FACULDADE DE JAGUARIÚNA
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- Ana Luiza Filipe Dreer
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1 O Leiaute no Recebimento de Matérias Primas e na Expedição de Produtos Diego Menoncello (Eng. de Produção - FAJ) diego_menoncello@yahoo.com.br Fernando Henrrique (Eng. de Produção - FAJ) fernando_fernandoms@hotmail.com Jefferson Bernardes de Oliveira (Eng. de Produção - FAJ) jefferson_bernardes88@hotmail.com Leonardo Ferreira (Professor Orientador - FAJ) leonardo.industrial@ymail.com RESUMO O desenvolvimento do leiaute adequado que resulte em rápidez e eficácia é a chave para que as empresas possam crescer, manter e sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo. Porém o grande problema é como desenvolver um leiaute funcional, adequado às necessidades e que seja bem sucedido? A solução é ter um forte planejamento. Esta pesquisa busca mostrar como uma empresa pode ter dificuldades em sua implantação devido à falta de metodologia no desenvolvimento do leiaute. O objetivo é que através de pesquisas teóricas sejam apresentadas ferramentas apropriadas e os ganhos que podem ser obtidos através de uma aplicação correta. Palavras chave: Leiaute, Recebimento, Expedição, Logística, Armazem e Planejamento. 1. INTRODUÇÃO Devido ás novas exigências do mercado as empresas vêm investindo em seus serviços ao cliente, tendo como exigência o aumento do nível de serviço e redução dos custos, dentro deste contexto a logística é o grande agente de mudanças nas organizações. Diante dessa realidade, sendo o recebimento e a expedição atividades logísticas, sua função é muito relevante para a eficiência do processo logístico como um todo, pois o armazém quando bem gerido pode levar as organizações a ótimos resultados. Segundo (Slack, Chambers e Harrison, 2002), o arranjo físico (leiaute) de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento físico dos recursos de transformação. Ainda reforçam que um arranjo físico é freqüentemente uma atividade difícil e de longa duração por causa das dimensões físicas dos recursos de transformação movidos. Um erro pode produzir padrões de fluxo longos e confusos, estoque de materiais, filas de clientes formando-se ao longo da operação, inconveniência para os clientes, tempos de processamento longos, operações inflexíveis, fluxo imprevisíveis e altos custos. O planejamento sistemático de leiaute é uma ferramenta que promove a preparação para uma manufatura eficiente desde a sua base, promovendo resultados com condições para receber estruturas e ferramentas modernas de produção. O objetivo deste trabalho é identificar as dificuldades que as empresas podem ter em desenvolver um leiaute funcional ou melhorar um leiaute já existente, apresentar as ferramentas usuais disponíveis e demonstrar como os resultados podem ser satisfatórios quando adequadamente implantados.
2 Neste trabalho também será explanado como o leiaute contribui para a eficiência de uma empresa e que ganhos são gerados por se ter ou se realizar um bom planejamento do leiaute na entrada de matérias primas e componentes e saída de materiais ou produtos acabados. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Logística Segundo (Meirim, 2004), hoje as empresas buscam maior competitividade, maior desenvolvimento tecnológico, maior oferta de produtos e serviços adequados à expectativa do cliente e maior desenvolvimento e motivação do capital intelectual. Para superar esses desafios, as empresas buscam reduzir os custos de uma forma isolada. (eliminação de posições, controle de ligações e outras práticas conhecidas). Por outro lado, temos empresas que enxergam a logística como uma estratégia competitiva bastante eficaz. Estas empresas planejam e coordenam suas ações gerenciais de uma forma integrada, avaliando todo o processo desde o fornecimento da matéria prima até a certeza de que o cliente teve suas necessidades e expectativas atendidas pelo produto ou serviço entregue. O resultado é a superação dos desafios apresentados e conseqüentemente um melhor posicionamento no mercado. (Meirim, 2004) Como pontos centrais da Logística podemos destacar: - Visão integrada e sistêmica de todos os processos da empresa. A ausência deste conceito faz com que cada área / departamento da empresa pense e trabalhe de forma isolada. Isto gera conflitos internos por poder e faz com que os maiores concorrentes de uma empresa estejam dentro dela mesma. - Fazer com que materiais e informações se movimentem o mais rápido possível, conseguindo assim otimizar os investimentos em ativos (estoques). - Enxergar toda a cadeia de suprimentos como parte importante do seu processo. Seus fornecedores, colaboradores, comunidade e clientes são como elos de uma corrente e estão intimamente interligados. Por isso, devemos sempre avaliar se suas necessidades e expectativas estão sendo plenamente atendidas. - O planejamento (estratégico, tático e operacional) e a constante avaliação de desempenho, por meio de indicadores, são ferramentas gerenciais essenciais para o desenvolvimento de um bom sistema logístico. A logística está em destaque atualmente e vem se tornando uma das áreas centrais para as organizações, devido sua importância no cenário das transformações impulsionadas pelos avanços tecnológicos, as integrações comerciais e financeiras e a acirrada concorrência mundial. (Meirim, 2004)
3 Este reconhecimento é derivado do potencial da logística em agregar valores aos clientes e criar vantagens competitivas às empresas. A globalização e a necessidade de reduzir os custos com as entregas, distribuição e armazenagem ampliam a importância da logística. É através dos processos logísticos que os insumos chegam até as fábricas e os produtos são distribuídos aos consumidores. Além disso, a logística assume responsabilidade pelo ressuprimento dos insumos e a distribuição dos produtos acabados. (Meirim, 2004) Nas interfaces entre os fornecedores, a empresa e os clientes, ela passa a ser responsável por gerir os instrumentos contratuais que assegurem o desempenho dos sistemas de transportes que reabastecem os insumos e distribuem os produtos até aos consumidores. Mas é necessário realizar um bom trabalho em operações logísticas para que os custos sejam reduzidos e para que traga vantagens e benefícios para as empresas. Por isso, consideramos que os estoques dos insumos e dos produtos acabados, a infra-estrutura de transporte e a capacidade de gestão logística são cruciais para o desempenho das organizações e o sucesso das operações logísticas. (Meirim, 2004) Para (Meirim, 2007) as três atividades primárias de logística são: Transportes, Manutenção de Estoques e Processamento de Pedidos. Já as atividades de apoio da logística são: Armazenagem, Manuseio de Materiais, Embalagem de Proteção, Obtenção, Programação de Produtos e Manutenção de Informação. 2.2 Estratégias de armazenagem na logística A utilização de um planejamento nas questões de logística interna na empresa corresponde a um diferencial na atual competitividade das empresas, visto que, esta atividade está diretamente relacionada com custos. Desta forma, a armazenagem e o manuseio de mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas. (Ballou, 1993) De acordo com (Kaibara, 1998), os custos associados em manter os produtos armazenados giram em torno de 25 a 30% do valor do produto por ano. Considerando tal aspecto, deve-se enfocar a armazenagem de forma sistemática e não como um problema isolado. Segundo (Moura, 2003), a armazenagem é a denominação genérica e ampla que inclui todas as atividades de um ponto destinado à guarda temporária e à distribuição de materiais (depósitos, almoxarifados, centros de distribuição, etc). Sob o ponto de vista estritamente logístico, a armazenagem de produtos pode ter funções diversas, dependendo dos objetivos da empresa e do papel desempenhado pela instalação (armazém, depósito, centro de distribuição) no sistema. Para (Alvarenga, 2000), as principais funções são as seguintes: Armazenagem propriamente dita: esta é a função mais óbvia, com sua duração dependendo do papel logístico da instalação no sistema. Nos casos em que há necessidade ou conveniência de estocar os produtos por um tempo relativamente grande, o armazém ou depósito deve apresentar leiaute e equipamentos de movimentação adequados a esse tipo de
