Derivativos - MFEE Monitoria do dia 30/11/2009 Monitor: Rafael Ferreira

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Derivativos - MFEE Monitoria do dia 30/11/2009 Monitor: Rafael Ferreira"

Transcrição

1 Derivativos - MFEE Monitoria do dia 30//009 Monitor: Rafael Ferreira Questão Suponha que a lei de movimento de uma ação siga o movimento geométrico browniano: ds t = µs t dt + σs t dw t Você irá apreçar um call europeia, que paga: { ST K, se S fs T, T = T > K 0, c.c. Para tanto, siga os seguintes passos: a Derive o processo estocástico para a função fs t, T. Você terá que usar o lema de Itô. b Construa um portfólio livre de risco você terá que eliminar a parte do movimento browniano. c Derive como esse portfólio irá evoluir ao longo do tempo. d Use um argumento de não-arbitragem para dizer o quanto esse portfólio deve render. e Construa a equação diferencial parcial do derivativo. f Na lei de movimento da ação, troque µ por r taxa livre de risco. Agora, você está no mundo neutro ao risco. Calcule S T, i.e., a solução da seguinte equação diferencial estocástica: ds t = rs t dt + σs t dw t g Seja fs T, T como explicitado acima. Calcule o preço da call, i.e., calcule e rt t E [fs T, T ], a esperança num mundo neutro ao risco. Dê a sua resposta em termos de uma normal padrão: Será útil usar: Φd = PrX d = d exp { π x d = ln S t ln K + r + σ /T t σ T t d = d σ T t

2 Seja S o preço da ação, que segue um movimento browniano geométrico ds = µsst + σsdw Resolvendo essa equação para S T, temos que: ln S T = ln S t + µ σ T t + σw T W t De onde segue que: S T = S t exp {µ σ T t + σw T W t 3 Esse resultado nos será útil mais a frente. Seja f o preço do derivativo. Pelo lema de Itô, segue que: df = µsdt + t + f S σ dt + Sσdw 4 Seja Π o valor do portfólio formado pela venda de uma unidade do derivativo, e pela compra de unidades da ação. Logo, segue que: Π = f + S dπ = df + ds 5 Substituindo as equações e 4 na equação 5, temos: dπ = µsdt + t + f S σ dt Sσdw + µsst + σsdw que resulta em: dπ = t dt + f S σ dt Esse portfólio é livre de risco, para um período infinitesimal de tempo. Logo, por não-arbitragem, deve render o mesmo que um título livre de risco, isto é: dπ = t dt f S σ dt = rπdt = rf + rs O que nos leva, então, à equação diferencial parcial de Black-Scholes-Merton: t dt + f S σ dt rf + rs = 0 6 É possível resolver essa equação recorrendo à fórmula de Feynman-Kac, usando a condição terminal, para t = T, fs T, T = max{s T K, 0. No entanto, podemos recorrer a um argumento mais simples. Note que nada na equação 6 depende de parâmetros ligados às preferências em relação ao risco. Logo, a

3 solução da equação também não dependerá, o que significa dizer que podemos resolvê-la como se estivéssemos em um mundo neutro ao risco, o que facilita o nosso trabalho. Portanto, se estamos em um mundo neutro ao risco, a equação 3 se torna: S T = S t exp {r σ T t + σwt Wt 7 Em que substituímos µ por r, já que num mundo neutro ao risco os agentes não exigem um retorno maior para tomarem mais risco; e W agora é expresso na medida neutra ao risco. Sabemos que num mundo neutro ao risco, o preço do nosso derivativo será o valor presente do valor esperado pela probabilidade neutra ao risco dos payoffs do ativo. Logo, se denotamos por fs t, t esse preço na data t e por E o valor esperado pela probabilidade neutra ao risco, em t = T temos: {, se ST > K fs T, T = max{s T K, 0 = S T K {ST >K = 0, c.c. em que {ST >K é a função indicadora, que assume o valor se S T > K, e o valor 0 caso contrário. Logo, temos: fs t, t = e rt t E [S T K {ST >K] = e rt t { E [S T {ST >K] E [K {ST >K] Recorrendo à equação 7, temos: = e rt t { Segue, pois, que: fs t, t = e rt t E {[S t e E [S t e r σ r σ ] T t+σw T W t K ] T t+σw T W t {ST >K {{ A {ST >K E [ K {ST >K {{ B ] fs t, t = e rt t [A B] 8 Dividimos o valor esperado em A e B para facilitar o cálculo. Para calcular esse valor esperado, note que: S T > K S t exp {r σ T t + σwt Wt > K W T W t > ln K ln S t r σ / T t T t σ = d T t Logo, se x N0,, temos W T W t = x T t N0, T t. Portanto, usando esse resultado vamos calcular os valores de A e de B, que nos permitirão 3

4 obter o valor esperado pela a probabilidade neutra ao risco do payoff da opção: A = d S t e r σ = S t e rt t d T t+xσ T t π e x dx π e [x xσ T t+σ T t] dx 9 Da expressão 9, note que x xσ T t+σ T t = x σ T t. Logo, temos que: A = S t e rt t d π e x σ T t dx Realizando uma mudança de variável, considere Y = X σ T t. Logo, o limite de integração inferior se torna d σ T t = d, e chegamos a: A = S t e rt t d π e y dx = St e rt t Φd 0 em que Φ corresponde à função de distribuição acumulada da normal-padrão. Vamos, agora, calcular o valor de B: B = KE [ ] {ST >K = K d e x dx = KΦd π Combinando os resultados 0 e à equação 8, temos o resultado desejado: fs t, t = S t Φd Ke rt t Φd Na monitoria, o erro que cometemos foi usar a simetria da variável normal-padrão antes de realizar a mudança de variável. Esta versão do exercício corrige esse erro. 4

