Pessoa e o Valor da Reflexão

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1 Pessoa e o Valor da Reflexão Ana Margarete B. de Freitas 1. O Problema A palavra pessoa tem um significado especial na designação dos seres humanos nos discursos ordinários. O conceito de pessoa possui características que nos permite distinguir a espécie humana dos outros seres vivos, assim como de máquinas e artefatos artificiais. Não temos dúvidas de que nos constituímos tais como pessoas e que os outros seres humanos que compartilham conosco as nossas experiências sociais são pessoas e percebem a si próprios como pessoas. Mas o que significa ser uma pessoa? Quais características são imprescindíveis para a designação de pessoas? A literatura recente em filosofia tem trazido contribuições que contestam nossa compreensão comum acerca do que é ser uma pessoa. Filósofos como Hilary Kornblith (cf. 2010, p. 2) tem afirmado que as diferenças entre os humanos e outros animais não são tão grandes quanto pensamos e que os filósofos que defendem uma perspectiva diferente desta pertencem a uma tradição que valoriza e compreende mal o papel da reflexão humana. Este trabalho tem o objetivo de realizar um questionamento acerca das características que nos constitui como pessoas, trazendo para a discussão diferentes concepções acerca da noção de pessoa, que destacam o papel da reflexão na constituição desse conceito, e a perspectiva de Kornblith, de que a reflexão não tem poderes especiais para as nossas performances cognitivas e agenciais. 2. Pessoa O primeiro uso da palavra pessoa estava associado à ideia de moralidade, à sua posição e aos seus deveres, referindo-se ao papel social que um ser humano desempenhava na vida, visto a origem do conceito no termo persona, que significa a máscara (em grego, prosopon) utilizada por atores no mundo antigo para designar o papel social que representavam. No século VI, Boécio definiu pessoa como uma substância individual de natureza racional, associando o conceito a uma série de capacidades que Aristóteles considerava como aquelas que distinguiam os seres humanos de outros animais (HACKER, 2010, p ). Mas que capacidades são essas? Tanto seres humanos quanto outras espécies animais possuem corpos físicos e estados de consciência, mas há algo que torna os seres humanos pessoas, conceito que não pode ser atribuído aos outros animais. De acordo com Hacker (2010, p. 312), pessoas não são apenas sujeitos aos quais predicados-p e predicados-m 1

2 podem ser atribuídos, mas também são autoatribuidores de predicados-p (e predicados- M) 1, portanto, autoconscientes e possuidores de intelecto e vontade. Assim, o conceito de pessoa qualifica o conceito substantivo de um animal de tal e tal espécie, marcando o indivíduo da espécie relevante como possuidor (ou sendo uma natureza tal que normalmente possui) de uma extensão peculiar de poderes, uma personalidade e o status de um ser moral (HACKER, 2010, p. 312). A capacidade de ser autoconsciente confere às pessoas poderes racionais de pensamento e de ação que são determinadas, em maior ou menor grau, por razões. Desse modo, pessoas podem refletir sobre o que estão fazendo ou passando e podem agir deliberadamente à luz das próprias avaliações, tornando-se responsáveis pelos seus próprios feitos. Para Charles Taylor (cf. 1985, p. 97), pessoa é um ser com certas capacidades que possibilitam a sua condição como ser moral e portador de direitos. Uma pessoa é capaz de adotar planos de vida, fazer escolhas, abraçar valores, ter um sentido de eu e uma noção do futuro e do passado. Ele descreve essas capacidades como a característica de ser respondente, isto é, um ser com o seu próprio ponto de vista sobre as coisas, a quem pode ser atribuído (addressed) e quem pode responder (reply). Na perspectiva de Frankfurt (cf. 1971, p. 6-7), a diferença essencial entre pessoas e outras criaturas pode ser encontrada na estrutura da vontade (will). Seres humanos não são os únicos que têm desejos, motivações ou fazem escolhas, eles compartilham essas habilidades com seres de outras espécies, entretanto, é uma característica peculiar dos humanos que eles são capazes de formar desejos de segunda ordem, de fazer autoavaliações reflexivas, enquanto os outros seres formam apenas desejos de primeira ordem. Um desejo de primeiro nível é caracterizado quando alguém busca aquilo que quer, e o de segundo nível quando gostaria de possuir ou não determinado desejo. Frankfurt chama a este segundo caso de volições de segundo nível e afirma que o conceito de pessoa deve ser entendido não apenas pela presença de desejos de segunda ordem, mas também pela presença de volições de nível superior. Isso significa que o conceito de pessoa deve envolver todos os seres cuja liberdade da vontade pode ser submetida ao escrutínio da reflexão. Tyler Burger (cf. 2001, p ) discute o conceito de pessoa a partir da noção de eu (self), para ele eus (selves) são seres que realmente têm as competências que tornam as pessoas os seres valiosos que são. Eus (selves) são agentes de atividades psicológicas e agentes que podem participar e estão sujeitos a certas avaliações, eles avaliam a si próprios e os outros eus (selves) para a racionalidade, racionalidade crítica, moralidade, 1 Terminologia introduzida por Strawson na obra Individuals (1959). Os predicados-m são aqueles que podem ser atribuídos com inteira propriedade também aos corpos meramente materiais, ao passo que os predicados-p seriam todos os demais predicados psicológicos, que podem ser atribuídos às pessoas. 2