4 função. No entanto, em situações que a armazenagem é apenas de passagem, como ocorre nos depósitos de triagem e distribuição, a solução técnica é diferente. Há também situações mistas. Consolidação: é o processo de reunir cargas parciais provenientes de origens diversas para formar carregamentos maiores. Isso ocorre porque é mais barato transportar lotações completas e maiores para médias e longas distâncias, do que enviar a carga em lotes pequenos, diretamente a partir das várias origens. Desconsolidação: é o processo inverso da consolidação, em que carregamentos maiores são desmembrados em pequenos lotes para serem encaminhados a destinos diferentes. Nem sempre um depósito ou armazém apresenta apenas uma das funções indicadas acima. Pode desempenhar todas ao mesmo tempo ou parte delas. Há também situações combinadas. Contudo, o armazenamento não representa apenas união ou seleção de cargas, onde uma sistematização insuficiente dos locais de armazenagem constitue uma das causas básica do aparecimento e do agravamento de uma ampla série de inconvenientes, como: o congestionamento do tráfego, dificuldade na rotatividade de materiais, excesso de movimentos e deslocamentos, má utilização dos meios e do pessoal. (Alvarenga, 2000) 2.3 Atividades do Armazém Para (Calazans, 2001), as principais funções de processamento ou de manipulação de materiais que um armazém desempenha são: - Receber mercadorias: O armazém aceita mercadorias entregues através de um transportador externo, ou provenientes da fábrica a ele ligada, e então aceita a responsabilidade por ela. - Identificar mercadorias: Os itens a serem estocados devem ser devidamente registrados e do registro deve constar o número o item recebido. Pode ser necessário marcar o item utilizando um código físico, etiqueta, etc. O item pode ser identificado por um código no item, um código no container, ou por suas propriedades físicas. - Classificar mercadorias: As mercadorias podem ser classificadas e enviadas para o local adequado de armazenagem. - Remeter as mercadorias para o armazém: As mercadorias devem ser guardadas onde possam ser encontradas quando necessário. - Guardar as mercadorias: As mercadorias são adequadamente protegidas até serem necessárias.
5 - Requisitar, selecionar ou separar as mercadorias: Os itens pedidos pelos clientes precisam ser eficientemente selecionados dentre os outros e agrupados de maneira a facilitar o próximo passo. - Ordenar o pedido: Os vários itens que compõem um pedido devem ser agrupados e deve-se verificar se o pedido está completo ou se há omissões justificáveis; os registros dos pedidos devem ser preparados ou modificados conforme o necessário. - Despachar o pedido: O pedido consolidado deve ser embalado de forma adequado e dirigido ao veículo de transporte certo. Os documentos de expedição e contábeis necessários devem ser preparados. - Preparar registros: É necessário registrar o número de pedidos recebidos, os itens recebidos e os itens estocados, como base para a reposição e o controle do estoque, ou então, os dados de procura e recebimento devem ser enviados a um centro de controle localizado em outro lugar. Os armazéns podem também ser usados como pontos de processamento físico. Por exemplo, o estoque pode ser mantido para envelhecimento, uma forma de processamento; e, em alguns sistemas, as montagens secundárias, o acondicionamento e a adaptação para pedidos especiais podem fazer parte da atividade de armazenagem. (Calazans, 2001) Além disso, a maioria dos armazéns atua como pontos de estocagem e de controle para manutenção de estoques que desempenham funções de proteção, especialmente permitindo remessas econômicas para o armazém, dividindo-as em unidades adequadas a expedição, e protegendo a segurança do atendimento. As funções de processamento e de proteção de um armazém estão, em geral, em conflito parcial. Por exemplo, estoques e áreas de estocagem relativamente pequenos podem contribuir para um sistema de armazenagem mais compacto e, assim, para um processamento mais eficiente. Entretanto, os estoques compatíveis com a função de processamento podem não ser adequados para fazer face aos requisitos de proteção. Assim, o projeto do armazém é baseado na procura de um meio termo adequado entre as duas funções. Os armazéns podem ter todas as formas e graus de especialização. Alguns são altamente especializados, para manipular os produtos em um meio-ambiente controlado (por exemplo: câmaras frigoríficas) ou em condições seguras (por exemplo: metais preciosos ou drogas perigosas). Podem ser projetados para manipular produtos secos a granel (silos de cereais) ou produtos fluidos a granel (tanques de petróleo), ou podem não passar de simples áreas protegidas (armazém de madeira ou carvão). (Calazans, 2001) De um modo geral, associa-se o termo armazém a um prédio fechado, projetado para receber, manipular e expedir produtos embalados, e que requer um controle apenas moderado das condições ambientais e medidas de segurança convencionais, o que na prática não corresponde à realidade. (Calazans, 2001)
