Rituximabe: com Linfoma B. vitória para os pacientes. Atualidades Tamoxifeno - uma droga de muitas décadas

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Rituximabe: com Linfoma B. vitória para os pacientes. Atualidades Tamoxifeno - uma droga de muitas décadas"

Transcrição

1 n o Oncofarma A importância de compreender a farmacovigilância Rituximabe: vitória para os pacientes com Linfoma B Atualidades Tamoxifeno - uma droga de muitas décadas

2 O rituximabe foi o primeiro anticorpo monoclonal aprovado para o câncer e o primeiro agente único também aprovado especificamente para a terapia do linfoma. Ele foi desenvolvido em 1990, no estado da Califórnia, e aprovado pela US Food and Drug Administration (FDA) em julho de O fármaco constitui-se em molécula quimérica entre as regiões constantes da imunoglobulina humana IgG kappa e as regiões variáveis anti- -CD20 originárias de murino. O anticorpo se liga com alta afinidade às células que expressam o antígeno CD20 (linfócitos B maduros normais e neoplásicos), ativando o sistema complemento ou a imunidade celular dependente de anticorpos, determinando a apoptose dessas células e sensibilizando linhagens celulares quimiorresistentes. De acordo com dados da Sociedade Americana de Câncer, existem indivíduos com diagnóstico de linfoma não Hodgkin (LNH) neste momento nos Estados Unidos, e cerca de OncOfarma A importância de compreender a farmacovigilância Rituximabe: Atualidades Tamoxifeno - uma droga de muitas décadas 69 mil novos casos novos de LNH foram diagnosticados até o final de 2013 no país. Durante os 25 anos que antecederam o desenvolvimento do rituximabe, nenhum avanço foi feito no tratamento dessa neoplasia. Nesse contexto de suma importância, a Dra. Amanda Bruder Rassi e o Dr. Jaqcues Tabacof conduziram uma revisão sobre a molécula, suas aplicações e benefícios. Ainda nessa esfera dos fármacos, os Drs. Sergio Lago e Leonardo Lago elaboraram um artigo sobre o já consagrado tamoxifeno, uma droga sintetizada com a finalidade inicial de anticoncepção nos anos Na ocasião ele era conhecido como ICI Nesse âmbito ele pode não ter atingido seus objetivos, contudo, quando comprovada a existência dos receptores hormonais, foi a oncologia que saiu ganhando um grande aliado. Na seção Oncofarma, o Diretor de Farmácia do Grupo COI, Fabiano Pombo, discute sobre farmacovigilância e sua aplicação prática, principalmente considerando-se as centenas de medicamentos lançados constantemente, sejam eles inovadores sejam cópias. Boa leitura! Os editores n o vitória para os pacientes com Linfoma B Rua Anseriz, 27, Campo Belo São Paulo, SP Fone: segmentofarma@segmentofarma.com.br Diretor-geral: Idelcio D. Patricio Diretor executivo: Jorge Rangel Gerente financeira: Andréa Rangel Editor científico: Ricardo Caponero CRM-SP Editora-chefe: Daniela Barros MTb Comunicações médicas: Cristiana Bravo Gerente de negócios: Luciene Cervantes Coordenadora comercial: Izabela Teodoro Gerente editorial: Cristiane Mezzari Coordenadora editorial: Fabiana de Paula Souza Designer: Carlos Eduardo Müller Revisoras: Renata Lopes Del Nero e Angela Helena Viel Produtor gráfico: Fabio Rangel Cód. da publicação: sumário 4 10 atualização oncofarma As informações manifestadas neste material não refletem obrigatoriamente a opinião da Sandoz do Brasil. O conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es). Produzido por Segmento Farma Editores Ltda., sob encomenda de Sandoz, em novembro de Material de uso exclusivo de profissionais prescritores. 13 atualidades

3 Rituximabe: vitória para os pacientes com linfoma B Dra. Amanda Bruder Rassi Hematologista e hemoterapeuta pela Universidade de São Paulo (USP), título de especialista pela Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia CRM-SP O rituximabe foi desenvolvido em 1990 na Califórnia e aprovado pela US Food and Drug Administration (FDA) em julho de Foi o primeiro anticorpo monoclonal aprovado para o câncer e o primeiro agente único aprovado especificamente para a terapia do linfoma Dr. Jacques Tabacof Médico hematologista, especialista em tratamento de leucemias e linfomas, trabalha nos hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein, sócio-diretor do Centro Paulista de Oncologia CRM-SP Segundo dados da Sociedade Americana de Câncer, existem pessoas com diagnóstico de linfoma não Hodgkin (LNH) neste momento nos Estados Unidos, e cerca de 69 mil novos casos novos de LNH foram diagnosticados até o final de 2013 no país 1. Durante os 25 anos que antecederam o desenvolvimento do rituximabe, nenhum avanço foi feito no tratamento dessa neoplasia. O rituximabe foi desenvolvido em 1990 na Califórnia e aprovado pela US Food and Drug Administration (FDA) em julho de Foi o primeiro anticorpo monoclonal aprovado para o câncer e o primeiro agente único apro-

4 Figura 1. Representação esquemática da molécula de rituximabe. vado especificamente para a terapia do linfoma. A droga constitui-se em molécula quimérica entre as regiões constantes da imunoglobulina humana IgG kappa e as com regiões variáveis anti-cd20 originárias de murino 2 (Figura 1). O anticorpo se liga com alta afinidade às células que expressam o antígeno CD20 (linfócitos B maduros normais e neoplásicos), ativando o sistema complemento ou a imunidade celular dependente de anticorpos, determinando a apoptose dessas células 3 e sensibilizando linhagens celulares quimiorresistentes 4. O rituximabe é seguro. Os efeitos adversos mais comuns são infusionais febre, cefaleia e calafrios de graus 1 e 2 e ocorrem principalmente durante a primeira infusão (67% dos casos) 5. A droga tem a grande vantagem de poder ser realizada ambulatorialmente. Além disso, não afeta as reservas medulares e, consequentemente, não dificulta a realização de possíveis quimioterapias concomitantes ou subsequentes, assim como não prejudica eventual transplante de medula óssea 2. Inicialmente aprovado para os linfomas B indolentes ou refratários, nos últimos 15 anos houve a ampliação de sua aprovação para outros subtipos de linfomas B. A seguir ilustraremos as principais conquistas feitas nos últimos 16 anos. Linfoma folicular Por muitos anos o tratamento-padrão para linfoma folicular (LF) englobava quimioterapias sequenciais, com o objetivo de atingir remissões e paliar sintomas. Nessa linha de tratamento, a sobrevida do LF se manteve estável durante décadas, variando entre incômodos oito e dez anos 6,7. Com o início das combinações entre rituximabe e quimioterapias, houve grandes avanços, incluindo altas taxas de resposta completa (RC) e sobrevida livre de eventos (SLE), além de resposta molecular em 50% dos casos 8. No LF, o rituximabe se mostrou especialmente eficaz por negativar a translocação (14;18), que está presente em 85% dos doentes e é responsável pela ativação do gene BCL-2, inibidor de apoptose. O esquema CHOP (ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona), sozinho, é incapaz de negativar essa mutação 9. Para abordar o tratamento do LF, é preciso ter em mente que o manejo desses doentes é bastante diversificado, variando de acordo com o estadiamento do paciente e a presença ou não de sintomas. Doenças localizadas podem ser tratadas apenas com radioterapia local. Já em linfomas avançados, porém assintomáticos, e com performance status (PS) ruim, a conduta observacional, conhecida como watch and wait, muitas vezes deve ser empregada. Todavia, para todos os outros doentes que requerem terapia sistêmica, a associação do rituximabe tem mostrado grandes benefícios. Para pacientes com doença avançada e sintomática, quatro publicações que datam de 2005 a 2008 realizaram a comparação de quimioterapia (QT) isolada versus R- -quimioterapia (R-QT) (Figura 2). Foram avaliados esquemas quimioterápicos diferentes, e em todos eles houve superioridade do braço R-QT sobre QT isolada quando avaliados em relação à resposta global (RG), à RC e à SLE. Entre eles, o de maior tempo de seguimento atualmente publicado (8,3 anos) demonstrou que esse ganho foi convertido em sobrevida global (SG) superior, principalmente nos grupos com índice de fator prognóstico (IPI) de alto risco sem acometimento medular ou com dois ou mais sítios extranodais 14. Não houve, nesses oito anos de seguimento, aumento de incidência de neoplasias secundárias no braço que recebeu R-QT. 5

5 Estimativa Kaplan-Meier A 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 P = 0,076 CHVP = I 0,0 R-CHVP+I Sobrevida global (anos) Probabilidade de sobrevida livre de eventos B 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Valores P Log-rank Sem estratificação por centro: P < 0,0001 Com estratificação por centro: P < 0,0001 R CVP: mediana de 32 meses CVP: mediana de 15 meses Meses de estudo Distribuição de função de sobrevida C 1,00 0,75 0,50 R-MCP: mediana não foi alcançada, 4 anos de sobrevida global, 87% 0,25 MCP: mediana não foi alcançada, 4 anos de sobrevida global, 74% P = 0, OS (meses) D Variável murina liga-se ao CD20 1,0 UR-CHOP (217/223) 0,9 CHOP (188/205) 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0, Anos Figura 2. Os quatro estudos que definiram rituximabe associado à quimioterapia como terapia-padrão para o linfoma folicular. 2A: Follow up mais longo entre os quatro estudos, demonstrando ganho de SV após oitos anos para terapia R-CHVP + I (Foussard et al., 2013); 2B: Ganho de sobrevida livre de eventos no R-CVP (Marcus et al., 2005); 2C e 2D: Ganho de OS no braço R-MCP (Herold et al., 2007) e com RCHOP (Hiddemann et al., 2005), respectivamente. R: rituximabe; CHOP: ciclosfosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisora.; MCP: mitoxantrona, clorambucil e prednisona; CHVP-I: ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona = interferon. 6 Em pacientes com linfoma folicular avançado, assintomáticos, com baixa carga tumoral e bom PS, estudos recentes mostram benefício do uso do rituximabe em monoterapia com quatro doses semanais, seguidas ou não de manutenção a cada dois meses. Esse esquema, quando comparado à clássica conduta de watch and wait, mostrou-se superior em adiar o tempo de início de QT, sem alterar, entretanto, a SG Por fim, o papel do rituximabe no linfoma folicular também está bem definido com manutenção por dois anos em pacientes em primeira remissão, após terapia de resgate e naqueles que nunca haviam recebido rituximabe O principal estudo que embasa essa conduta é o clássico estudo PRIMA (Primary Rituximab and Maintenance), que mostrou benefício de sobrevida livre de progressão (SLP) no braço de pacientes em primeira remissão que recebiam rituximabe manutenção em relação ao grupo seguido de forma observacional, sem que houvesse, porém, ganho de SG. O ganho de SLP é de fundamental importância no contexto do LF, doença que sabidamente cursa com ciclos de remissão e recidiva e vem a necessitar de nova QT após um tempo médio de três anos. Linfoma do manto Apesar de não mostrar benefício equivalente ao visto nos casos de linfoma folicular e linfoma difuso de grandes células B (DGCB), o uso do rituximabe associado à QT também apresentou melhores taxas de resposta para o tratamento do linfoma do manto, incluindo SLP e SG

