sintomas somatoformes que não satisfazem os critérios para qualquer um dos Transtornos Somatoformes.

35 34 DE VOLTA AO FOCO! 6. TRANSTORNOS DE HUMOR De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana DSM IV (2000) a seção relativa aos transtornos de humor inclui aqueles quadros que têm como característica predominante uma perturbação importante no humor. A seção está dividida em três partes. A primeira descreve episódios de humor relativos à depressão como: episódio depressivo maior, episódio maníaco, episódio misto e episódio hipomaníaco. Estes episódios não têm seus próprios códigos diagnósticos nem podem ser diagnosticados como entidades distintas: entretanto, eles servem de blocos de construção para o diagnóstico dos transtornos. A segunda parte descreve os transtornos de humor relativos ao: transtorno depressivo maior, transtorno distímico e transtorno bipolar I. O conjunto de critérios para a maior parte dos transtornos de humor exige presença ou ausência dos episódios de humor descritos acima. A terceira parte compreende os especificadores que descrevem o episódio de humor mais recente ou curso de episódios recorrentes. Os transtornos de humor estão divididos em transtornos depressivos, transtornos bipolares e dois transtornos baseados na etiologia transtorno de humor devido a uma condição médica geral, que se refere a uma depressão decorrente de uma problemática orgânica e transtorno de humor induzido por substância. Os transtornos depressivos (a saber, transtorno depressivo maior, transtorno distímico e transtorno depressivo sem outra especificação) são diferenciados dos transtornos bipolares pelo fato de haver uma história de jamais ter tido um episódio maníaco, misto ou hipomaníaco. Já os transtornos bipolares (transtorno bipolar I, transtorno bipolar II, transtorno ciclotímico e transtorno bipolar sem outra especificação) envolvem a presença (ou história) de episódios maníacos episódios mistos ou episódios hipomaníacos, geralmente acompanhados pela presença (ou história) de episódios depressivos maiores.

36 35 a) O transtorno depressivo maior consiste por um ou mais episódios depressivos maiores (isto é, pelo menos duas semanas de humor deprimido ou perda de interesse, acompanhado pelo menos quatro sintomas adicionais da depressão). b) O transtorno distímico se faz necessário observar por pelo menos 2 anos de humor deprimido na maior parte do tempo, acompanhado ainda por sintomas depressivos adicionais que não satisfazem os critérios para um episódio de depressão maior. c) O transtorno depressivo sem outra especificação é incluído para a codificação de transtornos com características depressivas que não satisfazem os critérios para transtorno depressão maior, depressão distímico, transtorno de ajustamento com humor deprimido ou transtorno de ajustamento misto de ansiedade e depressão (ou sintomas depressivos acerca dos quais existem informações inadequadas ou contraditórias). d) O transtorno bipolar I é caracterizado por um ou mais episódios maníacos ou mistos, geralmente acompanhados por episódios depressivos maiores. e) O transtorno bipolar II caracteriza-se por um ou mais episódios depressivos maiores acompanhados por pelo menos um episódio hipomaníaco. f) O transtorno ciclotímico é caracterizado por pelo menos 2 anos com numerosos períodos de sintomas hipomaníacos que não satisfazem os critérios para um episódio maníaco e numerosos períodos de sintomas depressivos que não satisfazem os critérios para um episódio depressivo maior. g) O transtorno de humor devido a uma condição médica geral é caracterizado por uma perturbação proeminente e persistente do humor, considerada uma consequência fisiológica direta de uma condição médica geral. O Transtorno Bipolar I é caracterizado por um ou mais Episódios Maníacos ou Mistos, geralmente acompanhados por Episódios Depressivos Maiores. O Transtorno Bipolar II caracteriza-se por um ou mais Episódios Depressivos Maiores, acompanhado por pelo menos um Episódio Hipomaníaco. O Transtorno Bipolar Sem Outra Especificação é incluído para a codificação de transtornos com aspectos bipolares que não satisfazem os critérios para qualquer dos Transtornos Bipolares específicos definidos nesta

