O escoamento em meios porosos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O escoamento em meios porosos"

Transcrição

1 1/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de O escoamento em meios porosos João Felipe Mitre 1 1 Universidade Federal Fluminense 2016

2 2/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Plano da apresentação 1 O Meio Poroso 2 A modelagem do meio poroso 3 Equações Constitutivas 4 Referências

3 3/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de O meio poroso

4 3/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de O meio poroso O que é um meio poroso? Constituído por partículas compactadas.

5 3/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de O meio poroso O que é um meio poroso? Constituído por partículas compactadas. Fonte: Soulaine (2015)

6 4/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Plano da apresentação 1 O Meio Poroso 2 A modelagem do meio poroso 3 Equações Constitutivas 4 Referências

7 5/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Linhas de modelagem

8 5/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Linhas de modelagem Modelagem de Stokes Utilizamos as equações de conservação de quantidade de movimento, massa e energia para modelar o escoamento no espaçamento formado por entre os grãos. Grande esforço computacional.

9 5/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Linhas de modelagem Modelagem de Stokes Utilizamos as equações de conservação de quantidade de movimento, massa e energia para modelar o escoamento no espaçamento formado por entre os grãos. Grande esforço computacional. Exemplo: Simulação de Borcado et al. (2015). Escoamento em um cubo com 2 mm grãos. 40 milhões de elementos.

10 6/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Linhas de modelagem

11 6/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Linhas de modelagem Modelagem de Darcy Tratamos o meio com uma meio contínuo e modelamos o efeito do escoamento entre as partículas. Conhecimento gerado com experimento de Darcy (1856)

12 6/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Linhas de modelagem Modelagem de Darcy Tratamos o meio com uma meio contínuo e modelamos o efeito do escoamento entre as partículas. Conhecimento gerado com experimento de Darcy (1856) Conclusão do experimento de Darcy q = KA h 1 h 2 L Posteriormente concluímos que: u = k [ p + γ z] µ Onde k é a permeabilidade absoluta

13 7/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Questões da modelagem de Darcy

14 7/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Questões da modelagem de Darcy Fluxo Darcyano Segue a lei da Darcy o escoamento que possui fluxo Darcyano. Equivalente ao laminar em meios porosos.

15 7/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Questões da modelagem de Darcy Fluxo Darcyano Segue a lei da Darcy o escoamento que possui fluxo Darcyano. Equivalente ao laminar em meios porosos. A permeabilidade do fluido Permeabilidade absoluta, k. Função do meio. Permeabilidade efetiva, k i. Existe pelo menos mais um fluido. Permeabilidade relativa, k r = k i /k.

16 7/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Questões da modelagem de Darcy Fluxo Darcyano Segue a lei da Darcy o escoamento que possui fluxo Darcyano. Equivalente ao laminar em meios porosos. A permeabilidade do fluido Permeabilidade absoluta, k. Função do meio. Permeabilidade efetiva, k i. Existe pelo menos mais um fluido. Permeabilidade relativa, k r = k i /k. Condições do experimento Estado estacionário e darcyano com um único fluido newtoniano Sem reação química

17 8/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Equação de Darcy-Forchheimer

18 8/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Equação de Darcy-Forchheimer Equação de Darcy p = µ k u

19 8/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Equação de Darcy-Forchheimer Equação de Darcy p = µ k u Equação de Darcy-Forchheimer ( µ ) p = k + βρ u u Permite modelar fluxos não darcyanos. Base para abordagem mais amplas.

20 9/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem Modelagem da Equação da Conservação Quantidade de Movimento O gradiente da pressão é incrementado na nova formulação. Generalizando ainda mais a formulação de Darcy-Forchheimer. ρu t S = + (ρuu) = p + (τ ) + S + f v (µd + f 12 ) ρ u u

21 9/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem Modelagem da Equação da Conservação Quantidade de Movimento O gradiente da pressão é incrementado na nova formulação. Generalizando ainda mais a formulação de Darcy-Forchheimer. ρu t S = + (ρuu) = p + (τ ) + S + f v (µd + f 12 ) ρ u u Se modelo de Darcy: d = 1/k e f = 0

22 9/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem Modelagem da Equação da Conservação Quantidade de Movimento O gradiente da pressão é incrementado na nova formulação. Generalizando ainda mais a formulação de Darcy-Forchheimer. ρu t S = + (ρuu) = p + (τ ) + S + f v (µd + f 12 ) ρ u u Se modelo de Darcy: d = 1/k e f = 0 Se modelo de Darcy-Forchheimer: d = 1/k e f = 2β

23 9/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem Modelagem da Equação da Conservação Quantidade de Movimento O gradiente da pressão é incrementado na nova formulação. Generalizando ainda mais a formulação de Darcy-Forchheimer. ρu t S = + (ρuu) = p + (τ ) + S + f v (µd + f 12 ) ρ u u Se modelo de Darcy: d = 1/k e f = 0 Se modelo de Darcy-Forchheimer: d = 1/k e f = 2β Se modelo de Ergun: 150 (1 φ)2 d = d 2 pφ 3 e 1,75 (1 φ) f = d p φ 3

24 10/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem

25 10/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem Modelagem com velocidade explícita Note que no meio poroso a velocidade é explícita pela lei de Darcy. u = p k µ

26 10/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem Modelagem com velocidade explícita Note que no meio poroso a velocidade é explícita pela lei de Darcy. u = p k µ Apenas me basta resolver a equação da pressão

27 10/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem Modelagem com velocidade explícita Note que no meio poroso a velocidade é explícita pela lei de Darcy. u = p k µ Apenas me basta resolver a equação da pressão Na equação de Darcy-Forchheimer, o termo é não linear. A solução é uma metodologia numérica.

28 11/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem

29 11/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem Escoamento monofásico

30 11/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem Escoamento monofásico Com base na equação da continuidade obtém-se a equação da difusividade hidráulica

31 11/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem Escoamento monofásico Com base na equação da continuidade obtém-se a equação da difusividade hidráulica Preliminarmente: ( ) ρk µ p = φρ t

32 12/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem

33 12/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem Escoamento monofásico

34 12/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem Escoamento monofásico Algum trabalho de particularização pode ser feito.