5 Questão.8, Hull 5th ed. A stock price follows a geometric Brownian motion with an expected return of 6% and a volatility of 35%. The current price is $38. a What is the probability that a European call option on the stock with an exercise price of $40 and a maturity date in six months will be exercised? b What is the probability that a European put option on the stock with the same exercise price and maturity will be exercised? Se o preço da ação segue um movimento Browniano geométrico, temos: Da questão anterior, vimos que: ln S N ds = µsdt + σsdw µ σ T, σ T Queremos inicialmente encontrar a probabilidade de que a call europeia seja exercida. Ora, isso ocorrerá apenas se S T > K. Como ln é uma função estritamente crescente, temos: PrS T > K = Prln S T > ln K = Pr Z > ln K [ln S 0 + µ σ /T ] σ T em que Z N0,. Para K = 40, T = 0, 5, µ = 0, 6, S 0 = 38 e σ = 0, 35, temos: PrS T > K = Pr Z > ln 40 ln 38 [0, 6 + 0, 35 /] 0, 5 0, 35 0, 5 = PrZ > 0, 008 = Φ0, 008 = 0, 503 = 0, 4968 Logo, a probabilidade de que a call seja executada é de 49, 68%. A probabilidade de que a put europeia seja exercida é dada por: PrS T < K = PrS T > K = 0, 503 = 50, 3% 5

6 Questão 3., Hull 5th ed. Assume that a non-dividend-paying stock has an expected return of µ and a volatility of σ. An innovative financial institution has just announced that it will trade a security that pays off a dollar amount equal to ln S T at time T, where S T denotes the value of the stock price at time T. a Use risk-neutral valuation to calculate the price of the security at time t in terms of the stock price, S, at time t. b Confirm that your price satisfies the differential equation above: t + rs + σ S f = rf Como vimos na questão anterior, na data t o valor esperado de ln S T é dado por: E[ln S T ] = ln S + µ σ T t No mundo neutro ao risco, temos então: E[ln S T ] = ln S + r σ T t Usando o método de apreçamento neutro ao risco, o valor do ativo será dado por: ] f = e [ln rt t S + r σ T t Vamos, então, checar se esta fórmula satisfaz a equação de Black-Scholes. Note que: = e rt t S f e rt t = S r = t re rt [ ln S + r σ T t ] e r rt t σ Substituindo as equações acima nos termos correspondentes do lado esquerdo da equação, temos: ] e [r rt t ln S + r r σ T t r σ + r σ ] = r e [ln rt t S + r σ T t {{ f = rf Portanto, a equação de Black-Scholes é satisfeita. 6

Derivativos - MFEE Monitoria do dia 23/11/2009 Monitor: Rafael Ferreira

Derivativos - MFEE Monitoria do dia 23/11/2009 Monitor: Rafael Ferreira Derivativos - MFEE Monitoria do dia 3/11/009 Monitor: Rafael Ferreira Questão 1 11.3, Hull 5th ed. A company s cash position in millions of dollars follows a generalized Weiner process with a drift rate

Leia mais

Lista 2 - Derivativos (MFEE) Prof. Alexandre Lowenkron Monitor: Rafael Ferreira

Lista 2 - Derivativos (MFEE) Prof. Alexandre Lowenkron Monitor: Rafael Ferreira Lista - Derivativos (MFEE) Prof. Alexandre Lowenkron Monitor: Rafael Ferreira Questão 1 Um Banco possui a seguinte carteira de opções sobre o ativo X: Posição Delta Gama Vega Call 1000 0, 5 3 1, 9 Put

Leia mais

A Matemática e as Finanças da Matemática Financeira

A Matemática e as Finanças da Matemática Financeira A Matemática e as Finanças da Matemática Financeira 1 1 Departamento de Matemática Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra Centro de Matemática da Universidade de Coimbra O que é a Matemática

Leia mais

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV Derivativos Parte 5: Apreçamento de Opções: método binomial Derivativos - Alexandre Lowenkron Pág. Fundamentos de apreçamento: vetor de preços de

Leia mais

Derivativos - MFEE Monitoria do dia 26/10/ Monitor: Rafael Ferreira

Derivativos - MFEE Monitoria do dia 26/10/ Monitor: Rafael Ferreira Derivativos - MFEE Monitoria do dia 26/10/2009 1 Monitor: Rafael Ferreira Questão 1 (3.5, Hull 5th ed.) Explain carefully why the futures price of gold can be calculated from its spot price and other observable

Leia mais

4. Modelos Básicos Utilizados na Avaliação de Opções Reais

4. Modelos Básicos Utilizados na Avaliação de Opções Reais 4. Modelos Básicos Utilizados na Avaliação de Opções Reais 4. Modelos Básicos Utilizados na Avaliação de Opções Reais Os métodos de avaliação de opções reais devem ter, em primeiro lugar, a capacidade

Leia mais

Monitoria do dia 06/11/ Derivativos (MFEE) Prof. Alexandre Lowenkron Monitor: Rafael Ferreira. Gabarito da Lista 1

Monitoria do dia 06/11/ Derivativos (MFEE) Prof. Alexandre Lowenkron Monitor: Rafael Ferreira. Gabarito da Lista 1 Monitoria do dia 06/11/2009 - Derivativos (MFEE) Prof. Alexandre Lowenkron Monitor: Rafael Ferreira Gabarito da Lista 1 Questão 1 (5.38, Hull 5th ed.) A portfolio manager plans to use a Treasury bond futures

Leia mais

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA APLICADA. O Mercado de Derivativos e o Modelo de Heston. Gabriel Mesquita

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA APLICADA. O Mercado de Derivativos e o Modelo de Heston. Gabriel Mesquita FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE MATEMÁTICA APLICADA CURSO DE GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA APLICADA O Mercado de Derivativos e o Modelo de Heston por Gabriel Mesquita Rio de Janeiro 2016 FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

Leia mais

Revista Brasileira de Finanças ISSN: Sociedade Brasileira de Finanças Brasil

Revista Brasileira de Finanças ISSN: Sociedade Brasileira de Finanças Brasil Revista Brasileira de Finanças ISSN: 1679-0731 rbfin@fgv.br Sociedade Brasileira de Finanças Brasil Marinho Junior, José Ferreira; Rincon, Mauro Antonio Aplicaçã o das Opções Compostas na Avaliação da

