ARTIGO ORIGINAL. Resumo. terapêuticas estão de acordo com o preconizado, sendo a drenagem pleural fechada o modo de tratamento mais utilizado.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ARTIGO ORIGINAL. Resumo. terapêuticas estão de acordo com o preconizado, sendo a drenagem pleural fechada o modo de tratamento mais utilizado."

Transcrição

1 8 Arquivos /07/36 Catarinenses de Medicina - 01/8 Vol. 36, n o. 2, de 2007 Arquivos Catarinenses de Medicina ARTIGO ORIGINAL Pneumotórax em hospital geral: análise dos casos e condutas. Jorge Luiz da Silva Júnior 1 Lucas Stocco 2,Renato Tadao Ishie 3,João José de Deus Cardoso 1 Resumo Introdução: O pneumotórax caracteriza-se pela presença de ar no espaço pleural. É uma doença freqüente e ocasiona conseqüências ventilatórias e hemodinâmicas variáveis que podem, em alguns casos, levar ao óbito. O objetivo do estudo é analisar os casos de pneumotórax e as condutas que foram realizadas num Hospital Geral. Método: Análise retrospectiva de prontuários com o diagnóstico de pneumotórax, admitidos no Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no período de 01 janeiro de 2003 a 31 de dezembro de As variáveis analisadas foram: idade, sexo, sintomas, tipo de pneumotórax e conduta terapêutica. Resultados: Foram diagnosticados 40 casos, dos quais 30 pacientes (75%) do sexo masculino. Com relação a faixa etária a distribuição dos casos foi de 18 (45%) em adultos jovens, 18 (45%) em adultos e 4 (10%) em idosos. Quanto ao tipo de pneumotórax foi espontâneo em 29 (72,5%) seguido do traumático em 8 (20%) e iatrogênico em 3 (7,5%) casos. Com relação aos sintomas mais comuns verificou-se: dor torácica em 34 (85%), dispnéia em 32 (77,5%) e tosse em 9 (22,5%) casos. Na conduta terapêutica observou-se drenagem pleural fechada em 33 (82,5%) casos, seguido de cirurgia em 6 (15%) e tratamento conservador em 1 (2,5%) caso. Conclusão: Neste estudo os casos de pneumotórax atendidos num Hospital Geral têm dados semelhantes aos encontrados na literatura especializada e as condutas 1- Acadêmico 4 ano do curso de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 2- Acadêmico 4 ano do curso de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 3- Acadêmico 4 ano do curso de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 4-Professor Adjunto IV do Departamento de Clínica Cirúrgica da UFSC, terapêuticas estão de acordo com o preconizado, sendo a drenagem pleural fechada o modo de tratamento mais utilizado. Descritores: 1. Pneumotórax; 2. Pleura; 3. Drenagem Torácica. Abstract Introduction: Pneumothorax is characterized by the presence of air in the space. It is a common illness and produces variable ventilatory and hemodynamic consequences that can, in some cases, lead to death. The objective of the study is to analyses the cases of pneumothorax and the management that was provided in a general hospital. Method: Retrospective analysis of the medical records of patients diagnosed with pneumothorax admitted to the University Hospital of the Federal University of Santa Catarina(UFSC) January 2003 to 2006.The variable analyzed were: age, gender, symptoms, type of pneumothorax and management. Results: Forty cases were diagnosed, with similar distribution according to age, and were more frequent distribution in young adult and adult patients, 30 (75%) were male. In terms of pneumothorax type, 29 cases (72,5%) were spontaneous, 8 (20%) traumatic, and 3 (7,5%) iatrogenic. The most common symptoms were: thoracic pain in 34 cases (85%), dypnea in 32 (77,5%), and cough in 9 (22,5%) patients. Concerning the therapeutic management, closed pleural drainage was observed in 33 cases (82,5%) patients, surgery in 6 (15%), and conservative treatment in 1 case (2,5%). Conclusion: In this study, the pneumothorax cases seen in a general hospital showed similar data to those in 8

2 Pneumotórax em hospital geral: análise dos casos e condutas Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 36, n o. 2, de the literature. The therapeutic management was conforming to the literature findings and closed pleural drainage was the treatment method of choice. Keywords: 1.Pneumothorax; 2. Pleura; 3. Thoracic Drainage. Introdução O espaço pleural é dito como virtual, ocupado por uma pequena quantidade de líquido adsorvente antiabrasivo, e apresenta uma pressão subatmosférica. O pneumotórax é o acúmulo de ar no interior do espaço pleural com algum grau de colapso pulmonar 1. Por muitos anos acreditou-se ser o pneumotórax uma complicação da tuberculose, até que, em 1932, Kjaergaard enfatizou a ruptura de bolhas subpleurais como principal etiologia. A importância do estudo do pneumotórax é justificada por sua freqüência e pelas conseqüências ventilatórias e hemodinâmicas que podem levar ao óbito. É uma complicação freqüente de doenças pulmonares e procedimentos diagnósticos e terapêuticos invasivos. Sua incidência chega a 3,4% em portadores de fibrose cística 2, 6,9% em indivíduos com pneumonia por Pneumocystis carinii 3 e excede a 50% nos casos de linfangioliomiomatose 1. Além disso, é uma complicação comum nos traumas torácicos aberto e fechado. As repercussões ventilatórias e hemodinâmicas variam desde uma redução da PaO 2 até uma compressão mediastinal com risco de choque por obstáculo circulatório e óbito. O pneumotórax pode ser classificado em quatro modalidades: espontâneo primário, espontâneo secundário, traumático e iatrogênico. O pneumotórax espontâneo primário ocorre na ausência de doença pulmonar subjacente ou trauma. Sua incidência é maior no sexo masculino, idade entre anos, e em indivíduos longilíneos com diâmetro ânteroposterior do tórax reduzido. História familiar e tabagismo estão relacionados como fatores predisponentes 4. Cerca de 17,5% dos pacientes poderão apresentar recidiva até um ano após o primeiro episódio 5. O pneumotórax espontâneo secundário ocorre associado a uma doença pulmonar subjacente e demonstra maior gravidade. Apresenta maior incidência em pacientes do sexo masculino e idade acima dos 45 anos 6. A doença pulmonar subjacente mais freqüente é a doença pulmonar obstrutiva crônica, principalmente o enfisema bolhoso. Pode ocorrer também como complicação da tuberculose, pneumonia e neoplasia pulmonar. Nos traumatismos torácicos, tanto abertos quanto fechados, o pneumotórax aparece como uma complicação comum 7. A ruptura do parênquima pulmonar é o fator determinante mais freqüente, seguido das rupturas traqueobrônquicas e do esôfago 1. No pneumotórax aberto, há comprometimento de todas as estruturas da parede torácica com fluxo de ar nos dois sentidos com resultante aumento progressivo de volume de espaço morto e retenção de CO 2. O pneumotórax iatrogênico pode ser considerado uma doença da modernidade devido aos diversos procedimentos diagnósticos e terapêuticos invasivos encontrados hoje 1. Entre as causas mais comuns, estão os acessos venosos profundos, sendo mais freqüente nas punções da veia subclávia 8. Na biópsia por punção transparietal com agulha fina, observa-se pneumotórax como complicação em 19,9% dos casos 9. Outras causas comuns são a toracocentese, biópsia transbrônquica, ventilação mecânica e manobras de ressuscitação cardiorespiratória. Na manifestação clínica do pneumotórax, é observado, em mais de 90% dos casos, dor torácica ventilatóriodependente, com localização no hemitórax acometido e possibilidade de irradiação frênica. O segundo sintoma mais freqüente é a dispnéia, seguido pela tosse seca. Ao exame físico, pode haver enfisema subcutâneo, diminuição ou abolição do murmúrio vesicular e frêmito toracovocal no hemitórax afetado e timpanismo à percussão. O desvio contralateral do ictus cordis pode ser observado nos casos de pneumotórax hipertensivo. O diagnóstico radiológico é feito com duas incidências radiográficas do tórax, póstero-anterior e perfil. Nos casos de dúvida no diagnóstico radiológico, a incidência em decúbito lateral pode ser realizada 10. A tomografia computadorizada raramente é utilizada como método diagnóstico inicial, servindo mais como método de diagnóstico diferencial. O tratamento depende da severidade do pneumotórax e da natureza da doença de base. São contra-indicações para o tratamento conservador pneumotórax espontâneo secundário ao trauma torácico com fraturas costais e casos sob ventilação mecânica, com pressão positiva. Esporadicamente, casos selecionados de pneumotórax traumático têm sido manejados conservadoramente 11. A drenagem pleural fechada tem como indicações: pneumotórax sintomático com comprometimento 9