6 A monoterapia com rituximabe pode ser administrada excepcionalmente em alguns pacientes com baixa tolerância a quimioterápicos, porém tem efeito modesto 26,27. Já a monoterapia com objetivo de manutenção tem demonstrado resultados favoráveis em prolongar a resposta após a R-QT de indução 28. Linfoma difuso de grandes células B O DGCB é o subtipo mais comum, responsável por 30% a 40% dos casos de linfoma não Hodgkin 29. Para o uso do rituximabe nessa patologia, o primeiro estudo a se consagrar foi o do Grupo de Estudos de Linfoma em Adultos (GELA) 30, que demonstrou que o R-CHOP apresentava resultados superiores de SG e SLP em relação ao CHOP em pacientes entre 60 e 80 anos e virgens de tratamento, independente da estratificação de risco. O seguimento após sete anos confirmou ganho de SLP, SLE e SG 31. Estudos posteriores confirmaram o benefício do rituximabe também para outros subgrupos. Um estudo populacional canadense com pacientes de alto risco definiu benefício de SLE e SG com o uso de rituximabe para todos pacientes incluídos, independente de idade 32, e o estudo MINT (MabThera Internacional Trial), incluindo apenas pacientes jovens de baixo risco, também confirmou tal benefício, mesmo após seguimento de seis anos 33,34. Assim, definiu-se a associação R-QT como terapia inicial-padrão para todos os pacientes com linfoma DGCB. Não há evidência científica atual de benefício do rituximabe como tratamento de manutenção nos pacientes com DGCB tratados inicialmente com R-QT 35,36. Outros linfomas agressivos O benefício do rituximabe também está bem estabelecido para outros linfomas B agressivos, CD20-positivos, como linfoma de Burkitt e DGCB primário de mediastino, associado ao esquema DA-EPOCH (dose ajustada etoposídeo, prednisona, vincristina, ciclofosfamida e doxorrubicina) 37,38. Nas linfoproliferações pós-transplantes (PTLD), o rituximabe em monoterapia tem sido utilizado conjuntamente à diminuição de drogas imunossupressoras, atingindo índices de resposta de 70% e, em alguns estudos, prolongando a SG 39. Conclusão Nos pacientes com linfoma que recebem rituximabe associado à QT, as melhoras nas taxas de respostas global, SG e SLP são ganhos incontestáveis. Considerando que grande parte dos pacientes com LNH é de idosos, a descoberta de uma droga capaz de melhorar a resposta à terapia-padrão prévia sem aumentar a toxicidade ao tratamento foi um marco para a onco-hematologia moderna 1. Infelizmente ainda não encontramos a terapia ideal para os linfomas não Hodgkin, mas as pesquisas clínicas seguem com o objetivo de atingir terapias cada vez mais seguras, efetivas e com menor prejuízo de qualidade de vida a nossos doentes (Tabela 1). Tabela1. Tratamentos-padrões mundialmente aceitos para os principais linfomas não Hodgkin Linfoma DGCB Indução com R-CHOP Linfoma folicular avançado sintomático R-QT + R-manutenção de 2/2 meses por 2 anos Linfoma folicular avançado assintomático R monoterapia 4 doses semanais + ou R-manutenção por 2 anos Watch and wait Linfoma do manto R-QT + TMO R-QT + R-manutenção 2/2 meses por 2 anos (não candidatos a TMO) Linfoma DGCB primário de mediastino R-DA-EPOCH Linfoma de Burkitt R-QT 7

7 8 Referências 1. Leukemia and lymphoma Society. Facts p Grillo-López AJ, White CA, Varns C, Shen D, Wei A, McClure A, et al. Overview of the clinical development of rituximab: first monoclonal antibody approved for the treatment of lymphoma. Semin Oncol. 1999;26(5 Suppl 14): Reff M, Carner K, Chambers KS, Chinn PC, Leonard JE, Raab R, et al. Depletion of B cells in vivo by a chimeric mouse human monoclonal antibody to CD20. Blood. 1994;83: Demidem A, Lam T, Alas S, Hariharan K, Hanna N, Bonavida B. Chimeric anti-cd20 (IDEC-C2B8) monoclonal antibody sensitizes a B cell lymphoma cell line to cell killing by cytotoxic drugs. Cancer Biother Radiopharm. 1997;12: Maloney DJ, Grillo-López AJ, White CA, Bodkin D, Schilder RJ, Neidhart JA, et al. IDEC-C2B8 (rituximab) anti-cd20 monoclonal antibody therapy in patients with relapsed low-grade non-hodgkin s lymphoma. Blood. 1997;90(6): Horning SJ, Rosenberg SA. The natural history of initially untreated lowgrade non-hodgkin s lymphomas. N Engl J Med. 1984;311: Gallagher CJ, Gregory WM, Jones AE, Stansfeld AG, Richards MA, Dhaliwal HS, et al. Follicular lymphoma: prognostic factors for response and survival. J Clin Oncol. 1986;4(10): Vitolo V, Boccomini C, Ladetto M, et al. High clinical and molecular response rate in elderly patients with advanced stage follicular lymphoma treated at diagnosis with a brief chemo-immunotherapy FND + rituximab. Blood. 2002;100:359a. [Abstract] 9. Gribben J, Freedman AS, Woo SD, Blake K, Shu RS, Freeman G, et al. All advanced stage non-hodgkin s lymphomas with a polymerase chain reaction amplifiable breakpoint of bcl-2 have residual cells containing the bcl-2 rearrangement at evaluation and after treatment. Blood. 1991;78(12): Hiddemann W, Kneba M, Dreyling M, Schmitz N, Lengfelder E, Schmits R, et al. Frontline therapy with rituximab added to the combination of cyclophosphamide, doxorubicin, vincristine, and prednisone (CHOP) significantly improves the outcome for patients with advanced-stage compared with therapy with CHOP alone: results of a prospective randomized study of the German Low Grade Lymphoma Study Group. Blood. 2005;106(12): Herold M, Haas A, Srock S, Neser S, Al-Ali KH, Neubauer A, et al. Rituximab added to first-line mitoxantrone, chlorambucil, and prednisolone chemotherapy followed by interferon maintenance prolongs survival in patients with advanced follicular lymphoma: an East German Study Group Hematology and Oncology Study. J Clin Oncol. 2007;25(15): Marcus R, Imrie K, Belch A, Cunningham D, Flores E, Catalano J, et al. CVP chemotherapy plus rituximab compared with CVP as first-line treatment for advanced follicular lymphoma. Blood. 2005;105(4): Salles G, Mounier N, de Guibert S, Morschhauser F, Doyen C, Rossi JF, et al. Rituximab combined with chemotherapy and interferon in follicular lymphoma patients: results of the GELA-GOELAMS. FL2000 study. Blood. 2008;112(13): Bachy E, Houot R, Morschhauser F, Sonet A, Brice P, Belhadj K, et al. Long-term follow up of the FL2000 study comparing CHVP-interferon to CHVP-interferon plus rituximab in follicular lymphoma. Haematologica. 2013;98(7): Ardeshna KM, Qian WD, Smith P, Warden J, Stevens L, Pocock CFE, et al. An Intergroup Randomised Trial of Rituximab versus a watch and wait strategy in patients with stage II, III, IV, asymptomatic, non-bulky follicular lymphoma (Grades 1, 2 and 3a). A preliminary analysis. Blood. 2010:116(21): Ardeshna KM, Lowry L. Has single-agent rituximab replaced watch-andwait for a patient with asymptomatic low-grade follicular lymphoma? Cancer J. 2012;18(5): Kahl BS, Hong F, Williams ME, Gascoyne RD, Wagner LI, Kraus JC, et al. Results of Eastern Cooperative Oncology Group Protocol E4402 (RESORT): a randomized phase III study comparing two different rituximab dosing strategies for low tumor burden follicular lymphoma. Blood (ASH Annual Meeting Abstracts) : Abstract Schulz H, Bohlius JF, Trelle S, Skoetz N, Reiser M, Kober T, et al. Immunochemotherapy with rituximab and overall survival in patients with indolent or mantle cell lymphoma: a systematic review and meta-analysis. J Natl Cancer Inst. 2007;99(9): Hochster H, Weller E, Gascoyne RD, Habermann TM, Gordon LI, Ryan T, et al. Maintenance rituximab after cyclophosphamide, vincristine, and prednisone prolongs progression-free survival in advanced indolent lymphoma: results of the randomized phase III ECOG1496 Study. J Clin Oncol. 2009;27(10): Salles G, Seymour JF, Offner F, López-Guillermo A, Belada D, Xerri L, et al. Rituximab maintenance for 2 years in patients with high tumour burden follicular lymphoma responding to rituximab plus chemotherapy (PRIMA): a phase 3, randomised controlled trial. Lancet. 2011;377(9759):42-51.