37 36 seção (ou sintomas bipolares acerca dos quais há informações inadequadas ou contraditórias). Um Transtorno do Humor Devido a uma Condição Médica Geral é caracterizado por uma perturbação proeminente e persistente do humor, considerada uma consequência fisiológica direta de uma condição médica geral. Um Transtorno do Humor Induzido por Substância caracteriza-se por uma perturbação proeminente e persistente do humor, considerada uma consequência fisiológica direta de uma droga de abuso, um medicamento, outro tratamento somático para a depressão ou exposição a uma toxina. O Transtorno do Humor Sem Outra Especificação é incluído para a codificação de transtornos com sintomas de humor que não satisfazem os critérios para qualquer Transtorno do Humor específico, e nos quais é difícil escolher entre Transtorno Depressivo Sem Outra Especificação e Transtorno Bipolar Sem Outra Especificação (agitação aguda). (AOCP-2012) De acordo com o tema utilizado para determinado quadro de psicopatologia, assinale a alternativa correta no que se refere ao quadro de Transtorno de Humor. a) Os termos mania unipolar ou mania eufórica são por vezes usados para os pacientes bipolares que apresentam episódios depressivos. b) O diagnóstico para transtorno de humor é feito quando uma pessoa exibe delírios não-bizarros de pelo menos um mês de duração que não podem ser atribuídos a outros transtornos psiquiátricos. c) Transtorno de humor exclui alterações de humor. d) O transtorno de humor é semelhante à esquizofrenia, exceto pelo motivo de seus sintomas durarem pelo menos um mês e menos de seis. e) Pacientes afligidos somente por episódios depressivos maiores têm transtorno depressivo maior ou depressão unipolar. Gabarito: e

38 37 7. TRANSTORNOS FÓBICOS Transtornos Fóbico-Ansiosos compõem um grupo de transtornos nos quais uma ansiedade intensa é desencadeada por situações determinadas e que não representam algum perigo real. Por esse motivo estas situações fóbicas são evitadas ou suportadas com muito temor ou angústia. As preocupações da pessoa podem se manifestar com sintomas como palpitações, falta de ar, tremores, extremidades frias, etc, ou uma impressão de desmaio. Frequentemente este tipo de ansiedade se associa com medo de morrer, de vir a passar muito mal, de perder o autocontrole ou de ficar louco. O Transtorno Fóbico-Ansioso se caracteriza, exatamente, pela prevalência da Fobia, sintoma, entre os demais sintomas de ansiedade, ou seja, um medo anormal, desproporcional e persistente diante de um objeto ou situação específica. Dentro dos quadros fóbicos-ansiosos destacam-se três tipos: Agorafobia; Fobia Social; Fobia Específica. Em todos os Transtornos Fóbico-Ansiosos pode ocorrer uma ansiedade de antecipação, fazendo com que o quadro ansioso apareça antes mesmo da pessoa deparar-se, de fato, com a situação de medo, ou seja, no caso do indivíduo pressentir a necessidade de se deparar com a situação de sua fobia. Invariavelmente, até para uma questão de se firmar o diagnóstico, o paciente fóbico deve reconhecer a irracionalidade e o absurdo de seu medo, concorda com a anormalidade de seus sentimentos, mas, mesmo assim, percebe-se impotente em combatê-los. Agorafobia A característica essencial da Agorafobia é uma ansiedade que aparece quando a pessoa se encontra em locais ou situações das quais sair dali (escapar) poderia ser difícil ou embaraçoso ou, na maioria das vezes, em situações nas quais um auxílio imediato pode ser difícil, caso a pessoa venha a passar mal. A Ansiedade agorafóbica pode ser, inclusive, antecipatória, ou seja, aparecer diante da simples possibilidade de ter que enfrentar determinadas situações.