6 2.4 Leiaute Para (Ballou, 1993), para se realizar bem as atividades dentro do armazém o leiaute é a melhor maneira de como os setores utilizam o espaço disponível da melhor forma possível, observando a relação entre os operadores, máquinas / equipamentos e espaço físico. O bom leiaute é aquele que diminui a distância percorrida gerando a movimentação eficiente dos materiais, usando a melhor flexibilidade possível maximizando e reduzindo custos agregados ao processo. (Ballou, 1993) Segundo (Ballou, 1993), para desenvolver um leiaute de armazém deve-se adotar os seguintes passos: - Traçar a área total disponível. - Demarcar e levar em conta os obstáculos físicos como colunas e escadas. - Prever áreas de recepção de matérias primas ou componentes e de envio do produto acabado. - Prever a variedade de produtos que serão armazenados. - Criar métodos de localizar os diferentes materiais. Deve-se planejar com cuidado o leiaute, (Ballou, 1993) coloca como outra variável para a definição de leiaute a rotatividade dos itens. Para cada rotatividade apresenta-se um cenário diferente e, no estoque podem existir diferentes rotatividades, desde produtos que são enviados a centenas de clientes por dia até produtos que saem uma vez a cada seis meses. Outra vantagem é diminuir a necessidade de movimentação vertical dos produtos, ou seja, aqueles com menor rotatividade devem ser alocados em locais mais distantes e em prateleiras mais elevadas. Porém, produtos pesados podem ter uma estratégia diferente e diminuir esforços. (Ballou, 1993) O Leiaute ou arranjo físico de uma empresa abrange a localização física dos recursos e ferramentas a se utilizar, determinando sua forma e aparência. Estabelecido a partir do estudo do sistema de informações relacionado com a distribuição dos móveis, equipamentos e pessoas, o espaço físico organizacional influi no trabalho desenvolvido pelos indivíduos dentro da empresa. Apesar de ser aquilo que a maioria das pessoas notaria quando entrasse na empresa, a grande preocupação de um estudo deste tipo é manter o fluxo otimizado entre os papéis e pessoas, ao invés do simples aspecto de visualmente adequado. Basicamente, definir o arranjo físico é decidir onde colocar todas as instalações, máquinas e equipamentos e posicionamento de todo o pessoal da empresa. Também determina a maneira a qual os recursos são transformados, tais como materiais, informações e clientes, que fluem através da operação. Qualquer mudança, até mesmo as pequenas, pode afetar o fluxo de materiais e
7 pessoas no sistema. São três os tipos básicos de leiaute. Muitas variações e combinações destes três tipos podem ser feitas, de acordo com as necessidades. (Ballou, 1993) - Leiaute Posicional: por posição fixa, ou por localização fixa do material. Usado para montagens complexas. Os materiais ou componentes principais ficam em um lugar fixo. - Leiaute Funcional: por processo. Agrupam-se todas as operações de um mesmo tipo de processo. - Leiaute Linear: por linha de produção, ou por produto. Os materiais é que se movem. Uma operação próxima à anterior e os equipamentos são dispostos de acordo com a seqüência de operações. - Leiaute em U : Segundo (Ghinato, 1999), o layout em formato de U é caracterizado por manter próximo a entrada e saída do fluxo de material. A disponibilidade do arranjo físico das máquinas e equipamentos favorece a utilização dos recursos de mão de obra multifuncional, além de facilitar o trabalho dos colaboradores polivalentes. Os operários trabalham próximos um dos outros e o caminho percorrido para alimentar a matéria prima localizado do outro lado da linha é menor, facilidade de retornar o produto defeituosos para o início da linha, percorrendo um trajeto reduzido, evitando desperdício de movimento. 