telecomunicações Maria Fernanda Freire de Lima, André Ricardo Noborikawa Paiva Frederico Araujo Turolla (Pezco Pesquisa e Consultoria Ltda)
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- Gabriella Sabrosa Silva
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1 Regulação pró-concorrencial das telecomunicações Maria Fernanda Freire de Lima, André Ricardo Noborikawa Paiva Frederico Araujo Turolla (Pezco Pesquisa e Consultoria Ltda)
2 Tecnologia e concorrência beneficiam usuário internacional... Em vários países, usuários de telecom vêm sendo beneficiados por: a) rápida dinâmica tecnológica Principal fonte: economias de escopo derivadas de convergência: diluição do custo de redes por três serviços b) proliferação da regulação voltada para a concorrência
3 ... mas o usuário brasileiro não percebe os benefícios. Evolução dos preços setoriais nesta década sugere a presença de importantes ineficiências alocativas: 125,0 120,0 115,0 110,0 105,0 IPCA- Brasil 100,0 95,0 90,0 85,0 80,0 75,0 70,0 HICP (União Européia) CPI (EUA) 65,
4 Por que o usuário brasileiro não é beneficiado? Comportamento dos preços é sintoma de insuficiência de competição.
5 Algumas perguntas importantes Novas tecnologias móveis desafiam poder de mercado das incumbentes? Poder de mercado das incumbentes é desafiado por possíveis entrantes (contestabilidade)? Há necessidade de novos instrumentos regulatórios voltados para a concorrência?
6 Redes móveis competem com as redes fixas? Teste: Penetração de celulares = f ( renda; preço do celular; preço do fixo; tendência de crescimento da base) Se o preço do fixo é significativo como explicação para a penetração dos celulares (elasticidade cruzada positiva), os mercados tendem a ser um único mercado relevante.
7 Redes móveis competem com as redes fixas? Aparentemente, a elasticidade cruzada fixo-móvel é baixa: Variável dependente: penetração dos celulares Amostra jan/2004 a mai/2008 R2 ajustado = 0,9619 F = 336,12 (p-valor = 0)
8 3G e custo-efetividade de redes Para OCDE, 3G tem baixa relação custo-efetividade:
9 O jogo da divisão dos mercados O jogo ilustra o fato de que o ambiente regulatório não oferece incentivos para entrada cruzada. Payoffs do jogo regulatório devem ser considerados na análise concorrencial
10 O jogo da divisão dos mercados Dois operadores de telecomunicações (incumbentes A e B) servem mercados relevantes idênticos, mas geograficamente separados (mercados 1 e 2), através de redes fixas. Decisão de B Opera Opera mercado 2 mercados 1 e 2 Decisão de A Opera mercado 1 Opera mercados 1 e 2 1 ; 2.( 1/2) + 1 ;.( 1/2).( 1/2) ;.( 1/2) + 2.( 1/2) +.( 2/2) ;.( 1/2) +.( 2/2) = impacto da concorrência sobre margens (ineficiência alocativa) = mudança de custos médios em função da mudança do padrão de diluição de custos fixos de rede
11 O jogo da divisão dos mercados Há um equilíbrio de Nash no par [ (opera mercados 1 e 2); (opera mercados 1 e 2)]. Porém, o jogo tende à solução cooperativa no caso de poucos players com baixo custo de coordenação, mesmo que tácita, como é o caso no setor de telecomunicações. Vantagem da solução cooperativa para A: 1 >.( 1/2) +.( 2/2) Vantagem da solução cooperativa para B: 2 >.( 1/2) +.( 2/2) Avaliando esta comparação para operadores iguais, tem-se que a maior probabilidade de uma solução não cooperativa ocorre quando o parâmetro > 1. Isto só é possível quando uma mesma rede for usada para a entrada, e se a entrada trouxer novos clientes ao sistema, diluindo custos. Assim, a possibilidade de acesso a redes incremente sensivelmente a probabilidade de uma solução do jogo de ataque cruzado aos mercados.
12 Conclusões Concorrência móvel-fixo não é suficiente para disciplinar mercados de voz fixa (e mercados relevantes são separados) Contestabilidade entre incumbentes não existe devido a falta de incentivos à entrada cruzada. Somente pequenos desejam entrar, mas a necessidade de nova rede constitui barreira efetiva contra a entrada. Há insuficiência de aplicação de instrumentos regulatórios voltados para a competição, no Brasil. Possivelmente, esta é a causa da combinação de preços elevados com teledensidade aquém da desejável, nos diversos mercados relevantes de telecomunicações no Brasil. Em suma: há necessidade de regulação pró-concorrencial.
13 Muito obrigado! Maria Fernanda F. de Lima André R. N. Paiva Frederico A. Turolla
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