Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas para Contadores. (Inclui CSLL, PIS/Pasep, Cofins e Simples Nacional)

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2 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas para Contadores (Inclui CSLL, PIS/Pasep, Cofins e Simples Nacional)

3 CLEÔNIMO DOS SANTOS é bacharel em Ciências Contábeis, com MBA em Controladoria Estratégica. Professor universitário em cursos de graduação e pós-graduação. Assessor e consultor de empresas em matéria de Imposto de Renda e Contabilidade. É autor dos livros: Auditoria Fiscal e Tributária, Depreciação de Bens do Ativo Imobilizado, Quanto Vale sua Empresa, Como Calcular e Recolher PIS/Pasep e Cofins, Contribuição Social Sobre o Lucro - Cálculo, Apuração e Recolhimento, Plano de Contas - Uma abordagem prática, Contabilidade Fundamental, Principais Providências para Fechamento de Balanço, Auditoria Contábil, Análise Financeira e Orçamentária, Contabilidade Fundamental, Simples Nacional, Fechamento de Balanço - Teoria e Prática ; Manual da Demonstração dos Fluxos de Caixa ; Manual das Demonstrações Contábeis ; Contabilidade na Atividade Imobiliária e coautor dos livros: Estrutura e Análise de Balanços e Exame de Suficiência em Contabilidade. SIDNEY FERRO BARROS é Bacharel em Ciências Contábeis e pós-graduado em Gestão Empresarial. Ex-Conselheiro do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, antigo Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda). Assessor e consultor de empresas em matéria de Imposto de Renda e Contabilidade. Professor de curso de pós-graduação em Contabilidade Tributária. Palestrante e instrutor em treinamentos empresariais. Parecerista. Autor do Guia de Contabilidade e dos livros Manual do Super Simples, Contabilidade Básica, Entendendo a Contabilidade - Um Guia Básico para Iniciantes e Não Contadores, Contabilidade Intermediária, Estrutura e Análise de Balanços, entre outras publicações técnicas.

4 Prefácio à 10ª Edição Como é do conhecimento da classe contábil, os últimos anos têm sido marcados pela convergência das normas brasileiras às normas internacionais de contabilidade. Tal fato teve início em 2007, com a publicação da Lei nº /2007. Para garantir a neutralidade fiscal em função das mudanças na legislação comercial promovidas pela Lei nº /2007 e legislação posterior, foi instituído o Regime Tributário de Transição (RTT), pela Lei nº /2009 que perdurou até No entanto, por ser transitório, tal regime não podia se perpetuar. A missão de pôr fim a esse regime coube à MP nº 627/2013, posteriormente, convertida na Lei nº /2014, que extinguiu, definitivamente, referido artifício da legislação fiscal a partir de Todavia, a empresa pode, por sua iniciativa, adotar as novas regras já partir de A adoção das novas regras a partir de 2014 foi facultativa desde que a empresa tenha feito a opção nos termos da MP nº 627/2013 e da Lei nº /2014. Como era de se esperar, a grande maioria das empresas não fez a opção em 2014, adotando as novas regras, compulsoriamente, a partir de Diante de tal fato, houve uma postergação por parte dos profissionais em se adaptar às novas regras, tendo em vista essa flexibilidade no prazo de adoção. Porém, o momento de encarrar as novas regras chegou! A obra vem justamente auxiliar os profissionais nessa empreitada, servindo de instrumento de atualização e de consulta permanente para os profissionais da Contabilidade e demais interessados na tributação das empresas que, no seu dia a dia, se deparam com dúvidas sobre a complexa legislação que rege o Imposto de Renda. Salientamos que a ideia central não foi fazer uma explanação pretensamente doutrinária sobre as inúmeras particularidades do tema. Ao