8 21. Van Oers, MH, Van Glabbeke M, Giurgea L, Klasa R, Marcus RE, Wolf M, et al. Rituximab maintenance treatment of relapsed/resistant follicular non- Hodgkin s lymphoma: long-term outcome of the EORTC phase III randomized intergroup study. J Clin Oncol. 2010;28(17): Rule S, Smith P, Johnson P, Bolam S, Follows GA, Gambell J, et al. The addition of rituximab to fludarabine and cyclophosphamide (FC) improves overall survival in newly diagnosed mantle cell lymphoma (MCL): results of the randomised UK, National Cancer Research Institute (NCRI) Trial. Blood (ASH Annual Meeting Abstracts). 2011;118(21): Schulz H, Bohlius JF, Trelle S, SKoltz N, Reiser M, Kober T, et al. Immunochemotherapy with rituximab and overall survival in patients with indolent or mantle cell lymphoma: a systematic review and meta-analysis. J Natl Cancer Inst. 2007;99(9): Spurgeon SE, Pindyck T, Okada C, Chen Y, Chen Z, Mater E, et al. Cladribine plus rituximab is an effective therapy for newly diagnosed mantle cell lymphoma. Leuk Lymphoma. 2011;52(8): Bawens D, Maerevoet M, Michaux L, Théate I, Hagemeijer A, Stul M, et al. Activity and safety of combined rituximab with chlorambucil in patients with mantle cell lymphoma. Br J Haematol. 2005;131(3): Ghielmini M, Schmitz SF, Cogliatti S, Bertoni F, Waltzer U, Betticher DC, et al.; Swiss Group for Clinical Cancer Research. Effect of single-agent rituximab given at the standard schedule or as prolonged treatment in patients with mantle cell lymphoma: a study of the Swiss Group for Clinical Cancer Research (SAKK). J Clin Oncol. 2005;23(4): Foran JM, Rohatiner AZ, Cunningham D, Popescu RA, Solal-Celigny P, Ghielmini M, et al. European phase II study of rituximab (chimeric anti- CD20 monoclonal antibody) for patients with newly diagnosed mantle-cell lymphoma and previously treated mantle-cell lymphoma, immunocytoma, and small B-cell lymphocytic lymphoma. J Clin Oncol. 2000;18(2): Kluin-Nelemans JC, Hoster E, Walewski J, Stilgenbauer S, Geisler CH, Gisselbrecht C, et al. R-CHOP versus R-FC followed by maintenance with rituximab versus interferon-alfa: outcome of the first randomized trial for elderly patients with mantle cell lymphoma. Blood (ASH Annual Meeting Abstracts). 2011;118: Swerdlow SH, Campo E, Harris NL, Jaffe ES, Pileri SA, Stein H, et al. WHO classification of tumours of haematopoietic and lymphoid tissues. Lyon, France: IARC Press; Coiffier B, Lepage E, Brière J, Herbrecht R, Tilly H, Bouabdallah R, et al. CHOP chemotherapy plus rituximab compared with CHOP alone in elderly patients with diffuse large-b-cell lymphoma. N Engl J Med. 2002;346: Coiffier B, Feugier P, Mounier N, Franchi-Rezgui P, Van Den Neste E, Macro M, et al. Long-term results of the GELA study comparing R-CHOP and CHOP chemotherapy in older patients with diffuse large B-cell lymphoma show good survival in poor-risk patients [abstract]. Proc ASCO. 2007;25:443a. 32. Sehn LH, Donaldson J, Chhanabhai M, Fitzgerald C, Gill K, Klasa R, et al. Introduction of combined CHOP plus rituximab therapy dramatically improved outcome of diffuse large B-cell lymphoma in British Columbia. J Clin Oncol. 2005;23(22): Pfreundschuh M, Trümper L, Osterborg A, Pettengell R, Trneny M, Imrie K, et al. CHOP-like chemotherapy plus rituximab versus CHOP-like chemotherapy alone in young patients with good-prognosis diffuse large B-cell lymphoma: a randomised controlled trial by the Mab Thera International Trial (MinT) Group. Lancet Oncol. 2006;7(5): Pfreundschuh M, Kuhnt E, Trümper L, Osterborg A, Trneny M, Shepherd L, et al. CHOP-like chemotherapy with or without rituximab in young patients with good-prognosis diffuse large-b-cell lymphoma: 6-year results of an open-label randomised study of the Mab Thera International Trial (MInT) Group. Lancet Oncol. 2011;12(11): Habermann TM, Weller EA, Morrison VA, Gascoyne RD, Cassileth PA, Cohn JB, et al. Rituximab-CHOP versus CHOP alone or with maintenance rituximab in older patients with diffuse large B-cell lymphoma. J Clin Oncol. 2006:24(19); Morrison VA, Weller EA, Habermann TM, Casellith PA, Cohn JB, Gascoyne RD, et al. Maintenance ribuximab (MR) compared to observation (0BS) after R-CHOP or CHOP in older patients (pts) with diffuse large B-cell lymphoma (DLBCL): an Intergroup e4404/c9793 update. Proceed ASCO. 2007;25:443s. Abstract Dunleavy K, Pittaluga S, Janik J, et al. Novel treatment of Burkitt lymphoma with dose-adjusted EPOCH-Rituximab: preliminary results showing excellent outcome [abstract]. Blood. 2006;108: Dunleavy K, Pittaluga S, Janik J, Grant N, Shovlin M, Steinberg S, et al. Primary mediastinal large B-cell lymphoma (PMBL) outcome may be significantly improved by the addition of rituximab to dose-adjusted (DA)- EPOCH and obviates the need for radiation: results from a prospective study of 44 patients [abstract]. Blood.2006;108:66a. 39. Milpied N, Vasseur B, Parquet N, Garnier JL, Antoine C, Quartier P, et al. Humanized anti-cd20 monoclonal antibody (Rituximab) in post-transplant B-lymphoproliferative disorder: a retrospective analysis of 32 patients. Ann Oncol. 2000;11(Suppl 1):

9 Fabiano Pombo Farmacêutico industrial pela Universidade Federal Fluminense (UFF), pós-graduado em Farmácia Oncológica, MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas (FGV), diretor de Farmácia do Grupo COI CRF-RJ Farmacovigilância Anualmente, centenas de medicamentos são lançados no mercado. Esses medicamentos podem ser inovadores ou cópias de um medicamento já existente. Apesar desses medicamentos existirem para curar, prevenir ou simplesmente aliviar sintomas de muitas enfermidades, seu uso pode levar a reações indesejáveis 1. Apesar de conhecermos bem os efeitos dos medicamentos mais antigos, eles ainda apresentam risco associado a seu uso, seja por efeitos adversos ainda não identificados, seja por algum desvio de qualidade da produção. Para os medicamentos novos, o risco de reações não conhecidas é ainda maior. Ensaios pré-clínicos e clínicos muitas vezes não conseguem identificar todos eles. Isso porque o número de indivíduos submetidos a esses ensaios é infinitamente menor do que a população que vai utilizar determinado medicamento após o lançamento no mercado. Além das possíveis reações não conhecidas com o uso do medicamento novo, existe ainda uma grande variável quando o paciente faz uma terapia polimedicamentosa, associando o risco de interação entre medicamentos. Para identificar essas reações e eventos não esperados, a farmacovigilância tem um papel fundamental 2,3. 10

10 Segundo a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), a farmacovigilância é o trabalho de acompanhamento dos medicamentos que já estão no mercado, e essa relação entre efeito benéfico e deletério é um importante aspecto para a saúde pública de qualquer país, sendo a farmacovigilância uma atividade primordial 1. Por meio das ações definidas em uma política de farmacovigilância, a identificação precoce dos riscos associados ao uso dos mais diversos medicamentos possibilita a intervenção precoce em um problema, diminuindo significativamente a exposição da população a esse risco. Além da farmacovigilância, cabe ressaltar mais duas ações de igual importância no processo de segurança da população quando se trata de saúde pública: a tecnovigilância e a hemovigilância. Enquanto a farmacovigilância trata dos aspectos relativos ao uso de medicamentos na fase pós-comercialização, a tecnovigilância e a hemovigilância tratam dos aspectos relativos a eventos adversos e queixas técnicas relacionados ao uso de produtos para a saúde (equipamentos, materiais, próteses, artigos médico- -hospitalares e produtos para diagnóstico) e ao monitoramento das reações transfusionais resultantes do uso de sangue e seus derivados, respectivamente 1. Para identificar todas as reações de produtos na fase após a comercialização, foi criada a Rede Sentinela, que funciona como uma rede de monitoramento desses produtos para o gerenciamento de risco à saúde, que atua conjuntamente com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. As instituições de saúde, públicas e privadas, precisam estar inseridas nesse processo. Atualmente a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) recomenda que todos os prestadores de serviço à saúde sejam cadastrados no Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária (Notivisa). Hoje, certamente, a subnotificação é o maior problema na identificação dessas reações. Uma política de gerenciamento dos efeitos e eventos relacionados ao uso de medicamentos e outros produtos para a saúde se faz primordial para o uso seguro. Atualmente a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) recomenda que todos os prestadores de serviço à saúde sejam cadastrados no Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária (Notivisa) Normalmente, as instituições de saúde modelam seus procedimentos de identificação e notificação com base em uma notificação por escrito, em formulário próprio desenvolvido em cada instituição, não considerando a possibilidade da falta de adesão da equipe de saúde, e essa falta de adesão muitas vezes é motivada pela impossibilidade daquele profissional de identificar determinado evento como importante, ou ainda pela sobrecarga de trabalho. É necessário entendimento da instituição do que representa ter uma farmacovigilância ativa dentro de um conceito transdisciplinar e da importância do ato de notificar para que esse processo possa agregar segurança ao paciente, ao profissional e à própria indústria 2,3. A ideia central na criação de um serviço de farmacovigilância realmente eficaz está na capacidade de identificar possíveis eventos e na metodologia de investigação criada. Constatamos em nosso serviço que a identificação dos eventos foi mais significante a partir do momento em que o serviço de farmácia passou a fazer buscas ativas desses eventos. Com isso, passamos a identificar situações de eventos esperados que estavam acometendo um percentual maior da população do que se esperava. Isso também possibilitou a identificação de reações comuns a determinado grupo de pacientes em uso de uma mesma medicação. Muitas dessas reações eram identificadas pela equipe de saúde e registradas em prontuário, mas raramente eram identificadas como um caso para a investigação de farmacovigilância. Essa falha é comum, já que o profissional de saúde que está com o paciente está monitorando um indivíduo que geralmente não é estatisticamente representativo. 11