Leia mais

OPÇÕES FINANCEIRAS - Exame (resolução)

OPÇÕES FINANCEIRAS - Exame (resolução) OPÇÕES FINANCEIRAS - Exame (resolução) 18/4/25 1. (a) Integrando ambos os membros entre [,t]: X t = t + Z t W 2 s dw s. Aplicando valores esperados a ambos os membros, E (X t F )=t, visto que R t W 2 s

Leia mais

1 C alculo Estoc astico

1 C alculo Estoc astico Cálculo Estocástico 1 1 Cálculo Estocástico Bibliografia: 1 Cálculo Estocástico Bibliografia: Mikosch, Thomas; 1 Cálculo Estocástico Bibliografia: Mikosch, Thomas; Elementary Sthocastic Calculus, with

Leia mais

Apreçamento de Opções

Apreçamento de Opções Apreçamento de Opções Introdução ao Mercado de Opções Aula 29 Instituto Educacional BM&FBOVESPA Prof. Paulo Lamosa Berger 06/06/2016 Confidencial Restrita Confidencial x Uso Interno Público 1 Índice Black-Scholes

Leia mais

Formas da Equação de Black-Scholes

Formas da Equação de Black-Scholes Capítulo 1 Formas da Equação de Black-Scholes No essencial a equação de Black-Scholes apresenta-se sob a forma V t +1 2 σ2 2 V S 2 +rs V S rv =0 (1.1) ondev =V(S,t)éumafunçãodefinidaem(0,+ ) [0,+ )querepresenta

Leia mais

IND Análise de Investimentos com Opções Reais

IND Análise de Investimentos com Opções Reais IND 2072 - Análise de Investimentos com Opções Reais PROVA 1 o Semestre de 2006-11/07/2006 Parte I: Demonstração (5 pontos). Seja V o valor do projeto que segue um movimento geométrico Browniano. V tem

Leia mais

Exercício Programa - MAP2310. Prof. Pedro Peixoto. Entrega 28/09/14

Exercício Programa - MAP2310. Prof. Pedro Peixoto. Entrega 28/09/14 Precificação de Opções no Mercado Financeiro Exercício Programa - MAP2310 Prof. Pedro Peixoto Entrega 28/09/14 1 Precificação de Opções Uma opção é um contrato que dá o direito, mas não a obrigação, a

Leia mais

Precificação de Opções

Precificação de Opções Um modelo em tempo-discreto Arthur Mendes Alves Instituto de Matemática, Estatística e Física Universidade Federal do Rio Grande 15 de dezembro de 2014 Sumário 1 Introdução Opções Arbitragem 2 Processos

Leia mais

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos. Parte 9: Gregas e Delta Hedging

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos. Parte 9: Gregas e Delta Hedging Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV Derivativos Parte 9: Gregas e Delta Hedging Derivativos - Alexandre Lowenkron Pág. 1 Fórmula de Black-Scholes Fórmula de Black-Scholes da Call Européia

Leia mais

Opções Reais. Modelagem do Ativo Básico. Processos Estocásticos. Modelando Incerteza. Processos Estocásticos. IAG PUC-Rio

Opções Reais. Modelagem do Ativo Básico. Processos Estocásticos. Modelando Incerteza. Processos Estocásticos. IAG PUC-Rio Opções Reais Modelagem do Ativo Básico Prof. Luiz Brandão brandao@iag.puc-rio.br IAG PUC-Rio Processos Estocásticos Modelando Incerteza Processos Estocásticos A incerteza em um projeto pode ter mais do

Leia mais

Distribuição Normal. Prof. Eduardo Bezerra. (CEFET/RJ) - BCC - Inferência Estatística. 25 de agosto de 2017

Distribuição Normal. Prof. Eduardo Bezerra. (CEFET/RJ) - BCC - Inferência Estatística. 25 de agosto de 2017 padrão - padronização Distribuição Normal Prof. Eduardo Bezerra (CEFET/RJ) - BCC - Inferência Estatística 25 de agosto de 2017 Eduardo Bezerra (CEFET/RJ) Distribuição Normal Março/2017 1 / 32 Roteiro Distribuições

Leia mais

Métodos Matemáticos em Finanças I

Métodos Matemáticos em Finanças I Métodos Matemáticos em Finanças I Jorge P. Zubelli IMPA 5 de Setembro de 2017 MMF I c Zubelli (IMPA) 09.2017 1 / 93 Comportamento Estocástico dos Mercados Exemplo Figura: Dados do IBOVESPA MMF I c Zubelli

Leia mais

Good Deal Bounds e o caso das opções EuroStoxx50

Good Deal Bounds e o caso das opções EuroStoxx50 Good Deal Bounds e o caso das opções EuroStoxx50 André Ribeiro Carlos Pinto Mestrado em Matemática Financeira Factor de Desconto Estocástico Os indíviduos, valorizam mais o consumo presente que o futuro.

Leia mais

3 Definições. 3.1 Processos Estocásticos e Processo de Wiener

3 Definições. 3.1 Processos Estocásticos e Processo de Wiener 25 3 Definições 3.1 Processos Estocásticos e Processo de Wiener Um processo estocástico corresponde a uma variável que evolui no decorrer do tempo de forma incerta ou aleatória. O preço de uma ação negociada

Leia mais

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos. Parte 9: Gregas e Delta Hedging

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos. Parte 9: Gregas e Delta Hedging Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV Derivativos Parte 9: Gregas e Delta Hedging Derivativos - Alexandre Lowenkron Pág. 1 Fórmula de Black-Scholes Fórmula de Black-Scholes da Call Européia

Leia mais

Cálculo da Superfície de Volatilidade Implícita via Método de Kahalé.