3 10 Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 36, n o. 2, de 2007 Pneumotórax em hospital geral: análise dos casos e condutas hemodinâmico/respiratório; pneumotórax, cuja quantificação excede 25%; coexistência de derrame pleural significativo; e pneumotórax hipertensivo 1. Como alternativas para a drenagem pleural fechada, há a válvula de Heimleich e o uso de cateteres helicoidais tipo pigtail 12. O tratamento definitivo irá depender da etiologia, recidiva, e da coexistência de doença pulmonar subjacente. As indicações cirúrgicas mais freqüentes são: primeiro episódio, com pulmão não expandido/ encarcerado após a drenagem fechada; segundo episódio, fuga aérea persistente por mais de 5-7 dias; pneumotórax bilateral; história prévia de pneumotórax contralateral; profissão de risco (astronauta, aviador, mergulhador); distância do centro médico; primeiro episódio em pulmão único; primeiro episódio em paciente com comprometimento funcional pulmonar grave; presença de bolhas de enfisema; e coexistência de hemotórax de médio/grande volume 1. O tratamento definitivo consiste na ressecção das bolhas subpleurais (blebs), das bolhas de enfisema (bullae) e, eventualmente, da sutura pulmonar e/ou segmentectomia, seguida da pleurodese ou pleurectomia parietal. Para isso, utiliza-se ligadura simples, ligadura tipo endoloop, endogrampeador linear cortante e ressecção com laser ou bisturi elétrico. Estes últimos com resultados controversos. A pleurodese tem como objetivo promover a aderência entre o pulmão e a pleura parietal. Esta aderência pode ser conseguida por meios físicos, com abrasão pleural, com gaze seca ou tela de marlex, bisturi elétrico ou bisturi de argônio, ou, então, por meios químicos, dentre os quais os agentes mais utilizados são o talco estéril sem asbesto e a tetraciclina. Estas técnicas podem ser realizadas por toracotomia, toracoscopia simples ou cirurgia torácica vídeo-assistida. Uma outra alternativa é a pleurectomia parietal, a qual promove uma aderência definitiva entre a pleura visceral e a parede torácica. A associação dessas técnicas é a medida de escolha para se evitar a recidiva, já que há uma obliteração do espaço pleural, impedindo o reacúmulo de ar. Objetivo Estudar os casos de pneumotórax e as condutas que foram realizadas em pacientes atendidos em Hospital Geral. Método prontuários no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, no período de 1 de janeiro de 2003 a 1 de janeiro de 2006, sendo que os dados foram colhidos no Serviço de Arquivos Métodos e Estatísticas (SAME) do hospital. Os dados dos protocolos de pesquisa foram processados em programas de computador, com auxílio dos softwares Microsoft Excel e Microsoft Word. Nesse período, foram encontrados 48 casos de pneumotórax, distribuídos por faixa etária de acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tabela 1 Distribuição da faixa etária segundo o IBGE As variáveis estudadas foram: - Faixa Etária (exclusão: neonatal e infantil) - Sexo - Tipo de Pneumotórax - Sintomas - Conduta Terapêutica - Período de Drenagem Pleural Fechada - Tipo de Procedimento Cirúrgico - Tempo de Internação Pós-Operatória Resultados Quanto à distribuição etária, dentre os 48 casos, foram excluídos os que ocorreram em neonatos (4 casos) e em infantis (4 casos); sendo assim, a população do estudo foi de 40 casos. Figura 1 Distribuição dos casos quanto à idade (n=40) Foi realizada uma análise retrospectiva dos 10

4 Pneumotórax em hospital geral: análise dos casos e condutas Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 36, n o. 2, de Entre os 9 casos de pneumotórax espontâneo secundário, 8 (80%) pacientes tinham DPOC e 1(10%) apresentava Tuberculose. O principal sintoma que os pacientes apresentaram foi a dor torácica, observada em 34 (85%) casos; depois a dispnéia, em 32 (77,5%), e a tosse, em 9 (22,50%). Figura 3 Distribuição de acordo com os sintomas (n=40) De acordo com o sexo, foram 30 (75,%) pacientes do sexo masculino e 10 (25%) do sexo feminino. Quanto ao tipo de pneumotórax, foi espontâneo em 29 (72,5%), traumático em 08 (20%) e iatrôgenico em 03 (7,5%) casos. Figura 2 Distribuição quanto ao tipo de pneumotórax (n=40) Com relação às condutas terapêuticas tomadas, a drenagem pleural fechada foi o principal procedimento realizado, seguido de cirurgia e tratamento conservador. Figura 4 - Distribuição quanto à Conduta Terapêutica (n=40) De acordo com os casos de pneumotórax espontâneos, os primários foram 19 (65,5%) e os secundários foram 10 (34,5%), sendo que os que ocorreram como 1º episódio, 20 (68,9%) casos e, como 2º episódio, 9 (31,1%) casos. Tabela 2 Distribuição dos casos pneumotórax espontâneo (n=29) Nos casos em que foi realizada a drenagem pleural fechada, o tempo de drenagem foi menor que 7 dias em 26 (78,8%) casos e maior que 7 dias, em 7 (21,2%) casos. Tabela 3 Distribuição quanto ao tempo de drenagem pleural fechada (n=33) Casos Menor do que 7 dias Maior do que 7 dias n= 26 7 % 78,8 21,2 11

5 12 Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 36, n o. 2, de 2007 Pneumotórax em hospital geral: análise dos casos e condutas Com relação aos casos que sofreram procedimento cirúrgico (n=06), 03 (50%) foram pacientes com DPOC, 2 (33,3%) em pneumotórax de repetição e 1 (16,7%) ocorreu em paciente grávida com escape aéreo prolongado. Em todos os casos, foram realizadas a pleurodese e a bulectomia; a segmentectomia foi feita em 1 (16,7%) dos procedimentos cirúrgicos. Quanto ao tempo de internação no pós-operatório, foram encontrados os seguintes valores. TABELA 4 Distribuição do tempo de internação no pós-operatório (n=06) Discussão Pneumotórax é o acúmulo de ar no espaço pleural.. Normalmente, a pressão no espaço pleural é inferior à pressão interna do pulmão, porém, quando o ar penetra neste espaço, a pressão na pleura torna-se maior do que a pressão interna do pulmão, o qual sofre um colapso de forma parcial ou completa. No presente estudo, com relação às variáveis demográficas, a maior incidência de pneumotórax na idade adulto jovem e adulto, assim como a predominância do sexo masculino, estão de acordo com os dados encontrados na literatura 13. Dentre as manifestações clínicas, as mais encontradas neste estudo foram dor torácica, dispnéia e tosse (dor torácica 85%, dispnéia 77,5% e tosse 22,5%). Quanto ao tipo de pneumotórax, o espontâneo (72,5%) prevaleceu perante o traumático (20%) e o iatrogênico (7,5%). A baixa incidência do pneumotórax traumático, comparado ao espontâneo, pode ter ocorrido pelo fato do perfil do paciente atendido no Hospital Universitário da UFSC não ser o de um politraumatizado. Dentro do grupo de pneumotórax tipo espontâneo, houve uma predominância do primário (68,9%), porém, houve um maior número de secundário (31,1%) em comparação com a literatura 14, a qual descreve o pneumotórax primário em 83,2% dos casos e o secundário, em 16,78%. Essa discordância pode ser explicada devido ao hospital em estudo ser de atendimento terciário, prevalecendo, assim, um maior número de casos em que o pneumotórax é conseqüente a uma doença pulmonar de base. A principal causa do pneumotórax secundário encontrada, o DPOC, está de acordo com a literatura, porém, no estudo, a incidência de tuberculose (10%) como causa do pneumotórax secundário foi maior em relação à literatura, que relata o Mycobacterium tuberculosis em 1,9% dos casos 14. Isto pode refletir uma maior incidência da tuberculose em nosso país ou pode ter ocorrido devido ao pequeno número de casos estudados. Quanto à conduta terapêutica nos casos estudados (n=40), foi realizada a drenagem pleural fechada como único tratamento em 33 casos (82,5%), sendo o principal tratamento realizado. Por outro lado, foi efetuado apenas um tratamento conservador (2,5%). A drenagem pleural fechada é o principal tratamento nos casos de pneumotórax e o número deste procedimento encontrado na presente série está de acordo com a literatura, porém, com relação ao tratamento conservador, a realização deste foi menor do que o esperado. No presente estudo não foi analisado o tamanho do pneumotórax, sendo assim, não foi possível saber se essa discrepância deve-se a esse fato, uma vez que é indicada a drenagem pleural fechada nos casos em que a câmara do pneumotórax ocupa mais do que um terço da cavidade pleural. Além disso, outros fatores podem ter contribuído para esse achado, como um maior número de pneumotórax espontâneo secundário e a presença de dispnéia em 77,5% dos casos que, por si só, indica a drenagem pleural fechada. Com relação ao tempo de drenagem pleural fechada, em 26 (78,8%) casos o período foi menor do que 7 dias e maior quanto a este período foi encontrado em 7 (21,2%) casos. Vale lembrar que este intervalo de tempo de 7 dias, tem importante valor, uma vez que um período maior do que 7 dias com escape aéreo é indicativo de uma intervenção cirúrgica. Entre os 40 casos, 6 (15,%) precisaram de intervenção cirúrgica, sendo que destes, 3 (50%) eram pacientes portadores de DPOC, a doença subjacente mais freqüente. Esses pacientes apresentam com maior freqüência a presença de outras bolhas detectadas pelos métodos de imagem e uma fuga aérea mais prolongada, que são indicativos de tratamento cirúrgico. Soma-se a estes fatores uma recidiva freqüente. Dos outros casos operados, 2 (33,3%) eram recidivados (2º episódio), e o caso restante teve como indicação um escape aéreo prolongado por mais de 7 12

