COMPETÊNCIAS GERAIS...36 COMPETÊNCIAS ESPECIFICAS...37 OBJECTIVOS PROGRAMÁTICOS... 39
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- Thomaz Marinho Viveiros
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1 ÍNDICE ÍNDICE... 1 INTRODUÇÃO... 2 HISTÓRIA... 3 CURIOSIDADES... 5 A IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA NO CONTEXTO ESCOLAR... 6 CARACTERIZAÇÃO DA GINÁSTICA DE SOLO... 7 O que é a Ginástica de Solo?...10 Área de Prática ou Praticável...10 Material utilizado nas aulas...10 Tipos da Provas...11 Duração...11 Considerações Preliminares na Abordagem da Ginástica Artística...12 Condições Materiais O GINÁSIO Segurança dos Movimentos A Segurança do Professor Ajudas Equipamento Gímnico Cuidados com a Manutenção e Transporte dos Materiais A Vigilância HABILIDADES MOTORAS COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS COMPETÊNCIAS GERAIS...36 COMPETÊNCIAS ESPECIFICAS...37 OBJECTIVOS PROGRAMÁTICOS Finalidades...39 Objectivos Gerais...39 Objectivos Gerais Comuns a Todas as Áreas Objectivos Gerais para a Ginástica de Solo Objectivo Central...40 OBJECTIVOS de DESENVOLVIMENTO...40 ESTRATÉGIAS DE ENSINO AVALIAÇÃO Avaliação Sumativa Bibliografia Educação Física - 1 -
2 INTRODUÇÃO A Ginástica de Solo é uma área incluída nos programas de Educação Física que procura dotar os jovens de capacidades motoras que lhes permitam um desenvolvimento harmonioso do seu esquema corporal, a ginástica contribui ainda de forma decisiva para o desenvolvimento de capacidades coordenativas, expressivas e de comunicação, exigindo do aluno um grande domínio corporal, daí a importância da inclusão das actividades gímnicas no conjunto de actividades curriculares a leccionar. Os Textos de Apoio, possuem desta forma uma estrutura que se pretende facilitadora da acção educativa, principalmente da prática docente. Pretendemos que no final desta mini Unidade Didáctica os alunos cumpram os objectivos pretendidos para este bloco, e que se sintam motivados para a prática da modalidade. Educação Física - 2 -
3 HISTÓRIA Na maioria das sociedades, as pessoas, tanto para sua própria protecção, como por recreação, encontraram algum tempo livre para dedicar à prática de exercício físico. Só com a civilização grega, surgiu uma forma mais preciosa e definida de exercício físico e desporto. O exercício era desenvolvido devido às necessidades da constante rivalidade entre cidades-estado. A prática destes exercícios tinha apenas objectivos militares e é neste contexto que pela primeira vez é usada a palavra ginástica. Os jovens e os adolescentes praticavam esta modalidade sem roupa, e assim, a palavra grega gumnus (nu) formou a raiz para todos os aspectos relacionados com este tipo de actividade. O ginásio era um recinto ao ar livre onde os praticantes treinavam. Podemos sintetizar a sua evolução em quatro períodos: 1º Período: Antes de 1800 A Ginástica Artística era vista como uma forma de acrobacia praticada desde o tempo da Idade Média, por funâmbulos e saltimbancos em jogos de circo que mais se assemelhavam ou prendiam com exercícios no solo. 2º Período: De 1800 a 1875 destacam: Este período corresponde ao aparecimento de várias Escolas das quais se Educação Física - 3 -
4 - Escola Alemã Teve como seu fundador JAHN [ ] e apresenta como base do seu sistema os aparelhos. Professor num liceu de Berlim, JAHN animado de um ardente patriotismo, agrupava com um fim semelhante de ressurgimento nacional e de desforra contra o estrangeiro, toda a juventude do seu país. É neste espirito nacionalista que nasceu o primeiro, de todos os métodos modernos de Educação Física. JAHN inspirou-se nas teorias de Basedow, Guts-Muths e Pestalozzi entre outros, aperfeiçoando o seu método de ensino. Este método fundamentava-se, primeiramente, no adestramento, disciplina e vida ao ar livre, apelidando esta prática de Turnen. O que lhe deu sucesso perante a juventude foi o facto de exigir movimentos de conjunto rigorosamente ordenados, uma disciplina de ferro e uma subordinação absoluta às ordens do chefe. O método de JAHN baseia-se, principalmente, na força e na destreza exigindo uma atitude rígida e artificial: a cabeça levantada, o corpo direito, a perna estendida. Mais tarde, uma outra inovação importante foi a própria criação de sociedades de ginástica dando origem aos Turnplatz (lugar de ginástica). Em 1881 foi fundada a Federação Internacional de Ginástica (F.I.G). O alemão, Jahn e um sueco, Ling, continuaram o seu trabalho durante os princípios do século XIX, e determinaram uma ruptura definitiva dos conceitos de ginástica. Jahn desenvolveu o desporto ginástica (Ginástica alemã) enquanto Ling desenvolveu um sistema de ginástica (Ginástica sueca). Estas duas formas são muito diferentes: enquanto a ginástica de Ling era um sistema de educação do movimento, o método de Jahn ultrapassava o simples quadro corporal. - A Ginástica de TYRS Em 1862, na Checoslováquia, TYRS, professor em Praga cria um movimento denominado Sokol com fins semelhantes aos de JAHN na Prússia, visando acordar o patriotismo do seu país. As palavras Saúde, Força e Beleza reuniam o ideal de TYRS em matéria de educação. Os exercícios com aparelhos tinham um lugar de destaque nesta Educação Física - 4 -
5 ginástica, realizando-se nessa época grandes manifestações de massa que reuniam, por vezes, ginastas. 3º Período: De 1875 a 1932 Neste período verificou-se a implantação nos países da Europa Ocidental, das diferentes Escolas de Ginástica. Em 1896, a Ginástica aparece nos primeiros Jogos Olímpicos. Até 1924, os exercícios apresentados eram baseados na força, num ritmo lento e com paragens prolongadas. 4º Período: De 1932 até aos nossos dias A ginástica sofre uma evolução por intermédio dos ginastas nórdicos, que apresentam exercícios combinando a força e o balanço marcando, assim, uma nova etapa da ginástica que mais se aproxima da que se pratica actualmente. A partir daí a importância dada aos exercícios em balanço toma relevo especial influenciando o fabrico dos aparelhos e as suas dimensões. Após o aparecimento dos ginastas soviéticos nos Jogos Olímpicos de Helsínquia, de 1952, os exercícios caracterizaram-se pela predominância dos balanços, da descontracção e souplesse, mas apoiando-se numa força muscular bastante desenvolvida, o que ainda se verifica na actualidade. CURIOSIDADES A palavra ginástica provém do termo grego Gymnos (nu), pois os atletas executavam os exercícios sem qualquer peça de roupa. A última atleta portuguesa a participar nos Jogos Olímpicos foi a Diana Teixeira. Educação Física - 5 -