2.5 Recebimento Para (Moura, 1998), dentro do armazém o recebimento consiste em todas as atividades envolvidas no fato de aceitar materiais para serem armazenados. Incluem: receber e atracar o veículo, check list e descarregar o veículo, recebimento físico e fiscal do material, conferir a carga, identificar e distribuir o material. A atividade de recebimento é a primeira etapa da trajetória do produto no armazém. Essa etapa é essencial para a realização das outras atividades, envolvendo o descarregamento das cargas e a conferência da quantidade e da qualidade dos produtos entregues pelos fornecedores. (Moura, 1998) 2.6 Movimentação Dentro do armazém, a operação de movimentação envolve o transporte, o tráfego de todos os materiais, mudar fisicamente o material de um ponto à outro. Bowersox (2001) Para (Bowersox, 2001), o primeiro aspecto que deve ser considerado é a continuidade das movimentações e as economias em escala em todo armazém. Isso significa que as movimentações não devem ser aleatórias, deve existir um planejamento das ações de forma a
8 melhor utilizar os recursos, evitando desperdícios de tempo e dinheiro. A decisão de mecanizar (utilizar equipamentos) a movimentação é um dos principais pontos a ser planejado dentro de um armazém, ganhando em produtividade e criando uma condição ergonômica ao trabalhador. Importante conhecer os tipos de equipamentos para a movimentação e qual sua relação com os equipamentos de armazenagem, avaliando sua real necessidade e o custo benefício. 2.7 Equipamentos de movimentação e transporte interno Para se realizar a movimentação dentro do armazém são precisos utilizar alguns tipos de equipamentos, esses equipamentos podem (e devem) variar conforme a necessidade do uso e a aplicação. (Tigerlog, 2009) Segundo (Tigerlog, 2009), os principais equipamentos e os mais usados são: - Empilhadeiras: Podem ser movidas a combustível (gasolina, gás ou diesel) ou bateria. São as que mais se adaptam a pisos irregulares, percursos longos e serviços externos. - Empilhadeiras de mastro retrátil, empilhadeiras laterais, empilhadeiras trilaterais: Equipamentos para uso específicos. - Empilhadeiras selecionadora de pedidos: São equipadas com uma plataforma de carga que move-se na vertical com o operador. São utilizadas em armazéns, tanto para o posicionamento de cargas como para a apanha de itens individuais pelo operador (mais comum). - Paleteiras: São utilizados para o transporte de paletes ao nível de piso, em pequenas distâncias e superfícies uniformes. Liberam as empilhadeiras para as tarefas de elevação e maiores cargas. O baixo custo de aquisição e manutenção são o seu principal atrativo. Transportam até kg. - Carrinho de mão: Manual. - Empilhadeiras manuais: Utilizadas em armazéns de pequeno fluxo, na estocagem em alturas média, no descarregamento de caminhões e como equipamentos de emergência. O baixo custo de aquisição, operação e manutenção são seu principal atrativo. A altura de elevação varia de 1,7 metros até 3,5 metros. Transportam até kg. - Transpaleteira: Também conhecidos como carrinhos elétricos porta paletes, são utilizados para o transporte horizontal de cargas paletizadas, sendo mais baratos que estas. O operador se posiciona a pé ou em pé, sobre o equipamento, ou a bordo sentado. 2.8 Expedição
9 Já para Calazans (2001), a expedição é a última fase do ciclo do armazém ou do ciclo produtivo antes do carregamento e embarque do produto para o cliente ou entrega do material para a produção. Consiste basicamente na verificação e no carregamento dos produtos nos veículos, podendo envolver algumas atividades como: conferência do pedido, preparação dos documentos de expedição e pesagem da carga para determinação do custo de transporte. Para (Calazans, 2001), alguns complicadores são encontrados na operação da expedição que podem afetar sua eficiência: atrasos de transportadoras, atrasos na emissão da lista de separação, quebra da sincronia entre os processos de recebimento e expedição nas operações de crossdocking (operação de rápida movimentação de produtos acabados para a espedição, entre fornecedores e clientes) e picos de demanda que não foram adequadamente planejados. 