6 Pneumotórax em hospital geral: análise dos casos e condutas Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 36, n o. 2, de dias em uma paciente grávida. Analisando-se que aconteceram 7 casos com período de drenagem maior que 7 dias e, em 6 casos, ocorreu intervenção cirúrgica, as condutas tomadas estão de acordo com a literatura, a qual preconiza a indicação cirúrgica quando não ocorre resolução espontânea da fístula, após cinco a 7 dias de drenagem pleural fechada. No caso em que não foi realizada cirurgia, mesmo com escape aéreo por um período maior do que 7 dias, tomou-se esta conduta devido ao alto risco cirúrgico por se tratar de DPOC grave. No entanto, ocorreu resolução espontânea da fístula após 12 dias de drenagem. Alguns autores indicam o tratamento cirúrgico mesmo no primeiro episódio 15, 16, mas a conduta mais aceita é indicá-lo a partir do segundo episódio 17. Nos 7 casos que eram 2º episódio e que não sofreram intervenção cirúrgica, os pacientes não foram operados devido à falta de condições clínicas para serem operados. Nos casos deste estudo, foi realizada a toracotomia axilar como via de acesso preferencial, não sendo utilizada cirurgia torácica vídeo-assistida, uma vez que, neste período, o HU-UFSC não disponibilizava o equipamento. Em todos os casos foram realizadas a bulectomia, que é a remoção cirúrgica das bolhas e a pleurodese, na qual se busca provocar a fusão do espaço pleural; para este fim, foi feita a pleurodese por abrasão. Em 1 caso foi necessária a realização de segmentectomia com sutura mecânica. O tempo de permanência hospitalar pós-operatório variou de 3 a 6 dias, com média de 3,8 dias, sendo este dado semelhante à literatura pesquisada. Em relação ao período de internação pós-operatório, este não diferiu muito quando se comparou a toracotomia axilar com a cirurgia torácica vídeo-assistida, realizada em outras unidades hospitalares 17. Mesmo com a permanência pós-operatória quase semelhante, o tratamento videotoracoscópico é um meio eficaz, minimamente invasivo e com poucas limitações com relação ao tratamento convencional por toracotomia axilar 17, devendo ser o tratamento de eleição nos casos de pneumotórax espontâneo primário, uma vez que apresenta menor morbidade pós-operatória. Conclusão Neste estudo, concluiu-se que os casos de pneumotórax atendidos em Hospital Geral tiveram dados semelhantes aos encontrados na literatura especializada e as condutas terapêuticas tomadas estiveram de acordo com o preconizado. Por conseguinte fazendo-se a ressalva da busca por realizar o acesso videotoracoscópico, pois este apresenta um avanço técnico importante no tratamento do pneumotórax, principalmente no espontâneo primário, o qual é o tratamento de eleição. Referências Bibliográficas: 1 - Silva LCC. Condutas em Pneumologia. 1ºed. Rio de Janeiro: Revinter; 2001 pp Flume PA, Strange C, Ye X et al. Pneumothorax in cystic fibrosis. Chest 2005; 128: Teruya K, Yasuoka A, Yamaguchi M et al. Complications during clinical coursers of Pneumocystis carinii pneumonia in patients with acquired immunodeficiency syndrome. Intern Med 2001; 40(3): El Sonbaty MR, Bitar ZI, Marafie AA et al. Primary spontaneous pneumothorax in Arabs: does its frequency differ from elsewhere?. J Clin Epidemiol 2000; 53(6): Chan SS, Rainer TH. Primary spontaneous pneumothorax: 1-year recurrence rate after simple aspiration. Eur J Emerg Med 2006; 13(2): Guelbenzu JJ, Vila E, Agreda J. Spontaneous pneumothorax: review of 130 cases. An Sist Sanit Navar 2001; 24(3): Farooq U, Raza W, Zia N et al. Classification and management of chest trauma. J Coll Physicians Surg Pak 2006; 16(2): Paoletti F, Ripani U, Antonelli M et al. Central venous catheters. Observations of the implantation technique and its complications. Minerva Anestesiol 2005; 71(9): Lauent F, Michel P, Latrabe V et al. Pneumothoraces and chest tube placement after CT-guided transthoracic lung biopsy using coaxial technique: incidence and risk factors. Am J Roentgenol 1999; 172: Carr J, Reed JC, Choplin RH et al. Plain and computed radiography for detecting experimentally induced pneumothorax in cadavers: implications for detecting in patients. Radiology 1992; 183: Johnson G. Traumatic pneumothorax is a chest drain always necessary?. J Accid Emerg Med 1996; 13(3): Gammie JS, Banks MC, Fuhrman CR et al. The pigtail catheter for pleural drainage: a less invasive alternative to tube thoracostomy. JSLS 1999; 3:

7 14 Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 36, n o. 2, de 2007 Pneumotórax em hospital geral: análise dos casos e condutas 13- Gossot D, Galetta D, Stern JB et al. Results of thoracoscopic pleural abrasion for primary spontaneous Pneumothorax. Surg Endos 2004; 18: Athanassiadi K, Kalavrouzitios G, Loutsidis A et al. Surgical Treatment of Spontaneous Pneumothorax: Ten-year Experience. World J. Surg 1998; 22: Yim APC, Ho JK, Chung SS. Ng DCY-Video-assisted thoracoscopic surgery for primary spontaneous pneumothorax. Aust N Z J Surg 1994; 64: Janssen JP, Schramel FMNH, Sutedja TG et al. Videothoracoscopic Appearance of first and recurrent pneumothorax. Chest 1995; 108: Cardoso JJD, Silva FM, Silveira RF et al. A Videotoracoscopia no tratamento cirúrgico do pneumotórax espontâneo primário. Arq Cat Med 2000; Endereço para correspondência: Jorge Luiz da Silva Júnior Rua: Protenor Vidal, 213, Bairro: Pantanal, CEP: Florianópolis Santa Catarina, Tel: (48) jorgebertan@yahoo.com.br. 14

Imagem da Semana: Tomografia de tórax

Imagem da Semana: Tomografia de tórax Imagem da Semana: Tomografia de tórax Figura: Radiografia de tórax em incidência póstero-anterior. Enunciado Paciente masculino, 29 anos, previamente hígido, apresentou dor súbita e intensa em região retroesternal,

Leia mais

DEFINIÇÃO. Graus de Recomendação. XI CURSO NACIONAL DE ATUALIZAÇÃO EM PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA Rio de Janeiro RJ 15 a 17 de abril de 2010

DEFINIÇÃO. Graus de Recomendação. XI CURSO NACIONAL DE ATUALIZAÇÃO EM PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA Rio de Janeiro RJ 15 a 17 de abril de 2010 XI CURSO NACIONAL DE ATUALIZAÇÃO EM PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA Rio de Janeiro RJ 15 a 17 de abril de 2010 Graus de Recomendação GRAU A o Ao Menos 01 Estudo Randomizado de alta qualidade o Consistente com

Leia mais

Doenças Pleurais. Doenças pleurais. Pleuras - Anatomia. Pleuras - Fisiologia. Derrame pleural. Empiema. Pneumotórax. Hemotórax.