6 Quem não conhece a romena Nádia Comaneci? Nos Jogos Olímpicos de Montreal e com apenas 14 anos, é a primeira ginasta a conseguir sete vezes a nota perfeita de 10 pontos. Contudo, os quadros electrónicos não puderam exibir a sua marca, porque só estavam preparados para registar valores até 9,95 pontos. Porque é que as ginastas estão a ficar cada vez menos pesadas? Porque no ar, quanto mais leves, mais depressa giram e rodopiam. As ginastas apresentam níveis de força superiores às nadadoras. A IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA NO CONTEXTO ESCOLAR A abordagem à disciplina de Ginástica de Solo na Escola, difere na definição dos objectivos exigidos ao nível da prática competitiva. A ginástica em geral tem um forte impacto sobre a conduta motora (se a explorarmos em toda a sua amplitude). A ginástica é uma modalidade importante, já que a grande variedade de situações de que dispõe e o seu alto valor educativo e formativo lhe conferem um carácter de base, contribuindo para a formação multilateral do aluno. Através de uma actividade gímnica o aluno pode agir, entrando em acção e desafiando-se a si próprio, tentando sempre mais e cada vez melhor. Pode criar, ou seja realizar as coisas de uma outra forma, ser original, personalizar a sua actividade. Pode mostrar, uma das coisas que todas as crianças gostam de fazer. Pode ajudar, contribuindo para o sucesso dos seus colegas, o indivíduo pode ajudar protegendo, aconselhando, dando confiança. Pode avaliar, partindo de um papel de espectador o indivíduo pode apreciar, observar, comentar, conhecer os critérios. Pode ainda organizar, responsabilizando-se por um grupo, pelo material, ser responsável, autónomo. Todos estes pontos contribuem para um desenvolvimento do indivíduo nos planos afectivo, cognitivo, social e motor. Levando a ginástica artística para o meio escolar, esta tem de ser capaz de desenvolver nos alunos as seguintes capacidades: - Utilizar os membros superiores e inferiores como alavanca de suporte; - Extrair informações significativas para evoluir nas dimensões espaço e tempo, nomeadamente em função da coordenação; - Iniciar e controlar desequilíbrios; - Associar e desassociar intencionalmente cinturas e segmentos; Educação Física - 6 -
7 - Explorar as capacidades coordenativas e condicionais; - Insistir numa acção motora ou antecipar uma outra; - Agir, cooperar, ajudar, etc. CARACTERIZAÇÃO DA GINÁSTICA DE SOLO A Ginástica Artística é uma modalidade praticada há longos anos, muito embora com características bastante diferentes das actuais. Ao longo dos séculos sempre foi encarada como uma vasta gama de exercícios e destrezas corporais associados à época e regiões, como a prática de lançamentos e exercícios de força. Implicando em alto grau, flexibilidade, coordenação, dinâmica geral, sentido de equilíbrio, um perfeito conhecimento do corpo, musculação e também determinado tipo de resistência, fácil se torna entender a sua relativa indefinição no passado. Actualmente é encarada como uma disciplina que engloba a realização de um determinado número de gestos em diversos aparelhos e em situações inabituais. [PEIXOTO; 1993] Como é sabido, a abordagem da Ginástica Artística assume um papel importante na formação da criança [CORTE REAL E QUEIRÓS; 1992]. É uma disciplina que faz parte integrante dos programas de Educação Física (EF), tendo como objectivos específicos: - Criar e consolidar hábitos de actividade física; - Melhorar a atitude e a postura corporal; - Melhorar a capacidade funcional do organismo; - Procurar o relaxamento nos planos físicos e psicológicos; - Lutar contra o sedentarismo. Objectivos estes, os quais a Ginástica Artística não se pode alhear. Educação Física - 7 -
8 Em contrapartida, o valor educativo da ginástica fundamenta-se em determinadas características, as quais são de realçar [LACERDA; 1994]: a) Promove a educação para a saúde com a prática de actividades físicas fomenta-se os hábitos de higiene, luta-se contra a sedentarização e melhora-se as capacidades funcionais. b) Responde às necessidade de expressão e movimento dos alunos - porque permite o desenvolvimento de capacidades motoras, adquirir habilidades técnicas de carácter gímnico, desenvolve o sentido estético e artístico. c) Facilita o processo de socialização já que melhora as relações interpessoais, o desenvolvimento da capacidade de comunicação, de cooperação e fomenta o espírito competitivo. d) Elimina factores que inibem ou bloqueiam a acção. e) Desenvolve a capacidade intelectual e qualidades da personalidade como por exemplo a concentração, o auto domínio, a autonomia, a decisão e a perseverança. f) Meio de vivificar novas emoções e sensações ao conseguir vencer as dificuldades através da coragem e da audácia. ROMÃO [1984], ainda acrescenta: a) Desenvolve a capacidade de desempenho psicomotor que significará a construção de uma estrutura preceptiva correcta; b) Proporciona situações de descoberta e exploração, contributo indispensável na formação de uma cultura motora. Educação Física - 8 -
9 FICHA DE APRESENTAÇÃO da MODALIDADE História da Ginástica A ginástica foi praticada, desde tempos remotos, no Egipto, na Ásia e na Grécia Foi a partir do séc. XIX que esta modalidade tomou incremento na Europa, em especial na Alemanha, na Suécia e depois na França. A escola Sueca foi a que teve maior importância no desenvolvimento da ginástica. O fundador desta escola, nascido a 1776, chamava-se Pedro Ling. Objectivos Realização de um conjunto de exercícios executados no solo e/ou sobre colchões e tapetes de ginástica, que visam reforçar, entre outras, as competências da coordenação, equilíbrio, destreza, autonomia e organização. Pontuação A pontuação é distribuída de 0 a pontos. Duração No solo feminino, a duração máxima da sequência gímnica é de 90 segundos. No solo masculino, a duração máxima da sequência gímnica é de 70 segundos. Material utilizado nas aulas Trampolim de Madeira Espaldares Trampolim Reuther Colchão Colchão de queda Banco Sueco Educação Física - 9 -
