ECONOFÍSICA Uma Breve Introdução. L. Moriconi IF-UFRJ

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ECONOFÍSICA Uma Breve Introdução. L. Moriconi IF-UFRJ"

Transcrição

1 ECONOFÍSICA Uma Breve Introdução L. Moriconi IF-UFRJ I Panorama II Conceitos Basilares III Modelagem de Black-Scholes IV Mercados Não-Gaussianos V Econofísica & Turbulência VI Conclusões

2 I. PANORAMA Métodos de investigação oriundos da física estatística e sistemas não-lineares têm sido aplicados ao estudo de problemas econômicos, principalmente àqueles relacionados às flutuações dos índices financeiros produzidas nas bolsas de valores. Assistimos, a partir de meados da década de 1990, à formação de uma sólida comunidade de físicos fortemente envolvida nesta nova área da física aplicada, chamada de econofísica. A relação entre física e economia é antiga e pode ser reconhecida desde o século XVIII, começando com Adam Smith (sob o impacto da revolução newtoniana) e passando pelos princípios da microeconomia e da teoria neoclássica (sob influência da mecânica estatística de equilíbrio de Boltzmann). O grau de interdisciplinaridade economia/física da pesquisa em econofísica é, entretanto, historicamente inédito. Informações úteis:

3 Econofis 2007 Organizadores: Marcelo Byrro (UFRJ) Rosane Riera (PUC-RIO) L.M. Um inesperado sucesso. Edição 2009 : IFT/São Paulo (Novembro) Um grande encontro (APFA) ocorrerá em 2011 no Brasil.

4 S&P500

5 S&P500 31/03/2009

6 A Econofísica dos Mercados Financeiros Cosmos Econômico (Neoclássico?) Modelos microscópicos - sistemas interagentes de agentes financeiros Fenomenologia das flutuações dos índices financeiros Portfolio Theory Engenharia Financeira

7 II. CONCEITOS BASILARES Índices Financeiros...S(t) Log-Retornos...x(t)=Log[S(t+ )/S(t)] Taxas de crescimento...µ Taxa de juros livre de risco...r Volatilidade...σ Mercado Eficiente...Processos de Markov, Martingales Arbitragem... A arte de ganhar do mercado Derivativos...F[S(t)]

8 Log-retornos do FTSE100, minuto a minuto, no período de 2003 a Taxas semanais de crescimento removidas Flutuações Não-Gaussianas!

9 Em um mundo gaussiano, a probabilidade do colapso de outubro de 1987 seria de !

10 Derivativos; Opções de compra (call) e venda (put). Call: quero comprar ações de você, daqui há um certo tempo, por um preço combinado (strike price). Você escreve um contrato que me dá o direito de comprá-las. Eu pago um prêmio pelo contrato. No dia D eu gostaria que as ações estivessem valorizadas sou touro (bull). No dia D você gostaria que as ações estivessem desvalorizadas você é urso (bear). Put: quero vender minhas ações a você, daqui há um certo tempo, por um preço combinado (strike price). Você escreve um contrato que me dá o direito de vendê-las. Eu pago um prêmio pelo contrato. No dia D eu gostaria que as ações estivessem desvalorizadas sou urso (bear). No dia D você gostaria que as ações estivessem valorizadas você é touro (bull). PROBLEMA CRUCIAL: COMO PRECIFICAR OPÇÕES?

11 Exemplo: ações da Microsoft em 31/03/09

12 SPOT PRICE = 18.66

13 Mercado Justo ou O Jogo dos Bonzinhos Os valores de opções são dados pelas linhas sólidas nas figs à esquerda Put Buyer Put Writer Call Buyer Call Writer

14 III. MODELAGEM DE BLACK-SCHOLES Bachelier, em sua tese de doutorado (orientado por Poincarè) apresentada no ano de 1900, concebe as flutuações nas bolsas de valores como um processo estocástico, essencialmente idêntico ao movimento browniano introduzido por Einstein em O trabalho de Bachelier, curiosamente, não desperta grande interesse acadêmico. Suas idéias seriam reformuladas cerca de 70 anos depois por Black, Scholes e Merton (Scholes e Merton receberam o prêmio Nobel de economia em 1997). Apesar do grande sucesso do modelo de Black-Scholes - uma verdadeira revolução no mundo das finanças este baseia-se em hipóteses que mostraram-se errôneas quando confrontadas com dados empíricos.

15 Bachelier (1900) S S(t+ ) S(t) t

16 Log[S] Black-Scholes (1973) Log[S(t+ )] Log[S(t)] t

17 Teoria de Black e Scholes do Hedging Dinâmico Mercado Ideal Gaussiano: S = índice µ = taxa de crescimento σ = volatilidade η(t) = ruído gaussiano 17

18 Simulação da equação de evolução do Índice x = 1.0; H* volatility *L sigma = 0.3; H* interest rate *L mu = 1.0; H* time step *L delta = 0.001; H* number of iterations *L niter = 500; << Statistics`ContinuousDistributions` H* stock index list *L stock = 8<; Do@ eta = Random@ NormalDistribution@0.0, 1 Sqrt@deltaDDD; x = x + delta * H mu + sigma * etal * x; stock = Append@stock, xd, 8i, 1, niter<d 18

19 S (Índice) T (Tempo) Flutuações seguem a distribuição log-normal. σ2 α T 19

20 Black and Scholes mostraram que é possível definir uma carteira simples de investimentos, completamente livre de riscos, consistindo apenas de opções e índices, assumindo que a carteira pode ser constantemente atualizada até a data de vencimento das opções (dynamical hedging). F. Black and M. Scholes, J. Pol. Econ. 81, 637 (1973). r,σ T E S BS V

21 Carteira Mínima (ponto de vista do writer ): = número de ações V = valor da opção Imponha que: (i) (ix) r é a taxa de juros livre de risco Então, usando o lema de Ito... 21

22 obtemos a equação de Black-Scholes (uma equação de difusão disfarçada ): Condições finais são definidas para V = V(S,T). A equação de BS é resolvida para trás no tempo, para se achar V = V(S,t) para t < T. O modelo é interessante e bem formulado, entretanto... NÃO É FIEL AOS MERCADOS REAIS!!! 22