39 38 Essa Ansiedade antecipatória pode levar ao afastamento (fuga) dessas situações causadoras da fobia. Tais situações podem incluir: estar sozinho fora de casa ou estar sozinho em casa; estar em meio a uma multidão; viajar de automóvel, ônibus ou avião; estar em uma ponte ou lugar alto. O DSM-IV recomenda como critérios para o diagnóstico da Agorafobia o seguinte: Ansiedade por estar em locais ou situações de onde possa ser difícil (ou embaraçoso) escapar ou onde o auxílio pode não estar disponível, na eventualidade de ter um ataque de Pânico ou de sintomas tipo pânico. Os medos agorafóbicos tipicamente envolvem situações, que incluem: estar fora de casa desacompanhado; estar em meio a uma multidão ou permanecer em uma fila; estar em uma ponte; viajar de ônibus, trem ou automóvel. As situações capazes de desencadear o medo fóbico são evitadas (viagens, elevadores, aviões) ou suportadas com acentuado sofrimento, notadamente com severa ansiedade sobre a possibilidade de ter um Ataque de Pânico ou sintomas tipo pânico. Para tais situações os pacientes exigem companhia. A ansiedade, evitação ou esquiva agorafóbica não é mais bem explicada por um outro transtorno emocional, tais como Fobia Social (a esquiva se limita a situações sociais pelo medo do embaraço), Fobia Específica ( a esquiva se limita a uma única situação, como elevadores), Transtorno Obsessivo-Compulsivo (esquiva à sujeira, em alguém com uma obsessão de contaminação), Transtorno de Estresse Pós-Traumático ( esquiva de estímulos associados com um estressor severo) ou Transtorno de Ansiedade de Separação (esquiva a afastarse do lar ou de parentes). O diagnóstico diferencial para se distinguir os quadros de Agorafobia, Fobia Social, Fobia Específica e Transtorno de Ansiedade de Separação pode ser difícil, uma vez que todas essas condições se caracterizam pelo afastamento e evitação de situações específicas. Clínica e terapeuticamente falando, entretanto, tal dificuldade parece não ter a mínima importância, devido ao fato do tratamento médico-psiquiátrico ser, basicamente, o mesmo para todos esses casos.

40 39 Fobia social O início da Fobia Social ocorre precocemente no curso da vida. A idade mais comum é ao redor dos 15 anos, e 90% dos pacientes iniciam seu quadro antes dos 25 anos. As características clínicas que distinguem a Fobia Social de outros transtornos de ansiedade são: início na adolescência (ao redor dos 14 aos 16 anos), incapacitação restrita a situações sociais, enrubescimento facial, precipitação por situações sociais, cognições (interpretações) únicas e distorcidas. Quanto mais precoce for o início, pior o prognóstico. O curso tende a ser crônico e contínuo. A Fobia Social está centrada em torno de um medo de expor-se a outras pessoas e tem como consequência o afastamento e evitamento sociais. Esse tipo de fobia pode se referir a situações específicas, como comer ou falar em público, ou pode ser mais difusa, envolvendo quase todas as circunstâncias sociais fora do ambiente familiar. Entre as situações fóbicas sociais que resultam em evitação destaca-se o medo de humilhação e embaraço diante de outras pessoas, o medo de comer em público, falar em público, urinar em banheiro público e, muito frequentemente, de assinar cheques à vista de pessoas estranhas. Na Fobia Social a exposição à situação social ou de desempenho provoca, quase invariavelmente, uma resposta imediata de ansiedade, a qual pode assumir a forma de um Ataque de Pânico ligado à situação ou predisposto pela situação. Diretrizes e Critérios de Diagnóstico para Transtorno Fóbico Social: os sintomas psicológicos, comportamentais e autossômicos (do Sistema Nervoso Autônomo, tais como, palpitações, falta de ar, tremores, extremidades frias, sufocação, mal estar no peito, etc.)devem vir da ansiedade e não secundários à outros quadros mentais; a ansiedade deve ser restrita e/ou predominar em situações sociais; a evitação das situações fóbicas deve ser proeminente; o comportamento de evitação deve interferir nas atividades sociais ou no relacionamento interpessoal; a pessoa reconhece que seu medo é irracional e excessivo. O prejuízo na atividade social de pessoas portadoras da Fobia Social pode chegar ao extremo do isolamento. Nas situações sociais ou de desempenho temidas, os indivíduos com Fobia Social experimentam preocupações acerca de embaraço e temem que outros os considerem ansiosos, débeis, "malucos" ou estúpidos. O medo de falar em público pode ser em virtude da preocupação de que os outros percebam o tremor em suas mãos ou voz.