3. METODOLOGIA Trata se de uma pesquisa do tipo exploratória descritiva, fazendo uma abordagem ao tema Leiaute de forma a definir uma metodologia a ser implantada pelas empresas brasileiras nos setores de recebimento de itens, entradas de matérias primas e componentes e na expedição de produtos acabados. Esta pesquisa foi feita através das informações recebidas e pesquisadas na revisão bibliográfica deste trabalho, referente aos processos de recebimento armazém e expedição, observando as dificuldades por um leiaute inadequado e falta de uma metodologia na definição do arranjo físico. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os processos de recebimento e expedição estão ligados diretamente em todas as etapas de fabricação: em como o produto será iniciado, fabricado, montado, armazenado, embalado e enviado ao cliente. Em toda mudança por mais tecnologia que seja aplicada, sempre ocorrerá resultados sejam no produto, otimizações de processo, detecção de defeitos, reclamações, adaptação às novas condições, redução de custos ou tempos e diferenças ergonômicas. Buscar a compreensão e o entendimento das mudanças nas organizações é extremamente instigante e não é tarefa simples. Cada organização tem um dialeto próprio para a manifestação de como as tarefas se realizam dentro do complexo de informações e relações que compõe a estrutura organizacional. Conforme as informações colhidas na pesquisa, as mudanças no sentido de uma desverticalização têm um impacto mais profundo, ou exigem adaptações profundas principalmente na disseminação de uma nova cultura. Como melhoria propomos um novo fluxo de movimentação interna conforme Figura 1:
10 Figura 1 Diagrama de Fluxo da Movimentação Interna de Mercadorias (Moura, 2003) Este processo de análise das melhorias proposta desevolveu-se através da experiência do grupo nas empresas onde cada um trabalha, onde possibilitou uma ampliação do conhecimento sobre aplicações de conceitos científicos, em estruturas organizacionais, visando uma maior competitividade através da redução de custo na logística. (Moura, 2003) Desta forma, (Moura, 2003) conceitua o planejamento sistemático da estocagem (PSE) como um método seqüencial, que envolve análises, planejamentos e otimização da estocagem de qualquer mercadoria, material, peça ou produto, como: uma estruturação de fases, um modelo de procedimentos, um conjunto de convenções e dados-chave de entrada. Assim, também evidenciamos a importância da utilização de técnicas de planejamento nos processos logísticos na armazenagem através da teoria da chave PQRST (Figura 2). A aplicação do conceito da chave PQRST, que consiste em responder cinco perguntas chaves na elaboração do leiaute de estocagem do armazém. (Moura, 2003)
11 Figura 2 A chave PQRST para abrir as soluções da armazenagem de materiais (Moura, 2003) 6. CONCLUSÃO A alteração de leiautes existentes ou o desenvolvimento de novos leiautes é uma tarefa desafiadora. Em muitos casos existem restrições financeiras e físicas, assim como limitações práticas as quais devem ser consideradas, por exemplo: alterações no projeto do armazém, terreno, impossibilidade de expansão da fábrica, entre outros. O grande problema é como desenvolver um leiaute funcional, adequado às necessidades e que seja bem sucedido? A solução é ter um forte planejamento e com uma boa administração da utilização do armazém, é possível em um menor espaço administrar um maior número de volume de materiais. Visto que com um melhor leiaute no armazém é possível facilitar e aperfeiçoar suas operações levando então as empresas a ótimos resultados logísticos. Para uma empresa que é iniciada, no caso de uma nova planta, fica simples aplicar e ter êxito nas técnicas e na metodologia de leiaute. Porém, uma empresa já estruturada e em funcionamento é mais difícil a implantação e exige maiores recursos para as mudanças. Deve ter comprometimento de todos e envolvimento da alta direção, para liberação de recursos a até treinamentos, e no início do processo a cultura é um fator chave para o sucesso ou fracasso do planejado. Há boas práticas encontradas em literaturas e definimos como o melhor tipo de leiaute aquele que favorece o fluxo contínuo de cada tipo de material. Não há como definir um padrão perfeito, pois há muitas variáveis que devem ser levadas em conta, como por exemplo, se é um produto perecível ou não, o tamanho, o peso, a criticidade, entre outros, por isso é ideal que se conheça bem os tipos que podem ser adotados e que seja implementado aquele tipo que