23 A realidade prática dos mercados: r T E S V BS σimp volatilidade implícita

24 IV. Mercados Não-Gaussianos Crítica Essencial ao Modelo de BS: * A volatilidade flutua fortemente; * Índices não flutuam log-normalmente; * Séries temporais irreversíveis. FTSE100 ( ; horizonte temporal = 1 min): 24

25 Flutuações de volatilidade do Footsie ( ) médias tomadas em ~ faixas de uma semana volatilidade anualizada = vol_min * sqrt(8.5 * 60 * 250)

26 Modelo alternativo de precificação de opções: L. Moriconi, Delta Hedged Option Valuation with Underlying Non-Gaussian Returns, Physica A 380, 343 (2007). r,σ T E BSG S(t) FILTRO V

27 Jogando o jogo do mercado: r,σ T E BSG FILTRO S(t) BS V σimp r T E

28

29 Volatility Smiles 29

30 V. ECONOFÍSICA & TURBULÊNCIA* - Flutuações de índices financeiros, como a diferença de logs de cotações de determinada ação, assemelham-se às flutuações de velocidade encontradas em turbulência: - Comportamento não-gaussiano para intervalos de tempo suficientemente pequenos; - Lei de escala análoga ao decaimento espectral de Kolmogorov (compatível com hipótese do mercado eficiente ); - Conjectura-se a existência de uma cascata de informação de grandes para pequenas escalas temporais, a la Richardson (?); - Estruturas coerentes (?). Cascatas lognormais. * veja, Desafios da Turbulência, L.M., Ciência Hoje, outubro de 2008.

31 Estruturas Coerentes no Mercado Financeiro?

32

33 VI. CONCLUSÕES * Econofísica é uma área efervescente e interdisciplinar da física aplicada, como atestam o já enorme número de artigos científicos, congressos regulares, livros introdutórios, grupos de pesquisa e programas de pós-graduação estabelecidos em diversos institutos de ponta espalhados pelo mundo; * A contribuição da econofísica ao domínio das finanças é fato; até onde a econofisica pode alcançar dentro do cosmos econômico é uma pergunta interessante. A pesquisa atual tem se concentrado em uma diversidade de tópicos tais como: Previsibilidade de mercados, análise de eventos raros, mecanismos de bolhas e crashes, análise de risco, estratégia de investimentos, simulações estocásticas de séries financeiras, simulações de sistemas de agentes, distribuição de riquezas e modelagem de networks.

DISTRIBUIÇÃO DOS RETORNOS DE UM ÍNDICE DE AÇÕES COM VOLATILIDADE ESTOCÁSTICA

DISTRIBUIÇÃO DOS RETORNOS DE UM ÍNDICE DE AÇÕES COM VOLATILIDADE ESTOCÁSTICA DISTRIBUIÇÃO DOS RETORNOS DE UM ÍNDICE DE AÇÕES COM VOLATILIDADE ESTOCÁSTICA Isabel Cristina Ribeiro (BIC/CNPq-UEPG) e-mail: icribeiro1989@gmail.com José Tadeu Teles Lunardi (Orientador) e-mail: jttlunardi@uepg.br

Leia mais

A Matemática e as Finanças da Matemática Financeira

A Matemática e as Finanças da Matemática Financeira A Matemática e as Finanças da Matemática Financeira 1 1 Departamento de Matemática Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra Centro de Matemática da Universidade de Coimbra O que é a Matemática

Leia mais

Apreçamento de Opções

Apreçamento de Opções Apreçamento de Opções Introdução ao Mercado de Opções Aula 29 Instituto Educacional BM&FBOVESPA Prof. Paulo Lamosa Berger 06/06/2016 Confidencial Restrita Confidencial x Uso Interno Público 1 Índice Black-Scholes

Leia mais

Bernardo de Mendonça G. Ferreira. Valoração de uma opção sobre um contrato futuro. Dissertação de Mestrado

Bernardo de Mendonça G. Ferreira. Valoração de uma opção sobre um contrato futuro. Dissertação de Mestrado Bernardo de Mendonça G. Ferreira Valoração de uma opção sobre um contrato futuro Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo Programa de

Leia mais

Good Deal Bounds e o caso das opções EuroStoxx50

Good Deal Bounds e o caso das opções EuroStoxx50 Good Deal Bounds e o caso das opções EuroStoxx50 André Ribeiro Carlos Pinto Mestrado em Matemática Financeira Factor de Desconto Estocástico Os indíviduos, valorizam mais o consumo presente que o futuro.

Leia mais

Precificação de Opções

Precificação de Opções Um modelo em tempo-discreto Arthur Mendes Alves Instituto de Matemática, Estatística e Física Universidade Federal do Rio Grande 15 de dezembro de 2014 Sumário 1 Introdução Opções Arbitragem 2 Processos

Leia mais

Derivativos - MFEE Monitoria do dia 30/11/2009 Monitor: Rafael Ferreira

Derivativos - MFEE Monitoria do dia 30/11/2009 Monitor: Rafael Ferreira Derivativos - MFEE Monitoria do dia 30//009 Monitor: Rafael Ferreira Questão Suponha que a lei de movimento de uma ação siga o movimento geométrico browniano: ds t = µs t dt + σs t dw t Você irá apreçar

Leia mais

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV Derivativos Parte 5: Apreçamento de Opções: método binomial Derivativos - Alexandre Lowenkron Pág. Fundamentos de apreçamento: vetor de preços de

Leia mais

3 Processos Estocásticos

3 Processos Estocásticos 3 Processos Estocásticos Os processos estocásticos abordados nesta dissertação são conhecidos como movimento browniano (MB) e movimento de reversão à média (MRM). O capítulo terá como objetivo a apresentação

Leia mais

Lista 2 - Derivativos (MFEE) Prof. Alexandre Lowenkron Monitor: Rafael Ferreira

Lista 2 - Derivativos (MFEE) Prof. Alexandre Lowenkron Monitor: Rafael Ferreira Lista - Derivativos (MFEE) Prof. Alexandre Lowenkron Monitor: Rafael Ferreira Questão 1 Um Banco possui a seguinte carteira de opções sobre o ativo X: Posição Delta Gama Vega Call 1000 0, 5 3 1, 9 Put

Leia mais

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Curso de Derivativos. Alexandre Lowenkron.