41 40 Podem ainda experimentar extrema ansiedade ao conversar com outras pessoas pelo medo não saberem se expressar. Os estudos epidemiológicos identificaram 2 tipos de Fobia Social: 1 - O tipo Específico ou não generalizado, o qual é o mais conhecido e usualmente restrito a poucas situações sociais, sendo a mais comum o medo de falar em público. A Fobia Social restrita à fala, ou condições mais reservadas, corresponde à classificação pela DSM-IV de Fobia Social não Generalizada. 2 - O outro tipo é a Fobia Social Complexa ou Fobia Social Generalizada. Ao contrário da anterior, esta forma complexa é, habitualmente, mais incapacitante, familiar e de longa duração, é mais grave e corresponde à grande maioria dos pacientes tratados em clínicas especializadas. Apesar de ser um transtorno comum, os pacientes são muito relutantes em buscar tratamento especializado, o que acaba acontecendo muito tardiamente porque a maioria não acredita que possa haver cura. Fobia Social e Alcoolismo Muitas pessoas utilizam o álcool para relaxar em ocasiões sociais, entretanto, para os pacientes com Fobia Social, a ansiedade associada com situações sociais frequentemente resultam em dependência ao álcool. Esses pacientes utilizam o álcool para auxiliar em situações sociais que os deixam temerosos, e muitos o usam deliberadamente para aliviar os sintomas da ansiedade antecipatória. A relação entre a Fobia Social e o alcoolismo é complexa. Os problemas com o álcool tipicamente se desenvolvem secundariamente à Fobia Social, com pacientes referindo que eles encontram ajuda no álcool, frente aos sintomas da ansiedade. Fobia específica O tipo Específico (ou não generalizado) de fobia, é o mais conhecido entre as fobias e usualmente é restrito a poucas situações sociais. Normalmente os objetos de fobia na Fobia Específica são animais, não necessariamente peçonhentos e as situações são aquelas que dizem respeito ao escuro, à altura, ao abafamento de ambientes fechados, à água dos rios e mares.

42 41 Diretrizes e Critérios de Diagnóstico para Fobia Específica: Medo acentuado e persistente, excessivo ou irracional, revelado pela presença ou antecipação de um objeto ou situação fóbica (voar, alturas, animais, injeção, ver sangue). A exposição ao estímulo fóbico provoca, quase que invariavelmente, uma resposta imediata de ansiedade, que pode assumir a forma de um Ataque de Pânico ligado à situação ou predisposto pela situação. Nota: Em crianças, a ansiedade pode ser expressada por choro, ataques de raiva, imobilidade ou comportamento aderente. O indivíduo reconhece que o medo é excessivo ou irracional. Nota: Em crianças, esta característica pode estar ausente. A situação fóbica (ou situações) é evitada ou suportada com intensa ansiedade ou sofrimento. A esquiva, antecipação ansiosa ou sofrimento na situação temida (ou situações) interfere significativamente na rotina normal do indivíduo, em seu funcionamento ocupacional (ou acadêmico) ou em atividades ou relacionamentos sociais, ou existe acentuado sofrimento acerca de ter a fobia. Em indivíduos com menos de 18 anos, a duração mínima é de 6 meses. A ansiedade, os Ataques de Pânico ou a esquiva fóbica associados com o objeto ou situação específica não são melhor explicados por outro transtorno mental, como Transtorno Obsessivo-Compulsivo (medo de sujeira em alguém com uma obsessão de contaminação), Transtorno de Estresse Pós-Traumático (esquiva de estímulos associados a um estressor severo), Transtorno de Ansiedade de Separação (esquiva da escola), Fobia Social ( esquiva de situações sociais em vista do medo do embaraço), Transtorno de Pânico Com Agorafobia ou Agorafobia Sem História de Transtorno de Pânico. 8. TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS DEVIDOS AO USO DE SUBSTÂNCIA PSICOATIVA Este agrupamento compreende numerosos transtornos que diferem entre si pela gravidade variável e por sintomatologia diversa, mas que têm em comum o fato de serem todos atribuídos ao uso de uma ou de várias substâncias psicoativas, prescritas ou não por um médico.