10 ? O que é a Ginástica de Solo? A Ginástica de Solo é uma área incluída nos programas de Educação física que procura dotar os jovens de capacidades motoras que lhes permitam um desenvolvimento harmonioso do seu esquema corporal. Tem como principal objectivo a realização de um conjunto de exercícios efectuados no solo e / ou sobre colchões e tapetes de ginástica, que visam reforçar, entre outras, as competências da coordenação, equilíbrio, destreza, autonomia e organização. Área de Prática ou Praticável Os exercícios de Solo realizam-se numa superfície flexível, de espaço quadrangular, (praticável) com uma área de 12x12 metros, ladeada por uma zona de segurança envolvente (1 metro de largura). O praticável é igual tanto para a competição feminina como para a masculina. Material utilizado nas aulas Educação Física
11 Tipos da Provas A participação nas competições pode ser por equipas ou individual, geral. Por equipas, as equipas são constituídas por cinco elementos, no mínimo, e no máximo, por seis. Quando uma equipa participa com seis elementos, deve ser a nota mais baixa em cada prova. Todos os atletas executam duas séries, uma obrigatória e outra livre, em dois dias diferentes. A classificação final de uma das equipas é o somatório da ambas as pontuações. Individual - geral, participam os 36 melhores ginastas da competição por equipas, com três atletas no máximo, por país ou por entidade. Os atletas têm de realizar uma série livre em todas as provas. A classificação final será obtida pelo somatório das notas desta competição, sendo adicionada à metade do total de pontos da competição por equipas. Duração No solo feminino, a duração máxima da sequência gímnica é de 90 segundos. No solo masculino, a duração máxima da sequência gímnica é de 70 segundos. Educação Física
12 Considerações Preliminares na Abordagem da Ginástica Artística É notável a indiferença da conjuntura actual da Ed. Física, aos pressupostos básicos e essenciais dos cuidados a ter na escolha dos equipamentos mais apropriados. A preocupação excessiva com a quantidade de material, dando pouca importância à qualidade do mesmo. Devido à exigência da modalidade de Ginástica, é necessário uma escolha criteriosa, antes da aquisição dos equipamentos gímnicos. Os custos dos equipamentos gímnicos são bastante elevados, no entanto, estes são directamente proporcionais a uma prática mais segura na defesa da integridade física de cada aluno. Os equipamentos gímnicos deverão ser: De boa construção; Com elevados índices de segurança e estabilidade; Com as dimensões exigidas pela Federação Internacional de Ginástica; Os colchões deverão ser higiénicos, com face anti-derrapante e resistente. Deverão possuir as dimensões e densidades apropriadas, em função dos objectivos funcionais; De fácil transporte, montagem e desmontagem; De grande resistência e durabilidade. Educação Física
13 Noções Básicas sobre infra-estruturas No que diz respeito às infra-estruturas, estas deverão ter espaços arejados, de modo a evitar odores. A temperatura deverá oscilar entre os 20 e os 24º C. A fachada com superfície de vidro deverá estar orientada para Norte. Num ginásio deve constar pelo menos um fosso, que: Tem por finalidade diminuir os riscos, o medo, na aprendizagem dos iniciantes. O Fosso é um utensílio pedagógico, que não deve ser visto como uma área de diversão. O Fosso não é uma brincadeira, mas sim um utensílio de trabalho. Facilita a recepção vertical em relação à recepção em colchões, diminuindo o impacto nas articulações e músculos. Este por sua vez também exige cuidados a ter na sua utilização, que passo a mencionar: O ginasta deverá ter preocupações, com a sua higiene diária, de modo a diminuir a deteorização do fosso, devida a uma intensa utilização; O fosso deve ser limpo e aspirado rigorosamente de 6 em 6 meses, por uma equipa especializada; O ginasta na recepção deve evitar relaxar-se no contacto com o solo; O professor ou professor deve sempre verificar regularmente se a tela, os elásticos e as redes não estão danificadas, (aplicando-se a todos os outros utensílios de trabalho), de modo a evitar acidentes nos seus alunos. Condições Materiais Pode praticar-se uma forma simplificada de Ginástica de Aparelhos sob condições exteriores naturais; exercícios no solo, em pleno campo, exercícios no cavalo com arções, movimentos nos baloiços, saltos de obstáculos, ou sobre um corrimão, exercícios de elevação num ramo, constituem por um lado a origem real e por outro os elementos mais simplistas da ginástica relativos à vida quotidiana, nomeadamente dos jovens e das crianças. Educação Física
14 Mas quando a modalidade que se aborda é a Ginástica Desportiva, há que ter em conta certas condições mínimas e pôr à disposição dos ginastas um ginásio, aparelhos e colchões. O GINÁSIO O ginásio deve ser claro, bem arejado e climatizado. Por outro lado devem ser evitados os sítios perigosos como recantos e forma salientes. De resto, são determinações de construção já têm geralmente em conta esta exigências. Como solo de ginásio, os estrados com o revestimento PVC (policloreto de vinilo) resultam bem na prática. Os aquecimentos do soalho são tecnicamente difíceis de instalar quando conjugados com os estrados. O esquema abaixo apresentado permite diversas possibilidades de montagem dos aparelhos de competição, por meio de várias fixações das espias. As fixações dos aparelhos de ginástica estão assinalados no esquema. Na gravura não são assinalados os aparelhos transportáveis, pois estes serão apresentados ainda noutras gravuras; também os espaldares e os outros aparelhos não foram citados, pois são instalados de acordo com as exigências locais nas paredes longitudinais ou frontais. Segurança dos Movimentos Quando o contexto é segurança, remete se logo para a palavra auxiliar, esta que se entende pelo apoio externo e que só indirectamente concorre para o sucesso de um movimento. É, pelo contrário, um método de ensino, que é abordado individualmente na apresentação de exercícios. Seguem-se algumas notas sobre a segurança, que adquirem significado quando se conseguem efectuar os movimentos na sua forma mais rudimentar, mas que precisamente pela sua irregularidade requerem uma execução com auxílio. Educação Física
