SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS: ESPAÇO PARA ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO A IMPLANTAÇÃO NO MUNICIPIO DE MONTES CLAROS.
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1 SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS: ESPAÇO PARA ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO A IMPLANTAÇÃO NO MUNICIPIO DE MONTES CLAROS. Leonice Vieira de Jesus Paixão UNIMONTES- Universidade Estadual de Montes Claros leonice_paixao@hotmail.com Resumo: A Educação Inclusiva trouxe questões a serem debatidas, desestabilizou e criou situações que nos fez pensar e perceber que, mesmo sem alunos visivelmente deficientes dentro da sala de aula, havia alunos excluídos. Tentar encontrar soluções para que todos tenham sua chance de aprender e buscar atender as necessidades individuais, nada mais é do que sonhar com a escola de qualidade para todos. O atendimento educacional especializado garante o direito do aluno com necessidades educacionais especiais de ter um ensino adequado as suas necessidades. Este pode ser ministrado em uma sala de recursos na sua própria escola ou em outro lugar. A Sala de Recursos Multifuncionais é um espaço organizado com materiais didáticos, pedagógicos, equipamentos e profissionais com formação para o atendimento às necessidades educacionais especiais, projetadas para oferecer suporte necessário à estes alunos, favorecendo seu acesso ao conhecimento. Além de uma formação especifica dos professores para atendimento nas salas de recursos, são necessárias, muitas vezes, ajudas técnicas ou equipamentos específicos (Tecnologias Assistivas) para atender as individualidades, bem como a atuação conjunta de outros profissionais na promoção da acessibilidade. O presente artigo analisa a implantação das salas de recursos multifuncionais no município de Montes Claros MG, concluindo que se faz necessário compreender que a inclusão é um desafio e que devem ser vislumbradas com otimismo, parceria, e principalmente respeito à diversidade. Palavras chaves: Inclusão Educacional - Sala de Recursos Multifuncionais Formação do Professor - Tecnologias Assistivas. Inclusão Educacional Nunca o tema da inclusão esteve tão presente no dia-a-dia da educação. Cada vez mais os educadores estão percebendo que para uma verdadeira escola inclusiva e democrática, as diferenças não só devem ser aceitas, mas também acolhidas, trabalhadas em prol da formação de um verdadeiro cidadão. Portanto, não se trata apenas de admitir a matrícula dessas crianças, pois com está atitude, estaremos nada mais do que cumprindo as exigências da lei. Antes de tudo devemos aprender a conviver com as diferenças, fazer e oferecer serviços complementares, adotar práticas criativas na sala de aula, adaptar o projeto pedagógico, rever posturas e construir uma nova filosofia educativa.
2 2 A Declaração de Salamanca, 1994, afirma que todas as crianças tem necessidades e aprendizagens únicas, e que todas tem direito a freqüentar uma escola, com acesso ao Ensino Regular. Os Sistemas Educacionais e as escolas devem implementar programas, considerando a diversidade humana. Escolas regulares com orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos. (Declaração de Salamanca 1994) A Constituição Federal em seu Art. 205 diz que, A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (C.F. 1988) E em seu Art. 206 diz que, o ensino será ministrado com base no princípio de igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Assim, os alunos com necessidades educacionais especiais têm assegurado na Constituição Federal, na LDB 9394/96 LDBEN - Lei n /96, no parecer do CNE/CEB n. 17l 01, na Resolução CNE/CEB n. 2, de 11 de setembro de 2001, na Lei n /02 e no Decreto n , de 22 de dezembro de 2005 e na Declaração de Salamanca, o direito à educação realizada em classes comuns e ao atendimento educacional especializado complementar ou suplementar à escolarização, sendo este realizado preferencialmente em salas de recursos na escola onde estejam matriculados, em outra escola, ou em centros de atendimento educacional especializado. Com o objetivo de cumprir o que regulamenta a lei e de tornar a escola um espaço democrático que acolha e garanta a permanência de todos os alunos, sem distinção social, cultural, étnica, de gênero ou em razão de deficiência e características pessoais, o Ministério da Educação implementou uma política de inclusão reestruturando o sistema educacional. A iniciativa de implantação de salas de recursos multifuncionais nas escolas públicas de ensino regular, portanto, é uma proposta que responde aos anseios de uma prática educacional inclusiva. Com este atendimento educacional especializado na própria escola serão disponibilizados recursos, promovendo atividades com o objetivo de desenvolver o potencial de todos os alunos. Essa ação possibilita o apoio aos educadores no exercício da função docente, a partir da compreensão de atuação