5 6 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas para Contadores contrário, nosso intuito é propiciar ao leitor um material que demonstre a aplicação prática das normas, sem deixar, contudo, de registrar posicionamentos e manifestações do Fisco e de salientar controvérsias acerca de aspectos menos claros da legislação. Naturalmente, não poderíamos fazer um livro que pretendese focalizar de maneira ampla o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas sem falar da Contribuição Social sobre o Lucro e, também, das contribuições ao PIS/Pasep e Cofins. Assim, capítulos são dedicados especialmente a essas contribuições, numa abordagem que, se não tem a pretensão de esgotar o tema, objetiva trazer ao leitor contornos gerais sobre o assunto. Igualmente, há um capítulo dedicado ao Simples Nacional (ME/EPP), que aborda as normas em vigor desde 1º , inclusive recentes alterações. E, inclusive, uma explanação geral sobre regras tributárias aplicáveis às sociedades cooperativas. Adicionalmente, foram criados mais dois capítulos: um dedicado à utilização de subcontas impostas pela Lei nº /2014 (Capítulo 38 que substitui antigo capítulo que tratava do RTT) e outro que traz alguns exemplos de Ajuste a Valor Presente (AVP) e Ajuste a Valor Justo segundo a Lei nº /2014. Esse último, aliás, complementa o Capítulo 10 que trata dos aspectos teóricos do AVP e do AVJ. Um aspecto para o qual chamamos especialmente a atenção: a obra foi elaborada com base na legislação vigente em dezembro de 2015, o que implica vigilância quanto a alterações supervenientes. Esperamos que a leitura e as consultas a este manual sejam efetivamente proveitosas. Entre em contato com os autores pelos s: <sidney.barros@sfbarros.com.br> <cleonimo@hotmail.com> Os Autores

6 Sumário Capítulo 1 Conceitos Gerais Capítulo 2 Formas de Tributação e de Pagamento do Imposto Capítulo 3 Lucro Presumido Capítulo 4 Lucro Arbitrado Capítulo 5 Lucro Real Capítulo 6 Avaliação de Estoques Capítulo 7 Dedutibilidade Restrita de Despesas com Utilização de Bens Capítulo 8 Depreciação de Bens do Ativo Imobilizado Capítulo 9 Baixa de Bens do Ativo Imobilizado Capítulo 10 Controle por Subcontas, Ajuste a Valor Presente e Avaliação a Valor Justo

7 8 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas para Contadores Capítulo 11 Amortização Capítulo 12 Benfeitorias em Bens Pertencentes a Sócios ou Dirigentes Capítulo 13 Investimentos em Participações Societárias (método de custo e equivalência patrimonial) Capítulo 14 Provisões Capítulo 15 Perdas no Recebimento de Créditos Capítulo 16 Dedutibilidade de Tributos, Juros e Multas Fiscais Capítulo 17 Despesas de Propaganda Capítulo 18 Arrendamento Mercantil (Leasing) Capítulo 19 Doações Capítulo 20 Juros Remetidos ao Exterior em Razão da Compra de Bens a Prazo Capítulo 21 Remuneração Indireta de Administradores e Terceiros (fringe benefits) Capítulo 22 Juros sobre o Capital Próprio Capítulo 23 Preços de Transferência

8 Sumário 9 Capítulo 24 Compensação de Prejuízos Fiscais Capítulo 25 Distribuição de Lucros ou Dividendos Capítulo 26 Distribuição Disfarçada de Lucros Capítulo 27 Omissão de Receitas Capítulo 28 Lucro da Exploração Capítulo 29 Incorporação, Fusão e Cisão Capítulo 30 Extinção da Pessoa Jurídica pelo Encerramento de Atividades Capítulo 31 Aspectos Fiscais do Aumento e da Redução do Capital Social Capítulo 32 Escrituração Comercial e Fiscal Capítulo 33 Retenções na Fonte Capítulo 34 Contribuição Social sobre o Lucro Capítulo 35 PIS/Pasep e Cofins Capítulo 36 Simples Nacional

9 10 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas para Contadores Capítulo 37 Sociedades Cooperativas Capítulo 38 Extinção do RTT e Criação de Subcontas Impostas pela Lei nº / Capítulo 39 Ajuste a Valor Presente (AVP) e Ajuste a Valor Justo segundo a Lei nº /

10 Capítulo 1 CONCEITOS GERAIS 1. CONTRIBUINTES O art. 146 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3.000, de RIR/1999) dispõe que são contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ): as pessoas jurídicas, ou seja, basicamente, as empresas (sociedades); as empresas individuais. As regras que aqui comentaremos são aplicáveis a todas as firmas e sociedades, registradas ou não nos órgãos competentes. Isto por que se determinada empresa está atuando de modo irregular (por exemplo, sem registro na Junta Comercial) não significa que não lhe será cobrado o IRPJ devido, assim como as correspondentes multas pelo exercício irregular de atividade. 1.1 Empresários e sociedades segundo o Novo Código Civil Empresário O Novo Código Civil de 2002 (Lei nº /2002) não recepcionou as denominações empresa individual, ou firma individual, que eram amplamente utilizadas até então. Trouxe uma nova figura, semelhante, porém, mais abrangente: o empresário 1. 1 Na Solução de Consulta nº 104/2003, a 9ª Região Fiscal concluiu que as alterações introduzidas pelo Novo Código Civil ao conceito de empresário não têm o condão de derrogar a legislação tributária que disciplina o tratamento fiscal dispensável às empresas individuais.

