GUIA PRÁTICO DO CONTABILISTA O DIA A DIA NA CONTABILIDADE
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- Maria do Carmo Palmeira Regueira
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2 GUIA PRÁTICO DO CONTABILISTA O DIA A DIA NA CONTABILIDADE
3 Mário Sebastião de Azevedo Pereira Consultor empresarial que atua há mais de 20 anos nas áreas Contábil e Administrativa. É autor dos livros Excel para Contadores, Excel Avançado para Contadores e Guia Prático do Contabilista, Gestão Tributária, Gestão de Custos, todos editados pela IOB, além de ser instrutor dos cursos de Custos e Contabilidade Gerencial no Curso a Distância e Presencial do Preparatório para o Exame de Suficiência do CFC.
4 SUMÁRIO Capítulo 1 CONTRATO SOCIAL 1. O contrato social e sua importância Sociedade em Nome Coletivo Sociedade em Comandita Simples Sociedade Limitada Sociedade Anônima Modelos de Contrato Social Contrato Social de Prestadora de Serviços Contrato Social de Empresa de Comércio Contrato Social de Empresa de Indústria Objeto Social Capital Social e sua Integralização Alterações Contratuais Exercícios de Fixação Gabarito Capítulo 2 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS 1. Princípios Contábeis Formas de Contabilização Regime de Caixa... 56
5 6 Guia Prático do Contabilista 2.2 Regime de Competência Obrigatoriedade da Contabilização Exercícios de Fixação Gabarito Capítulo 3 PLANO DE CONTAS 1. O Plano de Contas Modelo de Plano de Contas Natureza das Contas Contas Redutoras Ativo Passivo Despesa Receita Exercícios de Fixação Gabarito Capítulo 4 LANÇAMENTOS INICIAIS 1. Lançamentos Contábeis Lançamentos Iniciais Formas de Lançamentos Partida Simples Partida Dobrada Documentos Utilizados nos Lançamentos Exercícios de Fixação Gabarito
6 Sumário 7 Capítulo 5 FOLHA DE PAGAMENTO 1. Registro de Funcionário Contabilização da Folha Mensal Lançamentos dos Proventos Lançamentos dos Descontos Lançamentos dos Encargos º salário Contabilização do 13º Salário Férias Contabilização das Férias Rescisão do Contrato de Trabalho Contabilização da Rescisão Exercícios de Fixação Gabarito Capítulo 6 FATURAMENTO 1. Aquisição de Mercadorias Aquisição de Mercadoria para Revenda Aquisição de Matéria-Prima Aquisição de Materiais Secundários Revendas de Mercadoria Venda de Produtos Devolução de Vendas Devolução de Compras Exercícios de Fixação Gabarito
7 8 Guia Prático do Contabilista Capítulo 7 IMPOSTOS SOBRE VENDAS 1. Introdução aos Impostos Calculando os Impostos Impostos não Cumulativos Contabilizando os Impostos Exercícios de Fixação Gabarito Capítulo 8 ESTOQUE 1. Formas de Controle de Estoque PEPS UEPS Custo Médio Almoxarifado Registro de Inventário Exercícios de Fixação Gabarito Capítulo 9 DEPRECIAÇÃO 1. Introdução Contabilização da Depreciação Bens Depreciáveis Reflexos da Depreciação Exercícios de Fixação Gabarito
8 Sumário 9 Capítulo 10 CUSTO 1. Conceito de Custo Custo Sobre Vendas Custo na Produção Contabilização do Custo Exercícios de Fixação Gabarito Capítulo 11 FORMAÇÃO DE PREÇO 1. Conceito de Preço O custo na Formação do Preço O Preço e o Lucro Formando o Preço Exercícios de Fixação Gabarito Capítulo 12 APURAÇÃO DO RESULTADO 1. Formas de Apuração Lucro Real Lucro Real Trimestral Lucro Real Anual Lucro Presumido Calculando o IRPJ e a CSSL Exercícios de Fixação Gabarito
9 10 Guia Prático do Contabilista Capítulo 13 RELATÓRIOS CONTÁBEIS 1. Relatórios Obrigatórios Balanço Estrutura do Balanço O Funcionamento do Balanço DRE Estrutura da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. 290 Exercícios de Fixação Gabarito Capítulo 14 INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA 1. Usuários e suas necessidades de informação Os diversos ramos aplicados da Contabilidade Contabilidade Tributária Contabilidade Tributária e o Lucro Real Apuração do Imposto de Renda e da Contribuição Social Contabilidade Tributária e o Lucro Presumido Contabilidade Tributária e o Simples Nacional Exercícios de fixação Gabarito Capítulo 15 AJUSTE AO VALOR PRESENTE 1. Ajuste ao Valor presente Avaliação para a Redução Mensuração do Valor Recuperável
10 Sumário Valor em Uso Teste de Impairment Primeiro Modelo de Teste de Impairment Segundo Modelo de Teste de Impairment Calculando com a HP12C Exercícios de Fixação Gabarito Glossário Bibliografia