15 Por todos estes casos é importante ter em mente alguns princípios da posição de segurança a adoptar que permitirá actuar rapidamente: Observar minuciosamente o movimento, pois quase todas as quedas são atribuídas a erros de execução, sendo estes de prever mesmo antes da queda. Deve-se evitar a queda sem perda de tempo. O ajudante deve esforçar-se por colocar o seu corpo sob o do ginasta e tentar agarrá-lo o mais próximo possível do centro de gravidade em todo o comprimento dos seus braços. O ajudante escolher as posições que estejam próximas do ponto onde se desenrola a fase critica do exercício e que lhe ofereçam uma superfície de apoio segura. Uma ajuda errada é mais perigosa do que não dispor de nenhuma. Deste modo o ajudante deve conhecer com precisão o decurso dos movimentos e avaliar se é necessária a sua ajuda ou não. Para a segurança na Ginástica Artística, contribuem também de um modo decisivo factores como o vestuário adequado, a colocação dos aparelhos, a ordem dos colchões e do ginásio em geral, bem como o comportamento dos alunos nas aulas. Mais sucintamente, a segurança dos alunos é primordial e deste modo sob pena de nos sentirmos responsáveis por eventuais acidentes devido a deficiências dos materiais, os equipamentos desportivos deverão ser escolhidos em maior consciência, sem ponderar orçamentos que estes possam implicar. Os equipamentos devem ser de boa qualidade e de grande durabilidade, minimizando ao máximo os acidentes, principalmente tratando-se de uma disciplina como a Ginástica Artística. Educação Física
16 A Segurança do Professor Um dos aspectos, relacionados com a segurança, que pouco ou nada se vê retractado em obras da especialidade, refere-se à segurança do professor. Grande parte dos acidentes sofridos pelos professores de educação física relacionam-se, principalmente, com o mau manuseamento de objectos e aparelhos pesados e com o manuseamento incorrecto dos alunos quando em situação de ajuda. Estas faltas, cometidas pelos professores, originam, na maioria dos casos, problemas a nível da coluna vertebral, devido a esta ser a parte do corpo que mais é afectada por utilizações incorrectas a nível dos princípios biomecânicos da segurança e da economia de esforço. Assim tendo em conta o estudo publicado na revista Horizonte, vol. VI, nº 24, 1988, o qual indicava que 39.2 % dos professores de Educação Física no activo na zona Norte do país, sofriam de doenças profissionais do foro ortopédico e destes, perto de 80% de doenças da coluna vertebral (Albuquerque, 1995); torna-se indispensável que os professores de Educação Física tomem conhecimento dos princípios básicos de segurança. Ajudas Definição: Ajuda (propriamente dita): forma de intervenção realizada no momento crucial do exercício, ou seja, normalmente, na fase das acções musculares fundamentais (esquema operatório principal) (Barão e Lagoas, 1983) pelo que, o seu objectivo maior é o de colmatar possíveis insuficiências musculares evidenciadas pelo aluno contribuindo desse modo para o êxito do exercício ou, transmitindo ao aluno a necessária confiança que lhe permita ultrapassar eventuais situações de risco. Educação Física
17 A ajuda manual, deve ser entendida como técnica de intervenção pedagógica (ex. a verbal e a visual), é muitas vezes determinante do êxito da aprendizagem do aluno. Estando inerente à condição do exercício, contribui decisivamente para aprendizagem, já que nesta perspectiva, a devemos entender como um excelente factor de reforço. Embora directamente ligada aos procedimentos de segurança do aluno, devemos estar atentos aos esforços musculares que ela solicita ao ajudante, já que são potenciais geradores de lesões ou mesmo de processos degenerativos do aparelho locomotor deste. A ajuda deve ser evolutiva de modo a acompanhar o domínio crescente que o executante manifesta pelo que, progressivamente se tornam de ajudas fortemente interventivas, em ajudas presenciais até que se retiram completamente; contudo, chamam ainda a atenção para o perfeito entendimento que deve existir entre o executante e o seu ajudante (pois só assim este poderá actuar no momento exacto) e, também alertam para o controlo das sensações quinestésicas da ajuda embora não explicitem tal observação. O professor tem o dever e a importante tarefa de cuidar da segurança chamando a atenção dos alunos para os perigos de uma prática desordenada e de execuções imprudentes, sem directivas precisas e fora do seu controlo. Assim, o professor deverá, logo na preparação da sua aula pensar nos aspectos da segurança e da ajuda. Através da transmissão de conhecimentos o professor deverá conseguir transmitir aos seus alunos a sensação de segurança, verificando assim, rapidamente, uma melhoria dos seus resultados. Uma vez que o professor não pode por si só assegurar a função de ajudante com grupos numerosos de alunos, torna-se necessário delegar competências aos alunos tornando-os ajudantes de confiança. Ao ensinar a técnica das ajudas o professor leva os alunos a reflectir sobre as questões da sua eficácia, contribuindo deste modo para um melhor conhecimento dos objectivos a atingir para realizar correctamente o exercício. Educação Física
18 Equipamento Gímnico Também o equipamento gímnico se constitui fundamental na prevenção da segurança, uma vez que deve permitir aos alunos a necessária liberdade e segurança de movimentos. Cintos, roupas apertadas, calçado inadequado ou adornos (anéis, brincos, relógios, pulseiras,...), estorvam a actividade e são perigosos não só para o aluno como para os colegas. Cuidados com a Manutenção e Transporte dos Materiais Pelas suas dimensões, pelo seu custo e pelas suas características os aparelhos devem ser transportados e montados (se necessário) com cuidado, de forma a preservá los e a evitar acidentes. Cuidados a ter no transporte do material Cuidados a ter na montagem do material Colchão deve ser transportado por 2 ou 4 alunos pelas pegas, num passo uniforme (nunca arrastar). Plinto o transporte das caixas do plinto deve ser efectuado por 2 alunos, cada um deles colocando uma mão na pega e outro no rebordo lateral superior. A cabeça do plinto deve ser retirada em primeiro lugar e só depois efectuar o transporte das caixas necessárias. Boque o seu transporte deve ser feito por 1 ou 2 alunos conforme o aparelho está ou não equipado com rodas. Trampolim tipo reuther transporte feito por 2 alunos cada um deles pegando com ambas as mãos na extremidade. Não deixar espaços abertos entre colchões Os colchões devem cobrir todo o eventual espaço de queda Assegurar-se de que o material está bem fixo Colocar o material com uma distância de segurança evitando choques Educação Física