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Curso de Derivativos. Alexandre Lowenkron. Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV Curso de Derivativos Alexandre Lowenkron alexandrelowenkron@bancobbm.com.br Derivativos - Alexandre Lowenkron Pág. 1 Bibliografia Principal: Hull,

Leia mais

Opções Reais: Uma alternativa para avaliação de investimentos em condições de risco

Opções Reais: Uma alternativa para avaliação de investimentos em condições de risco www.iem.efei.br/edson Opções Reais: Uma alternativa para avaliação de investimentos em condições de risco Prof. Edson de Oliveira Pamplona http://www.iem.efei.br/edson 2005 Por quê Opções Reais? Por quê

Leia mais

Parte III MODELAGEM DA INCERTEZA COM PROCESSOS ESTOCÁSTICOS... 1

Parte III MODELAGEM DA INCERTEZA COM PROCESSOS ESTOCÁSTICOS... 1 SUMÁRIO Apresentação da Petrobras/Recursos Humanos... Apresentação da Petrobras/Planejamento Financeiro... Prefácio do Autor... Lista de Figuras... Lista de Tabelas... Lista de Símbolos e Abreviaturas...

Leia mais

MANUAL DE APLICAÇÃO DO MODELO BLACK SCHOLES PARA A PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES

MANUAL DE APLICAÇÃO DO MODELO BLACK SCHOLES PARA A PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES São Paulo, 2014 MANUAL DE APLICAÇÃO DO MODELO BLACK SCHOLES PARA A PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES Time: Guilherme Sola Raphael Noronha Luiz Razuk Mateus Schwening NassimGhosn Caio Conde Mateus Ribeiro Guilhermessantos94@gmail.com

Leia mais

3 Definições. 3.1 Processos Estocásticos e Processo de Wiener

3 Definições. 3.1 Processos Estocásticos e Processo de Wiener 25 3 Definições 3.1 Processos Estocásticos e Processo de Wiener Um processo estocástico corresponde a uma variável que evolui no decorrer do tempo de forma incerta ou aleatória. O preço de uma ação negociada

Leia mais

Ajuste de dados de Volatilidade Implí cita por meio da parametrizaça o SVI

Ajuste de dados de Volatilidade Implí cita por meio da parametrizaça o SVI Ajuste de dados de Volatilidade Implí cita por meio da parametrizaça o SVI 1 Resumo Esta proposta apresenta a parametrização SVI (de Stochastic Volatility Inspired) como alternativa à parametrização por

Leia mais

Opções Reais. Modelagem do Ativo Básico. Processos Estocásticos. Modelando Incerteza. Processos Estocásticos. IAG PUC-Rio

Opções Reais. Modelagem do Ativo Básico. Processos Estocásticos. Modelando Incerteza. Processos Estocásticos. IAG PUC-Rio Opções Reais Modelagem do Ativo Básico Prof. Luiz Brandão brandao@iag.puc-rio.br IAG PUC-Rio Processos Estocásticos Modelando Incerteza Processos Estocásticos A incerteza em um projeto pode ter mais do

Leia mais

Alexandre Teixeira Ferraz COMPARAÇÃO DA ADERÊNCIA DO MODELO DE BLACK- SCHOLES EM MERCADOS LÍQUIDOS E ILÍQUIDOS

Alexandre Teixeira Ferraz COMPARAÇÃO DA ADERÊNCIA DO MODELO DE BLACK- SCHOLES EM MERCADOS LÍQUIDOS E ILÍQUIDOS Alexandre Teixeira Ferraz COMPARAÇÃO DA ADERÊNCIA DO MODELO DE BLACK- SCHOLES EM MERCADOS LÍQUIDOS E ILÍQUIDOS Trabalho de Formatura apresentado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção

Leia mais

A METODOLOGIA DE BLACK & SCHOLES COMO FERRAMENTA DE TOMADA DE DECISÃO ESTRATÉGICA NAS ORGANIZAÇÕES

A METODOLOGIA DE BLACK & SCHOLES COMO FERRAMENTA DE TOMADA DE DECISÃO ESTRATÉGICA NAS ORGANIZAÇÕES A METODOLOGIA DE BLACK & SCHOLES COMO FERRAMENTA DE TOMADA DE DECISÃO ESTRATÉGICA NAS ORGANIZAÇÕES Henrique Martins Rocha Especialista em Gestão Empresarial, Mestrando em Sistemas de Gestão Associação

Leia mais

2 Referencial teórico

2 Referencial teórico 2 Referencial teórico 2.1 Conceitos sobre investimentos produtivos As empresas investem em projetos buscando maximizar os seus valores. Os investimentos em capacidade produtiva possuem três características

Leia mais

Exercício Programa - MAP2310. Prof. Pedro Peixoto. Entrega 28/09/14

Exercício Programa - MAP2310. Prof. Pedro Peixoto. Entrega 28/09/14 Precificação de Opções no Mercado Financeiro Exercício Programa - MAP2310 Prof. Pedro Peixoto Entrega 28/09/14 1 Precificação de Opções Uma opção é um contrato que dá o direito, mas não a obrigação, a

Leia mais

IND Análise de Investimentos com Opções Reais

IND Análise de Investimentos com Opções Reais IND 2072 - Análise de Investimentos com Opções Reais PROA P1 1 o Semestre de 2007-10/05/2007 OBS: 1) A prova é SEM CONSULTA. A nota da prova é = mínimo{10; pontuação da P1} 2) Múltipla escolha: responder

Leia mais

Matemática e Finanças: O homem que calculava e negociava

Matemática e Finanças: O homem que calculava e negociava Matemática e Finanças: O homem que calculava e negociava Max O. Souza & Jorge P. Zubelli 9 de novembro de 2006 Outline Precificação via arbitragem 1 Precificação via arbitragem 2 O modelo básico Análise

Leia mais

Optimização Financeira (Estimação da Função de Densidade de Probabilidade de Risco Neutro para Preços de Opções)

Optimização Financeira (Estimação da Função de Densidade de Probabilidade de Risco Neutro para Preços de Opções) Optimização Financeira (Estimação da Função de Densidade de Probabilidade de Risco Neutro para Preços de Opções) Ana Margarida Monteiro (Univ. Coimbra) Reha H. Tütüncü (Carnegie Mellon Univ.) Luís Nunes

Leia mais

Ricardo Vela de Britto Pereira. Volatilidade: um processo estocástico escondido. Dissertação de Mestrado

Ricardo Vela de Britto Pereira. Volatilidade: um processo estocástico escondido. Dissertação de Mestrado Ricardo Vela de Britto Pereira Volatilidade: um processo estocástico escondido Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pósgraduação de Física da PUC-Rio como requisito parcial para

