A intenção ética e a norma moral. Ética e moral

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1 A intenção ética e a norma moral Ética e moral

2 Questão orientadora: É agir em prol do bem pessoal? EGOÍSMO É agir em conformidade com a norma social? REGRAS SOCIAIS É agir em prol do bem comum? ALTRUÍSMO

3 Ética e moral Ética Etimologicamente: Moral Origem no termo Origem no termo latino grego Ethos Mores Costumes Costumes Caráter

4 A moral Moral é o conjunto de preceitos e normas que a generalidade dos indivíduos de uma comunidade aceita, ou deve aceitar, como adequados ou corretos. Ligada à norma

5 A moral Moral - (norma) Responde à questão: que devo fazer ou como devo agir numa circunstância concreta. Designa o conjunto de normas obrigatórias estabelecidas no interior de um grupo / comunidade, sociedade ou cultura para orientar a ação. Visam perseguir valores como os de bem, justiça, dignidade, liberdade permitindo aos indivíduos distinguir uma boa ação e uma má ação.

6 A ética Ética deriva do termo grego ethos que significa costumes, caráter. Ética é uma reflexão teórica sobre as razões, o porquê de considerarmos válidos, bons e justos os costumes e as normas da comunidade ou do grupo social em que nos inserimos. A Ética reflete também sobre os princípios que regem as diversas morais assumidas por pessoas de grupos e comunidades diferentes da nossa.

7 A ética Ética - (intenção) Responde à questão: que princípios devem orientar a vida humana? Analisa os princípios que regem a constituição das normas orientadoras da ação e os respetivos fundamentos ou razões justificadoras, reflete sobre os fins que dão sentido à vida humana.

8 A ética Tem como princípio: o valor da vida humana é inquestionável. A Ética questiona: por que razão não é permitido matar, por que razão não é permitido roubar, isto é, que valor ou princípio justifica tal posição? Ou ainda: o que é o bem? Por que razão devemos agir moralmente?

9 PONTO DE PARTIDA: DOIS CASOS PRÁTICOS Caso prático 1 O Manuel encontrou um telemóvel topo de gama no campo de futebol da escola. Não há ninguém à vista. O Manuel espera cerca de uma hora para ver se aparece alguém à procura do telemóvel, mas ninguém aparece. I. Imagina que tu és o Manuel e responde o que farias: a) Procuravas encontrar o dono do telemóvel e, caso não conseguisses, irias à Direção da escola entregá-lo, para o caso de o dono aparecer. b) Ficavas com o telemóvel, pois achado não é roubado. II. Imagina que tu és o dono do telemóvel e responde o que pensarias: a) Bem, talvez tenham entregue o telemóvel na Direção da escola b) Azar o meu, eu teria feito o mesmo e também o teria guardado

10 Caso prático 2 O Manuel tem estudado regularmente e com afinco para recuperar as notas e subir a média, especialmente a filosofia. Na véspera do teste, a turma começa a pedir ao professor para o adiar, pois a maioria dos alunos não se sente preparada. O Manuel opõe-se veementemente e a confusão instala-se, com troca de acusações de egoísmo ao Manuel e de falta de responsabilidade à turma. Após, a custo, acalmar os ânimos, o professor diz que já tomou a sua decisão. I. Imagina que tu és o professor e responde o que farias: a) Adiavas o teste, pois é melhor possibilitar à maioria um bom resultado, mesmo que alguém saia prejudicado. b) Não adiavas o teste, pois há um aluno responsável que está preparado e nada garante que os outros venham efetivamente a estudar.

11 Conclusões dos casos práticos Por vezes, agir de forma correta implica sacrificar os nossos desejos. Por vezes, há um conflito entre os interesses dos outros e o nosso interesse pessoal. Na ação moral estão em jogo dois interesses por vezes discordantes: -o interesse pessoal (O EU ) & -o interesse coletivo (O OUTRO )

12 Por que razão fazer-se o que é correto? Se certos atos são errados e outros corretos por que razão se deve fazer o que é correto e evitar o que é errado? Por que razão havemos de ser morais? Sermos morais é uma obrigação básica ou fundamental. Sermos morais é uma obrigação que temos perante Deus (para os crentes). Devemos ser morais porque ter um objetivo mais amplo do que os nossos interesses é ter uma existência com sentido.

13 Por que razão fazer-se o que é correto? No entanto, há perspetivas diferentes O egoísmo: não há razões válidas para adotar um ponto de vista universal e imparcial nas minhas decisões morais. Só devo preocupar me com os meus interesses. A negação do ponto de vista moral baseia se numa dupla tese: Somos egoístas (egoísmo psicológico). Devemos ser egoístas (egoísmo ético/normativo).

14 O egoísmo psicológico Somos egoístas: somos assim e não podemos deixar de o ser. Considera que todos os comportamentos humanos são motivados pelo egoísmo, apoiando-se nos seguintes argumentos: fazemos sempre aquilo que mais desejamos fazer; fazemos o que nos faz sentir bem; os actos altruístas são uma mera ilusão. Criticas: por vezes, fazemos coisas que não queremos fazer porque são um meio necessário para um fim que queremos atingir; quase todas as ações ditas altruístas produzem um sentimento de autossatisfação na pessoa que as realiza.