3 3 multidisciplinar e do trabalho colaborativo realizado entre professores das classes comuns e das salas de recursos. Diante deste novo cenário, o Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação Especial, considerando a Constituição Federal de 1988, que estabelece o direito de todos à educação; a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de janeiro de 2008; e o Decreto Legislativo nº 186, de julho de 2008, que ratifica a Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU, 2006), e pelo do Decreto nº 6.571, de 18 de setembro de 2008, institui e regulamentou as Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o Atendimento Educacional Especializado AEE na educação básica, (MEC, 2008). E ainda, de acordo com o Decreto n 6.571/08, os alunos da educação especial, ou seja, os alunos que freqüentam a sala de recursos, com PDI e laudo comprovado, receberão o financiamento duplamente do FUNDEB, quando tiverem matrícula em classe comum de ensino regular da rede pública e matrícula no atendimento educacional especializado - AEE, conforme registro no Censo escolar/ MEC/INEP do ano anterior. Dessa forma, são contempladas: a) Matrícula na classe comum e na sala de recursos multifuncional da mesma escola pública; b) Matrícula na classe comum e na sala de recursos multifuncional de outra escola pública; c) Matrícula na classe comum e no centro de atendimento educacional especializado público; d) Matrícula na classe comum e no centro de atendimento educacional especializado privado sem fins lucrativos. (MEC, 2008) Os avanços da educação inclusiva mostram que os sistemas educacionais e as unidades de ensino, estão em processo de transformação e já refletem uma visão que transpõe a concepção tradicional de ensino, alterando o paradigma da educação das pessoas com necessidades educacionais especiais. Neste sentido, a concepção de escola inclusiva se fundamenta no reconhecimento das diferenças humanas e na aprendizagem centrada nas potencialidades dos alunos, ao invés da imposição de rituais pedagógicos préestabelecidos que acabam por legitimar as desigualdades sociais e negar a diversidade. Nessa perspectiva, as escolas devem responder às necessidades educacionais especiais de seus alunos, considerando a complexidade e heterogeneidade de estilos e ritmos de aprendizagem. Para tanto, é necessária uma nova estrutura organizacional, com
4 4 currículos flexíveis, estratégias teóricas metodológicas eficientes, recursos e parcerias com a comunidade. Portanto, os princípios para organização das salas de recursos multifuncionais partem da concepção de que a escolarização de todos os alunos, com ou sem necessidades educacionais especiais, realiza-se em classes comuns do Ensino Regular, quando se reconhece que cada criança aprende e se desenvolve de maneira diferente e que o atendimento educacional especializado complementar e suplementar à escolarização podendo ser desenvolvido em outro espaço escolar. A educação inclusiva algumas abordagens. Existem diversas formas de exclusão escolar, dentre elas, destaca-se aquela que diz respeito aos alunos com necessidades educacionais especiais, os quais, historicamente, têm sido excluídos do processo de escolarização. A escola, tradicionalmente, tem apresentado uma forte tendência homogeneizadora e seletiva com relação aos alunos que não se adaptam ao padrão estabelecido. A educação inclusiva tem procurado responder às necessidades de aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos, com foco específico nas pessoas ou grupo de pessoas que estão excluídas da efetivação do direito à educação e que estão fora da escola ou enfrentam barreiras para a participação nos processos de aprendizagem escolar. Neste sentido, a educação inclusiva, parte do princípio do reconhecimento e valorização da diversidade como fator de enriquecimento do processo educacional, provocando mudanças significativas nas escolas e na formação docentes, propondo uma reestruturação da educação que beneficie todos os alunos, com um olhar especial aos alunos com necessidades educacionais especiais. A organização de uma escola para todos prevê o acesso à escolarização e ao atendimento às necessidades educacionais especiais, estabelecidos em lei. Nesse sentido, a formação dos professores para o atendimento destes alunos é de fundamental importância, para que a aprendizagem esteja centrada no potencial de cada aluno, de forma que uma incapacidade para andar, ouvir, enxergar, ou um déficit no desenvolvimento não sejam classificados como falta
5 5 de competência para aprender e nem causa para que os alunos desistam da escolarização. Concepção a respeito das Salas de Recursos Multifuncionais. As salas de recursos multifuncionais são espaços da escola onde se realiza o atendimento educacional especializado para alunos com necessidades educacionais especiais, por meio do desenvolvimento de estratégias de aprendizagem, centradas em um novo fazer pedagógico que favoreça a construção de conhecimentos pelos alunos, subsidiando-os para que desenvolvam o currículo e participem da vida escolar. De acordo com as Diretrizes Nacionais de Educação Especial para a Educação Básica, o atendimento educacional especializado em salas de recursos constitui serviço de natureza pedagógica, conduzido por professor especializado, que suplementa, no caso dos alunos com altas habilidades/superdotação, e complementa, no caso dos alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem vinculadas ou não à deficiência. Esse serviço se realiza em espaço dotado de equipamentos e recursos pedagógicos adequados às necessidades educacionais especiais dos alunos, podendo estender-se a alunos de escolas