O problema da objetividade da representação nas Primeiras Objeções das Meditações Metafísicas de Descartes
|
|
- Denílson de Barros Prada
- 7 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 O problema da objetividade da representação nas Primeiras Objeções das Meditações The problem of representation s objectivity in First Objections in Metaphysical Meditation of Descartes Guilherme Diniz da Silva 1 Resumo: Este ensaio analisa os comentários de Caterus nas Primeiras Objeções das Meditações. O tema abordado trata da tese cartesiana dos graus de perfeição das ideias e expõem o modo como Caterus a criticou. Com efeito, é notável a forma como assumiu completamente a tese contrária sobre a realidade das ideias. Por isso, nosso objetivo é apresentar o modo como cada pensador compreende a representação objetiva das ideias, isto é, vamos investigar brevemente a função do conceito de objetividade no interior do pensamento cartesiano, a partir das objeções de Caterus. Palavras-chave: Conhecimento. Verdade. Realidade objetiva. Realidade formal. Causa. Abstract: This paper analyzes Caterus reviews in the First Objections of Descartes Metaphysical Meditations. The theme deals with the Cartesian thesis of the degrees of perfection of ideas and exhibits the way how Caterus criticizes it. In fact, it is noteworthy the way how he took over altogether the opposite thesis about the reality of ideias. Therefore, our aim is to present the way how each thinker understands the objective representation of ideas, namely, we will inquire quickly the concept of objectivity in the bottom of Descartes thought, as from Caterus objections. Keywords: Knowledge. Truth. Objective reality. Formal reality. Cause. *** Descartes publicou as suas Meditações Metafísicas 2 juntamente com as chamadas Objeções e Respostas. Esse anexo, composto por uma série de críticas de diversos estudiosos e pelas respectivas respostas do autor, concedeu aos ensaios cartesianos um elemento marcantemente enriquecedor 3. A grande obra metafísica do pai 1 Graduando em Filosofia pela Faculdade São Bento de São Paulo. Bolsista FAPESP. Orientador: Prof. Dr. Franklin Leopoldo e Silva. guilherme.diniz.op@hotmail.com 2 Publicada primeiramente em 1641 em latim com o título Meditationes de Prima Philosophia, esta obra foi posteriormente traduzida para o francês em 1647 pelo Duque de Luynes com o título Méditations Métaphysiques. 3 A riqueza das discussões das Objeções e Respostas deve-se, sobretudo, às frequentes adições que Descartes fazia à sua filosofia quando respondia as críticas levantadas pelos seus interlocutores. Contudo, é preciso dizer que embora ele desenvolvesse novos argumentos, a correção do que havia dito era coisa rara, pois seu critério sistemático de ordenar todos os componentes de modo inviolavelmente coerente nunca foi abandonado (Cf. ARIEW, Roger. The Meditations and the Objections and Replies. In: GAUKROGER, Stephen. The blackwell guide to Descartes Meditations. Blackwell Publishing, 2006, p. 8).
2 da filosofia moderna apresenta, nesses termos, uma estrutura tripartida: meditação, objeção e resposta. Por isso, seria possível dizer que essa obra não tem um único autor, mas vários autores, sendo Descartes o mais eminente 4. Os textos que formam as Objeções são no total seis e incluem grandes nomes da inteligência europeia da época como, por exemplo, Marin Mersenne, Thomas Hobbes, Antoine Arnauld e Pierre Gassendi. Contudo, o escopo do presente artigo versa tão somente sobre as objeções do padre holandês Caterus (Johannes de Kater). Primeiramente, é oportuno observar os precedentes da questão discutida. Caterus, nas Primeiras Objeções 5, concorda com o cogito 6 e com a regra geral do conhecimento da verdade, a saber, que todas as coisas concebidas com clareza distinção são verdadeiras 7. Tanto o sujeito do conhecimento quanto o modo verdadeiro de conhecer são concebidos como certos. Apesar dessa concordância inicial, ele pede a Descartes que esclareça o que é a objetividade das representações: o que é ser objetivamente no entendimento? 8. Ora, Caterus compreende o significado da existência do ego como uma coisa que pensa. Na sua carta a Descartes, ele declara que não pretende discordar dessa opinião 9. Não obstante, questiona o modo como o filósofo francês pretendeu sustentar a objetividade das representações. Ou ainda, o modo como as ideias do cogito encerram em si a objetividade representativa. Em linhas gerais, a principal crítica do teólogo holandês refere-se à validade dos graus de realidade objetiva 10. Isto é, à pretensão de estabelecer um concatenamento objetivo de ideias cujo princípio encontra-se unicamente na própria realidade do pensamento. Noutros termos, as Primeiras Objeções acusam uma contradição em conceber uma gradação de ideias cujo fundamento objetivo deriva do próprio eu pensante. Por essa razão, Caterus irá escrever na sua carta a 4 BEYSSADE, J-M. Études sur Descartes: l histoire d um esprit. Paris: Éditions du Seuil, 2001, p AT, IX, 74. Usaremos a tradução francesa das Meditações Metafísicas da edição franco-latina: ADAM, Charles; TANNERY, Paul. Œuvres de Descartes. 11 vols. Paris: Vrin, Inicialmente ele afirma a sua adesão ao argumento de que existe um eu que pensa: Eu penso que eu sou; até mesmo que eu sou o próprio pensamento ou um espírito. Isso é verdade Primeiras Objeções: AT, IX, 74 (tradução nossa). 7 Terceira Meditação: AT, IX, Primeiras Objeções: AT, IX, 74 (tradução nossa). 9 Eu concordo, eu nego, eu aprovo, eu refuto; não quero me afastar da opinião desse grande homem [Descartes] Primeiras Objeções: AT, IX, 74 (tradução nossa). 10 O termos objetivo, aqui, significa não o que está diante do sujeito no sentido de exterior a ele, mas o que está na mente do sujeito e lhe é primeiramente acessível, na exata medida em que o pensamento é primeiramente acessível. Por isso, a ideia não é uma representação de uma coisa externa ao pensamento, mas algo real que configura um conteúdo objetivo no pensamento. (cf. SILVA, Franklin L. Descartes: a metafísica da modernidade. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2006, p. 57). 96