15 O egoísmo ético Devemos ser egoístas (egoísmo normativo) Considera que sim, defendendo que o nosso único dever é fazer o melhor para nós mesmos. Por vezes, pode acontecer que o melhor para nós coincida com o melhor para os outros, mas o objetivo é sempre e unicamente a promoção do bem pessoal, da esfera privada.

16 O egoísmo ético O egoísta adota um princípio básico: «Deves pensar no que é benéfico para ti e não no que serve o interesse dos outros». Admite que esse princípio seja adotado por todos. Isto significa que se só devo pensar no que é bom para mim também devo admitir que os outros pensem unicamente no que é bom para eles. Será sustentável esta posição?

17 O egoísmo ético Logo: O egoísmo ético é arbitrário pois considera que os seus interesses são especiais, são superiores aos dos outros. O egoísmo ético não é universalizável, na medida em que não se pode constituir como regra a seguir por todos.

18 Intenção ética e norma moral O que é uma opção moral? Devo falar sempre verdade ou, por vezes, posso mentir? Será lícito copiar nos exames? Será correto trair a confiança de um amigo? Será correto o abandono dos idosos? Estas questões apontam para a dimensão ética do agir humano ( o domínio da ação humana orientada por valores ético-morais, bem/mal; justo/injusto; certo/errado, propostos pela consciência).

19 Intenção ética e norma moral Consciência É a voz (capacidade) interior de orientação, de avaliação e de crítica das nossas atitudes e comportamentos em função de valores. Onde reside o valor das ações humanas em sociedade? Em agir de acordo com a consciência, de acordo com valores aceites pela sociedade e interiorizados pelo indivíduo, valores que ganham um sentido normativo e obrigatório.

20 Intenção ética e norma moral Assim o Homem age de acordo com: 1 Normas, regras e padrões sociais impostos pela sociedade em que vive (exteriores). 2 A sua consciência, seguindo orientações interiorizadas e autoimpostas, definidoras de um sujeito ético-moral. Ação moral (realizada de acordo com a própria consciência)

21 Intenção ética e norma moral Um ser ético moral: Considera imparcialmente os seus interesses e os interesses de todos os que serão afetados pelas suas ações. Reconhece e pauta-se por princípios éticos de conduta. Não se deixa guiar por impulsos; escuta a sua consciência ainda que tal implique rever as suas convicções.

22 Intenção ética e norma moral Um ser ético moral: Age de acordo com a sua deliberação, independentemente de pressões externas, age autonomamente. Guia-se por valores e ideais que reconhece como certos, como bons, tendo em vista tornar-se um ser humano melhor. Boas ações

23 Intenção ética e norma moral Segundo Savater: Boas ações são todas as ações adequadas à nossa condição de seres racionais, ou seja, as que promovem a humanidade, a nossa e a de todos os outros permitindo-nos viver/conviver melhor. Más ações são todas as ações que não nos convêm, isto é, as ações que nos diminuem, porque contrárias aquilo que somos, ou melhor àquilo que devemos ser.

24 A ação moral No dia a dia, o Homem não deve escolher apenas de acordo com a norma ou regra socialmente estabelecida e que serve de padrão à ação. Para se avaliar a moralidade de uma ação não basta que esta esteja de acordo com a norma (ação verificável) mas é essencial a INTENÇÃO (propósito). Esta é verificável através de um julgamento íntimo, ao nível da consciência, que, cada um faz, do que é permitido e do que é proibido. Logo:

25 Intenção ética e norma moral Para agir moralmente não basta cumprir normas morais, implica a forma intencional da ação. Porque somos livres, podemos escolher o que devemos ou não fazer, afirmando-nos como seres morais (liberdade moral). Essa escolha é guiada pelas regras morais, mas depende da intenção do agente que, livre e autonomamente, escolhe realizar uma determinada ação.

26 A ação moral A ação moral é um tipo de ação humana, cujo efeito se reflete Nos interesses do sujeito e nos interesses dos outros. Uma ação moral apresenta as seguintes caraterísticas: É orientada pela razão (e não pelos impulsos ou emoções). Preocupação imparcial com os interesses dos outros. O juízo elaborado tem validade universal.

27 A ação moral Ação Moral (autónoma) Liberdade caraterística em (virtude da qual o agente da ação tem pleno domínio dos seus atos) Responsabilidade (o agente reconhece os atos que pratica como seus e suporta as suas consequências)

28 A ação moral Liberdade moral traduz a obrigação da pessoa ou sujeito moral de se orientar pela própria razão, isto é, por valores e ideais que reconhece como bons, a partir dos quais estabelece fins ou metas que dão sentido à sua existência. Responsabilidade moral o sujeito reconhece-se como autor da ação e sente a obrigação de responder perante a sua consciência.

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