mais próximas, nas quais ainda não exista esse atendimento. Pode ser realizado individualmente ou em pequenos grupos em horário diferente daquele em que freqüentam a classe comum. A sala de recursos multifuncionais é, portanto, um espaço organizado com materiais didáticos, pedagógicos, equipamentos e profissionais com formação para o atendimento às necessidades educacionais especiais. No atendimento, é fundamental que o professor considere as diferentes áreas do conhecimento, os aspectos relacionados ao estágio de desenvolvimento cognitivo dos alunos, o nível de escolaridade, os recursos específicos para sua aprendizagem e as atividades de complementação e suplementação curricular. A denominação sala de recursos multifuncionais se refere ao entendimento de que esse espaço pode ser utilizado para o atendimento das diversas necessidades educacionais especiais e para desenvolvimento das diferentes complementações ou suplementações curriculares. A sala de recursos é um espaço projetado e organizado com diferentes equipamentos e materiais, para atender aos alunos conforme cronograma
6 6 e horários pré-estabelecido, de acordo com o MEC na Resolução n 4 de outubro de 2009, para fins destas Diretrizes, considera-se público-alvo do AEE: I Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial. II Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação. III Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade. ((MEC, CNE/CEB, 2009, p.12) Para atender alunos cegos, por exemplo, deve dispor de professores com formação e recursos necessários para seu atendimento educacional especializado. Para atender alunos surdos, deve se estruturar com profissionais e materiais bilíngües. Portanto, essa sala de recursos é multifuncional em virtude de a sua constituição ser flexível para promover os diversos tipos de acessibilidade ao currículo, de acordo com as necessidades de cada contexto educacional. Os alunos atendidos pela sala de recurso A sala de recursos multifuncionais é um espaço para a realização do atendimento educacional especializado de alunos que apresentam, ao longo de sua aprendizagem, alguma necessidade educacional especial, temporária ou permanente, compreendida, segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, em três grupos: a) Alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultam o acompanhamento das atividades curriculares: aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica ou aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências; b) Alunos com dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos; c) Alunos que evidenciem altas habilidades/superdotação e que apresentem uma grande facilidade ou interesse em relação a algum tema ou grande criatividade ou talento específico. (MEC/SEE, 2008, p.17) Incluem-se, nesses grupos, alunos que enfrentam limitações no processo de aprendizagem devido a condições, distúrbios, disfunções ou deficiências.
7 7 O professor da sala de recurso O professor da sala de recursos multifuncionais deverá ter curso de graduação, pós-graduação e ou formação continuada que o habilite para atuar em áreas da educação especial para o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos. A formação docente, de acordo com sua área especifica, deve desenvolver conhecimentos acerca de: Comunicação Aumentativa e Alternativa, Sistema Braille, Orientação e Mobilidade, Soroban, Ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, Ensino de Língua Portuguesa para Surdos, Atividades de Vida Diária, Atividades Cognitivas, Aprofundamento e Enriquecimento Curricular, Estimulação Precoce, entre outros. De acordo com o CNE/CEB do MEC em sua Resolução n 4 de outubro de 2009, no Art. 13, São atribuições do professor do Atendimento Educacional Especializado: I identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial; II elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade; III organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncionais; IV acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola; V estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade; VI orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno; VII ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia e participação; VIII estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares. (MEC, CNE/CEB, 2009, p.15) As Tecnologias Assistivas (TA`s) A Lei n /00, que trata das normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, dispôs que o poder público promoverá a supressão de barreiras urbanísticas, arquitetônicas, de transporte e de comunicação, mediante ajudas técnicas. Na regulamentação da Lei, o art. 61 do Decreto n /04 definiu: "consideram-se ajudas técnicas os produtos,
