INCLUSÃO ESCOLAR. Desafios da prática. Bianca Mota de Moraes
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- Rachel Dreer Medina
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1 INCLUSÃO ESCOLAR Desafios da prática Bianca Mota de Moraes
2 Tópicos legislativos Pós 1988 Arts. 205 e 208, III, CR Arts. 2º e 8º, I, da Lei Arts. 54, III e 55 ECA Arts. 58, 2º e 60, P. Único, LDB Decreto 3298 (Reg. A Lei 7853) Decreto 3956 (Conv. Guatemala) Lei (Libras) Decreto n (Reg. A Lei ) Decreto n AEE (Revogado)* Art. 24, CDPD (Decreto 6949) Art. 1º, IV, VII e 2º (*Decreto 7611) 2011
3 Tópicos Normativos Pós 1988 Resolução CNE/CEB n. 04/2009 (detalhou a operacionalização do Decreto 6571/08, atualmente revogado) Projeto de Lei do Novo Plano Nacional de Educação
4 Constituição da República Art O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: (...) III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
5 Lei Art. 2º - (...) I - na área da educação: (...) b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas; c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino; (...) f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino; Art. 8º - Constitui crime punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa: I - recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, por motivos derivados da deficiência que porta;
6 ECA 1990 Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: (...) III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
7 LDB 1996 Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.
8 LDB 1996 Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público. Parágrafo único. O Poder Público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo.
9 Decreto n. 6571/08 ( recentemente revogado) - Atendimento Educacional Especializado Art. 1 o A União prestará apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na forma deste Decreto, com a finalidade de ampliar a oferta do atendimento educacional especializado aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de ensino regular. 1º Considera-se atendimento educacional especializado o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular. 2 o O atendimento educacional especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas.
10 Convenção das Pessoas com Deficiência 2009 Art Os Estados Partes reconhecem o direito das pessoas com deficiência à educação. Para efetivar esse direito sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades, os Estados Partes assegurarão sistema educacional inclusivo em todos os níveis, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida, com os seguintes objetivos: (...) 2.Para a realização desse direito, os Estados Partes assegurarão que: a) As pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino primário gratuito e compulsório ou do ensino secundário, sob alegação de deficiência; (...)
11 Novo Plano Nacional de Educação * Meta 4: Universalizar, para a população de quatro a dezessete anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino. * em tramitação no Congresso Nacional
12 Decreto n. 7611, de 17/11/ Dispõe sobre a Educação Especial e o Atendimento Educacional Especializado Art. 1 o O dever do Estado com a educação das pessoas público-alvo da educação especial será efetivado de acordo com as seguintes diretrizes: (...) IV garantia de ensino fundamental gratuito e compulsório, asseguradas adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais; VII oferta de educação especial preferencialmente na rede regular de ensino; 2º - registra a vigência do Decreto 5626/05 para estudantes surdos e com deficiência auditiva (grifamos)
13 Maiores dificuldades de hoje Ausência de modificações sobre o tema na LDB Disciplina normativa escassa para a rede privada de ensino Extinção das classes especiais sem o efetivo funcionamento das salas de recursos e sem a formação de equipes nas escolas Previsão de terminalidade específica na LDB (carência de oferta nas turmas de EJA no horário diurno) Resistência das famílias e das próprias pessoas com deficiência à inclusão destas nas classes regulares
14 Maiores dificuldades de hoje Passagem da educação especial de uma visão assistencialista e medicalizada para a extinção, sem a real vivência do seu potencial pedagógico Educação especial ou educação especializada? A alegada liberdade de escolha, a Convenção das Pessoas com Deficiência e a obrigatoriedade de matrícula
15 A liberdade de escolha e a Convenção das Pessoas com Deficiência Artigo 3 - Princípios gerais Os princípios da presente Convenção são: a) O respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual, inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e a independência das pessoas;
16 A liberdade de escolha e a Convenção das Pessoas com Deficiência Artigo 4 - Obrigações gerais 3. Na elaboração e implementação de legislação e políticas para aplicar a presente Convenção e em outros processos de tomada de decisão relativos às pessoas com deficiência, os Estados Partes realizarão consultas estreitas e envolverão ativamente pessoas com deficiência, inclusive crianças com deficiência, por intermédio de suas organizações representativas.
17 Não posso ser excluido. Posso escolher me excluir? A questão da obrigatoriedade da matrícula
18 Mudanças legislativas na obrigatoriedade da matrícula EC 14/1996 EC 59/2009 Matrícula obrigatória no ensino fundamental, inclusive para maiores (1988) Matrícula obrigatória no ensino fundamental apenas para menores (1996) Matrícula obrigatória dos 04 aos 17 anos, com implementação progressiva até 2016
19 Classes especiais nas escolas regulares Seriam uma forma de exclusão? Fizeram ou fazem parte de um momento de transição? Podem significar uma possibilidade de escolha? Previstas em nossa legislação recente (Por exemplo, no Decreto 6253/ art. 14, 2º e no Decreto 7611/11)
20 Reflexões sobre providências práticas Planejamento com cronograma da implantação da inclusão plena Profundas modificações na LDB, disciplinando a inclusão plena, nas escolas públicas e privadas Para a admissão de novos alunos na educação especial, condicionamento à comprovação da matrícula na rede regular de ensino (04 aos 17 anos) Verificação da atuação dos Conselhos de Educação em relação às autorizações de funcionamento de escolas particulares não-inclusivas Parâmetros concretos de aferição de qualidade para a educação básica como um todo (Parecer CNE 08/2010)
21 O verdadeiro mestre não forma discípulos, forma outros mestres Neale Walsch
22 OBRIGADA! Bianca Mota de Moraes 1ª Promotoria de Tutela Coletiva de Proteção à Educação-MPRJ Tel: (21) Correio eletrônico:
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