35 12/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem Escoamento monofásico Algum trabalho de particularização pode ser feito. Para líquidos:: 2 (p) = 1 η p t η = k/(φµc t ) e C t = C o S o + C w S w + C f

36 13/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem

37 13/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem Restrições do modelo: não há reação química e não há interação do fluido com a rocha escoamento darcyano e isotérmico efeitos gravitacionais desprezíveis, escoamento horizontal a compressibilidade do fluido é pequena e a viscosidade é constante o meio poroso é homogêneo, isotrópico e de permeabilidade constante pequenos gradientes de pressão fluxo monofásico (mesmo que exista outras fases).

38 14/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Modelagem Escoamento multifásico Com base na equação da continuidade obtém-se: ( kk ) ra(s b ) ( p a ρ a g) + µ ( a kk ) rb(s b ) ( p a ρ b g p c (S b )) = q a + q b µ b φ S i t + (u i) = q i u i = k i µ i ( p i ρ i g) Si = 1 p c (S b ) = p a p b

39 15/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Plano da apresentação 1 O Meio Poroso 2 A modelagem do meio poroso 3 Equações Constitutivas 4 Referências

40 16/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Equações Constitutivas Termos que requerem modelagem adicional Modelagem da permeabilidade relativa Modelagem da pressão capilar Modelagem da vazão do poço

41 17/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Equações Constitutivas Seja definido a Saturação Efetiva: S i S i,irr S i,eff = 1 S a,irr S b,irr

42 17/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Equações Constitutivas Seja definido a Saturação Efetiva: S i S i,irr S i,eff = 1 S a,irr S b,irr Modelagem da permeabilidade relativa 1. Brooks e Corey: k ri = k ri,max Si,eff m ( ( ) m ) 2 2. Van Genuchten: k ri = k ri,max S 1/2 i,eff 1 1 S 1/m i,eff 3. Existem mais 100 correlações na literatura.

43 18/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Equações Constitutivas Seja definido a Saturação para avaliação da pressão capilar: S b,pc = S b S pc,irr S pc,max S pc,irr

44 18/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Equações Constitutivas Seja definido a Saturação para avaliação da pressão capilar: S b,pc = S b S pc,irr S pc,max S pc,irr Modelagem da pressão capilar 1. Brooks e Corey: p c (S b,pc ) = p c,0 S α b,p c ( ) 1 m 2. Van Genuchten: p c (S b,pc ) = p c,0 S 1/m b,p c 1 3. Modelo linear: p c (S b,pc ) = p c,0 + (1 S b,pc ) (p c,max p c,0 ) 4. Outras tantas correlações na literatura.

45 18/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Equações Constitutivas Seja definido a Saturação para avaliação da pressão capilar: S b,pc = S b S pc,irr S pc,max S pc,irr Modelagem da pressão capilar 1. Brooks e Corey: p c (S b,pc ) = p c,0 S α b,p c ( ) 1 m 2. Van Genuchten: p c (S b,pc ) = p c,0 S 1/m b,p c 1 3. Modelo linear: p c (S b,pc ) = p c,0 + (1 S b,pc ) (p c,max p c,0 ) 4. Outras tantas correlações na literatura. Note que: p c (S b ) = dp c S b = dp c ds b S b ds b ds b ds b,pc

46 19/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Equações Constitutivas Mobilidade, λ i λ i = kk ri µ i

47 19/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Equações Constitutivas Mobilidade, λ i λ i = kk ri µ i Modelagem da vazão do poço Hipótese de que injeta-se uma fase pura e retira-se duas fases, relativamente a sua mobilidade. q i = Q inj λ i j λ Q prod j

48 20/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Plano da apresentação 1 O Meio Poroso 2 A modelagem do meio poroso 3 Equações Constitutivas 4 Referências

49 21/21 - Universidade Federal Fluminense. Junho de Referências Manual do OpenFOAM - Henri Darcy. Fontaines publiques de la ville de Dijon. Librairie des Corps Impériaux des Ponts et Chaussées et des Mines, 1856 Bocado et al. (2015). Pore-scale simulation of particle transport and deposition in 3D porous media. Slides. HPC FOAM Workshop. Soulaine, C. (2015) On the Origin of the Darcy s Law. Rosa et al. (2001) Engenharia de Reservatórios, Interciência, Rio de Janeiro.

3 Escoamento em Meios Porosos

3 Escoamento em Meios Porosos 3 Escoamento em Meios Porosos O entendimento das equações que descrevem o escoamento de fluidos em meios porosos é fundamental para qualquer estudo na área de reservatórios, seja no ensino, pesquisa ou

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia de Petróleo Engenharia de Petróleo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia de Petróleo Engenharia de Petróleo Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia de Petróleo Engenharia de Petróleo TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ESTUDO DO FLUXO MONOFÁSICO DE LÍQUIDO EM UM

Leia mais

1 Introdução 1.1. Motivação

1 Introdução 1.1. Motivação 1 Introdução 1.1. Motivação Um dos problemas mais desafiadores da nossa geração e possivelmente das seguintes, será tentar alongar o uso do petróleo como uma das principais fontes de energia no mundo.

Leia mais

O reômetro capilar Análise Problemas e limitações Correções Outras informações. Reometria Capilar. Grupo de Reologia - GReo

O reômetro capilar Análise Problemas e limitações Correções Outras informações. Reometria Capilar. Grupo de Reologia - GReo Reometria Capilar Grupo de Reologia - GReo Departamento de Engenharia Mecânica Pontifícia Universidade Católica - RJ 28 de julho de 2015 Sumário O reômetro capilar descrição exemplo de reômetro comerical

Leia mais

6º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS

6º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS 6º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS TÍTULO DO TRABALHO: Análise dos Efeitos dos Modelos de Forchheimer Quadrático e Cúbico no Comportamento da Pressão de Poços de Petróleo

Leia mais

SIMULAÇÃO DE UM ESCOAMENTO BIFÁSICO ÓLEO- ÁGUA EM RESERVATÓRIO DE PETRÓLEO

SIMULAÇÃO DE UM ESCOAMENTO BIFÁSICO ÓLEO- ÁGUA EM RESERVATÓRIO DE PETRÓLEO SIMULAÇÃO DE UM ESCOAMENTO BIFÁSICO ÓLEO- ÁGUA EM RESERVATÓRIO DE PETRÓLEO T. B. FORTUNATO 1, J. C. S. DUTRA 2 e W. B. da SILVA 3 LAMCES Laboratório de Métodos Computacionais, Controle e Estimação Universidade