Cálculo da Superfície de Volatilidade Implícita via Método de Kahalé. Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada Cálculo da Superfície de Volatilidade Implícita via Método de Kahalé. Autor: Carlos Humberto de Oliveira Martins Orientador: Dr. Jorge P. Zubelli Co-Orientador:

Leia mais

O movimento Browniano

O movimento Browniano O movimento Browniano R. Vilela Mendes http://label2.ist.utl.pt/vilela/ March 2010 () March 2010 1 / 35 Sumário O movimento Browniano Propriedade Markoviana Probabilidade de transição. Medida de Wiener

Leia mais

g(s, X n s )ds + t f (s, X s ) 2 ds <, P-q.s. t f (s, X s )db s, t 0.

g(s, X n s )ds + t f (s, X s ) 2 ds <, P-q.s. t f (s, X s )db s, t 0. CHAPTER 3. INTEGRAIS ESTOCÁSTICOS 88 2. Quais são as propriedades destas soluções? 3. Como podemos resolver uma dada equação? O método usual para provar a existência de uma solução da equação diferencial

Leia mais

Matemática e Finanças: O homem que calculava e negociava

Matemática e Finanças: O homem que calculava e negociava Matemática e Finanças: O homem que calculava e negociava Max O. Souza & Jorge P. Zubelli 9 de novembro de 2006 Outline Precificação via arbitragem 1 Precificação via arbitragem 2 O modelo básico Análise

Leia mais

IND Análise de Investimentos com Opções Reais

IND Análise de Investimentos com Opções Reais IND 2072 - Análise de Investimentos com Opções Reais PROA P1 1 o Semestre de 2007-10/05/2007 OBS: 1) A prova é SEM CONSULTA. A nota da prova é = mínimo{10; pontuação da P1} 2) Múltipla escolha: responder

Leia mais

Funções Geradoras de Variáveis Aleatórias. Simulação Discreta de Sistemas - Prof. Paulo Freitas - UFSC/CTC/INE

Funções Geradoras de Variáveis Aleatórias. Simulação Discreta de Sistemas - Prof. Paulo Freitas - UFSC/CTC/INE Funções Geradoras de Variáveis Aleatórias 1 Funções Geradoras de Variáveis Aleatórias Nos programas de simulação existe um GNA e inúmeras outras funções matemáticas descritas como Funções Geradoras de

Leia mais

BIE Ecologia de Populações

BIE Ecologia de Populações - Ecologia de Populações Roberto André Kraenkel http://www.ift.unesp.br/users/kraenkel Apontamentos de Cálculo e Integral Parte III Sumário 1 Sumário 1 2 Sumário 1 2 3 Sumário 1 2 3 4 Sumário 1 2 3 4 5

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA CURSO DE MESTRADO EM ECONOMIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA CURSO DE MESTRADO EM ECONOMIA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA CURSO DE MESTRADO EM ECONOMIA FÁBIO LÚCIO RODRIGUES IMPLEMENTAÇÃO DE MÉTODOS NUMÉRICOS PARA PRECIFICAÇÃO

Leia mais

Equilíbrio, Arbitragem e Mercados Completos

Equilíbrio, Arbitragem e Mercados Completos Equilíbrio, Arbitragem e Mercados Completos, D. Sc. jvalent@terra.com.br 1 Conteúdo da Aula Equilíbrio. Estrutura dos mercados - Mercados completos. Arbitragem. Probabilidades neutras ao risco. Teorema

Leia mais

Derivativos - MFEE Monitoria do dia 20/10/ Monitor: Rafael Ferreira

Derivativos - MFEE Monitoria do dia 20/10/ Monitor: Rafael Ferreira Derivativos - MFEE Monitoria do dia 20/10/2009 1 Monitor: Rafael Ferreira Questão 1 (4.1, Hull 4th ed.) As taxas de juros à vista (zero rates) com capitalização contínua são as seguintes: Vencimento (anos)

Leia mais

O preço de uma opção de compra segundo a teoria de Black, Scholes e Merton

O preço de uma opção de compra segundo a teoria de Black, Scholes e Merton O preço de uma opção de compra segundo a teoria de Black, Scholes e Merton Há opções de compra e de venda, do tipo europeu e do tipo americano. As do tipo americano podem ser exercidas a qualquer momento,

Leia mais

Continuidade de processos gaussianos

Continuidade de processos gaussianos Continuidade de processos gaussianos Roberto Imbuzeiro Oliveira April, 008 Abstract 1 Intrudução Suponha que T é um certo conjunto de índices e c : T T R é uma função dada. Pergunta 1. Existe uma coleção

Leia mais

ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais.

ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. Segunda Prova (P2) 12/12/2006 OBS: 1) A prova é SEM CONSULTA. A nota da prova é = mínimo{10; pontuação

Leia mais

Apreçamento de Opções sobre Futuro de Depósitos Inter-financeiros de um Dia

Apreçamento de Opções sobre Futuro de Depósitos Inter-financeiros de um Dia Luciano Molter de Pinho Grosso Apreçamento de Opções sobre Futuro de Depósitos Inter-financeiros de um Dia Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título

Leia mais

ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais.

ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. Segunda Prova Extra (P2 de segunda chamada) 18/12/2006 OBS: 1) A prova é SEM CONSULTA. A nota da

Leia mais

2 Referencial teórico

2 Referencial teórico 2 Referencial teórico 2.1 Conceitos sobre investimentos produtivos As empresas investem em projetos buscando maximizar os seus valores. Os investimentos em capacidade produtiva possuem três características

Leia mais

8 Análise utilizando a teoria das opções reais

8 Análise utilizando a teoria das opções reais 8 Análise utilizando a teoria das opções reais Uma opção é um derivativo (aquele cujo fluxo de caixa depende funcionalmente de um outro ativo, chamado de ativo base) escrito sobre um ativo base. Quando

Leia mais

Lista de Exercícios 2. Exercício 1*: Considere as informações sobre um projeto de minério contidas na tabela abaixo.