Doenças Pleurais. Doenças pleurais. Pleuras - Anatomia. Pleuras - Fisiologia. Derrame pleural. Empiema. Pneumotórax. Hemotórax. Doenças pleurais Doenças Pleurais Derrame pleural Empiema Pneumotórax Hemotórax Prof. Carlos Cezar I. S. Ovalle Quilotórax Pleuras - Anatomia Pleura visceral recobre a superfície externa do pulmões Pleura

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia

Imagem da Semana: Radiografia Imagem da Semana: Radiografia Imagem 01. Radiografia de tórax em AP Paciente do sexo masculino, 63 anos, portador de carcinoma espinocelular na base da língua ocluindo parcialmente as vias aéreas é internado

Leia mais

Trauma de TóraxT. Trauma de tórax. Trauma de tórax. Anatomia. Classificação Traumas estáveis Representam 60 a 70% dos casos que adentram os hospitais

Trauma de TóraxT. Trauma de tórax. Trauma de tórax. Anatomia. Classificação Traumas estáveis Representam 60 a 70% dos casos que adentram os hospitais Trauma de tórax VII Encontro de Enfermagem em Emergência São José do Rio Preto Trauma de TóraxT Lesões torácicas estão entre as 04 principais causas de morte nos traumatizados Nos EUA estima-se que ocorram

Leia mais

Capítulo 8. Pneumotórax* Pneumothorax

Capítulo 8. Pneumotórax* Pneumothorax Pneumotórax S 211 Capítulo 8 Pneumotórax* Pneumothorax LAERT OLIVEIRA ANDRADE FILHO 1, JOSÉ RIBAS MILANEZ DE CAMPOS 2, RUI HADDAD 3 RESUMO O pneumotórax, ou a presença de ar livre na cavidade pleural,

Leia mais

HEMOPNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO

HEMOPNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO HEMOPNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO ADONIRAM DE MAURO FIGUEIREDO CONSIDERAÇÕES GERAIS Pneumotórax é o nome com que se designa toda massa de ar ou de gás, no interior da cavidade pleural. Sua importância dependerá,

Leia mais

Trauma torácico ATLS A airway (vias aéreas pérvias) B breathing (avaliação manutenção resp e mecânica resp) C circulation D disability (avaliação esta

Trauma torácico ATLS A airway (vias aéreas pérvias) B breathing (avaliação manutenção resp e mecânica resp) C circulation D disability (avaliação esta Trauma torácico Dr. Salomón Soriano Ordinola Rojas Hospital Beneficência Portuguesa São Paulo Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Trauma torácico ATLS A airway (vias aéreas pérvias) B breathing

Leia mais

urgência do mesmo? Pneumotórax.

urgência do mesmo? Pneumotórax. PRODUÇÃO TÉCNICA DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO OU INSTRUCIONAL FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU- UNESP Programa de PG em Medicina Mestrado Profissional Associado à Residência Médica MEPAREM MESTRANDA:

Leia mais

02/06/2010. Derrame Pleural. Sarcoidose

02/06/2010. Derrame Pleural. Sarcoidose Doenças Restritivas São aquelas nas quais a expansão do pulmão é restringida por causa de alterações no parênquima pulmonar ou por causa de doenças da pleura, da parede torácica ou do aparelho neuromuscular

Leia mais

Definição 17/05/2018. Tratamento dos derrames pleurais. Ferraz Gonçalves 2017

Definição 17/05/2018. Tratamento dos derrames pleurais. Ferraz Gonçalves 2017 Definição Tratamento dos derrames pleurais Ferraz Gonçalves 2017 Derrame pleural é uma coleção de líquido anormalmente presente no espaço pleural, resultando geralmente de excesso de produção de líquido

Leia mais

Pulmonary barotrauma during general anesthesia for facial trauma surgical procedure

Pulmonary barotrauma during general anesthesia for facial trauma surgical procedure Barotrauma pulmonar durante anestesia geral para procedimento cirúrgico de traumatismo facial Pulmonary barotrauma during general anesthesia for facial trauma surgical procedure Recebido em 03/11/2009

Leia mais

Manejo do Derrame Pleural Maligno. Roberta Sales Pneumologia - InCor/HC- FMUSP Comissão de Pleura da SBPT

Manejo do Derrame Pleural Maligno. Roberta Sales Pneumologia - InCor/HC- FMUSP Comissão de Pleura da SBPT Manejo do Derrame Pleural Maligno Roberta Sales Pneumologia - InCor/HC- FMUSP Comissão de Pleura da SBPT Declaro que não existe conflito de interesses Roberta Sales Pneumologia - InCor/HC - FMUSP Comissão

Leia mais

Raio X Simples do Tórax

Raio X Simples do Tórax Raio X Simples do Tórax Imagens de hipertransparência Prof Denise Duprat Neves Prof Ricardo Marques Dias 2 Como classificar Hipertransparência Anulares Em forma de anel com halo hipotransparente Cavidade,

Leia mais

Derrame pleural na Sala de Urgência

Derrame pleural na Sala de Urgência Derrame pleural na Sala de Urgência Autores e Afiliação: Robson Takashi Hashizume. Ex-Médico Residente da Divisão de Molésticas Infecciosas do Departamento de Clínica Médica - FMRP USP. Abel de Barros

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia e Cintilografia. Imagem 01. Radiografia simples de tórax na incidência anteroposterior (AP) na primeira avaliação

Imagem da Semana: Radiografia e Cintilografia. Imagem 01. Radiografia simples de tórax na incidência anteroposterior (AP) na primeira avaliação Imagem da Semana: Radiografia e Cintilografia Imagem 01. Radiografia simples de tórax na incidência anteroposterior (AP) na primeira avaliação Imagem 02: Radiografia simples do tórax em AP após diálise

Leia mais

PNEUMOMEDIASTINO, ENFISEMA SUBCUTÂNEO E PNEUMOTÓRAX

PNEUMOMEDIASTINO, ENFISEMA SUBCUTÂNEO E PNEUMOTÓRAX PNEUMOMEDIASTINO, ENFISEMA SUBCUTÂNEO E PNEUMOTÓRAX A. Aguiar Ferreira, J. Macedo, N. Pereira Silva, P. Gomes, F. Caseiro Alves Serviço de Imagem Médica Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra

Leia mais

Tratamento cirúrgico do pneumotórax espontâneo primário no primeiro episódio *

Tratamento cirúrgico do pneumotórax espontâneo primário no primeiro episódio * ARTIGO ORIGINAL Tratamento cirúrgico do pneumotórax espontâneo primário no primeiro episódio Tratamento cirúrgico do pneumotórax espontâneo primário no primeiro episódio * DARCY RIBEIRO PINTO FILHO 1,

Leia mais

A Videotorascoscopia no Tratamento Cirúrgico do Pneumotórax Espontâneo Primário

A Videotorascoscopia no Tratamento Cirúrgico do Pneumotórax Espontâneo Primário 0004-2773/00/29-1-4/32 Arquivos Catarinenses de Medicina RELATO DE CASO A Videotorascoscopia no Tratamento Cirúrgico do Pneumotórax Espontâneo Primário João José de Deus Cardoso 1, Fábio May da Silva 2,

Leia mais

NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO

NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Medicina Hospital São Lucas SERVIÇO DE CIRURGIA TORÁCICA José Antônio de Figueiredo Pinto DEFINIÇÃO Lesão arredondada, menor que 3.0 cm

Leia mais

2ª PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CIRURGIA TORÁCICA

2ª PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CIRURGIA TORÁCICA 2ª PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CIRURGIA TORÁCICA Questão nº: 21 Em um paciente que tem estenose traqueal relacionada a intubação traqueal, e que apesar de traqueostomizado prossegue com sintomas obstrutivos

Leia mais

TRAUMA DE TÓRAX. Prof.ª Leticia Pedroso

TRAUMA DE TÓRAX. Prof.ª Leticia Pedroso TRAUMA DE TÓRAX Prof.ª Leticia Pedroso TRAUMA DE TÓRAX Responsáveis por 1 em cada quatro mortes de trauma. Ferimentos penetrantes de 15 a 30% requerem cirurgia. A maioria necessitam apenas de procedimentos