Leia mais

ESTUDO NUMÉRICO DO DESLOCAMENTO DE FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS

ESTUDO NUMÉRICO DO DESLOCAMENTO DE FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS ESTUDO NUMÉRICO DO DESLOCAMENTO DE FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS Aluno: Thiago Ferrão Moura Cruz Orientadora: Mônica Feijó Naccache e Aline Abdu Introdução Com o objetivo de estudar o comportamento do cimento

Leia mais

2 Fluxo em meios porosos

2 Fluxo em meios porosos 2 Fluxo em meios porosos Para se resolver o problema de transporte precisa-se, primeiramente, solucionar o problema de fluxo. Isto é necessário, pois precisa-se do campo de velocidades para os transportes

Leia mais

2 Conceitos Fundamentais

2 Conceitos Fundamentais 2 Conceitos Fundamentais A complexidade envolvida no estudo do escoamento de fluidos em meios porosos é um dos grandes desafios da engenharia, principalmente ao se buscar cada vez mais um melhor fator

Leia mais

2 Formulação Matemática e Modelagem Computacional

2 Formulação Matemática e Modelagem Computacional 2 Formulação Matemática e Modelagem Computacional 2.1. Formulação Matemática A análise do escoamento através de tubos capilares foi desenvolvida utilizando-se o código CFD que vem sendo desenvolvido e

Leia mais

Desenvolvimento de um simulador numérico para o estudo do escoamento de petróleo em meios porosos

Desenvolvimento de um simulador numérico para o estudo do escoamento de petróleo em meios porosos www.periodicos.ufes.br/lajer Desenvolvimento de um simulador numérico para o estudo do escoamento de petróleo em meios porosos Cintia Cassa Libardi *, Oldrich Joel Romero Engenharia de Petróleo, Universidade

Leia mais

Modelo de Fluxo Subterrâneo

Modelo de Fluxo Subterrâneo 23 2 Modelo de Fluo Subterrâneo O capitulo segundo vai estudar primeiramente os parâmetros hidroeológicos de sistema aquífero. Seguidamente vai-se estudartar a lei de Darcy. Assim, com esta lei em mão,

Leia mais

INFLUÊNCIA DA PERMEABILIDADE NO FLUXO RADIAL EM MEIO POROSO EM REGIME PSEUDOPERMANENTE

INFLUÊNCIA DA PERMEABILIDADE NO FLUXO RADIAL EM MEIO POROSO EM REGIME PSEUDOPERMANENTE INFLUÊNCIA DA PERMEABILIDADE NO FLUXO RADIAL EM MEIO POROSO EM REGIME PSEUDOPERMANENTE Analu Gonçalves da Silva Araújo 1, Hosana Oliveira Ávila Neta 2, Leonardo de Araújo Lisboa 3, Cláudio Borba 4. 1,2,3,4

Leia mais

Prof. José Roberto P. Rodrigues (PETROBRAS/CENPES)

Prof. José Roberto P. Rodrigues (PETROBRAS/CENPES) (PETROBRAS/CENPES) Instrutor: José Roberto P. Rodrigues Mestre em Matemática pela UFRJ (1987) Doutor em Matemática pela UFRJ (1994) Profissional da Petrobras desde 1987 27 anos de experiência em pesquisa,

Leia mais

1 Introdução 1.1. Motivação

1 Introdução 1.1. Motivação 1 Introdução 1.1. Motivação A maioria das empresas petrolíferas do mundo está tendo grandes dificuldades para repor suas reservas, ou seja, estão produzindo anualmente um volume maior de petróleo do que

Leia mais

PERMEABILIDADE DAS ROCHAS

PERMEABILIDADE DAS ROCHAS Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo PERMEABILIDADE DAS ROCHAS PMI 1673 - Mecânica de Fluidos Aplicada a Reservatórios Prof. Eduardo César Sansone

Leia mais

EFEITO INERCIAL MICROSCÓPICO NO ESTUDO DA TRANSIÇÃO DO ESCOAMENTO IMCOMPRESSÍVEL NÃO- DARCIANO EM MEIO POROSO NÃO CONSOLIDADO

EFEITO INERCIAL MICROSCÓPICO NO ESTUDO DA TRANSIÇÃO DO ESCOAMENTO IMCOMPRESSÍVEL NÃO- DARCIANO EM MEIO POROSO NÃO CONSOLIDADO EFEITO INERCIAL MICROSCÓPICO NO ESTUDO DA TRANSIÇÃO DO ESCOAMENTO IMCOMPRESSÍVEL NÃO- DARCIANO EM MEIO POROSO NÃO CONSOLIDADO H.E.MACIEL 1 e L.D.T.CÂMARA 1* 1 Instituto Politécnico da Universidade do Estado

Leia mais

Eulerian-Lagrangian Simulation of a Turbulent Evaporating Spray

Eulerian-Lagrangian Simulation of a Turbulent Evaporating Spray Eulerian-Lagrangian Simulation of a Turbulent Evaporating Spray Rodrigo B. Piccinini e-mail: rbpiccinini@gmail.com Apresentação de Tese de Mestrado Instituto Tecnológico de Aeronáutica Programa de Engenharia

Leia mais

Camada limite laminar

Camada limite laminar Camada limite laminar J. L. Baliño Escola Politécnica - Universidade de São Paulo Apostila de aula 2017, v. 1 Camada limite laminar 1 / 24 Sumário 1 Introdução 2 Equações da camada limite laminar 3 Solução

Leia mais

Sumário. Apresentação... Prefácio... Lista de Variáveis...

Sumário. Apresentação... Prefácio... Lista de Variáveis... Sumário Apresentação... Prefácio... Lista de Variáveis... IX XI XV Capítulo 1 Introdução... 1 1.1 Etapas do Escoamento... 4 1.1.1 Recuperação... 4 1.1.2 Elevação... 10 1.1.3 Coleta... 10 1.1.4 Exportação...