Lista de Exercícios 2. Exercício 1*: Considere as informações sobre um projeto de minério contidas na tabela abaixo. FGV-MFEE Prof. Edson Gonçalves Avaliação de Empresas Monitor: Diogo Saraiva Lista de Exercícios 2 Os exercícios marcados com * deverão ser entregues e terão participação na nota final. Exercício 1*: Considere

Leia mais

OPÇÕES FINANCEIRAS - Exame (resolução)

OPÇÕES FINANCEIRAS - Exame (resolução) OPÇÕES FINANCEIRAS - Exame (resolução) 1/0/006 1. (a) Aplicando o lema de Itô ao processo obtém-se: y (t) :=exp( bt) X (t), (1) dy (t) = be bt X (t) dt + e bt {[a + bx (t)] dt + W (t) dw (t)} = ae bt dt

Leia mais

ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais.

ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. Segunda Prova (P2) 11/12/2007 OBS: 1) A prova é SEM CONSULTA. A nota da prova é = mínimo{10; pontuação

Leia mais

ESTIMAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO NEUTRA AO RISCO A PARTIR DE DADOS DE MERCADO

ESTIMAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO NEUTRA AO RISCO A PARTIR DE DADOS DE MERCADO 29/06/2016 ESTIMAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO NEUTRA AO RISCO A PARTIR DE DADOS DE MERCADO Rodrigo de Carvalho Amatruda Haddad Caleiro ESTIMAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO NEUTRA AO RISCO A PARTIR DE DADOS DE MERCADO Aluno(s):

Leia mais

Parar ou continuar: eis a questão!

Parar ou continuar: eis a questão! Cláudia Nunes CEMAT, Técnico Lisboa, Universidade de Lisboa 21 Novembro 2018, IST 1 2 3 4 5 Exemplos QA O nosso objectivo é decidir quando se deve tomar uma decisão, de forma a maximizar o lucro, i.e.,

Leia mais

Optimização Financeira (Estimação da Função de Densidade de Probabilidade de Risco Neutro para Preços de Opções)

Optimização Financeira (Estimação da Função de Densidade de Probabilidade de Risco Neutro para Preços de Opções) Optimização Financeira (Estimação da Função de Densidade de Probabilidade de Risco Neutro para Preços de Opções) Ana Margarida Monteiro (Univ. Coimbra) Reha H. Tütüncü (Carnegie Mellon Univ.) Luís Nunes

Leia mais

Opções Reais: Uma alternativa para avaliação de investimentos em condições de risco

Opções Reais: Uma alternativa para avaliação de investimentos em condições de risco www.iem.efei.br/edson Opções Reais: Uma alternativa para avaliação de investimentos em condições de risco Prof. Edson de Oliveira Pamplona http://www.iem.efei.br/edson 2005 Por quê Opções Reais? Por quê

Leia mais

30 de Junho de PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES FINANCEIRAS VIA TRANSFORMADA DE ESSCHER NÃO- PARAMÉTRICA Pedro Henrique Cunningham Amorim

30 de Junho de PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES FINANCEIRAS VIA TRANSFORMADA DE ESSCHER NÃO- PARAMÉTRICA Pedro Henrique Cunningham Amorim 30 de Junho de 2013 PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES FINANCEIRAS VIA TRANSFORMADA DE ESSCHER NÃO- PARAMÉTRICA Pedro Henrique Cunningham Amorim PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES FINANCEIRAS VIA TRANSFORMADA DE ESSCHER NÃO-

Leia mais

Introdução à analise estocástica e aplicações

Introdução à analise estocástica e aplicações Introdução à analise estocástica e aplicações Soluções dos exercícios March 4, 2010 () March 4, 2010 1 / 13 mas p (E1 \ E2 \ E3) = 0 6= p (E1) p (E2) p (E3) = 1 8 () March 4, 2010 2 / 13 1 - Numa caixa

Leia mais

4 Processos Estocásticos e Simulação de Monte Carlo

4 Processos Estocásticos e Simulação de Monte Carlo 33 4 Processos Estocásticos e Simulação de Monte Carlo O processo estocástico faz a descrição de uma variável com comportamento ao menos em parte de maneira aleatória através do tempo, onde se assume valores

Leia mais

6.1 Características da Opção sobre Futuro de Depósitos Financeiros de 1 dia

6.1 Características da Opção sobre Futuro de Depósitos Financeiros de 1 dia 50 6 Implementação Neste capítulo serão discutidas algumas características do ativo objeto de nossa análise, assim como outros fatores de suma importância para o trabalho, tais como: fonte de dados, taxa

Leia mais

IFT UMA GENERALIZAÇÃO DO MODELO DE BLACK-SCHOLES NO CONTEXTO DA MECÂNICA ESTATÍSTICA NÃO-EXTENSIVA. Fábio Yoshikazu Kanashiro

IFT UMA GENERALIZAÇÃO DO MODELO DE BLACK-SCHOLES NO CONTEXTO DA MECÂNICA ESTATÍSTICA NÃO-EXTENSIVA. Fábio Yoshikazu Kanashiro IFT Instituto de Física Teórica Universidade Estadual Paulista DISSERTAÇÃO DE MESTRADO IFT D.1/6 UMA GENERALIZAÇÃO DO MODELO DE BLACK-SCHOLES NO CONTEXTO DA MECÂNICA ESTATÍSTICA NÃO-EXTENSIVA Fábio Yoshikazu

Leia mais

Bernardo de Mendonça G. Ferreira. Valoração de uma opção sobre um contrato futuro. Dissertação de Mestrado

Bernardo de Mendonça G. Ferreira. Valoração de uma opção sobre um contrato futuro. Dissertação de Mestrado Bernardo de Mendonça G. Ferreira Valoração de uma opção sobre um contrato futuro Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo Programa de

Leia mais

4 Modelo de Black-Derman-Toy

4 Modelo de Black-Derman-Toy 31 4 Modelo de Black-Derman-Toy O modelo de estrutura a termo desenvolvido em 1990 por Fischer Black, Emanuel Derman e William Toy é um modelo de não-arbitragem unifatorial, isto é, os preços dos títulos

Leia mais

CÁLCULO III - MAT Encontre as soluções das seguintes equações com condições iniciais:

CÁLCULO III - MAT Encontre as soluções das seguintes equações com condições iniciais: UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza Centro Interdisciplinar de Ciências da Natureza CÁLCULO III - MAT0021 7 a Lista de exercícios