43 42 Dependência Estado consequente ao uso de uma substância psicoativa e compreendendo perturbações da consciência, das faculdades cognitivas, da percepção, do afeto ou do comportamento, ou de outras funções e respostas psicofisiológicas. As perturbações estão na relação direta dos efeitos farmacológicos agudos da substância consumida, e desaparecem com o tempo, com cura completa, salvo nos casos onde surgiram lesões orgânicas ou outras complicações. Entre as complicações, podem-se citar: traumatismo, aspiração de vômito, delirium, coma, convulsões e outras complicações médicas. Síndrome de dependência Conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após repetido consumo de uma substância psicoativa, tipicamente associado ao desejo poderoso de tomar a droga, à dificuldade de controlar o consumo, à utilização persistente apesar das suas consequências nefastas, a uma maior prioridade dada ao uso da droga em detrimento de outras atividades e obrigações, a um aumento da tolerância pela droga e por vezes, a um estado de abstinência física. A síndrome de abstinência Conjunto de sintomas que se agrupam de diversas maneiras e cuja gravidade é variável, ocorrem quando de uma abstinência absoluta ou relativa de uma substância psicoativa consumida de modo prolongado. O início e a evolução da síndrome de abstinência são limitados no tempo e dependem da categoria e da dose da substância consumida imediatamente antes da parada ou da redução do consumo. A síndrome de abstinência pode se complicar pela ocorrência de convulsões. Síndrome de abstinência com delirium Estado no qual a síndrome de abstinência tal como definida, complica com a ocorrência de delirium. Este estado pode igualmente comportar convulsões. Quando fatores orgânicos também estão considerados na sua etiologia, a afecção deve ser classificada em Delirium tremens (induzido pelo álcool) Transtorno psicótico Conjunto de fenômenos psicóticos que ocorrem durante ou imediatamente após o consumo de uma substância psicoativa, mas que não podem ser explicados inteiramente com base numa intoxicação aguda e que não participam também do quadro de uma síndrome de abstinência.

44 43 O estado se caracteriza pela presença de alucinações (tipicamente auditivas, mas frequentemente polissensoriais), de distorção das percepções, de ideias delirantes (frequentemente do tipo paranoide ou persecutório), de perturbações psicomotoras (agitação ou estupor) e de afetos anormais, podendo ir de um medo intenso ao êxtase. O sensório não está habitualmente comprometido, mas pode existir um certo grau de obnubilação da consciência embora possa estar presente a confusão, mas esta não é grave. Síndrome amnésica Síndrome dominada pela presença de transtornos crônicos importantes da memória (fatos recentes e antigos). A memória imediata está habitualmente preservada e a memória dos fatos recentes está tipicamente mais perturbada que a memória remota. Habitualmente existem perturbações manifestas da orientação temporal e da cronologia dos acontecimentos, assim como ocorrem dificuldades de aprender informações novas. A síndrome pode apresentar confabulação intensa, mas esta pode não estar presente em todos os casos. As outras funções cognitivas estão em geral relativamente bem preservadas e os déficits amnésicos são desproporcionais a outros distúrbios. Psicose ou síndrome de Korsakov, induzida pelo álcool ou por outra substância psicoativa ou não especificada. Transtorno amnésico induzido pelo álcool ou por drogas. Transtorno psicótico residual ou de instalação tardia Transtorno no qual as modificações, induzidas pelo álcool ou por substâncias psicoativas, da cognição, do afeto, da personalidade, ou do comportamento persistem além do período durante o qual podem ser considerados como um efeito direto da substância. A ocorrência da perturbação deve estar diretamente ligada ao consumo de uma substância psicoativa. Os casos nos quais as primeiras manifestações ocorrem nitidamente mais tarde que o (s) episódio (s) de utilização da droga só deverão ser codificados neste caractere onde existam evidências que permitam atribuir sem equívoco as manifestações ao efeito residual da substância. Os flashbacks podem ser diferenciados de um estado psicótico, em parte porque são episódicos e frequentemente de muito curta duração, e em parte porque eles reproduzem experiências anteriores.