Leia mais

Modelos homogêneo e de deriva

Modelos homogêneo e de deriva Modelos homogêneo e de deriva Departamento de Engenharia Mecânica, Escola Politécnica Escola Brasileira de Escoamentos Multifásicos (EBEM) Março 27-28, São Paulo Modelos homogêneo e de deriva 1 / 54 Outline

Leia mais

EM34B Transferência de Calor 2

EM34B Transferência de Calor 2 EM34B Transferência de Calor 2 Prof. Dr. André Damiani Rocha arocha@utfpr.edu.br Convecção Forçada Escoamento Externo 2 Convecção Forçada: Escoamento Externo Escoamento Externo É definido como um escoamento

Leia mais

Álgumas palavras sobre as Equações de Navier-Stokes

Álgumas palavras sobre as Equações de Navier-Stokes Álgumas palavras sobre as Equações de Navier-Stokes As equações de Navier-Stokes foram derivadas inicialmente por M. Navier em 1827 e por S.D. Poisson em 1831, baseando-se num argumento envolvendo considerações

Leia mais

AUTORA: Letícia Xavier Corbini. ORIENTADOR: Nilson Romeu Marcílio

AUTORA: Letícia Xavier Corbini. ORIENTADOR: Nilson Romeu Marcílio AUTORA: Letícia Xavier Corbini ORIENTADOR: Nilson Romeu Marcílio INTRODUÇÃO O Brasil possui reservas significativas de carvão mineral. Este combustível representa 6 % da demanda total de energia no país.

Leia mais

ESCOAMENTOS VARIÁVEIS EM PRESSÃO (Choque Hidráulico)

ESCOAMENTOS VARIÁVEIS EM PRESSÃO (Choque Hidráulico) ECOAMENTO VARIÁVEI EM PREÃO (Choque Hidráulico) Equações Fundamentais 26-5-2003 Equações Fundamentais 1 Escoamentos variáveis em pressão: regime gradualmente variado (ou quase-permanente) ou regime rapidamente

Leia mais

Fenômenos de Transferência FEN/MECAN/UERJ Prof Gustavo Rabello 2 período 2014 lista de exercícios 06/11/2014. Conservação de Quantidade de Movimento

Fenômenos de Transferência FEN/MECAN/UERJ Prof Gustavo Rabello 2 período 2014 lista de exercícios 06/11/2014. Conservação de Quantidade de Movimento Fenômenos de Transferência FEN/MECAN/UERJ Prof Gustavo Rabello 2 período 2014 lista de exercícios 06/11/2014 Conservação de Quantidade de Movimento 1. A componente de velocidade v y de um escoamento bi-dimensional,

Leia mais

Novembro/2018. Ajuste Automático ao Histórico em Simulação de Reservatórios

Novembro/2018. Ajuste Automático ao Histórico em Simulação de Reservatórios Ajuste Automático ao Histórico Simulação de Reservatórios Flavio Dickstein Paulo Goldfeld Renan V. Pinto IM/UFRJ IM/UFRJ LabMAPetro/UFRJ Novembro/2018 Simulação sob incerteza (i) O reservatório é inacessível

Leia mais

ESTUDO NUMÉRICO DA INFLUÊNCIA DA VISCOSIDADE DO FLUXO BIFÁSICO NÃO-ISOTÉRMICO DE ÓLEO PESADO E GÁS NATURAL EM UM DUTO VERTICAL

ESTUDO NUMÉRICO DA INFLUÊNCIA DA VISCOSIDADE DO FLUXO BIFÁSICO NÃO-ISOTÉRMICO DE ÓLEO PESADO E GÁS NATURAL EM UM DUTO VERTICAL ESTUDO NUMÉRICO DA INFLUÊNCIA DA VISCOSIDADE DO FLUXO BIFÁSICO NÃO-ISOTÉRMICO DE ÓLEO PESADO E GÁS NATURAL EM UM DUTO VERTICAL L. D. S. SILVA 1, J. L. G. MARINHO 2, J. I. SOLETTI 1, L. MEILI 2 e S. H.

Leia mais

MODELO DO FEIXE DE TUBOS PARA A PERDA DE CARGA EM LEITOS POROSOS

MODELO DO FEIXE DE TUBOS PARA A PERDA DE CARGA EM LEITOS POROSOS MODELO DO FEIXE DE TUBOS PARA A PERDA DE CARGA EM LEITOS POROSOS A dedução da equação da perda de carga para um meio poroso baseia-se na modelagem do leito poroso como um feixe de tubos capilares paralelos

Leia mais

Equações de Navier-Stokes

Equações de Navier-Stokes Equações de Navier-Stokes J. L. Baliño Escola Politécnica - Universidade de São Paulo Apostila de aula 2017, v. 1 Equações de Navier-Stokes 1 / 16 Sumário 1 Relações constitutivas 2 Conservação do momento

Leia mais

Um breve estudo sobre Dinâmica dos Fluidos Computacional

Um breve estudo sobre Dinâmica dos Fluidos Computacional Um breve estudo sobre Dinâmica dos Fluidos Computacional Lucia Catabriga luciac@inf.ufes.br March 9, 2016 Lucia Catabriga (UFES) ANII e CC DI/PPGI/PPGEM March 9, 2016 1 / 17 Aspectos Gerais - Definição

Leia mais

Equações de Navier-Stokes

Equações de Navier-Stokes Equações de Navier-Stokes Para um fluido em movimento, a pressão (componente normal da força de superfície) é diferente da pressão termodinâmica: p " # 1 3 tr T p é invariante a rotação dos eixos de coordenadas,

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SIMULADOR DE RESERVATÓRIOS DE GÁS PARA POÇOS MULTIFRATURADOS COM A INCLUSÃO DE EFEITOS NÃO-DARCY

DESENVOLVIMENTO DE UM SIMULADOR DE RESERVATÓRIOS DE GÁS PARA POÇOS MULTIFRATURADOS COM A INCLUSÃO DE EFEITOS NÃO-DARCY DESENVOLVIMENTO DE UM SIMULADOR DE RESERVATÓRIOS DE GÁS PARA POÇOS MULTIFRATURADOS COM A INCLUSÃO DE EFEITOS NÃO-DARCY Arthur B. Soprano, Tarcísio Fischer, Cristiano É. Dannenhauer, Edson Tadeu M. Manoel,

Leia mais

Departamento de Engenharia Mecânica. ENG 1011: Fenômenos de Transporte I

Departamento de Engenharia Mecânica. ENG 1011: Fenômenos de Transporte I Departamento de Engenharia Mecânica ENG 1011: Fenômenos de Transporte I Aula 9: Formulação diferencial Exercícios 3 sobre instalações hidráulicas; Classificação dos escoamentos (Formulação integral e diferencial,