Leia mais

ECONOFÍSICA Uma Breve Introdução. L. Moriconi IF-UFRJ

ECONOFÍSICA Uma Breve Introdução. L. Moriconi IF-UFRJ ECONOFÍSICA Uma Breve Introdução L. Moriconi IF-UFRJ I Panorama II Conceitos Basilares III Modelagem de Black-Scholes IV Mercados Não-Gaussianos V Econofísica & Turbulência VI Conclusões I. PANORAMA Métodos

Leia mais

Tiago Viana Flor de Santana

Tiago Viana Flor de Santana ESTATÍSTICA BÁSICA DISTRIBUIÇÃO NORMAL DE PROBABILIDADE (MODELO NORMAL) Tiago Viana Flor de Santana www.uel.br/pessoal/tiagodesantana/ tiagodesantana@uel.br sala 07 Curso: MATEMÁTICA Universidade Estadual

Leia mais

2 Revisão da Literatura

2 Revisão da Literatura 2 Revisão da Literatura 2.1. Método do Fluxo de Caixa Descontado (FCD) O objetivo dos administradores de empresas é criar valor para os acionistas. A criação de valor, por sua vez, é efetivada mediante

Leia mais

1 x. = π 2. pois. Probabilidade: um curso introdutório - Mônica Barros - Capítulo 7 - Soluções

1 x. = π 2. pois. Probabilidade: um curso introdutório - Mônica Barros - Capítulo 7 - Soluções Soluções - Capítulo 7 Lista semestre 000.0:, 3, 5 a, 5, 6, 7,, 4, 5 Problema Ache a mediana das densidades Qui-quadrado com e graus de liberdade. A densidade Qui-quadrado com n graus de liberdade é dada

Leia mais

4 A modelagem estocástica

4 A modelagem estocástica 4 A modelagem estocástica A utilização da metodologia de opções ficou, durante muito tempo, limitada a ativos financeiros que possuíam dados abundantes, e o preço de mercado do ativo subjacente era diretamente

Leia mais

ANÁLISE COMPARATIVA DE MODELOS DE APREÇAMENTO DE OPÇÕES CONSIDERANDO REVERSÃO À MÉDIA, SALTOS E VOLATILIDADE ESTOCÁSTICA

ANÁLISE COMPARATIVA DE MODELOS DE APREÇAMENTO DE OPÇÕES CONSIDERANDO REVERSÃO À MÉDIA, SALTOS E VOLATILIDADE ESTOCÁSTICA CAIO MATHIAS NETTO DE OLIVEIRA ANÁLISE COMPARATIVA DE MODELOS DE APREÇAMENTO DE OPÇÕES CONSIDERANDO REVERSÃO À MÉDIA, SALTOS E VOLATILIDADE ESTOCÁSTICA São Paulo 213 CAIO MATHIAS NETTO DE OLIVEIRA ANÁLISE

Leia mais

Ricardo Ehlers Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo

Ricardo Ehlers Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo Geração de Números Aleatórios Ricardo Ehlers ehlers@icmc.usp.br Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Universidade de São Paulo 1 / 61 Simulando de Distribuições Discretas Assume-se que um

Leia mais

Teoria das Desições Financeiras II p.1/22

Teoria das Desições Financeiras II p.1/22 Teoria das Desições Financeiras II José Fajardo Barbachan IBMEC Business School Rio de Janeiro Teoria das Desições Financeiras II p.1/22 Objetivo Neste curso o aluno aprenderá diversas ferramentas probabílisticas,

Leia mais

Finanças Corporativas II

Finanças Corporativas II Finanças Corporativas II Opções Reais Mestrado em Finanças e Economia Empresarial Escola de Pós-Graduação em Economia Fundação Getulio Vargas 14 de abril de 2014 O que vimos na aula passada Revisão dos

Leia mais

Resolução Numérica de Problemas de Obstáculo com Aplicações à Matemática Financeira

Resolução Numérica de Problemas de Obstáculo com Aplicações à Matemática Financeira Resolução Numérica de Problemas de Obstáculo com Aplicações à Matemática Financeira Ana Raquel Brites Gonçalves Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Matemática e Aplicações Orientador: Prof.

Leia mais

DESENHO DE MECANISMOS (2)

DESENHO DE MECANISMOS (2) MICROECONOMIA II DESENHO DE MECANISMOS (2) Rafael V. X. Ferreira rafaelferreira@usp.br Novembro de 2017 Universidade de São Paulo (USP) Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) Departamento

Leia mais

EXAMES DE ANÁLISE MATEMÁTICA III

EXAMES DE ANÁLISE MATEMÁTICA III EXAMES DE ANÁLISE MATEMÁTICA III Jaime E. Villate Faculdade de Engenharia Universidade do Porto 22 de Fevereiro de 1999 Resumo Estes são alguns dos exames e testes da disciplina de Análise Matemática III,

Leia mais

Sumário. 2 Índice Remissivo 11

Sumário. 2 Índice Remissivo 11 i Sumário 1 Principais Distribuições Contínuas 1 1.1 Distribuição Uniforme................................. 1 1.2 A Distribuição Normal................................. 2 1.2.1 Padronização e Tabulação

Leia mais

Teoria Microeconômica IV

Teoria Microeconômica IV Teoria Microeconômica IV Parte 2. O problema Principal-Agente Capitulo I. Ações não observáveis: Perigo Moral 4 Trimestre 2011 Mestrado em Economia V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica

Leia mais

FORMULÁRIO PROCESSOS ESTOCÁSTICOS E APLICAÇÕES MAEG-ISEG exp(x) = j=0. j+1 xj ( 1) j=1. ( 1) j x j for 1 < x < 1

FORMULÁRIO PROCESSOS ESTOCÁSTICOS E APLICAÇÕES MAEG-ISEG exp(x) = j=0. j+1 xj ( 1) j=1. ( 1) j x j for 1 < x < 1 FORMULÁRIO PROCESSOS ESTOCÁSTICOS E APLICAÇÕES MAEG-ISEG 008 Desenvolvimentos em série log( + x) = ( + x) = exp(x) = X ( ) = Cadeias de Markov + x X x! for < x X ( ) x for < x < Equações de Chapman-Kolmogorov

