No final, Copa América ganha protagonismo

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1 O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO O F E R E C I M E N T O DO NÚMERO DO DIA EDIÇÃO SEGUNDA-FEIRA, 8 / JULHO / ,8 mi América; foi a maior receita da história do futebol brasileiro de reais foi a renda bruta de Brasil x Peru, na final da Copa No final, Copa América ganha protagonismo POR REDAÇÃO Aconquista de mais uma Copa América pelo Brasil, num Maracanã lotado e com mais de 6% das televisões acompanhando Daniel Alves erguer a taça após a vitória por 3 a 1 sobre o Peru, mostrou que a competição conseguiu, em sua reta final, cair nas graças da torcida e ser um sucesso tardio. Depois de um começo morno, com estádios chegando a ter menos de 2% de taxa de ocupação, com a cobertura da mídia ainda debruçada sobre a acusação de estupro envolvendo Neymar e com jogos de baixa qualidade técnica, a Copa América chegou ao seu final com uma espécie de conto de fadas, com o Brasil conquistando o primeiro título sob o comando de Tite num público recorde e na maior arrecadação da história de uma partida organizada em solo brasileiro. 1

2 Os mais de 8 mil torcedores que pagaram ingresso para a final geraram uma renda recorde de R$ ,00. Com isso, a Copa América chegou a exorbitantes R$ 209, milhões de receita em bilheteria nas 26 partidas realizadas, totalizando uma arrecadação média de R$ 8 milhões por jogo na competição. Os jogos eliminatórios do torneio, porém, mostram como a Copa América só foi engrenar no público na reta final. Na primeira fase, a competição teve 18 partidas e um total de arrecadação de R$ 104,8 milhões em ingressos (R$,8 milhões em média por jogo). Os oito jogos de mata-mata somaram pouco menos em bilheteria - R$ 104,6 milhões -, mas numa média muito mais alta: R$ 13,1 milhões por jogo. Além do estádio lotado, a final da Copa América assistiu, fora de campo, a mais ações de ativação de patrocínio. A Brahma promoveu o "Arena n 1" nas cidades que abrigaram a competição. Já a GOL criou uma ação nos arredores do Maracanã com o humorista Rafael Portugal, do Porta dos Fundos. Ele foi atrás de peruanos que estavam dispostos a trocar o ingresso para a final por passagens gratuitas para destinos turísticos no Brasil. Quem aceitava a troca, cedia lugar a um brasileiro. A Claro também pegou carona na decisão e liberou o acesso wifi no Maracanã para os torcedores que eram clientes da operadora usarem a internet gratuitamente. Na TV, a Globo registrou 40 pontos de média na medição prévia do Ibope em São Paulo e 41 pontos no Rio de Janeiro. Além disso, 60% dos televisores estavam sintonizados na partida na capital paulista e 64% na capital fluminense. A audiência recorde impulsionou em mais de 22 pontos a média da emissora no horário. Demorou, mas no dia da final a Copa América fez o brasileiro vibrar pelo torneio. 1. A renda total do torneio, de mais de R$ 200 milhões, foi a maior da história do Brasil. 2. As ativações de patrocínio da GOL, que agitaram os jogos e deram mais vida à competição. 3. A venda dos pacotes de hospitalidade, que foi bem em especial nos jogos do Brasil. 4. O bom relacionamento entre as torcidas, sem qualquer registro de uma grave briga.. A audiência do torneio na televisão, com recordes na TV aberta e também na TV paga. 1. A desorganização nas rodadas iniciais, inclusive com atraso de chegada do Chile para um jogo. 2. A baixa adesão dos patrocinadores para as ações de ativação com os torcedores. 3. O preço abusivo dos ingressos que fez com que os estádios raramente estivessem lotados. 4. A péssima condição de alguns gramados, como a Arena do Grêmio, gerou críticas de todos.. A transformação da entrega da taça num palanque político do governo federal e da CBF.

3 OPINIÃO Fifa precisa ver o básico para feminino POR DUDA LOPES diretor de novos negócios da Máquina do Esporte A maior Copa do Mundo de Futebol Feminino da História terminou no último fim de semana. Em muitos sentidos, o evento encerra com a modalidade transformada, com evidências da força comercial que as mulheres levam ao campo. Satisfeita, a Fifa se apressou para alinhar as expectativas para o futuro do esporte. Mas talvez esteja excessivamente otimista. Não ficaram muitas dúvidas sobre o potencial do futebol feminino, que carregou multidões nas arquibancadas e nas televisões em diversas partes do mundo. O grau de desenvolvimento da modalidade, no entanto, ainda é baixo. Quando a Fifa canta vantagem para o alto desempenho nos próximos anos, uma parte importante do quebra cabeça fica de fora. E, se for ignorado, o esforço será em vão. Na sexta-feira (), o presidente da Fifa, Gianni Infantino, apresentou cinco propostas para o futebol feminino: criação de um Mundial de Clubes, criação de uma Liga das Nações, Copa do Mundo com Copa do Mundo foi um evento de 32 seleções, premiação dobrada para o torneio e investimento dobrado para a modalidade, para US$ 1 bilhão. Evidentemente, mais dinheiro, atenção e grandes torneios são muito bem-vindos. Mas a Fifa parece esquecer que, por exemplo, a situação atual de diversas federações torna uma Liga das Nações algo de logística demasiadamente complexa. Ou que uma Copa do Mundo de 32 times é um tiro no pé. Um dos méritos do Mundial deste ano foi um maior nível técnico. Nem o masculino, mais desenvolvido ao redor do mundo, tem conseguido levar um torneio de qualidade com esse número. Por outro lado, a Fifa deixa de lado uma questão central: mulheres têm menos espaço à prática do futebol. Com exceção dos Estados Unidos, onde o futebol amador de mulheres é forte, outros países ainda sofrem com barreiras para elas. O Brasil é um bom exemplo, e esse fato já tem sido exaltado por algumas marcas especializadas. É o caso da Nike, que tem investido na organização de peladas para o público feminino. É um nível muito abaixo da realização de um Mundial de Clubes, mas ainda fundamental para o real desenvolvimento e sustentabilidade do esporte. De qualquer maneira, a empolgação de Infantino é mais um motivo para o futebol feminino celebrar. A Copa do Mundo de 2019 foi, acima de tudo, um evento divertido, encerrado com aquela ansiedade pela próxima edição. É preciso planejamento para continuar crescendo, mas o espaço conquistado está consolidado. primeira qualidade, porém o futebol ainda exige investimento na base