45 44 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substâncias psicoativas Compreende numerosos transtornos que diferem entre si: pela gravidade variável por sintomatologia diversa, mas que têm em comum o fato de serem todos atribuídos ao uso de uma ou de várias substâncias psicoativas, prescritas ou não por um médico. Numerosos usuários de drogas consomem mais de um tipo de substância psicoativa Diagnósticos associados devem ser avaliados SINAIS E SINTOMAS DA SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA Compulsão para o consumo A experiência de um desejo incontrolável de consumir uma substância. O indivíduo imagina-se incapaz de colocar barreiras a tal desejo. Aumento da tolerância A necessidade de doses crescentes de uma determinada substância para alcançar efeitos originalmente obtidos com doses mais baixas. Síndrome de abstinência O surgimento de sinais e sintomas de intensidade variável quando o consumo de substância psicoativa cessou ou foi reduzido Alívio ou evitação da abstinência pelo aumento do consumo O consumo de substâncias psicoativas visando ao alívio dos sintomas de abstinência indivíduo aprende a detectar os intervalos da manifestação de sintomas, passa a consumir a substância preventivamente, a fim de evitálos.

46 45 Relevância do consumo O consumo de uma substância torna-se prioridade, mais importante do que coisas que outrora eram valorizadas pelo indivíduo. Estreitamento ou empobrecimento do repertório A perda das referências internas e externas que norteiam o consumo. À medida que a dependência avança, as referências voltam-se exclusivamente para uso, em detrimento do consumo ligado a eventos sociais. Passa a ocorrer em locais incompatíveis, como por exemplo o local de trabalho Reinstalação da síndrome de dependência Uma síndrome que levou anos para se desenvolver pode se reinstalar em poucos dias, mesmo depois de um longo período de abstinência. Critérios do CID-10 para dependência de substâncias Um diagnóstico definitivo de dependência deve usualmente ser feito somente se três ou mais dos seguintes requisitos tenham sido experenciados ou exibidos em algum momento do ano anterior: (a) um forte desejo ou senso de compulsão para consumir a substância; (b) dificuldades em controlar o comportamento de consumir a substância em termos de seu início, término e níveis de consumo; (c) um estado de abstinência fisiológico quando o uso da substância cessou ou foi reduzido, como evidenciado por: síndrome de abstinência para a substância ou o uso da mesma substância (ou de uma intimamente relacionada) com a intenção de aliviar ou evitar sintomas de abstinência; (d) evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas; (e) abandono progressivo de prazeres e interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, aumento da quantidade de tempo necessária para se recuperar de seus efeitos; (f) persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de consequências manifestamente nocivas. Deve-se fazer esforços claros para determinar se o usuário estava realmente consciente da natureza e extensão do dano.

47 46 TEORIA NA PRÁTICA! 9. QUESTÕES GABARITADAS 1. (CESPE- 2010) No que se refere aos transtornos de personalidade, de acordo com o DSM-IV, consideram-se comorbidade a) as preocupações exageradas com o corpo. b) os quadros depressivos e o abuso de álcool e(ou) drogas. c) os transtornos conversivos. d) as alucinações auditivas e visuais. e) as preocupações exageradas com doenças e medicações. 2. (CESPE2015) São fenômenos associados à síndrome da dependência do álcool a) o nistagmo e a afasia de compreensão. b) as alucinações visuais e as parassonias. c) a autonegligência e as ideias delirantes. d) o empobrecimento do repertório e a negação. e) a ataxia e os transtornos dos movimentos oculares.

48 47 3. (VUNESP-2016) Sobre a comorbidade do Transtorno Bipolar (TB) com outros transtornos psiquiátricos, é correto afirmar que: a) a comorbidade entre TB e o uso de substâncias está associada a taxas mais altas de refratariedade ao tratamento. b) o transtorno de pânico é raro em portadores de TB. c) nos pacientes com TB, o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) apresenta as mesmas características fenomenológicas do TOC sem outras comorbidades. d) entre os transtornos alimentares, a anorexia nervosa ocorre com maior frequência em comorbidade com o TB. e) devido à dificuldade diagnóstica, a prevalência do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade é menor em pacientes com TB em comparação com a população geral. 4. (VUNESP 2016) Em relação à epidemiologia dos transtornos somatoformes, é correto afirmar que: a) os transtornos somatoformes são mais comuns em mulheres e em pessoas que moram em áreas urbanas. b) em hospitais gerais cerca de 50% das consultas psiquiátricas envolvem pacientes com algum sintoma conversivo. c) a manifestação e perfil epidemiológico desses transtornos ocorre de forma semelhante entre as diversas culturas e regiões do globo terrestre, demonstrando que o contexto histórico e cultural é pouco importante para a manifestação desses sintomas. d) em crianças os sintomas somatoformes são muito raros e quando ocorrem apontam para a existência de um quadro grave. e) são mais frequentes em populações com nível socioeconômico baixo e que moram em áreas rurais.