19 Manutenção A manutenção de todo o material gímnico é, essencialmente, da responsabilidade do professor, no entanto os alunos devem ser alertados para o facto de quando verificarem alguma anomalia ou deficiência em algum material, comunicá-la de imediato ao professor. Assim, há que verificar regularmente os aspectos e as partes vitais de todo o material gímnico. Alguns dos aspectos a ter em conta, no material: Verificar os revestimentos do material gímnico, já que revestimentos com rasgões podem originar alguns perigos (o aluno pode ficar preso), devendo ser remendados o mais rapidamente possível. Os tapetes e colchões de quedas devem ser batidos com alguma frequência. Caso estes possuam capas removíveis, estas devem ser lavadas e secas ao ar livre. Para além da manutenção do material gímnico, à que referir o estado em que se deve encontrar o piso do pavilhão, ou seja, isento de areias, lascas e outros lixos de pequenas dimensões. A presença destes lixos podem provocar inúmeras situações de perigo para os alunos, além de provocar um maior desgaste e danificação dos materiais. A Vigilância Observância total do dever de vigilância Nunca deixar os alunos realizar tarefas sem orientação nem vigilância; Verificar o estado do ginásio e dos aparelhos; Dar indicações referentes às questões de segurança e ajuda; Escolher um local no ginásio que assegure uma vista geral sobre todos os alunos; Nunca abandonar o ginásio durante a aula. Educação Física
20 HABILIDADES MOTORAS Terminologia dos Elementos Gímnicos A Ginástica de solo está dividida em vários tipos de Elementos gímnicos: - Elementos Acrobáticos - Elementos de Equilíbrio - Elementos de Flexibilidade - Elementos de Ligação Elementos Acrobáticos Rolamento em frente engrupado Rolamento em frente com M.I. afastados Rolamento à retaguarda engrupado Rolamento à retaguarda com M.I. afastados Apoio facial invertido Roda Rondada Flick-Flack à Retaguarda Mortal à frente Elementos de Equilíbrio Avião Vela Elementos de Flexibilidade Ponte Espargata Sapo Fecho Elementos de Ligação Pirueta Salto de gato Salto de Tesoura Educação Física
21 Rolamento em frente engrupado Aspectos técnicos Colocação das mãos no solo à largura dos ombros Palmas das mãos bem apoiadas e dedos bem afastados Impulsão dos membros inferiores (MI) Flexão da coluna cervical (queixo ao peito) Apoio da nuca no solo Manutenção da posição engrupada até ao final Elevação anterior dos membros superiores (MS) facilitando a elevação do corpo Erros mais frequentes Colocar a testa no solo no início do rolamento Colocar as mãos muito perto Não impulsionar os MI Falta de repulsão dos MS Manter as costas direitas durante a rotação Socorrer-se do auxílio das mãos para se elevar Ajudas Uma mão na cabeça ajudando a encostar a mesma ao peito Uma mão na parte posterior da coxa para manter a posição de engrupado Educação Física
22 Rolamento em frente com Memb. Inf. estendidos e afastados Aspectos técnicos Flexão dos Membros Inferiores (MI); Colocação das mãos à largura dos ombros com os dedos afastados orientados para a frente; Membros Superiores (MS) em extensão e queixo junto ao peito; Elevação da bacia acima dos ombros; Colocação da nuca no solo; Enrolamento progressivo sobre a coluna, mantendo o corpo engrupado; Durante o movimento os MI encontram-se estendidos e unidos, afastando-se após a passagem da bacia pela vertical dos ombros; Repulsão dos MS no solo, entre os MI e junto à bacia; Terminar com os MI afastados e em extensão e com os MS em elevação superior ou lateral. Erros mais frequentes Iniciar o movimento com os MI afastados e os MS ao longo do corpo Deficiente colocação e orientação das mãos Afastamento dos MI antes do tempo Fraca impulsão dos MI MI pouco afastados e flectidos Abertura do ângulo tronco/mi em tempo incorrecto Ajudas Ao nível dos ombros puxar o ginasta para a frente Ou ao nível dos nadegueiros, ajudando-o a levantar-se na parte final do movimento. Educação Física
23 Rolamento em frente saltado Aspectos técnicos Pequena corrida de balanço, chamada a pés juntos e impulsão dos MI; Após trajectória aérea, colocação das mãos à largura dos ombros; Olhar dirigido para a frente e para baixo; Flexão dos MS e colocação da nuca no solo; Enrolamento progressivo sobre a coluna, mantendo o corpo engrupado; Contacto da bacia com o solo e colocação dos pés junto à bacia; Projecção dos MS para a frente; Terminar na posição básica, com os MS em elevação superior ou lateral. Erros mais frequentes Chamada muito fraca, o voo torna-se demasiado curto e baixo MS muito baixos no momento da chamada, o que resulta numa posição de contacto com o solo errada (ângulo MS/tronco demasiado pequeno) MS não apoiam o solo à largura dos ombros, falta de controlo do movimento no início do rolamento Ajudas No momento do contacto com o solo, ajudar na colocação do queijo junto ao peito Mão no abdómen ajudando na rotação Educação Física
24 Rolamento à retaguarda engrupado Aspectos técnicos Flexão dos MI e fecho do tronco sobre eles; Desequilíbrio do tronco à retaguarda; Colocação do queixo junto ao peito, flexão da cabeça; Colocação das palmas das mãos no solo, ao lado da cabeça, com os dedos orientados para trás; Manutenção da posição engrupada na passagem da bacia pela vertical; Repulsão dos MS e apoio simultâneo dos pés no solo com os MI flectidos. Abertura do ângulo tronco/mi Terminar com os MI em extensão e MS em elevação Erros mais frequentes Executar o rolamento com as costas direitas Não colocar as mãos correctamente Ausência de repulsão dos MS Finalizar o rolamento com os joelhos no chão (falta de repulsão dos MS) Ajudas Uma mão na nuca, ajudando o ginasta a colocar o queixo junto ao peito A outra mão na parte posterior da coxa, para manter a posição de engrupado Educação Física
25 Rolamento à retaguarda Memb. Inf. estendidos e afastados Aspectos técnicos Flexão dos MI e fecho do tronco sobre eles; Desequilíbrio do tronco à retaguarda; Colocação do queixo junto ao peito, flexão da cabeça; Colocação das palmas das mãos no solo, ao lado da cabeça, com os dedos orientados para trás; Afastamento do MI após a passagem da bacia pela vertical; Repulsão dos MS e apoio simultâneo dos pés no solo com os MI afastados; Abertura do ângulo tronco/ MI Terminar com os MI afastados e em extensão e MS em elevação. Erros mais frequentes Executar o rolamento com as costas direitas Não colocar as mãos correctamente Ausência de repulsão dos MS Finalizar o rolamento com os joelhos no chão (falta de repulsão dos MS) Ajudas Uma mão na nuca, ajudando o ginasta a colocar o queixo junto ao peito A outra mão na parte posterior da coxa, para manter a posição de engrupado Educação Física