Leia mais

8 Análise utilizando a teoria das opções reais

8 Análise utilizando a teoria das opções reais 8 Análise utilizando a teoria das opções reais Uma opção é um derivativo (aquele cujo fluxo de caixa depende funcionalmente de um outro ativo, chamado de ativo base) escrito sobre um ativo base. Quando

Leia mais

Árvores Binomiais Implícitas: Aplicação Para As Opções De Telebrás No Exercício De Abril De 1999

Árvores Binomiais Implícitas: Aplicação Para As Opções De Telebrás No Exercício De Abril De 1999 Árvores Binomiais Implícitas: Aplicação Para As Opções De Telebrás No Exercício De Abril De 1999 Autores: Alexandre Segadilha Adler, Herbert Bento Faria, Leonardo Cordeiro Ferreira dos Santos e Eduardo

Leia mais

ESTIMAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO NEUTRA AO RISCO A PARTIR DE DADOS DE MERCADO

ESTIMAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO NEUTRA AO RISCO A PARTIR DE DADOS DE MERCADO 29/06/2016 ESTIMAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO NEUTRA AO RISCO A PARTIR DE DADOS DE MERCADO Rodrigo de Carvalho Amatruda Haddad Caleiro ESTIMAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO NEUTRA AO RISCO A PARTIR DE DADOS DE MERCADO Aluno(s):

Leia mais

30 de Junho de PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES FINANCEIRAS VIA TRANSFORMADA DE ESSCHER NÃO- PARAMÉTRICA Pedro Henrique Cunningham Amorim

30 de Junho de PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES FINANCEIRAS VIA TRANSFORMADA DE ESSCHER NÃO- PARAMÉTRICA Pedro Henrique Cunningham Amorim 30 de Junho de 2013 PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES FINANCEIRAS VIA TRANSFORMADA DE ESSCHER NÃO- PARAMÉTRICA Pedro Henrique Cunningham Amorim PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES FINANCEIRAS VIA TRANSFORMADA DE ESSCHER NÃO-

Leia mais

IND Análise de Investimentos com Opções Reais

IND Análise de Investimentos com Opções Reais IND 2072 - Análise de Investimentos com Opções Reais PROVA 1 o Semestre de 2006-11/07/2006 Parte I: Demonstração (5 pontos). Seja V o valor do projeto que segue um movimento geométrico Browniano. V tem

Leia mais

Carteiras de Variância Mínima no Brasil

Carteiras de Variância Mínima no Brasil no Brasil Itaú-Unibanco Abril de 2012 no Brasil Agenda Conceitos básicos em Finanças 1 Conceitos básicos em Finanças 2 3 4 5 no Brasil Seleção de carteiras de investimento Suponha N ativos de risco, com

Leia mais

INVESTIMENTOS EM DERIVADOS INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS OPÇÕES

INVESTIMENTOS EM DERIVADOS INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS OPÇÕES INVESTIMENTOS EM DERIVADOS INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS OPÇÕES Contratos de Opções Uma opção é um contrato: Negociável Efetuado num mercado organizado No qual o vendedor dá ao comprador, em troco de uma contrapartida

Leia mais

Licenciaturas em Economia e Administração e Gestão de Empresas. Finanças I. 2ª Frequência 4/6/2011. Nome: Nº de aluno:

Licenciaturas em Economia e Administração e Gestão de Empresas. Finanças I. 2ª Frequência 4/6/2011. Nome: Nº de aluno: Licenciaturas em Economia e Administração e Gestão de Empresas Finanças I 2ª Frequência 4/6/2011 Nome: Nº de aluno: Instruções: Duração da prova: 100 minutos. Use apenas as folhas de teste agrafadas. Se

Leia mais

OPERAÇÕES ESTRUTURADAS DE VOLATILIDADE DA TAXA DE JURO FORWARD (VTF)

OPERAÇÕES ESTRUTURADAS DE VOLATILIDADE DA TAXA DE JURO FORWARD (VTF) OPERAÇÕES ESTRUTURADAS DE VOLATILIDADE DA TAXA DE JURO FORWARD (VTF) 1. Informações das Operações Estruturadas Objeto Código de Negociação Contrato de Opção de Compra ou de Venda sobre Futuro de Taxa Média

Leia mais

MODELOS ESTOCÁSTICOS PARA A VOLATILIDADE DO MERCADO DE AÇÕES BRASILEIRO

MODELOS ESTOCÁSTICOS PARA A VOLATILIDADE DO MERCADO DE AÇÕES BRASILEIRO Diego Castelo Branco Valente MODELOS ESTOCÁSTICOS PARA A VOLATILIDADE DO MERCADO DE AÇÕES BRASILEIRO Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre

Leia mais

4 Modelo de Black-Derman-Toy

4 Modelo de Black-Derman-Toy 31 4 Modelo de Black-Derman-Toy O modelo de estrutura a termo desenvolvido em 1990 por Fischer Black, Emanuel Derman e William Toy é um modelo de não-arbitragem unifatorial, isto é, os preços dos títulos

Leia mais

Modelo de Spread de Crédito

Modelo de Spread de Crédito Modelo de Spread de Crédito Crescimento Estrutural nas Falências V@R Margens de empréstimos mais competitivas diário Crescimento do mercado de Derivativos Necessidade de tornar os riscos mais visíveis

Leia mais

ANDRÉ HASSIN PINTO GRÁFICOS DE CONTROLE TIPO SHEWHART NO MONITORAMENTO DA VOLATILIDADE DE RETORNO DE ATIVOS FINANCEIROS

ANDRÉ HASSIN PINTO GRÁFICOS DE CONTROLE TIPO SHEWHART NO MONITORAMENTO DA VOLATILIDADE DE RETORNO DE ATIVOS FINANCEIROS ANDRÉ HASSIN PINTO GRÁFICOS DE CONTROLE TIPO SHEWHART NO MONITORAMENTO DA VOLATILIDADE DE RETORNO DE ATIVOS FINANCEIROS Trabalho de Formatura apresentado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Leia mais

Finanças 3. Opções Lista de Exercícios

Finanças 3. Opções Lista de Exercícios Finanças 3 Opções Lista de Exercícios Lista 9 2015 semestre 1 (finanças 1) Questão 7 Você é o trader de uma tesouraria e o investidor pediu para você construir uma estratégia de investimento envolvendo