11 Número de notificações farmacovigilância Notificação por tipo 2,5% 2,0% 1,5% 13% 4% 1,0% 0,5% Reações graus 3 e 4 Menos de 5 anos de comercialização RAM sem descrição em bula 0,0% Média antes da busca ativa Média após da busca ativa Média após busca ativa com inclusão de pacientes que não retornaram à unidade 83% Essa busca ativa nos prontuários possibilitou que o número de reações identificadas passasse de 0,4% para 1,9% (aumento de quase cinco vezes) em comparação ao número de tratamentos realizados. Esse índice foi ainda maior quando passaram a buscar pacientes que por inúmeras razões não retornaram à unidade, por exemplo, pacientes que foram internados ou terminaram o tratamento. Nesse caso, 2,3% dos tratamentos geraram notificações que levaram a processos de investigação de farmacovigilância. Com esse modelo, aumentamos seis vezes o número de notificações. Dessas reações identificadas, após os processos de investigação, 9,3% foram notificadas à Anvisa, por intermédio da Notivisa, e ao laboratório fabricante. Estratificando o número das notificações, encontramos 83,6% referentes a reações de graus 3* ou 4*, 12,7% referentes a reações com o uso de medicamentos com menos de cinco anos de comercialização e 3,7% por reações adversas a medicamentos (RAM) não descritas em bula. Como esse processo ainda é pouco difundido no Brasil, acredita-se que o número de notificações ainda esteja bem abaixo da realidade, mas iniciativas concretas começam a surgir em pequenas e grandes instituições voltadas ao tratamento de pacientes oncológicos. Como descrito, temos um percentual importante de reações relacionadas a produtos com menos de cinco anos de comercialização que devem ser notificadas independente do grau*. Considerando que uma das áreas de maior desenvolvimento de novas drogas é a oncologia, podemos esperar que muitos produtos novos estejam no mercado nos próximos anos e com isso um aumento significativo para esse tipo de notificação. Referências 1. Agência Nacional de vigilância Sanitária. Pós-Comercialização Pós-Uso / Farmacovigilância. Disponível em: < anvisa/posuso/farmacovigilancia/>. Acesso em: 1nov Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Resolução RDC nº. 220, de 21 de setembro de Regulamento Técnico de funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica. Diário Oficial da União nº. 184, de 23 de setembro de 2004, seção 1, página Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Resolução RDC nº. 67, de 08 de outubro de Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias. Diário Oficial da União de 09 de outubro de 2007, seção 1. * Graduação segundo CTCAE 4.0 (Common Terminology Criteria for Adverse Events). 12

12 Tamoxifeno Uma droga de muitas décadas Sergio Lago CRM-RS Oncologista do Centro de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento Porto Alegre, chefe do Serviço de Oncologia Clínica da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) Leonardo Lago CRM-RS Oncologista do Serviço de Oncologia da PUC-RS Inicialmente conhecido como ICI , o tamoxifeno foi uma droga sintetizada com a finalidade de anticoncepção nos anos 1960, época da liberação sexual. O mercado era promissor, mas o produto revelou-se de má qualidade para tal. No entanto, graças aos trabalhos de Jenssem E., ficou comprovada a existência dos receptores hormonais, e a oncologia ganhou um grande aliado: o tamoxifeno (Tam). É uma das poucas drogas que vêm atravessando décadas de bons serviços sem nunca ter caído em desuso. Foi aprovado pela US Food and Drug Administration (FDA) 1 apenas em 1977 para tratamento paliativo, inicialmente, embora já fosse reconhecido como antineoplásico desde Seu interesse foi renovado, atualmente, com a divulgação dos estudos attom (Adjuvant Tamoxifen Treatment Offer More?) e ATLAS (Adjuvant Tamoxifen: Longer Against Shorter), que analisaram cerca de 20 mil mulheres e demonstraram resultados superiores com uso contínuo por dez anos, contra os cinco tradicionalmente empregados. No início, houve várias tentativas para definir o tempo ideal de uso: um, dois, três ou cinco anos, tendo o último apresentado os melhores resultados. A redução do câncer em mama contralateral (de acordo com publicação do respeitável EBCTCG [Early Breast Cancer Trialists Collaborative Group], em 1995) foi de 13% em um ano; de 26% em dois anos e de 47% em mulheres que usaram o Tam por cinco anos. Como em toda droga, os paraefeitos acompanham a ação terapêutica. Assim, especialmente no início, o grande vilão era (e persiste de forma mais atenuada) a indução de câncer de endométrio, em que a droga age como agonista; aos cinco anos de seguimento, ocorre em menos de 2% dos casos. Na verdade, a dose ideal inicial não era suficientemente conhecida, e algumas pacientes, naquela época, recebiam 40 mg/dia, sabidamente o dobro da dose necessária. Tinha-se, também, a ideia de que os tumores induzidos pela droga fossem menos agressivos, o que, mais tarde, se comprovou não ser uma informação correta. O receio era tanto que nos primeiros trabalhos, desenvolvidos no Instituto Nazionale Per Lo Studio e La Cura dei Tumori em Milano (Itália), somente mulheres histerectomizadas eram aceitas. São muitos os paraefeitos conhecidos. Mesmo considerando os de maior importância eventos cardiovasculares, câncer de endométrio e eventos tromboembólicos, o saldo é positivo. Há substancial redução da mortalidade por câncer contralateral e eventos cardiovasculares apesar do moderado aumento por câncer de endométrio e episódios tromboembólicos. Isso ocorre em diferentes magnitudes em todas as faixas etárias. Em 1998, Fisher publicou um trabalho histórico, o NSABP P1 3 (National Surgical Adjuvant Breast and Bowel Project) mostrando que pacientes de alto risco para câncer de mama obtiveram redução de 49% da incidência em seguimento de quase seis anos. Foram mulheres incluídas; no grupo placebo e no grupo Tam. O risco para câncer de endométrio (grupo Tam) aumentou em 2,53 vezes. Os paraefeitos mais comuns estão sumarizados na figura 1. TAMOXIFENO ( Nolvadex) SERM comuns tromboembolias hot flashes corrimento vaginal cefaleia labilidade emocional desconforto pélvico dor torácica dispneia fraqueza parestesia facial problemas oculares vertigens deficit cognitivo sexualidade raros outros tumores Diminui o risco de osteoporose 13

13 14 Destaca-se a sexualidade como um paraefeito pouco valorizado. A perda da libido, especialmente nas jovens e perimenopáusicas, é um efeito seríssimo que deve ser fortemente considerado na indicação terapêutica adjuvante, particularmente. Por vezes, em troca de um percentual mínimo (ou inexistente), torna-se desastrosa a qualidade de vida da paciente. Com uso por dez anos, esse problema deve se prolongar! O estudo multinacional ATLAS 4 avaliou, entre 1996 e 2005, mulheres, após o término de cinco anos de Tam adjuvante, que foram randomizadas entre suspensão do tratamento no quinto ano (n: 6.440) ou continuar por mais cinco anos (n: 6.454), totalizando dez anos de terapia. Os resultados evidenciaram que em mulheres com doença RE+, houve redução absoluta de cerca de 3% a 4% tanto em recorrência quanto em mortalidade específica por câncer de mama quando se usa a terapia por dez anos. Entretanto, houve aumento absoluto na incidência de câncer de endométrio em cerca de 1,5% e de 0,2% na mortalidade por essa neoplasia quando comparado à terapia de cinco anos. O estudo attom 5, contribuição britânica ao ATLAS, avaliou, entre 1991 e 2005, mulheres em dois braços: Tam adjuvante por cinco anos ou continuar por mais cinco. Apenas mulheres tinham seu receptor hormonal positivo, o que, na opinião dos autores, pode subestimar os resultados encontrados. Como conclusão do estudo, encontra-se redução de recorrência com o uso de dez anos (RR) de 0,99 durante os anos 5-6 (95% CI 0,86-1,15); 0,84 (0,73-0,95) durante os anos 7-9 e 0,75 (0,66-0,86) após. Da mesma forma, houve redução na mortalidade por câncer de mama: RR de 1,03 (0,84-1,27) entre os anos 5-9 e de 0,77 (0,64-0,92) após. Quanto ao risco de câncer de endométrio, por outro lado, encontra-se taxa de risco (RR) de 2,20 (1,31-2,34; p < 0,0001) com aumento absoluto na mortalidade de 0,5% (p = 0,02) nas pacientes com tratamento prolongado. Quando analisados conjuntamente, os resultados dos estudos attom e ATLAS reiteram a redução absoluta de recorrência em cerca de 3%, principalmente a partir do sétimo ano após randomização a favor do tratamento prolongado. Com relação à mortalidade por câncer de mama, a redução absoluta repete os 3% a favor do tratamento de dez anos. Entretanto, quando se analisa por períodos, o risco é reduzido em até 25% a partir dos dez anos da randomização. A sobrevida global também recebe incremento em cerca de 16% nesse mesmo período. Uma das críticas aos estudos é que apenas 9% das pacientes incluídas no ATLAS e não especificadas no attom eram pré-menopáusicas, isto é, essa pequena fração é a que realmente se beneficiaria do uso prolongado do tamoxifeno, uma vez que as pós-menopáusicas poderiam se beneficiar de inibidor da aromatase em sequência 6, conforme já demonstrado em estudos prévios com resultados semelhantes aos apresentados aqui. Enfim, renova-se o interesse por uma antiga e excelente droga que pode apresentar resultados ainda superiores. Referências 1. Jaiyesimi IA, Buzdar AV, Decker DA, Hortobaqyi GN. Use of tamoxifen for breast cancer: twenty-eight years later. J Clin Oncol. 1995;13: Ragaz J, Coldman A. Survival impact of adjuvant tamoxifen on competing causes of mortality in breast cancer survivors, with analysis of mortality from contralateral breast cancer, cardiovascular events, endometrial cancer and thromboembolic episodes. J Clin Oncol. 1998;16(6): Fisher B, Constantino JP, Wickerham DL, Redmond CK, Kavanah M, Cronin WM, et al. Tamoxifen for prevention of breast cancer: report of the National Surgical Adjuvant Breast and Bowel Project P-1 Study. J Natl Cancer Inst. 1998;90(18): Davies C, Pan H, Godwin J, Gray R, Arriagada R, Raina V, et al.; Adjuvant Tamoxifen: Longer Against Shorter (ATLAS) Collaborative Group. Long-term effects of continuing adjuvant tamoxifen to 10 years versus stopping at 5 years after diagnosis of oestrogen receptor-positive breast cancer: ATLAS, a randomised trial. Lancet. 2013;381(9869): Gray RG, Rea D, Handley K, et al. attom (Adjuvant Tamoxifen Treatment Offer More?) ASCO J Clin Oncol. 2013;31(Suppl):Abstract Goss PE, Ingle JN, Martino S, Robert NJ, Muss HB, Piccart MJ, et al. A randomized trial of letrozole in postmenopausal women after five years of tamoxifen therapy for early-stage breast cancer. N Engl J Med. 2003;349:

TEMA: RITUXIMABE PARA A LEUCEMIA LINFOCÍTICA. Data: 05/03/2014 NOTA TÉCNICA /2014. Medicamento x Material Procedimento Cobertura

TEMA: RITUXIMABE PARA A LEUCEMIA LINFOCÍTICA. Data: 05/03/2014 NOTA TÉCNICA /2014. Medicamento x Material Procedimento Cobertura NOTA TÉCNICA /2014 Data: 05/03/2014 Medicamento x Material Procedimento Cobertura Solicitante: Marly Gonçalves Pinto - PJPI 3998-2 - Oficial de Apoio Judicial B - Escrivã Judicial da Comarca de Cláudio/MG

Leia mais

TEMA: RITUXIMABE PARA A LEUCEMIA LINFOCÍTICA

TEMA: RITUXIMABE PARA A LEUCEMIA LINFOCÍTICA Data: 17/05/2013 NOTA TÉCNICA 73 /2013 Medicamento Material Procedimento Cobertura x Solicitante: Juíza Vanessa Guimarães da Costa Vedovotto Número do processo: TEMA: RITUXIMABE PARA A LEUCEMIA LINFOCÍTICA

Leia mais

TEMA: RITUXIMABE PARA LINFOMA NÃO HODGKIN DE PEQUENAS CÉLULAS

TEMA: RITUXIMABE PARA LINFOMA NÃO HODGKIN DE PEQUENAS CÉLULAS NOTA TÉCNICA 46/2014 Data: 17/03/2014 Medicamento Material Procedimento Cobertura x Solicitante: Juiz de Direito Eduardo Soares de Araújo Número do processo: 0011607-07.2014.8.13.0026 Requerido(s): MUNICÍPIO

Leia mais

BENDAMUSTINA PARA LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA. Data: 31/01/2013. Medicamento. Nota Técnica 07/ 2013. Material

BENDAMUSTINA PARA LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA. Data: 31/01/2013. Medicamento. Nota Técnica 07/ 2013. Material Data: 31/01/2013 Nota Técnica 07/ 2013 Número do processo: MANDADO DE SEGURANÇA nº 145120844231, impetrado por Luiz Ernesto Bernardino Alves Filho contra ato do Secretário de Saúde de Juiz de Fora Medicamento

Leia mais

Alterações citogenéticas na leucemia linfocítica crônica

Alterações citogenéticas na leucemia linfocítica crônica 132_Newslab_Informe Científico Alterações citogenéticas na leucemia linfocítica crônica *Monika Conchon médica onco-hematologista Nos últimos anos, vários marcadores de prognóstico foram identificados

Leia mais

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme NOTA TÉCNICA 2014 Solicitante Dr. Renato Martins Prates Juiz Federal da 8ª Vara Data: 19/02/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

Leia mais

1. Da Comunicação de Segurança publicada pela Food and Drug Administration FDA.

1. Da Comunicação de Segurança publicada pela Food and Drug Administration FDA. UTVIG/NUVIG/ANVISA Em 31 de janeiro de 2011. Assunto: Nota de esclarecimento sobre notícia veiculada na mídia que trata de comunicado de segurança da FDA Food and Drug Administration sobre possível associação

Leia mais

Mandado de segurança contra ato do Secretário Municipal de Saúde RITUXIMABE PARA LINFOMA NÃO-HODGKIN FOLICULAR TRANSFORMADO EM DIFUSO

Mandado de segurança contra ato do Secretário Municipal de Saúde RITUXIMABE PARA LINFOMA NÃO-HODGKIN FOLICULAR TRANSFORMADO EM DIFUSO Data: 08/12/2012 Nota Técnica 2012 Juízo da 4ª Vara de Fazenda Pública Municipal Juiz Renato Dresh Numeração Única: 3415341-21.201 Impetrante Marlene Andrade Montes Medicamento Material Procedimento Cobertura

Leia mais

Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) - Relatório n 81. Recomendação Final

Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) - Relatório n 81. Recomendação Final RITUXIMABE PARA O TRATAMENTO DE LINFOMA NÃO HODGKIN DE CÉLULAS B, FOLICULAR, CD20 POSITIVO, EM 1ª E 2ª LINHA. Demandante: Departamento de Articulação de Redes de Atenção à Saúde/Secretaria de Atenção à

Leia mais

Boas-vindas e Introdução

Boas-vindas e Introdução Ensaios clínicos ou tratamento padrão? Opções para leucemias Boas-vindas e Introdução Ensaios clínicos ou tratamento padrão? Opções para leucemias John P. Leonard, médico Reitor Associado de Pesquisa Clínica

Leia mais

A situação do câncer no Brasil 1

A situação do câncer no Brasil 1 A situação do câncer no Brasil 1 Fisiopatologia do câncer 23 Introdução O câncer é responsável por cerca de 13% de todas as causas de óbito no mundo: mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente da

Leia mais

Diretrizes Assistenciais

Diretrizes Assistenciais Diretrizes Assistenciais Protocolo de tratamento adjuvante e neoadjuvante do câncer de mama Versão eletrônica atualizada em Fevereiro 2009 Tratamento sistêmico adjuvante A seleção de tratamento sistêmico

Leia mais

TEMA: Octreotida LAR no tratamento de tumor neuroendócrino

TEMA: Octreotida LAR no tratamento de tumor neuroendócrino NTRR 31/2013 Solicitante: Juiz Juarez Raniero Número do processo:0479.13.003726-6 Reu: Secretaria de Saúde de Passos Data: 25/03/2013 Medicamento x Material Procedimento Cobertura TEMA: Octreotida LAR

Leia mais

Linfoma Não-Hodgkin. Rituximabe (LNH Folicular) Rituximabe: 375mg/m2 semanalmente por 4 semanas. Ref. (01)

Linfoma Não-Hodgkin. Rituximabe (LNH Folicular) Rituximabe: 375mg/m2 semanalmente por 4 semanas. Ref. (01) Linfoma Não-Hodgkin Rituximabe (LNH Folicular) Rituximabe: 375mg/m2 semanalmente por 4 semanas. Ref. (01) R CVP (linfomas CD20 positivo) Ciclofosfamida: 750 mg/m² IV D1 Vincristina: 1,4 mg/m² IV D1 (dose

Leia mais

Atuação da Acupuntura na dor articular decorrente do uso do inibidor de aromatase como parte do tratamento do câncer de mama

Atuação da Acupuntura na dor articular decorrente do uso do inibidor de aromatase como parte do tratamento do câncer de mama Atuação da Acupuntura na dor articular decorrente do uso do inibidor de aromatase como parte do tratamento do câncer de mama O câncer de mama - 2º tipo de câncer mais freqüente no mundo e o mais comum

Leia mais

Numeração Única: 0112.14.001131-6 TEMA: TAMOXIFENO NO TRATAMENTO ADJUVANTE DO CANCER DE MAMA

Numeração Única: 0112.14.001131-6 TEMA: TAMOXIFENO NO TRATAMENTO ADJUVANTE DO CANCER DE MAMA NT 38/2013 Solicitante: Dra. Renata Abranches Perdigão do JESP da Fazenda Pública de Campo Belo Data: 22/02/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Numeração Única: 0112.14.001131-6 TEMA: TAMOXIFENO

Leia mais

Numeração Única: 112.13.008257-4 TEMA: TAMOXIFENO NO TRATAMENTO ADJUVANTE DO CANCER DE MAMA

Numeração Única: 112.13.008257-4 TEMA: TAMOXIFENO NO TRATAMENTO ADJUVANTE DO CANCER DE MAMA NT 209/2013 Solicitante: Dra. Renata Abranches Perdigão do JESP da Fazenda Pública de Campo Belo Data: 01/11/2013 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Numeração Única: 112.13.008257-4 TEMA: TAMOXIFENO

Leia mais

Desigualdades no Acesso à Tecnologia: Relevância para Grupos de Pacientes

Desigualdades no Acesso à Tecnologia: Relevância para Grupos de Pacientes Desigualdades no Acesso à Tecnologia: Relevância para Grupos de Pacientes Capacitação ACS /FEMAMA 2012 Eduardo Cronemberger Oncologia em 120 anos Willian Halsted Aqui está minha sequencia! Mastectomia

Leia mais

TEMA: Abiraterona (Zytiga ) para tratamento de câncer de próstata avançado sem quimioterapia prévia.