Leia mais

COLÉGIO BRASILEIRO DE CIRURGIÕES. Abordagem do derrame pleural

COLÉGIO BRASILEIRO DE CIRURGIÕES. Abordagem do derrame pleural COLÉGIO BRASILEIRO DE CIRURGIÕES Abordagem do derrame pleural Derrame Pleural Espaço entre as pleuras: virtual Líquido pleural Função lubrificante Volume: ~ 20ml Produção de até 700ml/dia Absorção semelhante

Leia mais

GLOSSÁRIO EXPERIMENTAL DE PNEUMOPATIAS DO TRABALHO

GLOSSÁRIO EXPERIMENTAL DE PNEUMOPATIAS DO TRABALHO GLOSSÁRIO EXPERIMENTAL DE PNEUMOPATIAS DO TRABALHO Ficha de Coleta atualizada em junho de 2012 Foco: português/variantes/ficha =verbete/definições em coleta FICHA NÚMERO: ( ) TERMO REALITER ( x ) TERMO

Leia mais

Pneumotórax espontâneo em adolescentes observados num Serviço Pediátrico de Urgência

Pneumotórax espontâneo em adolescentes observados num Serviço Pediátrico de Urgência ARTIGO ORIGINAL 39 Ângela Isabel Miguel Dias 1 Filipa Correia 2 Marta Santalha 3 Ana Luísa Lobo 4 Carla Laranjeira 5 Pneumotórax espontâneo em adolescentes observados num Serviço Pediátrico de Urgência

Leia mais

AFECÇÕES PLEURAIS. Paulo Evora. Departamento de Cirurgia e Anatomia FMRP - USP. Disciplina de Cirurgia Torácica e Cardiovascular

AFECÇÕES PLEURAIS. Paulo Evora. Departamento de Cirurgia e Anatomia FMRP - USP. Disciplina de Cirurgia Torácica e Cardiovascular AFECÇÕES PLEURAIS Paulo Evora Departamento de Cirurgia e Anatomia Disciplina de Cirurgia Torácica e Cardiovascular FMRP - USP AFECÇÕES PLEURAIS Derrames pleurais Neoplasias pleurais Anatomia da pleura

Leia mais

COMO EU FAÇO?! TORACOCENTESE

COMO EU FAÇO?! TORACOCENTESE COMO EU FAÇO?! TORACOCENTESE Introdução A toracocentese é o método m de escolha para a obtenção de amostras de líquido l pleural. Embora seja considerado um procedimento pouco invasivo, é fundamental que

Leia mais

Traumatismo do Tórax. Prof. Dr. Sergio Marrone Ribeiro

Traumatismo do Tórax. Prof. Dr. Sergio Marrone Ribeiro Traumatismo do Tórax Prof. Dr. Sergio Marrone Ribeiro Traumatismo do Tórax Penetrante Não Penetrante (Fechado) Causas Iatrogênicas Costelas São freqüentes as fraturas de costelas, simples ou múltiplas.

Leia mais

- TC Tórax - - Terminologia descritiva - - Lesões elementares / padrões fundamentais - Dr. Mauro Edelstein R3 Gustavo Jardim Dalle Grave

- TC Tórax - - Terminologia descritiva - - Lesões elementares / padrões fundamentais - Dr. Mauro Edelstein R3 Gustavo Jardim Dalle Grave - TC Tórax - - Lesões elementares / padrões fundamentais - - Terminologia descritiva - Dr. Mauro Edelstein R3 Gustavo Jardim Dalle Grave Abril 2012 Bolha Área focal hipodensa com paredes bem definidas

Leia mais

Guia prático para indicações de exames de TÓRAX

Guia prático para indicações de exames de TÓRAX Guia prático para indicações de exames de TÓRAX Guia prático para indicações de exames de TÓRAX O uso da tomografia computadorizada (TC) para avaliação da cavidade torácica revolucionou o diagnóstico e

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO PACIENTE IDOSO INTERNADO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO PACIENTE IDOSO INTERNADO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO PACIENTE IDOSO INTERNADO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA Paulo César Gottardo 1, Ana Quézia Peixinho Maia¹, Igor Mendonça do Nascimento

Leia mais

INTERPRETANDO A RADIOGRAFIA DE TÓRAX NA EMERGÊNCIA

INTERPRETANDO A RADIOGRAFIA DE TÓRAX NA EMERGÊNCIA INTERPRETANDO A RADIOGRAFIA DE TÓRAX NA EMERGÊNCIA Vicente Bohrer Brentano Amanda Schnorr Marjana Reis Lima Juliano Adams Perez UNITERMOS RADIOGRAFIA TORÁCICA; PNEUMONIA/diagnóstico; PNEUMONIA/classificação;

Leia mais

XXIII Jornadas ROR-SUL. Mesotelioma Pleural no Sul do País. 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa

XXIII Jornadas ROR-SUL. Mesotelioma Pleural no Sul do País. 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa XXIII Jornadas ROR-SUL 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa Mesotelioma Pleural no Sul do País Cláudia Guerreiro Miguel Lopes Teresa Almodovar Serviço de Pneumologia Instituto Português de Oncologia Lisboa

Leia mais

PNEUMOTÓRAX NO TRAUMA TORÁCICO FECHADO: ABORDAGEM INICIAL E TRATAMENTO

PNEUMOTÓRAX NO TRAUMA TORÁCICO FECHADO: ABORDAGEM INICIAL E TRATAMENTO PNEUMOTÓRAX NO TRAUMA TORÁCICO FECHADO: ABORDAGEM INICIAL E TRATAMENTO UNITERMOS PNEUMOTÓRAX/DIAGNÓSTICO; PNEUMOTÓRAX/TERAPIA Pedro Luã Machado Pereira Adriano Fisch Lucas Luã Machado Pereira Jayme Oliveira

Leia mais

DOENÇAS RELACIONADAS AO AMIANTO Diagnóstico e critérios de atribuição: Doenças pleurais

DOENÇAS RELACIONADAS AO AMIANTO Diagnóstico e critérios de atribuição: Doenças pleurais DOENÇAS RELACIONADAS AO AMIANTO Diagnóstico e critérios de atribuição: Doenças pleurais Eduardo M. De Capitani Disciplina de Pneumologia Departamento de Clínica Médica Faculdade de Ciências Médicas UNIVERSIDADE

Leia mais

Derrames Pleurais DR. RAFAEL PANOSSO CADORE

Derrames Pleurais DR. RAFAEL PANOSSO CADORE Derrames Pleurais DR. RAFAEL PANOSSO CADORE Definição! É qualquer aumento patológico do volume de líquido no espaço pleural decorrente de doença pleuropulmonar.! Fisiologia do Líquido pleural! Cada espaço

Leia mais

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EMERGÊNCIAS AÓRTICAS. Leonardo Oliveira Moura

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EMERGÊNCIAS AÓRTICAS. Leonardo Oliveira Moura TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EMERGÊNCIAS AÓRTICAS Leonardo Oliveira Moura Dissecção da Aorta Emergência aórtica mais comum Pode ser aguda ou crônica, quando os sintomas duram mais que 2 semanas Cerca de 75%

Leia mais

Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso.

Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. 1 INSTRUÇÕES Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. 2 3 4 Caso se identifique em qualquer outro local deste Caderno,

Leia mais

Estudo Radiológico do Tórax

Estudo Radiológico do Tórax Estudo Radiológico do Tórax Diagnósticos diferenciais do nódulo cavitado A TAC no estadiamento da neoplasia pulmonar Nódulos pulmonares múltiplos O espaçopleural e o diafragma O coração Principais massas

Leia mais

RESUMO SEPSE PARA SOCESP INTRODUÇÃO

RESUMO SEPSE PARA SOCESP INTRODUÇÃO RESUMO SEPSE PARA SOCESP 2014 1.INTRODUÇÃO Caracterizada pela presença de infecção associada a manifestações sistêmicas, a sepse é uma resposta inflamatória sistêmica à infecção, sendo causa freqüente

Leia mais

Síndrome de Boerhaave: relato de caso

Síndrome de Boerhaave: relato de caso Revista de Medicina e Saúde de Brasília RELATO DE CASO : relato de caso Boerhaave syndrome: a case report Rodrigo Helou 1, Teófilo Alvarenga Netto 1, Ana Lívia Prado de Meneses Lopes 2, Gleim Dias de Souza