11 12 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas para Contadores De acordo com o art. 966 do NCC: a) considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços; b) não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa Sociedades O art. 982 do NCC classifica as sociedades pela natureza de seu objeto, ao estabelecer que, ressalvadas exceções expressas, considera-se: sociedades empresárias: aquelas que têm por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro, conforme mencionado em 1.1.1; sociedades simples: as demais. O dispositivo afirma, ainda, que, independentemente de seu objeto (parágrafo único): a sociedade por ações é considerada sociedade empresária; e a sociedade cooperativa é considerada sociedade simples. De acordo com o art. 983 do Código Civil de 2002, ressalvadas as disposições concernentes à sociedade em conta de participação e à cooperativa, bem como as constantes de leis especiais que, para o exercício de certas atividades, imponham a constituição da sociedade segundo determinado tipo: a) a sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos seguintes tipos (regulados pelos arts a do NCC): a.1) sociedade em nome coletivo; a.2) sociedade em comandita simples; a.3) sociedade limitada; a.4) sociedade anônima; a.5) sociedade em comandita por ações;

12 Conceitos Gerais 13 b) a sociedade simples também pode constituir-se de conformidade com um desses tipos. Mas, se não o fizer, subordina-se às normas que lhe são próprias, contidas nos arts. 997 a do NCC Acrescente-se que a sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária ( a.1 a a.5 ), pode requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede. Depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária (art. 984 do Código Civil de 2002) Empresa individual de responsabilidade limitada (Eireli) Não é demais salientar que, nos termos do art. 980-A do Código Civil (incluído pela Lei nº /2011), foi instituída a figura da empresa individual de responsabilidade limitada, constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário mínimo vigente no País. Salientamos, com referência a essa nova figura jurídica, os seguintes aspectos, constantes do mencionado dispositivo do CC/2002: a) o nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão Eireli após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada; b) a pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade; c) a empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração; d) poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional; e) aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas.

13 14 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas para Contadores 1.2 Casos específicos de contribuintes Cabe registrar alguns casos específicos abrangidos pelo conceito de contribuintes do IRPJ: a) as sociedades civis de prestação de serviços profissionais relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada são tributadas pelo Imposto de Renda de conformidade com as normas aplicáveis às demais pessoas jurídicas. Em passado recente (até 1996), a tributação dessas sociedades observava sistema específico, fora do campo de incidência do IRPJ (a tributação era feita diretamente na pessoa física dos sócios); b) as empresas que estejam em processo de falência ou liquidação extrajudicial sujeitam-se às mesmas normas de incidência do Imposto de Renda aplicáveis às pessoas jurídicas, em relação às operações praticadas durante o período em que perdurarem os procedimentos para a realização de seu Ativo ( vender os bens e realizar os direitos ) e o pagamento do Passivo ( quitar as dívidas ); c) as empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como suas subsidiárias, são contribuintes nas mesmas condições das demais pessoas jurídicas; d) as sociedades cooperativas de consumo, que tenham por objeto a compra e o fornecimento de bens aos consumidores, também se sujeitam às mesmas normas de incidência dos impostos e contribuições de competência da União, aplicáveis às demais pessoas jurídicas. Adiante, comentaremos a não incidência do imposto sobre sociedades cooperativas Condomínio O condomínio em edificações, que tem por fim exclusivo cuidar dos interesses comuns dos coproprietários do edifício, na forma da Lei nº 4.591/1964, não é pessoa jurídica ou equiparada. Esta foi a conclusão emitida pela Secretaria da Receita Federal por meio do Parecer Normativo CST nº 76/1971.