4 GOL usa Copa América para se ligar à Argentina POR REDAÇÃO GALVÃO BUENO FAZ PRIMEIRO MERCHAN EM LOCUÇÃO PARA VOOS NO PAÍS A primeira ação de merchandising do narrador Galvão Bueno foi protagonizada pela GOL. A companhia aérea fechou um acordo para que Galvão convidasse os passageiros em voo a acompanhar jogos de futebol da Copa América ao vivo nos voos. O uso da voz do narrador da Globo só foi possível graças à renegociação do acordo dele com a emissora, que liberou-o para fazer ações comerciais. A ação continuará a ser feita pela companhia durante o mês de agosto. A Copa América foi vista como oportunidade para que a GOL iniciasse a conversa com o consumidor da Argentina. A companhia aérea brasileira criou ações específicas com o país vizinho para poder ampliar a força de sua marca por lá. "Diariamente transportamos e interagimos com torcedores de diversos países em nossa operação e, durante a Copa América, tivemos um momento muito importante para estreitar esse relacionamento com as demais nações sul-americanas. Nessa estratégia e contexto internacional, tivemos a oportunidade de realizar também ativações relacionadas diretamente à Argentina, já que somos a companhia aérea que possui a maior conexão de voos entre os países", afirmou German Carmona, gerente de marketing da GOL. Antes de a Copa América começar, a empresa fez um voo "inaugural" do torneio. Partindo de Buenos Aires com destino a Guarulhos, o voo contou com a presença de Juan Pablo Sorín, ex-jogador da seleção argentina. Além disso, foram distribuídas camisa do time portenho e alfajores no voo. Depois, no dia de Brasil e Argentina, pela semifinal, a GOL entregou novamente brindes para os torcedores que embarcavam com destino a Buenos Aires durante o jogo. Em campo, as placas de publicidade também estavam em espanhol. "Fazer parte deste evento mostra que estamos mais uma vez ao lado da torcida, dos times, e reflete o nosso compromisso em apoiar o crescimento e o desenvolvimento do esporte brasileiro", complementou Carmona. DIVERSIDADE VIRA GANCHO PARA ENTREGA DE MEDALHAS A GOL decidiu usar a cerimônia de entrega de medalhas para os atletas que disputaram a Copa América como oportunidade para falar sobre a diversidade dentro da companhia. Em vez das comissárias de bordo segurando uma bandeja com as medalhas, como fazem outras empresas do segmento, a GOL adotou uma linha mais democrática, chamando funcionários de diferentes áreas da empresa para entregar as medalhas para os jogadores. Na escolha do seu time para a cerimônia de premiação, a GOL não fez qualquer distinção de orientação sexual, de gênero, raça, religião ou qualquer outro esteriótipo, afirmou a empresa em nota.

5 Rapinoe rouba a cena no tetra dos EUA POR POR ERICH REDAÇÃO BETING A primeira seleção do mundo tetracampeã mundial do futebol feminino fez da conquista um palanque para exigir mais igualdade no esporte. Tendo à frente a atacante Megan Rapinoe, a seleção dos Estados Unidos virou o símbolo da luta das mulheres por um melhor tratamento dentro do futebol. Rapinoe foi a grande protagonista fora de campo do torneio. Além de publicamente enfrentar o presidente Donald Trump, afirmando que não irá à Casa Branca celebrar a conquista inédita por não concordar com o posicionamento do mandatário americano em relação à política LGBTQ+, ela foi além nas críticas a como o futebol feminino tem sido tratado com descaso pelos dirigentes da Fifa. "Não é justo. Se você se importa com o futebol feminino da mesma forma que se importa com o masculino, não deixaria a diferença crescer. Entendo que, por diversos motivos, o futebol masculino está financeiramente mais avançado que o feminino. Mas, se você realmente se importasse, você deixaria essa diferença aumentar? Faria três finais no mesmo dia? Não faria!", disse a atleta criticando a realização, no domingo, das finais da Copas do Mundo, da América e da Concacaf. Dentro de campo, Rapinoe foi a artilherira do campeonato e eleita a melhor jogadora. Além disso, tornou-se a mais velha (está com 34 anos) a marcar um gol numa final de Copa do Mundo. Após o jogo, ela reforçou o discurso de igualdade. "Conseguir casar toda essa luta fora de campo e sustentar essas palavras com performances de excelência, e depois sustentar essas performances com palavras, é algo simplesmente incrível. Sinto que o time está num processo de mudar o mundo a nossa volta enquanto vivemos. É um sentimento incrível, muito especial".