Leia mais

36º Imagem da Semana: Radiografia de tórax

36º Imagem da Semana: Radiografia de tórax 36º Imagem da Semana: Radiografia de tórax Radiografia de tórax, incidência anteroposterior Radiografia de tórax, perfil esquerdo Enunciado Criança de 8 anos, masculino, previamente hígida, foi levada

Leia mais

Fisiologia Respiratória

Fisiologia Respiratória Fisiologia Respiratória Via Aérea Alta Faringe Orofaringe Nasofaringe Laringofaringe Via aérea Baixa Traquéia Brônquios Bronquíolos Alvéolos pulmonares Via Aérea Baixa A traquéia se bifurca dando origem

Leia mais

LESÕES AMEAÇADORAS DA VIDA NO TRAUMA TORÁCICO

LESÕES AMEAÇADORAS DA VIDA NO TRAUMA TORÁCICO LESÕES AMEAÇADORAS DA VIDA NO TRAUMA TORÁCICO Arthur Anselmi Mariana Antunes da Cunha Augusto Pellicioli Rafael Andres Ricardo Breigeiron UNITERMOS TRAUMA; TRAUMATISMOS TORÁCICOS; PNEUMOTÓRAX; HEMOTÓRAX;

Leia mais

12º RELATÓRIO DO OBSERVATÓRIO NACIONAL DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS RESUMO DOS DADOS

12º RELATÓRIO DO OBSERVATÓRIO NACIONAL DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS RESUMO DOS DADOS 12º RELATÓRIO DO OBSERVATÓRIO NACIONAL DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS 1) Mortalidade por Doenças Respiratórias RESUMO DOS DADOS As doenças do sistema respiratório são uma das principais causas de morte na União

Leia mais

Artigo Original TUMORES DO PALATO DURO: ANÁLISE DE 130 CASOS HARD PALATE TUMORS: ANALISYS OF 130 CASES ANTONIO AZOUBEL ANTUNES 2

Artigo Original TUMORES DO PALATO DURO: ANÁLISE DE 130 CASOS HARD PALATE TUMORS: ANALISYS OF 130 CASES ANTONIO AZOUBEL ANTUNES 2 Artigo Original TUMORES DO PALATO DURO: ANÁLISE DE 130 CASOS HARD PALATE TUMORS: ANALISYS OF 130 CASES 1 ANTONIO AZOUBEL ANTUNES 2 ANTONIO PESSOA ANTUNES 3 POLLIANA VILAÇA SILVA RESUMO Introdução: O câncer

Leia mais

O trauma de tórax tem sido a principal de causa de morte na população adulta jovem no mundo atual, e tem destacado em virtude de fatores vinculados

O trauma de tórax tem sido a principal de causa de morte na população adulta jovem no mundo atual, e tem destacado em virtude de fatores vinculados Trauma de tórax O trauma de tórax tem sido a principal de causa de morte na população adulta jovem no mundo atual, e tem destacado em virtude de fatores vinculados ao avanço tecnológico, como meio de transportes

Leia mais

Plano de aula. Aspectos Técnicos. Novos conceitos em Pneumonias Intersticiais 16/04/2015

Plano de aula. Aspectos Técnicos. Novos conceitos em Pneumonias Intersticiais 16/04/2015 Novos conceitos em Pneumonias Intersticiais Bruno Hochhegger MD, PhD brunohochhegger@gmail.com Professor de Radiologia da UFCSPA e PUC/RS Doutor em Pneumologia pela UFRGS Pós doutor em Radiologia pela

Leia mais

Revista Portuguesa de Pneumología ISSN: Sociedade Portuguesa de Pneumologia Portugal

Revista Portuguesa de Pneumología ISSN: Sociedade Portuguesa de Pneumologia Portugal Revista Portuguesa de Pneumología ISSN: 0873-2159 sppneumologia@mail.telepac.pt Sociedade Portuguesa de Pneumologia Portugal Carvalho, Isabel; Romariz, Jorge; Miranda, José António; Rodrigues, Lúcia Um

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE CARVEL SUPRIEN CARACTERIZAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, E RESPOSTA AO TRATAMENTO EM CRIANÇAS

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia

Imagem da Semana: Radiografia Imagem da Semana: Radiografia Imagem 01. Radiografia de tórax e abdome em AP Recém-nascido (RN), a termo, sexo masculino e parto vaginal. Foi reanimado na sala de parto devido a apneia e frequência cardíaca

Leia mais

D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Prof. João Luiz V Ribeiro Introdução Bronquite Crônica e Enfisema Pulmonar Coexistência Mesma síndrome funcional Hábito do tabagismo como principal fator etiopatogênico

Leia mais

Prova de Título de Especialista em Fisioterapia Respiratória

Prova de Título de Especialista em Fisioterapia Respiratória Prova de Título de Especialista em Fisioterapia Respiratória 1. Anatomia e fisiologia do sistema cardiorrespiratório Egan. 1 ed. São Paulo: Manole, 2000. (Seção 3, caps.7 e 8) WEST, J.B. Fisiologia respiratória

Leia mais

ALTERAÇÃO NA TABELA DE PROCEDIMENTOS, MEDICAMENTOS E OPM DO SUS Diário Oficial da União Nº 249, Seção 1 29 de dezembro de 2010

ALTERAÇÃO NA TABELA DE PROCEDIMENTOS, MEDICAMENTOS E OPM DO SUS Diário Oficial da União Nº 249, Seção 1 29 de dezembro de 2010 Circular 642/2010 São Paulo, 30 de dezembro de 2010. PROVEDOR(A) ADMINISTRADOR(A) ALTERAÇÃO NA TABELA DE PROCEDIMENTOS, MEDICAMENTOS E OPM DO SUS Diário Oficial da União Nº 249, Seção 1 29 de dezembro

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESDADO DO RIO DE JANEIRO Hospital Universitário Gaffrée e Guinle - HUGG. André Montillo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESDADO DO RIO DE JANEIRO Hospital Universitário Gaffrée e Guinle - HUGG. André Montillo UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESDADO DO RIO DE JANEIRO Hospital Universitário Gaffrée e Guinle - HUGG André Montillo www.montillo.com.br Morte % HORA OURO 50% 30% 20% 1h 3hs 7 dias Tempo pós trauma HORA OURO

Leia mais

CELIOTOMIA 2/9/2016 CELIOTOMIA. CELIOTOMIA (laparotomia mediana) DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO:

CELIOTOMIA 2/9/2016 CELIOTOMIA. CELIOTOMIA (laparotomia mediana) DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO: Prof a. Dr a. Aline A. Bolzan DEFINIÇÃO Abertura cirúrgica da cavidade abdominal, em qualquer região. Celio (koilia) = abdome + tomia (tome) = corte (laparotomia mediana) CLASSIFICAÇÃO: de acordo com a

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia de Tórax

Imagem da Semana: Radiografia de Tórax Imagem da Semana: Radiografia de Tórax Figura 1: Radiografia de tórax em incidência pósteroanterior Enunciado Paciente masculino, 65 anos, queixa-se de dispneia progressiva com piora nos últimos dias,

Leia mais

Punções: abdominal, vesical e torácica

Punções: abdominal, vesical e torácica UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE CLÍNICA CIRÚRGICA Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental Punções: abdominal, vesical e torácica eja2536@gmail.com http://labtoce.ufsc.br

Leia mais

CARACTERIZAÇAO SOCIODEMOGRÁFICA DE IDOSOS COM NEOPLASIA DE PULMAO EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM ONCOLOGIA DO CEARA

CARACTERIZAÇAO SOCIODEMOGRÁFICA DE IDOSOS COM NEOPLASIA DE PULMAO EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM ONCOLOGIA DO CEARA CARACTERIZAÇAO SOCIODEMOGRÁFICA DE IDOSOS COM NEOPLASIA DE PULMAO EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM ONCOLOGIA DO CEARA Autor (Bhárbara Luiza de Araújo Pontes); Co-autor (Natureza Nathana Torres Gadelha);

Leia mais

Atlas de Imagens do Tórax

Atlas de Imagens do Tórax Patricia Kritek John J. Reilly, Jr. Este atlas de imagens do tórax é uma coleção de interessantes radiografias e tomografias computadorizadas do tórax. As leituras dos filmes têm como objetivo ser ilustrativas

Leia mais

PROTOCOLO MULTIDISCIPLINAR

PROTOCOLO MULTIDISCIPLINAR Página 1 de 11 Siglas e Definições POP Procedimento Operacional Padrão CME - Centro de Materiais e Esterilização Abrangência Serão incluídos neste protocolo todos os pacientes submetidos ao procedimento