TEMA: Abiraterona (Zytiga ) para tratamento de câncer de próstata avançado sem quimioterapia prévia. NTRR 158/2014 Solicitante: Juíz: Dra. Solange Maria de Lima Oliveira Juiza da 1ª Vara Cível de Itaúna. Data: 04/07/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Número do processo: 0338.14.006.873-9

Leia mais

Tratamento de linfoma do manto com Rituximab

Tratamento de linfoma do manto com Rituximab REVISÃO DE LITERATURA / LITERATURE REVIEW Tratamento de linfoma do manto com Rituximab Treatment of mantle-cell lymphoma with Rituximab Jane de Almeida Dobbin, 1 Henry Luiz Najman 2 e Maria Inez Pordeus

Leia mais

Instituto de Dermatologia Prof. R. D. Azulay/ INCA

Instituto de Dermatologia Prof. R. D. Azulay/ INCA Instituto de Dermatologia Prof. R. D. Azulay/ INCA Linfoma cutâneo primário rio de células B: tratamento com rituximab associado à quimioterapia Autores: Nayibe Solano Martinez Renata Teles Filogônio Rocio

Leia mais

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme NOTA TÉCNICA 256/2013 Solicitante Dr. Carlos Renato de Oliveira Corrêa Juiz de Direito São Domingos do Prata Data: 19/12/2013 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Processo número: 0610.13.002372-0

Leia mais

Protocolo de Tratamento do Câncer de Mama Metastático. Versão eletrônica atualizada em Dezembro 2009

Protocolo de Tratamento do Câncer de Mama Metastático. Versão eletrônica atualizada em Dezembro 2009 Protocolo de Tratamento do Câncer de Mama Metastático Versão eletrônica atualizada em Dezembro 2009 Protocolo de Tratamento do Câncer de Mama Metastático O tratamento de pacientes com câncer de mama metastático

Leia mais

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE Este relatório é uma versão resumida do relatório técnico

Leia mais

Leucemia Linfática Crônica

Leucemia Linfática Crônica Leucemia Linfática Crônica CVP Ciclofosfamida: 400 mg/m² VO D1 ao D5 (ou 800 mg/m² IV D1) Vincristina: 1,4 mg/m² IV D1 (dose máxima 2 mg) Prednisona: 100 mg/m² VO D1 ao D5 a cada 21 dias Ref. (1) FC Ciclofosfamida:

Leia mais

Numeração Única: 0145120798114 ou 0798114-29.2012.8.13.0145

Numeração Única: 0145120798114 ou 0798114-29.2012.8.13.0145 NT 25/2012 Solicitante: João Martiniano Vieira Neto Juiz da 2ª Vara de Registros Públicos e Fazenda Pública Municipal de Juiz de Fora/MG Data: 26/11/2012 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Numeração

Leia mais

O que é câncer de mama?

O que é câncer de mama? Câncer de Mama O que é câncer de mama? O câncer de mama é a doença em que as células normais da mama começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e deixando de morrer, formando uma massa de células

Leia mais

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. OUTUBRO ROSA ^ um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA ~ prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. ~ ^ O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete

Leia mais

DIA MUNDIAL DO CÂNCER 08 DE ABRIL

DIA MUNDIAL DO CÂNCER 08 DE ABRIL DIA MUNDIAL DO CÂNCER 08 DE ABRIL Enviado por LINK COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 04-Abr-2016 PQN - O Portal da Comunicação LINK COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL - 04/04/2016 Que tal aproveitar o Dia Mundial do Câncer

Leia mais

A Avaliação Ética da Investigação Científica de Novas Drogas:

A Avaliação Ética da Investigação Científica de Novas Drogas: Unidade de Pesquisa Clínica A Avaliação Ética da Investigação Científica de Novas Drogas: A importância da caracterização adequada das Fases da Pesquisa Rev. HCPA, 2007 José Roberto Goldim Apresentado

Leia mais

Tratamento do câncer no SUS

Tratamento do câncer no SUS 94 Tratamento do câncer no SUS A abordagem integrada das modalidades terapêuticas aumenta a possibilidade de cura e a de preservação dos órgãos. O passo fundamental para o tratamento adequado do câncer

Leia mais

Paciente de Alto Risco

Paciente de Alto Risco Paciente de Alto Risco Novas Fronteiras do Bloqueio Estrogênico na Prevenção do Câncer de Mama Não há conflitos de interesse. Nunca recebi qualquer forma de pagamento ou auxílio financeiro de entidade

Leia mais

Partes: CÉLIO FERREIRA DA CUNHA MUNICÍPIO DE COROMANDEL-MG

Partes: CÉLIO FERREIRA DA CUNHA MUNICÍPIO DE COROMANDEL-MG RESPOSTA RÁPIDA 208/2014 Assunto: Azacitidina para tratamento de mielodisplasia SOLICITANTE Juiz de Direito da comarca de Coromandeu NÚMERO DO PROCESSO 0193.14.001135-7 DATA 16/04/2014 Coromandel, 14/04/2014

Leia mais

Ministério da Saúde SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. CONSULTA PÚBLICA No- 29, DE 19 DE AGOSTO DE 2010

Ministério da Saúde SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. CONSULTA PÚBLICA No- 29, DE 19 DE AGOSTO DE 2010 Diário Oficial Imprensa Nacional. Nº 164 DOU de 26/08/10 p. 79 seção 1 Ministério da Saúde SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL BRASÍLIA - DF CONSULTA PÚBLICA No- 29, DE 19 DE AGOSTO

Leia mais

Analisar a sobrevida em cinco anos de mulheres. que foram submetidas a tratamento cirúrgico, rgico, seguida de quimioterapia adjuvante.

Analisar a sobrevida em cinco anos de mulheres. que foram submetidas a tratamento cirúrgico, rgico, seguida de quimioterapia adjuvante. Estudo de sobrevida de mulheres com câncer de mama não metastático tico submetidas à quimioterapia adjuvante Maximiliano Ribeiro Guerra Jane Rocha Duarte Cintra Maria Teresa Bustamante Teixeira Vírgilio

Leia mais

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO COMITÊ TRANSFUSIONAL

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO COMITÊ TRANSFUSIONAL O PAPEL DO ENFERMEIRO NO COMITÊ TRANSFUSIONAL HEMOCENTRO DE BELO HORIZONTE 2015 TRANFUSÃO SANGUÍNEA BREVE RELATO Atualmente a transfusão de sangue é parte importante da assistência à saúde. A terapia transfusional

Leia mais

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR DCI RALTITREXEDO Medicamento PVH PVH com IVA Titular de AIM TOMUDEX Embalagem contendo 1 frasco com pó para solução injectável

Leia mais

Tema: NIVOLUMABE EM ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE PULMÃO ESTADIO IV

Tema: NIVOLUMABE EM ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE PULMÃO ESTADIO IV Nota Técnica 2015 NATS HC UFMG Solicitante: Renato Martins Prates Juiz Federal da 8ª Vara Seção Judiciária de Minas Gerais Nº Processo: 41970-36.2015.4.01.3800 Data 20/08/2015 Medicamento X Material Procedimento

Leia mais

Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014. Fabio Kater

Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014. Fabio Kater Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014 Fabio Kater Multivitaminas na prevenção do câncer de mama, próstata e pulmão: caso fechado! Revisão da literatura para tipos específicos de câncer

Leia mais

O acesso a um tratamento integral e seu custo: A Experiência do ICESP. Prof. Dr. Paulo M. Hoff Diretor Clínico ICESP Faculdade de Medicina da USP

O acesso a um tratamento integral e seu custo: A Experiência do ICESP. Prof. Dr. Paulo M. Hoff Diretor Clínico ICESP Faculdade de Medicina da USP O acesso a um tratamento integral e seu custo: A Experiência do ICESP Prof. Dr. Paulo M. Hoff Diretor Clínico ICESP Faculdade de Medicina da USP Potenciais Conflitos de Interesse Resolução CFM nº 1.595/2000

Leia mais

Influência do peso corporal no tratamento adjuvante do câncer de mama

Influência do peso corporal no tratamento adjuvante do câncer de mama Influência do peso corporal no tratamento adjuvante do câncer de mama Declaro não haver conflito de interesse Dra Maria Cecília Monteiro Dela Vega Médica Oncologista Clínica- CEBROM e Hospital Araujo Jorge

Leia mais

Declaro não haver nenhum conflito de interesse.

Declaro não haver nenhum conflito de interesse. Declaro não haver nenhum conflito de interesse. Faculdade de Medicina do ABC Disciplina de Ginecologia Serviço do Prof. Dr. César Eduardo Fernandes Setor de Mastologia IVO CARELLI FILHO Maior dilema da

Leia mais

Estamos prontos para guiar o tratamento com base no status do HPV?

Estamos prontos para guiar o tratamento com base no status do HPV? Controvérsias no Tratamento de Câncer de Cabeça e Pescoço Localmente Avançado Estamos prontos para guiar o tratamento com base no status do HPV? Igor A. Protzner Morbeck, MD, MSc Oncologista Clínico Onco-Vida,

Leia mais

MabThera. (rituximabe) Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. Solução para diluição para infusão 100 mg / 10 ml 500 mg / 50 ml

MabThera. (rituximabe) Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. Solução para diluição para infusão 100 mg / 10 ml 500 mg / 50 ml MabThera (rituximabe) Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. Solução para diluição para infusão 100 mg / 10 ml 500 mg / 50 ml MabThera rituximabe Roche Antineoplásico e antirreumático APRESENTAÇÕES

Leia mais

Bioestatística. Organização Pesquisa Médica. Variabilidade. Porque existe variabilidades nos fenômenos naturais? Fontes de variação:

Bioestatística. Organização Pesquisa Médica. Variabilidade. Porque existe variabilidades nos fenômenos naturais? Fontes de variação: Bioestatística Lupércio F. Bessegato & Marcel T. Vieira UFJF Departamento de Estatística 2010 Organização Pesquisa Médica Variabilidade Porque existe variabilidades nos fenômenos naturais? Fontes de variação:

Leia mais

Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) no Tratamento do. Câncer de Cabeça e Pescoço. Contexto da Medicina Baseada em Evidências

Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) no Tratamento do. Câncer de Cabeça e Pescoço. Contexto da Medicina Baseada em Evidências CONGRESSO DE AUDITORIA - NATAL - 2015 Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) no Tratamento do Câncer de Cabeça e Pescoço Contexto da Medicina Baseada em Evidências Tratamento do Câncer de Cabeça e

Leia mais

Experiências dos Hospitais da Rede Sentinela: Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein

Experiências dos Hospitais da Rede Sentinela: Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein 1 Experiências dos Hospitais da Rede Sentinela: Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein Fernanda P. Fernandes dos Anjos Consultora de Gerenciamento e Vigilância do Risco Diretoria de

Leia mais

Data: 07/04/2014 NTRR 67/2014. Medicamento x Material Procedimento Cobertura

Data: 07/04/2014 NTRR 67/2014. Medicamento x Material Procedimento Cobertura NTRR 67/2014 Solicitante: Juiz Alex Matoso Silva Município de Itaúna - MG Número do processo: 0338.14.003128-1 Data: 07/04/2014 Medicamento x Material Procedimento Cobertura TEMA: Pegvisomanto para acromegalia

Leia mais

Key Words: câncer de mama, quimioterapia neoadjuvante, quimioterapia, resposta patológica, carbopaltina.