12 mais seja adequado, tenha um bom acompanhamento e sejam buscadas soluções para os possíveis problemas que possam aparecer. Para ambos os casos (planta nova ou mudança de planta já existente), pode-se aplicar os mesmos conceitos de citados, segundo (Ballou, 1993): - Traçar a área total disponível com exatidão - Demarcar e levar em conta os obstáculos físicos como colunas e escadas - Planejar as áreas de recepção de matérias primas ou componentes e planejar de envio do produto acabado - Prever a variedade de produtos que serão armazenados, levando em conta medidas e pesos - Criar métodos de localizar os diferentes materiais, e identificar. O impacto que um bom leiaute pode ter se reflete na eficiência da logística, visto que para (Meirim, 2007) as três atividades primárias de logística são: Transportes, Manutenção de Estoques e Processamento de Pedidos e as atividades de apoio da logística são: Armazenagem, Manuseio de Materiais, Embalagem de Proteção, Obtenção, Programação de Produtos e Manutenção de Informação, podemos observar que com arranjo físico adequado e preparado, basta criar métodos ou implementar um software, por exemplo, que cuide da informações, tendo assim um gerenciamento completo e com ganhos altos e desperdícios reduzidos. Alguns dos benefícios que um correto leiaute traz são: - Obter um fluxo de informações eficiente - Obter um fluxo de trabalho eficiente - Utilizar melhor a área disponível - Facilitar a supervisão, a coordenação e a gestão à vista - Reduzir a fadiga do empregado e melhora a ergonomia (ruídos, vapores, iluminação, esforço fisíco) - Aumentar a flexibilidade para as variações necessárias - Clima favorável para o trabalho (motivação dos colaboradores) - Impressionar favoravelmente clientes e visitantes pela melhor organização e disposição
13 REFERÊNCIAS ABDEL-AAL, R.E. & AL-GARNI, Z. Forecasting Monthly Electric Energy Consumption in eastern Saudi Arabia using Univariate Time-Series Analysis. Energy Vol. 22, n.11, p , ABRAHAM, B. & LEDOLTER, J. Statistical Methods for Forecasting. New York: John Wiley & Sons, ALVARENGA, A. C. & NOVAES, A.G. N. (2000) - Logística aplicada: suprimento e distribuição física. Editora Edgar Blucher Ltda. 3ª Edição. São Paulo BALLOU, H. (1993) - Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. Editora Atlas. São Paulo. BOWERSOX, D. J. & CLOSS, D. J. (2001) Logística Empresarial. Editora Atlas. São Paulo. CALAZANS, Fabíola. (2001) - Centros de distribuição. Gazeta Mercantil: Agosto. GHINATO, P. Autonomia e Multifuncionalidade no Trabalho: Elementos Fundamentais na Busca da Competitividade. Porto Alegre: PP GEP/UFRGS, KAIBARA, M. M. (2005) - A evolução do relacionamento entre clientes e fornecedores um estudo de suas principais características e contribuições para a implantação da filosofia JIT. Florianópolis/SC Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas. Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: < Acesso em: 10 mai LIM, C. & McALEER, M. Time Series Forecasts of International Travel Demand for Australia. Tourism Management, artigo aceito em 2001 para publicação, aguarda impressão. MAKRIDAKIS, S.; WHEELWRIGHT, S. & HYNDMAN, R.J. Forecasting Methods and Applications.. 3. ed. New York: John Wiley & Sons, MEIRIM, Hélio. (2004) A importância da logística para as empresas brasileiras. Disponível em: acesso em: 12 nov MEIRIM, Hélio. (2007) As atividades primárias da logística. Disponível em: acesso em: 12 nov MOURA, Reinaldo A. Série Manual de Logística. Volume 2. São Paulo: IMAM,1997. NOVAES, A. G. (2001) - Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. Editora Campus. Rio de Janeiro. PELLEGRINI, F.R. & FOGLIATTO, F. Estudo comparativo entre modelos de Winters e de Box-Jenkins para a previsão de demanda sazonal. Revista Produto & Produção. Vol. 4, número especial, p.72-85, TUBINO, D.F. (2000) Manual de Planejamento e Controle da Produção. Editora Atlas S.A. 2ª Edição. São Paulo.
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