11 Capítulo 1 Contrato Social 1. O CONTRATO SOCIAL E SUA IMPORTÂNCIA Quando se fala em material de estudo para profissionais da área de contabilidade, na maioria das vezes, os assuntos abordados são lançamentos contábeis, apuração de impostos, balanços, enfim, sempre a parte operacional da empresa; porém, antes de apurar os resultados, os impostos e a distribuição de lucros, devemos ter a empresa legalmente aberta nos órgãos competentes, para que seu funcionamento seja legal do ponto de vista jurídico. Uma empresa é uma personalidade jurídica que tem vida própria, portanto, deve ter seu registro anotado nos órgãos para que seja legalmente reconhecida e seus atos possam produzir os efeitos legais. Seu nascimento, ou seja, sua abertura como personalidade jurídica, está determinada no Código Civil, onde estão descritos quais são os tipos de empresa, a forma como devem ser tratados os sócios que compõem a empresa e sua administração. O registro de nascimento das empresas, por assim dizer, é o Contrato Social. Esse documento informará quem são os sócios da empresa, o endereço onde ela ficará sediada e onde irá desenvolver suas atividades comerciais. Constará também a informação de qual será
12 16 mário Sebastião de Azevedo Pereira o objeto de atividade da empresa, que pode ser comércio, indústria ou serviços, como será formado o capital social da entidade no que tange ao valor e sua divisão entre os sócios, além da forma como será integralizado. No Contrato Social, a empresa informará também quem serão seus administradores, se sócios ou não, a forma de remuneração dos sócios, o prazo de duração da sociedade, entre outras informações necessárias para o seu funcionamento. Tais informações são fundamentais, pois, se a empresa praticar algum ato que não tenha sido acordado no Contrato Social este ato não terá valor e a empresa poderá ser penalizada com multas, ou então, não conseguirá realizá-lo. Por exemplo, a abertura de filial é encarada como a abertura de uma nova empresa, mesmo sabendo que ela faz parte da empresa matriz, os procedimentos para sua abertura seguem o mesmo padrão estabelecido para a abertura da matriz. A filial terá um número de CNPJ, inscrição estadual e municipal independentes da matriz, pois possui uma vida comercial própria; para que ela possa se estabelecer comercialmente, deve constar no Contrato Social da matriz a possibilidade de abertura de filiais; se esta condição não estiver estabelecida, a abertura não será autorizada pelos órgãos competentes para registro e autorização de funcionamento. As sociedades serão constituídas de acordo com o seu tipo, que estará definido no Código Civil. Os tipos de sociedades podem ser: Sociedade em Nome Coletivo, Sociedade em Comandita Simples, Sociedade Limitada e Sociedade Anônima. O Artigo do Código Civil que traz quais são as partes fundamentais para a elaboração do contrato social das empresas é o Artigo 997. Segundo os incisos do referido Artigo, devem ser mencionados no Contrato Social o nome, a nacionalidade, o estado civil, a profissão e a residência dos sócios, se estes forem pessoas naturais. No caso dos sócios serem pessoa jurídica, deve-se informar a firma ou a denominação, a nacionalidade e a sede. Para que o contrato cumpra a formalidade legal, deve-se informar qual a denominação da sociedade, o objeto social da empresa, onde é sua sede, o prazo de validade da sociedade, qual o valor do capital social em moeda corrente, as quotas de cada sócio e a forma
13 Guia Prático do Contabilista - O dia a dia na Contabilidade 17 como será integralizado, se em dinheiro, por meio de bens, ou então, nas sociedades em que a legislação permita em prestação de serviços do sócio. Nesse caso, deve-se especificar qual será a forma de prestação, quem são as pessoas que executarão a administração da sociedade, seus poderes e atribuições. Deve o Contrato Social informar também qual a participação dos sócios nos lucros e perdas da empresa e se os sócios respondem ou não subsidiariamente pelas obrigações sociais. Além dessas informações obrigatórias, os sócios devem registrar em contrato os acordos, desde que não sejam contrários à lei corrente, para a constituição e execução dos trabalhos da sociedade e a forma de dissolução. Se não houver acordo expresso em contrato, este será regido pelas normas estabelecidas pelo Código Civil. 