Leia mais

Cálculo II (Primitivas e Integral)

Cálculo II (Primitivas e Integral) Cálculo II (Primitivas e Integral) Antônio Calixto de Souza Filho Escola de Artes, Ciências e Humanidades Universidade de São Paulo 5 de março de 2013 1 Aplicações de Integrais subject Aplicações de Integrais

Leia mais

Eduardo Saliby * * Corresponding author / autor para quem as correspondências devem ser encaminhadas. Resumo

Eduardo Saliby * * Corresponding author / autor para quem as correspondências devem ser encaminhadas. Resumo versão impressa ISSN 0101-7438 / versão online ISSN 1678-5142 AMOSTRAGEM DESCRITIVA NO APREÇAMENTO DE OPÇÕES EUROPÉIAS ATRAVÉS DE SIMULAÇÃO MONTE CARLO: O EFEITO DA DIMENSIONALIDADE E DA PROBABILIDADE

Leia mais

Black, Merton e Scholes

Black, Merton e Scholes Solução de Equação Diferencial de Black, Merton e Scholes Fernando Antonio Lucena Aiube aiube@puc-rio.br January 15, 010 Abstract O objetivo deste artigo é o de apresentar todos os detalhes da famosa equação

Leia mais

Aula 2 A distribuição normal

Aula 2 A distribuição normal Aula 2 A distribuição normal Objetivos: Nesta aula você estudará a distribuição normal, que é uma das mais importantes distribuições contínuas. Você verá a definição geral desta distribuição, mas, nesse

Leia mais

3.1. Primeira Premissa: valor presente sem flexibilidade é o melhor estimador do valor de mercado

3.1. Primeira Premissa: valor presente sem flexibilidade é o melhor estimador do valor de mercado 3 Modelo teórico O modelo teórico utilizado para o desenvolvimento deste estudo é baseado em duas premissas. A primeira é que o Valor Presente do projeto sem flexibilidade é o melhor estimador do seu valor

Leia mais

Processos de Lévy: Preliminares

Processos de Lévy: Preliminares Processos de Lévy: Preliminares Pedro A. Morettin Instituto de Matemática e Estatística Universidade de São Paulo pam@ime.usp.br http://www.ime.usp.br/ pam Sumário 1. Introdução 2. Alguns processos em

Leia mais

Estatísticas Inferenciais Distribuições Amostrais. Estatística

Estatísticas Inferenciais Distribuições Amostrais. Estatística Estatística Na descrição dos conjuntos de dados x 1,..., x n, não foi feita menção ao conceito de população. Estatísticas inferenciais: preocupadas com a fonte dos dados e em tentar fazer generalizações

Leia mais

Teoria da Probabilidade e Modelos Discretos de Mercados Financeiros Edição de 7 de Fevereiro de 2017

Teoria da Probabilidade e Modelos Discretos de Mercados Financeiros Edição de 7 de Fevereiro de 2017 QUESTÕES PARA AS AVALIAÇÕES Teoria da Probabilidade e Modelos Discretos de Mercados Financeiros 2016-2017 Edição de 7 de Fevereiro de 2017 Nota Prévia Todos os exercícios enunciados nas aulas são considerados

Leia mais

Carteiras de Variância Mínima no Brasil

Carteiras de Variância Mínima no Brasil no Brasil Itaú-Unibanco Abril de 2012 no Brasil Agenda Conceitos básicos em Finanças 1 Conceitos básicos em Finanças 2 3 4 5 no Brasil Seleção de carteiras de investimento Suponha N ativos de risco, com

Leia mais

1 A Equação Fundamental Áreas Primeiras definições Uma questão importante... 7

1 A Equação Fundamental Áreas Primeiras definições Uma questão importante... 7 Conteúdo 1 4 1.1- Áreas............................. 4 1.2 Primeiras definições...................... 6 1.3 - Uma questão importante.................. 7 1 EDA Aula 1 Objetivos Apresentar as equações diferenciais

Leia mais

Jorge Tavares Silva Flores Brasil. Modelos de retorno financeiro

Jorge Tavares Silva Flores Brasil. Modelos de retorno financeiro Jorge Tavares Silva Flores Brasil Modelos de retorno financeiro Departamento de Matemática Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 2012 Jorge Tavares Silva Flores Brasil Modelos de retorno financeiro

Leia mais

Análise de Dados e Simulação

Análise de Dados e Simulação Universidade de São Paulo Instituto de Matemática e Estatística http:www.ime.usp.br/ mbranco Simulação de Variáveis Aleatórias Contínuas. O método da Transformada Inversa Teorema Seja U U (0,1). Para qualquer

Leia mais

Stops para o passeio aleatório. MAC Aula 9. Walter Mascarenhas 27/04/2011. Walter Mascarenhas MAC Aula 9

Stops para o passeio aleatório. MAC Aula 9. Walter Mascarenhas 27/04/2011. Walter Mascarenhas MAC Aula 9 MAC 5796. Aula 9 Walter Mascarenhas 7/04/011 Resumo 1 Curso de Streambase de 7/06 a 01/07. Streambase é um ferramenta para CEP = complex event processing. Para alunos regularmente matriculados no IME.