Leia mais

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 19

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 19 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 19 CAPÍTULO I VISÃO GERAL & FUNDAMENTOS BÁSICOS... 23 A origem da agricultura...24 A disseminação das lavouras comerciais...25 A importância da agricultura...26 As crises de alimentos...26

Leia mais

Matemática no Mundo Moderno

Matemática no Mundo Moderno Aplicações da Matemática no Mundo Moderno Escola Secundária Fernão Mendes Pinto 21 de Abril de 1999 Manuel L. Esquível 1 MATEMÁTICA Observações Preliminares Objecto de estudo: ideias (não objectos reais)

Leia mais

Teoria da Probabilidade e Modelos Discretos de Mercados Financeiros Edição de 7 de Fevereiro de 2017

Teoria da Probabilidade e Modelos Discretos de Mercados Financeiros Edição de 7 de Fevereiro de 2017 QUESTÕES PARA AS AVALIAÇÕES Teoria da Probabilidade e Modelos Discretos de Mercados Financeiros 2016-2017 Edição de 7 de Fevereiro de 2017 Nota Prévia Todos os exercícios enunciados nas aulas são considerados

Leia mais

Apreçamento de Opções sobre Futuro de Depósitos Inter-financeiros de um Dia

Apreçamento de Opções sobre Futuro de Depósitos Inter-financeiros de um Dia Luciano Molter de Pinho Grosso Apreçamento de Opções sobre Futuro de Depósitos Inter-financeiros de um Dia Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título

Leia mais

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Curso de Derivativos. Alexandre Lowenkron.

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Curso de Derivativos. Alexandre Lowenkron. Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV Curso de Derivativos Alexandre Lowenkron alexandrelowenkron@bancobbm.com.br Derivativos - Alexandre Lowenkron Pág. 1 Bibliografia Principal: Hull,

Leia mais

FORMULÁRIO PROCESSOS ESTOCÁSTICOS E APLICAÇÕES MAEG-ISEG exp(x) = j=0. j+1 xj ( 1) j=1. ( 1) j x j for 1 < x < 1

FORMULÁRIO PROCESSOS ESTOCÁSTICOS E APLICAÇÕES MAEG-ISEG exp(x) = j=0. j+1 xj ( 1) j=1. ( 1) j x j for 1 < x < 1 FORMULÁRIO PROCESSOS ESTOCÁSTICOS E APLICAÇÕES MAEG-ISEG 008 Desenvolvimentos em série log( + x) = ( + x) = exp(x) = X ( ) = Cadeias de Markov + x X x! for < x X ( ) x for < x < Equações de Chapman-Kolmogorov

Leia mais

CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO CAPÍTULO 2 CONCEITOS BÁSICOS DE MERCADOS FUTUROS CAPÍTULO 3 MERCADO FUTURO DE DÓLAR COMERCIAL

CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO CAPÍTULO 2 CONCEITOS BÁSICOS DE MERCADOS FUTUROS CAPÍTULO 3 MERCADO FUTURO DE DÓLAR COMERCIAL SUMÁRIO CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO CAPÍTULO 2 CONCEITOS BÁSICOS DE MERCADOS FUTUROS 2.1. Introdução 2.2. Posições 2.3. Padronização dos Contratos 2.4. Margem e Ajustes Diários 2.5. Custos Operacionais 2.6.

Leia mais

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV Derivativos Parte 4: Opções 1 Introdução (Ch. 8), Payoffs e Estratégias (Ch. 10) e Propriedades dos Preços das Opções (Ch. 9) Derivativos - Alexandre

Leia mais

5.1 Modelo de Previsão da Volatilidade por Redes Neurais Artificiais

5.1 Modelo de Previsão da Volatilidade por Redes Neurais Artificiais 5 Modelo Proposto 5.1 Modelo de Previsão da Volatilidade por Redes Neurais Artificiais Na literatura são propostos vários modelos para previsão da volatilidade entre paramétricos e não paramétricos, considerando

Leia mais

Documentação Técnica Opções Flexíveis sobre Taxa de Câmbio

Documentação Técnica Opções Flexíveis sobre Taxa de Câmbio Documentação Técnica Opções Flexíveis sobre Taxa de Câmbio Ref.: CETIP-RANGER-DT-0001/006 maio de 006 Criação: 30/03/006 Última revisão: 5/04/006 Impressão: 05/05/006 1. INTRODUÇÃO...3. ETAPAS...3.1. ASSUME-SE

Leia mais

Opções. Opção. Tipos de Opções. Uma opção de compra (call) é um contrato que te da o direito de comprar

Opções. Opção. Tipos de Opções. Uma opção de compra (call) é um contrato que te da o direito de comprar Opções Prf. José Fajardo FGV \ EBAPE Opção É um contrato que da o direito, mais não a obrigação de comprar ou vender um determinado ativo subjacente a um determinado preço Tipos de Opções Uma opção de

Leia mais

Universidade de São Paulo. Escola de Engenharia de Lorena. O modelo Black & Scholes para tomada de decisões no mercado financeiro.

Universidade de São Paulo. Escola de Engenharia de Lorena. O modelo Black & Scholes para tomada de decisões no mercado financeiro. Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de Lorena O modelo Black & Scholes para tomada de decisões no mercado financeiro. Grupo: Gabriel Padovan Professor: Dra. Rebeca Bacani Henrique Sarmento Lucas

Leia mais

MANUAL DE CÁLCULO DOS TÚNEIS DE OPÇÕES

MANUAL DE CÁLCULO DOS TÚNEIS DE OPÇÕES MANUAL DE CÁLCULO DOS TÚNEIS DE OPÇÕES [Data de Publicação] INFORMAÇÃO PÚBLICA SUMÁRIO 1 METODOLOGIA DOS TÚNEIS DE OPÇÕES... 4 2 INSUMOS UTILIZADOS... 5 2.1 VOLATILIDADE... 5 2.2 PREÇOS DO ATIVO OBJETO...