49 48 5. (FCC 2015) Na Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10 são consideradas diretrizes diagnósticas para o transtorno de ansiedade generalizada que o paciente deve ter sintomas primários de ansiedade na maioria dos dias por pelo menos várias semanas e usualmente por vários meses. Esses sintomas devem usualmente envolver elementos de apreensão; tensão motora e hiperatividade a) autonômica. b) distônica. c) automática. d) suprimida. e) encefálica. 6. (FCC 2015) Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5, a característica central do transtorno disruptivo da desregulação do humor é a: a) irritabilidade crônica grave. b) ansiedade intermitente moderada. c) distimia leve permanente. d) desesperança intensa e cíclica. e) instabilidade alternada profunda. 7. (AOCP-2013) De acordo com o tema utilizado para determinado quadro de psicopatologia, assinale a alternativa correta no que se refere ao quadro de Transtorno de Humor. a) Os termos mania unipolar ou mania eufórica são por vezes usados para os pacientes bipolares que apresentam episódios depressivos. b) O diagnóstico para transtorno de humor é feito quando uma pessoa exibe delírios não-bizarros de pelo menos um mês de duração que não podem ser atribuídos a outros transtornos psiquiátricos. c) Transtorno de humor exclui alterações de humor. d) O transtorno de humor é semelhante à esquizofrenia, exceto pelo motivo de seus sintomas durarem pelo menos um mês e menos de seis. e) Pacientes afligidos somente por episódios depressivos maiores têm transtorno depressivo maior ou depressão unipolar.

50 49 8. (AOCP-2016) A felicidade é deprimente Contardo Calligaris É possível que a depressão seja o mal da nossa época. Ela já foi imensamente popular no passado. Por exemplo, os românticos (sobretudo os artistas) achavam que ser langoroso e triste talvez fosse o único jeito autêntico de ser fascinante e profundo. Em 1859, Baudelaire escrevia à sua mãe: O que sinto é um imenso desânimo, uma sensação de isolamento insuportável, o medo constante de um vago infortúnio, uma desconfiança completa de minhas próprias forças, uma ausência total de desejos, uma impossibilidade de encontrar uma diversão qualquer. Agora, Baudelaire poderia procurar alívio nas drogas, mas ele e seus contemporâneos não teriam trocado sua infelicidade pelo sorriso estereotipado das nossas fotos das férias. Para um romântico, a felicidade contente era quase sempre a marca de um espírito simplório e desinteressante. Enfim, diferente dos românticos, o deprimido contemporâneo não curte sua fossa: ao contrário, ele quer se desfazer desse afeto, que não lhe parece ter um grande charme. Alguns suspeitam que a depressão contemporânea seja uma invenção. Uma vez achado um remédio possível, sempre é preciso propagandear o transtorno que o tal remédio poderia curar. Nessa ótica, a depressão é um mercado maravilhoso, pois o transtorno é fácil de ser confundido com estados de espírito muito comuns: a simples tristeza, o sentimento de inadequação, um luto que dura um pouco mais do que desejaríamos etc. De qualquer forma, o extraordinário sucesso da depressão e dos antidepressivos não existiria se nossa cultura não atribuísse um valor especial à felicidade (da qual a depressão nos privaria). Ou seja, ficamos tristes de estarmos tristes porque gostaríamos muito de sermos felizes. Coexistem, na nossa época, dois fenômenos aparentemente contraditórios: a depressão e a valorização da felicidade. Será que nossa tristeza, então, não poderia ser um efeito do valor excessivo que atribuímos à felicidade? Quem sabe a tristeza contemporânea seja uma espécie de decepção.