Leia mais

DERRAME PLEURAL MARIANA VIANA- R1 DE CLÍNICA MÉDICA ORIENTADORES: FLÁVIO PACHECO MIRLA DE SÁ

DERRAME PLEURAL MARIANA VIANA- R1 DE CLÍNICA MÉDICA ORIENTADORES: FLÁVIO PACHECO MIRLA DE SÁ DERRAME PLEURAL MARIANA VIANA- R1 DE CLÍNICA MÉDICA ORIENTADORES: FLÁVIO PACHECO MIRLA DE SÁ Definição e Etiologia Espaço pleural Etiologia (EUA) 1ª- Insuficiência cardíaca 2ª- Pneumonia 3ª- Câncer 4ª-

Leia mais

TRAUMA CERVICAL - IMPORTÂNCIA. área restrita. vários sistemas. experiência individual pequena FCMSCSP - AJG

TRAUMA CERVICAL - IMPORTÂNCIA. área restrita. vários sistemas. experiência individual pequena FCMSCSP - AJG TRAUMA CERVICAL IMPORTÂNCIA área restrita vários sistemas experiência individual pequena TRAUMA CERVICAL IMPORTÂNCIA Nº de lesões Mortalidade Guerra de Secessão (EUA) 4114 15% Guerra Espanhola Americana

Leia mais

A válvula de Heimlich no tratamento do pneumotórax *

A válvula de Heimlich no tratamento do pneumotórax * ARTIGO ORIGINAL A válvula de Heimlich no tratamento do pneumotórax A válvula de Heimlich no tratamento do pneumotórax * RICARDO BEYRUTI 1, LETÍCIA ENGBER ODILON VILLIGER 2, JOSÉ RIBAS MILANEZ DE CAMPOS

Leia mais

Pneumonia Comunitária no Adulto Atualização Terapêutica

Pneumonia Comunitária no Adulto Atualização Terapêutica Pneumonia Comunitária no Adulto Carlos Alberto de Professor Titular de Pneumologia da Escola Médica de PósGraduação da PUC-Rio Membro Titular da Academia Nacional de Medicina Chefe do Serviço de Pneumologia,

Leia mais

DISCIPLINA DE CIRURGIA TORÁCICA MCP 0327

DISCIPLINA DE CIRURGIA TORÁCICA MCP 0327 Curso Médico de Graduação do 4º ano Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Conjunto de Disciplinas de Clínica Cirúrgica - 0510238 DISCIPLINA DE CIRURGIA TORÁCICA MCP 0327 OBJETIVO: 1. Orientar

Leia mais

Perspectivas Médicas ISSN: Faculdade de Medicina de Jundiaí Brasil

Perspectivas Médicas ISSN: Faculdade de Medicina de Jundiaí Brasil Perspectivas Médicas ISSN: 0100-2929 perspectivasmedicas@fmj.br Faculdade de Medicina de Jundiaí Brasil Corrêa Rezende, Thalita; Miguel Latuf, Maria Carolina; Scalon Carminatti, Cristiane; Mercês Rodrigues,

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doenças Respiratórias Parte 1 Profª. Tatiane da Silva Campos - Doenças respiratórias crônicas (DRC) são doenças crônicas tanto das vias aéreas superiores como

Leia mais

PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS PELA FISIOTERAPIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL DA PROVIDÊNCIA DE APUCARANA

PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS PELA FISIOTERAPIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL DA PROVIDÊNCIA DE APUCARANA PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS PELA FISIOTERAPIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL DA PROVIDÊNCIA DE APUCARANA VIALE, C. S. S.; SANTOS, K. K. V.; HAYASHI, D. Resumo: O objetivo deste trabalho

Leia mais

PNEUMOCONIOSE POR EXPOSIÇÕES À SÍLICA, AFECÇÃO DE ORIGEM OCUPACIONAL ADQUIRIDO ATRAVÉS DE TRABALHO EM MINERAÇÃO - RELATO DE CASO.

PNEUMOCONIOSE POR EXPOSIÇÕES À SÍLICA, AFECÇÃO DE ORIGEM OCUPACIONAL ADQUIRIDO ATRAVÉS DE TRABALHO EM MINERAÇÃO - RELATO DE CASO. PNEUMOCONIOSE POR EXPOSIÇÕES À SÍLICA, AFECÇÃO DE ORIGEM OCUPACIONAL ADQUIRIDO ATRAVÉS DE TRABALHO EM MINERAÇÃO - RELATO DE CASO. Albenice Vieira de Araújo [1] ; Janniê de Miranda Araújo [2] ; Juan Carlos

Leia mais

Artigo Original TRATAMENTO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO NO IDOSO ACIMA DE 80 ANOS

Artigo Original TRATAMENTO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO NO IDOSO ACIMA DE 80 ANOS Artigo Original TRATAMENTO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO NO IDOSO ACIMA DE 80 ANOS HEAD AND NECK CANCER TREATMENT IN ELDERLY PATIENTS OVER 80 YEARS OLD 1,4,6 TERENCE PIRES DE FARIAS 5 GABRIEL MANFRO 1,2,3

Leia mais

J. Health Biol Sci. 2017; 5(1):31-36 doi: / jhbs.v5i1.902.p

J. Health Biol Sci. 2017; 5(1):31-36 doi: / jhbs.v5i1.902.p J. Health Biol Sci. 2017; 5(1):31-36 doi:10.12662/2317-3076jhbs.v5i1.902.p.31-36.2017 ARTIGO ORIGINAL Jéssica Chaves 1, Betânia Andres Tomilin 1, Davi Brun 1 1 1, Karine Pilletti 1, Maria Luiza Krummenauer

Leia mais

Epidemiologia. Tipos de Estudos Epidemiológicos. Curso de Verão 2012 Inquéritos de Saúde

Epidemiologia. Tipos de Estudos Epidemiológicos. Curso de Verão 2012 Inquéritos de Saúde Epidemiologia Tipos de Estudos Epidemiológicos Curso de Verão 2012 Inquéritos de Saúde TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Observacionais Experimental x Observacional Relatos de Casos Série de casos Transversal

Leia mais

DRENOS. Profa. Dra. Juliana Nery de Souza Talarico Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo

DRENOS. Profa. Dra. Juliana Nery de Souza Talarico Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo + DRENOS Profa. Dra. Juliana Nery de Souza Talarico Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo + DEFINIÇÃO Cateteres São tubos de diversos materiais e calibres

Leia mais

Protocolo de abordagem de derrame pleural

Protocolo de abordagem de derrame pleural doi: 10.20513/2447-6595.2018v58n2p67-74 67 Protocolo de abordagem de derrame pleural George Cavalcante Dantas 1. Ricardo Coelho Reis 2. PROTOCOLO DE CONDUTA 1 Especialista em Clínica Médica, Residente

Leia mais

Ingestão de corpo estranho

Ingestão de corpo estranho 1. INTRODUÇÃO A ingestão de corpo estranho é ocorrência comum de urgência. Geralmente a passagem e eliminação pelo trato digestivo ocorre espontaneamente sem a necessidade de intervenção. A morbidade grave

Leia mais

RADIOLOGIA PULMONAR INCIDÊNCIA : PÓSTERO-ANTERIOR (PA)

RADIOLOGIA PULMONAR INCIDÊNCIA : PÓSTERO-ANTERIOR (PA) RADIOLOGIA PULMONAR RADIOLOGIA PULMONAR INCIDÊNCIA : PÓSTERO-ANTERIOR (PA) É A MAIS UTILIZADA NA RADIOGRAFIA SIMPLES DO TÓRAX. É NECESSÁRIA UMA DISTÂNCIA MÍNIMA PARA A SUA REALIZAÇÃO, DA ORDEM DE 1,50

Leia mais

9º Imagem da Semana: Radiografia Tórax

9º Imagem da Semana: Radiografia Tórax 9º Imagem da Semana: Radiografia Tórax Enunciado Paciente do sexo masculino, 39 anos, atendido no Pronto Atendimento com quadro de dor abdominal difusa, intensa e de início súbito, com cerca de 3 horas

Leia mais

EFICIÊNCIA DA RADIOGRAFIA TORÁCICA E TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA NO DIAGNÓSTICO DE ENFISEMA PULMONAR