Leia mais

4 Processos Estocásticos e Simulação de Monte Carlo

4 Processos Estocásticos e Simulação de Monte Carlo 33 4 Processos Estocásticos e Simulação de Monte Carlo O processo estocástico faz a descrição de uma variável com comportamento ao menos em parte de maneira aleatória através do tempo, onde se assume valores

Leia mais

A UTILIZAÇÃO DA TEORIA DE OPÇÕES NA ADMINISTRAÇÃO DE RISCOS. Jorge Luís Faria Meirelles a *

A UTILIZAÇÃO DA TEORIA DE OPÇÕES NA ADMINISTRAÇÃO DE RISCOS. Jorge Luís Faria Meirelles a * V I I S E M E A D T R A B A L H O C I E N T Í F I C O F I N A N Ç A S A UTILIZAÇÃO DA TEORIA DE OPÇÕES NA ADMINISTRAÇÃO DE RISCOS Jorge Luís Faria Meirelles a * a Economista, Mestre em Engenharia de Produção,

Leia mais

OPÇÕES FINANCEIRAS - Exame (resolução)

OPÇÕES FINANCEIRAS - Exame (resolução) OPÇÕES FINANCEIRAS - Exame (resolução) 18/4/25 1. (a) Integrando ambos os membros entre [,t]: X t = t + Z t W 2 s dw s. Aplicando valores esperados a ambos os membros, E (X t F )=t, visto que R t W 2 s

Leia mais

2 Referencial Teórico

2 Referencial Teórico Referencial Teórico O presente capítulo será dividido em seis seções. Na primeira serão explicados os conceitos básicos do mercado de opções sobre ações e terá uma síntese do funcionamento deste mercado

Leia mais

2 Modelos de sintetização de séries temporais de atenuação por chuva

2 Modelos de sintetização de séries temporais de atenuação por chuva 2 Modelos de sintetização de séries temporais de atenuação por chuva Alguns modelos estocásticos de sintetização de séries temporais de atenuação por chuva são baseados no modelo proposto por Maseng &

Leia mais

2 Mercado de Juros no Brasil

2 Mercado de Juros no Brasil 16 2 Mercado de Juros no Brasil As taxas de juros negociadas no mercado financeiro são influenciadas pelas políticas econômica, monetária e fiscal do governo federal. A expectativa do mercado por estas

Leia mais

Value at Risk Não-linear. Análise de Risco (4) R.Vicente

Value at Risk Não-linear. Análise de Risco (4) R.Vicente Value at Risk Não-linear Análise de Risco (4) R.Vicente Resumo Portfolios Lineares Portfolios Não-lineares: Aproximação Delta Portfolios Não-lineares: Aproximação Delta-quadrática Portfolios Não-lineares:

Leia mais

Definição. Características. Classificações da Opções. Valor das Opções. Modelo Black & Scholes. Gregas. Estratégias de Opções

Definição. Características. Classificações da Opções. Valor das Opções. Modelo Black & Scholes. Gregas. Estratégias de Opções Definição Características Classificações da Opções Valor das Opções Modelo Black & Scholes Gregas Estratégias de Opções O que é uma opção? É um contrato acordo - que lhe dá o direito de negociar um determinado

Leia mais

2 Revisão Bibliográfica

2 Revisão Bibliográfica 2 Revisão Bibliográfica Os principais artigos, livros e apostilas relacionados a esta dissertação foram enumerados durante o presente capítulo. Os principais tópicos de cada um deles, assim como suas conclusões

Leia mais

Análise do Modelo de Apreçamento de Opções GARCH em Opções de Compra da Telebras

Análise do Modelo de Apreçamento de Opções GARCH em Opções de Compra da Telebras Gustavo Silva Araújo Análise do Modelo de Apreçamento de Opções GARCH em Opções de Compra da Telebras Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre

Leia mais

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA APLICADA. O Mercado de Derivativos e o Modelo de Heston. Gabriel Mesquita

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA APLICADA. O Mercado de Derivativos e o Modelo de Heston. Gabriel Mesquita FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE MATEMÁTICA APLICADA CURSO DE GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA APLICADA O Mercado de Derivativos e o Modelo de Heston por Gabriel Mesquita Rio de Janeiro 2016 FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

Leia mais

volatilidade Josué Xavier de Carvalho Rosane Riera Freire Luca Moriconi Pontifícia Universidade Católica - Rio Universidade Federal do Rio de Janeiro

volatilidade Josué Xavier de Carvalho Rosane Riera Freire Luca Moriconi Pontifícia Universidade Católica - Rio Universidade Federal do Rio de Janeiro Opções: cálculo a partir da flutuação empírica da volatilidade Josué Xavier de Carvalho Rosane Riera Freire Luca Moriconi Pontifícia Universidade Católica - Rio Universidade Federal do Rio de Janeiro 2010

Leia mais

3 Principais padrões estocásticos do comportamento de preços de commodities

3 Principais padrões estocásticos do comportamento de preços de commodities 3 Principais padrões estocásticos do comportamento de preços de commodities Esse capítulo destina-se a apresentar os conceitos e propriedades básicas acerca dos principais modelos estocásticos descritos

Leia mais

ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais.

ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. Segunda Prova Extra (P2 de segunda chamada) 18/12/2006 OBS: 1) A prova é SEM CONSULTA. A nota da

Leia mais

Probabilidades objetivas versus probabilidades Risk-neutral

Probabilidades objetivas versus probabilidades Risk-neutral GV INVEST 04 Probabilidades objetivas versus probabilidades Risk-neutral Para evitar arbitragem, os preços dos derivativos têm que ser calculados via probabilidades que pertencem a um espaço de probabilidade

Leia mais

4 Comparação dos Modelos

4 Comparação dos Modelos 4 Comparação dos Modelos Nesta seção, apresentamos uma comparação entre os três métodos de apreçamento: Black e Scholes, Duan e a transformada de Esscher Não Paramétrica (ENP). Serão realizados quatro

Leia mais

MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA. Ênfase em Macroeconomia Financeira. vire aqui

MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA. Ênfase em Macroeconomia Financeira. vire aqui MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA Ênfase em Macroeconomia Financeira vire aqui DISCIPLINAS MATEMÁTICA Esta disciplina tem como objetivo apresentar aos alunos o instrumental matemático necessário para o

Leia mais

Dicionário. das Opções. Luiz Fernando Roxo

Dicionário. das Opções. Luiz Fernando Roxo Dicionário das Opções Luiz Fernando Roxo Luiz Fernando Roxo É economista especializado em opções e tem mais de 20 anos de mercado financeiro. Apresenta todas as semanas os programas A Hora da Opções, Riqueza

Leia mais

Processos de Lévy: Preliminares

Processos de Lévy: Preliminares Processos de Lévy: Preliminares Pedro A. Morettin Instituto de Matemática e Estatística Universidade de São Paulo pam@ime.usp.br http://www.ime.usp.br/ pam Sumário 1. Introdução 2. Alguns processos em

Leia mais

5 Métricas de Risco: aplicação e resultados

5 Métricas de Risco: aplicação e resultados 70 5 Métricas de Risco: aplicação e resultados 5.1 O ativo objeto Para a análise comparativa das métricas foram construídas 15 estratégias, todas elas compostas por opções de WTI com prazo para vencimento

Leia mais

A estacionariedade prova-se de maneira semel- hante.