3 Descartes: dê-me a razão porque uma ideia contém mais realidade objetiva do que outra 11. A despeito da clareza e distinção das ideias, o teólogo observa que o conhecimento verdadeiro dispensa essa teoria extravagante. Se, por um lado, a validade da regra geral é aceitável, por outro lado, a teoria da realidade objetiva das ideias não encontra tanta felicidade. Ela não poderia adequar-se ao modo como o conhecimento verdadeiro se efetua, pois a realidade objetiva é uma pura denominação; atualmente ela não existe 12. Desse modo, as representações não seriam coisas, mas sinais formais das coisas. Com essa afirmação, as Primeiras Objeções procuram sustentar que as representações concebidas unicamente a partir do sujeito pensante não tem nenhuma realidade atual e, portanto, são simplesmente nada 13. A inexistência atual da objetividade das ideias é explicada segundo outra concepção teórica que contempla apenas as representações em si e o próprio cogito enquanto agente representativo. A tese que Caterus procura invocar é a de que a construção do conhecimento verdadeiro supõe apenas o sujeito pensante e a essência das coisas 14. Segundo essa visão, o sujeito pensante apreende conceitualmente as quididades das coisas através de um processo de abstração. Isso significa que o conceito alcançado pela abstração das coisas seria a condição de possibilidade do conhecimento verdadeiro. Esse sinal formal do conhecimento não seria uma coisa, mas apenas um meio de conhecer. Tal é o motivo pelo qual o objetor de Descartes pode afirmar: eu tenho ideias, mas não posso ser a causa dessas ideias 15. Visto isso, é possível compreender a posição de Descartes que defende a objetividade das representações. O tema dos graus de perfeição 16 trata do relacionamento das ideias entre si onde cada uma representa uma realidade objetiva com maior ou menor grau de ser. Isto é, cada ideia tem um grau específico de perfeição conforma o conteúdo que apresentam. Por exemplo, as ideias que representam 11 Primeiras Objeções: AT, IX, 74 (tradução nossa). 12 Primeiras Objeções: AT, IX, 74 (tradução nossa). 13 essa palavra Nada é a mesma coisa que não ser atualmente, na verdade não é nada porque ela não é atualmente, e assim ela vem do nada, isto é, ela não tem nenhuma causa Primeiras Objeções: AT, IX, 75 (tradução nossa). 14 Caterus, nas 1ª Objeções, opondo-se a Descartes, procura mostrar que apenas dois termos são necessários para explicar o conhecimento verdadeiro: a realidade do sujeito cognoscente e a coisa mesma na sua realidade formal ou em si (LANDIM FILHO, Raul. Evidência e verdade no sistema cartesiano. São Paulo: Loyola, 1992, p. 75). 15 Primeiras Objeções: AT, IX, 74 (tradução nossa). 16 Terceira Meditação: AT, IX,
4 substâncias são superiores, pois possuem maior grau de ser do que as que representam acidentes, visto que a substância tem mais perfeição do que o acidente 17. Assim, a realidade da noção de substância (aquilo que subsiste por si) indica um grau maior de perfeição do que a noção de acidente (aquilo que é fortuito e relativo). Além disso, a realidade representativa é um efeito gerado a partir de uma causa formal ou de um causa eminente 18. A definição formal da causa enuncia que ela possui tanta perfeição quanto o seu efeito; já a definição eminente esclarece que a causa possui mais perfeição do que o efeito correspondente. Enquanto que o produto da causa formal revela a mesma quantidade de ser, o da causa eminente demonstra menos quantidade ser 19. Portanto, toda realidade exige uma causa, seja ela formal (tão perfeita quanto o efeito) ou eminente (mais perfeita do que o efeito). Noutros termos, o conteúdo objetivo é definido por uma realidade que contém em si tanta perfeição ou mais ainda do que a encontrada nas ideias. É possível, por exemplo, que uma realidade muito perfeita conceda à outra realidade um grau de perfeição igual ou menor a sua própria realidade. Por exemplo, uma realidade a cuja perfeição x pode ser a causa formal de uma realidade b de perfeição também x ou pode ser a causa eminente de uma realidade c de perfeição y, sendo x maior que y. Desse modo, o conteúdo objetivo do efeito b é tão perfeito quanto a sua causa formal e o conteúdo objetivo do efeito c é menos perfeito que a sua causa eminente. Por isso, as ideias são engendradas por uma realidade igual ou superior. Isso permite dizer que as realidades objetivas têm uma realidade formal 20 que é a sua causa formal ou eminente. Visto isso, é possível compreender que a razão da realidade das ideias deve ser a realidade do sujeito pensante. Pois, que causa poderia conceder um grau de perfeição às ideias se não fosse o próprio pensamento, uma vez que nenhuma outra existência foi 17 a ideia que tem como conteúdo representativo uma substância é hierarquicamente superior a uma outra ideia cujo conteúdo representativo é um acidente, na medida em que uma substância possui maior grau de ser que um acidente: uma substância pode existir sem um ou outro de seus acidentes, mas nenhum acidente pode existir se não estiver associado a uma substância (cf. SILVA, op. cit., p. 56). 18 Terceira Meditação: AT, IX, Causa formal designa a causa que contém tanta perfeição, ou realidade, quanto o seu efeito. Distingue-se da causa eminente, que contém um maior grau de perfeição do que o seu efeito (LANDIM FILHO, op. cit., 1992, p. 66). 20 A realidade formal enuncia que as coisas são por si (independentes do pensamento); já a realidade objetiva (realidade pensada) afirma que as coisas são representadas (portanto, dependentes do pensamento). A determinação da dependência das ideias ao sujeito pensante está atrelada à modalidade formal que as constituem. As ideias inatas (realidades formais) são, por um lado, independente enquanto que as ideias representadas (realidades objetivas) são, por outro lado, dependentes (LANDIM FILHO, op. cit., p. 64). 98
5 comprovada até o momento? Ora, se o pensamento atual é real enquanto consciência de si, então cada ideia que reside nele participa da sua realidade com maior ou menor grau de perfeição. O pensamento do sujeito é a primeira realidade comprovada por Descartes, logo toda representação objetiva participa dessa realidade primeira. Sendo o cogito o princípio fundamental de todo o conhecimento verdadeiro, não há porque negar que ele seja a causa formal ou eminente das ideias. Contudo, Caterus ainda encontra razões para questionar a veracidade desses argumentos. O fato de que as ideias podem representar realidades com perfeições distintas não implica a proveniência subjetiva de suas realidades. Isto é, nada impede que a realidade das representações seja um efeito não do sujeito pensante, mas sim do conceito abstraído das coisas. Em última análise, a grande questão que Caterus levanta refere-se à causalidade das ideias. Por essa razão ele diz: que causa requer uma ideia? 21. A solução de Descartes encontra-se, como vimos, na realidade formal do pensamento. Para o autor das Meditações, as ideias participam da própria realidade do pensamento, uma vez que todas as coisas foram posta em dúvida, exceto o próprio pensamento. As ideias são modos distintos da mesma realidade formal (sujeito pensante). A princípio, não haveria como as representações surgirem a partir de uma realidade estranha ao pensamento, justamente porque não há nada verdadeiro além do próprio cogito. É, antes de tudo, a realidade formal do pensamento que define as ideias enquanto formas de pensar e enquanto conteúdos representativos 22. Isto é, enquanto formas de pensar, todas as ideias são indistintas; mas enquanto conteúdos representativos, elas são diferentes entre si. Por exemplo, a ideia x e a ideia y são, do ponto de vista formal, apenas representações indiscerníveis, pois não levam em conta os conteúdos representados, mas apenas o fato de serem ideias. Contudo, do ponto de vista do conteúdo, a ideia x e a ideia y são diferenciáveis, pois representam os objetos x e y. Para Descartes, a razão da igualdade e da diferença das ideias é sempre o sujeito pensante, porém, para Caterus, o pensamento é a causa apenas da igualdade das ideias e não da diferença. A diferença entre os dois pensadores surge graças ao ponto de partida que cada um assumiu. Se, por um lado, Caterus interpreta que o conhecimento verdadeiro realiza- 21 Primeiras Objeções: AT, IX, SILVA, op. cit., p