Leia mais

I. Fazer uma revisão dos modelos poroelásticos de Biot e Rice & Cleary

I. Fazer uma revisão dos modelos poroelásticos de Biot e Rice & Cleary 1. Introdução 1.1 Objetivos Os objetivos deste trabalho são: I. Fazer uma revisão dos modelos poroelásticos de Biot e Rice & Cleary 64 buscando o entendimento de suas formulações, bem como, dos parâmetros

Leia mais

2 Conceitos iniciais e mecanismo de produção

2 Conceitos iniciais e mecanismo de produção 2 Conceitos iniciais e mecanismo de produção 2.1. Considerações gerais Segundo Rosa et al (2006), os fluidos contidos em uma rocha reservatório devem dispor de certa quantidade de energia para que possam

Leia mais

ASPECTOS MATEMÁTICOS DAS EQUAÇÕES

ASPECTOS MATEMÁTICOS DAS EQUAÇÕES ASPECTOS MATEMÁTICOS DAS EQUAÇÕES Classificações: Ordem: definida pela derivada de maior ordem Dimensão: em função de x, y e z (Ex. 1D, D ou 3D) Tipos de fenômenos 1. Transiente; e. Estacionário, ou permanente.

Leia mais

FENÔMENOS DE TRANSPORTES

FENÔMENOS DE TRANSPORTES FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 6 CINEMÁTICA DOS FLUIDOS PROF.: KAIO DUTRA Conservação da Massa O primeiro princípio físico para o qual nós aplicamos a relação entre as formulações de sistema e de volume

Leia mais

SIMULAÇÃO DE INJEÇÃO DE FLUIDOS EM RESERVATÓRIOS DE PETRÓLEO ADOTANDO UMA MALHA DE CINCO PONTOS

SIMULAÇÃO DE INJEÇÃO DE FLUIDOS EM RESERVATÓRIOS DE PETRÓLEO ADOTANDO UMA MALHA DE CINCO PONTOS SIMULAÇÃO DE INJEÇÃO DE FLUIDOS EM RESERVATÓRIOS DE PETRÓLEO ADOTANDO UMA MALHA DE CINCO PONTOS Ingrid Gonçalves de Farias 1 ; Emylle Laisa Santos Souza 2 ; José Otávio Peroba Nascimento Santos 3 ; Teresa

Leia mais

Introdução aos Fenômenos de Transporte

Introdução aos Fenômenos de Transporte aos Fenômenos de Transporte Aula 2 - Mecânica dos fluidos Engenharia de Produção 2012/1 aos Fenômenos de Transporte O conceito de fluido Dois pontos de vista: Macroscópico: observação da matéria do ponto

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Introdução à Convecção Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal de

Leia mais

Universidade Federal do Paraná

Universidade Federal do Paraná Universidade Federal do Paraná Programa de pós-graduação em engenharia de recursos hídricos e ambiental TH705 Mecânica dos fluidos ambiental II Prof. Fernando Oliveira de Andrade Escoamento turbulento

Leia mais

As equações governantes do problema poroelástico têm duas parcelas:

As equações governantes do problema poroelástico têm duas parcelas: 4 POROELASTICIDADE 4.1. Introdução Esta teoria que descreve o comportamento acoplado entre os fluidos e sólidos em meios porosos foi primeiramente descrita por Biot que teve início com uma série de artigos

Leia mais

5 Metodologia de Solução Numérica

5 Metodologia de Solução Numérica 5 Metodologia de Solução Numérica Neste capítulo será descrito a metodologia para a validação do modelo, através dos seguintes itens: Definição do Problema; Adimensionalização do Problema; ondições de

Leia mais

2 Exploração e Produção de Petróleo

2 Exploração e Produção de Petróleo 2 Exploração e Produção de Petróleo 2.1 Engenharia de Reservatórios Segundo [5], a Engenharia de Reservatórios é um ramo da atividade petrolífera responsável por apresentar soluções eficientes para a retirada

Leia mais

CAPÍTULO 1 PRINCIPAIS PONTOS DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA FÍSICA DO SOLO Principais pontos da evolução histórica da Física do Solo 01 Literatura citada 03

CAPÍTULO 1 PRINCIPAIS PONTOS DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA FÍSICA DO SOLO Principais pontos da evolução histórica da Física do Solo 01 Literatura citada 03 ÍNDICE CAPÍTULO 1 PRINCIPAIS PONTOS DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA FÍSICA DO SOLO Principais pontos da evolução histórica da Física do Solo 01 Literatura citada 03 CAPÍTULO 2 O SOLO COMO UM SISTEMA MULTICOMPONENTE

Leia mais

Análise Diferencial de Escoamentos de Fluidos

Análise Diferencial de Escoamentos de Fluidos 12ª aula PME 3230 2016 Análise Diferencial de Escoamentos de Fluidos Prof. Dr. Marcos Tadeu Pereira Equações com Volume de Controle (VC) para Leis de Conservação de Massa, de Energia e de Quantidade de

Leia mais

6 Exemplos para avaliação das Formulações para Simulação de Fluxo em Meios Porosos

6 Exemplos para avaliação das Formulações para Simulação de Fluxo em Meios Porosos 6 Exemplos para avaliação das Formulações para Simulação de Fluxo em Meios Porosos 6.1. Considerações gerais Esse capítulo apresenta alguns exemplos com o objetivo de verificar as formulações bifásicas

Leia mais

2 Modelo de rede de capilares

2 Modelo de rede de capilares 2 Modelo de rede de capilares Os modelos de rede de capilares podem ser subdivididos em três partes essenciais à modelagem computacional de escoamentos em meios porosos: 1. Uma estrutura discretizada que

Leia mais

Propriedades das rochas Aula 3

Propriedades das rochas Aula 3 Propriedades das rochas Aula 3 PMI-1712 Engenharia de Reservatórios I Ricardo Cabral de Azevedo Sumário da Aula Relação com aulas anteriores Introdução Propriedades das rochas Conclusões Referências sobre

Leia mais

4 Simulação de Fluxo em Reservatório Sintético

4 Simulação de Fluxo em Reservatório Sintético 4 Simulação de Fluxo em Reservatório Sintético Um aspecto importante da simulação de reservatórios associado ao estudo de viabilidade de sísmica time-lapse é que o objetivo é criar cenários de produção