14 Conceitos Gerais PESSOA JURÍDICA Pessoa física e pessoa jurídica são conceitos muito utilizados quando se fala de tributação pelo Imposto de Renda. Por isso, é fundamental conceituarmos adequadamente ambas as figuras. 2.1 Pessoa física segundo o Código Civil Pessoa física é a pessoa natural, ou seja, o ser humano. De acordo com o art. 4º do antigo Código Civil (Lei nº 3.071/1916) e o art. 2º do Novo Código (Lei nº /2002): A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 2.2 Conceito de pessoa jurídica Originalmente, a personalidade jurídica está afeita à pessoa natural, ao ser humano de modo geral. Mas, por ficção jurídica, a lei outorga personalidade jurídica, por exemplo, às associações e sociedades (empresas). Essa outorga de personalidade jurídica aos organismos empresariais torna-lhes possível o exercício de direitos e, em contrapartida, a assunção de obrigações. É importante assinalar que: a) a legislação vigente, como dissemos, outorga personalidade jurídica própria às sociedades e define que as pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus membros; b) começa a existência legal da pessoa jurídica de direito privado (veja subitem 2.2.1) com a inscrição de seu ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo. Devem ser averbadas no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo; c) para a existência legal da pessoa jurídica é necessário o registro de seu ato constitutivo no órgão próprio (Junta Comercial, na maioria das vezes, ou, em certos casos, Registro Civil de Pessoas Jurídicas);

15 16 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas para Contadores d) é do ato de registro que deriva a personalidade jurídica da sociedade, ou seja, esta é consequência da regularidade constitutiva da pessoa jurídica. Ainda sobre o registro cadastral: a regularidade da constituição da sociedade é fator indispensável à sua personificação; e a personificação, por sua vez, é aspecto decisivo para a separação dos patrimônios (dos sócios e da pessoa jurídica); assim, se a sociedade não for regularmente constituída, uma vez provada sua existência de fato, seus sócios são solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas em prol do negócio comum Pessoas jurídicas de direito público e de direito privado De acordo com os arts. 40 a 45 do Novo Código Civil: a) as pessoas jurídicas são de direito público (interno ou externo) ou de direito privado; b) são pessoas jurídicas de direito público interno: b.1) a União; b.2) os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; b.3) os municípios; b.4) as autarquias; b.5) as demais entidades de caráter público criadas por lei; c) são pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público; d) são pessoas jurídicas de direito privado: d.1) as associações; d.2) as sociedades; d.3) as fundações.

16 Conceitos Gerais Quem a legislação do Imposto de Renda considera pessoa jurídica Vimos no item 1 deste Capítulo que são contribuintes: a) as pessoas jurídicas (sociedades); e b) as empresas individuais ( empresários ). A legislação do Imposto de Renda (art. 147 do RIR/1999) considera como pessoa jurídica, para efeito da letra a supra (ou seja, para fins de sujeição ao IRPJ): as pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no País, sejam quais forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital; as filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas jurídicas com sede no exterior; os comitentes domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operações realizadas por seus mandatários ou comissários no País Empresas individuais A legislação do Imposto de Renda equipara a empresa individual à pessoa jurídica. Assim, de acordo com o art. 150 do RIR/1999: a) as empresas individuais são equiparadas às pessoas jurídicas. Para efeitos dessa equiparação, é irrelevante que o comerciante esteja ou não inscrito na Junta Comercial (PN CST nº 39/1977); b) são empresas individuais: b.1) as firmas individuais; b.2) as pessoas físicas que, em nome individual, explorem, habitual e profissionalmente, qualquer atividade econômica de natureza civil ou comercial, com o fim especulativo de lucro mediante venda a terceiros de bens ou serviços; b.3) as pessoas físicas que promoverem a incorporação de prédios em condomínio ou loteamento de terrenos (observadas as regras previstas nos arts. 151 a 166 do RIR/1999).