6 se segundo a adequação da representação conceitual à coisa exterior ao pensamento, por outro lado, Descartes defende que o conhecimento verdadeiro efetua-se a partir da realidade primeira do pensamento. Isto é, sendo o cogito a primeira verdade metafísica na ordem das demonstrações, é preciso que as ideias sejam definidas como realidades objetivas ou realidades formais. Por isso, cada um, partindo de pressupostos diferentes, considera a representação de um modo particular. Por isso, não haveria como as implicações considerarem igualmente as mesmas coisas se cada um assume pontos de partida distintos. Podemos observar que no âmbito da filosofia cartesiana a precedência do sujeito pensante tem um valor considerável frente às demais demonstrações. A realidade do pensamento é, antes de tudo, a condição original de todas as representações objetivas, pois o pensamento é uma substância, ou seja, uma coisa 23. Por isso, é correto dizer que a exterioridade é menos real do que a interioridade. O cogito é mais verdadeiro do que as representações porque a realidade interior do pensamento que duvida é mais perfeita do que a realidade exterior percebida sensivelmente, isto é, o cogito tem mais realidade do que as coisas que percebe pelos sentidos ou pelo corpo. Descartes, ao se perguntar se é possível que o ego contenha algum dos atributos do corpo (figura, lugar, sensação e locomoção), compreende que nenhum desses atributos é adequado ao ego. 24 A avaliação de todos os atributos conformes à existência do ego mostra que apenas o pensamento é essencialmente próprio a essa realidade. Mas é importante notar nesse contexto que o pensamento compreende tanto o entendimento, quanto a vontade, a imaginação e o sentimento inclusive 25. Por isso, o cogito realiza a unidade da vontade, da imaginação, do sentimento e do entendimento. Ainda que as coisas imaginadas sejam falsas, é certo que o pensamento tem o poder de imaginar 26. Do mesmo modo, ainda que as coisas sentidas pelos órgãos do corpo sejam falsas, é certo que a sensação existe. Portanto, a investigação sobre a natureza do ego define a coisa que pensa, contudo a compreensão das qualidades dessa coisa pensante indica que até mesmo a imaginação e o sentir enquanto faculdades do espírito são atributos do pensamento. Visto que é indubitável a existência do cogito como substância cujo pensamento é o atributo essencial, é seguro afirmar que o entendimento, a 23 É primeiro como ser, e como substância, que o sujeito conhecedor se revela (ALQUIÉ, F. A filosofia de Descartes. Lisboa: Presença, 1993, p. 76). 24 Segunda Meditação: AT, IX, Segunda Meditação: AT, IX, Segunda Meditação: AT, IX,
7 imaginação, a vontade e a sensação são modos do pensamento. Pela mesma razão, o sentido primeiro da natureza do cogito não é o entendimento puro que apreende as quididades (como Caterus parece ter entendido), mas o ser que pensa. Portanto, em última análise, as ideias são modos do ser do próprio sujeito que as pensa. Nesses termos, o cogito é a causa da realidade das ideias, ou seja, a razão de ser das realidades objetivas. Ora, qual seria a posição de fato de Caterus? Parece que o entendimento que ele faz do sujeito pensante remete à ideia de uma inteligência pura. Com efeito, as Meditações aparentemente permitem uma compreensão assim quando definem o ego como um espírito, um entendimento ou uma razão 27. Contudo, como poderia o teólogo holandês partir da ideia de que o sujeito é um pensamento puro que apreende as essências e, ao mesmo tempo, aceitar a participação das coisas exteriores no processo de conhecimento? Se o cogito é efetivamente a primeira verdade, então as coisas exteriores não podem concorrer para a construção do conhecimento. Assim, mesmo se o cogito fosse um pensamento puro, não seria possível negar a causalidade das ideias segundo os termos precisados por Descartes. Descartes, por sua vez, parte da necessidade metódica da ordem 28 como condição primeira para que o sujeito pensante possa alcançar o conhecimento verdadeiro. Por essa razão, a precedência do cogito manifesta que as considerações só podem ser corretamente entendidas no âmbito da realidade do pensamento. A primeira consideração do espírito quando parte em busca de uma verdade tão profunda que nem mesmo as mais extravagantes críticas do ceticismo poderiam negar 29, não é outra senão a realidade do pensamento. Um fator que corrobora com essa asserção é o princípio da unidade do espírito defendido anteriormente por Descartes 30. Para refutar o mau hábito de fazer aproximações impróprias entre as ciências que são eminentemente intelectuais e as artes que exigem habilidades práticas e corporais, o filósofo assume a posição de que as ciências não seguem o mesmo procedimento que as artes, visto que são na verdade a própria sabedoria humana que considera os diversos objetos sem multiplicar-se a si 27 Segunda Meditação: AT, IX, GUENANCIA, Pierre. Lire Descartes. Paris: Gallimard, 2000, p Discurso, Parte IV: AT, VI, 32, Trata-se da Regra I da obra Redulae ad directionem ingenii publicada postumamente em
8 mesma 31. Desse modo, é mais fácil apreender todas as ciências inseparavelmente do que distingui-las segundo as coisas que abordam, uma vez que a universalis Sapientia 32 é semper una 33, isto é, a razão nunca perde a sua unidade frente aos múltiplos objetos que considera. De modo diametralmente oposto aos comentários das Primeiras Objeções, Descartes empreende uma inversão da relação entre sujeito cognoscente e objeto conhecido. Se para Caterus o objeto resguarda o primado do conhecimento, uma vez que a essência apreendida provém da coisa mesma, para Descartes o conhecimento é fruto do primado da razão, justamente porque é no bom senso onde recai a inteligibilidade das coisas. É, antes de tudo, a luz natural da razão que põe em marcha a unificação das ciências particulares de modo que seja possível ao espírito efetuar juízos corretos sobre todas as coisas. Por isso, a razão é não somente una como também unificante 34. Mas, alguém poderia objetar dizendo que a ideia de coisa pensante é uma quididade inteligível devido à abstração conceitual. Por causa disso, o próprio pensamento deveria adequar-se ao esquema de Caterus. Se fosse assim, o cogito estaria aberto a interpretações que tendem a considerá-lo como uma inteligência pura e não como uma coisa pensante. Ora, a verdade é que a noção de