Key Words: câncer de mama, quimioterapia neoadjuvante, quimioterapia, resposta patológica, carbopaltina. Alta taxa de resposta completa patológica (prc) em câncer de mama triplo negativo após quimioterapia neoadjuvante sequencial Augusto Ribeiro GABRIEL, MD* Ruffo de FREITAS JÚNIOR, MD, PhD* * Programa de

Leia mais

Linfomas. Claudia witzel

Linfomas. Claudia witzel Linfomas Claudia witzel Pode ser definido como um grupo de diversas doenças neoplásicas : Do sistema linfático Sistema linfóide Que tem origem da proliferação de linfócitos B ou T em qualquer um de seus

Leia mais

Um estudo da Universidade Stanford reforça o papel da finasterida, comumente usada contra a calvície, na prevenção ao câncer de próstata

Um estudo da Universidade Stanford reforça o papel da finasterida, comumente usada contra a calvície, na prevenção ao câncer de próstata Um estudo da Universidade Stanford reforça o papel da finasterida, comumente usada contra a calvície, na prevenção ao câncer de próstata Naiara Magalhães Ricardo Benichio MAIS SEGURANÇA Depois de cinco

Leia mais

Segurança do Paciente e Vigipos

Segurança do Paciente e Vigipos 14º Encontro Nacional da Rede Sentinela Fórum Internacional de Gestão de Risco e Segurança do Paciente 8 a 10 de outubro de 2013 Segurança do Paciente e Vigipos Geni Neumann N. de Lima Camara Unidade de

Leia mais

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo:

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo: Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo: Análise dos dados e indicadores de qualidade 1. Análise dos dados (jan ( janeiro eiro/2000 a setembro/201 /2015) Apresenta-se aqui uma visão global sobre a base

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

2. Quais os objetivos do Programa Nacional de Segurança do Paciente?

2. Quais os objetivos do Programa Nacional de Segurança do Paciente? O tema Segurança do Paciente vem sendo desenvolvido sistematicamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) desde sua criação, cooperando com a missão da Vigilância Sanitária de proteger

Leia mais

GRUPO OTIMISMO DE APOIO AO PORTADOR DE HEPATITE

GRUPO OTIMISMO DE APOIO AO PORTADOR DE HEPATITE GRUPO OTIMISMO DE APOIO AO PORTADOR DE HEPATITE Av. Copacabana, 1133 SL. 205 - Copacabana - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22060-001 ONG - Registro n. 176.655 - RCPJ-RJ - CNPJ: 06.294.240/0001-22 e-mail: hepato@hepato.com

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 396/2013 Naprix, Vastarel, Lasix, Carvedilol, Atorvastatina, Aspirina

RESPOSTA RÁPIDA 396/2013 Naprix, Vastarel, Lasix, Carvedilol, Atorvastatina, Aspirina RESPOSTA RÁPIDA 396/2013 Naprix, Vastarel, Lasix, Carvedilol, Atorvastatina, Aspirina SOLICITANTE Dra. Sabrina da Cunha Peixoto Ladeira. Juiza de Direito NÚMERO DO PROCESSO 13 007501-7 DATA 07/11/2013

Leia mais

A Importância da Causa

A Importância da Causa A Importância da Causa Panorama do Cenário Brasileiro Leucemia é o câncer mais comum entre crianças, e o linfoma é o 3º câncer mais comum entre este público Se detectados logo e tratados adequadamente,

Leia mais

Comitê Gestor dos Programas de Qualificação dos Prestadores de Serviços COGEP

Comitê Gestor dos Programas de Qualificação dos Prestadores de Serviços COGEP Comitê Gestor dos Programas de Qualificação dos Prestadores de Serviços COGEP GT Indicadores de SADT 3ª Reunião Subgrupo Oncologia 22 de abril de 2013 GERPS/GGISE/DIDES/ANS Agenda Definição da Estratificação

Leia mais

NOVEMBRO DOURADO VIVA ESTA IDEIA! VENHA PARTICIPAR!

NOVEMBRO DOURADO VIVA ESTA IDEIA! VENHA PARTICIPAR! NOVEMBRO DOURADO VIVA ESTA IDEIA! VENHA PARTICIPAR! Serviço de OncoHematologia do HIJG DIA NACIONAL DE COMBATE AO CÂNCER NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil (lei

Leia mais

Dr. Ricardo Bigni Médico Hematologista INCA Coordenador TMO COI Resp. Técnico TMO H. Clin. Niterói Coordenador Assist. Oncológica HCPM / PMERJ

Dr. Ricardo Bigni Médico Hematologista INCA Coordenador TMO COI Resp. Técnico TMO H. Clin. Niterói Coordenador Assist. Oncológica HCPM / PMERJ Dr. Ricardo Bigni Médico Hematologista INCA Coordenador TMO COI Resp. Técnico TMO H. Clin. Niterói Coordenador Assist. Oncológica HCPM / PMERJ Resposta Curva Dose-Resposta Dose Odaimi et al. Am J Clin

Leia mais

TRATAMENTO PÓS OPERATÓRIO NO SEMINOMA E NÃO SEMINOMA DE ESTÁGIO I DE ALTO RISCO Daniel Fernandes Saragiotto

TRATAMENTO PÓS OPERATÓRIO NO SEMINOMA E NÃO SEMINOMA DE ESTÁGIO I DE ALTO RISCO Daniel Fernandes Saragiotto TRATAMENTO PÓS OPERATÓRIO NO SEMINOMA E NÃO SEMINOMA DE ESTÁGIO I DE ALTO RISCO Daniel Fernandes Saragiotto Médico Assistente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) FMUSP Médico Titular

Leia mais

RADIOTERAPIA HIPOFRACIONADA EM MAMA: INDICAÇÕES E RESULTADOS

RADIOTERAPIA HIPOFRACIONADA EM MAMA: INDICAÇÕES E RESULTADOS III ENCONTRO DE RESIDENTES DA SBRT 2012 RADIOTERAPIA HIPOFRACIONADA EM MAMA: INDICAÇÕES E RESULTADOS VINICIUS T. MOSCHINI DA SILVA Residente de Radioterapia HSPE/IAMSPE -SP Introdução O câncer de mama:

Leia mais

N o 35. Março 2015. O mieloma múltiplo é uma. MIELOMA MÚLTIPLO: Novo Medicamento no tratamento contra o Câncer de Medula Óssea

N o 35. Março 2015. O mieloma múltiplo é uma. MIELOMA MÚLTIPLO: Novo Medicamento no tratamento contra o Câncer de Medula Óssea N o 35 Março 2015 Centro de Farmacovigilância da UNIFAL-MG Site: www2.unifal-mg.edu.br/cefal Email: cefal@unifal-mg.edu.br Tel: (35) 3299-1273 Equipe editorial: prof. Dr. Ricardo Rascado; profa. Drª. Luciene

Leia mais

TEMA: FINGOLIMODE NA ESCLEROSE MÚLTIPLA

TEMA: FINGOLIMODE NA ESCLEROSE MÚLTIPLA NTRR 253/2013 Solicitante: Alyrio Ramos Desembargador da 8ª Câm. Cível - TJMG Data: 13/12/2013 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Número do processo: 1.0702.13.078195-9/001 TEMA: FINGOLIMODE

Leia mais

Projeto Hospitais Sentinela: A experiência da Anvisa e da Rede Sentinela no Controle de EA em Hospitais

Projeto Hospitais Sentinela: A experiência da Anvisa e da Rede Sentinela no Controle de EA em Hospitais Projeto Hospitais Sentinela: A experiência da Anvisa e da Rede Sentinela no Controle de EA em Hospitais Anvisa: : Agência Nacional de Vigilância Sanitária Clarice Alegre Petramale EPI 2008 Um pouco de

Leia mais

Os Trabalhos/Abstracts mais Relevantes em Câncer de mama Tratamento Adjuvante: Hormonioterapia. José Bines Instituto Nacional de Câncer

Os Trabalhos/Abstracts mais Relevantes em Câncer de mama Tratamento Adjuvante: Hormonioterapia. José Bines Instituto Nacional de Câncer Os Trabalhos/Abstracts mais Relevantes em Câncer de mama Tratamento Adjuvante: Hormonioterapia José Bines Instituto Nacional de Câncer Índice Podemos selecionar pacientes para não receber tratamento adjuvante?

Leia mais

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006. Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006. Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração Coleção Risk Tecnologia SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006 Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração RESUMO/VISÃO GERAL (visando à fusão ISO 31000

Leia mais

ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA. Renata Loretti Ribeiro Enfermeira COREn/SP- 42883

ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA. Renata Loretti Ribeiro Enfermeira COREn/SP- 42883 ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA Renata Loretti Ribeiro Enfermeira COREn/SP- 42883 Renata Loretti Ribeiro 2 Introdução O câncer representa uma causa importante de morbidez e mortalidade, gerador de efeitos que

Leia mais

Como tratar o câncer de mama na paciente com mutação genética? Prof. Dr. Giuliano Duarte

Como tratar o câncer de mama na paciente com mutação genética? Prof. Dr. Giuliano Duarte Como tratar o câncer de mama na paciente com mutação genética? Prof. Dr. Giuliano Duarte Quem é a paciente com mutação BRCA1/2? Ansiedade Penetrância dos genes BRCA1 e BRCA 2 até os 70 anos Meta-análise

Leia mais

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE?