26 Roda lateral Aspectos técnicos Dar início ao movimento com um pé à frente do outro; Avanço de um dos MI e afundo lateral; Balanço enérgico do MI de trás que se encontra em extensão; Apoio alternado das mãos na linha do movimento; Impulsão da perna de chamada (perna da frente); MS e tronco alinhados na vertical dos apoios; Na trajectória aérea, os MI realizam o máximo afastamento possível e em extensão completa; No contacto ao solo o apoio dos pés é alternado na linha do movimento. Erros mais frequentes Colocação simultânea das mãos Não passar pela vertical Insuficiente afastamento dos MI, na passagem pela vertical Avançar os ombros, cabeça hiperextensa Falta de tonicidade Apoios dos MS fora do alinhamento do eixo de progressão Ajudas A mão mais próxima do ajudante coloca-se na anca mais próxima do que executa E a outra é depois colocada na outra anca, quando o que executa atinge a vertical. Deve-se sempre acompanhar o que executa até ao final do movimento. Educação Física
27 Apoio Facial Invertido (Pino) Aspectos técnicos Iniciar na posição de afundo frontal; Balanço do MI de trás em extensão e no prolongamento do tronco; Colocação das mãos à largura dos ombros, com dedos bem afastados e voltados para a frente; Olhar dirigido para as mãos (extensão da cabeça); Hiperextensão dos MS, segmentos corporais alinhados; Tonicidade geral do corpo com bacia em retroversão; Ligeiro avanço dos ombros; Flectir os MS, aproximar o queixo do peito, apoiar a nuca e executar o rolamento à frente engrupado; Terminar na posição básica com os MS em elevação superior ou lateral. Erros mais frequentes Ausência de tonicidade, arco excessivo selar Ombros pouco ou muito avançados Junção das pernas muito rápida MS não estão à largura dos ombros Não definição da posição invertida, ganhando velocidade e impossibilidade de dominar o rolamento à frente Executar com rapidez da flexão dos MS e não aproximação do queixo do peito Ajudas No AFI colocar um joelho entre as omoplatas, não deixando avançar os ombros e os MS seguram nos MI mantendo o corpo na vertical. Ou então, apenas nos MI. Educação Física
28 Rondada Aspectos técnicos Afundo Colocação das mãos na linha dos pés longe do MI de impulsão Colocação da 1ª mão numa posição natural e da 2ª mão em rotação interna Impulsão alternada dos MI Passagem por apoio facial invertido Impulsão simultânea dos MS Rotação da bacia para a recepção do movimento Fecho enérgico do ângulo MI /Tronco (corveta) Erros mais frequentes Colocação das mãos em posição incorrecta Não passar por apoio facial invertido Falta de impulsão dos MS Corveta pouco enérgica Ajudas A mão mais próxima do ajudante coloca-se na anca mais próxima do que executa E a outra é depois colocada na outra anca, quando o que executa atinge a vertical. Deve-se ajudar o ginasta a rodar o corpo para que complete os 180 graus de rotação sobre o eixo longitudinal do corpo. Educação Física
29 Salto de mãos Aspectos técnicos Corrida, pré-chamada (troca o passo), chamada Mãos apoiadas à largura dos ombros (longe do ultimo apoio do pé) Cabeça levantada e olhar dirigido para a frente dos apoios Boa impulsão de MS (para cima e para a frente) Forte lançamento do MI livre Forte impulsão do MI de apoio Junção dos MI só depois da passagem pela vertical Corpo flectido à retaguarda durante todo o voo Erros mais frequentes Apoio das mãos muito perto do ultimo apoio do pé Insuficiente força do MI livre Ombros avançados em relação aos apoios no momento de contacto de solo Fraca impulsão dos MS Flexão dos MS no momento de apoio das mãos no solo Flexão do corpo e cabeça após a passagem pela vertical Ajudas Uma mão na zona lombar/dorsal Outra mão na zona abdominal/peito O ajudante impulsiona o aluno aumentando-lhe a amplitude e velocidade do movimento Educação Física
30 Flick flack à retaguarda Aspectos técnicos Ligeira inclinação do corpo à retaguarda no momento do salto e da acção dos MS (procurar um pequeno desequilíbrio antes de saltar) Impulsão completa dos MI que permanecem em extensão durante todo o salto Elevar ligeiramente a cabeça Colocar a bacia para a frente na fase de voo (posição de retroversão que ajuda a selar o corpo) Procurar o solo com as mãos viradas para a frente e fazer a recepção sem flectir os MS Erros mais frequentes Iniciar o salto com os MI demasiado flectidos Iniciar o salto sem desequilíbrio para trás Velocidade insuficiente nos MS no lançamento Deixar avançar os ombros durante o apoio Virar a cabeça para o lado e olhar por cima do ombro Fazer muito cedo e /ou demasiada extensão da cabeça (à procura do solo) Flectir MS na chegada ao solo Ajudas Uma mão na zona lombar/dorsal Outra mão na parte posterior da coxa Educação Física
31 Mortal à frente engrupado Aspectos técnicos Chamada a pés juntos e com MS elevados acima da cabeça Forte impulsão dos MI Elevação do corpo mantendo o peito dentro Elevação da bacia iniciando o rolamento à frente e fechando o tronco sob os MI Abertura do ângulo tronco/mi no momento apropriado Contracção forte dos MI no momento da recepção ao solo. Erros mais frequentes Saltar encolhido para a frente baixando o tronco em demasia Não elevar a bacia à retaguarda após a chamada Saltar apenas na vertical, dificultando o inicio da rotação Flectir em demasia os MI no momento da recepção Ajudas Uma mão na zona abdominal Outra mão na zona da nuca Educação Física
32 Elementos de Ligação Salto de Gato Aspectos técnicos Impulsão alternada dos MI flectidos a 90º MS em elevação lateral Pés em flexão plantar Olhar dirigido em frente Recepção alternada dos MI, terminando na posição inicial Salto de Tesoura Aspectos técnicos Impulsão alternada dos MI em extensão Pés em flexão plantar MS em elevação lateral Olhar dirigido em frente Recepção alternada dos MI, terminando na posição inicial ½ Pirueta Aspectos técnicos Impulsão simultânea dos MI com os MS em extensão e elevação superior Olhar um ponto fixo; a cabeça é a última a iniciar a rotação e a última a terminar Rotação de 180º sobre o eixo longitudinal, mantendo o corpo estendido Recepção no solo com ligeira flexão dos MI. Educação Física