pensamento para Descartes não se confunde com esse modelo, pois seu fundamento encontra-se nos primeiros rudimentos da razão: as naturezas simples 35. O pensamento é uma ideia composta de duas naturezas simples: uma comum e outra intelectual 36. A primeira lhe confere a substância, isto é, existência, enquanto que a segunda lhe fornece a propriedade do pensamento. Daí a noção de substância pensante. Visto que as naturezas simples são 31 Regra I: AT, X, 360, Regra I: AT, X, 360, Regra I: AT, X, 360, MARION, Jean-Luc. Sobre a ontologia cinzenta de Descartes. Lisboa: Instituto Piaget, [s/d], p Essas naturezas simples são entendidas como os objetos primários do conhecimento. Esse conceito é desenvolvido primeiramente na Regra XI: AT, X, 407. Elas não são as essências das coisas justapostas em categorias de ser, mas os objetos cognoscíveis por excelências. Contudo, a simplicidade desses objetos não provém de sua realidade intrínseca, mas da relação com o cogito: as naturezas são simples para o pensamento, pois a simplicidade não está na coisa mesma, mas na apreensão. Por causa disso, as naturezas simples são primárias no sentido epistemológico e nunca no ontológico (MARION, Jean-Luc. A metafísica cartesiana e o papel das naturezas simples. In: COTTINGHAM, John. Descartes. Aparecida: Ideias e letras, 2009, p. 144). 36 É possível distinguir três categorias de naturezas simples: as intelectuais, as materiais e as comuns que podem ser reais como, por exemplo, a existência e a unidade ou podem ser lógicas, isto é, vínculos entre as demais naturezas (MARION, 2009, p. 145)
9 compreendidas graças ao alcance da intuição intelectual, a noção de pensamento não poderia ser o resultado de uma formulação conceitual, mas de uma apreensão intuitiva. Portanto, é possível afirmar, ainda que brevemente, que a discussão sobre a objetividade das ideias referida por Caterus nas Primeiras Objeções obriga uma releitura pelo menos da função e gênese do cogito no seio da filosofia cartesiana. A compreensão dessa noção demonstra o caráter imprescindível da realidade do pensamento para o debate da teoria das ideias. Por isso, a refutação da realidade objetiva produz como efeito o questionamento da causalidade das ideias, pois o que fica implicado nessa altercação é a proveniência das ideias, ou ainda, das realidades representadas objetividade. Referências ADAM, C; TANNERY, P. Œuvres de Descartes. 11 vols. Paris: Vrin, ALQUIÉ, F. A filosofia de Descartes. Lisboa: Presença, BEYSSADE, J-M. Études sur Descartes: l histoire d um esprit. Paris: Éditions du Seuil, GAUKROGER, S. The blackwell guide to Descartes Meditations. Blackwell Publishing, GUENANCIA, P. Lire Descartes. Paris: Gallimard, LANDIM FILHO, R. Evidência e verdade no sistema cartesiano. São Paulo: Loyola, MARION, J-L. A metafísica cartesiana e o papel das naturezas simples. In: COTTINGHAM, J. Descartes. Aparecida: Ideias e Letras, Sobre a ontologia cinzenta de Descartes. Lisboa: Instituto Piaget, [s/d]. SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. 2. ed. São Paulo: Moderna,
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 1º Semestre de 2009 Disciplina Obrigatória Destinada: alunos de Filosofia Código: FLF0113 Sem pré-requisito Prof. Dr. João Vergílio Gallerani Cuter Prof. Dr. José Arthur Giannotti
Leia maisBuscaLegis.ccj.ufsc.br
BuscaLegis.ccj.ufsc.br A Dúvida Metódica Em Descartes Antonio Wardison Canabrava da Silva* A busca pelo conhecimento é um atributo essencial do pensar filosófico. Desde o surgimento das investigações mitológicas,
Leia maisPROBLEMA DA ORIGEM DO CONHECIMENTO
PROBLEMA DA ORIGEM DO CONHECIMENTO Questão Problema: O conhecimento alcança-se através da razão ou da experiência? (ver página 50) Tipos de conhecimento acordo a sua origem Tipos de juízo de acordo com
Leia maisResenha HOBBES CONTRA DESCARTES
Resenha HOBBES CONTRA DESCARTES CURLEY, Edwin 1. Hobbes contre Descartes. IN: Descartes Objecter et répondre. (Org.) J. -M. Beyssade; J. - L. Marion. 1994. - p. 149-162. Edgard Vinícius Cacho Zanette 2
Leia maisREALIDADE E OBJETIVIDADE EM DESCARTES
REALIDADE E OBJETIVIDADE EM DESCARTES Otávio Luiz Kajevski Junior Mestrando em Filosofia/UFPR Resumo: O objetivo deste texto é aprofundar o conceito cartesiano de realidade objetiva, fazendo isso a partir
Leia maisFilosofia. IV Conhecimento e Racionalidade Científica e Tecnológica 1. DESCRIÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA ACTIVIDADE COGNOSCITIVA JOÃO GABRIEL DA FONSECA
Filosofia IV Conhecimento e Racionalidade Científica e Tecnológica 1. DESCRIÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA ACTIVIDADE COGNOSCITIVA JOÃO GABRIEL DA FONSECA 1.2 Teorias Explicativas do Conhecimento René Descartes
Leia maisCORRENTES DE PENSAMENTO DA FILOSOFIA MODERNA
CORRENTES DE PENSAMENTO DA FILOSOFIA MODERNA O GRANDE RACIONALISMO O termo RACIONALISMO, no sentido geral, é empregado para designar a concepção de nada existe sem que haja uma razão para isso. Uma pessoa
Leia maisUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 1º Semestre de 2012 Disciplina Obrigatória Destinada: alunos de Filosofia Código: FLF0113 Sem pré-requisito Prof. Dr. Caetano Ernesto Plastino Prof. Dr. Eduardo Brandão Profa. Dra.
Leia maisDescartes filósofo e matemático francês Representante do racionalismo moderno. Profs: Ana Vigário e Ângela Leite
Descartes filósofo e matemático francês 1596-1650 Representante do racionalismo moderno Razão como principal fonte de conhecimento verdadeiro logicamente necessário universalmente válido Inspiração: modelo
Leia maisUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 1º Semestre de 2015 Disciplina Obrigatória Destinada: alunos de Filosofia Código: FLF0113 Sem pré-requisito Prof. Eduardo Brandão Prof. Moacyr Novaes Prof. Oliver Tolle Prof. Silvana
Leia maisO CONCEITO DE REALIDADE OBJETIVA NA TERCEIRA MEDITAÇÃO DE DESCARTES 1
NA TERCEIRA MEDITAÇÃO DE DESCARTES 1 ETHEL MENEZES ROCHA Ethel Menezes Rocha UFRJ O objetivo deste texto é problematizar a tese de que a intencionalidade da representação na teoria cartesiana das idéias
Leia maisUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 1º Semestre de 2011 Disciplina Obrigatória Destinada: alunos de Filosofia Código: FLF0113 Sem pré-requisito Prof. Dr. João Vergílio Gallerani Cuter Prof. Dr. Maurício de Carvalho
Leia maisTeoria do Conhecimento:
Teoria do Conhecimento: Investigando o Saber O que sou eu? Uma substância que pensa. O que é uma substância que pensa? É uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer,
Leia maisFALSIDADE MATERIAL E REALIDADE OBJETIVA Otávio Luiz Kajevski Junior (mestrando UFPR)
FALSIDADE MATERIAL E REALIDADE OBJETIVA Otávio Luiz Kajevski Junior (mestrando UFPR) RESUMO: o objetivo da comunicação é, com vistas ao conceito cartesiano de realidade objetiva, situar as idéias materialmente
Leia maisVI Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de Falsidade Material em Descartes