EFICIÊNCIA DA RADIOGRAFIA TORÁCICA E TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA NO DIAGNÓSTICO DE ENFISEMA PULMONAR EFICIÊNCIA DA RADIOGRAFIA TORÁCICA E TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA NO DIAGNÓSTICO DE ENFISEMA PULMONAR Roberta Aparecida de Lalla 1,Letícia Diniz Vieira 2 1 Aluna de graduação no Curso Superior de Tecnologia

Leia mais

Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde PORTARIA Nº 703, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2010(*)

Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde PORTARIA Nº 703, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2010(*) Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde PORTARIA Nº 703, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2010(*) A Secretária de Atenção à Saúde - Substituta, no uso de suas atribuições, Considerando a Portaria nº 2.848/GM,

Leia mais

25/11/2009. Tamanho Na entrada do tórax 20% profundidade do tórax Relação 0.20 Bulldog até 0.14

25/11/2009. Tamanho Na entrada do tórax 20% profundidade do tórax Relação 0.20 Bulldog até 0.14 Proj. lateral Extende-se da Laringe a Carina Os anéis traqueais podem se calcificar Vias áereas superiores Cavidade pleural Mediastino Miscelânea Tamanho Na entrada do tórax 20% profundidade do tórax Relação

Leia mais

AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS III SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TRAUMA DO NORDESTE DIA 23 DE MAIO DE 2019 HORÁRIO TELA CÓDIGO TÍTULO

AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS III SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TRAUMA DO NORDESTE DIA 23 DE MAIO DE 2019 HORÁRIO TELA CÓDIGO TÍTULO AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS III SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TRAUMA DO NORDESTE DIA 23 DE MAIO DE 2019 HORÁRIO TELA CÓDIGO TÍTULO 1 RE_001 A IMPORTÂNCIA DO MANEJO CORRETO DO CINTO DE SEGURANÇA E SUA CORRELAÇÃO

Leia mais

É a resultante final de várias doenças caracterizadas por inflamação persistente que leva à dilatação irreversível de um

É a resultante final de várias doenças caracterizadas por inflamação persistente que leva à dilatação irreversível de um BRONQUIECTASIA DEFINIÇÃO É a resultante final de várias doenças caracterizadas por inflamação persistente que leva à dilatação irreversível de um ou mais brônquios. A condição geralmente se associa à

Leia mais

Estudo por imagem do trauma.

Estudo por imagem do trauma. Estudo por imagem do trauma Dr. Ricardo Ferreira Mestre em radiologia UFTP Prof. Assist. Radiologia FEPAR Prof. Assist. Anatomia FEPAR Md radiologista do Centro Diagnostico Água Verde Md radiologista do

Leia mais

Marcos Sekine Enoch Meira João Pimenta

Marcos Sekine Enoch Meira João Pimenta FIBRILAÇÃO ATRIAL NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE CIRURGIA CARDÍACA COM CIRCULAÇÃO EXTRA-CORPÓREA. Avaliação de fatores pré-operatórios predisponentes e evolução médio prazo. Marcos Sekine Enoch Meira João

Leia mais

CASO CLÍNICO DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA NÃO ATEROSCLERÓTICA

CASO CLÍNICO DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA NÃO ATEROSCLERÓTICA apresenta Adriano José de Souza Ecocenter Medicina Diagnóstica (Hospital Socor) Clínica Radiológica Conrad Belo Horizonte adrianosouza.vasc@gmail.com COMENTÁRIOS E DISCUSSÃO - PROFESSOR NICOS LABROPOULOS

Leia mais

DERRAME PLEURAL. capilar pleural. mediadores, assim como recrutamento celular. EPIDEMIOLOGIA

DERRAME PLEURAL. capilar pleural. mediadores, assim como recrutamento celular. EPIDEMIOLOGIA 1 DERRAME PLEURAL capilar pleural. T mediadores, assim como recrutamento celular. EPIDEMIOLOGIA Estimase que, de pacientes ao ano apresentem derrame pleural. seja semelhante. As causas mais comuns de derrame

Leia mais

Sumário. Opacidades em toalha. Por redução do componente aéreo: Colapso Patologia pleural (derrame)

Sumário. Opacidades em toalha. Por redução do componente aéreo: Colapso Patologia pleural (derrame) 3ª Aula Prática Sumário Opacidade Nodular Única / Nódulo Pulmonar Solitário Opacidades em toalha Por redução do componente aéreo: Colapso Patologia pleural (derrame) Nódulo Pulmonar Solitário Opacidade

Leia mais

Imagem 1: destacada em vermelho a redução do espaço articular.

Imagem 1: destacada em vermelho a redução do espaço articular. Radiografia Análise das Imagens Observação: As seguintes alterações estão presentes em todas as imagens, mas foram destacadas separadamente para melhor demonstração. Imagem 1: destacada em vermelho a redução

Leia mais

RETALHOS ÂNTERO-LATERAL DA COXA E RETO ABDOMINAL EM GRANDES RECONSTRUÇÕES TRIDIMENSIONAIS EM CABEÇA E PESCOÇO

RETALHOS ÂNTERO-LATERAL DA COXA E RETO ABDOMINAL EM GRANDES RECONSTRUÇÕES TRIDIMENSIONAIS EM CABEÇA E PESCOÇO Artigo Original RETALHOS ÂNTERO-LATERAL DA COXA E RETO ABDOMINAL EM GRANDES RECONSTRUÇÕES TRIDIMENSIONAIS EM CABEÇA E PESCOÇO ANTEROLATERAL THIGH AND RECTUS ABDOMINUS FLAPS IN LARGE TRIDIMENSIONAL HEAD

Leia mais

CIRURGIA PEDIÁTRICA HÉRNIAS

CIRURGIA PEDIÁTRICA HÉRNIAS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ LIGA MÉDICO-ACADÊMICA DE PEDIATRIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ LIPED - UNIOESTE CIRURGIA PEDIÁTRICA HÉRNIAS Acadêmica Lydia Gayet de Bortoli Prof.

Leia mais

ACHADOS TOMOGRÁFICOS DE DOENÇA NASOSSINUSAL EM CRIANÇAS E EM ADOLESCENTES COM FIBROSE CÍSTICA

ACHADOS TOMOGRÁFICOS DE DOENÇA NASOSSINUSAL EM CRIANÇAS E EM ADOLESCENTES COM FIBROSE CÍSTICA ACHADOS TOMOGRÁFICOS DE DOENÇA NASOSSINUSAL EM CRIANÇAS E EM ADOLESCENTES COM FIBROSE CÍSTICA Michelle Manzini Claúdia Schweiger Denise Manica Leo Sekine Carlo S. Faccin Letícia Rocha Machado Paula de

Leia mais

EXAME AMRIGS Instruções

EXAME AMRIGS Instruções EXAME AMRIGS 2016 Instruções Leia atentamente e cumpra rigorosamente as instruções que seguem, pois elas são parte integrante das provas e das normas que regem o Exame AMRIGS, ACM e AMMS. 1. Atente-se

Leia mais

PERFIL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA (HUEC).

PERFIL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA (HUEC). ARTIGO ORIGINAL/ORIGINAL ARTICLE PERFIL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA (HUEC). THORACIC TRAUMA PROFILE OF ATTENDED VICTIMS AT HOSPITAL

Leia mais

Tratamento das coleções Intraabdominais PT Vs OD

Tratamento das coleções Intraabdominais PT Vs OD Tratamento das coleções Intraabdominais PT Vs OD Tarcisio Reis Professor e ccordenador da Faculdade de Med de Olinda Doutor em Cirurgia UFPE Intensivista AMIB TCBC SBCO Cirurgião Oncológico HUOC-Recife

Leia mais

Journal Club. Setor Abdome. Apresentação: Lucas Novais Bomfim Orientação: Dr. George Rosas. Data: 10/04/2013

Journal Club. Setor Abdome. Apresentação: Lucas Novais Bomfim Orientação: Dr. George Rosas. Data: 10/04/2013 Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina Departamento de Diagnóstico por Imagem Setor Abdome Journal Club Apresentação: Lucas Novais Bomfim Orientação: Dr. George Rosas Data: 10/04/2013

Leia mais

Altair da Silva Costa Júnior

Altair da Silva Costa Júnior 1 O seu médico recomendou a cirurgia do pulmão porque é a melhor forma para tratar a sua doença. Provavelmente você deve ter realizado diversos exames para a decisão da cirurgia, em conjunto com seu médico.

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doenças Respiratórias Parte 3 Profª. Tatiane da Silva Campos Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) - é uma doença com repercussões sistêmicas, prevenível

Leia mais