A estacionariedade prova-se de maneira semel- hante. Se por outro lado (U 1, U 2,...) é IID então mostremos que X n U 1 + + U n tem incrementos independentes e estacionários. De facto, dados n > m temos que X n X m U m+1 + + U n. Tome-se quaisquer n 1

Leia mais

4. Modelos Básicos Utilizados na Avaliação de Opções Reais

4. Modelos Básicos Utilizados na Avaliação de Opções Reais 4. Modelos Básicos Utilizados na Avaliação de Opções Reais 4. Modelos Básicos Utilizados na Avaliação de Opções Reais Os métodos de avaliação de opções reais devem ter, em primeiro lugar, a capacidade

Leia mais

DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E ATUÁRIA DA FEA/USP. Aula 05.1 Opções Padrão (vanilla option)

DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E ATUÁRIA DA FEA/USP. Aula 05.1 Opções Padrão (vanilla option) DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E ATUÁRIA DA FEA/USP EAC 0466 Precificação de Derivativos e Outros Produtos Aula 05.1 Opções Padrão (vanilla option) Ciências Atuariais 2017 Programa 1. Introdução 2. Aspectos

Leia mais

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos. Parte 9: Gregas e Delta Hedging

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos. Parte 9: Gregas e Delta Hedging Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV Derivativos Parte 9: Gregas e Delta Hedging Derivativos - Alexandre Lowenkron Pág. 1 Fórmula de Black-Scholes Fórmula de Black-Scholes da Call Européia

Leia mais

Precificação de Opções sobre o Futuro do DI com o Modelo Black, Derman & Toy

Precificação de Opções sobre o Futuro do DI com o Modelo Black, Derman & Toy Precificação de Opções sobre o Futuro do DI com o Modelo Black, Derman & Toy Marcos Eugênio da Silva 1 1. Introdução Um dos modelos de precificação de derivativos de instrumentos que rendem juros mais

Leia mais

GESTÃO DE ACTIVOS E PASSIVOS PÓS-GRADUAÇÃO EM MERCADOS E ACTIVOS FINANCEIROS EXAME - Resolução 21/02/08 Duração: 2.5 horas

GESTÃO DE ACTIVOS E PASSIVOS PÓS-GRADUAÇÃO EM MERCADOS E ACTIVOS FINANCEIROS EXAME - Resolução 21/02/08 Duração: 2.5 horas GEÃO DE ACIVO E PAIVO PÓ-GRADUAÇÃO EM MERCADO E ACIVO FINANCEIRO EXAME - Resolução 1//8 Duração:. horas CAO 1 Responda (sucinta e objectivamente) a somente duas das seguintes questões: a) Comente a seguinte

Leia mais

Crité rios para construça o da Supérfí cié dé Volatilidadé Implí cita

Crité rios para construça o da Supérfí cié dé Volatilidadé Implí cita Crité rios para construça o da Supérfí cié dé Volatilidadé Implí cita 1 Introdução Algumas superfícies de volatilidade implícita de referência publicadas pela BM&FBovespa são construídas a partir da coleta

Leia mais

6 Referências Bibliográficas

6 Referências Bibliográficas 6 Referências Bibliográficas ADAMS, P. D.; WYATT, S. B. 1987. On the pricing of European and American foreign currency call options. Journal of International Money and Finance, v. 6, n. 3, p. 315-338.

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO COPPEAD DE ADMINISTRAÇÃO. Jaqueline Terra Moura Marins. Ensaios sobre a Aplicação de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO COPPEAD DE ADMINISTRAÇÃO. Jaqueline Terra Moura Marins. Ensaios sobre a Aplicação de UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO COPPEAD DE ADMINISTRAÇÃO Jaqueline Terra Moura Marins Ensaios sobre a Aplicação de Técnicas de Redução de Variância em Simulação Monte Carlo para a Avaliação

Leia mais

PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES UTILIZANDO UM MODELO DE DIFUSÃO E SALTOS NO MERCADO BRASILEIRO SÉRGIO DE MELO E SOUZA

PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES UTILIZANDO UM MODELO DE DIFUSÃO E SALTOS NO MERCADO BRASILEIRO SÉRGIO DE MELO E SOUZA PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES UTILIZANDO UM MODELO DE DIFUSÃO E SALTOS NO MERCADO BRASILEIRO SÉRGIO DE MELO E SOUZA DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO DE PÓS- GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

Derivativos - MFEE Monitoria do dia 23/11/2009 Monitor: Rafael Ferreira

Derivativos - MFEE Monitoria do dia 23/11/2009 Monitor: Rafael Ferreira Derivativos - MFEE Monitoria do dia 3/11/009 Monitor: Rafael Ferreira Questão 1 11.3, Hull 5th ed. A company s cash position in millions of dollars follows a generalized Weiner process with a drift rate

Leia mais

MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA

MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS MATEMÁTICA (CURSO DE EQUALIZAÇÃO) Revisão e estudo das matrizes, sistemas lineares e determinantes, com ênfase na modelagem econômica, autovalores

Leia mais

3 Processos Estocásticos

3 Processos Estocásticos 23 3 Processos Estocásticos Ao contrário dos processos determinísticos que são facilmente modelados e previsíveis, os processos estocásticos são regidos por fenômenos aleatórios, ou seja, as variáveis

Leia mais

4 Modelo de Equilíbrio Geral e Opções

4 Modelo de Equilíbrio Geral e Opções 37 4 Modelo de Equilíbrio Geral e Opções 4.1. Introdução Para melhor compreender a teoria utilizada para encontrar a probabilidade de default de uma empresa, é importante conhecer as bases conceituais