Falsidade Material em Descartes Otávio Luiz Kajevski Junior UFPR / Programa de Pós-Graduação em Filosofia - Mestrado Bolsista da CAPES Resumo: o objetivo da comunicação é situar as idéias materialmente
Leia maisO GRANDE RACIONALISMO: RENÉ DESCARTES ( )
O GRANDE RACIONALISMO: RENÉ DESCARTES (1596-1650) JUSTIFICATIVA DE DESCARTES: MEDITAÇÕES. Há já algum tempo que eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras,
Leia maisO COGITO SOB DUAS PERSPECTIVAS: UMA ANÁLISE SOBRE A INTERPRETAÇÃO REPRESENTATIVA DO PONTO DE PARTIDA DO PENSAMENTO CARTESIANO
O COGITO SOB DUAS PERSPECTIVAS: UMA ANÁLISE SOBRE A INTERPRETAÇÃO REPRESENTATIVA DO PONTO DE PARTIDA DO PENSAMENTO CARTESIANO THE COGITO BENEATH TWO PERSPECTIVES: AN ANALYSIS OF REPRESENTATIVE ON THE INTERPRETATION
Leia maisDESCARTES E A FILOSOFIA DO. Programa de Pós-graduação em Educação UEPG Professora Gisele Masson
DESCARTES E A FILOSOFIA DO COGITO Programa de Pós-graduação em Educação UEPG Professora Gisele Masson René Descartes (1596 1650) 1650) Ponto de partida - Constatação da crise das ciências e do saber em
Leia maisRacionalismo. René Descartes Prof. Deivid
Racionalismo René Descartes Prof. Deivid Índice O que é o racionalismo? René Descartes Racionalismo de Descartes Nada satisfaz Descartes? Descartes e o saber tradicional Objetivo de Descartes A importância
Leia maisCRÍTICA DE HEIDEGGER A DESCARTES
CRÍTICA DE HEIDEGGER A DESCARTES Guilherme Devequi Quintilhano Orientador: Prof. Dr. Eder Soares Santos RESUMO Nesta comunicação será apresentada uma crítica de Martin Heidegger, filósofo contemporâneo,
Leia maisDescartes. Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31)
Descartes René Descartes ou Cartesius (1596-1650) Naceu em La Haye, França Estudou no colégio jesuíta de La Flèche Ingressa na carreira militar Estabeleceu contato com Blayse Pascal Pai da filosofia moderna
Leia maisUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 1º Semestre de 2018 Disciplina Obrigatória Destinada: alunos do curso de Filosofia Código: FLF0113 Sem pré-requisito Prof. Dr. João Vergílio Gallerani Cuter Prof. Dr. Moacyr Novaes
Leia maisO caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura
O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura Adriano Bueno Kurle 1 1.Introdução A questão a tratar aqui é a do conceito de eu na filosofia teórica de Kant, mais especificamente na Crítica da
Leia maisPROFESSOR: MAC DOWELL DISCIPLINA: FILOSOFIA CONTEÚDO: REVISÃO AULA 01
PROFESSOR: MAC DOWELL DISCIPLINA: FILOSOFIA CONTEÚDO: REVISÃO AULA 01 REVISÃO FILOSOFIA 3ª SÉRIE - RECUPERAÇÃO 2 1. Na obra Discurso do método, o filósofo francês Renê Descartes descreve as quatro regras
Leia maisAs provas da existência de Deus nas Meditações Metafísicas de René Descartes
João André Fernandes da Silva As provas da existência de Deus nas Meditações Metafísicas de René Descartes Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Filosofia da PUC-Rio
Leia maisFILOSOFIA MODERNA (XIV)
FILOSOFIA MODERNA (XIV) CORRENTES EPSTEMOLÓGICAS (I) Racionalismo Inatismo: existem ideias inatas, ou fundadoras, de onde se origina todo o conhecimento. Ideias que não dependem de um objeto. Idealismo:
Leia maisAristóteles, Ética a Nicômaco, X 7, 1177 b 33.
91 tornar-se tanto quanto possível imortal Aristóteles, Ética a Nicômaco, X 7, 1177 b 33. 92 5. Conclusão Qual é o objeto da vida humana? Qual é o seu propósito? Qual é o seu significado? De todas as respostas
Leia maisTrabalho 2 da UC Teoria do Conhecimento I Camila Cardoso Diniz 9 de maio de 2008
Camila Cardoso Diniz Universidade Federal De São Paulo Unifesp -Campus Guarulhos A verdade é índice de si mesma e do falso. UC Teoria do Conhecimento Prof. Dr. Fernando Dias Andrade. Guarulhos, 27 de junho
Leia maisRESUMO. Filosofia. Psicologia, JB
RESUMO Filosofia Psicologia, JB - 2010 Jorge Barbosa, 2010 1 Saber se o mundo exterior é real e qual a consciência e o conhecimento que temos dele é um dos problemas fundamentais acerca do processo de
Leia maisTeorias do conhecimento. Profª Karina Oliveira Bezerra
Teorias do conhecimento Profª Karina Oliveira Bezerra Teoria do conhecimento ou epistemologia Entre os principais problemas filosóficos está o do conhecimento. Para que investigar o conhecimento? Para
Leia maisUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 1º Semestre de 2007 Disciplina Obrigatória Destinadas: alunos de Filosofia Código: FLF0113 Sem pré-requisito Prof. Eduardo Brandão Prof. Homero Santiago Profa. Marilena de Souza
Leia maisO CRITÉRIO EPISTEMOLÓGICO DA EVIDÊNCIA E CLAREZA EM DESCARTES THE EPISTEMOLOGICAL CRITERION OF EVIDENCE AND CLARITY IN DESCARTES
O CRITÉRIO EPISTEMOLÓGICO DA EVIDÊNCIA E CLAREZA EM DESCARTES THE EPISTEMOLOGICAL CRITERION OF EVIDENCE AND CLARITY IN DESCARTES Angela Gonçalves 1 Resumo: Primeiramente explicitarei o primeiro preceito
Leia maisPROFESSOR: MAC DOWELL DISCIPLINA: FILOSOFIA CONTEÚDO: TEORIA DO CONHECIMENTO aula - 02
PROFESSOR: MAC DOWELL DISCIPLINA: FILOSOFIA CONTEÚDO: TEORIA DO CONHECIMENTO aula - 02 2 A EPISTEMOLOGIA: TEORIA DO CONHECIMENTO Ramo da filosofia que estuda a natureza do conhecimento. Como podemos conhecer
Leia maisUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 1º Semestre de 2006 Disciplina Obrigatória Destinada: Alunos de Filosofia Código: FLF0113 Sem pré-requisito Prof. Luis César Oliva Prof. Marco Aurélio Werle Profa. Marilena de Souza
Leia maisA teoria do conhecimento
conhecimento 1 A filosofia se divide em três grandes campos de investigação. A teoria da ciência, a teoria dos valores e a concepção de universo. Esta última é na verdade a metafísica; a teoria dos valores
Leia maisO conhecimento e a incerteza do ponto de vista do ceticismo
O conhecimento e a incerteza do ponto de vista do ceticismo IF UFRJ Mariano G. David Mônica F. Corrêa 1 O conhecimento e a incerteza do ponto de vista do ceticismo Aula 1: O conhecimento é possível? O
Leia maisFILOSOFIA COMENTÁRIO DA PROVA DE FILOSOFIA
COMENTÁRIO DA PROVA DE FILOSOFIA Mais uma vez a UFPR oferece aos alunos uma prova exigente e bem elaborada, com perguntas formuladas com esmero e citações muito pertinentes. A prova de filosofia da UFPR
Leia maisREALIDADE FORMAL E CAUSA FORMAL EM DESCARTES Otávio Kajevski (doutorando PPGLM/UFRJ, bolsista FAPERJ)
REALIDADE FORMAL E CAUSA FORMAL EM DESCARTES Otávio Kajevski (doutorando PPGLM/UFRJ, bolsista FAPERJ) RESUMO: O objetivo deste artigo é oferecer uma interpretação para a teoria cartesiana das idéias, em
Leia maisResolução de Questões Específicas de Filosofia e Sociologia Aula 2
Resolução de Questões Específicas de Filosofia e Sociologia Aula 2 Resolução de Questões Específicas de Filosofia e Sociologia Aula 2 (UFPR 2007) As questões 1, 2 e 3 referem-se ao texto a seguir. bem
Leia maisUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Introdução à Filosofia 1º Semestre de 2013 Disciplina obrigatória Destinada: alunos de Filosofia Código: FLF0113 Sem pré-requisito Prof. Dr. Eduardo Brandão Prof. Dr. Maurício de Carvalho Ramos Prof. Dr.