33 Elementos de Flexibilidade Ponte Aspectos técnicos Posição de deitado com os MI e os MS flectidos, planta dos pés e as palmas das mãos assentes no solo. Mãos debaixo dos ombros com os dedos voltados para trás; Pés o mais próximo possível das nádegas; Extensão completa dos MS acompanhada da extensão dos MI para cima e para trás; MS perpendiculares ao solo; MI unidos e estendidos; Queixo afastado do peito, com o olhar dirigido para as mãos. Ajudas Espargata lateral Aspectos técnicos Posição de sentado Grande amplitude de afastamento de MI Tronco virado na direcção de um dos MI MS elevados e estendidos à altura dos ombros Espargata frontal Aspectos técnicos Posição de sentado Grande amplitude de afastamento dos MI Tronco de frente MS elevados e estendidos à altura dos ombros Educação Física
34 Sapo Aspectos técnicos Posição de sentado Grande amplitude de afastamento dos MI Flexão do tronco à frente, procurando tocar com o peito no solo Fecho Aspectos técnicos Posição de sentado MI juntos e estendidos Flexão do tronco à frente, procurando tocar com o peito nas coxas Educação Física
35 Elementos de Equilibrio Avião Aspectos técnicos Posição básica com os MS em extensão e elevação superior; Extensão de um MI, mantendo o outro MI no chão (de apoio) em completa extensão; Inclinação do tronco e MS à frente mantendo a extensão dos MI até o tronco ficar paralelo ao solo. MS estendidos de lado ou à frente da cabeça; Cabeça levantada e olhar em frente. Vela Aspectos técnicos Elevação dos MI e da bacia à vertical Apoio sobre a coluna cervical (nuca) e ombros MS apoiados no solo com palmas das mão voltadas para baixo Manter os MI em extensão com pés a apontar para cima Recepção no solo com ligeira flexão das pernas. Educação Física
36 COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS COMPETÊNCIAS GERAIS Métodos de trabalho e de estudo - Participar em actividades e aprendizagens, individuais e colectivas, de acordo com regras estabelecidas. - Identificar, seleccionar e aplicar métodos de trabalho e de estudo. - Exprimir dúvidas ou dificuldades. - Analisar a adequação dos métodos de trabalho e de estudo, formulado opiniões, sugestões e propondo alterações. Tratamento de informação - Pesquisar, organizar, tratar e produzir informação em função das necessidades, problemas a resolver e dos contextos e situações. Comunicação - Utilizar diferentes formas de comunicação verbal, adequando a utilização do código linguístico aos contextos e às necessidades. - Resolver dificuldades ou enriquecer a comunicação através da comunicação não verbal com aplicação das técnicas e dos códigos apropriados. Estratégias cognitivas - Identificar elementos constitutivos das situações problemáticas. - Escolher e aplicar estratégias de resolução. - Explicitar, debater e relacionar a pertinência das soluções encontradas em relação aos problemas e às estratégias adoptadas. Educação Física
37 Relacionamento interpessoal e de grupo - Conhecer e actuar de acordo com as normas, regras e critérios de actuação pertinente, de convivência, trabalho, de responsabilização e sentido ético das acções definidas pela comunidade escolar nos seus vários contextos, a começar pela sala de aula. COMPETÊNCIAS ESPECIFICAS Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas. Conhecer e aplicar diversos processos de elevação e manutenção da Condição Física de uma forma autónoma no seu quotidiano. Conhecer e interpretar factores de saúde e risco associados à prática das actividades físicas e aplicar regras de higiene e de segurança. Participar activamente em todas as situações e procurar o êxito pessoal e do grupo: -Relacionando-se com cordialidade e respeito pelos seus companheiros, quer no papel de parceiros quer no de adversários; -Aceitando o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio, bem como as opções do(s) outro(s) e as dificuldades reveladas por eles; -Cooperando nas situações de aprendizagem e de organização, escolhendo as acções favoráveis ao êxito, segurança e bom ambiente relacional, na actividade da turma; -Interessando-se e apoiando os esforços dos seus companheiros com oportunidade, promovendo a entreajuda para favorecer o aperfeiçoamento e satisfação própria e do(s) outro(s); -Apresentando iniciativas e propostas pessoais de desenvolvimento de actividade individual e do grupo, considerando também as que são apresentadas pelos companheiros com interesse e objectividade; e Educação Física
38 -Assumindo compromissos e responsabilidades de organização e preparação das actividades individuais e/ou de grupo, cumprindo com empenho e brio as tarefas inerentes. Analisar e interpretar a realização das actividades físicas seleccionadas, aplicando os conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, etc. Interpretar crítica e correctamente os acontecimentos na esfera da Cultura Física, compreendendo as actividades físicas e as condições da sua prática e aperfeiçoamento como elementos de elevação cultural dos participantes e da comunidade em geral. Identificar e interpretar os fenómenos da industrialização, urbanismo e poluição como factores limitativos da Aptidão Física das populações e das possibilidades de prática das modalidades da Cultura Física. Educação Física
39 OBJECTIVOS PROGRAMÁTICOS Finalidades Melhorar a condição física de modo harmonioso e adequado ao desenvolvimento dos alunos, numa perspectiva de qualidade de vida, saúde e bem-estar; Aquisição por parte dos alunos de hábitos desportivos; Desenvolver no aluno um conjunto de valores relacionados com a ética desportiva, a iniciativa e responsabilidade pessoal, a cooperação, a solidariedade, a higiene, a segurança pessoal e colectiva; Aquisição por parte dos alunos das matérias relativas às actividades físicas desportivas de exploração da natureza científica. Objectivos Gerais Objectivos Gerais Comuns a Todas as Áreas Elevar os níveis funcionais das capacidades condicionais e coordenativas gerais; Adquirir métodos de aplicação para elevar e manter a condição física de uma forma autónoma; Promover e aprofundar a interacção entre todos os elementos da turma; Adquirir, analisar e aplicar os conhecimentos técnico-tácticos de organização e participação nas actividades físicas seleccionadas. Educação Física