1.1 Sociedade em Nome Coletivo A Sociedade em Nome Coletivo é regida pelos Artigos a 1044 do Código Civil. Estes Artigos estão no Capítulo II - Da Sociedade em Nome Coletivo; neste conjunto de Artigos, estão determinadas todas as condições para sua constituição, administração e dissolução da sociedade. Essa espécie de sociedade permite somente pessoas físicas no seu quadro societário, conforme determinado no Artigo 1.039, que também decide que a responsabilidade pelas obrigações sociais são solidárias e ilimitadas. As formalidades para a confecção do Contrato Social estão determinadas no Artigo 997 e seus incisos; a remissão está descrita no Artigo que trata sobre contrato. No Artigo 997, estão descritas quais informações são obrigatórias no contrato de constituição da sociedade. São partes fundamentais do Contrato Social, descritas no Artigo 997, a qualificação dos sócios, onde deve constar nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência. Neste item, o Artigo 997, no seu inciso I, pressupõe a participação de pessoa jurídica em um
14 18 mário Sebastião de Azevedo Pereira contrato de constituição, porém, como determinado no Artigo 1.039, nesta espécie de sociedade, não é permitida a participação de pessoa jurídica. Qual será a denominação da sociedade, seu objeto, a sede e seu prazo de duração? A forma como será composto o capital social, sempre expresso em moeda corrente, a quota de cada sócio no capital social, e a forma de integralização, as obrigações de cada sócio, a administração da sociedade, a participação de cada um nos lucros ou perdas e se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente pelas obrigações sociais. Embora essas sejam partes obrigatórias no contrato de constituição da sociedade, os sócios podem determinar outras situações no contrato além das descritas acima, desde que de acordo com a legislação aplicável. Um exemplo deste acordo é o fato de a empresa poder ou não abrir filiais. Assim como o Artigo remete ao Artigo 997, no que se refere ao Contrato Social, sobre a dissolução da sociedade o Artigo remete ao 1.033, que relata quais são as causas que irão determinar sua dissolução. 1.2 Sociedade em Comandita Simples A Sociedade em Comandita Simples é regida pelos Artigos a 1.051, e estão no Capítulo III - Da Sociedade em Comandita Simples. Nesta espécie de sociedade, o quadro societário é dividido em duas categorias: os comanditados, que serão pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota; essa definição está descrita no Artigo A relação dos sócios e suas categorias devem constar no Contrato Social, conforme determinação do parágrafo único do Artigo citado. Os sócios comanditários não podem praticar atos de gestão da sociedade, porém lhes cabe participar das deliberações da sociedade e fiscalização das operações, como determina o Artigo
15 Guia Prático do Contabilista - O dia a dia na Contabilidade 19 As normas aplicáveis à Sociedade em Comandita Simples estão no Artigo 1.046, porém esse Artigo remete às normas da Sociedade em Nome Coletivo, sempre levando em consideração a compatibilidade de aplicação da norma, como também remete ao conjunto de Artigos ao Essa remissão leva ao Artigo 997 no que tange ao Contrato Social, não devendo desprezar a especificidade da categoria dos sócios, uma vez que essa determinação está presente no Artigo O artigo que trata sobre a dissolução da sociedade é o 1.051; no seu inciso I, ele remete ao artigo 1.044, que, por sua vez,remete ao 1.033, porém no inciso II, ele determina a dissolução quando por mais de 180 (cento e oitenta) dias perdurar a falta de uma das categorias de sócio, então, além de todas as condições descritas nos artigos citados, temos mais essa condicional para a dissolução da sociedade. 1.3 Sociedade Limitada Os Artigos que regem a Sociedade Limitada estão no Capítulo IV - Da Sociedade Limitada, entre os Artigos a 1.087, do Código Civil. Em virtude da complexidade dessa espécie de sociedade, suas regras estão dispostas em oito seções, onde cada assunto será tratado de forma específica. As seções são: I - Disposições preliminares, Artigos a II - Das quotas, Artigos a III - Da administração, Artigos a IV - Do Conselho Fiscal, Artigos a V - Das deliberações dos sócios, Artigos a VI - Do aumento e da redução do capital, Artigos a VII - Da resolução da sociedade em relação a sócios minoritários, Artigos a VIII - Da dissolução, Artigo 1.087
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