17 18 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas para Contadores Casos em que a pessoa física não é considerada empresa individual O conceito de empresa individual, mencionado na letra b anterior, não se aplica às pessoas físicas que, individualmente, exerçam as profissões ou explorem as atividades de: a) médico, engenheiro, advogado, dentista, veterinário, professor, economista, contador, jornalista, pintor, escritor, escultor e outras que lhes possam ser assemelhadas 2 ; b) profissões, ocupações e prestação de serviços não comerciais 3 ; c) agentes, representantes e outras pessoas sem vínculo empregatício que, tomando parte em atos de comércio, não os pratiquem, todavia, por conta própria; d) serventuários da justiça, como tabeliães, notários, oficiais públicos e outros; e) corretores, leiloeiros e despachantes, seus prepostos e adjuntos; f) exploração individual de contratos de empreitada unicamente de lavor, qualquer que seja a natureza, quer se trate de trabalhos arquitetônicos, topográficos, terraplenagem, construções de alvenaria e outras congêneres, quer de serviços de utilidade pública, tanto de estudos como de construções; g) exploração de obras artísticas, didáticas, científicas, urbanísticas, projetos técnicos de construção, instalações ou equipamentos, salvo quando não explorados diretamente pelo autor ou criador do bem ou da obra. 2 Profissionais que se estabelecem no mesmo prédio e que, sem organizar sociedade, concordam em ser designados por uma denominação única para fins promocionais ou de identificação, mantendo cada um clientes próprios e tendo receita independente, são tratados autonomamente perante o Imposto de Renda. Portanto, não são equiparados à pessoa jurídica, desde que possuam clientes próprios e disponham livremente das receitas auferidas com seu trabalho individual. Esse entendimento também prevalece para o caso em que esses profissionais repartam entre si as despesas comuns, como auxiliares, aluguel, telefone, luz e outras semelhantes, pois o que pesa na caracterização é a independência da receita. Esta conclusão do Fisco foi emitida pelo PN CST nº 44/ De acordo com a IN RF nº 111/1984, a associação de pessoas físicas para participação em comum em carteira de títulos e valores mobiliários, quando não registrada em Bolsa de Valores, segundo as normas fixadas pela Comissão de Valores Mobiliários, constitui sociedade para os fins de tributação pelo Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas.

18 Conceitos Gerais Sociedades em conta de participação Essas sociedades são equiparadas às pessoas jurídicas para efeito de tributação pelo IRPJ (arts. 148 e 149 do RIR/1999). Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais sócios dos resultados correspondentes. Obriga-se perante terceiro tão somente o sócio ostensivo e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social. A constituição de sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito. 3. IMUNIDADES, ISENÇÕES E NÃO INCIDÊNCIAS As imunidades, as isenções e as não incidências previstas na legislação do Imposto de Renda não dispensam as pessoas jurídicas das demais obrigações previstas na mesma legislação (art. 167 do RIR/1999). Nesses casos, fica dispensada, apenas, a chamada obrigação principal, ou seja, a obrigação de pagar imposto. Portanto, as sociedades imunes, isentas ou que aufiram rendimentos não tributáveis permanecem sujeitas às seguintes obrigações (entre outras): a) retenção e recolhimento de impostos sobre rendimentos pagos ou creditados a terceiros; b) prestação de informações ao Fisco (por exemplo: apresentação de declarações). Outro aspecto importante a ser salientado: a imunidade, a isenção ou a não incidência concedida às pessoas jurídicas não é extensiva aos que dela percebam rendimentos sob qualquer título e forma. Isso significa que é tributado normalmente o rendimento recebido por determinado beneficiário remunerado por sociedade imune ou isenta. 3.1 Imunidade De acordo com os arts. 168 a 171 do RIR/1999: a) não estão sujeitos ao Imposto de Renda os templos de qualquer culto;

19 20 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas para Contadores b) também não estão sujeitos ao imposto os partidos políticos, inclusive suas fundações, e as entidades sindicais dos trabalhadores, sem fins lucrativos, desde que 4 : b.1) não distribuam qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; b.2) apliquem seus recursos integralmente no País, na manutenção de seus objetivos institucionais; b.3) mantenham escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão; c) igualmente não estão sujeitas ao imposto as instituições de educação e as de assistência social, sem fins lucrativos, observando-se que: c.1) considera-se imune a instituição de educação ou de assistência social que preste os serviços para os quais houver sido instituída e os coloque à disposição da população em geral, em caráter complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos; c.2) considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente superávit em suas contas ou, caso o apresente em determinado exercício, destine o resultado, integralmente, à manutenção e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais; c.3) para o gozo da imunidade, as mencionadas instituições são obrigadas a atender aos seguintes requisitos: c.3.1) não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados; c.3.2) aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos seus objetivos sociais; 4 A imunidade referida na letra b não dispensa tais entidades da responsabilidade pelo imposto que lhes caiba reter na fonte e não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, que visem assegurar o cumprimento de obrigações tributárias por terceiros. Cabe salientar, ainda, que, na falta de cumprimento das regras mencionadas em b.1 a b.3, a autoridade competente pode suspender o benefício de imunidade (conforme previsto no art. 172 do RIR/1999).

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