Leia mais

Equações de conservação e Equações constitutivas

Equações de conservação e Equações constitutivas Equações de conservação e Equações constitutivas Profa. Mônica F. Naccache naccache@puc-rio.br Sala 153-L, R 1174 http://naccache.usuarios.rdc.puc-rio.br/cursos/fnnip.html Soluções de escoamentos Equações

Leia mais

Sétima aula. Segundo semestre de 2015

Sétima aula. Segundo semestre de 2015 Sétima aula Segundo semestre de 015 Ok! Relembrando o enunciado: Vamos resolver o exercício da semana? Exercício da semana Na solução deste exercício, iniciamos evocando o conceito da vazão volumétrica,

Leia mais

APÊNDICE A. Troncos de Cone Porosos. Porosidade e Permeabilidade. Determinação

APÊNDICE A. Troncos de Cone Porosos. Porosidade e Permeabilidade. Determinação APÊNDICES 131 APÊNDICE A Troncos de Cone Porosos Porosidade e Permeabilidade Determinação 132 A 1 - Determinação da porosidade dos troncos de cone filtrantes A porosidade (Ε) é um parâmetro importante

Leia mais

Simulação do escoamento em sistemas porosos usando MPS (Moving-Particle Semi-Implicit)

Simulação do escoamento em sistemas porosos usando MPS (Moving-Particle Semi-Implicit) Simulação do escoamento em sistemas porosos usando MPS (Moving-Particle Semi-Implicit) Nikolas Lukin* Tanque de Provas Numérico, Depto de Engenharia Naval, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo,

Leia mais

Introdução Equações médias da turbulência Estrutura turbulenta de cisalhamento Transporte de energia cinética turbulenta. Turbulência. J. L.

Introdução Equações médias da turbulência Estrutura turbulenta de cisalhamento Transporte de energia cinética turbulenta. Turbulência. J. L. Turbulência J. L. Baliño Escola Politécnica - Universidade de São Paulo Apostila de aula 2017, v. 1 Turbulência 1 / 29 Sumário 1 Introdução 2 Equações médias da turbulência 3 Estrutura turbulenta de cisalhamento

Leia mais

A viscosidade 35 Grandeza física transporta e sentido da transferência 35 Experiência 03: o modelo do baralho 35 Modelo de escoamento em regime

A viscosidade 35 Grandeza física transporta e sentido da transferência 35 Experiência 03: o modelo do baralho 35 Modelo de escoamento em regime SUMÁRIO I. Introdução Portfolio de Fenômenos de Transporte I 1 Algumas palavras introdutórias 2 Problema 1: senso comum ciência 4 Uma pequena história sobre o nascimento da ciência 5 Das Verdades científicas

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I Profa. Lívia Chaguri E-mail: lchaguri@usp.br Conteúdo Bombas Parte 1 - Introdução - Classificação - Bombas sanitárias - Condições

Leia mais

Camada Limite Laminar

Camada Limite Laminar Camada Limite Laminar Profa. Mônica F. Naccache PUC- Rio Profa. Mônica Naccache PUC- Rio 1 Camada Limite Hipótese de Ludwig Prandtl (194): região do fluido em escoamento pode ser dividida em partes: Camada

Leia mais

2 Modelagem Matemática do Problema

2 Modelagem Matemática do Problema 2 Modelagem Matemática do Problema O escoamento de uma gota imersa em um fluido através de um capilar é um problema transiente, não linear, bifásico com superfície livre e descrito pela equação de Navier

Leia mais

Cálculo de condutos. PMC 3230 Prof. Marcos Tadeu Pereira 2016 (Diversas figuras retiradas da internet sem identificação de origem)

Cálculo de condutos. PMC 3230 Prof. Marcos Tadeu Pereira 2016 (Diversas figuras retiradas da internet sem identificação de origem) Cálculo de condutos PMC 3230 Prof. Marcos Tadeu Pereira 2016 (Diversas figuras retiradas da internet sem identificação de origem) Bibliografia adicional Mémènto des Pertes de Charge (Handbook of Pressure

Leia mais

3 Revisão da literatura II: Fluxo em meios porosos

3 Revisão da literatura II: Fluxo em meios porosos 46 3 Revisão da literatura II: Fluxo em meios porosos 3.1. Meio poroso saturado e parcialmente saturado O solo na sua estrutura apresenta duas zonas em função do seu conteúdo de umidade, zona saturada

Leia mais

3 o Trabalho de Algoritmos Numéricos II /1 Algoritmos de Avanço no Tempo para problemas Parabólicos Data de entrega:

3 o Trabalho de Algoritmos Numéricos II /1 Algoritmos de Avanço no Tempo para problemas Parabólicos Data de entrega: 3 o Trabalho de Algoritmos Numéricos II - 2017/1 Algoritmos de Avanço no Tempo para problemas Parabólicos Data de entrega: Considerar os algoritmos explícito, implícito e Crank-Nicolson para resolver a

Leia mais

3 SPH. 3.1 Introdução

3 SPH. 3.1 Introdução 3 SPH 3.1 Introdução Smoothed Particle Hydrodynamics (SPH) é um método puramente Lagrangiano desenvolvido por Lucy (1977) e Gingold (1977) em um estudo do campo da astrofísica voltado para colisão entre

Leia mais

SIMULAÇÃO NUMÉRICA DO ESCOAMENTO PARTICULADO EM UM CANAL PARCIALMENTE POROSO HOMOGÊNEO

SIMULAÇÃO NUMÉRICA DO ESCOAMENTO PARTICULADO EM UM CANAL PARCIALMENTE POROSO HOMOGÊNEO SIMULAÇÃO NUMÉRICA DO ESCOAMENTO PARTICULADO EM UM CANAL PARCIALMENTE POROSO HOMOGÊNEO 1 Guilherme H. de Lima, 1 Fernando C. De Lai, 1 Admilson T. Franco e 1 Silvio L. M. Junqueira 1 Centro de Pesquisas