51 50 Em agosto de 2011, I. B. Mauss e outros publicaram em Emotion uma pesquisa com o título: Será que a procura da felicidade faz as pessoas infelizes?. Eles recorreram a uma medida da valorização da felicidade pelos indivíduos e, em pesquisas com duas amostras de mulheres (uma que valorizava mais a felicidade e a outra, menos), comprovaram o óbvio: sobretudo em situações positivas (por exemplo, diante de boas notícias), as pessoas que perseguem a felicidade ficam sempre particularmente decepcionadas. Numa das pesquisas, eles induziram a valorização da felicidade: manipularam uma das amostras propondo a leitura de um falso artigo de jornal anunciando que a felicidade cura o câncer, faz viver mais tempo, aumenta a potência sexual em suma, todas as trivialidades nunca comprovadas, mas que povoam as páginas da grande imprensa. Depois disso, diante de boas notícias, as mulheres que tinham lido o artigo ficaram bem menos felizes do que as que não tinham sido induzidas a valorizar especialmente a felicidade. Conclusão: na população em geral, a valorização cultural da felicidade pode ser contra produtiva. Mais recentemente, duas pesquisas foram muito além e mostraram que a valorização da felicidade pode ser causa de verdadeiros transtornos. A primeira, de B. Q. Ford e outros, no Journal of Social and Clinical Psychology, descobriu que a procura desesperada da felicidade constitui um fator de risco para sintomas e diagnósticos de depressão. A pesquisa conclui que o valor cultural atribuído à felicidade leva a consequências sérias em saúde mental. Uma grande valorização da felicidade, no contexto do Ocidente, é um componente da depressão. E uma intervenção cognitiva que diminua o valor atribuído à felicidade poderia melhorar o desfecho de uma depressão. Ou seja, o que escrevo regularmente contra o ideal de felicidade talvez melhore o humor de alguém. Fico feliz. Enfim, em 2015, uma pesquisa de Ford, Mauss e Gruber, em Emotion, mostra que a valorização da felicidade é relacionada ao risco e ao diagnóstico de transtorno bipolar. Conclusão: cuidado, nossos ideais emocionais (tipo: o ideal de sermos felizes) têm uma função crítica na nossa saúde mental.

52 51 Como escreveu o grande John Stuart Mill, em 1873: Só são felizes os que perseguem outra coisa do que sua própria felicidade. Adaptado de: 0/ a-felicidade-e-deprimente.shtml Acesso em 10 de março de Na frase Mais recentemente, duas pesquisas foram muito além e mostraram que a valorização da felicidade pode ser causa de verdadeiros transtornos, a expressão destacada indica a) modo. b) tempo. c) intensidade. d) lugar. 9. (AOCP-2013) Referente aos transtornos da infância ou adolescência, analise as assertivas e assinale a alternativa INCORRETA. a) Ansiedade de separação é um fenômeno do desenvolvimento humano universal que se manifesta em bebês com menos de 1 ano de vida e marca a consciência em relação à separação da mãe ou de um cuidador primário. b) Mutismo seletivo é uma condição da infância na qual a criança permanece completamente muda ou quase muda em situações sociais, mais comumente na escola. c) Transtorno de apego reativo na infância é marcado por um relacionamento social inadequado. d) Transtorno de movimento estereotipado é o comportamento mental repetitivo, funcional, que parece ser compulsivo. e) Crianças com mutismo seletivo podem falar de maneira adequada quando não estão em uma situação socialmente estressante.

53 52 10.(IADES-2013) Em relação às correntes da psicopatologia, julgue o item a seguir. I - Na perspectiva existencial, a doença mental não é vista, tanto como disfunção biológica ou psicológica, mas, sobretudo, como um modo particular de existência, uma forma de ser no mundo. II - De acordo com a perspectiva cognitivista, os sintomas resultam de comportamentos e representações cognitivas disfuncionais, aprendidas e reforçadas pela experiência sociofamiliar. III - Na visão psicanalítica, os sintomas e síndromes mentais são considerados formas de expressão de confitos, predominantemente, inconscientes. IV - A perspectiva médico-naturalista vê o adoecimento mental como um mau funcionamento do cérebro, uma desregulação, uma disfunção de alguma parte do aparelho biológico. A quantidade de itens certos é igual a a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4.

54 B D A E A A E B D E

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