40 Objectivos Gerais para a Ginástica de Solo Cooperar com os companheiros nas ajudas, analisar o seu desempenho e o dos colegas, dando sugestões que permitam a melhoria das suas prestações e garantam condições de segurança, e colaborar activamente na preparação, arrumação e preservação do material. Objectivo Central Pretende-se melhorar a condição física dos alunos, potenciar as suas capacidades físicas, implementando ainda o gosto pela actividade física em horário escolar e extra escolar. OBJECTIVOS de DESENVOLVIMENTO Os objectivos definidos para a Ginástica de Solo a abordar no 7º ano de escolaridade, de acordo com o Programa de Educação Física Plano de Organização do Ensino Aprendizagem, e aos quais pretendemos dar ênfase são: O aluno: Coopera com os companheiros nas ajudas e correcções que favoreçam a melhoria das suas prestações, garantindo condições de segurança pessoal e dos companheiros, e colabora na preparação, arrumação e preservação do material; Elabora, realiza e aprecia uma sequência de exercícios no solo (em colchões), que combine com fluidez destrezas gímnicas, de acordo com as exigências técnicas indicadas, designadamente: Cambalhota à frente, terminando em equilíbrio com as pernas estendias, afastadas ou unidas, com apoio das mãos no solo, respectivamente entre e por fora das coxas, e junto da bacia, mantendo a mesma direcção do ponto de partida; Cambalhota à frente saltada, após alguns passos de corrida e chamada a pés juntos, terminando em equilíbrio e com os braços em elevação anterior; Educação Física
41 Cambalhota à retaguarda com repulsão dos braços na fase final, terminando em equilíbrio, com as pernas unidas e estendidas, na direcção do ponto de partida; Pino de braços com alinhamento e extensão dos segmentos do corpo (definindo a posição), terminando em cambalhota à frente com braços em elevação anterior e em equilíbrio; Roda, com marcada extensão dos segmentos corporais e saída em equilíbrio, com braços em elevação lateral oblíqua superior, na direcção do ponto de partida; Avião, com o tronco paralelo ao solo e com membros inferiores em extensão, mantendo o equilíbrio; Posições de flexibilidade à sua escolha, com acentuada amplitude (ponte, espargata frontal e lateral, rã, etc.); Saltos, voltas e afundos em várias direcções, utilizados como elementos de ligação, contribuindo para a fuidez e harmonia da sequência. Em situação de exercício, faz: Rodada, com a chamada e ritmo dos apoios correctos, impulsão de braços e fecho rápido dos m.i. em relação ao tronco (ao mesmo tempo que eleva o tronco, a cabeça e os braços), para recepção a pés juntos sem desequilíbrios laterais, com braços em elevação superior; Cambalhota à retaguarda com passagem por pino, com repulsão enérgica dos MS e abertura simultânea dos MI. em relação ao tronco, aproximando-se do alinhamento dos segmentos e terminando a uma ou duas pernas. Educação Física
42 ESTRATÉGIAS DE ENSINO Estratégias Gerais Consistem nas opções tomadas relativamente à coerência da sequência dos conteúdos a transmitir aos alunos. Dentro desta óptica, a aprendizagem será sempre proposta do simples para o complexo. Seguindo esta linha, serão leccionados os conteúdos da Ginástica abordando inicialmente situações de dinâmica simples, passando por uma série de progressões no sentido de aproximar da situação real da modalidade. As aulas relativas à avaliação diagnóstica e prognóstica da modalidade de Ginástica, terão como objectivo, avaliar o nível da turma em relação aos vários elementos gímnicos considerados como básicos e fundamentais. Para abordar esta U.D., utilizaremos exercícios mais simples que poderão passar por situações simplificadas dos vários elementos ou pela execução individual dos mesmos. O que se passa é que normalmente são exercícios muito analíticos e monótonos, daí que se recorra à utilização das sequências, uma vez que estas tornamse mais motivadoras para os alunos. Para garantir a máxima segurança dos alunos, todas a as aulas devem decorrer sob o controlo do professor, (dando ao aluno autonomia suficiente para poder trabalhar com várias estações, mas não completa, de modo a que a ordem seja mantida), devendo este interagir com todos os alunos, dedicando especial atenção aqueles com nível de habilidades inferior, ajudando-os no cumprimento das suas tarefas, e por isso na concretização dos objectivos. Para explicação dos gestos técnicos utilizaremos a demonstração pelo professor ou pelos alunos, a prelecção e a utilização de esquemas gráficos, com referência às componentes críticas. Estas são estratégias e orientações gerais, contudo cada professor será livre para organizar a sequência de conteúdos a abordar, de acordo com o número de aulas e com as características dos seus alunos. Educação Física
43 AVALIAÇÃO O sucesso do processo de ensino-aprendizagem é representado pelo domínio do conjunto das capacidades e competências, que se encontram especificadas nos objectivos (gerais e comportamentais). O desenvolvimento do aluno na modalidade a que a Unidade Didáctica se refere, corresponde à qualidade demonstrada na interpretação prática dessas capacidades e competências nas situações características ou exercícios critério (avaliação sumativa), bem como na assimilação dos exercícios de aprendizagem que decorrem nas aulas (avaliação formativa). A avaliação recai necessariamente sobre comportamentos concretos que se reportam à consecução dos objectivos estabelecidos, que por sua vez foram perseguidos, com o ensino realizado. É necessário que o processo de Planificação- Realização-Avaliação seja unitário. A congruência da avaliação materializa-se no que vai ser exigido aos alunos. Deve centrar-se, por isso, no que se definiu como essencial e que foi alvo de um processo de apropriação. Os critérios e parâmetros de avaliação, foram definidas pelo Departamento e serão aplicados pelo professor, no sentido de classificar o aluno em função do seu desempenho nas situações de prova seleccionadas para a demonstração das qualidades visadas. Estas provas ou exercícios critério têm por base os utilizados na Avaliação Inicial, permitindo aferir eventuais progressos dos alunos após a leccionação da Unidade Didáctica. Estes exercícios deverão ser adaptados às especificidades de cada turma, mediante o seu ano e/ou os objectivos seleccionados. Avaliação Sumativa Este tipo de avaliação tem como principal objectivo o balanço final da Unidade Didáctica. É após a realização desta avaliação que o professor analisa se os objectivos inicialmente propostos foram, ou não, cumpridos. É também um ponto de partida para a aquisição de um maior desempenho do professor, na medida em que se este fizer uma reflexão crítica, poderá ver o que de melhor ou pior se verificou no processo ensino-aprendizagem. Educação Física
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