Leia mais

3 Formulação de problemas acoplados fluido mecânicos mecânico para fluxo em reservatórios

3 Formulação de problemas acoplados fluido mecânicos mecânico para fluxo em reservatórios 3 Formulação de problemas acoplados fluido mecânicos mecânico para fluxo em reservatórios 3.1. Introdução Esse capítulo visa apresentar o conjunto de equações necessárias à descrição numérica dos problemas

Leia mais

Dinâmica da Atmosfera

Dinâmica da Atmosfera Dinâmica da Atmosfera Forças atuantes sobre corpos sobre a superfície terrestre: fricção, coriolis, gravitacional, etc. Efeitos de temperatura Efeitos geográficos Pêndulo de Focault Trajetória do Pêndulo

Leia mais

Escoamentos não isotérmicos

Escoamentos não isotérmicos Escoamentos não isotérmicos Profa. Mônica F. Naccache 1 Condições de contorno: paredes sólidas e interfaces Tipos: Fronteira livre Fronteira limitada: paredes ou interfaces Condição cinemáeca conservação

Leia mais

com Formulação Mista de Mínimos Quadrados

com Formulação Mista de Mínimos Quadrados Aproximação para Equações de Pressão e Velocidade com Formulação Mista de Mínimos Quadrados Kennedy Morais Fernandes Campus Regional Instituto Politécnico - IPRJ Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Leia mais

0.5 setgray0 0.5 setgray1. Mecânica dos Fluidos Computacional. Aula 4. Leandro Franco de Souza. Leandro Franco de Souza p.

0.5 setgray0 0.5 setgray1. Mecânica dos Fluidos Computacional. Aula 4. Leandro Franco de Souza. Leandro Franco de Souza p. Leandro Franco de Souza lefraso@icmc.usp.br p. 1/1 0.5 setgray0 0.5 setgray1 Mecânica dos Fluidos Computacional Aula 4 Leandro Franco de Souza Leandro Franco de Souza lefraso@icmc.usp.br p. 2/1 A pressão

Leia mais

Tópicos em Simulação e Otimização de Processos Aula 2: Modelos Matemáticos de Processos & Exemplo Aplicado

Tópicos em Simulação e Otimização de Processos Aula 2: Modelos Matemáticos de Processos & Exemplo Aplicado Tópicos em Simulação e Otimização de Processos Aula 2: Modelos Matemáticos de Processos & Exemplo Aplicado, MSc rodolfo@unipampa.edu.br Curso de Universidade Federal do Pampa Campus Bagé 26 de janeiro

Leia mais

EM34B Transferência de Calor 2

EM34B Transferência de Calor 2 EM34B Transferência de Calor 2 Prof. Dr. André Damiani Rocha arocha@utfpr.edu.br Parte II: 2 Estudo da Transferência de Calor por Convecção 02 Objetivos 1. Mecanismo físico: o o o Origem física; Parâmetros

Leia mais

PROGRAMA DE ENSINO CRÉDITOS CARGA HORÁRIA DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA TOTAL TEÓRICA PRÁTICA TEÓRICO- PRÁTICA

PROGRAMA DE ENSINO CRÉDITOS CARGA HORÁRIA DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA TOTAL TEÓRICA PRÁTICA TEÓRICO- PRÁTICA PROGRAMA DE ENSINO UNIDADE UNIVERSITÁRIA: UNESP CÂMPUS DE ILHA SOLTEIRA CURSO: ENGENHARIA MECÂNICA (Resolução UNESP n O 74/2004 - Currículo: 4) HABILITAÇÃO: OPÇÃO: DEPARTAMENTO RESPONSÁVEL: Engenharia

Leia mais

Campus de Ilha Solteira. Disciplina: Fenômenos de Transporte

Campus de Ilha Solteira. Disciplina: Fenômenos de Transporte Campus de Ilha Solteira CONCEITOS BÁSICOS B E VISCOSIDADE Disciplina: Fenômenos de Transporte Professor: Dr. Tsunao Matsumoto INTRODUÇÃO A matéria de Fenômenos de Transporte busca as explicações de como

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA ENG 008 Fenômenos de Transporte I A Profª Fátima Lopes

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA ENG 008 Fenômenos de Transporte I A Profª Fátima Lopes Fluido Newtoniano Viscosidade dos fluidos: Definimos fluido como uma substância que se deforma continuamente sob a ação de um esforço cisalante. Na ausência deste esforço, ele não se deformará. Os fluidos

Leia mais

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica Blucher Chemical Engineering Proceedings Dezembro de 2014, Volume 1, Número 1 X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica Influência da pesquisa em Engenharia Química no desenvolvimento

Leia mais

Fenômenos de Transporte

Fenômenos de Transporte Fenômenos de Transporte HIdrodinâmica Prof. Dr. Felipe Corrêa O que são Fluidos Ideais? Por definição: Escoamento ideal ou escoamento sem atrito, é aquele no qual não existem tensões de cisalhamento atuando

Leia mais

Análise Diferencial de Escoamentos de Fluidos

Análise Diferencial de Escoamentos de Fluidos 11ª aula PME 3222 2017 Análise Diferencial de Escoamentos de Fluidos Prof. Dr. Marcos Tadeu Pereira Equações com Volume de Controle (VC) para Leis de Conservação de Massa, de Energia e de Quantidade de

Leia mais

SOLUÇÃO DA QUESTÃO: A equação da continuidade produz velocidade constante ao longo da tubulação: v 2 = v 1 = v.

SOLUÇÃO DA QUESTÃO: A equação da continuidade produz velocidade constante ao longo da tubulação: v 2 = v 1 = v. EAMB7 Mecânica dos Fluidos Intermediária Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental Departamento de Engenharia Ambiental, UFPR P, 8 Abr 8 Prof. Nelson Luís Dias NOME: GABARITO Assinatura: [ Água,

Leia mais

Capítulo 6: Escoamento Externo Hidrodinâmica

Capítulo 6: Escoamento Externo Hidrodinâmica Capítulo 6: Escoamento Externo Hidrodinâmica Conceitos fundamentais Fluido É qualquer substância que se deforma continuamente quando submetido a uma tensão de cisalhamento, ou seja, ele escoa. Fluidos

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Convecção Natural - Parte 1 Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal

Leia mais

Fenômenos de Transporte

Fenômenos de Transporte Fenômenos de Transporte Introdução a Fenômenos de Transporte Prof. Dr. Felipe Corrêa Introdução a Fenômenos de Transporte Fenômenos de Transporte Refere-se ao estudo sistemático e unificado da transferência

Leia mais

Lista de Exercícios Perda de Carga Localizada e Perda de Carga Singular

Lista de Exercícios Perda de Carga Localizada e Perda de Carga Singular Lista de Exercícios Perda de Carga Localizada e Perda de Carga Singular 1. (Petrobrás/2010) Um oleoduto com 6 km de comprimento e diâmetro uniforme opera com um gradiente de pressão de 40 Pa/m transportando

Leia mais

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA II FLUIDOS. Prof.