Leia maisSócrates: após destruir o saber meramente opinativo, em diálogo com seu interlocutor, dava início ã procura da definição do conceito, de modo que, o
A busca da verdade Os filósofos pré-socráticos investigavam a natureza, sua origem de maneira racional. Para eles, o princípio é teórico, fundamento de todas as coisas. Destaca-se Heráclito e Parmênides.
Leia maisMARCOS ALEXANDRE BORGES SOBRE O COGITO COMO REPRESENTAÇÃO A RELAÇÃO DE SI A SI NA FILOSOFIA PRIMEIRA DE DESCARTES
MARCOS ALEXANDRE BORGES SOBRE O COGITO COMO REPRESENTAÇÃO A RELAÇÃO DE SI A SI NA FILOSOFIA PRIMEIRA DE DESCARTES TOLEDO JUNHO DE 2009 1 MARCOS ALEXANDRE BORGES SOBRE O COGITO COMO REPRESENTAÇÃO A RELAÇÃO
Leia maisA FUNDAMENTAÇÃO METAFÍSICA DA CIÊNCIA CARTESIANA
A FUNDAMENTAÇÃO METAFÍSICA DA CIÊNCIA CARTESIANA Paulo Rogerio Sequeira de Carvalho Bacharel e licenciado em filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pósgraduado em Filosofia Medieval
Leia maisAULA FILOSOFIA. O realismo aristotélico
AULA FILOSOFIA O realismo aristotélico DEFINIÇÃO O realismo aristotélico representa, na Grécia antiga, ao lado das filosofias de Sócrates e Platão, uma reação ao discurso dos sofistas e uma tentativa de
Leia maisTrabalho sobre: René Descartes Apresentado dia 03/03/2015, na A;R;B;L;S : Pitágoras nº 28 Or:.Londrina PR., para Aumento de Sal:.
ARBLS PITAGORAS Nº 28 Fundação : 21 de Abril de 1965 Rua Júlio Cesar Ribeiro, 490 CEP 86001-970 LONDRINA PR JOSE MARIO TOMAL TRABALHO PARA O PERÍODO DE INSTRUÇÃO RENE DESCARTES LONDRINA 2015 JOSE MARIO
Leia maisCurso de extensão em Teoria do Conhecimento Moderna
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO Curso de extensão em Teoria do Conhecimento Moderna (Curso de extensão)
Leia maisPreocupações do pensamento. kantiano
Kant Preocupações do pensamento Correntes filosóficas Racionalismo cartesiano Empirismo humeano kantiano Como é possível conhecer? Crítica da Razão Pura Como o Homem deve agir? Problema ético Crítica da
Leia maisREALIDADE FORMAL E CAUSA FORMAL EM DESCARTES
REALIDADE FORMAL E CAUSA FORMAL EM DESCARTES Otávio Luiz Kajevski Junior Doutorando do PPGLM-UFRJ Bolsista da FAPERJ Resumo: Quer-se com este texto oferecer uma interpretação para a teoria cartesiana das
Leia maisA REVOLUÇÃO CARTESIANA. Apresentação baseada principalmente em Friedrick Copleston: History of Philosophy, vol. IV.
A REVOLUÇÃO CARTESIANA Apresentação baseada principalmente em Friedrick Copleston: History of Philosophy, vol. IV. Descartes (1596-1650) foi educado por jesuítas. Ele iniciou a filosofia moderna com um
Leia maisColégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: Filosofia Ano: 2º - Ensino Médio Professor: Enrique
INTRODUÇÃO Este estudo de revisão tem como objetivo uma nova oportunidade de aprendizagem. Neste momento, é muito importante a sua disposição para revisar, o que pressupõe esforço, método de estudo e responsabilidade.
Leia maisFilosofia Prof. Frederico Pieper Pires
Filosofia Prof. Frederico Pieper Pires Teoria do conhecimento em Descartes Objetivos Compreender as principais escolas da teoria do conhecimento da modernidade. Abordar a epistemologia cartesiana. Introdução
Leia maisEntre a razão e os sentidos
PHOTO SCALA, FLORENCE/GLOWIMAGES - GALERIA DA ACADEMIA, VENEZA - CORTESIA DO MINISTÉRIO PARA OS BENS E AS ATIVIDADES CULTURAIS Entre a razão e os sentidos Homem vitruviano, desenho de Leonardo da Vinci,
Leia maisLa métaphysique et la vie. Le sujet psychosomatique chez Descartes EDGARD VINÍCIUS CACHO ZANETTE 1
RESENHA: CANZIANI, Guido. La métaphysique et la vie. Le sujet psychosomatique chez Descartes. IN: Kim Sang Ong-Van-Cung Descartes et la question du sujet. Paris: Presses Universitaires de France, 1999.
Leia maisA LÓGICA EPISTÊMICA DE HINTIKKA E A DEFINIÇÃO CLÁSSICA DE CONHECIMENTO. Resumo
A LÓGICA EPISTÊMICA DE HINTIKKA E A DEFINIÇÃO CLÁSSICA DE CONHECIMENTO Autor: Stanley Kreiter Bezerra Medeiros Departamento de Filosofia UFRN Resumo Em 1962, Jaako Hintikka publicou Knowledge and Belief:
Leia maisIDEALISMO ESPECULATIVO E A FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO CURSO DE EXTENSÃO 22/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari
IDEALISMO ESPECULATIVO E A FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO CURSO DE EXTENSÃO 22/10/2011 - Prof. Ricardo Pereira Tassinari TEXTO BASE 1 20 Se tomarmos o pensar na sua representação mais próxima, aparece, α) antes
Leia maisTeoria do conhecimento: Filosofia moderna. Sujeito e objeto: elementos do processo de conhecer
Teoria do conhecimento: Filosofia moderna. Sujeito e objeto: elementos do processo de conhecer Sujeito e Objeto O que é, afinal, conhecer? Para que exista o ato de conhecer é indispensável dois elementos
Leia maisRESENHA A HISTÓRIA DAS IDÉIAS NA PERSPECTIVA DE QUENTIN SKINNER
RESENHA A HISTÓRIA DAS IDÉIAS NA PERSPECTIVA DE QUENTIN SKINNER Vander Schulz Nöthling 1 SKINNER, Quentin. Meaning and Understand in the History of Ideas, in: Visions of Politics, Vol. 1, Cambridge: Cambridge
Leia maisNODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010
NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010 12 Daniel José Crocoli * A obra Sobre ética apresenta as diferentes formas de se pensar a dimensão ética, fazendo
Leia maisTEORIA DO CONHECIMENTO O QUE É O CONHECIMENTO? COMO NÓS O ALCANÇAMOS?