8 8 instrumentos e equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida". Recentemente foi inserida na cultura educacional brasileira, a terminologia tecnologias assistivas, apresentando-se no que diz respeito aos recursos que favorecem a funcionalidade e aos serviços que têm por objetivo promover a avaliação, indicação, confecção e orientação para o desenvolvimento de autonomia funcional do usuário das tecnologias assistivas. Assim, além das competências que os professores necessitam para proporcionar uma educação de qualidade para todos, são necessárias ajudas técnicas ou equipamentos específicos (Tecnologias Assistivas) para atender às necessidades educacionais especiais, bem como a atuação conjunta de outros profissionais na promoção da acessibilidade. Dessa forma, as 'tecnologias assistivas' constituem no campo de atuação da educação especial um recurso que têm por finalidade atender o que é específico dos alunos com necessidades educacionais especiais, buscando novas estratégias que favoreçam seu processo de aprendizagem, habilitando-os funcionalmente na realização de tarefas escolares. A utilização das Tecnologias Assistivas (TA s) pelo o aluno com necessidades educacionais especiais, possibilita ou acelera o seu processo de aprendizagem, desenvolvimento e inclusão social, apresentando como uma maneira concreta de neutralizar as barreiras causadas pela deficiência e inserir esse indivíduo nos ambientes ricos para a aprendizagem, proporcionados pela cultura. A implementação das salas de recursos multifuncionais no município de Montes Claros O município de Montes Claros, situa-se no note do estado de Minas Gerais. A prefeitura municipal de Montes Claros, segundo página da internet (2010), consta de 15 secretarias, entre elas, destaca-se a Secretaria Municipal de Educação, que atende um total de 115 unidades, sendo 26 escolas na zona urbana, 37 centros municipais de Educação Infantil (Cemeis), 38 escolas da zona rural divididas em 12 escolas-núcleo e 26 escolas de pequeno porte, 12 entidades conveniadas e 04 centros de convívio. Atende
9 9 um total de alunos da Educação Infantil, no Ensino Fundamental, 168 no Ensino Médio, na Educação de Jovens e Adultos (EJA), alunos oriundos das entidades conveniadas e 920 alunos em cada semestre no Pré-Vestibular Municipal, contabilizando portanto um total de alunos. Em cumprimento ao Decreto n 6.571/08, a prefeitura municipal de Montes Claros/ Secretaria Municipal de Educação iniciou a implantação das salas de recursos multifuncionais e adequando o espaço das escolas promovendo assim a acessibilidade dos alunos no interior destas instituições. As escolas que iriam receber a sala de recurso multifuncionais foram definidas a partir do levantamento feito no senso escolar do ano anterior. Sendo que, a sala de recursos multifuncionais tem com propósito o atendimento da demanda dos alunos da escola onde se encontra inserida e das escolas da sua proximidade. Conclusões parciais: Nesta reflexão sobre o processo de fundamentação das salas de atendimento especializado pode se perceber os vários momentos e investimentos em busca do atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais, e apesar do atendimento especializado ser um passo importante para garantir à inclusão e as tecnologias assistivas serem ferramentas que contribuem para a acessibilidade da informação e da comunicação, não há nada tão importante para o processo de inclusão do que a vontade do querer fazer acontecer. Para isso, tanto o professor do ensino regular como do ensino especial deverão caminha juntos, de forma homogenia, se 'incluindo' no processo para todos, observando que todo alunos os são "especiais" e não do "ensino especial", todos com igualdade de oportunidades e direitos e como a escola e de todos, devem ser trabalhando as analogias e as diferenças. Deixando de lado o estigma às dicotomias de ser 'professor de educação especial ou professor do ensino regular e sim educadores. Concluo nas leituras e reflexões realizadas que se faz necessário compreender que a inclusão é um desafio e que devem ser vislumbradas com otimismo, parceria, e principalmente respeito à diversidade. Acreditando que a mudança deva partir de cada
10 10 um, pois as alterações ao nível de estrutura escolar, adaptação curricular e preparação profissional só acontecerão quando, primeiramente, houver mudança dentro de nós. Referências: ALVES, Denise de Oliveira, GOTTI, Marlene de Oliveira, GRIBOSSKI, Claudia Maffini, DUTRA, Claudia Pereira. Sala de recursos multifuncionais: espaços para atendimento educacional especializado - Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, p. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal BRASIL. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência: Acessibilidade. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia. Tecnologias assistivas e a promoção da inclusão social. Brasília, BRASIL. Ministério da Educação. Direito a Educação: Subsídios para gestão dos sistemas educacionais/orientações gerais e marcos legais. Brasília: Secretaria de Educação Especial BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica. Brasília: Secretaria de Educação Especial BRASIL. Ministério da Educação. Educação Inclusiva: Atendimento Educacional Especializado para a Deficiência Mental. Brasília: Secretaria de Educação Especial BRASIL. Ministério da Educação. Ensino de Língua Portuguesa para Surdos - caminhos para a prática pedagógica. Brasília: Secretaria de Educação Especial BRASIL. Ministério da Educação. Saberes e Práticas da Inclusão - Ensino Fundamental. Brasília: Secretaria de Educação Especial BRASIL. Ministério da Educação. Diferentes Diferenças: Educação de qualidade para todos. São Paulo: Editora Publisher Brasil, MONTES CLAROS, Prefeitura Municipal de, Secretaria Municipal de Educação. Disponível em: < Acesso em: 10 outubro.2010.
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