Leia mais

3 Modelo Teórico. 3.1 Mercados Incompletos

3 Modelo Teórico. 3.1 Mercados Incompletos 32 3 Modelo Teórico O modelo teórico adotado neste estudo está baseado em duas premissas principais. A primeira é o uso do Valor Presente do projeto sem flexibilidade como melhor estimador do seu valor

Leia mais

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV Derivativos Parte 4: Opções 1 Introdução (Ch. 8), Payoffs e Estratégias (Ch. 10) e Propriedades dos Preços das Opções (Ch. 9) Derivativos - Alexandre

Leia mais

ÁLGEBRA LINEAR I - MAT0032

ÁLGEBRA LINEAR I - MAT0032 UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e Da Natureza Centro Interdisciplinar de Ciências da Natureza ÁLGEBRA LINEAR I - MAT32 12 a Lista de exercícios

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO COPPEAD DE ADMINISTRAÇÃO. Jaqueline Terra Moura Marins. Ensaios sobre a Aplicação de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO COPPEAD DE ADMINISTRAÇÃO. Jaqueline Terra Moura Marins. Ensaios sobre a Aplicação de UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO COPPEAD DE ADMINISTRAÇÃO Jaqueline Terra Moura Marins Ensaios sobre a Aplicação de Técnicas de Redução de Variância em Simulação Monte Carlo para a Avaliação

Leia mais

EUF. Exame Unificado

EUF. Exame Unificado EUF Exame Unificado das Pós-graduações em Física Para o segundo semestre de 06 Respostas esperadas Parte Estas são sugestões de possíveis respostas. Outras possibilidades também podem ser consideradas

Leia mais

4 Modelo de Equilíbrio Geral e Opções

4 Modelo de Equilíbrio Geral e Opções 37 4 Modelo de Equilíbrio Geral e Opções 4.1. Introdução Para melhor compreender a teoria utilizada para encontrar a probabilidade de default de uma empresa, é importante conhecer as bases conceituais

Leia mais

Matemática Computacional - 2 o ano LEMat e MEQ

Matemática Computacional - 2 o ano LEMat e MEQ Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Matemática Aplicada e Análise Numérica Matemática Computacional - o ano LEMat e MEQ Exame/Teste - 5 de Fevereiro de - Parte I (h3m). Considere

Leia mais

= 2 sen(x) (cos(x) (b) (7 pontos) Pelo item anterior, temos as k desigualdades. sen 2 (2x) sen(4x) ( 3/2) 3

= 2 sen(x) (cos(x) (b) (7 pontos) Pelo item anterior, temos as k desigualdades. sen 2 (2x) sen(4x) ( 3/2) 3 Problema (a) (3 pontos) Sendo f(x) = sen 2 (x) sen(2x), uma função π-periódica, temos que f (x) = 2 sen(x) cos(x) sen(2x) + sen 2 (x) 2 cos(2x) = 2 sen(x) (cos(x) sen(2x) + sen(x) cos(2x) ) = 2 sen(x)

Leia mais

A equação de Black-Scholes com ação impulsiva. Everaldo de Mello Bonotto

A equação de Black-Scholes com ação impulsiva. Everaldo de Mello Bonotto A equação de Black-Scholes com ação impulsiva Everaldo de Mello Bonotto SERVIÇO DE PÓS-GRADUAÇÃO DO ICMC-USP Data de Depósito: 27 de Maio de 2008 Assinatura: A equação de Black-Scholes com ação impulsiva

Leia mais

Introdução aos Métodos Numéricos

Introdução aos Métodos Numéricos Introdução aos Métodos Numéricos Instituto de Computação UFF Departamento de Ciência da Computação Otton Teixeira da Silveira Filho Conteúdo Erros e Aproximações Numéricas Sistemas de Equações Lineares.

Leia mais

Os números reais. Capítulo O conjunto I

Os números reais. Capítulo O conjunto I Capítulo 4 Os números reais De todos os conjuntos numéricos que estudamos agora, a transição de um para outro sempre era construída de forma elementar A passagem do conjunto dos números racionais aos reais

Leia mais

PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES UTILIZANDO UM MODELO DE DIFUSÃO E SALTOS NO MERCADO BRASILEIRO SÉRGIO DE MELO E SOUZA

PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES UTILIZANDO UM MODELO DE DIFUSÃO E SALTOS NO MERCADO BRASILEIRO SÉRGIO DE MELO E SOUZA PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES UTILIZANDO UM MODELO DE DIFUSÃO E SALTOS NO MERCADO BRASILEIRO SÉRGIO DE MELO E SOUZA DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO DE PÓS- GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

Opções. Opção. Tipos de Opções. Uma opção de compra (call) é um contrato que te da o direito de comprar

Opções. Opção. Tipos de Opções. Uma opção de compra (call) é um contrato que te da o direito de comprar Opções Prf. José Fajardo FGV \ EBAPE Opção É um contrato que da o direito, mais não a obrigação de comprar ou vender um determinado ativo subjacente a um determinado preço Tipos de Opções Uma opção de

Leia mais

Análise de Carteiras usando o R - Parte 6

Análise de Carteiras usando o R - Parte 6 Análise de Carteiras usando o R - Parte 6 Bibliografia BKM, cap. 9 Claudio Lucinda FEA/USP Testando o CAPM Testando o CAPM Vamos nesta apresentação usar os dados dos fundos para repassar os testes do CAPM.

Leia mais

Estatística Básica. Variáveis Aleatórias Contínuas. Renato Dourado Maia. Instituto de Ciências Agrárias. Universidade Federal de Minas Gerais

Estatística Básica. Variáveis Aleatórias Contínuas. Renato Dourado Maia. Instituto de Ciências Agrárias. Universidade Federal de Minas Gerais Estatística Básica Variáveis Aleatórias Contínuas Renato Dourado Maia Instituto de Ciências Agrárias Universidade Federal de Minas Gerais Lembrando... Uma quantidade X, associada a cada possível resultado

Leia mais

Probabilidade 2 - ME310 - Lista 0

Probabilidade 2 - ME310 - Lista 0 Probabilidade 2 - ME310 - Lista 0 17 de agosto de 2018 Lembrando: 1) Conjuntos disjuntos: A B = = P (A B) = 0 2) Conjuntos independentes: P (A B) = P (A) P (B) A = (A B). (A B c ) só uma forma de deixar

Leia mais

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Curso de Derivativos. Alexandre Lowenkron.

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Curso de Derivativos. Alexandre Lowenkron. Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV Curso de Derivativos Alexandre Lowenkron alexandrelowenkron@bancobbm.com.br Derivativos - Alexandre Lowenkron Pág. 1 Bibliografia Principal: Hull,

Leia mais