TEORIA DO CONHECIMENTO O QUE É O CONHECIMENTO? COMO NÓS O ALCANÇAMOS? Tem como objetivo investigar a origem, a natureza, o valor e os limites do conhecimento Vários filósofos se preocuparam em achar uma
Leia maisIDEALISMO ESPECULATIVO, FELICIDADE E ESPÍRITO LIVRE CURSO DE EXTENSÃO 24/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari
IDEALISMO ESPECULATIVO, FELICIDADE E ESPÍRITO LIVRE CURSO DE EXTENSÃO 24/10/2011 - Prof. Ricardo Pereira Tassinari TEXTO BASE 1 PSICOLOGIA: O ESPÍRITO 440 ( ) O Espírito começa, pois, só a partir do seu
Leia maisConclusão. 1 Embora essa seja a função básica dos nomes próprios, deve-se notar que não é sua função
Conclusão Este trabalho tinha o objetivo de demonstrar uma tese bem específica, a de que a principal função dos nomes próprios é a função operacional, isto é, a função de código 1. Gosto de pensar que
Leia mais1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor).
Exercícios sobre Hegel e a dialética EXERCÍCIOS 1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor). b) é incapaz de explicar
Leia maisI g o r H e r o s o M a t h e u s P i c u s s a
Filosofia da Ciência Realidade Axioma Empirismo Realismo cientifico Instrumentalismo I g o r H e r o s o M a t h e u s P i c u s s a Definição Filosofia da ciência é a área que estuda os fundamentos e
Leia maisO caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura
O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura Jean Carlos Demboski * A questão moral em Immanuel Kant é referência para compreender as mudanças ocorridas
Leia maisA ilusão transcendental da Crítica da razão pura e os princípios P1 e P2: uma contraposição de interpretações
A ilusão transcendental da Crítica da razão pura e os princípios P1 e P2: uma contraposição de interpretações Marcio Tadeu Girotti * RESUMO Nosso objetivo consiste em apresentar a interpretação de Michelle
Leia maisTEORIA DO CONHECIMENTO Immanuel Kant ( )
TEORIA DO CONHECIMENTO Immanuel Kant (1724-1804) Obras de destaque da Filosofia Kantiana Epistemologia - Crítica da Razão Pura (1781) Prolegômenos e a toda a Metafísica Futura (1783) Ética - Crítica da
Leia maisUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 1º Semestre de 2016 - Diurno Disciplina Obrigatória Destinada: alunos do Departamento de Filosofia Código: FLF0113 Sem pré-requisito Prof. Dr. Carlos Eduardo de Oliveira Prof. Dr.
Leia maisProfessora Gisele Masson Professora Patrícia Marcoccia PPGE - UEPG
Professora Gisele Masson Professora Patrícia Marcoccia PPGE - UEPG Filósofo inglês, ideólogo do liberalismo e um dos principais teóricos contratualistas. Difundiu a noção de tábula rasa: a mente humana
Leia maisDescartes e o Raciona. Filosofia 11ºAno Professor Paulo Gomes
Descartes e o Raciona Filosofia 11ºAno Professor Paulo Gomes http://sites.google.com/site/filosofarliberta/ O RACIONALISMO -O Racionalismo é uma corrente que defende que a origem do conhecimento é a razão.
Leia mais5 Conclusão. ontologicamente distinto.
5 Conclusão Considerando a força dos três argumentos anti-materialistas defendidos por Chalmers e a possibilidade de doutrinas alternativas não materialistas, devemos definitivamente abandonar o materialismo?
Leia mais1 - ) Investigação textual:
Plano de Aula de Filosofia para o Ensino Médio Tema: Empirismo e Criticismo Antes de aplicar a aula, o professor deve preparar uma caixa não muito grande, pouco menor que uma laranja. Dentro, o professor
Leia maisFilosofia Moderna. Antecedentes e pensamento cartesiano (epistemologia racionalista)
Filosofia Moderna Antecedentes e pensamento cartesiano (epistemologia racionalista) O projeto moderno se define, em linhas gerais, pela busca da fundamentação da possibilidade de conhecimento e das teorias
Leia maisINTRODUÇÃO A LÓGICA. Prof. André Aparecido da Silva Disponível em:
INTRODUÇÃO A LÓGICA Prof. André Aparecido da Silva Disponível em: http://www.oxnar.com.br/aulas 1 CIENCIA E LÓGICA RACIOCINIO LÓGICO NOTAÇÃO POSICIONAL PRINCIPIOS DA LÓGICA CONECTIVOS LÓGICOS REGRAS DE
Leia maisA IMAGINAÇÃO PRODUTORA NA CRÍTICA DA RAZÃO PURA 1
A IMAGINAÇÃO PRODUTORA NA CRÍTICA DA RAZÃO PURA 1 Hálwaro Carvalho Freire PPG Filosofia Universidade Federal do Ceará (CAPES) halwarocf@yahoo.com.br Resumo O seguinte artigo tem como principal objetivo
Leia maisA prova cosmológica da existência de deus em René Descartes: o princípio de causalidade como elemento fundamental
em René Descartes: o princípio de causalidade como elemento fundamental The cosmological proof of the existence of God in René Descartes: the principle of causality as a fundamental element Letícia Luiz
Leia maisA metafísica de Descartes
Página 1 de 6 criticanarede.com ISSN 1749-8457 30 de Julho de 2011 Metafísica e lógica filosófica A metafísica de Descartes John Cottingham Tradução de Jaimir Conte Filósofo e matemático francês, seria
Leia maisMÉTODO CIENTÍFICO: O CONHECIMENTO COMO UMA UNIDADE EM QUE TODOS OS SABERES ESTÃO CONECTADOS
MÉTODO CIENTÍFICO: O CONHECIMENTO COMO UMA UNIDADE EM QUE TODOS OS SABERES ESTÃO CONECTADOS Kethelen Amanda Silva (FDCON) 1 Carlos Alexandre Rodrigues de Oliveira (UFMG/FDCON) 2 Se quiser buscar realmente
Leia maisResumo. Abstract. Ethel Menezes Rocha* Causa sui e verdades eternas no sistema Cartesiano
Ethel Menezes Rocha* Causa sui e verdades eternas no sistema Cartesiano Resumo Nesse artigo, pretendo examinar o conceito de causa sui introduzido por Descartes em suas respostas às objeções de Caterus
Leia maisS. Tomás de Aquino SE A VIDA CONTEMPLATIVA CONSISTE SOMENTE EM UM ATO DO ENTENDIMENTO
SE A VIDA CONTEMPLATIVA CONSISTE SOMENTE EM UM ATO DO ENTENDIMENTO. : Index. S. Tomás de Aquino SE A VIDA CONTEMPLATIVA CONSISTE SOMENTE EM UM ATO DO ENTENDIMENTO Índice Geral PRIMEIRA QUESTÃO SEGUNDA
Leia maisHERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO
HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO Hermenêutica e Interpretação não são sinônimos: HERMENÊUTICA: teoria geral da interpretação (métodos, estratégias, instrumentos) INTERPRETAÇÃO: aplicação da teoria geral para
Leia maisIX SEMANA ACADÊMICA DE
PROBLEMAS FILOSÓF ICOS DA CONTEMPORANEIDADE O argumento não-ontológico do Proslogion 2 Diego Fragoso Pereira - UFPR O argumento para provar a existência de Deus do Proslogion 2 de Anselmo de Cantuária
Leia maisGeometria e Experiência
Geometria e Experiência Albert Einstein A matemática desfruta, entre as ciências, de um particular prestígio pela seguinte razão: suas proposições são de uma certeza absoluta e a salvo de qualquer contestação,
Leia mais26/08/2013. Gnosiologia e Epistemologia. Prof. Msc Ayala Liberato Braga GNOSIOLOGIA: TEORIA DO CONHECIMENTO GNOSIOLOGIA: TEORIA DO CONHECIMENTO
Gnosiologia e Epistemologia Prof. Msc Ayala Liberato Braga Conhecimento filosófico investigar a coerência lógica das ideias com o que o homem interpreta o mundo e constrói sua própria realidade. Para a
Leia maisUma leitura heideggeriana da finitude na Crítica da Razão Pura de Kant A Heideggerian approach of finitude on Kant s Critique of Pure Reason
Uma leitura heideggeriana da finitude na Crítica da Razão Pura de Kant A Heideggerian approach of finitude on Kant s Critique of Pure Reason Fernanda Leite Doutoranda em Filosofia pelo PPGF-UFRJ/Bolsista
Leia maisLocke ( ) iniciou o movimento chamado de EMPIRISMO INGLÊS. Material adaptado, produzido por Cláudio, da UFRN, 2012.