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA II FLUIDOS. Prof. CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA II FLUIDOS Prof. Bruno Farias Fluidos Os fluidos desempenham um papel vital em muitos aspectos

Leia mais

Estudo Numérico dos Efeitos das Fraturas em Reservatórios de Petróleo

Estudo Numérico dos Efeitos das Fraturas em Reservatórios de Petróleo Universidade Federal Rural de Pernambuco Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Física Aplicada Pós-graduação em Física Aplicada Estudo Numérico dos Efeitos das Fraturas em Reservatórios

Leia mais

As forças que atuam em um meio contínuo: Forças de massa ou de corpo: todo o corpo peso e centrífuga Forças de superfície: sobre certas superfícies

As forças que atuam em um meio contínuo: Forças de massa ou de corpo: todo o corpo peso e centrífuga Forças de superfície: sobre certas superfícies Hidráulica Revisão de alguns conceitos Propriedades Físicas dos Fluidos Forças, esforços e pressão (tensão) As forças que atuam em um meio contínuo: Forças de massa ou de corpo: distribuídas de maneira

Leia mais

ESTUDO DA EQUAÇÃO DE NAVIER-STOKES UTILIZADA NA EQUAÇÃO DA ENERGIA CINÉTICA TURBULENTA DA CLC. 1

ESTUDO DA EQUAÇÃO DE NAVIER-STOKES UTILIZADA NA EQUAÇÃO DA ENERGIA CINÉTICA TURBULENTA DA CLC. 1 ESTUDO DA EQUAÇÃO DE NAVIER-STOKES UTILIZADA NA EQUAÇÃO DA ENERGIA CINÉTICA TURBULENTA DA CLC. 1 1. INTRODUÇÃO Este trabalho é um estudo preliminar, através de uma bolsa de Iniciação à Pesquisa 1, das

Leia mais

TC MECÂNICA DOS SOLOS PERMEABILIDADE E FLUXO PARTE I

TC MECÂNICA DOS SOLOS PERMEABILIDADE E FLUXO PARTE I PERMEABILIDADE E FLUXO PARTE I ÁGUA NO SOLO - A água ocupa a maior parte ou a totalidade dos vazios do solo; - Quando submetida a diferença de potenciais, a água se desloca no seu interior; ÁGUA NO SOLO

Leia mais

TÉCNICAS AVANÇADAS DE MODELAÇÃO E SIMULAÇÃO

TÉCNICAS AVANÇADAS DE MODELAÇÃO E SIMULAÇÃO Universidade de Coimbra Faculdade de Ciência e Tecnologia Departamento de Engenharia Química TÉCNICAS AVANÇADAS DE MODELAÇÃO E SIMULAÇÃO PROFESSOR NUNO DE OLIVEIRA MODELAGEM DE UM SEPARADOR POR MEMBRANA

Leia mais

Inserção de Efeitos Térmicos na Modelagem de Recursos Eólicos via CFD. Leonardo de Lima Oliveira CTGAS-ER Instrutor de Educ. e Tec.

Inserção de Efeitos Térmicos na Modelagem de Recursos Eólicos via CFD. Leonardo de Lima Oliveira CTGAS-ER Instrutor de Educ. e Tec. Inserção de Efeitos Térmicos na Modelagem de Recursos Eólicos via CFD Leonardo de Lima Oliveira CTGAS-ER Instrutor de Educ. e Tec. I Dinâmica do escoamento do vento na Camada Limite Atmosférica (CLA) Complexidade

Leia mais

Escoamento de Fluido não Newtoniano em Espaço Anular com Excentricidade Variável

Escoamento de Fluido não Newtoniano em Espaço Anular com Excentricidade Variável Bernardo Bastos Alexandre Escoamento de Fluido não Newtoniano em Espaço Anular com Excentricidade Variável Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica

Leia mais

ALGUNS FUNDAMENTOS MICROFLUÍDICA

ALGUNS FUNDAMENTOS MICROFLUÍDICA ALGUNS FUNDAMENTOS DE MICROFLUÍDICA INTRODUÇÃO TRANSFERÊNCIA DE MOMENTUM Estudo do movimento dos fluidos e das forças que produzem esse movimento. Fluido Definição: Fluido é uma substância que se deforma

Leia mais

Formulação Covariante do Eletromagnetismo

Formulação Covariante do Eletromagnetismo Capítulo 12 Formulação Covariante do Eletromagnetismo O objetivo deste capítulo é expressar as equações do Eletromagnetismo em forma manifestamente covariante, i.e. invariante por transformações de Lorentz

Leia mais

Escoamento em Regime Turbulento

Escoamento em Regime Turbulento http://www.youtube.com/watch?v=xoll2kediog&feature=related http://br.youtube.com/watch?v=7kkftgx2any http://br.youtube.com/watch?v=vqhxihpvcvu 1. Flutuações caóticas com grandes gamas de frequência

Leia mais

Figura 4.1: Distribuição da malha e nomenclatura dos pontos.

Figura 4.1: Distribuição da malha e nomenclatura dos pontos. 4 Método Numérico O estudo numérico da influência do regime turbulento no fenômeno da deposição foi realizado através da solução das equações de conservação apresentadas no Capítulo 3. Um módulo referente

Leia mais

AULA 10: A ÁGUA NO SOLO - PERCOLAÇÃO. Prof. Augusto Montor Mecânica dos Solos

AULA 10: A ÁGUA NO SOLO - PERCOLAÇÃO. Prof. Augusto Montor Mecânica dos Solos AULA 10: A ÁGUA NO SOLO - PERCOLAÇÃO Prof. Augusto Montor Mecânica dos Solos 6.1 A ÁGUA NO SOLO A água, presente nos vazios do solo, quando submetida a diferenças de potenciais, desloca-se no seu interior.

Leia mais