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? Ana Amélia Camarano* Solange Kanso** Daniele Fernandes** 1 INTRODUÇÃO Assume-se que idade avançada e invalidez resultam em perda da capacidade laboral, o que

Leia mais

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade?

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Texto divulgado na forma de um caderno, editorado, para a comunidade, profissionais de saúde e mídia SBMFC - 2006 Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Não? Então, convidamos você a conhecer

Leia mais

ANS Longevidade - Custo ou Oportunidade. Modelos de Cuidados à Saúde do Idoso Rio de Janeiro/RJ 25/09/2014

ANS Longevidade - Custo ou Oportunidade. Modelos de Cuidados à Saúde do Idoso Rio de Janeiro/RJ 25/09/2014 ANS Longevidade - Custo ou Oportunidade. Modelos de Cuidados à Saúde do Idoso Rio de Janeiro/RJ 25/09/2014 Cenário 1) Nas últimas décadas, os países da América Latina e Caribe vêm enfrentando uma mudança

Leia mais

Câncer de Ovário (Epitelial)

Câncer de Ovário (Epitelial) Câncer de Ovário (Epitelial) Ciclofosfamida + Carboplatina Ciclofosfamida: 600mg/m 2 IV D1 Carboplatina: 300mg/m 2 IV D1 a cada 28 dias X 6 ciclos Ref. (1) Ciclofosfamida + Cisplatina Ciclofosfamida: 600mg/m

Leia mais

Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 1 Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Nome fantasia: Projeto de volta prá casa Instituições: Núcleo de Epidemiologia do Serviço de Saúde Comunitária da Gerência de saúde Comunitária

Leia mais

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Texto elaborado pelos Drs Pérsio Roxo Júnior e Tatiana Lawrence 1. O que é imunodeficiência? 2. Estas alterações do sistema imunológico são hereditárias?

Leia mais

Cosmetovigilância. Impacto na Inspeção. Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. Maria do Carmo Lopes Severo - UINSC

Cosmetovigilância. Impacto na Inspeção. Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. Maria do Carmo Lopes Severo - UINSC Cosmetovigilância Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes Roberto Wagner Barbirato Gerência Geral de Inspeção e Controle de Insumos, Medicamentos e Produtos - GGIMP Maria do Carmo Lopes Severo

Leia mais

Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária Cadastro de Instituições e Usuários - NOTIVISA Setembro - 2012 NUVIG - Núcleo de Gestão do Sistema Nacional de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária

Leia mais

RASTREIO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS

RASTREIO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS RASTREIO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS Maria José de Camargo IFF / FIOCRUZ CERVIX www.cervixcolposcopia.com.br Gestantes Pós-menopausa Histerectomizadas Imunossuprimidas Adolescentes Mulheres sem história de

Leia mais

MabThera. (rituximabe) Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. Solução para diluição para infusão 100 mg / 10 ml 500 mg / 50 ml

MabThera. (rituximabe) Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. Solução para diluição para infusão 100 mg / 10 ml 500 mg / 50 ml MabThera (rituximabe) Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. Solução para diluição para infusão 100 mg / 10 ml 500 mg / 50 ml MabThera rituximabe Roche Antineoplásico e antirreumático APRESENTAÇÕES

Leia mais

TEMA: Cabazitaxel (Jevtana ) para tratamento câncer de próstata metastático

TEMA: Cabazitaxel (Jevtana ) para tratamento câncer de próstata metastático NTRR 58/2014 Solicitante: Juiz Dr Fernando de Moraes Mourão Comarca de Arcos Número do processo: 0042.14.001267-7 Réu: Estado de Minas Data: 31/03/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura TEMA:

Leia mais

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders REVISÃO META-ANALÍTICA DO USO DE INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS NO TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA Publicado: Am J Psychiattry

Leia mais

Dacarbazina (DTIC)* Dacarbazina: 250 mg/m²/dia IV durante minutos D1 ao D5 a cada 21 ou 28 dias

Dacarbazina (DTIC)* Dacarbazina: 250 mg/m²/dia IV durante minutos D1 ao D5 a cada 21 ou 28 dias Melanoma Maligno Alfainterferon 2b em altas doses Indução: 20 MUI/m²/dia IV durante 20 min, 5 vezes por semana, durante 4 semanas Consolidação/Manutenção: 10 MUI/m²/dia SC, 3 vezes por semana durante 48

Leia mais

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR Novembro Azul Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. NOVEMBRO AZUL Mês de Conscientização,

Leia mais

Resultado do Monitoramento das atividades da Rede Sentinela Novembro/11 a Outubro/12

Resultado do Monitoramento das atividades da Rede Sentinela Novembro/11 a Outubro/12 Resultado do Monitoramento das atividades da Rede Sentinela Novembro/11 a Outubro/12 Diogo Penha Soares Coordenação de Vigilância em Serviços Sentinela CVISS/NUVIG Credenciamento Ao solicitarem o credenciamento

Leia mais

É possível omitir Radioterapia adjuvante em mulheres idosas com Receptor Hormonal positivo?

É possível omitir Radioterapia adjuvante em mulheres idosas com Receptor Hormonal positivo? É possível omitir Radioterapia adjuvante em mulheres idosas com Receptor Hormonal positivo? Rosangela Correa Villar Radioterapia Beneficência Portuguesa- Hospital São Jose FMUSP villardias@uol.com.br INTRODUÇÃO

Leia mais

DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR

DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR As páginas que se seguem constituem as Declarações Europeias da Farmácia Hospitalar. As declarações expressam os objetivos comuns definidos para cada sistema

Leia mais

Tecnovigilância: Pós comercialização de produtos para a saúde

Tecnovigilância: Pós comercialização de produtos para a saúde 2o. WORKSHOP INTERNACIONAL - Testes de Diagnóstico Acessíveis e com Qualidade Assegurada para Programas de Saúde Pública Tecnovigilância: Pós comercialização de produtos para a saúde Stela Candioto Melchior

Leia mais

Anexo II. Conclusões científicas e fundamentos para a recusa apresentados pela Agência Europeia de Medicamentos

Anexo II. Conclusões científicas e fundamentos para a recusa apresentados pela Agência Europeia de Medicamentos Anexo II Conclusões científicas e fundamentos para a recusa apresentados pela Agência Europeia de Medicamentos 5 Conclusões científicas Resumo da avaliação científica do Etinilestradiol-Drospirenona 24+4

Leia mais

Mecanismos de resistência ao tratamento hormonal. José Bines Instituto Nacional de Câncer

Mecanismos de resistência ao tratamento hormonal. José Bines Instituto Nacional de Câncer Mecanismos de resistência ao tratamento hormonal José Bines Instituto Nacional de Câncer Declaração de conflito de interesses Sem conflito de interesses Opinião pessoal que pode não refletir necessariamente

Leia mais

Radioterapia para Metástases em Coluna Eduardo Weltman Hospital Israelita Albert Einstein Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Radioterapia para Metástases em Coluna Aspectos Clínicos Indicações

Leia mais

Os Trabalhos/Abstracts mais Relevantes em Avaliação genética e tratamentos preventivos

Os Trabalhos/Abstracts mais Relevantes em Avaliação genética e tratamentos preventivos Os Trabalhos/Abstracts mais Relevantes em Avaliação genética e tratamentos preventivos Simône Noronha Hospital São José São Paulo - Brasil Índice: Radioterapia no câncer de mama hereditário (Revisão) Perfil

Leia mais

Avanços na transparência

Avanços na transparência Avanços na transparência A Capes está avançando não apenas na questão dos indicadores, como vimos nas semanas anteriores, mas também na transparência do sistema. Este assunto será explicado aqui, com ênfase

Leia mais

REQUERIMENTO N DE 2013 (dos Srs. Fernando Francischini e Willian Dib)

REQUERIMENTO N DE 2013 (dos Srs. Fernando Francischini e Willian Dib) REQUERIMENTO N DE 2013 (dos Srs. Fernando Francischini e Willian Dib) Requer a realização de Audiência Pública com os convidados que indica para discutir a negativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Leia mais

c Taxas por milhão, ajustadas pela população padrão mundial, 1966 146 Câncer na Criança e no Adolescente no Brasil

c Taxas por milhão, ajustadas pela população padrão mundial, 1966 146 Câncer na Criança e no Adolescente no Brasil As taxas médias de incidência de câncer por 1.000.000 de crianças e adolescentes (0 a 18 anos), segundo sexo, faixa etária e período disponível das informações para os 20 RCBP brasileiros, são apresentadas

Leia mais

Journal of Thoracic Oncology Volume 3, Number 12, December 2008

Journal of Thoracic Oncology Volume 3, Number 12, December 2008 R1 CIT Vinícius Journal of Thoracic Oncology Volume 3, Number 12, December 2008 Prolongamento na sobrevida em pacientes com Câncer avançado não-pequenas células (CPNPC) Recentemente, 2 estudos randomizados,

Leia mais

CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução

CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto Introdução É realizada a avaliação de um grupo de pacientes com relação a sua doença. E através dele

Leia mais

FADIGA EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA EM RADIOTERAPIA CONVENCIONAL. E-mail: julyanaweb@hotmail.com. E-mail: dalete.mota@gmail.com

FADIGA EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA EM RADIOTERAPIA CONVENCIONAL. E-mail: julyanaweb@hotmail.com. E-mail: dalete.mota@gmail.com FADIGA EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA EM RADIOTERAPIA CONVENCIONAL Julyana Cândido Bahia 1, Dálete Delalibera Corrêa de Faria Mota 2 1 Acadêmica da Faculdade de Enfermagem/ Universidade Federal de Goiás

Leia mais

Manual Geral do OASIS

Manual Geral do OASIS Manual Geral do OASIS SISTEMA DE GESTÃO DE DEMANDA, PROJETO E SERVIÇO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO OASIS Introdução Esse manual tem como objetivo auxiliar aos usuários nos procedimentos de execução do sistema

Leia mais