3 cooperação social, caráter, criatividade e graça. Desse modo, eus (selves) e pessoas são constitutivamente capazes de avaliar e se engajar na razão crítica e, consequentemente, de ser moral. Todos os conceitos esboçados acima acerca da palavra pessoa parecem trazer no seu cerne a característica central da capacidade de reflexão, entendida como um atributo de seres pensantes que exercem a faculdade do raciocínio, engajando-se no processo de produção de crenças de segunda ordem sobre si próprios e o mundo que os cerca, deliberando e dando razões para o que pensam ou fazem, sendo, portanto, capazes de responder pelos seus próprios atos. 3. Ação sem reflexão Para muitos filósofos os seres humanos têm a capacidade de agir por razões, isto é, a capacidade de refletir sobre as próprias crenças e desejos, envolvendo-se em investigações sobre a natureza dos seus estados mentais de primeira ordem. Kornblith chama a isto de endosso reflexivo (2010, p. 1). Para ele, endossar reflexivamente uma crença não é um processo mais valioso do que um processo não refletido, isto é, as nossas crenças de primeira ordem são suficientes para as nossas ações, não tendo a reflexão um papel importante para as performances cognitivas e agenciais. Kornblith (cf. 2010, p. 10) afirma que seres humanos podem ser descritos como racionais mesmo na ausência de crenças de segunda ordem, visto que as nossas crenças de primeira ordem, assim como as de segunda ordem, são sensíveis à razão. Por exemplo, crianças e animais não humanos, mesmo não possuindo crenças de segunda ordem, podem mudar suas crenças em resposta a uma evidência. Isso não os torna menos racionais. Desse modo, a presença de crenças de primeira ordem é um fator suficiente para a mudança da crença e, consequentemente, para um comportamento racional. Podemos até nos engajar num processo de reflexão para a mudança das nossas crenças, mas esse processo não confere à mudança de crença nenhum caráter especial. Quando um agente reflete sobre as suas próprias crenças, perguntando a si mesmo se realmente ele deve acreditar que p, normalmente ele avalia a sua crença aplicando padrões próprios de correção. Segundo Kornblith (cf. 2010, p. 5), esse processo de escrutínio reflexivo não desempenha nenhum papel na correção de crenças pré-reflexivas, ele apenas aumenta a nossa confiança nelas, servindo para ratificá-las. Assim, a preocupação do agente em ter crenças verdadeiras o leva ao processo de exame reflexivo das próprias crenças que pode, às vezes, fornecer-lhe razões, se os padrões aplicados forem bons, entretanto, o processo reflexivo não pode ser identificado com ter uma razão, independente dos padrões que foram aplicados. Isso porque da mesma forma que crenças de primeira ordem não são automaticamente racionais, crenças de segunda ordem, sobre o que alguém deve acreditar, também não são automaticamente racionais, visto que quando alguém endossa reflexivamente uma crença, pode ainda não ter razões para 3

4 acreditar. Desse modo, ter uma razão não pode ser identificado como endosso reflexivo, independente de como esse endossamento é alcançado (KORNBLITH, 2010, p. 16).... apelar a crenças de ordem superior, ou endosso reflexivo de nossas crenças de primeira ordem, não é o caminho real para responder à razão; isso não é necessário para identificar corretamente razões genuínas. (...) Nós podemos pensar sobre as nossas próprias razões e assim nos envolver em investigações de segunda ordem, mas as pesquisas de segunda ordem não nos oferecem mais garantia de sucesso que as simples pesquisas de primeira ordem (KORNBLITH, 2010, p. 18). A visão de Kornblith é que os estados mentais de segunda ordem não são tão diferentes dos estados mentais de primeira ordem, estando ambos conectados em uma mesma rede causal. Aqueles que defendem um valor especial para a reflexão não estão defendendo nada mais que uma complexidade adicional às nossas vidas mentais e ao nosso comportamento, algo que não nos distancia tanto das outras espécies animais. 4. Hipótese de pesquisa De que modo uma visão que diminui o papel da reflexão na consideração da racionalidade humana pode afetar a concepção que temos de nós mesmos como pessoas? Se a reflexão não possui um papel tão relevante assim, o que seria central na definição da palavra pessoa? O que constitui, então, essa complexidade adicional às nossas vidas mentais e ao nosso comportamento? A atribuição de racionalidade é um aspecto central para o estabelecimento de relações interpessoais, é através dela que conseguimos abarcar todas as relações normativas que os seres humanos na vida cotidiana estabelecem uns com os outros, se não é o endosso reflexivo que nos confere tal habilidade, qual outra capacidade nos habilitaria para tal empreendimento? Assim, temos algumas hipóteses de pesquisa: 1 A concepção de Kornblith está errada e, de fato, a reflexão exerce um papel importante na nossa definição como pessoas, nos distinguindo das outras espécies. 2 A concepção de Kornblith está certa e, assim, não há mais nada que nos diferencie de animais e outros artefatos artificiais, podendo estes, também, entrar na categoria de pessoas. 3 A concepção de Kornblith está certa, mas ainda há algo que nos diferencia dos animais e de artefatos artificiais, alguma capacidade especial que nos torna a única espécie a qual pode ser atribuído o conceito de pessoa. 4

5 Referências Bibliográficas BURGER, Tyler. Self and Self-Understanding. Lecture I: Some Origins of Self. The Journal of Philosophy, Vol. CVIII, n. 6/7, june/july, 2011, p FRANKFURT, Harry. Freedom of the Will and the Concept of a Person. The Journal of Philosophy, Vol. 68, n. 01, jan, 1971, p HACKER, Peter M. S. Natureza Humana: categorias fundamentais. Trad. José Alexandre Durry Guerzoni. Porto Alegre: Artmed, KORNBLITH, Hilary. What Reflective Endorsement Cannot Do. Philosophy and Phenomenological Research. Vol. LXXX, n. 01, January, 2010, p STRAWSON, Peter F. Individuals: Essay of Descriptive Metaphysics. London: Routledge, TAYLOR, Charles. The Concept of a Person. Human Agency and Language: Philosophical Papers. Volume 1. Cambridge: Cambridge University Press, p

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