Parecer PGFN 202/2013

Transcrição

1 Parecer PGFN 202/2013 Julho de 2013

2 Aspectos a serem abordados Contextualizando a discussão Entendimento do Parecer PGFN 202/2013 Entendimento divergente Impactos da aplicação do Parecer e pontos não enfrentados

3 Contextualizando a discussão

4 Distribuição de dividendos isenção Regime tributário aplicável aos dividendos Artigo 10 da Lei 9249/05 Isenção do Imposto de Renda Retido na Fonte ( IRRF ) Lucros gerados a partir de 01 de janeiro de 1996 Art. 10. Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, não ficarão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado no País ou no exterior. Parágrafo único. No caso de quotas ou ações distribuídas em decorrência de aumento de capital por incorporação de lucros apurados a partir do mês de janeiro de 1996, ou de reservas constituídas com esses lucros, o custo de aquisição será igual à parcela do lucro ou reserva capitalizado, que corresponder ao sócio ou acionista.

5 Normas contábeis alterações e inovações Lei 11638/2007 e Lei 11941/2009 Alteraram Lei 6404/1976 o Novos métodos e critérios contábeis a serem adotados na apuração do resultado da empresa (lucro ou prejuízo contábil) Controvérsias quanto ao tratamento fiscal aplicável o Balanço societário x legislação fiscal Regime Tributário de Transição ( RTT ) o Neutralidade, para fins da apuração do IRPJ, CSLL, PIS e COFINS, dos lançamentos a conta de receita, custo e despesa em decorrência dos novos métodos e critérios contábeis.

6 Entendimento do Parecer PGFN 202/2013

7 Parecer PGFN 202/2013 Introduziu as noções de Balanço societário x Balanço fiscal Balanço societário : Lei 11638/2007, Lei 11941/2009 e CVM Balanço fiscal : Lei 6404/1976 Afirma que o artigo 10 da Lei 9249/1995 é norma tributária Portanto, sujeita ao RTT. Legislação fiscal teria criado um conceito de dividendos, apartado da legislação societária Isenção instituída pela Lei 9249/1995 Dividendo isento é aquele apurado com base no lucro do balanço fiscal Lucro apurado no balanço societário não é tributado pela pessoa jurídica devido ao RTT. Portanto, se distribuído configura excesso de dividendo

8 Parecer PGFN 202/2013 Impactos fiscais na distribuição de dividendos Incidência do IRRF na distribuição do excesso de dividendos o Excesso de dividendos : calculado sobre lucro apurado no balanço societário que exceder ao lucro apurado no balanço fiscal Não indica, especificamente, o tratamento tributário aplicável ao excesso de dividendos o Cita artigo 48 da Instrução Normativa SRF nº 93/1997 que trata da distribuição de lucros em excesso ao lucro apurado em balanço o Beneficiário pessoa física: tabela progressiva o Beneficiário pessoa:?

9 Entendimento divergente

10 Entendimento divergente Não existe um conceito de dividendos previsto pela legislação fiscal Pelo contrário, legislação fiscal deve observar os conceitos de direito privado artigo 109, CTN Efeitos do RTT são temporários?

11 Impactos da aplicação do Parecer e Pontos não enfrentados

12 Impactos e pontos não enfrentados Esse entendimento se aplica às pessoas jurídicas que adotem Lucro Presumido ou Lucro Arbitrado? Possibilidade de deduzir o excesso de dividendos da base de cálculo do IRPJ e CSLL, vez que será tributável na distribuição. Impactos na apuração do PIS e COFINS débito e crédito. Dividendos já distribuídos risco de autuação. Impacto na apuração de JCP, regras de subcapitalização.

13 Impactos e pontos não enfrentados Como tratar a hipótese em que o lucro apurado no balanço fiscal for maior do que o lucro apurado no balanço societário? Resultado de equivalência patrimonial

14 Observações finais O Parecer PGFN 202/2013 não vincula o contribuinte, tão somente os órgãos do Ministério da Fazenda. Considerando as implicações dessa nova interpretação da isenção do art. 10 da Lei nº 9.249/95, resta saber como a RFB se posicionará em relação ao Parecer e à aplicação desse entendimento. Muitas questões ficaram pendentes de esclarecimento. O objetivo desta apresentação foi promover o debate sobre essas questões pendentes.

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