Leia mais

AVALIAÇÃO DE PROJETOS USANDO JOGOS EVOLUCIONÁRIOS E OPÇÕES REAIS

AVALIAÇÃO DE PROJETOS USANDO JOGOS EVOLUCIONÁRIOS E OPÇÕES REAIS AVALIAÇÃO DE PROJETOS USANDO JOGOS EVOLUCIONÁRIOS E OPÇÕES REAIS Aluna: Tatiana Kebudi Orlando Orientador: André Barreira da Silva Rocha Introdução Para se avaliar um projeto ou empresa, diversos métodos

Leia mais

4. Precificando as Opções Asiáticas Americanas

4. Precificando as Opções Asiáticas Americanas 4. Precificando as Opções Asiáticas Americanas Este capítulo é dedicado à precificação das opções asiáticas americanas de compra e de venda dos tipos Floating Strike e Fixed Strike baseadas em média Aritmética

Leia mais

UNIVESIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA POLITÉCNICA DA USP (POLI-USP) PECE ENGENHARIA FINANCEIRA YURI THIELMANN SIMÕES DA SILVA

UNIVESIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA POLITÉCNICA DA USP (POLI-USP) PECE ENGENHARIA FINANCEIRA YURI THIELMANN SIMÕES DA SILVA UNIVESIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA POLITÉCNICA DA USP (POLI-USP) PECE ENGENHARIA FINANCEIRA YURI THIELMANN SIMÕES DA SILVA Precificação e teste de replicação de carteira através dos ativos base para a opção

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA CURSO DE MESTRADO EM ECONOMIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA CURSO DE MESTRADO EM ECONOMIA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA CURSO DE MESTRADO EM ECONOMIA FÁBIO LÚCIO RODRIGUES IMPLEMENTAÇÃO DE MÉTODOS NUMÉRICOS PARA PRECIFICAÇÃO

Leia mais

3 Metodologia Objetivo da análise

3 Metodologia Objetivo da análise 3 Metodologia 3.1. Objetivo da análise Esse trabalho tem como objetivo comparar os prêmios de referência da BM&F Bovespa para as opções de dólar e de futuro de Ibovespa, disponíveis a cada data analisada,

Leia mais

AFC. Consultoria Estatística. Treinamento. Processos Estocásticos Aplicados a

AFC. Consultoria Estatística. Treinamento. Processos Estocásticos Aplicados a AFC Consultoria Estatística Treinamento Processos Estocásticos Aplicados a Apresentação Em um cenário onde a dinâmica dos negócios evolui rapidamente e a formação acadêmica dos profissionais não acompanha

Leia mais

ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais.

ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. Segunda Prova (P2) 11/12/2007 OBS: 1) A prova é SEM CONSULTA. A nota da prova é = mínimo{10; pontuação

Leia mais

ESTUDO SOBRE MÉTODOS DE PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES SOBRE TAXAS DE JUROS A TERMO NO MERCADO DE DERIVATIVOS BRASILEIRO E A ADMINISTRAÇÃO DE SEUS RISCOS

ESTUDO SOBRE MÉTODOS DE PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES SOBRE TAXAS DE JUROS A TERMO NO MERCADO DE DERIVATIVOS BRASILEIRO E A ADMINISTRAÇÃO DE SEUS RISCOS FELIPE ADELINO HONÓRIO ESTUDO SOBRE MÉTODOS DE PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES SOBRE TAXAS DE JUROS A TERMO NO MERCADO DE DERIVATIVOS BRASILEIRO E A ADMINISTRAÇÃO DE SEUS RISCOS Trabalho de Formatura apresentado

Leia mais

FREDERICO ARIETA DA COSTA FERREIRA O VALOR EM RISCO CONDICIONAL NA OTIMIZAÇÃO DE CARTEIRAS COM DERIVATIVOS

FREDERICO ARIETA DA COSTA FERREIRA O VALOR EM RISCO CONDICIONAL NA OTIMIZAÇÃO DE CARTEIRAS COM DERIVATIVOS FREDERICO ARIETA DA COSTA FERREIRA O VALOR EM RISCO CONDICIONAL NA OTIMIZAÇÃO DE CARTEIRAS COM DERIVATIVOS Trabalho de Formatura apresentado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para a obtenção

Leia mais

APLICAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO ESTOCÁSTICA PARA ESTRATÉGIAS DE INVESTIMENTOS EM FUNDOS ESTRUTURADOS

APLICAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO ESTOCÁSTICA PARA ESTRATÉGIAS DE INVESTIMENTOS EM FUNDOS ESTRUTURADOS Trabalho apresentado no CMAC-Sul, Curitiba-PR, 2014. APLICAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO ESTOCÁSTICA PARA ESTRATÉGIAS DE INVESTIMENTOS EM FUNDOS ESTRUTURADOS Bruno Marquetti Vanzetto e Oswaldo L.V. Costa Universidade

Leia mais

Risco de Portfólios em Múltiplas Frequências

Risco de Portfólios em Múltiplas Frequências Risco de Portfólios em Múltiplas Frequências Joana Ramos FCUP 25 de Janeiro de 2013 Joana Ramos (FCUP) Risco de Portfólios em Múltiplas Frequências 25 de Janeiro de 2013 1 / 26 Abstract Portfolio risk

Leia mais

ALISON BATISTA DA SILVA. Estudo do cone de volatilidade no mercado brasileiro de opções

ALISON BATISTA DA SILVA. Estudo do cone de volatilidade no mercado brasileiro de opções ALISON BATISTA DA SILVA Estudo do cone de volatilidade no mercado brasileiro de opções São Paulo Fevereiro/2014 ALISON BATISTA DA SILVA Estudo do cone de volatilidade no mercado brasileiro de opções Trabalho

Leia mais

A previsibilidade dos mercados financeiros que não nos faz enriquecer

A previsibilidade dos mercados financeiros que não nos faz enriquecer A previsibilidade dos mercados financeiros que não nos faz enriquecer Sílvio Gama Centro de Matemática da Universidade do Porto Departamento de Matemática da FCUP Inigma, 20 de Março de 2013 Títulos alternativos...

Leia mais

6 Referência Bibliográfica

6 Referência Bibliográfica 6 Referência Bibliográfica AMIN, K. L. Jump Diffusion Option Valuation in Discrete Time. Journal of Finance, vol. 48, p. 1833-1863, 1993..; NG, V. Option Valuation with Systematic Stochastic Volatility.

Leia mais