Locke (1632-1704) iniciou o movimento chamado de EMPIRISMO INGLÊS. Material adaptado, produzido por Cláudio, da UFRN, 2012. Racionalismo x Empirismo O que diz o Racionalismo (Descartes, Spinoza, Leibiniz)?
Leia maisFilosofia COTAÇÕES GRUPO I GRUPO II GRUPO III. Teste Intermédio de Filosofia. Teste Intermédio. Duração do Teste: 90 minutos
Teste Intermédio de Filosofia Teste Intermédio Filosofia Duração do Teste: 90 minutos 20.04.2012 11.º Ano de Escolaridade Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de março 1. 2. COTAÇÕES GRUPO I 1.1.... 10 pontos
Leia maisO verdadeiro conhecimento ética utilitarista procede da razão
CONTEÚDO FILOSOFIA Avaliação Mensal Professora Célia Reinaux 6º ANO Módulo Unidade 3 A sombra na madrugada Páginas 34 até 39 Um obstáculo na trilha Páginas 40 até 46 Filósofos trabalhados: René Descartes
Leia maisMATÉRIA DA DISCIPLINA ÉTICA E CIDADANIA APLICADA AO DIREITO I
4 MATÉRIA DA DISCIPLINA ÉTICA E CIDADANIA APLICADA AO DIREITO I MINISTRADA PELO PROFESSOR MARCOS PEIXOTO MELLO GONÇALVES PARA A TURMA 1º T NO II SEMESTRE DE 2003, de 18/08/2003 a 24/11/2003 O Semestre
Leia maisAs provas da existência de Deus: Tomás de Aquino e o estabelecimento racional da fé. Colégio Cenecista Dr. José Ferreira
As provas da existência de Deus: Tomás de Aquino e o estabelecimento racional da fé. Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Tomás de Aquino (1221-1274) Tomás de Aquino - Tommaso d Aquino - foi um frade dominicano
Leia maisA PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS PELA VIA DO MOVIMENTO EM SÃO TOMÁS DE AQUINO.
doi: 10.4025/10jeam.ppeuem.04006 A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS PELA VIA DO MOVIMENTO EM SÃO TOMÁS DE AQUINO. IZIDIO, Camila de Souza (UEM) Essa pesquisa tem como objetivo a análise da primeira das cinco
Leia maisTEORIA DO CONHECIMENTO. Aulas 2, 3, 4,5 - Avaliação 1 Joyce Shimura
TEORIA DO CONHECIMENTO Aulas 2, 3, 4,5 - Avaliação 1 Joyce Shimura - O que é conhecer? - Como o indivíduo da imagem se relaciona com o mundo ou com o conhecimento? Janusz Kapusta, Homem do conhecimento
Leia maisFILOSOFIA. 1º ano: Módulo 07. Professor Carlos Eduardo Foganholo
FILOSOFIA 1º ano: Módulo 07 Professor Carlos Eduardo Foganholo Como podemos ter certeza de que estamos acordados e que tudo o que vivemos não é um sonho? Qual é a fonte de nossos conhecimentos? É possível
Leia maisA EPISTEMOLOGIA E SUA NATURALIZAÇÃO 1 RESUMO
A EPISTEMOLOGIA E SUA NATURALIZAÇÃO 1 SILVA, Kariane Marques da 1 Trabalho de Pesquisa FIPE-UFSM Curso de Bacharelado Filosofia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil E-mail:
Leia maisVocabulário Filosófico Dr. Greg L. Bahnsen
1 Vocabulário Filosófico Dr. Greg L. Bahnsen Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto / felipe@monergismo.com GERAL Razão: capacidade intelectual ou mental do homem. Pressuposição: uma suposição elementar,
Leia maisEscola Secundária Manuel Teixeira Gomes PROVA GLOBAL DE INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 10º ANO ANO LECTIVO 2001/2002
Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes PROVA GLOBAL DE INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 10º ANO ANO LECTIVO 2001/2002 Grupo I 1. Afirmar que a autonomia é uma das características da filosofia significa que A. A
Leia maisCANAL ESBOÇO DE LEITURAS SIMPLES APREENSÃO. CANAL ESBOÇO DE LEITURAS. A lógica formal ou dialética
ap SIMPLES APREENSÃO A lógica formal ou dialética OPERAÇÕES INTELECTUAIS APREENSÃO (Termo) JUÍZO (Proposição) RACIOCÍNIO (Argumento) 1 Conceito de apreensão Apreender é o ato pelo qual a inteligência concebe
Leia maisPET FILOSOFIA UFPR. Fichamento parcial do capítulo VIII, A divinização do Espaço, da obra de Alexandre KoyréDo Mundo Fechado ao Universo Infinito.
PET FILOSOFIA UFPR Data: 24/09/2014 Aluna: Fernanda Ribeiro de Almeida Fichamento parcial do capítulo VIII, A divinização do Espaço, da obra de Alexandre KoyréDo Mundo Fechado ao Universo Infinito. No
Leia maisSOBRE A FENOMENOLOGIA E A TENTATIVA DE FUNDAMENTAÇÃO ISSN ELETRÔNICO
ISSN ELETRÔNICO 2316-8080 185 SOBRE A FENOMENOLOGIA E A TENTATIVA DE FUNDAMENTAÇÃO DE UMA CIÊNCIA RIGOROSA. Estanislau Fausto (Bolsista COPES UFS. Membro do NEPHEM.) RESUMO: Edmund Husserl tentou realizar
Leia maisFILOSOFIA - ENADE 2005 PADRÃO DE RESPOSTAS QUESTÕES DISCURSIVAS
FILOSOFIA - ENADE 2005 PADRÃO DE RESPOSTAS QUESTÕES DISCURSIVAS QUESTÃO - 36 Esperava-se que o estudante estabelecesse a distinção entre verdade e validade e descrevesse suas respectivas aplicações. Item
Leia maisfilosofia contemporânea
filosofia contemporânea carlos joão correia 2013-2014 1ºSemestre O mundo é a minha representação. - Esta proposição é uma verdade para todo o ser vivo e cognoscente, embora só no homem chegue a transformar-se
Leia mais